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Sumário Executivo Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016

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Sumário Executivo

Plano de Gestão da Sustentabilidade

dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos

Rio 2016

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CONTEÚDO

1. INTRODUÇÃO

2. VISÃO, MISSÃO, VALORES E PRINCÍPIOS 3. A ORGANIZAÇÃO DOS JOGOS

4. ESCOPO

5. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, EIXOS TEMÁTICOS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS 6. PLANETA: PEGADA AMBIENTAL REDUZIDA

6.1 Transporte e logística

6.2 Construção sustentável e melhorias urbanas 6.3 Conservação e recuperação ambiental 6.4 Gestão de resíduos

7. PESSOAS: JOGOS PARA TODOS

7.1 Envolvimento e conscientização 7.2 Acessibilidade universal

7.3 Diversidade e inclusão

8. PROSPERIDADE: RESPONSABILIDADE E TRANSPARÊNCIA 8.1 Cadeia de suprimentos sustentáveis

8.2 Gestão e transparência 9. RESULTADOS E ACOMPANHAMENTO

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1 INTRODUÇÃO

A realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 marca a chegada do maior evento esportivo do planeta pela primeira vez na América do Sul. No cenário único e privilegiado do Rio de Janeiro, espera-se a participação de aproximadamente 15 mil atletas de mais de 200 países. Somados os períodos de realização dos eventos Olímpicos e Paralímpicos, serão seis semanas de competição, com expectativa de distribuição de aproximadamente 300 medalhas. A força de trabalho mobilizada para os Jogos deve ser superior a 100 mil pessoas, a maioria voluntários.

O projeto técnico dos Jogos Rio 2016 contempla a realização de competições em quatro regiões – Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro – e é compatível com o plano de desenvolvimento da cidade. Muitos dos avanços urbanos que já estão sendo vividos são impulsionados pelos Jogos, que atuam como força motriz de mudanças que alcançam o Rio e todo Brasil.

Para alcançar a transformação sustentável proposta na candidatura carioca à sede Olímpica e Paralímpica, foram assumidos compromissos que visam integrar critérios de sustentabilidade em todo o ciclo de gestão dos Jogos, desde o planejamento ao pós-evento. A meta não é apenas atingir níveis de excelência na organização dos Jogos, mas também demonstrar liderança no estabelecimento de novos padrões de gestão da sustentabilidade em eventos no Brasil e na região vizinha.

Considerando que na área de sustentabilidade existe uma evolução constante à medida que novas tecnologias e métodos de trabalho são desenvolvidos, o que se pretende é desenvolver um trabalho que avance constantemente e assegure o atendimento à legislação brasileira e às normas e convenções internacionais aplicáveis.

O Plano de Gestão da Sustentabilidade (PGS) Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 é um instrumento fundamental para consolidação de informações e terá versões atualizadas publicadas sempre que necessário. Sugestões e comentários de todas as partes interessadas são bem-vindos e podem ser enviados ao endereço sustentabilidade@rio2016.com

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2 VISÃO, MISSÃO, VALORES E PRINCÍPIOS Visão

A união de todos os brasileiros, realizando o maior evento esportivo do mundo e construindo com orgulho, através do esporte, a promessa nacional de progresso. Missão

Entregar Jogos excelentes, com celebrações memoráveis que irão promover a imagem global do Brasil, baseados em transformação sustentável através do esporte no âmbito social e urbano, contribuindo para o crescimento dos Movimentos Olímpico e Paralímpico.

Valores

Celebração: a paixão, espontaneidade e o espírito jovem pelo qual o Rio é conhecido vão permear todas as atividades, envolvendo todos os participantes e espectadores em celebrações festivas e com alta energia.

Realização: com organização, inovação e otimismo, vamos trabalhar para criar transformações positivas e benefícios concretos a todos envolvidos com os Jogos. Participação: trabalho em equipe, calor humano e solidariedade são diretrizes para a entrega de Jogos inclusivos, que celebrem a diversidade e a acessibilidade.

Princípios

Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 são regidos pelos princípios definidos na norma ABNT NBR ISO 20121 para sistemas de gestão de sustentabilidade em eventos. Responsabilidade: estamos encarregados de conduzir todas as nossas atividades com responsabilidade social, ambiental e econômica. Ou seja, em todas as nossas iniciativas buscamos equilíbrio entre considerações econômicas, redução do impacto ambiental negativo e promoção de benefício social.

Inclusão: pautamo-nos por uma relação de respeito para com todas as partes interessadas, independentemente de raça, sexo, idade, cor, religião, orientação sexual, cultura, origem nacional, renda, deficiência (mental, intelectual, sensorial e física) ou qualquer outra forma de discriminação.

Integridade: agimos com base em princípios éticos, dentro das normas internacionais de comportamento.

Transparência: comunicamos de maneira clara, precisa, oportuna e honesta sobre a forma como nossas atividades afetam a sociedade, a economia e o meio ambiente, publicando regularmente os resultados das decisões tomadas e impacto dos Jogos sobre o meio ambiente, a sociedade e a economia.

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3 A ORGANIZAÇÃO DOS JOGOS

Organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos é uma operação complexa que envolve uma série de instituições privadas e públicas, internacionais e locais. No coração da organização dos Jogos estão:

Comitê Olímpico Internacional (COI) – Organização internacional privada responsável pelo Movimento Olímpico e pela escolha das cidades que sediam os Jogos.

Comitê Paralímpico Internacional (IPC) – Organização internacional privada responsável pelo Movimento Paralímpico.

Comitê Organizador Rio 2016 (Rio 2016) – Associação brasileira privada sem fins lucrativos criada exclusivamente para planejar e organizar os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016™. Coordena todos aqueles que trabalham para a realização dos Jogos: voluntários, fornecedores e equipe de funcionários.

Empresa Olímpica Municipal (EOM) – Responsável pelas obras de infraestrutura e serviços públicos necessários à realização dos Jogos no âmbito do governo municipal. Escritório de Gestão de Projetos (EGP) do Governo do Estado do Rio de Janeiro - Responsável pelas obras de infraestrutura e serviços públicos necessários à realização dos Jogos no âmbito do governo estadual.

GEOlimpíadas Grupo Executivo dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016 - Grupo interministerial responsável pelos serviços públicos necessários à realização dos Jogos no âmbito do governo federal.

Autoridade Pública Olímpica (APO) – Entidade pública criada especialmente para coordenar e integrar o trabalho dos governos na provisão e operação da infraestrutura necessária para a realização dos Jogos.

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4 ESCOPO

Os Jogos Rio 2016 foram planejados para acelerar a realização de aspirações de longo prazo do Rio de Janeiro no que se refere à manutenção de melhorias no tecido social, físico e ambiental da cidade, estabelecer novo patamar de excelência para a realização de grandes eventos na América do Sul e assegurar um legado sustentável. Este Plano de Gestão da Sustentabilidade estabelece a integração de princípios, ações e projetos relativos à sustentabilidade do planejamento à operação dos Jogos Rio 2016. O escopo do Plano da Gestão de Sustentabilidade Rio 2016 incorpora os impactos relevantes dos Jogos sobre a cidade considerando a influência dos organizadores em potencializar os efeitos positivos e evitar ou mitigar os impactos negativos. Diferentes públicos e diversos documentos relacionados à sustentabilidade1 foram consultados para a definição dos temas materiais. A capacidade instalada, a disponibilidade de tecnologias, a possibilidade de controle e os limites orçamentários são condicionantes das ações propostas.

O Plano de Gestão da Sustentabilidade é um documento vivo, de caráter técnico, que será atualizado continuamente, levando em consideração a evolução dos projetos e programas do Rio 2016, bem como comentários e sugestões recebidas de partes interessadas. Esta primeira versão do PGS estabelece os passos iniciais para a integração da sustentabilidade ao longo das etapas de preparação, operação e legado dos Jogos, em uma fotografia do que foi acordado até o momento.

1 O levantamento inicial do conjunto de impactos a serem avaliados tem como base o Dossiê de Candidatura Rio 2016; planos de gestão da sustentabilidade de edições anteriores dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos; normas e padrões nacionais e internacionais de sustentabilidade (norma ABNT NBR ISO 20121 para gestão da sustentabilidade em eventos, suplemento para organizadores de evento do GRI —Global Reporting Initiative); legislação nacional, estadual e local relativa a meio ambiente e sustentabilidade; temas emergentes em redes sociais e na imprensa relacionados à realização dos Jogos; consulta a diferentes áreas funcionais do Comitê Organizador Rio 2016™; consulta a gestores de órgãos públicos envolvidos na organizações dos Jogos; consulta aos clientes dos Jogos (atletas; Comitês Olímpicos e Paralímpicos Nacionais; Família Olímpica e Paralímpica; Mídia; Broadcasters; Espectadores; Parceiros Comerciais; Força de Trabalho; Federações Esportivas Internacionais).

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5 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS, EIXOS TEMÁTICOS E OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Os objetivos estratégicos apresentados a seguir correspondem aos três pilares propostos na candidatura e estão alinhados aos princípios de desenvolvimento sustentável ratificados pela Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Rio 1992.

• Planeta: redução do impacto ambiental causado pelos projetos relacionados aos Jogos Rio 2016, imprimindo uma pegada ambiental reduzida.

• Pessoas: planejamento e execução dos Jogos Rio 2016 de forma inclusiva, entregando jogos para todos.

• Prosperidade: contribuição para o desenvolvimento econômico do estado e da cidade do Rio de Janeiro, planejando, gerindo e relatando os projetos envolvidos nos Jogos Rio 2016 com responsabilidade e transparência.

Cada um dos objetivos se desdobra em eixos, nove ao todo, que agrupam programas de infraestrutura de responsabilidade dos governos e projetos operacionais de responsabilidade do Comitê Organizador Rio 2016. Também estão delineados os aspectos ético, socioambiental e econômico de todas as etapas de implantação dos projetos tendo normas nacionais e internacionais como alicerce.

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Eixos Objetivos específicos P L A N E T A Transporte e Logística

Prover transporte público para espectadores e força de trabalho.

Implantar ações de redução de emissões de poluentes, inclusive Gases do Efeito Estufa nos sistemas de transportes públicos.

Operar frota Olímpica e Paralímpica com combustíveis menos poluentes.

Racionalizar e otimizar operações de logística no transporte de materiais e objetos.

Construção sustentável e melhorias urbanas

Implantar critérios de uso racional de recursos, eficiência e minimização de impactos no desenho e construção de todas as instalações.

Atender aos padrões ambientais internacionais e nacionais no planejamento, desenvolvimento e construção de toda a infraestrutura dos Jogos.

Estimular o desenvolvimento de atividades econômicas e melhoria da qualidade de vida nas diversas zonas olímpicas.

Conservação e recuperação ambiental

Minimizar os impactos sobre os ecossistemas nas instalações dos Jogos e seu entorno Promover a recuperação ambiental dos corpos hídricos nas regiões dos Jogos.

Reforçar/acelerar programas de proteção, conservação, restauração e recuperação. Expandir monitoramento da qualidade do ar e da água nas regiões dos Jogos.

Gestão de resíduos

Desativar e iniciar recuperação ambiental dos lixões e implantar sistema integrado de tratamento de resíduos sólidos.

Alinhar e implantar os planos de gestão de resíduos de todas as construções, garantindo manejo e tratamento final adequado.

Gestão e tratamento responsável dos resíduos sólidos das operações dos Jogos. Gestão e tratamento responsável de resíduos sólidos corporativos.

P E S S O A S Engajamento e conscientização

Envolver clientes dos Jogos e partes interessadas na adequação e implementação do PSG. Desenvolver ações de educação para a sustentabilidade.

Desenvolver programa de treinamento e capacitação em sustentabilidade, para colaboradores, voluntários e contratados.

Acessibilidade universal

Garantir acessibilidade universal em todas as instalações dos Jogos e de seu entorno, de acordo com a legislação e normas brasileiras e diretrizes do IPC, seguindo a mais abrangente.

Assegurar transporte acessível e inclusivo de acordo com princípios de desenho universal. Garantir acomodações acessíveis, de acordo com padrões do IPC para a Família

Paralímpica.

Diversidade e inclusão

Recrutar força de trabalho diversa e promover sua inclusão. Alinhar serviços prestados aos atletas à sua diversidade cultural. P R O S P E R ID A D E Cadeia de Suprimentos Sustentável

Implementar programa de Cadeia de Suprimentos Sustentável.

Difundir e apoiar novos padrões para sustentabilidade no setor brasileiro de eventos.

Gestão e Transparência

Desenvolver o Plano de Gestão da Sustentabilidade (PGS).

Coordenar e garantir a correta implantação do Plano de Gestão da Sustentabilidade. Respeitar o Manual Técnico do COI sobre a Proteção do Meio Ambiente e a

Sustentabilidade.

Certificar o Comitê Organizador dos Jogos Rio 2016 na norma ABNT NBR ISO 20121. Usar metodologias de avaliação internacionalmente reconhecidas para prestar contas do PGS.

Adotar processos de gestão e operação eficientes do uso da água e energia nas instalações esportivas e não esportivas.

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6 PLANETA: PEGADA AMBIENTAL REDUZIDA

Um dos objetivos estratégicos deste Plano de Gestão da Sustentabilidade é a redução do impacto causado pelos projetos relacionados aos Jogos Rio 2016 com consequente impressão de pegada ambiental reduzida à sua preparação e operação. Também faz parte deste objetivo potencializar os efeitos ambientais benéficos da organização dos Jogos e do legado para a cidade do Rio.

Por um lado, os Jogos exercem uma pressão sem precedentes sobre o estoque de acomodações, o sistema de limpeza pública, a provisão de energia, o consumo de água, os serviços de segurança pública e a rede de transportes da cidade-sede. Por outro, são uma oportunidade única para acelerar projetos essenciais para a melhoria da qualidade ambiental da cidade e dar exemplo de boas práticas no planejamento de eventos.

O Brasil está entre os líderes mundiais no setor de energia limpa, com 45,3% de sua matriz energética proveniente de biomassa, etanol, gás natural e de aproveitamento de recursos hídricos. Cerca de 90% dos veículos fabricados está habilitada a usar etanol e quase todos os táxis que circulam no Rio são abastecidos com gás natural. Estas características permitem reduzir emissões, substituir o combustível convencional por aqueles que geram menos emissão de gases de efeito estufa e poluentes de maneira geral.

Para alcançar este objetivo estratégico estão propostos projetos de transporte e logística, construção sustentável e melhorias urbanas, conservação e recuperação ambiental e de gestão de resíduos.

6.1Transporte e logística

A realização dos Jogos acelerou projetos de melhoria de transporte público como a implantação de linhas de transporte expresso integradas em anel de transporte de alta capacidade com conexões entre as quatro zonas dos jogos — Copacabana, Barra, Maracanã e Deodoro — e importantes áreas da cidade. Até 2016, os sistemas de transporte de alta capacidade na cidade serão cinco vezes maiores que o atual. Veículos leves sobre trilhos devem integrar os principais modais de transporte além de promover a transformação da paisagem urbana.

A modernização do sistema de inteligência de transportes, a ser concluída em 2015, a ampliação do metrô, a renovação do sistema de trens e a adaptação de estações à acessibilidade universal ocorrerão simultaneamente.

Ainda para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa até 2020, a cidade do Rio de Janeiro prevê ampliação de ciclovias na cidade. No ano dos Jogos, a rede de ciclovias deve estar integrada aos demais modais de transporte, ter vários pontos de empréstimo de bicicletas e atingir a extensão de 450 km, transformando o Rio na capital da bicicleta.

O Comitê Organizado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos (Rio 2016), está comprometido com a redução de emissões de gases de efeito estufa. Serviços de

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logística e fornecedores são orientados a reduzir emissões e serão avaliados por diversos critérios ambientais ao longo de todo o período de preparação e operação. Os veículos leves da frota Olímpica e Paralímpica serão movidos a etanol em 2016.

6.2Construção sustentável e melhorias urbanas

As instalações físicas dos jogos se constituem em patrimônio significativo do legado e estão projetadas para atender aos critérios de eficiência, minimização de impactos ambientais e uso racional de recursos na construção, operação, manutenção e uso posterior aos jogos, de acordo com a legislação brasileira, as convenções internacionais e as melhores práticas.

Os requisitos — detalhadamente descritos em diretrizes de projeto e construção sustentável — integram editais para licitação de obras governamentais com o objetivo elevar o padrão de construção no país. Instalações temporárias serão facilmente realocadas após os jogos de acordo com demanda previamente estabelecida. Estão previstas 36 instalações esportivas para os Jogos Rio 2016™. Metade das dezesseis já existentes vêm sendo renovadas, nove serão temporárias e onze instalações permanentes serão construídas.

Técnicos e analistas de suprimentos atualmente dialogam com fornecedores para identificar possibilidades de inserção de critérios de sustentabilidade na cadeia de produção. As instalações esportivas permanentes construídas pelo governo receberão certificação ambiental reconhecida internacionalmente e aplicável no Brasil e etiqueta PROCEL de eficiência energética.

A melhoria da qualidade de vida na cidade, objetivo da proposta de transformação sustentável dos Jogos Rio 2016™, inclui o estímulo a novas atividades econômicas e revitalização da área portuária onde vilas de acomodação serão construídas com o melhor dos projetos de construção sustentável de concurso aberto. As obras serão acompanhadas de melhorias de infraestrutura, calçamento, arborização, restauração de patrimônio, drenagem, iluminação e reurbanização. O novo cenário deve reaproximar a cidade do porto e estabelecer um novo e atraente eixo comercial, cultural e de entretenimento.

Também estão previstas construções de condomínios para reassentamento de famílias para moradias de melhor qualidade como condicionante da reurbanização de diversas áreas. A requalificação dos locais inclui eliminação de pontos de alagamento, melhoria de sistemas de drenagem, requalificação de calçadas, construção de centros comerciais, culturais, educacionais e incubadoras de empresas.

6.3Conservação e recuperação ambiental

Os critérios para avaliação de todas as construções previstas para os Jogos incluem possível contaminação do solo, inventário de espécies (fauna e flora), levantamentos hidrogeológico e de qualidade e contaminação da água, além de preservação máxima de manchas de vegetação existentes.

Projetos paisagísticos serão realizados com espécies nativas e incluem recuperação de mangues, manutenção de remanescentes, recuperação e despoluição. O tratamento

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do sistema Jacarepaguá reduzirá os riscos de enchentes, a recuperação ambiental da Baía de Guanabara será acelerada com a ampliação do tratamento de esgoto no seu entorno, com melhoras visíveis na qualidade da água até os Jogos. O canal do Fundão terá seus manguezais recuperados. Barreiras ecológicas para conter o lixo flutuante, ecopontos para recebimento de material reciclável e a construção de 12 unidades de tratamento de águas complementam o projeto. Obras de drenagem e saneamento estão previstas para a região de Deodoro.

Para favorecer a recuperação e a manutenção da biodiversidade estão planejadas ações de restauração florestal da Mata Atlântica em corredores ecológicos e áreas de proteção permanente. O programa é monitorado por um conselho instituído para promover a transparência, a cooperação e a articulação com viveiros florestais. A segunda fase contempla ações de fomento a viveiros e produção sustentável, produção de mudas e plantio, planejamento de restauração bem como a capacitação de pelo menos 240 profissionais.

As ações devem gerar mais de dois mil empregos diretos. Também está previsto o reflorestamento de encostas, com o fornecimento de cinco viveiros que juntos têm um potencial de produção de um milhão de mudas ao ano.

O Programa Rio Capital Verde tem como meta o reflorestamento de 1.600 hectares até 2016. O envolvimento de comunidades em reflorestamento, iniciado pelo “Programa Mutirão de Reflorestamento” que já recuperou mais de dois mil hectares com mais de cinco milhões de mudas, será ampliado.

6.4Gestão de resíduos

A recuperação ambiental de áreas de lixões desativados conforme a legislação brasileira também faz parte do plano, bem com a ampliação dos programas de coleta seletiva e reciclagem de resíduos. O monitoramento da qualidade da água, incluindo a oceânica, terá novas instalações e ações articuladas de diversos órgãos.

O manejo de resíduos gerados durante a construção de instalações ou durante a realização dos Jogos tem planos que incluem desde a seleção de materiais até a logística de transporte e destinação de resíduos de acordo com as diretrizes de reduzir, reutilizar, reciclar.

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7 PESSOAS: JOGOS PARA TODOS

Um dos objetivos estratégicos do Plano de Gestão da Sustentabilidade Rio 2016™ é assegurar mecanismos para que sejam organizados Jogos inclusivos, que garantam um balanço social positivo para a população em geral.

Os Jogos Rio 2016 se integrarão à sociedade brasileira através de programas educativos, culturais, de criação de empregos, de oportunidades de voluntariado, de programas de formação e de reciclagem profissional e de projetos visando a integração de jovens em comunidades carentes. E vão ainda celebrar a diversidade harmônica, promovendo respeito pelas diferenças, igualdade de oportunidades, união de ideias, raças, povos e culturas, espírito jovem, agregador e cheio de energia. Estes objetivos foram desdobrados em três eixos: envolvimento e conscientização; acessibilidade universal e diversidade e inclusão.

7.1Envolvimento e conscientização

Reconhecendo a oportunidade e o poder de inspiração dos Jogos de transmitir valores e mensagens relacionadas à sustentabilidade, foram programadas diversas ações para divulgar e promover temas como reciclagem e gestão de resíduos; recursos hídricos; acessibilidade universal; inclusão social de pessoas com deficiência.

Os temas farão parte de comunicações internas e externas, atividades educativas e culturais, e de campanhas de promoção de comportamentos responsáveis em parceria com empresas, organizações internacionais e outras partes interessadas.

Projetos em andamento oferecem capacitação profissional para reflorestamento — compromisso dos Jogos Rio 2016 — e atividades de gestão ambiental e manutenção de recursos hídricos em 24 escolas próximas a áreas olímpicas.

7.2Acessibilidade universal

Melhorar a acessibilidade da cidade do Rio de Janeiro está entre as aspirações dos Jogos Rio 2016™ e isto abrange o sistema de transportes públicos, o setor hoteleiro e as principais atrações turísticas. Diretrizes de acessibilidade estão sendo incorporadas aos editais para licitação de projetos e obras de governos e nas concorrências e contratos do Comitê Organizador. O princípio é que a acessibilidade deve ser plena para todos os participantes e será avaliada em todas as etapas de construção e operação das instalações esportivas.

A recuperação de calçadas e a qualificação em acessibilidade dos profissionais do município, ações previstas chamado Rio Acessível, seguem o guia de referências técnicas do governo do município que espera revitalizar 700 mil m2 de calçadas e cinco mil rampas até 2016.

A frota municipal de ônibus também deve será mais acessível até 2016, com motoristas capacitados a promover a inclusão. Acessibilidade inclui ainda a infraestrutura aeroportuária.

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7.3Diversidade e inclusão

Para promover a valorização da diversidade e a cultura organizacional inclusiva, os princípios da não discriminação e da igualdade de oportunidades fazem parte do recrutamento de colaboradores, voluntários e contratados do Rio 2016™, bem como dos programas de capacitação sobre diversidade para os atuais colaboradores, recrutadores e gerências.

Organizações do terceiro setor e consultores especializados orientam estratégias para a contratação de pessoas com deficiência e a sede do Rio 2016™ tem investido em acessibilidade. O impacto destas medidas é particularmente relevante considerando que a força de trabalho mobilizada para os Jogos deve ser superior a cem mil pessoas, a maioria voluntária.

A diversidade cultural da família olímpica será atendida, permitindo acesso a alimentos e espaço para manifestações religiosas próprias.

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8 PROSPERIDADE: RESPONSABILIDADE E TRANSPARÊNCIA

Os poderosos efeitos dos jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 sobre a economia já podem percebidos em vários segmentos do setor produtivo e consolidam o Rio e o Brasil como destino de negócios. Reflexos do cenário de crescimento afetam diretamente os cariocas, potenciais beneficiários de programas de qualificação, empregos e oportunidades de empreendimento. Para direcionar resultados e gerenciar a sustentabilidade nesta dimensão estão propostos planos de ação associados à cadeia de suprimentos e à gestão e transparência.

8.1Cadeia de suprimentos sustentável

O Programa de Cadeia de Suprimentos Sustentável Rio 2016 visa converter as aquisições e contratações em estímulo ao uso de tecnologias, produtos, processos e serviços sustentáveis e desenvolvimento do mercado fornecedor, fortalecendo o legado dos Jogos. Assim, além de definir critérios para monitorar conformidade e para avaliar custos e inclusão da sustentabilidade em contratos, o Rio 2016™ realiza atividades de desenvolvimento e capacitação fornecedores e licenciados.

Ao trabalhar com seus fornecedores, o Rio 2016™ visa assegurar que todos os produtos e serviços que adquire sejam produzidos dentro de padrões éticos e trabalhistas elevados, engajando-se assim em ações concretas para garantir o respeito aos direitos humanos em sua cadeia de produção.

Para aperfeiçoar o setor de eventos em particular, o comitê se compromete a adotar, obter certificação e divulgar a norma de gestão de sustentabilidade em eventosABNT NBR ISO 20121. O Rio 2016™ também supervisionará a gestão e a operação eficientes do uso de água e energia nas instalações.

8.2Gestão e transparência

O compromisso com a transparência iniciado com ampla participação e divulgação do presente plano, será apoiado em iniciativas para coordenar a correta implantação e com a utilização de metodologias de avaliação e reporte internacionalmente reconhecidas.

A próxima versão do Plano de Gestão da Sustentabilidade dos Jogos Rio 2016 será publicada em 2014. Sugestões e comentários são bem-vindos e podem ser enviados para sustentabilidade@rio2016.com

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9 RESULTADOS E ACOMPANHAMENTO

De modo integrado, as ações do Plano propõem infraestrutura para expansão da atividade econômica, acessibilidade das instalações, transporte urbano de melhor qualidade, redução e compensação de emissões de gás carbônico, melhorias no transporte público, promoção dos valores Olímpicos e Paralímpicos, mudança na percepção sobre a pessoa com deficiência, recuperação de áreas degradadas, gestão de resíduos sólidos, o uso de materiais com o menor impacto ambiental e garantia de alta taxa de recuperação de materiais na desmontagem de construções provisórias ao final dos jogos.

Os resultados intermediários, finais e pós-evento serão publicados de acordo com os padrões estipulados pelas diretrizes da Global Reporting Initiative específicas para organização de eventos, por Estudos de Impacto dos Jogos Olímpicos (OGI) e pelo Protocolo de Gases de Efeito Estufa (GHG Protocol).

Referências

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