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CONDICIONANTES ANTRÓPICOS NA DINÂMICA EROSIVO-DEPOSICIONAL DA BACIA DO RIO MARACUJÁ QUADRILÁTERO FERRÍFERO/MG

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Academic year: 2021

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CONDICIONANTES ANTRÓPICOS NA DINÂMICA EROSIVO-DEPOSICIONAL DA BACIA DO RIO MARACUJÁ – QUADRILÁTERO FERRÍFERO/MG

Luiz Fernando de Paula Barros 1 – IGC/UFMG – luizfernando7l@yahoo.com.br Aline Almeida Raposo 2 – IGC/UFMG – alineraposo13@yahoo.com.br Antônio Pereira Magalhães Júnior 3 – IGC/UFMG – magalhaesufmg@yahoo.com.br

Resumo

O Quadrilátero Ferrífero, importante domínio geológico e geomorfológico de Minas Gerais, apresenta um quadro morfológico que expressa um forte condicionamento litológico, estrutural e tectônico, além das pressões das atividades humanas que, há séculos, vem impactando a dinâmica dos cursos d´água e levando a mudanças de padrões fluviais. Os cursos d’água refletem pressões antrópicas cujas características alteram diferencialmente determinados parâmetros da água e da morfologia dos canais fluviais. Os danos nos ambientes fluviais podem ser percebidos a partir da alteração da morfologia fluvial, das características das seqüências estratigráficas deposicionais e de parâmetros físico-químicos das águas, além da variabilidade das vazões. A partir da caracterização dos níveis e seqüências deposicionais do vale do rio Maracujá, o presente trabalho buscou levantar possíveis alterações e danos antrópicos na dinâmica erosivo-deposicional quaternária da bacia. Procurou-se também, por meio da análise da produção moderna de sedimentos na área e mapeamento de trechos assoreados, identificar danos de processos de erosão acelerada na dinâmica hidrossedimentar atual da bacia. Os resultados apontam para uma alteração significativa na produção e deposição de sedimentos e na morfologia do canal do rio Maracujá, o qual vem ganhando características de canais entrelaçados em vários trechos. Nesse sentido, vem ocorrendo a “arenização” dos depósitos atuais em razão de processos de erosão acelerada, principalmente aqueles potencializados por atividades antrópicas. No entanto, reforça-se que as condições geológicas e geomorfológicas locais são naturalmente propensas ao surgimento de focos erosão acelerada, sobretudo os voçorocamentos, dada a marcante fragilidade das rochas cristalinas intrusivas.

Abstract

The Quadrilátero Ferrífero an important geological and geomorphological domain of Minas Gerais State/Brazil, presents a morphological picture that expresses a strong lithological conditioning, structural and tectonic, besides pressures of human activities that, for centuries, comes altering the watercourses dynamic and leading to changes of fluvial patterns. The watercourses reflect anthropogenic pressures which characteristics alter differently parameters of water quality and of fluvial channels’ morphology. The impacts on the river can be noticed by alteration of the river morphology, characteristics of depositional stratigraphics sequences and physical-chemical parameters of the waters, besides variability of streamflow. Starting by characterization of the levels and depositional sequences of Maracujá river valley, the present paper search to lift alterations and possible anthropogenic damages in the erosion and depositional pattern of the basin. Through analysis of the modern production of sediments in area and mapping of silting up spaces, we tried to identify damages of processes of accelerated erosion in the features and deposits of Maracujá River’s bed. Results pointed to a significant alteration in production and deposition of sediments and in the fluvial morphology of Maracujá river, which is winning characteristics of braided channels in several passages. In that sense, has occurred the “sandification” of the current deposits due to accelerated erosion processes, mainly those intensified by anthropogenic activities. However, it is reinforced that the geological and geomorphological local conditions are naturally prone to emergence of accelerated erosion focuses, especially the Gully erosion, given the intense fragility of crystalline rocks of the Precambrian basement.

Palavras-chave: Quadrilátero Ferrífero; geomorfologia fluvial; degradação ambiental.

1

Aluno da Graduação em Geografia/Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. 2

Aluna da Graduação em Geografia/Bacharelado pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. 3

Professor Adjunto do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências (IGC) da Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Av. Antônio Carlos, 6627, 31270-901 Belo Horizonte.

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1 – INTRODUÇÃO

O Quadrilátero Ferrífero apresenta um quadro morfológico que expressa um forte condicionamento litológico, estrutural e tectônico, além das pressões das atividades humanas que, há séculos, vem impactando a dinâmica dos cursos d’água e levando a mudanças de padrões fluviais (MAGALHÃES JR., 1994). De uma maneira geral, os cursos d’água são capazes de refletir pressões antrópicas, cujas características resultam em diferentes tipos de danos ambientais. Nos ambientes fluviais os estes podem ser percebidos a partir da alteração da morfologia fluvial (padrão fluvial), das características das seqüências estratigráficas deposicionais – como terraços fluviais, nível de várzea e barras de canal – e da variabilidade das vazões, além de parâmetros físico-químicos das águas. Com a análise em bacia hidrográfica é possível se estabelecer correlações diretas entre determinadas pressões de atividades humanas e impactos nos ambientes fluviais, uma vez que cada curso d’água possui sua própria bacia hidrográfica, ou seja, sua área de contribuição de sedimentos, detritos, poluição, etc.

O sedimento pode se tornar o principal poluente dos corpos d´água quando presente em concentrações não naturais, podendo impactar a dinâmica do fluxo, os processos hidrossedimentares e erosivos. Este fato ganha maior notoriedade em países como o Brasil, onde não existe uma legislação específica que garanta a proteção dos solos. A Lei nº 6.766 (Lei Lehman) dispõe apenas sobre o parcelamento do solo urbano e aborda apenas superficialmente a prevenção da erosão, impondo algumas restrições para o parcelamento do solo em relação às características do meio físico (condições geológicas não-favoráveis à ocupação, declividades acentuadas dos terrenos, terrenos alagadiços, etc.) (IWASA & FENDRICH, 1998). Nesse sentido, torna-se limitada a avançada legislação brasileira de preservação das águas, dada a falta de uma correlata atenção à proteção dos solos aos processos erosivos acelerados.

O rio Maracujá é um dos principais afluentes do alto rio das Velhas, possuindo suas nascentes nas bordas serranas do Quadrilátero Ferrífero, modeladas nas rochas resistentes dos Supergrupos Minas e Rio das Velhas. Porém, a maior parte do seu curso se encontra nas frágeis rochas cristalinas do Complexo do Bação, que condicionam a morfologia suavizada e rebaixada do interior do Quadrilátero e são facilmente suscetíveis aos abundantes voçorocamentos locais. Por outro lado, em condições de estabilidade com o nível de base estas características favorecem o alargamento do vale e das feições deposicionais fluviais como planícies, fato pouco comum no contexto do Quadrilátero.

Estudos sobre a geomorfologia fluvial regional (MAGALHÃES JR., 1993; SANTOS, 2008) mostram que os registros sedimentares fluviais existentes no Quadrilátero se concentram nos baixos vales acompanhando os cursos atuais e são, geralmente, erodidos pela dinâmica fluvial atual. Esta realidade é comum no Brasil, principalmente nos contextos geomorfológicos marcados por climas quentes e úmidos e maior atividade tectônica, fatores estes favoráveis à remoção dos registros deposicionais mais antigos.

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O presente trabalho buscou investigar as relações entre as pressões humanas e alterações nos processos hidrossedimentares do rio Maracujá e, nesse sentido, procura contribuir para a compreensão da dinâmica erosivo-deposicional quaternária do Alto Rio das Velhas. O estudo foi baseado em trabalhos de campo, quando foram levantados perfis estratigráficos e caracterizados os níveis e seqüências deposicionais do vale do rio Maracujá, visando levantar alterações principalmente quanto ao fornecimento sedimentar aos cursos d’água ao longo do Quaternário. Além disso, se fez um mapeamento dos trechos com intenso assoreamento e utilizaram-se aspectos da produção moderna de sedimentos na área a fim de se identificar os danos de usos e atividades humanas nos processos hidrossedimentares atuais e na morfologia fluvial por meio da erosão acelerada.

2 – MATERIAIS E MÉTODO

2.1 – Caracterização da área

A bacia do rio Maracujá possui 145 km2 e se localiza no centro-sul da bacia do alto rio das Velhas (Figura 1), que coincide em grande parte com uma região de reconhecida importância geológica e geomorfológica de Minas Gerais: o Quadrilátero Ferrífero. Esta província geológica apresenta abundantes evidências geomorfológicas de controle estrutural e erosão diferencial, uma vez que as ocorrências dos Grupos Caraça (quartzitos) e Itabira (itabiritos) sustentam os topos de serra da unidade. Atualmente a complexa geologia do Quadrilátero é subdividida em três grandes unidades litoestratigráficas (Supergrupo Minas, Supergrupo Rio das Velhas e Embasamento Cristalino), além do Grupo Itacolomi.

Na bacia do Maracujá as três grandes unidades são encontradas. O Embasamento Cristalino (localmente, Complexo do Bação) apresenta estrutura dômica de idade arquena e abarca as rochas mais frágeis da unidade. Essa fragilidade das rochas do embasamento é determinante na morfologia suavizada e rebaixada onde aflora e no desenvolvimento de centenas de voçorocamentos, os quais podem atingir 500 m de extensão. O embasamento é circundado por serras sustentadas por rochas mais resistentes dos Supergrupos Rio das Velhas e Minas. O Supergrupo Rio das Velhas, também arqueano, compõe-se de uma seqüência vulcano-sedimentar do tipo Greenstone Belt. Segundo Salgado (2006), as unidades sedimentares incluem, além de formações ferríferas bandadas (BIFs), rochas carbonáticas e siliclásticas, xistos e filitos. Já o Supergrupo Minas, de idade paleoproterozóica, é de ocorrência mais restrita e apresenta grande variedade litológica, porém com domínio de rochas metassedimentares mais resistentes, como os quartzitos e itabiritos.

O clima da região é marcado por duas estações bem definidas: verão chuvoso (de novembro a maio) e inverno seco (de junho a outubro). Santos, Sobreira & Coelho Neto (2002) atribuem à região de Santo Antônio do Leite uma alta taxa pluviométrica média anual (1352,83 mm,

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entre 1986 e 1996). No entanto, às áreas mais elevadas, Bacellar (2000) atribui um clima mais frio e mais úmido, do tipo CWb na escala de Köppen.

Figura 1: Localização e contextualização geológica da bacia do rio Maracujá no Alto Rio das Velhas.

O tipo de vegetação primária da região está estreitamente ligado à geologia do local – que condiciona o tipo de solo formado – e à disponibilidade hídrica. Ao longo da rede de drenagem e nos vales não canalizados em cabeceiras de drenagem (hollows) ocorrem as matas fechadas. Nas porções elevadas do embasamento, Bacellar (2000) conclui que, assim como indica a toponímia dos primeiros colonizadores para os povoados da região (como Cachoeira do Campo e Itabira do Campo, hoje Itabirito), deveriam imperar os campos. Já em solos mais férteis, desenvolvidos a partir de rochas do supergrupo Rio das Velhas, ocorreriam as florestas semideciduais. No entanto, sobre rochas mais resistentes (como os itabiritos e quartzitos do Supergrupo Minas) os solos delgados não permitiriam formações vegetais de grande porte.

2.2 – Procedimentos metodológicos

Para o cumprimento dos objetivos deste trabalho foi necessária uma criteriosa etapa de campo, quando se levantou dados da planície e dos terraços fluviais do vale do rio Maracujá. Os perfis foram devidamente discriminados em fichas de campo previamente elaboradas, nas quais se procurou destacar:

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 Posição em relação ao curso fluvial atual: desnível vertical e distanciamento horizontal em relação à lâmina d’água atual;

 Representação em diagrama da organização das fácies, enfocando a granulometria de cada uma delas, bem como a espessura e o tipo de transição entre as mesmas;

 Em caso de presença se seixos, se estes eram suportados por clasto ou matriz, qual a matriz; qual o tamanho médio, a litologia e o grau de arredondamento;

 Presença de estruturas, concreções e matéria orgânica.

Organizados os dados, foram identificados os níveis deposicionais, com base em critérios sedimentológicos, altitudinais e espaciais, possibilitando a elaboração de perfis-síntese dos níveis e esquemas de perfis transversais ao vale. Os perfis-síntese devem ser compreendidos como um sumário de todas as seções relativas a certo espaço geográfico, ou seja, um sumário de certo ambiente sedimentar delimitado espacialmente. Desta forma, não representam uma seção-tipo, reprodução fiel do perfil sedimentar mais significativo da área e, portanto, não podem ser situados exatamente, porque refletem a superposição de dados.

Também em campo, foi observada a ocorrência de barras arenosas – feições típicas de assoreamento – ao longo do Rio Maracujá. Esses dados complementaram a interpretação de imagem de satélite feita com vistas a se identificar os trechos com maior grau de assoreamento das calhas fluviais. Para isso foi utilizada uma imagem Ikonos (RGB 123) do ano de 2006, cedida pela Universidade Federal de Ouro Preto. Esta imagem também foi utilizada no mapeamento de pressões (usos), danos e cobertura do solo das sub-bacias dos córregos Cipó e da Prata.

3 – APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

A caracterização completa dos níveis e seqüências deposicionais fluviais da área, bem como reflexões acerca dos eventos morfodinâmicos que condicionaram sua formação, foi feita em Barros et al. (2008). Aqui, apresentar-se-á uma descrição sintética dos mesmos.

No vale do Rio Maracujá foi constatada a existência de três níveis deposicionais, sendo dois níveis de terraços e um nível de várzea, representados na Figura 2 e descritos a seguir do mais antigo (T2) para o mais recente (várzea).

O Nível de Terraço Superior (T2) é o mais antigo e se encontra no terço superior das vertentes. Os seus depósitos são pouco presentes, já tendo sido bastante removidos pela erosão. Dessa forma, são encontrados normalmente mais distantes do canal atual. Genericamente, seu perfil mais comum é composto por duas fácies (Figura 2): uma basal de seixos e outra argilosa. No entanto, pode haver recobrimento parcial por colúvio em alguns trechos.

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Já o Nível de Terraço Inferior (T1) é bastante preservado e comum ao longo do vale, pois compõe, muitas vezes, as margens do atual canal fluvial. Alguns registros do T1 ainda guardam estruturas, tanto plano-paralelas como acanaladas e de estratificação cruzada. O T1 pode ser encontrado na bacia de duas formas: terraço de recobrimento (T1R), uma vez que é recoberto pelos depósitos atuais de várzea; terraço escalonado (T1E). A exposição da base rochosa dos terraços em alguns trechos evidencia o encaixamento da calha em segmentos de maior energia (Figura 2). Aqueles perfis que possuem sua base visível estão assentados sobre rocha ou elúvio, em média, a 1,5 m acima da lâmina d’água.

Dados da literatura apontam para três eventos erosivos na região: um no final do Plioceno, outro no Pleistoceno Superior e, por fim, um no Holoceno Médio. Esses eventos ocasionaram o encaixamento da rede de drenagem e o abandono de níveis deposicionais fluviais. Os níveis de terraço Superior (T2) e Inferior (T1) do rio Maracujá seria correlatos, respectivamente, a estes dois últimos eventos erosivos (BARROS et al., 2008).

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Por fim, o Nível de Várzea, que corresponde à dinâmica atual do rio, é pouco expressivo no alto curso, pois nele o vale é estreito e encaixado. Já sobre o embasamento o vale se alarga, o que propicia o amplo desenvolvimento da planície. A várzea pode ser encontrada embutida no T1 ou recobrindo-o, o que varia ao longo do vale. Os depósitos são de textura variada, com misturas em proporções distintas de areia fina, silte e argila (Figura 2).

Ao analisar os perfis estratigráficos dos níveis e seqüências deposicionais nota-se uma significativa diferença no tipo de carga presente nos níveis de terraço em relação ao nível de várzea. A espessura dos pacotes de argila é um bom indicador. Nos níveis de terraço as fácies argilosas podem chegar a 3,5 m de espessura, o que não se repete no atual nível de várzea. Atualmente, os processos de deposição na planície são mais bem mais lentos que os de calha, o que se verifica nos longos trechos de assoreamento verificados.

Se considerarmos que as condições climáticas não mudaram desde a formação dos terraços (futuras datações vão auxiliar as interpretações de condições paleoclimáticas sindeposicionais), teríamos condições semelhantes de formação de mantos eluviais argilosos. Portanto, seria preciso considerar a hipótese de variações de condições de energia do fluxo em função de condicionantes geológicos, o que poderia ter desfavorecido ambientes de retenção de finos. Neste caso, as condições tectônicas anteriores poderiam favorecer ambientes de mais baixa energia, seja a partir de soerguimentos mais moderados ao longo do vale ou de ambientes favoráveis a represamentos da dinâmica sedimentar a partir da configuração de níveis de base locais (BARROS et al., 2008). Condições favoráveis a esta situação podem ser exemplificadas por soleiras estruturais, blocos sob soerguimento mais acelerado à jusante ou grabens em trechos do vale.

Por outro lado, também se deve considerar o elevado fornecimento sedimentar condicionado pelos abundantes focos de voçorocamento no Complexo do Bação (embasamento pré-cambriano) o e pelo manejo inadequado do solo na bacia. Via de regra, o uso e ocupação do solo se mostra o principal fator de degradação dos cursos d’água, uma vez que determina a deposição dos recursos orgânicos e compostos tóxicos derivados das atividades antrópicas, que constituem fontes pontuais e difusas de poluição (BASNYAT et al., 1999), além de excessiva carga sedimentar proveniente da erosão antrópica. As primeiras ocupações na bacia do rio Maracujá remontam ao ciclo do ouro em Minas Gerais, sendo que o metal foi descoberto próximo a Ouro Preto em 1692 (Bacellar, 2000). Nesse período, a bacia do Maracujá serviu como centro de abastecimento de alimentos. Desde então, a maior parte da cobertura vegetal primária da bacia foi retirada. Em seu lugar, surgiram no século XX silviculturas de eucalipto e grandes extensões de terra foram transformadas em pastagens, levando a uma maior exposição dos solos à ação erosiva direta da chuva e do escoamento superficial.

A partir de um monitoramento de taxas de turbidez da bacia, Barros, Raposo & Magalhães Júnior (2009) destacam alguns condicionantes principais da produção moderna de sedimentos na área, conforme expresso no Quadro 1. A turbidez indica o nível de interferência que a luz sofre ao passar

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pela coluna d’água e varia de acordo com a quantidade de sólidos e colóides em suspensão (argila, silte, matéria orgânica, etc.), podendo ser usada como uma medida direta dessa quantidade. Apresenta-se na Figura 3 um mapa de pressões (usos), danos e cobertura do solo nas sub-bacias onde foram encontradas as maiores taxas de turbidez.

Quadro 1

Condicionantes principais das taxas de turbidez da bacia do rio Maracujá (Set./08 - Jan/09) MAIORES VALORES DE TURBIDEZ

ESTAÇÃO SECA ESTAÇÃO CHUVOSA

Ponto Turbidez (UNT) Condicionantes Ponto Turbidez (UNT) Condicionantes

Ponto 8 12,96 Elevada declividade, Lançamento de efluentes, Pequena capacidade de diluição Ponto 8 132,7

Loteamentos, Elevada declividade, Voçorocamentos reativados, Lançamento de efluentes, Pequena

capacidade de diluição Ponto 4 8,15 Lançamento de efluentes Ponto 4 114,16 Lançamento de efluentes, Voçorocamentos reativados, Ocorrência de chuva antes da amostragem, Usos agropastoris Ponto

3 7,43

Jusante da confluência com os córregos Holanda e da Prata,

Lançamento de efluentes

Ponto

6 86,83 Voçorocamentos reativados Ponto

7 6,06

Jusante da confluência com o Córrego Cipó

Ponto

7 57,85

Jusante da confluência com o Córrego Cipó Ponto

6 5,95 Voçorocamentos

Ponto

3 46,59

Jusante da confluência com os córregos Holanda e da Prata,

Lançamento de efluentes Ponto 1 5,41 Foz da bacia Ponto 1 44,65 Foz da Bacia Ponto 5 5,14 Elevada capacidade de diluição; soleiras Ponto 2 29,46

Voçorocamentos reativados, Usos agropastoris

Ponto

2 2,77 Condições de certo equilíbrio

Ponto

5 26,64

Elevada capacidade de diluição; soleiras

Ponto

9 0,88

Rochas resistentes da alta bacia, produção dominante de

sedimentos grosseiros

Ponto

9 8,20

Rochas resistentes da alta bacia, produção dominante de sedimentos

grosseiros Fonte dos dados: Barros, Raposo & Magalhães Júnior (2009).

A bacia do Córrego Cipó (Ponto 8) é cerca de três vezes menor que a bacia do Córrego da Prata e apresenta um quadro ambiental relativamente mais estável. Nesse sentido, a produção acelerada de sedimentos na bacia do Córrego do Cipó aponta para condicionantes que vão além do uso e cobertura do solo. Em análise realizada na alta bacia do Rio Maracujá, Salgado et al. (2007) obtiveram dados de produção de cosmogênio Be10 que mostram que a erosão tende a ser mais agressiva nas rochas do Complexo do Bação que nas cabeceiras, contrariando a tendência geral de maior agressividade nas zonas de cabeceira – mais elevadas. Dessa forma, a fragilidade das rochas do embasamento associada a valores expressivos de declividade encontrados na bacia do córrego do Cipó (como em condições de cabeceiras) faz com que esta sub-bacia apresente uma produção de sedimentos

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muito expressiva, o que se associa à pequena capacidade de diluição da bacia nas elevadas taxas de turbidez. Assim, deve-se considerar que, mesmo com baixas vazões, as elevadas taxas de turbidez para esta sub-bacia podem indicar uma maior capacidade de entalhe da drenagem no substrato em função de maior energia. Além das declividades contribuírem para este quadro, não se pode esquecer a possibilidade de maior atividade tectônica na área.

Figura 3: Pressões (usos), danos e cobertura do solo nas sub-bacias dos córregos da Prata e Cipó

Quanto ao Ponto 4 (Córrego da Prata), além do lançamento de efluentes, Barros, Raposo & Magalhães Júnior (2009) creditam a elevada turbidez neste ponto ao fato de que a sub-bacia apresenta um número elevado de voçorocamentos. Além disso, 23% da área da bacia são ocupados por usos agropastoris e 40% por vegetação herbáceo-arbustiva. Almeida & Schwarzbold (2003) mostram que áreas com cobertura de campo e pastagens e áreas agrícolas condicionam uma turbidez significativamente maior que áreas florestadas. Estes e outros dados da cobertura do solo das sub-bacias dos Córregos da Prata e Cipó estão na Tabela 1.

A respeito do baixo valor de turbidez encontrado no Ponto 9, vale destacar que o trecho compreendido entre as cabeceiras do Maracujá e o distrito de Cachoeira do campo, que inclui o ponto em questão, se mostra o mais afetado por processos de assoreamento das calhas fluviais. Neste trecho encontram-se numerosas e extensas barras arenosas que ocupam a maior parte do leito. Dessa forma,

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deve-se estar atento às análises de taxas de turbidez, uma vez que estas não revelam a quantidade sedimentos grosseiros transportados, pois estes não são seguem em suspensão, mas sim no fundo do leito.

Tabela 1 – Uso e cobertura do solo das sub-bacias do Córrego da Prata e Córrego do Cipó

CATEGORIA SUB-BACIA C. DA PRATA C. DO CIPÓ Atividades de extração 0,3 % - Erosão acelerada 5,1 % 1,4 % Solo exposto 0,8 % 0,8 % Usos agropastoris 22,5 % 18,3 % Usos urbanos 6,5 % 21,1 % Vegetação arbórea 24,4 % 43,3 % Vegetação herbáceo-arbustiva 40,4 % 15,1 % Vias de acesso 26,52 km 6,35 km Assoreamento crítico 5,53 km 0,6 km

Os voçorocamentos têm contribuído historicamente para o fornecimento de elevada carga sedimentar para as calhas fluviais, o que fica mais evidente na bacia do Córrego Holanda (Ponto 6). Em mapeamento realizado por Bacellar, Coelho Neto & Lacerda (2001) foram identificadas 385 feições erosivas (ravinas e voçorocas) recortando o relevo da bacia.

Os autores apontam que estas feições se distribuem heterogeneamente na área, podendo atingir mais de 40% da superfície de algumas sub-bacias. Sempre conectadas ao sistema de drenagem, as voçorocas identificadas apresentam grandes dimensões (Figura 4), alcançando freqüentemente 400 a 500 metros de extensão e profundidades da ordem de 50 metros. Segundo os autores, atualmente, porém, a maioria dessas voçorocas se encontra estabilizada ou com pequenas taxas de recuo, pois muitas já atingiram os divisores de drenagem no seu recuo remontante.

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Santos, Sobreira & Coelho Neto (2002) mostram que a camada superficial dos solos da região é resistente à erosão laminar e que essa camada serve como uma superfície protetora dos horizontes sub-superficiais, que são friáveis quando impactados pelas chuvas. Dessa forma, a origem dos voçorocamentos está ligada a distúrbios de ordem natural ou antrópica para que camada superficial seja rompida. Dentre os fatores naturais pode-se apontar desde fatores tectônicos, levando ao encaixamento da rede de drenagem e gerando instabilidade nos taludes, até processos geomorfológicos como os movimentos de massa, muito comuns em área serranas com espessos regolitos e sob condições climáticas semi-úmidas, como no Complexo do Bação. A própria concentração do escoamento superficial nos vales não canalizados em cabeceiras de drenagem (hollows) pode levar ao voçorocamento. No entanto, Bacellar, Coelho Neto & Lacerda (2001) destacam que na bacia do Rio Maracujá, cerca de 70% das voçorocas estão diretamente associadas às atividades antrópicas, principalmente devido a abertura de valas na demarcação de propriedades por parte dos primeiros colonos. No entanto, o desmatamento, a construção de cercas, estradas, ou de qualquer outra obra que interfira diretamente no regime hidrológico local, atuando na concentração de fluxos superficiais de água, pode levar ao surgimento de voçorocas. O fluxo concentrado pode ter energia suficiente para erodir os horizontes superficiais, pouco erodíveis sob condições de fluxo superficial não concentrado, e atingir os saprólitos, muito erodíveis.

Barros, Raposo & Magalhães Júnior (2009) mostram uma estreita relação entre os voçorocamento e taxas de turbidez a partir da observação dessas taxas para a bacia do córrego Holanda, que apresenta a maior concentração desses focos de erosão acelerada na bacia do rio Maracujá, ocupando mais de 30% da sub-bacia. Na estação chuvosa a taxa de turbidez relativa à bacia do Holanda passou do quinto para o terceiro maior valor entre os 9 pontos monitorados. Os autores apontam que, apesar de os voçorocamentos contribuírem com sedimentos o ano inteiro, é na estação chuvosa que a contribuição de sedimentos é mais marcante, uma vez que são favorecidos movimentos de massa nas bordas das voçorocas, por intensificação da interferência do nível freático, além da ação direta das águas nos saprólitos e intensificação da erosão subsuperficial.

No entanto, além dos voçorocamentos há outras importantes fontes de sedimentos: nas últimas décadas destaca-se como atividade econômica secundária na bacia, mas causadora de notáveis desequilíbrios ambientais, a atividade de mineração/garimpo de topázio imperial no Alto Maracujá. Segundo Peixoto e Lima (2004), essa atividade é acusada de afetar seriamente a infra-estrutura e o meio ambiente da região, com destaque para os danos na drenagem e nas matas ciliares. Essas e outras atividades realizadas de maneira inadequada e incontrolada, associadas ao intenso processo de voçorocamento na área, fornecem aos cursos d’água uma grande quantidade de sedimentos, superando suas características de capacidade e competência. Isso vem levando ao assoreamento das calhas fluviais em vários trechos, dando a um rio próximo ao padrão meandrante feições características de

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canais entrelaçados. O assoreamento se dá em razão do desequilíbrio na relação carga/capacidade de transporte, o que propicia o desenvolvimento de barras de canal e a geração de entrelaçamento. A carga sedimentar fornecida pela erosão acelerada é predominantemente arenosa, a qual não é totalmente transportada pelo fluxo, mesmo durante as cheias. A Figura 5 mostra os principais trechos assoreados identificados na bacia, bem como imagens ilustrativas desses trechos e das condições de entrelaçamento do fluxo. Nota-se que os principais trechos assoreados possuem estreita relação com áreas com intenso voçorocamento e grandes áreas de solo exposto.

Figura 5: Trechos de intenso assoreamento no rio Maracujá.

Além do excesso de sedimentos proveniente do manejo inadequado do solo e dos voçorocamentos, também contribui para alterações nas características de capacidade e competência do canal as alterações no regime de fluxo. Segundo Costa & Bacellar (2007), o fluxo de base de tributários do Alto Rio das Velhas esteve diminuindo nos últimos anos, sem uma redução simultânea

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na entrada de água. Dessa forma, esse fato é associado a atividades humanas mal planejadas, que resultam no solo exposto ou na compactação e erosão entre outros tipos do impacto, como a superexploração de lençol de água e drenagem de áreas alagadas. Costa & Bacellar (2007) analisaram duas bacias contíguas e tributárias do Maracujá, uma delas, porém, possuía uma voçoroca que ocupava 42% de sua área. Os resultados mostraram que a bacia erodida apresentou menores taxas de fluxo de base, e fluxo de cheia maior, porém de curta duração. Este regime de fluxo contrastante foi atribuído à voçoroca, que está causando a erosão parcial do regolito e exposição da rocha sã.

Vale acrescentar que ao longo do rio Maracujá foram identificados vários pontos de dragagem do leito para a exploração de materiais aluviais, sendo o principal deles no leque aluvial que o rio Maracujá constrói em sua foz, no rio das Velhas. Em um desses pontos de dragagem foi identificada inclusive uma série de meandros abandonados, o que pode ser resultado de intervenções diretas no canal para desviar o fluxo e melhor explorar os materiais aluviais.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise dos registros sedimentares dos níveis deposicionais mais antigos em relação ao nível de várzea mostra uma alteração significativa na carga sedimentar mobilizada para os cursos d’água na bacia ao longo do Quaternário. Enquanto alguns depósitos de baixos terraços apresentam espessos pacotes de argila, a planície atual apresenta misturas heterogêneas de materiais finos (argila e silte) e grosseiros (areias), por vezes com dominância dos últimos. Hoje, o Rio Maracujá apresenta diversos trechos com elevado grau de assoreamento, onde se encontram extensas e espessas barras arenosas. Nesse sentido, o atual canal fluvial do Maracujá tende a apresentar diversos trechos com características de canais entrelaçados. Essas alterações decorrem do expressivo aporte sedimentar ao rio nos últimos séculos, o qual é atribuído ao intenso voçorocamento em toda a bacia, além do uso inadequado do solo. No alto-médio curso do rio o alto grau de assoreamento da calha é associado a atividades humanas como a mineração e o garimpo, além de focos de erosão acelerada que se desenvolveram a partir da implantação da linha férrea que corta as cabeceiras da bacia.

Dessa forma, vem ocorrendo a “arenização” dos depósitos atuais, o que deriva de processos de erosão acelerada, incluindo aqueles originados e/ou potencializados por atividades antrópicas. As influências humanas em termos de desmatamento e uso inadequado do solo são certamente importantes na produção excessiva de sedimentos. No entanto, é preciso reforçar que as condições geológicas e geomorfológicas locais são naturalmente propensas ao surgimento de focos erosão acelerada, sobretudo os voçorocamentos. Estes, como destacam Bacellar, Coelho Neto & Lacerda (2001), não dependem da cobertura do solo para evoluírem, mas sim da exposição dos saprólitos aos fluxos hídricos superficiais ou subsuperficiais. Estes autores apontam para a necessidade

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de um planejamento da ocupação territorial na bacia, levando-se em conta a distribuição diferencial do voçorocamento, fortemente controlado pela geomorfologia e geologia locais. Áreas mais vulneráveis, como as concavidades nas cabeceiras, devem ser ocupadas com precaução para evitar a ocorrência de acidentes (BACELLAR, COELHO NETO & LACERDA, 2001).

AGRADECIMENTOS

Os autores agradecem à FAPEMIG e ao CNPq pelas bolsas de iniciação científica e pelo financiamento do projeto de pesquisa. Também agradecem à professora Dra. Ana Clara Mourão (IGC/UFMG) pelo empréstimo das imagens de satélite.

REFERÊNCIAS

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