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Uma Análise a Luz da Teoria da Legitimidade, acerca das informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade

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Uma Análise a Luz da Teoria da Legitimidade, acerca das informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade

RODOLFO MARTINS DOS SANTOS Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Resumo

Nos últimos anos houve um crescimento no debate acerca das questões sociais e ambientais, seja isso no ambiente dos negócios, acadêmico ou na sociedade em si. Onde cada vez mais, as empresas sentem-se pressionadas a oferecer relatórios que evidenciem o que suas operações podem ter impactado no meio social e ambiental. As empresas utilizam determinados procedimentos com a finalidade de alcançar a legitimidade social. Como também, com o intuito de melhorar sua imagem, seja legitimando-se em seu meio, buscando gerenciar seus stakeholders, e assim atrair novos investidores e até ganhar prêmios pela divulgação. Tendo em vista que o Brasil possui uma produção expressiva no setor de Petróleo, Gás e Combustíveis, sendo considerado inclusive autossuficiente quanto a sua produção de petróleo e gás natural, e possuindo a empresa Petrobrás como sua maior produtora nacional de petróleo. Sendo assim este trabalho tem como objetivo geral, investigar a luz da teoria da legitimidade, se houve alguma evolução nas informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás. A pesquisa classifica-se como exploratório-descritiva e qualitativa, para realizar a análise de tais informações, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, pois através da mesma busca-se extrair informações, para em seguida enquadrá-las em categorias, e assim ser possível fazer uma melhor interpretação dos textos Deste modo ficou constatado que, diante do que fala a teoria da legitimidade e tomando por base os Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás, houve sim uma evolução qualitativa das informações prestadas aos seus stakeholders. Como também, levando em consideração a revisão de literatura sobre essa teoria, pôde-se fazer possíveis constatações que motivaram a instituição a fazer o disclosure de certas informações em seus relatórios.

Palavras chave: Teoria da Legitimidade; Relatório de Sustentabilidade; Disclosure

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1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos houve um crescimento no debate acerca das questões sociais e ambientais, seja isso no ambiente dos negócios, acadêmico ou na sociedade em si. Onde cada vez mais, as empresas sentem-se pressionadas a oferecer relatórios que evidenciem o que suas operações podem ter impactado no meio social e ambiental (Silva, Rodrigues & Lagioia, 2019).

Além disso, a divulgação de informações corporativas ligadas ao social e ambiental, também pode ser vista como uma forma da entidade dialogar com seus stakeholders que valorizam a realização da Responsabilidade Social Corporativa (RSC) (Cavalcanti, Correia & Filho, 2020). Esta RSC por sua vez, segundo Lacey, Kennett-Hensel & Manolis (2015) pode ser compreendida como uma medida por meio da qual as empresas passam a assumir responsabilidades econômicas, legais, étnicas, sociais e discricionárias em relação a seus stakeholders. Podendo ainda ser utilizada como um instrumento de marketing, buscando mostrar um posicionamento diferenciado para seus consumidores.

De acordo com Sehn, Santi & Zanchet (2019), diversos estudos dedicaram-se a tentar entender os motivos que levam as organizações a divulgarem voluntariamente informações sobre estes aspectos sociais e ambientais, como foi o caso das pesquisas de Fernandes (2013) e Burgwal e Vieira (2014). Sendo assim, o disclosure de informações relacionadas ao viés ambiental/social é mais uma responsabilidade da ciência contábil, pelo fato de que as entidades objetivam suprir as necessidades da sociedade, seja comportando-se de maneira socialmente responsável, seja através da disponibilização de informações financeiras que se relacionam com as ações sociais que realizam aos seus stakeholders, e estando conscientes que isso irá contribuir para que alcancem uma maior lucratividade e participação de mercado (Meireles, Santos & Cruz, 2019).

Corroborando com isto, Machado, Machado & Murcia (2011) afirmam que as empresas utilizam determinados procedimentos com a finalidade de alcançar a legitimidade social. Como também, com o intuito de melhorar sua imagem, seja legitimando-se em seu meio, buscando gerenciar seus stakeholders, e assim atrair novos investidores e até ganhar prêmios pela divulgação (Burgwal & Vieira, 2014).

Além disso, essa adequação as pressões ou normas dos ambientes nos quais as empresas possam estar inseridas, também tem o propósito da busca pela sobrevivência. Deste modo, as instituições buscam essa legitimidade através da divulgação de informações socioambientais em seus relatórios anuais de administração, também com o intuito de evitar ou minimizar a intervenção política, uma vez que os gestores podem decidir a quantidade e a qualidade da evidenciação social e ambiental que a empresa apresenta. E essa legitimidade geralmente é evidenciada nos relatórios da administração, os quais são regulados legalmente pela Lei n° 11.638/07 e pelo Parecer de Orientação n° 15/87 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que alteraram a Lei das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404/1976) (Fank, Wernke & Zanin, 2019).

Entre os setores que mais provocam impactos e desgastes ambientais devido as suas atividades, está o setor de Petróleo, Gás e Combustíveis. E diante da visibilidade e destaque na economia, as empresas deste setor realizam o disclosure voluntário com a finalidade de aumentar sua credibilidade e alavancar seu valor de mercado (Fernandes, 2013).

Tendo em vista que o Brasil possui uma produção expressiva neste setor, sendo considerado inclusive autossuficiente quanto a sua produção de petróleo e gás natural, e possuindo a empresa Petrobrás como sua maior produtora nacional de petróleo (Nascimento e

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Santos, 2020). Este trabalho busca responder a seguinte questão: A luz da teoria da legitimidade, houve alguma evolução nas informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás, a fim de prestar uma melhor informação para seus stakeholders? E havendo alguma evolução, o que isso pode trazer de contribuição para esses stakeholders? Sendo assim este trabalho tem como objetivo geral, investigar a luz da teoria da legitimidade, se houve alguma evolução nas informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás. Especificamente, busca-se observar as informações disponibilizadas pela Petrobrás nos seus Relatórios de Sustentabilidade dos últimos 5 anos; criar categorias para melhor analisar as informações dos relatórios; e comparar as informações das categorias entre os anos analisados.

A justificativa deste estudo provém da necessidade de compreender através dos conceitos oriundos da teoria da legitimidade, as possíveis contribuições que tais informações de caráter social e ambiental, podem trazer para seus stakeholders. Independente de qualquer legislação vigente implícita ou explicita sobre o disclosure, também compreender qual o intuito da empresa divulgar certos dados.

2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Teoria da Legitimidade

Os possíveis impactos socioambientais que as operações das entidades podem ocasionar, tem sido motivo de pesquisas na área contábil. E entre as teorias mais usadas pata fundamentar a divulgação de informações ambientais nos Relatórios de Sustentabilidade é a teoria da legitimidade, que basicamente afirma que as organizações buscam divulgar informações ligadas a sustentabilidade, coma intenção de passar a imagem que realiza boas práticas (Beuren, Gubiani & Soares, 2013). Ou ainda, conforme Gibauat e Dias Filho (2016) afirmam, diante desta teoria as empresas buscam realizar ações para conseguir o apreço social, visando garantir sua continuidade.

A teoria da legitimidade tem por base a ideia que a organização trabalha em sociedade através de um contrato social, se comprometendo a tomar atitudes desejáveis socialmente para assim conseguir a aprovação dos seus objetivos, como também recompensas, influenciando na sua sobrevivência (Guthrie e Parker, 1989). Pelo fato de certa forma, poder impactar na sobrevivência das empresas, a legitimidade faz com que estas realizem ações e produzam informações de caráter social em seus relatórios corporativos (Patten, 1992). Por outro lado, segundo Lindblom (1994) caso as entidades não cumpram essa espécie de contrato social, se comportando diferente dos interesses de seus stakeholders, podem ser penalizadas econômica, legal ou socialmente. Por isso as entidades almejam possuir um equilíbrio entre os valores sociais e seus valores organizacionais próprios, e assim não possuir nenhuma lacuna ou omissão de legitimidade, pois caso contrário, tais entidades deverão disponibilizar informações como uma forma de compensar o contrato social que foi rompido ou “quebrado” (Burgwal & Vieira, 2014; Meireles, Santos e Cruz, 2019).

De acordo com Nason, Bacq & Gras (2018) existem diversos motivos para as empresas buscarem a legitimidade, dentre eles podem ser citadas duas dimensões que estão ligadas à sua procura: a primeira diz respeito a continuidade e credibilidade, e a segunda é a distinção entre a busca por apoio passivo e ativo. Quanto ao apoio, o tipo de apoio que se almeja vai ditar o grau de legitimidade que será adotado, pois o disclosure e a legitimidade estão relacionados, ou seja, dependendo do apoio que se pretende é que a legitimidade será alta ou baixa. Já sobre a continuidade e credibilidade, quanto maior for a estabilidade e compreensão das operações da entidade, a legitimidade contribuirá para uma maior captação de recursos, justamente pelo fato que os stakeholders irão confiar mais nessa empresa (Pereira et al., 2020; Suchman, 1995).

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Ainda nesse sentido, conforme Fiandrino, Devalle e Cantino (2019) quanto maior for a importância e necessidade de legitimação de ações, também maior deverá ser o disclosute voluntário a ser realizado pelas entidades. E através do disclosure dessas ações, é que tais práticas serão legitimadas, sendo assim uma forma de dar mais visibilidade a elas (Xie, Nozawa, Yagi, Fujii e Managi, 2019; (Khan, Myttakin e Siddiqui, 2012).

Para Santana (2012) a legitimidade deve ser conquistada de forma natural, através do poder legítimo dado as empresas pelos seus stakeholders. Esta legitimidade pode ser estabelecida com a finalidade seja de uma perspectiva estratégica ou perspectiva institucional (Wbatuba, Deponti e Seibert, 2015). Na perspectiva institucional, a legitimidade é definida como um conjunto de crenças, onde conceitos culturais influenciam como a entidade é constituída, gerida e avaliada. Já observando a legitimidade sob a perspectiva estratégica, a mesma é compreendida como um instrumento para gerar competitividade e conflito entre as entidades sociais envolvidas (Ashforth & Gibbs, 1990).

Para alguns autores, a legitimidade institucional pode ser classificada em: pragmática, que se refere a influência dos atos da empresa sobre o apoio do público em favor da organização, como uma forma de corresponder aos seus atos. Como também, esta ligada a atender as necessidades informacionais de seu público, justamente ter informações sobre o mesmo e o conhecer. Enquanto que a legitimidade denominada cognitiva, provem de modelos culturais, em que as atitudes das empresas devem ser previsíveis, devido a cultura na qual estão inseridas. E ainda pode ser denominada como legitimidade moral, onde as informações divulgadas são vistas pelos stakeholders como algo correto que a empresa está fazendo, estando ligado ao comportamento ético das organizações (Suchman, 1995; Fank, Wernke & Zanin, 2019). Neste último tipo de classificação de legitimidade, vale ressaltar a questão do que é considerado “ético” por parte dos interessados a organização, pois isso pode variar dependendo do público envolvido.

2.2 Disclosure Ambiental

O disclosure é o ato de divulgar, evidenciar, expor ou revelar algo de forma pública. Em relação ao ambiente corporativo, consiste na divulgação de informações, sejam estas financeiras ou não financeiras, pela referida empresa (Murcia & Santos, 2010). De acordo com Schwarz, Barbosa e Neto (2019), essa divulgação pode ser de natureza compulsória ou voluntária. Na compulsória a divulgação é realizada para o cumprimento de exigências legais, enquanto que na voluntária, cada ente divulga ou não suas informações, de acordo como queira.

Quanto ao disclosure ambiental, desde meados da década de 1950, já havia uma preocupação com o conflito existente entre o crescimento econômico de um lado, e do outro lado a preservação ambiental no meio internacional (Martinez Alier, 1998). Em relação ao mercado brasileiro, segundo Fernandes (2011), o aumento no nível da evidenciação de informações ambientais pelas empresas brasileiras iniciou-se na década dos anos 90. E o disclosure voluntário ambiental, é realizado pelas empresas com a finalidade de aumentar sua credibilidade em relação a seus stakeholders, aumentar seu valor de mercado, para alavancar sua entrada em novos mercados ou ainda para auferir maiores retornos financeiros (Fernandes, 2013).

No Brasil, de acordo com as Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC), não é de natureza obrigatória a evidenciação de informações ambientais pelas empresas. Por outro lado, são recomendadas algumas normas, como é o caso do Parecer de Orientação n.15/87 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Procedimento de Auditoria nº 11 do Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (IBRACON), e a Resolução n.1.003/04 do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), onde essa mesma aprovou a Norma Brasileira de

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Contabilidade Técnica n.15, que versa sobre informações de natureza social e ambiental (Lima et al., 2020). Segundo Rover et al (2012), também são reconhecidas as diretrizes que criaram o Global Reporting Initiative (GRI), que tem por objetivo motivar a construção de relatórios de sustentabilidade, incentivando ainda o seguimento de uma estrutura padronizada. Essa ausência de cumprimento obrigatório de uma regulação legal, para Pinheiro et al. (2017) é alvo de críticas, com foco no que concerne a falta de padronização, o que gera uma menor confiabilidade e comparabilidade destas informações.

As entidades que se caracterizam possuindo uma geração de impactos negativos ambientais, cada vez mais tem sofrido pressão de seus stakeholders a fim de que conduzam suas atividades de modo responsável ambientalmente. Onde na ocorrência ou realização de situações que não condizem neste sentido ambiental, pode levar ao comprometimento da legitimidade destas entidades (Nossa, 2002).

As companhias brasileiras abertas chamadas de potencialmente poluidoras, respeitam as pressões dos seus investidores (Voss et al., 2013). Um dos setores altamente poluidores é setor de petróleo, gás e biocombustíveis, as empresas brasileiras desse setor possuem os maiores níveis de disclosure ambiental. Devido a possibilidade de ocorrência de graves consequências ao meio ambiente, ocasionadas pelas operações de suas atividades, este setor é altamente regulado. Como seria o caso da ocorrência de vazamentos, que poderiam causar danos irreparáveis no ambiente marinho (Cantagallo, Millanelli, Brito, 2007).

2.3 Relatórios de Sustentabilidade (RS)

De acordo com Morais, Martins e Santos (2020), os relatórios de sustentabilidade das empresas contribuem na gestão de forma sistemática das questões que envolvem a sustentabilidade, riscos e oportunidades, ou ainda podem ajudar na construção de uma imagem corporativa mais transparente. Além disso, nestes relatórios informativos de publicação de caráter não obrigatório, são relatados os principais fatos que tiveram destaque ao longo do período do documento, como também conquistas, avanços ou decréscimos no que tange os aspectos da ética e responsabilidade social da organização (Reis, Rigo & Farinon, 2020).

Os relatórios de sustentabilidade possuem informações qualitativas e quantitativas, mesclando aspectos econômicos, sociais, éticos e de sua performance ambiental (Kolk, 2003). Segundo Conceição, Dourado e Silva, 2012), o disclosure de informações sobre sustentabilidade empresarial através dos relatórios de sustentabilidade, pode contribuir visando atender determinados interesses de seus stakeholders, ajudando diretamente assim no alcance das metas da organização. Como benefícios da publicação destes relatórios, para Baldini et al. (2018), eles melhoram a qualidade da informação que está sendo prestada, gerando um menor custo e uma maior rentabilidade.

Como oposição, alguns autores afirmam que não é possível verificar a existência deste tipo de relatório, já que não possível definir com exatidão o que seria uma entidade sustentável. Ainda nesse sentido, para outros autores a publicação e divulgação destes relatórios significam mais algo simbólico do que substantiva e concreto. Ou seja, chegando a ser visto mais como um custo extra, do que como algo que possa ser relevante e útil. (Gray & Milne, 2002; Michelon, Pilonato & Ricceri, 2015).

Quanto ao modelo de relatório mias utilizado, é o GRI (Global Reporting Iniciative). Seus padrões são os padrões globais para a elaboração de relatório se sustentabilidade. No seu processo de construção, inicia com a identificação dos tópicos relevantes a serem relatados, não só importantes para a empresa, mas concomitantemente para as partes interessadas a empresa. As normas do GRI, além das demais normas, possuem três normas universais aplicáveis a todos os tipos de organização. Estas normas universais são: a GRI 101 –

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Fundação, que estabelece os princípios iniciais; a GRI 102 - Divulgações Gerais, que é usada para relatar sobre a organização e suas práticas sustentáveis; e a GRI 103 – Abordagem Geral, utilizada para relatar sobre sua organização gerencial (Morais, Martins & Santos, 2020).

3 METODOLOGIA

Quanto aos objetivos, este trabalho se caracteriza como exploratório-descritivo, pois a partir da descrição das informações dos Relatórios de Sustentabilidade, serão observados com base no que diz a teoria da legitimidade, se ocorreu alguma evolução nessas informações disponibilizadas a seus stakeholders. Segundo Gil (2002), os estudos descritivos tem como finalidade descrever as características de populações ou fenômenos, como também até mesmo estabelecendo relações entre variáveis.

No que diz respeito a abordagem, pode ser classificado como um estudo qualitativo, pela necessidade de se observar com mais profundidade as informações contidas nos relatórios. Este trabalho também pode ser denominado como documental, pois serão avaliados os relatórios de sustentabilidade da empresa Petrobrás, sendo esta a amostra do estudo, e o recorte temporal que será analisado é constituído pelos últimos 5 anos dos relatórios que foram publicados pela instituição, sendo estes nos anos entre 2015 e 2019. Tais relatórios estão disponíveis gratuitamente no site da referida empresa.

Para realizar a análise de tais informações, será utilizada a técnica de análise de conteúdo, pois através da mesma busca-se extrair informações, para em seguida enquadrá-las em categorias, e assim ser possível fazer uma melhor interpretação dos textos. Em relação a codificação utilizada, foi baseada na estrutura conceitual proposta por Rover et al. (2008), pois a mesma foi constituída a partir do estudo e análise de diversos trabalhos nacionais e internacionais relacionados ao assunto. Essa estrutura também foi escolhida, justamente por dividir as informações ambientais em categorias, sendo assim possível fazer uma análise mais detalhada das informações dos relatórios. No Quadro 1, estão dispostas as 8 categorias dessa estrutura conceitual.

CATEGORIAS SUBCATEGORIAS

1. Políticas Ambientais

Declaração das políticas, práticas, ações atuais e futuras; estabelecimento de metas; obediência a normas e leis; premiações; e participações em índices ambientais (sustentabilidade).

2.Sistemas de Gerenciamento Ambiental

Certificação ambiental (ISOs 9000 e/ou 14000, EMA etc.); auditoria Ambiental

3. Impactos dos Produtos e Processos no Meio Ambiente

Desperdícios; resíduos; processo de acondicionamento; reciclagem; desenvolvimento de produtos ecológicos; impacto na área de terra utilizada; odor; reutilização da água; vazamentos e derramamentos; reparo a danos ambientais.

4. Energia

Conservação e/ou utilização mais eficiente nas operações; utilização de materiais desperdiçados; aumento da eficiência energética, preocupação com

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5. Informações Financeiras Ambientais

Investimentos; custos; despesas; passivos; provisões; ativos; seguros; práticas contábeis de itens ambientais.

6. Educação, Pesquisa e Treinamento

Educação e treinamento ambiental (internamente e/ou comunidade); pesquisas

7. Mercado de Créditos de Carbono

Projetos de mecanismos de desenvolvimento limpo (MDL); créditos de carbono; emissão de gases do efeito estufa (GEE); certificados de emissões reduzidas (CER).

8. Outras Informações Ambientais

Menções sobre sustentabilidade; gerenciamento de florestas; conservação da biodiversidade; relacionamento com stakeholders.

Quadro 1 – Estrutura Conceitual Fonte: Rover et al. (2008)

A partir da leitura dos relatórios, as informações que neles constavam foram enquadradas nas categorias da estrutura conceitual, para assim ser possível realizar uma análise mais aprofundada e organizada dessas informações.

4 DESCRIÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Inicialmente foram observadas a estrutura e disposição das informações de maneira geral, e pôde ser contatado a existência em comum em todos os relatórios do período estudado, além de mensagens institucionais e da diretoria, informações sobre: impactos consolidados causados no meio ambiente pelas operações da empresa, a estrutura de governança, ações e contribuições para a sociedade, a gestão de pessoas, gestão dos recursos e ações ambientais. O que pode-se ver nesses “tópicos gerais em comum”, é que a profundidade e quantidade de informações neles contidas ao longo dos anos foi aumentando. Por exemplo, no RS do ano de 2015, no mesmo tópico eram apresentadas informações sobre os “Resultados e Contribuições para a Sociedade”, em comparação com esse mesmo tópico no RS de 2019, nesse caso tem um título específico chamado “Social”. E nele possui informações específicas e detalhadas sobre os programas sociais, cadeia de fornecimento, relacionamento com os públicos de interesse, iniciativas e associações voluntárias, e os investimentos socioambientais realizados nesse ano. Desta forma fica mais nítido e claro para seus stakeholders tais informações, diferentemente do que acontecia, quando os resultados da empresa eram apresentados juntamente com as ações sociais realizadas. Levando em conta a teoria da legitimidade, com esses subtópicos mais específicos em 2019, até pra ver se a empresa está cumprindo o contrato social que seus stakeholders esperam, fica mais fácil de identificar.

Observando e analisando as categorias da estrutura conceitual mencionada. Na categoria 1 – Políticas Ambientais, em todos os relatórios é deixado claro as regulações e leis que instituição segue, por exemplo, no RS de 2015 é mencionado que são seguidas as regras da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e da BM&FBovespa no Brasil; as normas da Securities and Exchange Commission (SEC) e da Nyse, nos Estados Unidos; do Latibex, da Bolsa y Mercados Españoles, na Espanha; e da Comisión Nacional de Valores (CNV) e da Bolsa de Comércio de Buenos Aires, na Argentina. A evolução neste quesito pôde ser vista na forma como essas legislações foram apresentadas, pois no ano de 2019 em vez de apresentar as legislações que seguem de maneira geral, a cada assunto abordado eram pontuadas suas leis específicas correlacionadas. Por exemplo, quando foi falado sobre a destinação de resíduos, foi mencionada sua Política Nacional dos Resíduos Sólidos (PNRS), seguindo a Lei nº

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12.305/10, onde essa lei só foi apresentada no relatório que falavam especificamente sobre esse assunto. Deste modo, o leitor do relatório consegue ver as leis específicas relativas a cada assunto separadas, para assim fazer com que a parte interessada se sinta segura, por investir numa empresa que seguem ao máximo as leis vigentes, sejam estas nacionais ou internacionais.

Na categoria 2 - Sistemas de Gerenciamento Ambiental e categoria 3 - Impactos dos Produtos e Processos no Meio Ambiente, que abarcam temáticas que se relacionam. Houve uma evolução significativa no número de auditorias, além das realizadas pelos auditores independentes com foco no aspecto financeiro, no ano de 2019 houveram 101 auditorias ambientais, compreendendo 162 instalações, sendo 133 na Área de Exploração e Produção (E&P). Com a auditoria, isso confere um maior grau de confiança aos usuários da informação, como também pode contribuir para atrair novos investidores, pois os mesmos irão acreditar com mais veemência no que está descrito no relatório. Com relação aos danos causados ao meio ambiente, nos relatórios de todos os anos possuem um quadro com diversos indicadores relacionados ao: meio ambiente, segurança, saúde, contribuições para a sociedade, sobre as operações e financeiros. Entretanto um aspecto muito positivo destes indicadores são sua transparência, onde em algumas situações, em comparação com anos anteriores, o quadro de indicadores chega a evidenciar aspectos negativos que muitas empresas poderiam esconder, mas a Petrobrás divulga, como pode ser visto na figura abaixo.

Figura 01 - Indicadores de Meio Ambiente Petrobrás Fonte: Relatório de Sustentabilidade Petrobrás, 2019

Como pode ser visto na figura 01, no indicador que analisa os vazamentos de óleo e derivados, houve um aumento na ocorrência de vazamentos nos anos evidenciados, e mesmo assim essa informação “negativa” foi divulgada. De acordo com a lógica da teoria da legitimidade, tal informação poderia quebrar o contrato social da empresa com a sociedade, entretanto, como uma forma de compensar tal fato negativo essa informação é divulgada. Com o intuito também de demonstrar transparência e verdade para seus stakeholders, como se isso fosse compensar de alguma maneira o dano causado. Esse mesmo dado negativo, é evidenciado quando demonstrado a quantidade de acidentes de trabalho, e até mesmo dos óbitos que vieram a ocorrer de colaboradores em suas atividades operacionais.

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Na categoria Energia, além de demonstrar qual o total de energia “convencional” consumida, o que pode chamar a atenção por um lado dos investidores, por outro lado, no relatório de 2019 também já mostram os tipos de energias que foram geradas. A fim de mostrar para seus stakeholders, que apesar de utilizar fontes de energias convencionais que são altamente poluidoras, a empresa também gera outras formas de energia com o objetivo de minimizar os danos que o uso de combustíveis fosseis podem gerar. Por exemplo, evidenciando o quanto de energia eólica, fotovoltaica foram geradas, e assim passando a imagem que apesar de se utilizarem em grande parte de fontes de energias não renováveis, mas buscam gerar outros de tipos de energia, para não agredir tanto o meio ambiente.

E na categoria Educação, também houve uma mudança positiva, pois nos relatórios anteriores a 2019, principalmente no RS de 2015, não se falava muito sobre a educação ambiental. Passando ao ponto que, no RS de 2019, os colaboradores receberam treinamentos e informações sobre o aspecto, não restringindo apenas a quem trabalha diretamente nessa área, mas com a finalidade justamente de transmitir uma educação e para que seus colaboradores tenham um novo olhar para a sociedade. Ou seja, isso mostra que a empresa não só se preocupa com os aspectos ambientais, mas também buscam fazer com que outras pessoas também tenham essa preocupação.

A partir do RS de 2016, a empresa passou a definir em seu relatório quem eram suas “partes interessadas”, uma maneira de fazer com que seus stakeholders se sentissem mais parte da empresa, e para mostrar que a mesma se preocupa e dá atenção a eles. Como pode ser visto na figura 02.

Figura 02 – Relacionamento com Públicos de Interesse Fonte: Relatório de Sustentabilidade Petrobrás, 2016.

E no RS é explicado o motivo pelo qual esse público mencionado é uma parte interessada para a instituição. Isso começou no RS de 2016, no ano de 2015 ainda não se fazia essa explanação no relatório, e até o RS de 2019 continua sendo exposta essa informação. Contudo em termos de quantidade e qualidade dessa informação, no RS de 2019 houve uma diminuição dessa informação, se comparado ao RS 2016 que vem explicando sobre cada um de seus públicos.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este trabalho teve como preocupação analisar, tendo por base a teoria da legitimidade, as informações contidas nos Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás, compreendidas no período de 2015 a 2019, objetivando avaliar se houve alguma evolução nestas informações, a fim de trazer alguma contribuição para seus stakeholders.

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A pesquisa revelou uma evolução qualitativa, em relação a profundida e especificidade dessa informação ao longo dos períodos avaliados, como também de certa forma, ficou claro que houve um aumento quantitativo no volume de disclosure realizado.

Tendo em vista os conceitos oriundos da teoria da legitimidade, diante do aumento informacional, em alguns momentos fica nítido que apesar de divulgar informações que aparentemente não sejam positivas, a empresa faz essa divulgação de dados como danos ambientais, grande uso de energias não renováveis ou até mesmo acidentes de trabalho, como se fosse para compensar o que foi causado. Ou até mesmo, diante da quebra desse “contrato social” que essa teoria denota, também fazem o disclosure de informações deste tipo para mostrar transparência no seu relatório, mesmo na situação de ser um dado negativo.

Por outro lado, o aumento de certificações, do número de treinamentos ambientais aos seus colaboradores, e a definição no RS de quem seriam seus públicos interessados, a empresa pode ter feito isso com o intuito de trazer confiabilidade, segurança e para motivar seus investidores e stakeholders. Apesar de que, em relação as partes interessadas, ter havia uma diminuição no volume informacional no ano de 2019, se comparado com o que foi divulgado neste tópico em anos anteriores.

Sendo assim ficou constatado que, diante do que fala a teoria da legitimidade e tomando por base os Relatórios de Sustentabilidade da Petrobrás, houve sim uma evolução destas informações prestadas aos seus stakeholders. Como também, levando em consideração a revisão de literatura sobre essa teoria, pôde-se fazer possíveis constatações que motivaram a instituição a fazer o disclosure de certas informações em seus relatórios.

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