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ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO VISANDO GANHOS NO ATENDIMENTO DA MANUTENÇÃO E MINIMIZAÇÃO DOS EVENTOS CORRETIVOS

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Academic year: 2021

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Manserv Montagem e Manutenção S/A – Engenharia de Melhorias Corporativa Engenheiro de Manutenção (I) ESTRATÉGIA DE MANUTENÇÃO VISANDO GANHOS NO ATENDIMENTO

DA MANUTENÇÃO E MINIMIZAÇÃO DOS EVENTOS CORRETIVOS

José Francisco Claudino (I)

RESUMO

Ao implantar planos de manutenção dos ativos e de infraestrutura sob responsabilidade da equipe Manserv, esta visa resultados nos atendimentos de uma forma sistematizada, com registros mais precisos das ações em campo, criando um rico histórico de manutenção, dando condições de acompanhar a performance destes ativos com mais acertos baseados em indicadores de manutenção com as respectivas metas. Para se ter um desenvolvimento organizado é importante se dedicar a um plano de ação que deixe claro os recursos necessários, responsabilidades e prazos das atividades, pode-se utilizar um gráfico para se medir o avanço (p. ex.: curva S). Como a Manserv é uma prestadora de serviços, tem-se um cliente a ser envolvido nas ações, portanto, uma reunião de alinhamento de objetivos, nivelamentos de conceitos, distribuição de atividades é de suma importância, o que afeta o sucesso da empreitada, deixando claro que as instalações e ativos envolvidos serão tratados com o devido peso de importância para a produtividade da planta com a devida segurança.

No dia a dia do atendimento Manserv encontra-se clientes desde os que nada possuem, que se baseiam no atendimento corretivo, e outros mais estruturados, em ambos os casos a experiência da equipe Manserv é de suma importância para a boa condução dos trabalhos. Resumidamente as etapas deste desenvolvimento estão listadas a seguir:

➢ Mapeamento físico dos ativos (as built) ➢ Identificação dos ativos (TAG)

➢ Levantamento das folhas de dados (data sheet) ➢ Relação dos sobressalentes por ativos (lista técnica)

➢ Definição da criticidade dos ativos quanto processo produtivo (classificação A, B, C)

➢ Resultando em planos de manutenção mais adequados e assertivos

Resultantes:

➢ Equipe direcionada para atender ativos dos mais críticos para os menos críticos

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➢ Desenvolvimento do conhecimento da equipe mais diretos para os ativos, com maior qualidade no atendimento (menos retrabalhos)

➢ Procedimentos técnicos com melhor conteúdo para apoio às atividades ➢ Sobressalentes melhores dimensionados

➢ Ativos com maior confiabilidade e produtividade

➢ Sistemas de gestão de manutenção com informações mais adequadas e com qualidade

➢ Ambiente de trabalho mais seguro e com os operadores e mantenedores mais confiantes

1. INTRODUÇÃO

O que leva um grupo a desenvolver um projeto desta magnitude é a baixa produtividade na operação e da equipe manutenção, bem como a baixa confiabilidade e disponibilidade dos ativos, alinhado a um alto custo de manutenção e grandes perdas na produção.

O ganho é sentido nos primeiros 3 meses em média e devidamente “dominado” após a revisão dos planos implantados (em média após os 6 meses iniciais)

2. ESTRATÉGIA DE IMPLANTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO

Neste projeto, o condutor do mesmo precisa ter a vivência e experiência que “proteja” um envolvimento sadio e incentivador das equipes prestadora de serviços e cliente. A parceria no desenvolvimento das atividades sempre será um ponto alto na condução do projeto e melhor jeito de atingir a meta de melhoria, portanto, o nivelamento dos conceitos e conhecimentos se faz necessária.

Em um primeiro momento as equipes devem ser orientadas na utilização dos padrões das ferramentas adotadas em cada etapa do projeto (nivelamento de conceitos e adequações dos padrões a realidade da planta).

E por fim, a criação de um plano detalhado de implantação, com basicamente: as atividades bem descritas, responsáveis pela execução, datas limites das entregas e pontuação dos avanços.

2.1. Metodologia linha 1

linha 2

O gatilho para uma análise de falhas é requisito fundamental para que todo o processo ocorra de forma estruturada. A decisão do Time de Análise de Falhas

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para o gatilho foram as Ocorrências Notáveis que ocorrem na Operação diária. Tais ocorrências paralisam a operação em pelo menos 5 minutos e são medidas constantemente.

linha 1 linha 2

Em uma investigação de ocorrências de falha o principal objetivo é o de permitir a identificação de ações corretivas adequadas e eficientes à prevenção da recorrência.

linha 1 linha 2

Os processos de análise de causas fundamentais devem passar, necessariamente, por cinco etapas básicas denominadas:

1. Coleta de informações; 2. Avaliação;

3. Detalhamento de ações de contenção;

4. Documentação e aplicação prática de ações;

5. Acompanhamento das ações e correção de desvios. linha 1

linha 2

A etapa de coleta de informações e análise compreende entender e identificar os fatores causais originários para os eventos associados a ocorrência.

linha 1 linha 2

As categorias associadas a fatores causais mais observadas na prática são: Problemas em equipamentos e materiais.

Erros procedimentais. Problemas de concepção. Deficiência de treinamento. Problemas de gerenciamento. Fenômenos externos ao processo. linha 1

linha 2

O correto gerenciamento dos recursos a serem alocados durante cada uma das fases acima citadas é fundamental ao sucesso da análise e do pós-gerenciamento.

linha 1 linha 2

Assim, foi criado o processo para a realização de reuniões de análise de falha visando gerar ações que corrigissem a causa raiz de cada falha, mitigando o risco de recorrência da avaria.

linha 1 linha 2

2.2. Banco de Dados linha 1

linha 2

Com a carteira diversificada e rica em clientes que a Manserv mantém, as informações de experiências em segmentos semelhantes é um rico bando de dados para a condução das atividades.

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Para tal, formulários para compor as folhas de dados, históricos de manutenção, relação de sobressalentes, etc., foram colhidos no sistema de gestão Prisma e consultas a colaboradores de outras unidades de trabalho.

Ainda na etapa de coleta dos dados é de extrema importância que seja feita uma análise retrospectiva de todos os eventos de manutenção e condições observadas durante a ocorrência dos problemas com as suas análises de falha. Isto permite que as análises para criação dos planos de manutenção sejam mais precisas e resultam em um plano com maior fidelidade possível.

2.3. Sistema e Processos Adotados para o Desenvolvimento

Os trabalhos foram desenvolvidos tomando como orientação as figuras abaixo:

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Figura II: Blocos de Atuação para Criação da Estratégia de Manutenção.

Com a orientação da engenharia central da Manserv a equipe operacional da unidade implanta os Módulos apresentados nas figuras acima.

Dentro de um plano alinhado entre as partes a implantação estruturada do modelo Manserv da estratégia de manutenção deve ser apresentada e validada pelo cliente, com as seguintes premissas:

➢ Módulo 1.1 – o mapeamento dos equipamentos a realizar não somente com os documentos de projetos da unidade, também com excursões ao campo. ➢ Módulo 1.2 – o “tagueamento” deve ser realizado com as informações e

orientações dos gestores do cliente, podendo, a sua formatação ser sugerida conforme padrão Manserv.

➢ Módulo 1.3 – quanto as folhas de dados, não havendo um padrão adotado pelo cliente, devem ser coletados e criados formulários de experiências das unidades atendidas pela Manserv.

➢ Módulo 1.4 – a lista técnica pode ser criada no decorrer dos levantamentos em campo, por oportunidade, nas paradas dos equipamentos (preventivas e corretivas). Atentar para utilização de um padrão descritivo de material, ou do almoxarifado do cliente ou sugerido pela Manserv.

➢ Módulo 1.5 – ajustar um algoritmo da criticidade conforme “DNA” do cliente e a cultura técnica do mesmo, e principalmente deve ser aplicado à 4 mãos, impreterivelmente.

➢ Módulo 1.6 – para implantação da estratégia de manutenção, os planos de manutenção considerados devem ser alinhados e adotados conforme

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melhor atendimento, por exemplo: preventiva, preditiva (análise de vibração e termografia), sensitiva, lubrificação e detectiva.

➢ Módulo 1.7 – manutenção em equipamentos hibernados é importante para resguardar a vida útil dos ativos “em prateleira”.

Seguem abaixo alguns formatos para atender os processos acima.

2.3.1. Mapeamento dos Equipamentos

ÁREA CONJUNTO EQUIPAMENTO DESCRIÇÃO

UTI CALD BBA Bomba de óleo BPF

UTI CALD MOT Motor 50 cv bomba de óleo BPF

ÁREA

COD. ÁREA ÁREA

UTI Utilidades

OFM Oficina de Manutenção

CONJUNTO

COD. CONJUNTO CONJUNTO

CALD Caldeira Flamotubular 100 Kg/h

TORN Torno Mecânico 300mm

EQUIPAMENTO

CÓD EQUIPAMENTO SUBCONJUNTO

BBA Bomba Centrífuga vazão máxima: 147,7 m³/h

AIN Aquecedor Indutivo

2.3.2. Identificação dos Equipamentos (TAG)

O nível hierárquico a ser considerado deve estar coerente com o software de gestão utilizado e a necessidade de uma identificação única para cada ativo considerado. Por exemplo:

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1 – IDENTIFICAÇÃO DA ÁREA com 3 caracteres (N1, N2, N3), por exemplo: U T I

UTI – UTILIDADES

2 – IDENTIFICAÇÃO DO CONJUNTO com 4 caracteres (N1, N2, N3, N4), por exemplo:

C A L D

CALD – CALDEIRA

3 – IDENTIFICAÇÃO DO SUBCONJUNTO com 3 caracteres (N1, N2, N3), por exemplo:

M O T

MOT – MOTOR

4 – SEQUÊNCIA NUMÉRICA com 3 caracteres (N1, N2, N3), por exemplo:

0 0 1

RESULTADO FINAL:

U T I - C A L D - M O T - 0 0 1

UTI-CALD-MOT-001 - Motor 50 cv bomba de óleo BPF

2.3.3. Folhas de Dados

As informações que formarão a folha de dados serão alinhadas pelo cliente e MANSERV de modo que cada tipo de equipamento contemple informações específicas necessárias para sua identificação e sua função no processo. Por exemplo:

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2.3.4. Sobressalentes – Lista Técnica

Para esta atividade será necessário o levantamento da documentação técnica existente em papel ou mídia eletrônica, tais como: manuais, desenhos, catálogos, relatórios de fabricação e montagem. No caso de não serem encontradas as informações necessárias nas fontes citadas, serão consultados os fabricantes e fornecedores dos equipamentos e, como último recurso, o levantamento em campo. Neste caso, será realizado por “oportunidade”, ou seja, manutenções corretivas e preventivas (parada dos equipamentos).

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O cuidado em padronizar a descrição dos sobressalentes deve ser tomada em conta, pois facilitará a sua correta identificação e auxiliará na reposição de estoque. Por exemplo:

Família: 02-Eletrica, Eletronica e Telecomunicacoes

Sub-Família:02-Fusiveis e Componentes Grupo: 00-Fusível Diazed,Silized, Neozed, Outros

Texto Breve Texto Longo

Fusivel Diazed Retardado 4A

500V 5SB2-21 Siemens

Fusivel MODELO:Diazed APRESENTACAO:Retardado CORRENTE_NOMINAL:4A TENSAO_NOMINAL:500V REFERENCIA:5SB2-21 FABRICANTE:Siemens

2.3.5. Classificação dos Equipamentos

A classificação dos equipamentos identifica o grau de importância da interferência no processo produtivo de uma parada não planejada destes equipamentos.

Adota-se uma classificação em três níveis, conforme apresentado na tabela abaixo. Estas características sugerem o conceito segundo o qual a manutenção deve ser orientada. Deve-se fazer a classificação de maneira consistente, evitando a avaliação intuitiva ou superficial. Lembrando-se que deve ser realizada sempre a 4 mãos (Manserv e Cliente).

CRITICIDADE CARACTERÍSTICA DA CLASSE CONCEITO A Necessidade de operar a plena capacidade,

sempre que solicitados.

Confiabilidade Máxima

B A falta do equipamento afeta diretamente o processo produtivo.

Disponibilidade Máxima

C A falha do equipamento não traz

consequências relevantes.

Custo Mínimo

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Agora, quanto as pontuações 1,2 ou 3 devem ser customizadas conforme realidade do campo e do segmento do cliente (cultura)

2.3.6. Definição dos Planos de Manutenção

Finalizada a análise de criticidade, passa-se a definir o tipo de manutenção a ser adotada para cada ativo. Por exemplo:

➢ Manutenção Preventiva Periódica ou Manutenção Baseada no Tempo (MBT) ➢ Manutenção Preditiva ou Por Monitoramento da Condição

➢ Manutenção Por Melhoria ➢ Rotas de Manutenção ➢ Manutenção Detectiva

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Esta etapa incluirá as frequências de execução e centro de trabalho responsável pela execução. Ver referência abaixo:

➢ Frequências: Periodicidade sistêmica da execução da tarefa. Ex: semanas, meses, ano, etc.

➢ Centro de Trabalho: Oficina ou disciplina responsável pela execução da tarefa.

Ex: MEC – Mecânica e ELE – Elétrica

➢ Balanceamento do plano (distribuição das tarefas recorrentes ao longo das 52 semanas do ano) de manutenção;

2.3.7. Manutenção em Equipamentos Hibernados

Equipamentos que tem sua guarda em um almoxarifado e que requerem atenção para evitar sua degradação, por não estar sendo utilizados. Por exemplo: a cada período pré-determinado (fabricante) girar o eixo de um motor para evitar degradação do rolamento.

Com estas etapas acima obtém-se uma estratégia de manutenção construída, e pronta para ser colocada em prática de acordo com as melhores práticas de manutenção para o segmento em questão. A partir das ações em campo conforme plano criado, a realimentação originada do campo é importante para um refinamento dos planos, esta atenção deve ser de toda a equipe, principalmente pelos executantes das tarefas.

3. RESULTADOS

O mais importante de todo o processo foi na troca de informações entre Manserv e cliente na criação da estratégia de manutenção, gerando uma integração das equipes (maior sinergia) e confiança nas programações das manutenções nas datas definidas nos planos.

O nível de conhecimento dos participantes da Manserv e do cliente, aumenta com o decorrer do desenvolvimento do projeto, dando condições para que o feed back tanto da operação quanto da manutenção seja realizado com maior qualidade, dando maior efetividade/qualidade nas ações da manutenção, bem como para uma análise da engenharia.

Indicadores importantes de manutenção a serem adotados para um acompanhamento dos ganhos obtidos com a adoção de uma estratégia como

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apresentada são basicamente: MTBF (Mean Time Between Failure), MTTR (Mean Time To Repair), retrabalho, back-log e cumprimento de programação.

4. CONCLUSÕES E TRABALHO FUTURO

O desenvolvimento deste projeto contou com um caso aplicado em um dos clientes Manserv, onde foi encontrado uma sinergia e colaboração para o sucesso do projeto fosse completo.

Os padrões utilizados e suas consequentes ações foram incentivos a cultura de uma manutenção estruturada direcionada para classe mundial.

Com esta estrutura criada pode-se investir esforços na qualificação da equipe, melhorando o atendimento da mesma, tanto na sua produtividade quanto na qualidade da manutenção entregue.

5. AGRADECIMENTOS

Agradecemos ao corpo técnico do Cliente e da unidade da Manserv pelas disposições de aplicação e a busca de um resultado em um curto período de tempo.

6. REFERÊNCIAS Não aplicável.

Referências

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