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COLEÇÃO FACES DO EU-INFERIOR

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Academic year: 2021

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COLEÇÃO FACES DO EU-INFERIOR

BEZERRA NETO (TRANSMITANTE))

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CRISTANDADE BRANCA UNIVERSAL

FACES DO EU INFERIOR

O NEURO-ALMAL

BEZERRA NETO (TRANSMITANTE)

TRINO HERDEIRO REGENTE TUMUCHY (ORG.)

1.ª EDIÇÃO VOLUME 03 EDIÇÃO DO ORGANIZADOR

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Edição do Organizador

Este livro, no seu todo ou em parte poderá ser divulgado, reproduzido ou transmitido, sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos, gravação ou quaisquer outros sem autorização prévia. Os editores não se responsabilizam por qualquer forma de alteração conteudística, ou ainda por qualquer forma de utilização do presente material, que seja discordante em relação aos ensinos do Mestre Jesus. Direção Editorial: Trino Tumuchy

Adaptação e revisão: Trino Tumuchy Edição do autor

St. Baixio dos Monteiros, 00050 Distrito Romualdo - Crato Fone: (88) 8801-1070

E-mail: tumuchy@aescoladocaminho.com Home page: www.aescoladocaminho.com

Neto, Bezerra; Tumuchy, Trino (org.).

O Neuro-almal. Crato: edição do organizador, 2013. 34p

ISBN:

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~ 5 ~

“Aonde vai o seu pensamento composto na alma, vai o seu corpo. Onde está o seu pensamento, lá está sua alma. Mas a alma se tornou dona do pensamento. Essa é a grande revelação que Jesus nos faz. Agora necessário se faz, diante do ciclo mental, que se abriu desde há dois mil anos, o controle e o domínio sobre a alma”.

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~ 6 ~

S

UMÁRIO INTRODUÇÃO: O ANTISSISTEMA ... 7 PATOLOGIA HUMANA ... 11 O IMPERATIVO INSTITUCIONAL ... 17 A CENTELHA DIVINA... 21 FECHAR A ALMA ... 25 A SENHORA FRUSTRAÇÃO ... 27

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I

NTRODUÇÃO

:

O ANTISSISTEMA

Amigos e irmãos. Quando falamos de formação individual, damos realmente pouca importância aos ingredientes que nos foram impostos em infância, e que nos rechearam e nos recheiam até hoje. Quando assim falamos, nos referimos a certos ciclos da vida em que somente podíamos absorver o que nos passavam, sem nenhum questionar.

Isso foi e é grave porque quando partimos da consciência de que há um antissistema, temos que considerar que ele tem o seu propósito. Nesse sentido, ele, o antissistema se tornou o responsável pelo que somos: um subproduto, simplesmente. Creio que ninguém mais, aqui nessa assembleia, duvida disso. De fato, assim nos tornamos porque a matéria-prima que nos deram foi de baixíssima qualidade. Tudo que veio a compor a nossa formação, assim definimos para o nosso estudo, foram as doutrinas sub. Essas doutrinas nos definem todo o pensamento do antissistema.

O retrato do ocidente nos mostra o que vos digo. Convenceram-nos de que esse modelo ocidentalizado é o padrão de vida ideal e nos arremessaram, dessa forma, a nenhuma qualidade de vida e nenhuma eficiência em termos de inteligência. Temos estudado

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pouquissimamente esse assunto, mas vamos chegar ao momento de examiná-lo melhor...

Mas voltando ao nosso roteiro de hoje, e vos convidando a analisar mais detidamente a anatomia do antissistema, temos em primeiro lugar as entidades ou instituições, que são guiadas pelos pensantes do antissistema.

Em segundo lugar, estão os agenciadores dessas entidades; em terceiro lugar, os agentes dessa entidade e por fim, o indivíduo que somos nós. Digo isso, e vos dou essa ordem, porque, em se tratando do antissistema, tudo se fez e se faz para escravizar o indivíduo. Tal ponto se deu, que não sabemos nem o que, nem quem somos. Desta forma, perco de tal modo meus referenciais, perco a tal ponto, meu discernimento, minha sensatez e clareza; meu entendimento e critério, que perco completamente a minha segurança. Torno-me incapaz de decidir, ainda que sobre pequenas questões. Então passam a tomar decisões por mim a cada minuto e nesse processo, tornamo-nos uma espécie de marionetes, de corpos desalmados.

No nosso estudo, que é o estudo das ciências neurológicas, tenta-se em primeiro lugar, mostrar o que nos aconteceu. No segundo momento, compreender o que nos aconteceu. No terceiro momento, tenta-se resgatar uma

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personalidade perdida. Não falamos nem de identidade, porque, primeiro precisamos conquistar uma personalidade, que é o nível e o objetivo mais imediato...

Perdemo-nos de tal forma, que um indivíduo considerado normal tem, medianamente, entre doze e dezesseis perfis, máscaras que usa diariamente, que são eleitas por cada um, como ideais a cada situação ou circunstância, e que são atores, são atrizes que desempenham segundo nossos interesses e intenções. Infelizmente, esse estudo nunca foi aprofundado nas questões das ciências neurais, porque seria, de fato, revelar o antissistema...

Eis porque há um atraso grandessíssimo no ocidente em relação às ciências neurológicas; atraso esse, sobre o que seria realmente simples. Mas deixa de ser simples, quando entram em cena os nossos patrões, os nossos senhores; falo basicamente o pensamento ocidental.

Porque todos nós já lemos sobre os imperativos do padrão ocidental: a materialização, a superficialidade, e por aí adiante... Já estamos cansados de ler, de saber. Mas por que isso não entra no campo de minha atenção, de minhas preocupações? Porque fazer essa inversão, para os padrões ocidentais não significa nada.

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No oriente, o que penso é tudo. Se aqui somos definidos pelo que possuímos, ou pela situação financeira, intelectual, profissional, pelo que conquistei em termos materiais, no oriente eu sou exatamente o que penso, não o que possuo. Vocês conseguem ver a dimensão dessa distância entre esses dois fatores fundamentais ao equilíbrio da vida universal, que é a vida espiritual?

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PATOLOGIA HUMANA

Sim, porque tudo está aqui, agora. É um engano os espíritas dizerem: “agora vou cuidar da minha vida espiritual”, como se a cada segundo não estivéssemos plenos dela; como se cada ação decisão, opção, não tivessem repercussões. Então criamos o absurdo, que é viver sem ter sequer a mínima percepção dos resultados, das consequências.

Mas elas vêm, cedo ou tarde, elas vêm. Estamos vendo a sociedade ocidental num verdadeiro caos estrutural. E tudo que sabemos é experimentar falsas sensações. Porque o que chamamos de sentimentos são falsas sensações.

É gravíssimo o fato de eu fazer a mim mesmo uma pergunta e não conseguir responder, não possuir a resposta, porque já me coloca na consciência de estar perdido. Como posso tomar decisões, fazer opções, se não tenho respostas em mim? Então se dá o desastre, porque seria muito fácil se a vida esperasse. Mas temos que viver, minuto a minuto, e viver nesse sentido é construir.

Há aí outro ledo engano: eu não construo fora de mim, mas dentro. O que se constrói fora é somente ilusão. Eu tenho minha família. Mas até quando ela estará perto de mim? Pode ser até você desencarnar, mas pode ser que

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não. E o meu carro? O meu emprego, minha saúde?

Tudo isso nos parece ser somente uma construção de fatores emocionais. Então repito: é dentro de cada um, não fora. Estamos falando que se não construirmos um estado emocional dentro de nós, estamos sujeitos a todos os impactos do que pode vir a não se confirmar, segundo o que imaginamos.

Assim a mãe perde um filho e a vida dela acaba. Mas vejamos o absurdo, a loucura dessa ideia, desde sua construção, completamente equivocada: será que ela, realmente, perdeu o filho? Perco o meu emprego e me detono. O pai de família que não tem um comportamento adequado e é descoberto também se detona e é detonado...

Assim se dá a patologia humana, porque se optou por formar a estrutura fora, e esse foi o grande equívoco: como se fosse possível uma casa, em simples paredes de cimento, ser o fator de minha segurança; um carro ser o símbolo do bem sucedido; como se um emprego, ou uma esposa, ou um marido fosse sinônimo, automaticamente, de felicidade; um filho, ou mais...

Sim amigos! Essa é uma receita já bastante testada e nunca deu certo para ninguém. Então seguir esse modelo, nos parece não possuir

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nenhuma inspiração da inteligência. Mas se não nos atentarmos, estamos construindo a mesma coisa, dentro dos mesmos padrões, dos mesmos conceitos, da mesma condição. Simplesmente estamos num mundo mais novo onde as projeções falsas são imensas e temos ainda, por conta de certa vitalidade, os efeitos menores dessa realidade. Mas eles virão, cedo ou tarde...

Olhando para cada um, somos um produto real de pai e mãe. E por que não seríamos se foram eles os nossos doadores, inspiradores? Se foram essas as pessoas das quais jamais duvidamos, até então? Falamos de fé cega. Sim, fé cega...

Estou dizendo que não tínhamos nem como questionar o que eles nos disseram, senão viver absorvendo e reproduzindo. Contudo, qualquer iniciativa contrária foi reprimida, porque toda essa entidade, estrutura família (cujos agenciadores são pai mãe, os agentes são tios, tias, primos etc., produto também do antissistema) é irredutível e os herdeiros somos nós, que, quando criança somente herdamos, desde os níveis mais primários da ignorância, às maiores angústias, os maiores conflitos.

Agora, perguntamos: para onde foi todo esse amontoado? Será que não está hoje a me inspirar? Sim, está. Pois bem: é isso que chamamos de neuro. São problemas de toda

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ordem: sexuais, relacionais, comportamentais, níveis de submissão, materialismo, superficialidade, e toda ordem de conflitos e problemas que possamos imaginar, em maior e menor grau de cada um a cada um, naturalmente, mas nos estigmatizando a todos.

Então eu defino claramente, com vistas a fechar a questão: somos somente consequências até nesse momento. Quem pode classificar uma ação, como real e propriamente sua, que não seja pertencente a essa herança a que me refiro?

Contudo, há algo que acontece, que de vez em quando me faz refletir. É uma espécie de contradição do que sou em psíquico e o que sou dentro de mim. São impulsos nobres, que não sei explicar, ou uma tendência nova, de uma religiosidade... Isso se confunde em nós. Mas o psíquico, que tinha o grande tratado de compor a vida, logo morre, assassinado pelas entidades, pelas instituições. A simbologia dessa morte é que o indivíduo vale menos do que a entidade.

Vou a um fórum, tentar conversar com o juiz. Será que consigo? O juiz está lá, como agenciador, representante da instituição. O antissistema o fez mais importante do que a mim, mas deveria ser o contrário, porque o único sentido de o juiz estar ali é o indivíduo.

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Mas aconteceu a inversão, e por aí nos desclassificamos, nos diminuímos ao limite porque fomos subjugados, fatiados, guilhotinados, expostos ao ridículo pelas doutrinas classificadas como sub: subvida.

Falamos em doutrinas sub. Vejamos a música, a arte, a forma de ensino, advinda da pedagogia; enfim, as estruturas sociais ocidentais, a imprimir a todo instante padrões de ordem sub. Quais as chances dessas crianças na atualidade? Nenhuma, porque fatalmente criarão mentalidades iguais às nossas. Então, aos eleitos o caminho está pronto e os periféricos, são realmente periféricos e assim tudo tem caminhado.

Qual a relação do que vos falo com o nosso estudo neuro? Sim, há aí estreitíssima relação. Porque o primeiro resgate a fazer é entender o que aconteceu conosco, ou não há possibilidades. Algumas pessoas teimam em imaginar que é possível ir adiante sem compreender o meu processo. Mas é somente ilusão. Porque o que não compreendo, fatalmente me prende. Então estou preso. O tempo passa, mas também é outra ilusão. Eu, simplesmente, estou preso.

Nós todos estamos presos em algum momento, em algum ciclo: falamos em períodos de sete anos: 07-14; 14-21; 21-28; 28-35... Como

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avaliar em que momento ficou preso? Pelas reações emocionais e pelo comportamento. Via de regra, estamos na adolescência...

Gostaria de ressaltar, que, no nosso estudo, o foco não é de cunho científico tradicional, a ciência da Terra, mas de natureza espiritual. Caminharemos numa vertente realista e filosófica, contudo falamos do extra material, o que nos colocará significativas distâncias em compreensão e em relação à ciência terrena.

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O IMPERATIVO INSTITUCIONAL

É-nos bastante grave, habitarmos este corpo, e não conhecê-lo em essência. Para o ocidental isso não é importante. Ao ocidental, importa vestir este corpo. Dar-lhe um sapato, um xampu; terno e gravata. Mas as estruturas, sistemas, funções, finalidades, isso nos parece não ser interessante ao indivíduo geral.

Vou ao médico, que me é um estranho, e nas mãos dele deposito minha vida. Quero esclarecer, que nesse momento estou confiando na instituição. Nem me passa pela cabeça que ela é composta por indivíduos. Quero trazer-lhes, amigos, a ideia do imperativo porque em nós repousa, incondicionalmente, a obediência ao imperativo. A própria estrutura social foi feita para o imperativo.

O médico é imperativo a mim, como o professor, e tantos outros, porque a instituição é imperativa. Nisso, o indivíduo morre. Mas ao mesmo tempo, quando saem da instituição, seus agenciadores passam a ser indivíduos. Esse é o gargalo do círculo vicioso. O juiz, ao deixar seu posto, ao deixar sua cadeira, se torna um indivíduo, quando adoece, quando vai ao mercado. Então vejamos, que ao mesmo tempo em que o juiz sustenta o antissistema, é também vitimado por ele. Então se diz que o antissistema

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engoliu todos... Agora, isso repercute no neuro, nas nossas alucinações e desvarios.

Todo esse aglomerado de práticas

sub repercutem neurologicamente, afetam o

nosso equilíbrio, potencializando muito mais a nossa alma, e sabemos claramente que não é possível pretender nenhum nível de equilíbrio sem o domínio da alma. Sobretudo quando falamos, com já foi dito, do cavalo, da tração que esta alma pode nos impor, e que se traduz em impulso incontrolável.

Para se ter uma ideia da animosidade dessa alma, em termos de energias rudes, ela é bastante íntima do corpo elemental, que é basicamente de uma constituição mineral, vegetal e animal. É por isso que no Oriente dizem que a alma é uma manada de elefantes em fúria, possuídos pelo eu-inferior e sedentos de prazeres, desejos, desregramentos etc.. Daí se diz:

- Não solte as rédeas da alma, porque no primeiro momento você perderá o controle, e depois o domínio da sua vontade, porque ela – a sua vontade - passa a ser imposição da alma. Somos já portadores dessa anomalia, porque hoje é a alma que faz as nossas opções.

Então, como eu vos tenho falado, no oriente a disciplina e forte, porque se sabe que em qualquer descuido o cavalo se desvia e arrasta a

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carroça. E, nesse caso, o mestre, que é o cocheiro não tem força de segurar.

Diante do que digo, vem aí uma pergunta: como reter um impulso? Temos a liturgia da pedra, do estilingue e da vidraça. Quero dizer, que estamos sempre armados. O estilingue está esticado, com a pedra na mira. Este é o impulso. A qualquer estímulo, eu solto. Dizem os sábios que três coisas não se recuperam: o pensamento perdido; a palavra dita e a flecha disparada. Não há como reter. E a tradução disso: a flecha é a minha intenção, direcionada a um alvo. O pensamento é o que contém uma parte de mim, que mesmo em neuro, é essência. E por fim a palavra dita, porque ela é sentença.

Aonde vai o seu pensamento composto na alma, vai o seu corpo. Onde está o seu pensamento, lá está sua alma. Mas a alma se tornou dona do pensamento. Essa é a grande revelação que Jesus nos faz. Agora necessário se faz, diante do ciclo mental, que se abriu desde há dois mil anos, o controle e o domínio sobre a alma.

O apocalipse, recebido pelo Pai Seta Branca, é a advertência sobre o descontrole dessa alma, se viesse a acontecer como aconteceu. Mas é tão distante entre Moisés e Jesus, que Moisés doma o corpo, e Jesus doma a alma. Tanto que o

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próprio Jesus é tentado, e vence a sua alma. O Evangelho fala disso, satisfatoriamente.

O autodomínio é sobre a alma, porque todos os desejos carnais nascem da alma. E o que formou essa alma? Todos os padrões aceitos, essas supostas verdades aceitas do mundo ocidental, que estão presentes em nossa formação, e aí voltamos à questão inicial desse encontro.

Quando se fala de nossa formação, claramente, ela nunca foi sociológica, porque um estado sociológico é composto do estado psicológico. Falamos então de um sociologismo, composto por um estado psíquico, que foi entregue como antissistema para liberar o instinto almal, selvagem, animal, sedento; nada o satisfaz; tudo lhe é pouco. Daí nasce o egoísmo, a ambição desmedida, vaidade e tudo parece não possuir limites.

Noutro nível, falamos do sociologismo ocidental, que vem de Roma, o que nos quer significar paixão por posse, domínio e poder. Hoje temos uma humanidade sem alma, sem o pensamento frater, de igualdade, de justiça, de liberdade. Não existe porque nós fizemos a inversão e é por isso que se diz: essa é uma humanidade desalmada.

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A CENTELHA DIVINA

Num outro sentido, quando falamos sobre a alma, estamos falando da centelha divina. Ela é a permissão para se adquirir um corpo, caso contrário, não há condições. Uma espécie de passaporte para o encarne. Essa centelha divina é que me dá condições de todo o processo biológico, desde geração, nascimento, desenvolvimento. É um empréstimo concedido por Jesus. É assinada por Jesus, como permissão reencarnatória. Não há como vir ao mundo sem ela, porque a alma é a centelha divina, que se torna a confluência primordial para as possibilidades evolutivas, mas ao mesmo tempo, vem num entrosamento muito íntimo com o psíquico, e aí está a nossa questão.

O períspirito constrói um molde provisório dele, que é a alma. Ela vai ser um armazém provisório das minhas experiências, ações, dos resultados dos meus pensamentos, sentimentos, enfim, de toda minha arquitetura. Num desencarne normal, o períspirito absorveria a alma, caso contrário estou em problemas. A alma vive e acrisola o espírito. Então não convém dizer que no etérico há muitos espíritos. Não, isso não procede. Há muitas almas de espíritos acrisolados. Isso se dá por apego, vaidade, egoísmo, enfim. Por isso Jesus fala que é preciso

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morrer para viver. Ele não falava do corpo físico, mas da alma.

Hoje, precisamos convergir rapidamente para a morte da alma, porque temos o Evangelho muito claro. E se você pretende matar a alma, tens que aplicar o Evangelho. Se sua alma está morta, você tem domínio, liberdade. Caso contrário, você é escravo, sem meio termo.

Essa estrutura neuro se compõe de energias psíquicas. Todas as energias psíquicas dessa encarnação vão compor a estrutura neuro. Contudo, o grave é que o neurológico vai para a matriz e a matriz absorve tudo isso, transformando em estado psicológico. Então, vejamos. Eu vou repetir, porque isso é muito importante: psíquico fabrica; o neuro absorve. Ele é um mensageiro que leva à matriz e entrega ao seu estado psicológico. O espírito possui um estado psicológico. Por isso o espírito é doente; por isso o espírito pode ser doente, simplesmente, porque se o meu corpo é doente, e ele é um reflexo do meu espírito, então por conclusão natural, meu espírito apresenta enfermidades. É um ledo engano pensarmos que o meu espírito é perfeito, e muitos espíritas pensam dessa forma. Isso, contudo, é somente uma ruptura, um corte que fazemos, e que nos custa caro. Separamos a nossa encarnação da vida espiritual.

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Mas a vida é somente uma, esteja eu encarnado ou não. Se eu não crio a ideia de ruptura de separação, eu digo que o meu espírito sou eu. Isso me joga, imediatamente, num plano de muita responsabilidade. Os fatos nos mostram isso em muitos momentos: se dou um tiro no ouvido, logicamente, eu deformei o meu corpo perispiritual; atinjo imediatamente o meu espírito. Claramente sim. Então, reafirmo que o espírito adoece. Porque se o meu neuro adoeceu e vai transportar isso para o estado psicológico, que pertence ao espírito, então este estado psicológico estará debilitado.

Nesse sentido, há somente um corpo que nossas ações não atingem: a consciência. Este é um corpo que ninguém tem acesso. Porque Ônus deposita todos os níveis de sua consciência em cada um. Então a consciência vai despertar, cedo ou tarde. Mas em todo o nosso trajeto, não temos como danificar o corpo consciência.

Voltando ao foco de nossas patologias neurais, o produto imediato de tantas doenças é o carma. Se partirmos do ponto de que o neuro guarda exatamente minhas intenções e interesses, valores e importâncias, temos que admitir que eu sei, dentro de mim, em todos os instantes, o que pretendi. Caso tenha sido enganar, se foi roubar, se foi mentir ou não. Mesmo que os outros não saibam e me tenham

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em grande conta. Num exemplo: dei um abraço em alguém. Por que dei? Pode ser por um nobre motivo, mas também pode ser que não. Eis a questão. Vou ali. Por que vou? Então todo movimento nosso deve ser refletido, seriamente refletido. Devo, sempre, consultar minhas intenções e interesses. É difícil agir assim porque, pela própria ação e pela força que nossa estrutura neuro nos descarrega: ela não vai permitir, ou vai tentar não permitir que façamos essa análise criteriosa de nossos movimentos, de nós mesmos. Quero dizer que ela vai sempre nos induzir a agir no impulso, que é a ação não raciocinada. Então, prestemos atenção em nossos impulsos...

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~ 25 ~

FECHAR A ALMA

Devemos dizer, que toda vez que eu me abro para alguém como referência, como referencial, a essa entidade eu entrego minha alma. Por isso eu digo muito assim:

- Feche seu corpo.

Mas fechar o corpo, amigos, é fechar a alma. É o caso da palavra e do espírito. A questão não é carne. Desencarnem-se. Então se fecha a alma. Sim, por que quem disse que estamos aqui em corpo? Estamos em alma. Somos almas. Porque entregam a alma hoje a qualquer um que vos dê uma sugestão.

Onde estão suas intenções, interesses, ações, tendências, valores, níveis de importância... Onde estão? Na alma. Então nos relacionamos na alma, não no corpo. Estes superficiais entendimentos, se dão porque insistimos em um concretismo que não existe. Quando abraço alguém, estou abraçando a alma, não o corpo. Eu estou com a capa. Você me abraça e não diz que abraçou a capa, diz que me abraçou. Pois bem. Isso confirma o que vos digo.

E para fechar a alma, abra o seu coração. Abrir o coração é não possuir interesses e intenções escusas. É reordenar seus valores, de acordo com o Evangelho, com a vida. Porque eu pergunto:

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- O que é mais importante: minha família ou meu carro, minha amante? Minha família ou meu emprego que me escraviza? Meu carro ou você?

Ao responder estas perguntas, vou elegendo valores e isso me define em importância. Muitas coisas assim deixam nossa alma aberta, como uma casa sem portas, em que qualquer um pode entrar e fazer o que quiser. A alma nessa situação fica extremamente sujeita a sugestões, e sendo assim, estou dizendo claramente que possuo em mim níveis de oculta intencionalidade e pequenos interesses em alto grau.

Daí vêm as reações em comportamento. O orgulho, por exemplo, é uma consequência dessa prática, dessa ordenação de valores, que tolamente vamos fazendo vida a fora. Vaidade, egoísmo, e assim por diante. Sim, são somente reações comportamentais...

Se fosses inspirado pelo mestre, este lhe traria paciência, tolerância, humildade; mas a alma traz a raiz animal. Esse é um velho roteiro, já nosso conhecido.

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A SENHORA FRUSTRAÇÃO

Depois que fui ao Tibet, com Darkus-kan, ele me entregou, durante dois anos, a um grupo de psicoterapia. Eu faço esse trabalho, muitas vezes aqui. O que estas passagens nos dizem é que é urgente reavermos o controle do pensamento. Porque claramente definimos que o meu pensamento, hoje, pertence à minha alma.

A primeira grande busca do espiritismo, é o resgate da alma. Nesse sentido, temos segmentos mais intensivos e outros mais brandos, mais amenos, mas todos mostram que é fundamental o resgate dessa alma. Porque se ela não está junto a mim, eu estou aqui somente em corpo. Mas verdadeiramente, estou onde ela está. Por essa razão os centros espíritas têm sofrido. É algo em que somente se vê confluência de corpos, um aglomerado de conflitos, de intenções malfazejas etc.. Um recinto que deveria ser um lugar para se buscar uma concentração, de consciência, se tornou a casa do lobo, pelo próprio padrão estabelecido, que determina a frequência vibratória.

Mas esse grupo em psicoterapia, a que me referi, passou por um curso intensivo de dois anos. De início éramos 12 encarnados, terminando com 02: eu e outro. Nesse período tivemos fortes experiências práticas. Estávamos

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estudando a estrutura neuro; os efeitos da ação, do pensamento no neuro e a composição desse neuro em razão da alma, ou como a alma dispunha de tudo isso. Esse grupo era comandado por dois psicólogos do mundo espiritual, que trabalham aqui como Pai Juvêncio e Mãe Sabina do Espaço.

Amigos, irmãos. Alertemos porque uma das coisas mais realistas, mais tristes, mais duras é a nossa vivência na alma. Por isso eu tenho o escrúpulo de guardar certas coisas. Por que é tudo muito forte. Falamos de vidas paralelas, de coisas ocultas aos olhos físicos. Mas é tudo muito forte...

E especialmente hoje, tal se dá o nível de domínio, que tenho que ter cuidado com a música que ouço, o filme que vejo, a leitura a que me entrego etc., porque são fortes indutores. Mesmo quando você domina a alma, deves ter cuidado, por que ela entra em coma, o que quer dizer que você está no comando. Mas, ainda assim, estes indutores são, realmente, muito fortes.

Voltando ao grupo, nós nos reuníamos em alma. Eu digo em alma porque as pessoas confundem muito, sentem muita dificuldade em discernir minha projeção em espírito e minha projeção em alma. Nossa razão, aqui transcende. Eu converso com vocês em alma,

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e no mesmo instante vejo o seu espírito trabalhando... Mas, para uma definição clara, quando a imagem que se projeta é essa, do corpo físico, essa é, certamente, uma projeção da alma. Agora, quando vejo alguém, em indumentária, com traços diferenciados, porte diferenciado, então ali é o espírito.

Nesse dia, que quero vos contar, fomos visitar uma senhora de aproximadamente sessenta anos. Então nosso estudo se deu no campo neural dela e a projeção dessa vida em termos de reflexos na alma. Ela viveu no estado do Goiás e muito cedo se apaixonou por alguém. Mas seus pais, entretanto, não deixaram que isso se tornasse em um enlace, um casamento. Dali por diante se deu a divergência. Ela tinha, na época, 17 anos de idade. Guardou aquele amor não vivido. Numa família de 11 pessoas, ela ficou estigmatizada como virgem, encalhada, e essas coisas, esses ditos...

Mas, com 25 ou 26 anos ela começou a sonhar. Nestes sonhos, ela encontrava um homem e eles, romanticamente, trocavam juras de amor. Desde então, esses sonhos passaram a alimentar em cem por cento a vida dela. Com o passar do tempo isso foi evoluindo. Muitas vezes sonhava casando, constituindo família e tudo mais. Esse homem era bom, era cavalheiro, era

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perfeito para ela, e tudo ali, se desenrolava como ela sempre sonhara.

Quando chegamos a visita, era um lugar muito parecido com o lugar onde ela vivera na Terra. Havia uma casa muito bonita, linda mesmo, que compunha um pequeno sítio. Ali estava ela, o marido, os filhos que lhe haviam dado netos. Ela parecia a pessoa mais feliz do mudo.

E vendo tudo aquilo, eu fiquei feliz; comentei, inclusive, com Pai Juvêncio:

Meu pai! A verdadeira vida é essa; ela não conseguiu realizar-se na Terra, mas conseguiu aqui! Que bacana, que lindo...

- Não meu filho, não te iludas. Tudo que vês aqui é, simplesmente, projeção neural de nossa amiga. Nada disso é real.

Estarreci. - Como pode!

Pensei comigo, tamanha a realidade do que eu via. Ali ainda permanecemos o que aqui, na terra, equivaleria a uma semana. Durante este tempo, pudemos observar que, regularmente, todo aquele cenário desaparecia e se tomava de uma grande escuridão. Ela, então, se descabelava. Gritava, parecia louca. Tinha acessos de ira, de ódio etc..

Quando ela ficava assim, logo o pai aparecia. Contra ele, ela tinha reações violentas:

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esmurrava-o, culpava-o, esbravejava, demonstrando toda revolta que guardava... Então, depois de esvair-se energeticamente, serenava cansada.

Dentro em pouco a mãe aparecia, dizendo-lhe que ela era uma filha muito benquista, muito amada, muito querida por todos; acariciava-lhe os cabelos em carinho e cuidado.

Então amigos, Pai Juvêncio dizia-nos que em toda aquela confusão, a mãe era o único elemento real. Através de menteo, ela conseguiu energia de tornar toda aquela suposta vida ‘realidade’. Estava prisioneira daquilo que ansiara ter, possuir, e que não conseguira.

Outro aspecto interessante, é que ela era bastante católica. Mas buscava na religião, não um alento à alma ou um ameno ao coração, mas como fuga de sua infelicidade. Vez por outra a encontrávamos em preces destinadas à Nossa Senhora. Contudo, aquilo também era somente projeção. Vejamos amigos: aqui, como encarnados, facilmente nós identificamos as coisas. Mas no etéreo não, tudo é mais difícil.

Em momento mais calmo, conversamos com a mãe dela, que nos relatou sua condição: aprisionada àquela situação, sem poder abandonar a filha, e também sem recursos de um auxílio mais substancial.

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De um modo ou de outro, durante aquela semana trabalhamos fortemente. Doações de energias desobsessivas, ectoplasma etc., além de todo o auxílio dos mentores. E ainda assim não foi suficiente.

Cerca de três ou quatro anos depois, por curiosidade, eu voltei a visitá-la. Tudo ainda estava do mesmo jeito. Ela vivia a mesma situação, e talvez, hoje ainda esteja lá.

Esse é um processo, um caso. Existem milhões. Eis o perigo de não governar o pensamento. Porque o entrego a qualquer comando, a qualquer sugestão, a qualquer situação. Então, me coloco em situações muito perigosas, de paixões, desejos, desonestidades etc.. E não faltam espíritos do outro lado, astutos, técnicos em obsessão, mercadores, comerciantes de almas, que, se ainda não se apoderaram, fatalmente o farão.

Quando falamos sobre alma, neuro, intenções e interesses, quando falamos em valores em desordem, ou da importância que damos a tudo, tudo isso se torna muito perigoso. Temos visto homens de força, de muita força, completamente dominados no neuro, advogados de causa própria; de interesses que não são crísticos, de interesses pessoais, compostos de desvalores construídos, como cartilha, como regra

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a nortear o pensamento, a alma. Então, mergulha-se na posmergulha-se, poder e posmergulha-sessão...

Salve deus amigos. Que Jesus nos abençoe a todos.

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~ 34 ~

“Agora, estamos falando da alma. E ela é

a centelha divina. Ela é a permissão para

se adquirir um corpo, caso contrário, não

há condições. Uma espécie de passaporte

para o encarne. Essa centelha divina é

que me dá condições de todo o processo

biológico, desde geração, nascimento,

desenvolvimento. É um empréstimo

concedido por Jesus. É assinada por

Jesus, como permissão reencarnatória.

Não há como vir ao mundo sem ela,

porque a alma, é a centelha divina, que

se torna a confluência primordial para

as possibilidades evolutivas, mas ao

mesmo tempo, vem num entrosamento

muito íntimo com o psíquico, e aí está a

nossa questão”.

Referências

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