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A LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LIBRAS) NA EDUCAÇÃO DE SURDOS UMA PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DE GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA

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A LÍNGUA DE SINAIS BRASILEIRA (LIBRAS) NA EDUCAÇÃO DE SURDOS UMA PROPOSTA PARA A ELABORAÇÃO DE GLOSSÁRIO DE MATEMÁTICA

Falk Soares Ramos Moreira1

RESUMO

O presente artigo buscou traçar uma análise consistente, sobre a educação, especificamente da educação de Surdos. Entretanto, desde os primórdios até atualidade a inclusão de alunos Surdos, inseridos nesta sociedade considerada “normal” tem sido foco de discussão entre grandes teóricos. O objetivo é verificar a importância do ensino da Libras para os discentes do curso de Licenciatura em Matemática e apresentar um modelo de glossário bilíngue Português – Libras no intuito de tornar acessível o conteúdo trabalho em sala. Considerando o professor Surdo, como um instrumento essencial para comunicação e para a capacitação profissional, é que foi realizada uma investigação mais cautelosa sobre a educação de Surdos e que consiga ultrapassar a falta de uma educação bilíngue, e atingir o ideal de compreensão, e até mesmo de motivação do aluno com necessidade específica. A comunicação através da LSB (Língua de Sinais Brasileira) é o método de linguagem que se detém de uma estrutura linguística, que difere um pouco da Língua Portuguesa. As questões de convivência e adaptação, a está língua, bem como a demanda que a educação de Surdos acarreta são meras eventualidades que podem ser superadas. A pesquisa utilizou a metodologia qualitativa e teve como instrumentos a pesquisa bibliográfica e as teorias de Faulstich (1995) na elaboração do glossário. Após a análise dos dados foi possível perceber a mudança de postura por parte do futuro professor de matemática que poderá atuar em turmas inclusivas de Surdos e o impacto do glossário como um recurso didático de consulta e auxílio no decorrer do processo de ensino-aprendizagem.

Palavras-chave: Surdo, formação de professores, glossário, ensino da matemática; recursos

didáticos.

1 MOREIRA, Falk Soares Ramos. Licenciado em Pedagogia, Licenciado em Letras-Libras, Especialista em

Docência do Ensino Superior e Mestre em Educação. Professor da disciplina Libras. E-mail: falklibras@gmail.com

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INTRODUÇÃO

Compreender os conceitos e as terminologias que envolvem a educação de Surdos2 é um passo para um efetivo desenvolvimento de materiais e registros videográficos para serem utilizados na educação de Surdos. Aliado a esta questão, está a importância de reconhecer e valorizar o profissional Surdo, que é sem dúvida um dos maiores pesquisadores para esclarecer conceitos de/em/para a educação de Surdos, pois são estes que experenciaram e vivenciaram na educação de Surdos as dificuldades, os anseios e as necessidades que a educação demandam para a realidade educacional dos alunos Surdos, bem como para contribuir na formação de futuros professores para a atuação na educação de Surdos.

A reformulação de conceitos tradicionais é urgente e demandam a participação de profissionais que, de algum modo, preocupam-se com questões ligadas ao ensino/aprendizagem e políticas públicas para a pesquisa e valorização da LSB (Língua de Sinais Brasileira) que é uma língua de modalidade visual-espacial utilizada na comunicação dos Surdos e ouvintes que a conhecem e a dominam.

A grande tendência das pesquisas para a educação de Surdos é divulgar e mostrar a necessidade de utilizar a LSB bem como, analisar sobre como é a realidade da educação nos diversos espaços escolares e como ocorre a formação dos professores para a atuação na Educação de Surdos no Brasil.

A Terminologia estuda o léxico de especialidade, por meio dos mecanismos que evidenciam os princípios linguísticos nas relações de significado entre termos e conceitos. Faulstich, (2003, p.11).

Assim, o conhecimento multidisciplinar, mostra a possibilidade de definir a educação de Surdos com clareza na necessidade de enfocar nos Surdos, para que se possa ter uma base epistemológica própria, que auxiliará em muitas pesquisas que pode vir a serem desenvolvidas e diversas disciplinas é compelida a repensar seus fundamentos, as suas metodologias e as relações com as outras disciplinas adjacentes para que seja possível enfocar nos estudos da educação de Surdos e neste estudos iremos enfocar na Matemática.

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O pesquisador Surdo, CASTRO JÚNIOR, 2011, pessoalmente, tem preferido essa denominação como forma estratégica de empoderamento, na necessidade de reconhecer o Surdo com suas especificidades linguísticas e a

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sua identidade vivenciadas nos artefatos culturais, através das manifestações na LSB.

É preciso ter a consciência de respeitar e trabalhar com as especificidades de cada um, auxiliar o outro em todas as suas necessidades linguísticas, psicológicas, pedagógicas para que possamos diminuir a falta de informação na sociedade com relação ao Surdo.

Essa pesquisa pretende ir contra o fluxo tradicional das pesquisas em educação de Surdos, no que se refere as perspectivas da política de inclusão para compreender os processos que envolvem os conceitos de ensino/aprendizagem de Língua de Sinais Brasileira / segunda língua como uma efetiva educação linguística e formação de professores de matemática, na elaboração de materiais e de registros videográficos por meio da elaboração de glossário bilíngue e relatos de experiência. Esta é a pergunta central da pesquisa onde analisa que o ensino e a aprendizagem da Língua de Sinais Brasileira resumem na relação professor – aluno –metodologias - material didático e como a falta de uma boa formação para os discentes afeta negativamente este processo, pois analisar os pontos positivos e os pontos negativos do ensino de línguas é importante, para que conceitos estejam claros e que a sociedade tenha acesso a informações importantes através de dados convincentes que comprovam a realidade da educação dos Surdos.

Alem disso, é forte a percepção da falta de conhecimento do público leigo, principalmente os divulgados pelos meios de comunicação em massa, sobre a necessidade de elaboração de pesquisas em colaboração com pesquisadores que desenvolvem iniciativas para a área do ensino da LSB. Essa iniciativa é orquestrada pelas políticas públicas que têm instituído um discurso de solidariedade e de multiculturalismo nos seus documentos oficiais, sem, no entanto, apontarem caminhos de superação efetiva dos mecanismos subliminares de exclusão que ainda assolam o ensino regular.

Com relação aos alunos Surdos, em geral, a recomendação de elaboração de materiais didáticos e videográficos tem levado em conta sua forma de comunicação: a língua de sinais. Entretanto, essa fica restrita ao intérprete e ao Surdo, desconsidera a interação com o professor e com os demais colegas, a importância das relações humanas, dos processos de formação de identidade e do estabelecimento de conexão entre os conteúdos escolares e as formas particulares (visuais) de apreensão e de construção do conhecimentos. A falta de iniciativas consolidadas de formação acadêmica que busque a integração entre o ensino/pesquisa/inovação e necessária para a implementação pelo governo atualmente não é

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  boa para a educação de Surdos, pois esta não favorece uma educação bilíngue e não respeita as especificidades linguística do Surdo e não acredita na existência de uma cultura surda para a adoção de metodologias de ensino voltada para o Surdo.

Tratar sobre elaboração de materiais didáticos e videográficos sem considerar as possibilidades de desenvolvimento dos indivíduos e de sua participação, como cidadãos, não passa de retórica. Tratar sobre uma efetiva didática para a educação de Surdos significa levar em conta os diferentes modos de vida, que vão desde as condições materiais até as formas de organização presentes em cada grupo.

O pesquisador Surdo, Castro Júnior (2009), mostra que para que se haja a inclusão social das pessoas Surdas, com o objetivo de participação social efetivas, sem a inevitável submissão a que as minorias são expostas, as escolas precisam organizar-se, considerando três critérios: a interação através da língua de sinais, a valorização de conteúdos escolares e a relação conteúdo-cultura surda3.

Certamente este artigo auxiliará na compreensão e a abandonar a tendência tradicional, a consolidação dos estudos culturais, os aspectos típicos do viver pós-moderno como o uso massivo das tecnologias da comunicação, principalmente da internet e o super-poder da media, a democratização, a urbanização, a realidade política e cultural do mundo pós-colonial, a ascensão do inglês como língua franca internacional, as mudanças no conceito de pesquisa (porque mudou o conceito de conhecimento) e o fortalecimento da etnografia, as teorias desconstrutivistas de Michel Foucault, Jacques Derrida e Gilles Deleuze, dentre outros, são elementos propulsores de transformações para a educação de Surdos.

O objetivo é é verificar a importância do ensino da Libras para os discentes do curso de licenciatura em Matemática e apresentar um modelo de glossário bilíngue Português – Libras no intuito de tornar acessível o conteúdo trabalho em sala.

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3 De acordo com Strobel (2008) cultura surda é a forma como o sujeito surdo entende o mundo e de modificá-lo

a fim de se torná-lo acessível e habitável ajustando-os com as suas percepções visuais, que contribuem para a definição das identidades surdas e das “almas” das comunidades surdas. Isto significa que abrange a língua, as idéias, as crenças, os costumes e os hábitos de povo surdo às situações em que acontecem os eventos linguísticos, os metadiscursos produzidos, os contextos pragmáticos, a construção da subjetividade e as condições sócio e psicolinguísticas de usos da LSB.

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METODOLOGIA

Esta pesquisa foi realizada em duas fases distintas, sendo uma de diagnóstico da situação das necessidades que a educação de Surdos necessita em busca de melhores resultados no processo de ensino-aprendizagem, de caráter transversal, e outra fase de intervenção na qual foi realizada uma estratégia de elaboração de um glossário bilíngue LSB (Língua de Sinais Brasileira) / LP (Língua Portuguesa).

O estudo envolveu alunos que cursam a disciplina Libras – Básico, provenientes de instituições educacionais do Distrito Federal – DF. Estes foram recrutados na própria instituição, e as etapas de realização das intervenções do estudo também foram realizadas nas respectivas instituições para divulgar os resultados da pesquisa.

Na etapa de diagnóstico obtiveram-se dados que relatam a urgência de desenvolver pesquisas que visa melhorar a situação das necessidades que a educação de Surdos requere.

Utilizamos uma metodologia que possibilita analisar os dados da educação de Surdos no Brasil e no Distrito Federal. Para isso foram consultado pesquisas que trata da temática.

Para a organização

dos dados foi necessário que o pesquisador obtenha dados que trata da educação de Surdos, em busca de melhorias para contribuir na formação de professores e futuros professores de matemática. A justificativa está no fato de que no ano de 2002 se dá a consolidação e

reconhecimento da LSB como língua através da Lei No 10.436 de 24 de abril de 2002 e

acompanhar a evolução da educação de Surdos e sob a perspectiva da elaboração de materiais didáticos e videográficos é importante e determinante para a realização de novos estudos.

O aspecto de delineamento desta pesquisa caracterizou-se por sua natureza descritiva dos fatos observados e construtivos das informações coletadas com uma análise minuciosa que foi destinada a responder o objetivo proposto pelo pesquisador.

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RESULTADOS E DISCUSSÃO

A Educação de Surdos no Brasil, ainda não é ofertada de maneira satisfatória, os alunos Surdos são matriculados nas diversas instituições de ensino, mas constata-se a falta de formação de professores. Neste sentido, percebe-se que os órgãos responsáveis pelo ensino, apenas tem reafirmado o compromisso futuro de ampliação do atendimento educacional especializado, através de parcerias com diversas instituições, assegurando, assim, a igualdade de condições para acesso e permanência na escola.

Constatou-se que existem poucas orientações quanto a utilização de materiais didáticos pelos professores para o ensino de matemática para alunos Surdos e este fato está associado à questão de ainda existir a visão de que os Surdos são vistos como tendo uma deficiência, a qual deve ser curada para que eles possam se aproximar do normal, o ouvinte. Para isso, os Surdos são submetidos a um trabalho de habilitação e/ou reabilitação, visando desenvolver suas habilidades auditivas, bem como a aquisição da linguagem oral.

Essa constatação possibilitou chamar a atenção em um momento posterior pelo pesquisador para que seja efetivada a necessidade de mudança e valorizar e respeitar o sujeito Surdo através da concepção sócio-antropológica, onde, os Surdos são vistos como tendo um acesso diferente ao mundo, o que implica em diferenças em relação aos ouvintes. Pelo fato de não ouvirem, os Surdos constituem seu conhecimento de mundo através do canal visual-espacial, adquirem a língua de sinais sem dificuldade e esta vai possibilitar o desenvolvimento tanto dos aspectos cognitivos, como sócio-emocionais, e linguísticos.

Além disso, os discentes participantes da pesquisa afirmam que, a surdez não compromete o desenvolvimento do aluno Surdo, todos discentes fazem menção às

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  dificuldades que o mesmo apresenta nas tarefas, principalmente nas que dizem respeito à linguagem. Assim, de forma semelhante ao que é relatado na literatura, os discentes observam que os alunos são inteligentes nas tarefas que não envolvem linguagem. Nestas, embora não verbalizem, as atitudes por elas tomadas revelam uma certa dúvida em relação ao potencial intelectual do aluno Surdo, o que vem de acordo com pesquisas de outros autores.

O pesquisador, no decorrer da disciplina Libras, propôs diversas discussões, por meio de leituras de artigos sobre a educação de Surdos, com o intuito de conhecer as respostas para algumas questões que surgiram na sala de aula. Com este primeiro contato foram estabelecidas algumas categorias relacionadas ao objetivo da pesquisa. Deste modo foram selecionados algumas observações que são relevantes e que justifiquem a importância de elaborar uma proposta para o glossário da disciplina de matemática.

CATEGORIA (1) CONDIÇÕES DO ENSINO DE MATEMÁTICA PARA ALUNOS SURDOS

Nesta categoria a preocupação foi em resumir as opiniões sobre as condições do ensino de matemática para alunos Surdos. Além de obter informações sobre a maneira em que os discentes são preparados para receber estes alunos. Outro ponto importante são as sugestões para melhorar o ensino de matemática por meio da Libras na educação de Surdos. As respostas dos discentes nas discussões convergiram para um mesmo ponto, que é muito importante o uso da Libras para o ensino na educação de Surdos. Uma das observações que os discentes colocaram que quem ensina é o professor e não o intérprete de Libras, que apenas media a comunicação.

CATEGORIA (2) MATERIAIS DIDÁTICOS

Foram feitas algumas perguntas aos discentes sobre a pesquisa de como os materiais ou recursos visuais são disponibilizados na escola para que os professores trabalhem com os alunos Surdos e obtemos as seguintes percepções:

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  Discente 1: “O governo de um modo geral implantou a inclusão de alunos Surdos e vem capacitando professores interessados em trabalhar com essas crianças, mas ainda não há um material específico para que seus professores trabalhem com esses estudantes Surdos”.

Outra pergunta que foi construída ao longo da observação sobre a elaboração de materiais didáticos para alunos Surdos, foi: Que recursos você (professor) teria acesso para preparar materiais com a finalidade de trabalhar com alunos Surdos? A resposta obtida foi:

Discente 2: “É necessário disponibilizar recursos para o preparo de materiais para a educação de Surdos. Os materiais para alunos Surdos são basicamente visuais, portanto utilizarei muitos papéis, fotos ou outros tipos de imagens. Além disso, é possível contribuir com os demais alunos que são não-surdos e também estão aprendendo a Língua de Sinais Brasileira para se comunicar com o colega Surdo”.

Como o foco de análise visa também reconhecer as possibilidades do ensino de matemática através de uma proposta de elaboração de material didático para os alunos Surdos, foi perguntado para os discentes quais materiais poderia ser produzido nas aulas de matemática e a observação foi:

Discente 3: “Geralmente é importante sinalizar os termos da matemática em LSB. Além disso, será preciso o uso de fotos e todo tipo de imagem, assim como vídeos em Libras. Desta maneira o aluno entende o que vem sendo tratado no conteúdo da disciplina de matemática”.

Porém, é importante enfatizar o trabalho do professor de Libras com o futuro professor de matemática e como acontece o processo de produção e elaboração de materiais didáticos para o ensino de matemática para alunos Surdos.

Quando os discentes são indagado sobre algum avanço com a pesquisa que foi feita sobre a educação de Surdos que contribua para o início do processo de produção de material visual dentro da disciplina de matemática, os alunos mostram que a elaboração de materiais didáticos é de fundamental importância, pois assim como estamos tendo acesso ao aprendizado da Libras por meio de uma metodologia de ensino voltadas para nossa especificidades é preciso pensar no aluno Surdo quando estes alunos vão aprender a disciplina matemática.

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  A pesquisa possibilitou uma constatação importante que é a evidência que o discente de matemática assume na responsabilidade de ensinar e não jogar a responsabilidade do ensino para outro profissional e reafirma o compromisso de continuar a praticar a Libras.

Assim, após essas observações iniciais, foi realizado várias atividades para a elaboração do glossário Libras/Língua Portuguesa de termos da disciplina matemática, onde foi elaborado um glossário bilíngue da disciplina matemática. Este processo possibilitou definir uma pesquisa mais direcionada para os sinais-termos da disciplina de matemática que são muitos utilizados no ensino, o que vem de acordo com a necessidade de medidas relacionadas a elaboração e produção de materiais didáticos e videográficos que contribuem para a educação de Surdos.

O glossário bilíngue de matemática foi elaborado pelos discentes com a orientação do pesquisador, de modo a contribuir para o aprendizado dos alunos Surdos, por meio do uso de estratégias visuais e explicativas da co-relação do uso, meio e fim de cada termo da matemática. Ficou claro que o glossário de matemática não se trata apenas de um suporte para que o aluno Surdo possa compreender as aulas, mas necessário para a prática de futuros professores de matemática, no uso de uma outra língua e que praticar-la tornará o saber desses alunos ainda mais rico. Contribuindo também para a formação de valores, uma vez que há todo um trabalho de respeito e socialização dos alunos Surdos, que detém uma cultura única. “A importância do uso e da valorização da Língua de Sinais é ampla, pois esta é um símbolo da identidade cultural dos Surdos, sendo um dos elementos mais marcantes de sua cultura. É através do uso da LS que o sujeito Surdo apresenta seu sentimento de pertencimento à sua cultura, pois através dela pode haver interação com o grupo ao qual pertencem” (GESSER, 2008; STROBEL, 2009; CHAVEIRO et al., 2010).

O saldo desse trabalho, porém, foi muito positivo e alcançou aquele que deveria ampliar sua visão sobre algumas metodologias – o futuro professor – que a princípio não acreditava na possibilidade da criação de materiais didáticos para o ensino de suas aulas através do uso de materiais como o glossário de matemática e a possibilidade de ter um material para praticar e possibilitar a tradução de todo o material escrito em Língua Portuguesa que são utilizado para a Língua Brasileira de Sinais.

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FIGURA 2 – EXEMPLO DE SINAIS-TERMOS DO GLOSSÁRIO DA DISCIPLINA MATEMÁTICA

                                                         

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CONCLUSÃO

Com essa pesquisa foi possível ter um panorama da educação de Surdos para buscar melhorar o ensino da disciplina Libras e contribuir para a formação de futuros professores de matemática. Assim o posicionamento crítico e consciente do profissional-pesquisador frente aos Surdos é o ponto de importância que se estabelece na relação de comunicação e interação entre o professor e o aluno Surdo. A definição de termos e conceitos da área por um profissional e pesquisador que conhece a educação de Surdos, também foi importante e foi possível perceber que através da interface de diversas ciências com a matemática, como a linguística e a pedagogia, também explicam a necessidade de um progresso linguístico e educacional para a educação de Surdos, na elaboração de materiais didáticos e videográficos para a Libras.

REFERÊNCIAS

CASTRO JÚNIOR. Gláucio de. PSICOBIOLOGIA NA SALA DE AULA: UMA MEDIAÇÃO NO ENSINO DE PORTUGUÊS PARA SURDOS. Projeto de iniciação científica desenvolvido na UnB. 2008.

__________________________. Variação regional lexical na Língua de Sinais Brasileira:

inteorizando a prática educativa. Projeto de iniciação científica desenvolvido na UnB.

2009.

__________________________. A educação de Surdos no Distrito Federal: perspectiva

da política de inclusão. Monografia de conclusão do curso de especialização do curso

Desenvolvimento Humano, Educação e Inclusão Escolar da Universidade de Brasília, 2011. FAULSTICH, Enilde. Formação de termos: do constructo e das regras às evidências empíricas. In: FAULSTICH, E.; ABREU, S. P. Lingüística aplicada à terminologia e à

lexicologia – Cooperação Brasil e Canadá. Porto Alegre: UFRGS, Instituto de Letras, NEC,

2003. p. 11-31.

STROBEL, Karin Lílian. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2008.

Referências

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