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Possibilidades de Existir: a trajetória da mulher de Outro a possuidora de múltiplas subjetividades.

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Academic year: 2021

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Possibilidades de Existir: a trajetória da mulher de “Outro” a possuidora de múltiplas subjetividades.

Ananda Winter Marques1

Nas últimas décadas, os movimentos, teorias e estudos feministas vêm trazendo questões que colocam no centro de debates concepções que já foram tidas como certezas. Desde que Simone de Beauvoir (1949) fez a emblemática afirmação, em sua obra O Segundo Sexo, de que “ninguém nasce mulher, torna-se”, o debate acerca das subjetividades das mulheres vem sendo cada vez mais abordado pelas/os teórica/os feministas.

Através dos questionamentos abordados pelas teorias feministas, multiplicam-se as possibilidades de existir das mulheres e, consequentemente, quando colocamos as antigas divisões entre homens e mulheres em questão, também ampliam-se as formas de ser entre os homens. As oposições binárias, que atrelam um sexo biológico a um gênero específico e a uma única forma de ser e amar são postas à prova. O feminismo, que na sua trajetória desvincula gradativamente mulheres de papéis anteriormente naturalizados, leva-nos às subjetividades fluidas, às fronteiras, ao transitório e não enrijecido.

Dentre os binarismos que passamos a reconsiderar está a oposição entre razão e emoção além da divisão cerne da crítica feminista entre a esfera pública e privada, bastante explorada por Carole Pateman.Na sua obra clássica, O Contrato Sexual (1993), Pateman ilustra como o contrato original, que teria fundado a atual forma de sociedade civil e direito político, é também um contrato sexual. Através dele cria-se tanto a liberdade, quanto a sujeição; a liberdade dos homens e a sujeição das mulheres. Embora fale-se de liberdade civil universal, a liberdade é um atributo masculino presente, apenas, na esfera pública.

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É nesse sentido, que temos que as esferas pública e privada, originadas pelo contrato, da forma como são tradicionalmente concebidas, são responsáveis pela criação, respectivamente, de relações consideradas como sendo entre indivíduos iguais, bem como de relações hierárquicas. Conforme Pateman (1993), a esfera pública é de domínio do indivíduo, da legislação civil e da liberdade, é a esfera dos homens, do sujeito universal do liberalismo.

Às mulheres, resta a esfera privada. Considerada politicamente irrelevante, ela é, na verdade, a base para que a esfera pública exista. A esfera privada, surgindo como a que permite relações de dependência e subjugação entre seus integrantes, transforma a mulher e os filhos em dependentes da vontade do homem, o qual atua na esfera pública como o indivíduo livre e entre iguais. Além disso, a mulher passa a ser vista como naturalmente subordinada à família.

Assim, Pateman constrói a forma que elas se opõem, argumentando que:

“A esfera privada, feminina (natural) e a esfera pública, masculina (civil) são contrárias, mas uma adquire significado a partir da outra, e o sentido de liberdade civil da vida pública é ressaltado quando ele é contraposto à sujeição natural que caracteriza o domínio privado” (Pateman, 1993, p. 28).

Dessa forma, vemos que a oposição binária esfera pública/ esfera privada, adquire sentido a partir de outros pares opostos que criamos, como: natural/ civil, masculino/ feminino, onde há um o outro tem que estar ausente. Como evidenciado acima, as divisões entre as esferas privada e pública que atribuem diferentes papéis para homens e mulheres, nada têm de naturais. A sujeição das mulheres e sua necessária associação ao mundo privado, à casa e ao cuidado, tem uma história que inicia junto com o contrato social, e é sustentada por uma série de discursos políticos, que naturalizam o social.

A separação das duas esferas separa dois mundos, natural e civil, mas também separa dois papéis específicos a serem desempenhados por homens e mulheres, não há espaço para o trânsito, o que há é divisão. Tal discurso histórico, que pretende ter razões fundamentadas na natureza é definido por Foucault como regime de verdade, o qual produz a circulação de enunciados que serão tidos como certezas definidoras de comportamentos, instaurando verdades sobre o ser (Swain, 2011).

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Além dessa oposição entre as esferas pública e privada e a vinculação histórica das mulheres à segunda, o questionamento dos binarismos, alcançado através das teorias feministas, força-nos a desvincular gênero, sexo e desejo, e faz com que encaremos identidades fluidas. Em Gender Trouble (1990), Judith Butler evidencia que os pares homem/ mulher e masculino/ feminino não podem ser vistos enquanto naturalmente vinculados à estrutura biológica de um corpo.

A distinção entre sexo e gênero foi introduzida pelas teóricas feministas, Butler (1990) indica, no intuito de disputar a noção de que os destinos seriam biologicamente definidos. Dessa forma, separar o sexo do gênero tornou claro que mesmo que o sexo seja atribuído por fatores biológicos, o gênero nada tem de naturalmente atrelado a ele, dado que é uma construção cultural. Segundo a autora, essa distinção tem como marca a descontinuidade entre corpos sexuados e gênero.

Se o gênero independe do sexo, ele é uma característica livre, não há nada que o induza a se expressar apenas através das oposições masculino e feminino. Assim, mesmo que o sexo ainda assuma divisões binárias, o que Butler questiona, não há necessidade de que, feita a separação entre os termos, o gênero continue assumindo apenas duas possibilidades. Conforme Butler (1990, p. 7) escreve, persistir na crença de um sistema binário de gênero nos mantém presas no entendimento de uma relação mimética entre o que acabamos de separar, gênero e sexo.

No entanto, mesmo a divisão de sexos de forma binária é revista por Butler (1990). Para ela tal separação possui uma história, da mesma forma que o gênero, e, se o sexo tem uma história, ele também pode ter sido culturalmente construído. A partir dessas investigações, a autora questiona se os fatos “naturais” do sexo não seriam formados discursivamente para sustentar interesses políticos e sociais. Dessa forma, Butler (1990) chega, até mesmo, a questionar se o que chamamos de sexo também não foi sempre gênero.

Além de fazer com que reconsideremos e desfaçamos as separações entre os comportamentos ditos pertencentes a homens e mulheres, bem como revermos essas duas categorias, as teorias feministas, indica Rago (2004), transportam-nos para um espaço onde são reconsideradas as antigas oposições entre as subjetividades das mulheres,

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quando opúnhamos a mãe à mulher independente e à prostituta. Rago (2004, p. 4) sustenta que, além das suas investidas contra o sujeito masculino, as feministas apontam a criação de um sujeito feminino universal como fruto dos discursos da igreja, da família, do olhar masculino, e, principalmente, da indústria de consumo.

É nesse sentido que Luce Irigaray (2004) faz a sua crítica ao sujeito universal uno e masculino, e também ao outro desse sujeito. A mulher enquanto o outro construído a partir do sujeito masculino assume, segundo ela, a mesma característica universalizante. Para ela, o outro é sempre o outro do mesmo, e não um outro sujeito. Desta forma, Irigaray visa tirar o outro da sua sujeição à autoridade do sujeito, e desconstruir sua constituição enquanto outro do mesmo. Tal constituição se dá à medida em que o outro apesar de frequente tanto na filosofia quanto na religião, não é definido em sua realidade efetiva e, se constitui sempre como outro “eu”, ou o outro a partir do sujeito e que contará com mais ou menos dele na sua formação (Irigaray, 2004, p. 3).

A proposta de Irigaray é, então, que abandonemos a mulher enquanto o outro sexo, de modo que ela possa assumir a categoria de outra irredutível ao sujeito masculino universal. Este processo, em que tiramos as mulheres em todas as suas pluralidades do enquadramento universal de outro único do sujeito masculino, segundo Rosi Braidotti (2002), requer que abandonemos pensamentos historicamente definidos com o intuito de estabelecer as subjetividades “normais” dos seres humanos. Conforme ela coloca, o feminismo aponta a necessidade de que pensemos de novas formas a nossa condição histórica e, a partir disso, nos reinventemos.

Reinventar-se, explica Rago (2013, p. 152), é um processo que nos leva à separação de quem fomos, para que, dessa forma, possamos construir outras subjetividades, em um processo que cria novas formas de expressão. A reinvenção de si é antecedida pela percepção do carácter histórico dos discursos normatizantes que colocam à prova o nosso próprio espaço de formação o que faz com que questionemos, também, a nós mesmos.

A medida em que questionamos o regime de verdade; onde a verdade é definida por Foucault (1996) enquanto um conjunto de discursos ligados a sistemas de poder que constrói inclusive a ideia de natureza humana para justificar o poder de uns sobre os

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outros; questionamos, como indica Butler (2005), o regime pelo qual nós nos constituímos, desse modo, o autoquestionamento é uma obrigação ética que se segue a tais enunciados normatizantes.

Nesse sentido, Rago (2013) destaca que a historicização dos modos de subjetivar que Foucault encontra no Ocidente implica na aceitação da “existência de modos diferenciados de formação do indivíduo, tanto na relação com os códigos morais, quanto na relação consigo mesmo, ao longo da história” (RAGO, 2013, p. 49). Ainda seguindo ela, é isto que possibilita que as práticas modernas, através das quais opera a produção de si, sejam desnaturalizadas.

Em outra obra, Rago (2004) constrói a sua crítica ao que ela chama de “mulher cordial”, nesse mesmo sentido de desnaturalização e quebra de padrões de construção de si. Conforme ela, a “mulher cordial” reafirma o lar, e possui uma postura sedentária. Porém, a autora registra que o lar deve ser abandonado, visto que ele assume papel protagonista na tarefa de constituir identidades normatizadas. Para a autora, essa subjetividade cordial nada tem da subjetividade almejada pelo feminismo, aquela que intensifica os cuidados de si, abre-se para a relação com o outro e cria novos vínculos de sociabilidade.

Quando colocamos todos esses aspectos do que tínhamos como certeza em questão, reposicionando oposições e mesmo desfazendo-as, vemos que as teorias feministas trouxeram novas formas e possibilidades de existir. Saímos do campo em que ou estamos em uma esfera ou em outra, saímos dos pares opostos que não interagem. E assim, como afirma Rago (2004), podemos escapar da lógica das identidades fixas.

São essas as bases para o conceito que Braidotti (2002) chama de subjetividades nômades. O nomadismo da subjetividade corresponderia à presença simultânea de diferentes, complexas e multi-facetadas identidades (Braidotti, 2002, p. 10). O sujeito nômade, seguindo Braidotti, subverte as convenções, desprende-se das identidades fixas, ele está em transição. Usa-se aqui a metáfora do nômade e da viagem, não como viagem em si, mas como trânsito que possibilita a fuga dos comportamentos codificados.

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Guacira Louro (2004) utiliza-se também dessa mesma metáfora, evocando a viagem como um mecanismo frequente nas narrativas, que possibilita a constituição do herói enquanto tal. A viagem, que é comumente utilizada como um processo interno e externo no qual o herói evolui e através da superação de obstáculos e aquisição de conhecimentos apropria-se de si mesmo, é tomada por Louro (2004) a partir de outra perspectiva de sujeito. O sujeito unificado é abandonado, entra em cena um viajante fragmentado, cuja viagem é a própria vida e, nas palavras da autora, “o que importa é o andar e não o chegar” (LOURO, 13)

Admitir a multiplicidade de identidades que nos transpassam simultaneamente é colocar à prova os binarismos criticados anteriormente, é evidenciar nossas instabilidades e quebrar a linearidade que acreditamos nos compor. A viagem, da qual Louro (2004) nos fala, constitui-se como um caminho de transformações, ela é integrada por pontos de partida e de chegada, pontos de encontro e de transição. São estes últimos, os pontos de fronteira, em que se é e não é ao mesmo tempo e que evidenciam o caráter construído e instável de todas as identidades, que despertam maior resistência daqueles confortavelmente acomodados na sua narrativa fantasiosa de unidade e fixidez.

Ainda usando a mesma metáfora, Louro (2004) demonstra como a afirmação, no momento do nascimento, “é uma menina” ou “é um menino” é o ponto de partida de uma viagem, mas na sua concepção de possuidora de um destino fixo e protagonizada por um sujeito unificado. Isso porque

“O ato de nomear um corpo acontece no interior da lógica que supõe o sexo como um ‘dado’ anterior à cultura e lhe atribui um caráter imutável, a-histórico e binário. Tal lógica implica que esse ‘dado’ sexo vai determinar o gênero e induzir uma única forma de desejo. Supostamente, não há outra possibilidade senão seguir a ordem prevista. A afirmação ‘é um menino’ ou ‘é uma menina’ inaugura um processo de masculinização ou de feminização com o qual o sujeito se compromete” (LOURO, 2004, p. 15).

Dessa forma, o ato e nomear o corpo enquanto menina ou menino antes do nascimento pressupõe uma viagem e um destino a ser alcançado, a partir dessa definição, são estabelecidas todas as experiências pelas quais esse indivíduo deverá passar. Louro cita Butler para evidenciar que o “sujeito legítimo” deverá se adequar às normas que

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vigoram na sua cultura se quiser ser um “corpo que importa”. No entanto, tais barreiras são ultrapassadas, não são todos os sujeitos que se limitam às possibilidades de existir instituídas pelo regime de verdade.

Louro (2004) aborda a questão das fronteiras e dos sujeitos que se constroem nos seus limites e nas suas áreas de interação. Para ela, a subversão que evidencia de forma mais clara o quanto as identidades são inventadas e construídas é aquela dos sujeitos que transgridem o gênero, a drag queen se torna, assim, o sujeito que escancara, além da construtividade dos gêneros, o fato que a fronteira pode ser ultrapassada e, mesmo, habitada. Conforme a autora indica, estes indivíduos evidenciam que o processo de subjetivação pode ser vivido de forma diferente daquela que as afirmações “é um menino” ou “é uma menina” querem instituir, ele pode ser experimentado com intensidade e prazer.

É nessa esteira que Louro (2004) alcança a teoria queer, a qual ela apresenta enquanto aquela que não busca nem a tolerância, nem a assimilação, pois adota uma forma de ação transgressora e perturbadora. Vemos em Louro, então, que queer não se limita às questões de sexo, gênero e orientação sexual, mas está alocada junto com o pós-estruturalismo. De modo que, assim como os autores pós-estruturalistas, a teoria queer desestabiliza as noções tradicionais de sujeito, identidade e identificação.

A subjetividade nômade é, assim, melhor evidenciada por aqueles que transitam entre as fronteiras de gênero, mas não se limita a estes. As suas bases estão, de acordo com Braidotti (2002), na desconstrução da ideia de consciência triunfante, a qual se apoia em pressupostos eurocêntricos e falogocêntricos. Como afirma Swain (2011) o significante geral nos sistemas globalizados atuais é o falo, tanto o real quanto o simbólico, que foi transformado em representante de fonte de poder e de razão, é ele que atribui importância social, o falo é o referente e a partir dele constituem-se os diferentes. Mas como vimos, essa construção que pretende ser universal é transgredida, e as subjetividades nômades mostram o quão sensível ela é.

Para Rago (2004) discutir as relações de gênero nos possibilita escapar das armadilhas portadas pela simples afirmação de identidades. Elas nos aportam para perguntas que abrem caminhos para variadas formas de existência. Segundo ela o

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feminismo implica na recusa do que somos, quando o que somos são modos de ser impostos pelo Estado. Chegamos assim, ao que Braidotti (2002) chama de nomadismo feminista, o qual ela caracteriza como uma recusa à sujeição às estruturas de poder que constroem a oposição dialética entre os sexos, ao mesmo tempo em que afirma todas as pluralidades que existem entre mulheres, evitando qualquer tipo de essencialismos.

Sem estas quebras proporcionadas pelos feminismos, perpetuamos discursos de autoridade que, como escreve Swain (2011), mantém em segredo relações diversas e não marcadas pelo “selo fálico”. Tais discursos são discursos políticos que manifestam no intuito de garantir assujeitamento e normatização nos espaços em que deveriam estar presentes a liberdade do ser e a descoberta de si (SWAIN, 2011).

A partir de um histórico de oposições, antes dadas como naturais, que são questionadas pelo feminismo, desde a essencialização de papéis atribuídos a homens e mulheres, a revisita à separação de esfera pública e privada, que aponta o quanto as duas são, na verdade entrelaçadas, vemos o quanto as subjetividades possíveis se expandem a medida que avançamos na teoria feminista. Ampliam-se as formas de ser entre mulheres e homens quando a fixidez é posta à prova e assume-se o trânsito.

Conclusões

O presente trabalho buscou percorrer o caminho pelo qual o feminismo ampliou e amplia as formas de existir principalmente das mulheres, mas também, a partir da sua desconstrução do “natural”, transformou as condições de ser de todas as pessoas. Ao percebermos a historicidade dos discursos políticos normativos que uniformizam as nossas existências, abrem-se diante de nós todas as formas de expressão e subjetivação antes ignorados. Pelo caminho aberto pelo entendimento da construtividade dos discursos, o feminismo encontra espaço para que sejam revistas uma série de divisões que serviram para cercear as vidas das mulheres ao longo dos séculos.

Desde a clássica problematização feita sobre a separação de esferas pública e privada, que condicionava as mulheres à vida privada do lar e às sujeitava ao homem, portador de autoridade na esfera privada e das liberdades “universais” na esfera pública, começamos a duvidar as oposições binárias simplistas.

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Com a adoção do termo gênero, no intuito de separar diferenças biológicas de papéis adquiridos socialmente, passamos também a rever as próprias categorias binárias de gênero e admitimos a pluralidade de formas através das quais ele pode ser expresso. A própria binaridade dos sexos é debatida, e, embora tal discussão seja pouco acolhida por parte das teóricas feministas, ela, inevitavelmente, nos faz repensar os fatores históricos que influenciaram na percepção dessa separação.

Esses debates nos aportam para uma subjetividade feminina complexa, que questiona separações internas ao sujeito ‘mulher’. Se anteriormente as possibilidades de existir entre as mulheres eram auto exclusivas, de modo em que a mãe não coexistia com a mulher possuidora de sexualidade, com a mulher independente ou com a prostituta, agora as possibilidades se abrem, o existir se torna múltiplo.

Quando admitimos a multiplicidade das formas de existir, entendemos que somos transpassadas por diversos traços identitários, sem que, necessariamente, estejamos comprometidas com alguma linearidade nessas identidades. Entramos no conceito das subjetividades nômades, despreocupadas com um destino final, mas concentradas nas travessias e transformações. É inevitável que alcancemos a teoria queer na sequência, como propositora de novas formas de construção de sujeito, novas concepções de identidade, e destruição de binarismos.

A subjetividade feminista que surge, ao acompanharmos a trajetória do feminismo na transformação do sujeito, é uma subjetividade feminista libertária. A qual permite às descobertas de si e, a partir dela, onde, anteriormente, encontrávamos limites enrijecidos, agora encontramos o múltiplo em formação e transformação contínua. Encontramos as fronteiras transpassadas que acrescentam e expandem as formas de expressão humana.

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Referências Bibliográficas:

BEAUVOIR, Simone de. O Segundo Sexo. 2ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.

PATEMAN, Carole. O Contrato Sexual. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1993.

SWAIN, Tânia Navarro. Por Uma Vida Libertária. Disponível em: http://tanianavarroswain.com.br, 2011.

BUTLER, Judith. Gender Trouble. Routledge: New York and London, 1999.

BUTLER, Judith. Giving an Account of Oneself. Fordham University Press: New York, 2005.

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RAGO, Margareth. Feminismo e Subjetividades em Tempos Pós Modernos. In: COSTA, Cláudia de Lima e SCHMIDT, Simone Pereira. Poéticas e Políticas Feministas. Florianópolis: Ed. Mulheres, 2004, 31 – 41.

RAGO, Margareth. A Aventura de Contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 2013.

BRAIDOTTI, Rosi. Diferença, diversidade e subjetividade nômade. Revista online Labrys, estudos feministas, n.1-2, julho-dez. 2002;

LOURO, Guacira. Um Corpo Estranho: ensaios sobre sexualidade e teoria queer. Belo Horizonte: Autência, 2004.

IRIGARAY, Luce. A Questão do Outro. Revista Online Labrys, estudos feministas. 2004.

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