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Se até há uns anos ter dinheiro

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Academic year: 2021

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(1)

dossiê

contas

à ordem

Grátis só na banca online

p.

24

Analisámos 41 contas

standard, ordenado e pacote

É praticamente impossível ter uma conta sem

custos. Mas, se está à vontade com a Internet,

o ActivoBank não cobra cartões, despesas

de manutenção, nem transferências online

p.

26

Sugerimos três Escol has Acertadas

a custo zero

S

e até há uns anos ter dinheiro no banco significava receber juros, mesmo numa conta à ordem, — uma vez que o clien-te punha os seus recursos à disposição do banco para este os poder utilizar na concessão de crédito ou em investimentos —, nos últi-mos anos, a tendência inverteu-se.

Nos dias que correm, só por ser titular de uma conta à ordem incorre em despesas, mesmo que não adquira nenhum produto ou serviço. As comissões de manutenção vieram onerar quem possui conta e são cobradas, em geral, em valor inversamente proporcional ao saldo da conta. Ou seja, penalizam quem tem

O NOSSO ESTUDO

Avaliámos 41 contas à ordem

Para analisar quanto custa ter

uma conta à ordem, em abril, enviámos questionários e estudámos os preçários de 19 instituições bancárias. Avaliámos contas standard, ordenado e pacote ou de serviço, num total de 41 produtos. Objetivo: determinar o custo com a manutenção da conta e com a utilização dos principais produtos e serviços associados — cartões de débito e de crédito, e transferências. Tivemos em conta os cartões de débito mais baratos e os de crédito da gama classic. Assumimos que as transferências são pontuais e feitas para outro banco, através do NIB ou do IBAN. No caso da utilização de crédito automático, a simulação é para um descoberto de 250 euros por 10 dias em cada mês.

Definimos Escolhas Acertadas tendo

em mente o tipo de utilização que os clientes mais fazem da conta à ordem e considerámos duas formas de a movimentar: ao balcão e online. Quando a Escolha Acertada recai sobre um banco que opera pela Net, apresentamos uma alternativa dentro da banca tradicional.

(2)

Grátis só na banca online

Joaquim Rodrigues da Silva, coordenador da DINHEIRO

& DIREITOS, faz o balanço da campanha pelo fim das comissões

p.

28

Sugerimos três Escol has Acertadas

a custo zero

menos dinheiro (ver entrevista na página 28). Todos os bancos, à exceção do ActivoBank, Best Bank e BigOnline, cobram a um cliente com saldo médio mensal de 500 euros por ter conta aberta. Os valores variam entre 20,80 euros anuais (Banco BIC) e 124,80 euros (Ban-co Atlânti(Ban-co Europa). Contudo, se o saldo mé-dio do cliente rondar os 2000 euros mensais, já sobe para oito o número de instituições que não exigem despesas de manutenção.

Com ordenado a cair na conta

não paga comissões

Não existem muitas formas de evitar as co-missões de manutenção: domiciliar o orde-nado, a pensão ou a totalidade do património financeiro é a exceção. Quase todos os bancos premeiam quem o faz, uma vez que garantem uma maior fidelização do cliente. Não só não aplicam despesas de manutenção, como disponibilizam vários produtos e serviços de forma gratuita ou a um custo inferior. É o caso dos cartões de débito e de crédito, das transferências interbancárias pela Net, dos cheques e do acesso a um descoberto auto-rizado proporcional ao valor do vencimento (permite levantar dinheiro ou fazer pagamen-tos a crédito). A maioria dos bancos exige um valor mínimo de vencimento para o cliente aceder às vantagens das contas-ordenado: entre 250 (ActivoBank e BigOnline) e 750 eu-ros (Best Bank). Se for cliente do Barclays, da Caja Duero, do Crédito Agrícola e do Atlântico Europa, nem a domiciliação o salva dos cus-tos de manutenção.

Aposta nos relacionamentos

à distância

Se não pode ou não quer domiciliar o orde-nado, a solução para fugir aos custos de ma-nutenção são os bancos online — Activobank, Best Bank e BigOnline. Em qualquer banco dito tradicional, terá de pagar.

O homebanking e o Multibanco devem ser os meios preferenciais de movimentar a

www.deco.proteste.pt/

dinheiro/contas-ordem

conta. As transferências pelo Multibanco ain-da são gratuitas em todos os bancos e, ao usar o homebanking, poupa em média 4,87 euros por cada transferência face ao que pagaria ao balcão. A economia chega aos 5,14 euros se tiver o ordenado domiciliado. Entre as insti-tuições analisadas que cobram esta comissão, transferir custa em média 80 cêntimos (no pior dos cenários, no BBVA, paga 1,82 euros).

Contas-pacote não compensam

Banco BIC, Banco Popular, BES, Crédito Agrí-cola, Millennium bcp, Montepio e Santander Totta dispõem de contas-pacote ou de servi-ço. Estas contas começaram a aparecer nos últimos anos sob o argumento de disponibi-lizarem um conjunto de produtos e serviços a troco de uma mensalidade. Isenção das co-missões de manutenção, das anuidades dos cartões de débito e de crédito, oferta de che-ques, transferências gratuitas pela Net, boni-ficação nas taxas de juro, redução de custos em processos de crédito ou acesso a seguros a preços reduzidos são disso exemplo.

Deter uma destas contas custa entre 24,96 (BIC Mais e Montepio Consigo) e 74,88 euros (Banco Popular), para quem tem ordenado domiciliado, e entre 37,44 (Banco BIC) e 99,84 euros (Cliente Frequente do Millennium bcp), para quem não recebe o vencimento na conta. Comparadas com a oferta normal dos ban-cos, as contas-pacote só interessam a clientes que não domiciliem o vencimento e façam várias transferências interbancárias através do homebanking. Quem pode receber o ven-cimento ou a pensão através da conta obtém condições idênticas nas contas-ordenado tradicionais, ficando da mesma forma isen-to, por exemplo, de custos de manutenção. Assim, não é de estranhar que as contas-pa-cote não sejam Escolha Acertada. A exceção é a BES 100%, que se torna vantajosa para quem ganha, pelo menos, 500 euros e faça compras no valor mínimo de 50 euros men-sais com o cartão de débito ou crédito. ■

qUaNTO cUSTa

mOvimENTar a cONTa?

10,65 euros

Anuidade média do cartão

de débito

No ActivoBank, Barclays e Deutsche

Bank, o cartão é grátis. Banco Best, Banco BPI e Montepio não cobram se domiciliar o ordenado.

até 1,04 euros

Transferências pela Net

No ActivoBank, Best Bank, Banco BPI, BES e Crédito Agrícola, as transferências são sempre grátis. Banco BIC,

BBVA, Nova Galicia e Santander Totta não cobram se domiciliar o ordenado.

O Deutsche Bank cobra 50 cêntimos por transferência, mesmo a quem domicilia o ordenado. No Barclays, no BigOnline e na Caixa Geral de Depósitos, transferir custa sempre 52 cêntimos.

O Banco Popular cobra 94 cêntimos. No Atlântico Europa, na Caja Duero, no Millennium bcp e no Montepio, o custo sobe para 1,04 euros.

5,52 euros

Custo médio para transferir

ao balcão

Todos os bancos cobram se quiser fazer uma transferência ao balcão: começa nos 3,12 euros no Barclays e atinge os 10,40 euros no Bigonline e no Deutsche Bank.

(3)

sem

ordenado domiciliado

com

ordenado domiciliado

Saldo médio mensal até € 1000

Cartão débito e crédito

Transferências 1 por mês

Cartão débito e crédito

Transferências interbancárias 1 por mês

dossiê

contas à ordem

Saldo médio

Conta simples

Mínimo de abertura € 250

Cartão de débito

e de crédito grátis

Pedido de cheques

>

Net e balcão: € 0,96

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 5,51

Custo anual

>

Net: sem custos

>

balcão: € 66,12

Conta simples

Custo anual

>

grátis

Mínimo

de abertura € 100

Cartão

de débito € 7,80

Cartão de crédito

1.ª anuidade: grátis;

depois: € 15,60

Pedido

de cheques

>

Net: € 0,18

>

balcão: € 0,27

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 3,43

Custo anual

> € 64,56

Conta à ordem

Mínimo de abertura € 250

Cartão de débito € 13

Cartão de crédito

1.ª anuidade: grátis;

depois: € 15,60

Pedido de cheques

>

Net: € 0,39

>

balcão: € 0,62

Transferências

>

Net: € 1,04

>

balcão: € 3,38

Custo anual

>

€ 89,96

net + balcão net

PArA SAldoS médioS ACimA de 1000 euroS

balcão

escolhas

acertadas

Conta à ordem

Conta + ordenado

Ordenado mínimo € 750

Cartão de débito grátis

Cartão de crédito grátis

Pedido de cheques

>

Net: € 0,05

>

balcão: € 1,05

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 5,15

Custo anual

>

grátis

net

o que é e como se calcula o saldo médio?

O saldo médio é usado pelos bancos para determinar a comissão de manutenção. A forma de cálculo e o período considerado variam, mas a maioria tem em conta um trimestre. Grosso modo, apuram quanto dinheiro tem a conta diariamente, ao longo de 90 dias.

Admitindo que tem 100 euros no primeiro mês, 200 no segundo e 300 no terceiro, nesse trimestre, o saldo médio ronda 200 euros.

Banco Sem ordenado domiciliado Com ordenado domiciliado

balcão (custo anual) Net (custo anual) balcão (custo anual) Net (custo anual)

Banco BPi € 126,96 € 85,80 € 56,76 € 15,60

Banco espírito Santo € 163,92 € 101,52 € 97,76 €0

Caixa Geral

de depósitos € 142,92 € 96,12 € 80,52 € 33,72

millennium bcp € 163 € 109,36 € 88,12 € 34,48

Santander Totta € 169,24 € 113,08 € 103,92 € 32,16

escolha Acertada

€ 66,12

(ActivoBank) (ActivoBank)

grátis

(Banco BPI)

€ 56,76

grátis

(ActivoBank, BES 100% e Best)

Poupança anual (1)

€ 87,09

€ 101,18

€ 28,66

€ 23,19

(1) Ao optar pela Escolha Acertada mais barata, face ao custo médio nos cinco maiores bancos.

balcão

poupe

com as

escolhas

acertadas

(4)

com

ordenado domiciliado

Cartão débito e crédito

Transferências interbancárias 1 por mês

Saldo médio

Se uSAr o CrédiTo

AuTorizAdo

Conta ordenado

Ordenado mínimo € 500

Cartão de débito grátis

Cartão de crédito

1.ª anuidade: grátis;

depois: € 15,60

Pedido de cheques

>

Net: € 0,18

>

balcão: € 0,27

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 3,43

Custo anual

> € 56,76

balcão

Conta Simples opção

ordenado

Ordenado mínimo € 600

Cartões de débito

e de crédito grátis

Pedido de cheques

>

Net e balcão: € 0,96

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 5,51

Custo anual

>

grátis

net

Conta + ordenado

TAEG do descoberto 13,8%

Custo anual

> € 11,10

net net

BeS 100%

Ordenado mínimo € 500

Cartão de débito

e de crédito grátis

Pedido de cheques

>

Net: € 0,81

>

balcão: € 1,30

Transferências

>

Net: grátis

>

balcão: € 5,20 a € 7,80

Custo anual

>

grátis

€ 101,18

poupança anual com a

nossa

escolha acertada

pela net e sem ordenado

domiciliado

, face à média

dos cinco principais

bancos

Conta ordenado

TAEG do descoberto 10,9%

Custo anual

>

€ 66,13

balcão

Banco Sem ordenado domiciliado Com ordenado domiciliado

balcão (custo anual) Net (custo anual) balcão (custo anual) Net (custo anual)

Banco BPi € 126,96 € 85,80 € 56,76 € 15,60

Banco espírito Santo € 163,92 € 101,52 € 97,76 €0

Caixa Geral

de depósitos € 142,92 € 96,12 € 80,52 € 33,72

millennium bcp € 163 € 109,36 € 88,12 € 34,48

Santander Totta € 169,24 € 113,08 € 103,92 € 32,16

escolha Acertada

€ 66,12

(ActivoBank) (ActivoBank)

grátis

(Banco BPI)

€ 56,76

grátis

(ActivoBank, BES 100% e Best)

Poupança anual (1)

€ 87,09

€ 101,18

€ 28,66

€ 23,19

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dossiê

contas à ordem

Comissões | Saldo médio | Petição

Um ano depois de a DECO ter levado ao Parlamento

a petição pelo fim das comissões de manutenção,

Joaquim Rodrigues da Silva, porta-voz desta ação,

fala de avanços e do que ainda está por fazer

Joaquim Rodrigues

da Silva, coordenador

da DINHEIRO & DIREITOS

Jurista

Trabalha há 21 anos

na defesa do consumidor

"exigimos

o fim das

comissões

nas contas

à ordem"

o que mudou com

a entrega da petição?

Desde que lançámos a petição pelo fim das comissões de manutenção — que contou com a assinatura de mais de 90 mil consumidores —, a questão tem vindo a ser debatida na Assembleia da República. A DECO voltou a ser ouvida no Parlamento, em maio último. Neste momento, sabemos que há três propostas de lei em cima da mesa. Acreditamos que a versão final está para breve.

Na prática, isso significa

que está tudo na mesma?

Não pode dizer-se que esteja tudo na mesma. Como disse, o assunto já está em discussão na Assembleia da República. Além

disso, em março, o Banco de Portugal emitiu uma recomendação que foi ao encontro de algumas reivindicações nossas nesta matéria. O supervisor reconheceu, por um lado, que a cobrança de uma comissão deve estar associada à efetiva prestação de um serviço, algo que também defendemos. Por outro, considerou que a cobrança de despesas em função do saldo médio

13,1

%

num saldo médio de 500 euros,

mais de um

décimo

é gasto em comissões de manutenção

é uma prática comercial inadequada, pois quem menos tem é quem mais paga. Reconheço que esta recomendação do Banco de Portugal é insuficiente, mas trata-se de um sinal claro de que as nossas reivindicações e que a força dos 90 mil portugueses que se juntaram a esta ação começam a dar os seus frutos.

A recomendação do Banco de

Portugal é insuficiente porquê?

Porque fica aquém das expectativas. Apesar de o Banco de Portugal reconhecer que a cobrança de uma comissão deve estar associada à efetiva prestação de um serviço, as instituições de crédito continuam a cobrar pela simples manutenção de uma conta à ordem. A DECO defende a eliminação das despesas de manutenção de conta, por não resultarem da prestação de um serviço. Além disso, não faz sentido que os consumidores estejam a pagar para emprestar o seu dinheiro ao banco, que depois o utiliza para realizar operações da sua atividade bancária. No passado, acontecia precisamente o contrário: recebiam juros pelo saldo da conta à ordem. É ainda insuficiente porque se trata de uma simples recomendação. Não tendo um caráter vinculativo, os bancos podem continuar a cobrar as comissões que bem entenderem. Mais uma razão, no nosso entender, para a Assembleia da República legislar sobre este assunto.

Por fim, não concordamos com a proposta do Banco de Portugal de incluir a anuidade do cartão de débito e os levantamentos ao balcão na comissão de manutenção. Em parte, isso já existe nas contas-pacote. Mais: os consumidores podem ficar a pagar por serviços – levantamentos ao balcão, por exemplo – que não utilizam. Devem ser os próprios consumidores a escolher os serviços que querem e pagar apenas por esses, sem prejuízo de poderem contratar uma conta-pacote, se tal for do seu interesse.

enquanto a Assembleia não legisla,

há como escapar às comissões?

Nalguns casos, sim, mas não é fácil. Os nossos conselhos passam sempre por privilegiar as operações bancárias pela Net, que têm menos custos, e optar pela

(6)

Comissões | Saldo médio | Petição

domiciliação de ordenado, quando possível. Mas a verdade é que, seja através da designação de despesas de manutenção ou de comissão de manutenção ou de gestão de conta, os bancos continuam a cobrar elevados encargos pela simples detenção de uma conta à ordem.À exceção dos que operam predominantemente através da Net (BigOnline, Best Bank e Activobank), os demais cobram despesas

de manutenção, caso não exista

domiciliação do ordenado. Aliás, o Barclays cobra sempre, independentemente do envolvimento do cliente.

Por outro lado, a generalidade dos bancos mantém critérios de redução ou de isenção de despesas de manutenção baseados no saldo médio do cliente ou no seu património. Na prática, penalizam quem dispõe de menos recursos, em detrimento

a 6 euros, ou seja, de 10,5%... muito acima da inflação registada, como se sabe. E isto é para quem tenha um saldo médio de 500 euros. Se subirmos a fasquia para saldos de 3500 euros, o aumento das comissões de manutenção ronda os 61 por cento. Temos vindo a acompanhar esta evolução para vários cenários e percebemos que todos foram penalizados. Estes números levam-nos a acreditar que, mesmo quem beneficiava de reduções ou isenções, pode estar a perdê-las. É verdade que a entrada de um novo banco no mercado português – o Atlântico Europa – contribuiu para o agravamento, mas não explica tudo.

e se a letra final da lei ficar

aquém das expectativas da deCo?

está previsto algum plano B?

Para já, o essencial é o Parlamento aprovar rapidamente a legislação, proibir as comissões de manutenção ou, pelo menos, os saldos médios discriminatórios, e permitir que sejam apenas cobrados encargos pelos serviços adicionais que o consumidor utilizar. Caso a nova legislação fique aquém das nossas expectativas, não baixaremos os braços, isso, é certo. Continuaremos a contar com o apoio de todos os consumidores que se reveem nestas reivindicações para elevar a voz da DECO junto dos organismos competentes. A união faz a força e este é um bom exemplo disso.

Há novas batalhas em vista?

Há muito a fazer pela defesa do consumidor bancário e não só no campo das comissões de manutenção das contas à ordem. Estamos atentos ao aumento dos custos associados às transferências interbancárias, a que se tem vindo a assistir. Bancos que antes nada cobravam por esta operação na Net, como a Caixa Geral de Depósitos e o Deutsche Bank, passaram a exigir 52 e 50 cêntimos, respetivamente. Outros já cobravam e aumentaram substancialmente o valor exigido. É o caso do Santander, que passou de 1,04 para 1,30 euros... trata-se de um aumento de 25 por cento! Temos igualmente conhecimento de que, já em maio, o Banif começou a cobrar esta comissão. E tudo isto está legitimado: nada impede os bancos de alterarem o seu preçário livremente. Mas há mais. Se nos virarmos para o crédito, o panorama é igualmente grave ao nível dos encargos, sobretudo no crédito à habitação. Só no último ano, verificámos um aumento de 10,7% na comissão de processamento da prestação. É um problema grave, na medida em que desvirtua as taxas de juro anunciadas ao consumidor aquando da contratação do empréstimo. ■

Mais de 65 euros por ano

Comissão média nos bancos que cobram a quem tem um saldo médio de 500 euros. Desde 2007, os bancos aumentaram em mais de 56% o valor de uma comissão por um serviço que não prestam

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 Anos Saldo médio

€ 42,18 € 43,58

€ 46,86

€ 52,68

€ 56,88

€ 59,38

€ 65,61

€ 54,27

aumento

56%

comissão excessiva

paga Mais queM Menos pode

Valor médio cobrado em função do dinheiro que o cliente tem na conta. As comissões de manutenção continuam a subir de um ano para o outro, mantendo-se a tendência de que quem menos tem mais paga

€ 59,38

€ 65,61

€ 38,26

€ 42,41

€ 12,62

€ 20,28

€ 3 500

€ 2 000

€ 500

2013

2014

daqueles que mais recursos têm.

Verificámos que o mercado não se encontra ainda regulamentado como defendemos, continua a cobrar valores exorbitantes a título de despesas de manutenção, além de manter-se a tendência de aumento acentuado que temos vindo a observar ao longo dos últimos anos.

referiu "aumentos acentuados".

de que valores estamos a falar?

Se contabilizarmos os bancos que cobram despesas de manutenção – excluindo, portanto, os online –, as comissões atuais rondam 66 euros, em média. Isto é o mesmo que dizer que, num saldo médio de 500 euros, 13,1% vão direitinhos para as comissões de manutenção. Comparando com 2013, aquela comissão representa um aumento médio superior

Referências

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