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Esparta: A Sociedade da Guerra

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Academic year: 2021

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Esparta: A Sociedade da Guerra

Esparta se constituiu como uma pólis guerreira. Seu exército foi um dos mais eficientes do mundo grego

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» Lendas do século V a.C. relatam que descendentes de Héracles – Hércules na mitologia romana – foram os responsáveis pela ocupação inicial do território espartano. Entretanto, as pesquisas arqueológicas indicam que a fundação da pólis espartana esteve ligada aos conquistadores dórios que, por volta do século XII a.C. penetraram na região da Lacônia e na planície de Argos, vindos da Beócia e do istmo de Corinto.

A região da Lacônia abrangia terras muito férteis, em meio a um vale, onde no século IX a.C. os guerreiros dórios fundaram um centro militar chamado Esparta (ou Lacedemônia), passando a denominar-se então espartanos. Ø

Localização

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Ocupação Humana

»Esparta se originou de um acampamento militar permanente, de onde os espartanos governavam os camponeses submetidos a seu controle, apesar destes serem mais numerosos do que seus conquistadores. »Depois de instalados na Lacônia, os espartanos

empreenderam, na segunda metade do século VIII a.C., a conquista da região da Messênia, que possuía terras muito férteis e bastante povoadas. Ao final de duas longas

guerras, a Messênia foi dominada e seus habitantes transformaram-se em hilotas ou escravos.

»Com a ampliação do território e a consolidação da polis espartana, podemos observar sua concepção social:

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Hierarquia Social

Os esparciatas formavam a elite guerreira, dona do poder político e proprietária das terras mais férteis. Eram os

descendentes dos conquistadores dórios.

Os periecos, habitantes da Lacônia dominados pelos dórios, formavam um grupo de pessoas livres, possuidoras de bens, mas sem direitos políticos e sem possibilidade de

casamento com espartanos. Dedicavam-se À agricultura, ao comércio e ao artesanato, e pagavam altos impostos à elite

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Principais cidades da Grécia

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» O maior esforço de um espartano era converter-se em um militar eficiente. Durante as operações militares o exército marchava sobre o inimigo, lentamente, em fileiras cerradas ao som de música. A infantaria espartana era considerada invenc ível, e seus soldados, chamados de hoplitas, dispunham de armaduras, escudos e lanças muitos longas. » Os hoplitas organizavam-se em falanges de até doze

fileiras, e combatiam tão próximos que seus escudos formavam um muralha quase que contínua.

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» O princ ípio da educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar filhos fortes para o exército. A organização política da cidade era complexa, existindo várias instâncias de poder

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Eduação

» * Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.

* Assembléia: constituída pelos cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de leis. * Gerúsia: formada por vinte e oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as leis da cidade que eram votadas pela Assembléia. Ø

Burocracia

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O regime militarista de Esparta estendeu-se à vida

econômica e política da região do Peloponeso. Com receio de transformações, a entrada de estrangeiros era interditada; praticamente nenhum navio estrangeiro entrava em Esparta. Em função disso o comércio nessa região era bastante rudimentar e os espartanos usavam barras de ferro como moeda de troca.

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Xenofobia

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No que diz respeito à religiosidade, Esparta era polite ísta.Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.

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Guerras Médicas

No século V a.C. o mundo grego foi alvo da expansão imperialista dos persas. Algumas polis ficaram sob domínio persa, mas a grande maioria reagiu com energia na tentativa de frear o avanço dos invasores. Os gregos chamaram de guerras médicas a esse conjunto de lutas que se prolongaram entre 490 a.C. e 479 a.C.

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Desenvolvimento da Guerra

O inicio da guerra é marcado pelas vitórias e superioridade militar dos persas. A fragmentação das cidades-Estado facilitava o avanço dos invasores que buscavam terra e escravos na Grécia. Nem mesmo o militarismo de Esparta mostrava-se suficiente, pois sua esquadra era diminuta frente à bem aparelhada marinha persa.

A vitória sobre os persas na Batalha de Maratona marca o inicio da reação dos gregos. Após o triunfo, o comandante grego Milc íades ordenou que um mensageiro, de nome

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Vitórias Gregas

» Preocupados com a poderosa frota dos persas, os atenienses desenvolvem embarcações denominadas trirremes, que eram navios de guerra leves e rápidos.

» Atenas tornava-se assim a principal assim a principal potência naval do mundo grego e, graças a uma frota de mais de 300 trirremes, os atenienses conseguiram vencer os persas na Batalha de Salamina . Ésquilo, um notável escritor grego, tomou parte dessa batalha e descreve-a na obra intitulada Os Persas.

» Uma aliança estratégica entre atenienses e espartanos confere aos gregos a vitória na Batalha de Platéia (479 a.C.), marcando a saída dos invasores persas do mundo grego.

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Confederação de Delos

» Segue-se um período de paz, no qual Atenas lidera a Confederação de Delos, uma liga em que as polis gregas pagavam tributos aos atenienses, que se encarregariam da manutenção da frota naval. Esparta e as cidades do Peloponeso não se associavam aos atenienses.

» A hegemonia política e naval de Atenas frente ao mundo grego permite-lhe acumular riquezas que foram utilizadas para reconstruir a polis incendiada pelos persas e fomentar seu desenvolvimento cultural. O grande líder ateniense desse período foi Péricles, que realizou também melhorias sociais como o aumento do emprego nas cidades e a criação de leis que beneficiavam as camadas populares.

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Liga do Peloponeso

» Esparta não participou da confederação de Delos e nem aceitou a hegemonia ateniense no território grego.L íderes políticos espartanos unem-se às cidades circunvizinhas e formam a Liga do Peloponeso, que declara guerra a Atenas em 431 a.C.A Guerra do Peloponeso (431 a.C. – 404 a.C.) envolve o território grego em batalhas prolongadas, pois o exército espartano era mais forte em terra e Atenas tinha maior poderio naval. Apesar de um aparente equilíbrio militar, ano após ano os espartanos ganhavam terreno no interior da Grécia

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Hegemonia Espartana

Findando-se o conflito, Esparta em aliança com os persas, cortou o fornecimento de trigo a Atenas, através do bloqueio de rotas marítimas. Atenas rendeu-se. Iniciava-se o período da hegemonia espartana.

Esparta domina o mundo grego por algum tempo pelo uso da força militar. A tirania espartana acabou com a liberdade das polis, que pagavam pesados tributos aos vencedores da Guerra do Peloponeso.A cidade-Estado de Tebas, antiga aliada de Esparta, une-se a Corinto, dando início a uma

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Macedônia

» Ao norte da Grécia havia um país que falava um dialeto muito parecido com o grego e que ambicionava conquistar suas terras, era a Macedônia, que, aproveitando-se do enfraquecimento das polis gregas, invade-as em 338 a.C. » Felipe II, rei macedônio e comandante das invasões

tinha um projeto político maior – conquistar a Pérsia e controlar o Mediterrâneo Oriental. Felipe II morreu em combate, dois anos depois de dominar a Grécia. Seu filho Alexandre assume o trono greco-macedônico, iniciando um governo baseado em conquistas e expansão territorial

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Helenismo

» Com vinte anos de idade, Alexandre promove uma aliança de casamento entre seus soldados e as mulheres persas. Ele próprio casa-se com uma das filhas do Xá. Alexandre, denominado Magno ou Grande,

é considerado em dos maiores estrategistas da

Antiguidade.

» Em dez anos de luas o jovem imperador conquistou a Pérsia e o Egito, dando início a um processo cultural que chamamos de helenização, isto é, além de soldados, iam sábios, artistas e pesquisadores gregos para as áreas conquistadas. Com Alexandre o grego torna-se a principal língua falada na Antiguidade. E os valores culturais do Oriente fundiam-se ao universo grego

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Legados

Os legados deixados pelos gregos são numerosos e fantásticos. Por exemplo, foi na Grécia Antiga, na cidade de Olímpia, que surgiram os Jogos Olímpicos em homenagem aos deuses. Os gregos também desenvolveram uma rica mitologia. Até os dias de hoje a mitologia grega é referência para estudos e livros. A filosofia também atingiu um desenvolvimento surpreendente, principalmente em Atenas, no século V ( Período Clássico da Grécia). Platão e Sócrates são os filósofos mais conhecidos deste período, mas vale lembrar, que a filosofia grega não se resume a eles

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Outras heranças

A dramaturgia grega também pode ser destacada. Quase todas as cidades gregas possuíam anfiteatros, onde os atores apresentavam peças dramáticas ou comédias, usando máscaras. Um dos gêneros mais apreciados era a tragédia. Poesia, a história , artes plásticas e a arquitetura foram muito importantes na cultura grega. Na arquitetura, os gregos ergueram palácios, templos e acrópoles de mármore no topo de montanhas.

Referências

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