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Ser diferente, faz a diferença

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Academic year: 2021

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Ser diferente, faz a

diferença

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DEDICATÓRIA

" O amor tem feito coisas que até Deus duvida..."

Ivan Lins

A todas as pessoas que me fazem ver a convivência com as diferenças como uma oportunidade de descobrir novos caminhos…

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EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Carlos Drummond de Andrade … Oh! Meu deus!

Deus que livre vocês de uma escola em que tenham que copiar pontos.

Deus que livre vocês de decorar sem entender, nomes, datas, fatos…

Deus que livre vocês de aceitarem conhecimentos “prontos” mediocremente embalados nos livros didáticos descartáveis

Deus que livre vocês de ficarem passivos, ouvindo e repetindo, e repetindo, e repetindo…

Eu também queria uma escola que ensinasse você a conviver, a cooperar, a respeitar, a esperar, a saber viver numa comunidade, em união.

Que você aprendesse a transformar e criar. Que lhes desse múltiplos meios de vocês expressarem cada sentimento, cada drama, cada emoção.

Ah! E antes que eu me esqueça:

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AGRADECIMENTOS

À todos os professores que acreditam realmente que a inclusão existe e que não medem esforços para que isto aconteça, a riqueza de suas experiências me permitiu refletir sobre a questão da inclusão sob diferentes prismas; a sua aceitação e abertura para o novo (o tema da

deficiência) e a sua postura de valorizar a singularidade demonstraram o que é ser um professor inclusivo “de verdade” e que mostram que suas palavras e conceitos vão de encontro às suas ações.

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SUMÁRIO RESUMO ... 5 APRESENTAÇÃO...6 CONCLUSÃO...09 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...13

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RESUMO

A educação inclusiva vem firmando-se no âmbito internacional e na legislação brasileira como caminho para se garantir uma educação de qualidade para todos. Para sua efetiva implementação, é necessária uma extensa reorganização escolar, onde o destaque é a formação do professor. Considerando que a Psicologia pode e deve contribuir como um

instrumento de apoio para a educação inclusiva, este estudo buscou descrever as experiências em

relação à inclusão de crianças com deficiência intelectual e todas as situações que caracterizem a falta da inclusão, partindo-se do pressuposto de que as crenças e os sentimentos dos atores da escola precisam ser mais considerados, pois são um caminho seguro para identificar quais os fatores facilitadores e/ou dificultadores para a adoção de uma prática pedagógica pautada em princípios inclusivos.

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APRESENTAÇÃO

A noção de exclusão social está presente no cotidiano de nossa sociedade. Ela sinaliza o destino excludente de parcelas majoritárias da população mundial, seja pelas restrições impostas por transformações no

mundo do trabalho, seja por situações decorrentes de estruturas econômicas que, necessariamente geram desigualdades de acesso a bens materiais e/ou

culturais, e infelizmente esta presente dentro da escola, na sala de aula. Quer seja ela na falta de preparo do professor, como nos espaços da escola. Quando falo em exclusão, refiro-me a todo e qualquer ato neste sentido, e não somente para alunos

portadores de diferenças, vejo também, aqueles que em muitas situações o professor desiste do aluno, abandona, ignora. O que tais atitudes provocam neste aluno? qual será sua postura a partir destes

acontecimentos? Quem consegue viver isolado e não dar nem um sinal de socorro?

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Muitas são as situações descritas como sendo de exclusão. Sob esse rótulo estão contidos inúmeros processos e categorias, uma série de manifestações que aparecem como rupturas de vínculos sociais.

No âmbito de educação, a UNESCO realizou em 1990, a Conferência Educação para Todos, que deu forma a um projeto educacional maior, propondo a universalização do acesso à educação e a promoção de eqüidade, através de um compromisso efetivo para superar as disparidades educacionais, indicando que os grupos excluídos – pobres, os meninos e meninas de rua ou trabalhadores, as populações de periferia e zonas rurais, os povos indígenas, as minorias étnicas, raciais e lingüísticas, os refugiados, os alunos com

necessidades educativas especiais – não sofram qualquer tipo de discriminação no acesso às

oportunidades educacionais. Chama ainda a atenção de que é preciso tomar medidas que garantam a igualdade de acesso à educação aos portadores de todo e qualquer tipo de deficiência, como parte integrante do sistema educativo.

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Um mundo inclusivo é, portanto, um mundo no qual todas as pessoas têm acesso às oportunidades de ser e estar na sociedade,a inclusão significa humanizar

caminhos (Werneck, 1997). Entretanto, apesar da justiça da proposta de não se excluir uma criança do acesso à educação por sua singular condição física ou mental, o que percebemos é um total despreparo da sociedade em geral, e das agências educacionais em particular, para empreender a tarefa de transformação que a inclusão exige. Neste sentido, é preciso assumir a ineficiência da Educação Inclusiva, da educação para todos, para que possamos construí-la com toda a

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Dessa forma percebemos que crianças com

necessidades especiais não são apenas aquelas com deficiência, pois, em toda sala de aula, existem

especificidades. Este termo nos remete à singularidade do aluno, noção tão essencial numa perspectiva de educação inclusiva, mas esta fala também se dirige ao professor, pois sinaliza que não é qualquer um que está apto a se tornar um professor inclusivo.

Quando nos referimos ao professor, é impossível não traçar um perfil, não é o que acostumamos ouvir, " não trabalhar por amor" , e sim ter amor pelo que faz, esta é a grande diferença, aqui esta o sucesso do fazer. O ensinar é um trabalho diversificado que vai

oportunizar que cada criança construa suas habilidades e competências. Existem momentos que tem que ser um todo e têm momentos que tem que ser individual, e o professor tem que estar nesses dois movimentos o tempo inteiro, no ir e vir,aí a gente vai aprender a ser um professor inclusivo..

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Refiro-me ao equilíbrio entre um olhar para a

individualidade de cada aluno e para o conjunto da sala de aula, certamente, um dos grandes desafios do

trabalho docente.

Encontramos posições bastante diferenciadas entre os professores a respeito de como entendem a inclusão da criança com deficiência: alguns deixam claro o caráter obrigatório de aceitá-las como alunos e o incômodo causado pela deficiência intelectual, outros falam com desenvoltura dos benefícios, da inclusão e da proposta de uma escola para todos, relacionando-os com a questão maior da diversidade na escola, mas que também ainda possuem dúvidas básicas quanto à proposta inclusiva.

É necessário ter clareza de que o protagonista deste processo é o aluno, o professor precisa estar realmente inserido neste contexto, precisa fazer acontecer,

precisa colaborar na transformação do aluno que recebeu.

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CONCLUSÃO

Escolhi o título " Ser diferente, faz a diferença" para este livro, pois acredito que quando se fala em inclusão, falamos em diferenças, e vejo estas diferenças como um processo que envolve aluno e professor. Não basta ter teoria, o fundamental é a prática, é fazer acontecer.

Como fatores facilitadores da inclusão, além da formação e do apoio institucional para sanar essas dificuldades,

ouvimos que toda a comunidade escolar precisa estar envolvida nesse processo, não só os professores. Destaco ainda a importância de associar esta proposta a

experiências bem sucedidas, não só a dificuldades e fracassos. Não acredito que exista a necessidade de uma formação específica mas de criar espaços para que reflitam como são afetados por essa convivência , entretanto, ao falarem da aceitação das diferenças/deficiências como resultado de um trabalho de formação, penso que também estão indicando a dimensão subjetiva envolvida nesse processo, uma elaboração ativa, de algo que chega para o sujeito mediante uma reflexão crítica, diferente da

submissão, que demonstra, ao contrário, uma posição passiva, imobilizante, de ter que conviver com uma imposição legal.

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Assim, ressalto a importância de ser oportuna entre os professores uma reflexão sobre uma concepção mais ampla sobre educação, seus objetivos e suas práticas. Dizia Vygotsky "que cabe à escola resgatar o seu papel de ensinar, considerando o potencial, as

possibilidades das crianças e não ficar circunscrita aos seus déficits". Na medida em que adote essa postura de valorizar o que pode ser feito pelo aluno, o professor também é beneficiado, pois passa a obter uma maior gratificação e reconhecimento com o trabalho que realiza. Este me parece ser um viés importante a ser abordado numa formação para educação inclusiva: apontar a função do professor como mediador não só da aprendizagem, mas principalmente, seu papel de mediação para a vida. Desta forma, talvez seja possível que eles se sintam mais estimulados e comprometidos com essa proposta.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alves, R. (2000) Conversas com quem gosta de ensinar. Campinas, São Paulo: Papirus.

Alves-Mazzotti, A. J. & Gewandsnajder, F. (1994) Paradigmas qualitativos. In: Bogdan, R. & Biklen, S.K. Investigação qualitativa em educação: uma introdução à teoria e aos métodos. Porto, Portugal: Porto Editora. Almeida, S. F.C. de. (2002) O psicólogo no cotidiano da escola: re-significando a atuação profissional. In Guzzo, R.S.L. (org.) Psicologia escolar: LDB e educação hoje. (pp. 77-90) Campinas, SP: Ed. Alínea.

Amaral, L. G. (1997). Intervenção “extra-muros”: resgatar e prevenir. In E Becker et al. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Amarilian, M. L. T. M (1997) O psicólogo e a pessoa com deficiência. In E Becker et al. Deficiência: alternativas de intervenção. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Vygotsky, L. S. (1998) A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. São Paulo: Martins Fontes.

Referências

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