• Nenhum resultado encontrado

Extração de documentos do modelo: Yes, we can!!!

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Extração de documentos do modelo: Yes, we can!!!"

Copied!
14
0
0

Texto

(1)

Extração de documentos do modelo: “Yes, we can!!!”

Miriam Castanho – Contier Arquitetura

AUBR-03 Os documentos do projeto tradicional - folhas de desenho, tabelas, quantitativos e memoriais - são fundamentais para todas as etapas de um projeto. A extração desses documentos, a partir do modelo, com a qualidade a que estamos acostumados, tem sido um dos grandes gargalos para o sucesso na implantação do Revit® nos escritórios. Pretendemos com essa palestra desmistificar esse processo e mostrar que não só é possível se chegar a desenhos com qualidade, como também é possível repensar o conteúdo das informações que podem ser passadas para a obra/cliente, informações que não seriam tão facilmente obtidas nos processos em CAD 2D tradicional.

Objetivo de aprendizado

Ao final desta palestra você terá condições de:

• Ampliar o repertório de mecanismos de controle gráfico dos desenhos • Estabelecer critérios visando a extração de documentos.

• Romper com o paradigma do conteúdo dos documentos tradicionais de projeto.

Produtos Autodesk abordados

• Autodesk Revit

Sobre o Palestrante

Formada em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de São Paulo em 1986, desde 1994 é Sócia da Contier Arquitetura Ltda. Atuou como professora na Universidade São Judas Tadeu de 1992 a 2012, aonde ministrou, as disciplinas de Projeto de Arquitetura e de Informática Aplicada. De 1999 a 2002 foi integrante do Grupo de Trabalho de CAD da AsBEA e é co-autora do Manual de Intercambialidade de Projetos em CAD (AsBEA - 2002). Desde 2009 é integrante do Grupo de Trabalho de Building

Information Modeling – BIM da AsBEA e Membro do Comitê Técnico da ABNT/CEE-134 - Modelagem de Informação da Construção.

Experiência: Usuária de CAD desde 1989; em 1994 implantou padrões e normas internas da Contier Arquitetura para intercambialidade de projetos em CAD; implantou Revit® com metodologia própria na Contier Arqutietura em 2002 (primeiros usuários de Revit® no Brasil); Implantou o ensino de Revit® na Universidade São Judas em 2004, desenvolvendo o primeiro programa de ensino de Revit® como disciplina curricular obrigatória; Em 2006 fez a adaptação dos padrões Omni Class para classificação de objetos da construção para uso interno de Contier Arquitetura; Em 2011 foi responsável pela revisão da metodologia de Contier Arquitetura para desenvovimento de projetos de grande porte e alta

complexidade em BIM; Também em 2011, elabora procedimentos para compatibilização multidiscipplinar em 3D com a utilização do NAVISWORKS.

(2)

2

Introdução

A geometria descritiva, desenvolvida em meados do século XVIII por Gaspard Monge, tem sido a base do desenvolvimento de todos os documentos de projeto até os dias de hoje.

O que Monge desenvolveu na época, foi uma forma de representar objetos tridimensionais em planos bidimensionais, a partir da sua projeção em planos ortogonais entre si.

Desta forma, passamos a construir nossas obras a partir da visualização de todas as projeções ortogonais do objeto arquitetônico, sintetizando em nossas mentes a geometria espacial vislumbrada por seu autor.

Gaspard Monge 1746 - 1818

Abstraindo os potenciais do Revit, com a sua utilização temos de imediato um grande avanço em relação a representação tradicional dos objetos da construção, pois podemos, a qualquer momento, criar vistas de projeções ortogonais de uma construção virtual de uma edificação, de maneira praticamente automática, sem termos que desenhá-las, uma a uma.

Essas vistas são absolutamente conciliadas. Todas as vistas geradas são vistas do mesmo objeto, e portanto, não há a possibilidade de se ver algo em uma vista incompatível com o que se vê em outra.

Podemos fazer uma analogia dessas vistas a um conjunto de câmeras apontando simultaneamente de diversos ângulos diferentes para o mesmo objeto.

Uma câmera que aponta perpendicularmente de frente ao objeto, nos mostrará uma elevação frontal deste. Uma outra câmera que aponte lateralmente, nos mostrará uma elevação lateral. Uma câmera do topo, nos mostrará uma planta e assim por diante.

Então, por que não temos os documentos de forma tão automática quanto essas vistas que geramos?

(3)

3

Documentos

Precisamos, primeiramente, fazer ajustes básicos nessas câmeras, tais como: escolha do tipo de lente (nível de detalhe / detail level), zoom (escala, scale), controle de profundidade de campo (faixa da vista, deslocamento do recorte / view range, far clip offset), cor e efeitos de visibilidade (estilo visual / visual style).

Todo esse controle inicial foi descrito em 20111, na palestra que proferi no AU Brasil sob o título:

(4)

4

Em seguida, precisamos fazer ajustes mais avançados, aonde trabalharemos com filtros, que reforçarão ou suavizarão informações, conforme nossa vontade. Trabalharemos com filtros que além da

geometria, vêem dados.

Informação

O modelo não se resume à sua geometria. Grande parte do tempo de construção do modelo BIM é destinado à criação de parâmetros dos objetos e à entrada de informações. Essas informações podem ser de características físicas de seus componentes e, para nosso objetivo, principalmente, serão informações que nos auxiliarão no controle de visibilidade de nossos documentos e das informações que serão extraídas.

Ferramentas

As principais ferramentas que utilizamos para o controle dos documentos de projeto são:

• Filtros

• Modelos de vistas

Filtros (Filters)

Os filtros são conhecidos por aqueles que já se utilizam das tabelas em seus projetos. Eles aparecem em uma das abas de criação das tabelas, e com eles, controlamos quais colunas devem ser visíveis, quais elementos de determinada coluna dever ser desligados, como esses elementos devem se organizar, etc.

Existe também a possibilidade de utilização de filtros no controle de vistas, com potencial de controle igual ou maior do que o existente nas propriedades das tabelas.

Podemos alterar a representação de qualquer objeto a partir de qualquer um de seus dados. Esse procedimento pode também ser executado em objetos de arquivos vinculados, mesmo de outras disciplinas, sem a necessidade de se alterar o arquivo de origem.

Abaixo mostramos a imagem da alteração da cor em corte de um grupo de paredes. Não se trata de alterar a visibilidade de todas as paredes, mas somente daquelas que possuem um dado específico em determinado campo.

(5)

5

Dessa forma, o controle de visibilidade dos objetos ultrapassa os limites de suas características

(6)

6

Em uma simples planta de alvenarias, mostrada abaixo, vejam quantos filtros podem ser necessários para se chegar no resultado esperado:

Ou no controle de visivilidade de um corte escala 1:200...

O controle é praticamente absoluto, desde que tudo esteja em seu devido lugar.

Como os filtros vão buscar informações iguais nos objetos, uma entrada de informação errada resultará em uma extração errada. Portanto, o controle de todas as informações do modelo deve ser permanete. Uma das melhores formas de se fazer esse controle é através das planilhas. Com filtros mais simples conseguimos rapidamente checar o preenchimento dos parâmetros dos objetos pela equipe.

(7)

7

Modelos de vista (View templates)

Depois de vermos a quantidade de filtros a que podemos chegar para um controle adequado de nossas vistas, somados a todas as outras configurações de visibilidade que devemos fazer, começamos a nos questionar se vale o esforço.

Vale!

Nesse momento, entra outra ferramenta que nos dará essa garantia. Os modelos de vista.

A documentação típica de um projeto é composta por plantas de alvenaria, plantas de pisos, plantas de teto refletido, cortes, elevações, ampliações, detalhes. Listamos sete tipos de documentos que são emitidos normalmente em um projeto executivo. Devemos portanto, neste caso, ter no mínimo sete modelos de vistas.

Abaixo, mostramos os modelos de vista de um projeto em desenvolvimento em nosso escritório, para plantas de forros, para cortes e elevações, e para plantas e ampliações.

Os estilos de vista agrupam todos os controles de visualização dos objetos. Todas as configurações de nossas câmeras.

(8)

8

Agora, o processo de montagem da documentação de um projeto deve SEMPRE ser iniciado com o início do modelo. Em minha palestra sobre processos, no AU Brasil 2012, descrevo inclusive que acho necessária a existência de coordenador responsável pela documentação do projeto. Essa função pode se sobrepor ao próprio coodenador do projeto, mas a atenção ao assundo deve ser constante e ser iniciada precocemente.

Outra questão importante, é o entendimento que os primeiros documentos neste novo processo em que estamos atuando serão emitidos com certo delay em relação ao que estávamos acostumados. Seu resultado, por outro lado, será mais acertivo. A ansiedade na emissão de documentos deve ser contida.

Abaixo, algumas imagens de documentos que consideramos com qualidade gráfica:

(9)

9

Aplicativos

Sim, os aplicativos nos ajudam muito.

Existem diversos desenvolvedores de aplicativos no mercado e muitos aplicativos disponíveis para aqueles que possuem assinatura dos softwares Autodesk.

Temos utilizado, com bastante sucesso, basicamente três aplicativos que adquirimos de desenvolvedores diferentes.

(10)

10

BIMLink

2

Trata-se de um aplicativo desenvolvido pela Ideate que permite a integração do Revit diretamente com o Excel – ida e volta. Temos utilizado esse aplicativo constantemente para garantir a uniformidade das informações lançadas nos modelos e muitas vezes para fazermos alterações que abranjam muitos elementos simultaneamente.

BIMStract

3

Assim como o BimLink, o BIMStract é um aplicativo para Revit que permite ao usuário realizar interações entre planilhas em Excel (xls) e os modelos em Revit®. Ambos selecionam planilhas dos objetos por tipo e por instância. Este é um produto nacional desenvolvido pela Cloud4Project.

2Link para o site do Ideate BIMLink – http://ideatesoftware.com/ ou

https://apps.exchange.autodesk.com/RVT/pt/Detail/Index?id=appstore.exchange.autodesk.com%3Aideatebimlink2013%3Aen

3Link para o site do BIMStract – http://www.cloud4project.com/pt/index.html ou direto em

(11)

11

Smart Sheet

4

Buscamos uma ferramenta como o Smart Sheets, desenvolvido pela tools4revit, no momento que nos deparamos com a necessidade de criarmos mais de 300 folhas de desenho em um curto período de tempo. Esta é uma ferramenta fantástica que cria, a partir de um modelo de folha gerado por nós, todas as demais folhas semelhantes do projeto.

Conteúdo

Quais são os documentos de projeto que entregamos hoje em dia? Qual o conteúdo? Qual a mídia?

Depois de “tanto trabalho” (que depois de feito a primeira vez, fica mais fácil) para reproduzir no Revit o produto que gerávamos no processo tradicional, me veio a seguinte questão:

Com tanto potencial, por que continuar com os mesmos produtos?

4Link para o site do Smart Sheets – http://tools4revit.com/ ou direto em

(12)

12

Imagens em tabelas

Já fazíamos há algum tempo, de forma braçal, mas existe agora na versão 2015 do Revit a possibilidade de inserção de imagens em tabelas. O resultado pode eliminar algumas dúvidas que possam surgir para o cliente ou mesmo para a obra.

Inclusão de imagens 3d

Com as instalações cada vez mais complexas, essa é uma forma de verificar e passar soluções com eficiência.

(13)

13

Plantas de áreas prefeitura, áreas de bombeiros, áreas por setor, plantas de levantamento de

áreas para LEED etc.

Esquemas de demonstração do cálculo de áreas e suas respectivas tabelas com absoluta confiabilidade.

Plantas de pontos elétricos x elevações de pontos.

(14)

14

Com tanta tecnologia, poderíamos rever a representação gráfica dos elementos.

5

Conclusão

Podemos dizer que hoje estamos na era BIM. O BIM é uma realidade nos escritórios de projeto, nas construtoras e na cabeça dos empreendedores, que vislumbram sua utilização no gerenciamento de seus edifícios.

Por outro lado, passamos do desenho a lápis ou nanquim para o CAD, e depois para o BIM, e mantivemos as mesmas premissas de representação do objeto arquitetônico que se iniciou com a geometria mongeana do século XVIII. Nada mudou, nem representação, nem processos, no que diz respeito à produção de informação para a construção.

Cada vez mais, mais complexos ficam os projetos. Da residência ao estádio de futebol, do simples ponto de ônibus à estação de metrô, mais disciplinas especializadas são envolvidas.

Que a visualização desses objetos, no desenvolvimento de seus projetos, precisa transcender da visualização bidimensional, parece estar claro para todos. Temos nos deparado com uma crescente expectativa de scanners e tablets nas obras, mas, precisamos antes repensar quais serão os novos modelos de representação de projeto.

Precisamos fazer a nossa parte para que fique mais próxima a eficiência na transposição da concepção dos projetos para o canteiro, e o canteiro passe a fazer parte desses novos tempos

Referências

Documentos relacionados

As sementes tem dormência imposta pelo tegumento e para a superação é necessário submetê-las à embebição em água (24 a 48 horas), escarificação mecânica ou

Outro aspecto a ser observado é que, apesar da maioria das enfermeiras referirem ter aprendido e executado as fases do processo na graduação, as dificuldades na prática

O bloqueio intempestivo dos elementos de transmissão de energia entre os equipamentos e acessórios ou reboques está impedido ou se não está existem medidas que garantem a segurança

• The definition of the concept of the project’s area of indirect influence should consider the area affected by changes in economic, social and environmental dynamics induced

a) AHP Priority Calculator: disponível de forma gratuita na web no endereço https://bpmsg.com/ahp/ahp-calc.php. Será utilizado para os cálculos do método AHP

ITIL, biblioteca de infraestrutura de tecnologia da informação, é um framework que surgiu na década de mil novecentos e oitenta pela necessidade do governo

Objetivo: Garantir estimativas mais realistas e precisas para o projeto, ao considerar nesta estimativa o esforço necessário (em horas ou percentual do projeto) para

O estudo múltiplo de casos foi aplicado para identificar as semelhanças e dissemelhanças na forma como as empresas relacionam seus modelos de negócios e suas