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Descrição de 18 semanas de treinamento integrado sobre a velocidade de deslocamento em atletas brasileiros de futsal

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS

SISTEMA DE BIBLIOTECAS DA UNICAMP

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DOI: 10.1016/j.rbce.2018.06.001

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©2019

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CEP 13083-970 – Campinas SP Fone: (19) 3521-6493 http://www.repositorio.unicamp.br

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www.rbceonline.org.br

Revista

Brasileira

de

CIÊNCIAS

DO

ESPORTE

ARTIGO

ORIGINAL

Descric

¸ão

de

18

semanas

de

treinamento

integrado

sobre

a

velocidade

de

deslocamento

em

atletas

brasileiros

de

futsal

Ricardo

Stochi

de

Oliveira

a,∗

,

João

Paulo

Borin

a

,

Paula

Teixeira

Fernandes

b

,

Marco

Carlos

Uchida

c

e

Thiago

de

Oliveira

Borges

d

aUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp),ProgramadePós-Graduac¸ãoemBiodinâmicadoMovimentoHumano,Campinas,

SP,Brasil

bUniversidadeEstadualdeCampinas(Unicamp),ProgramadePós-DoutoradoemNeurociências,NeurologiaeReabilitac¸ão,

Campinas,SP,Brasil

cUniversidadedeCampinas(Unicamp),FaculdadedeEducac¸ãoFísica,DepartamentodeEstudosdaAtividadeFísicaAdaptada,

Campinas,SP,Brasil

dUniversityofTechnologySydney,FacultyofHealth,Sydney,Austrália

Recebidoem19deabrilde2017;aceitoem11dejunhode2018 DisponívelnaInternetem20dejulhode2018

PALAVRAS-CHAVE Futsal; Velocidade; Treinamento desportivo; Treinamento

Resumo Oobjetivodessetrabalhofoiverificar18semanasdetreinamentointegradosobrea velocidadededeslocamentoaolongodeumatemporadaematletasbrasileirosdefutsal,do sexomasculino.Foramestudadosnoveatletasquedisputaramocampeonatoestadualdefutsal, categoriaadulta.Foramanalisadas18semanas,comsessõesdetreinamentointegrado(físico, técnicoetático),bemcomojogosamistososeoficiais.Avelocidadededeslocamentoem15 metrosfoiavaliadapormeiodefotocélulas(Cefise®),feitasemquatromomentoseosprincipais

resultadosapontam:i)paramelhoriaestatisticamentesignificativa(p<0,05)navelocidadedo M1(6,09±0,22m/s)paraoM2(6,85±0,28m/s)compredomíniodostreinamentosdeforc¸a epotência;ii)diminuic¸ãodavelocidadededeslocamentonoM3(6,42±0,23m/s)emrelac¸ão M2(6,85±0,28m/s)comdestaqueparatreinamentostécnicosetáticos.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´e umartigoOpenAccesssobumalicenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Autorparacorrespondência.

E-mail:rstochi@gmail.com(R.S.Oliveira).

https://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.06.001

0101-3289/©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Este ´eumartigoOpenAccesssobuma licenc¸aCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

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Descric¸ãode18semanasdetreinamentointegradosobreavelocidadededeslocamento 309 KEYWORDS Futsal; Speed; SportsTraining; Training

Descriptionof 18weeks integratedtraining onthedisplacement speedin Brazilian

futsalplayers

Abstract Thisworkaimedtoverifyindifferentmoments18weeksintegratedtrainingonthe speedofmaleBrazilianfutsalathletesthroughoutaseason.Nineathletesfromwerestudied, theyplayedontheadultcategoryinthestate’schampionship.The18weekswereanalysed withinsectionsofintegratedtraining(physical,technical,andtactical),aswellasfriendlyand officialgames.Thespeedin15meterswasevaluatedbyphotocells(Cefise®),performedinfour

momentsandthemainresultsshow:i)thestatisticallysignificantimprovement(p<0.05)onthe speedfromM1(6.09±0.22m/s)toM2(6.85±0.28m/s)withthepredominanceofstrength andpowertraining,ii)thedecreaseofthespeedonM3(6.42±0.23m/s)inrelationtoM2 (6.85±0.28m/s)withemphasisontechnicalandtacticaltraining.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublishedbyElsevierEditoraLtda.Thisisan openaccessarticleundertheCCBY-NC-NDlicense( http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/). PALABRASCLAVE Futsal; Velocidad; Entrenamiento deportivo; Entrenamiento

Descripciónde18semanasdeentrenamientointegradosobrelavelocidadde

despla-zamientoenatletasbrasile˜nosdefutsal

Resumen Elobjetivodeestetrabajofueverificarelefectode18semanasdeentrenamiento integradosobrelavelocidaddedesplazamiento,endiferentesmomentosyalolargodeuna temporada,endeportistasbrasile˜nosdefutsaldesexomasculino.Seestudióanueveatletas quecompetíanenlacategoríaadultadelcampeonatoestataldefutsal.Seanalizaron18 sema-nas, conseccionesdeentrenamiento integrado(físico,técnicoytáctico),así comopartidos amistososy oficiales.Lavelocidaddedesplazamiento en15 metrosfueevaluadapormedio de fotocélulas(Cefise®), durantecuatro momentos, y losprincipales resultados mostraron:

i)unamejoraestadísticamenteimportante(p<0,05)enlavelocidaddeM1(6,09±0,22m/s) aM2(6,85±0,28m/s),enquepredominaronlosentrenamientosdefuerzaypotencia,ii) dis-minucióndelavelocidaddedesplazamientoenelM3(6,42±0,23m/s)enrelaciónconelM2 (6,85±0,28m/s),haciendohincapiéenentrenamientostécnicosytácticos.

©2018Col´egioBrasileirodeCiˆenciasdoEsporte.PublicadoporElsevierEditoraLtda.Estees unart´ıculoOpenAccessbajolalicenciaCCBY-NC-ND(http://creativecommons.org/licenses/ by-nc-nd/4.0/).

Introduc

¸ão

O futsal é umamodalidade intermitente na qual o meta-bolismoaeróbioéresponsávelpelofornecimentode75%da energiausadaduranteapartida(Barbero-Alvarez,2008).No entanto,nosmomentosdecisivosdosjogosavelocidadede deslocamento é fundamental para a execuc¸ão de ac¸ões dealtaintensidadeecurtadurac¸ão,taiscomomudanc¸asde direc¸ão,desarmes, dribles,saltose acelerac¸ões (Barbero--Alvarez etal.,2008;Makaje,2012;Barbierietal.,2016; Nakamuraetal.,2016).

De fato, alguns estudos (Barbero-Alvarez etal., 2008; DeOliveiraBuenoetal.,2014;Matzenbacheretal.,2014) verificaramasdemandasfísicasdurante partidasdefutsal

eapontaramque osatletassãocapazes defazer desloca-mentosem velocidades superiores a 20km/h durante 5 a 12%dototaldetempodapartida.Nessesentido,a capaci-dadedeoatletaexecutarac¸õesedeslocamentosemaltas velocidades, que representam arealidade competitiva da modalidade,éfundamentalparaodesempenhoesportivo.

No entanto, Nakamura et al. (2016) aponta que o desafio dos diferentes membros da comissão técnica é o aperfeic¸oamentodas capacidades neuromusculares, como avelocidade,ematletasdefutsal.Algumaslimitac¸õessão apontadas, como o calendário esportivo, que apresenta curto período preparatório seguido de um longo período competitivo(Miloskietal.,2012),e tambéma ênfasenos treinamentostécnico-tácticos, nos períodos competitivos,

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quepodeminfluenciarnegativamenteasmanifestac¸õesda velocidade (Loturco et al., 2015). Vale destacar que um estudoconduzidoporHelgerud(2011)apontoumelhoriasda velocidadededeslocamentocombinadascomexercícios vol-tadospara a resistênciaaeróbia no período preparatório. Contudo, nos momentos mais cruciais de uma tempo-rada, que coincidem com as semanas finais do período competitivo,aindafaltamindicadoresqueapontemo com-portamentodavelocidade.

No futsal notam-se alguns estudos que verificaram os efeitos de treinamento nas capacidades aeróbias e ana-eróbias no período preparatório (Oliveira et al., 2013, Soares-Caldeiraetal., 2014),em curtos períodos de trei-namento (Moreira et al., 2013), e que analisaram um macrociclode treinamento (Barbieriet al., 2016). Entre-tanto,aindafaltamevidênciassobreoefeitodetreinamento nascapacidadesbiomotorascomcaracterísticas neuromus-culares, principalmente a velocidade de deslocamento. Assim,o objetivodopresenteestudofoiverificaroefeito dotreinamentode18semanassobreavelocidadede des-locamento, em diferentes momentos, ao longo de uma temporada em atletas brasileiros defutsal, do sexo mas-culino.

Material

e

métodos

Foramestudadosnoveatletasdefutsal,dosexomasculino, deumaequipedointerior doEstadodeSãoPaulo,Brasil, que disputou o campeonato estadualda primeira divisão. Osatletastreinaramumaouduassessõespordiaemcinco diasporsemana.Amédiadaidade,estatura,massacorporal epercentualdegordurafoide23,3±1,9anos,1,75±0,1m, 73,4±14,1kge9,3±4,9%,respectivamente.Após esclare-cimentossobreasfinalidadesdapesquisa,procedimentos, riscos e benefícios ao participar, todos os atletas assina-ramtermo deconsentimentolivre eesclarecido aprovado peloComitêdeÉticadaUniversidadeEstadualdeCampinas (Protocolon◦368/2011).

Todososvoluntáriosforamsubmetidosaumaavaliac¸ão clínica(anamneseeexamefísico)antesdoiníciodos trei-namentose sóparticiparam doestudo indivíduos que não apresentaramevidências clínicas dealterac¸ões cardíacas, pulmonareseortopédicas.

Desenho

experimental

Esteestudofoifeitoduranteatemporada docampeonato paulistadefutsaldaprimeiradivisão,totalde18semanas detreinamento,divididasemtrêsperíodos:i)preparatório: compostoporquatrosemanas;ii)competitivoI(fase clas-sificatória):compostopornovesemanas;eiii)competitivo II (play-offs): composto por cinco semanas (fig. 1). Para avaliaravelocidade dedeslocamentodosatletase evitar qualquertipodeinfluêncianosresultadosecomoformade padronizac¸ão,todosostestesforamfeitosentre9he12he todososatletastiveramumdescansode48horasparaa fei-turadostestes.Osatletasusavamasvestimentaspróprias paratreino,comocamiseta,calc¸ão,meiaetênisdefutebol de salão. As avaliac¸ões ocorreram em quatro momentos: i) antes do início do treinamento (M1); ii) após qua-tro semanas (M2), caracterizado como término do

Período

Preparatório Competitivo I Competitivo II 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 M4 M3 M2 M1 Período Período

Figura1 Períodosdetreinamentoemomentodasavaliac¸ões. Legenda1.M1=momento1;M2=momento2;M3=momento3; M4=momento4.

períodopreparatório; iii) após 13 semanas, fim do período competitivo I (M3); e iv) após 18 semanas (M4), caracterizadocomofimdoperíodocompetitivo.

Protocolo

de

avaliac

¸ão

Avelocidadededeslocamentofoiavaliadapormeiodo sis-tema de fotocélulas (modelo Speedtestfit, Cefise®), que foram posicionadas no ponto inicial e final de uma reta de 15m de comprimento. Para feitura do teste foi usado o protocolopropostoporLittleeWillians(2005). Oatleta posicionava-se depé, paradonalinhainicialdo teste.Ao comandodoinvestigador,oatletadeveriaexecutaro deslo-camentonadistânciade15mnomenortempopossível.Cada atletafeztrêstentativaseomelhorresultadofoiusadopara análise.

Programa

de

treinamento

O programa de treinamento foi desenvolvido durante 18semanascomintervaloderecuperac¸ãode48horasentre assemanas.Parao treinamentodaforc¸afoiusadoo trei-namento com pesos e foram usados circuitos com saltos e acelerac¸ões; para o treinamento da resistência aeró-biaforamusadosmétodosintervaladosintensivoseparao treinamentodas habilidades técnico/táticas foramusados exercícioscombolacomvariac¸ãodadimensãodaquadrae númerodejogadores.(fig.2).

Análise

estatística

Após as coletas os dados foram armazenados em banco computacional e,a seguir,foifeitoo cálculodasmedidas descritivas(média,desvio-padrão,valormínimo,medianae valormáximo)enoplanoinferencial,apósverificar norma-lidadedosdados(Shapiro-Wilk)usou-seatécnicadeanálise devariânciaparamedidasrepetidas(Anova)oneway (velo-cidadexmomento).Osmomentosanalisadosforam:i)antes doiníciodotreinamento(M1);ii)apósquatrosemanas(M2); iii)após13semanas(M3);eiv)após18semanas(M4). Cons-tatadoefeitodeinterferência,completadapelotestepost hoc de Bonferroni, para diferenc¸a entreos momentos da avaliac¸ão.Foiadotadocomosignificânciaop<0,05.

Resultados

Afigura4apresentaavariac¸ãodavelocidadenosdiferentes momentosestudados.Nota-sequeM2(6,85±0,28m/s)eM3 (6,42±0,23m/s)apresentaram aumentoestatisticamente significativo (p<0,05) em relac¸ão a M1 (6,09±0,22m/s).

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Descric¸ãode18semanasdetreinamentointegradosobreavelocidadededeslocamento 311

Figura2 Visãogeraldoscomponenteseconteúdosdetreinamento.

Figura3 Comportamentodavelocidadededeslocamentonos diferentesmomentosavaliados.

Legenda2.a=DiferentedeM1;b=DiferentedeM2.

EntretantoM3eM4apresentaramquedassignificativasem relac¸ãoaM2(6,85±0,28m/s).

Discussão

Oobjetivodopresenteestudofoiinvestigaroefeitodeuma temporadasobreavelocidadededeslocamentoematletas defutsal.Osprincipaisachadosapontamumamelhoriada velocidadenoperíodopreparatório,porémumdecréscimo dessesvaloresduranteoperíodocompetitivo.

Nopresenteestudo,avelocidadededeslocamento apon-tou melhoriasno fim do períodopreparatório (fig. 3).Ao observaras sessõesde treinamentonesse período(fig. 2)

nota-seque,aolongodasquatrosemanasdoperíodo pre-paratório, 16 sessões de treinamento foram direcionadas paraasmanifestac¸õesdacapacidade deforc¸a(11sessões deresistênciadeforc¸ae cincosessõesdepotência). Esse resultado pode ser explicado devido aostreinamentos de forc¸a, pois esses podemaumentar o número de unidades motorasrecrutadas, a frequênciadedisparos de potenci-aisdeac¸ão,acoordenac¸ãointra/intermuscularepromover aumentodamassamuscular.Taisadaptac¸õesgeradas resul-tam na elevac¸ão da acelerac¸ão, agilidade e velocidade (Wisloffetal.,2004).

Defato, ao observarinformac¸ões sobre o treinamento de forc¸a no futsal, Torres-Torrelo et al. (2017), investi-garamos efeitos dediferentesprogramasde treinamento de forc¸a em 34 atletas de futsal alocados em três gru-pos,duranteseissemanasdentrodoperíodocompetitivo, divididosem: i)Grupo controle,nãofazia treinamentode forc¸a;ii)Grupoquefaziaoexercíciodeagachamentoeiii) grupoque fazia o mesmo exercício de agachamento mais estímulosdevelocidadecommudanc¸asdedirec¸ãoeos atle-tas foram submetidos a duas sessões semanais de forc¸a. Osautores concluíram queas12sessões deforc¸aem seis semanas(duassessõessemanais)deintervenc¸ãoforam sufi-cientesparamelhorarascapacidadesdevelocidadede10 e 20 metros de deslocamento. Os resultadosencontrados pelosautorescorroboramosresultadosaquiapresentados, vistoquenoperíodopreparatóriodequatrosemanasforam ministradas16sessõesdetreinamentodirecionadasparaas manifestac¸õesdaforc¸a,indicou-se quefoidestinada mais deumasessãodetreinamentoporsemana.

Quandoaatenc¸ãoévoltadaparaoperíodocompetitivo, especificamenteoI,quetemadurac¸ãodenovesemanas, nota-seumareduc¸ãodonúmerode sessõesdestinadasao treinamentodeforc¸a(novesessõesdeforc¸amáximaeduas de potência). Também é notável que juntamente com a

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reduc¸ãodassessõesdetreinamentodeforc¸aavelocidadede deslocamentonofimdoperíodocompetitivoI(M3)aponta umdecréscimonosvalores.Noentanto,nãosepodeatribuir odecréscimodavelocidadesomenteaospoucosestímulos detreinamentodasmanifestac¸õesdeforc¸a.Destaca-seque esseperíodoapresentoualtovolumedetreinamento desti-nadoàstarefastécnico/táticas(31sessões).

Nessa direc¸ão, outro ponto que merece destaque é o possível efeito concorrente que o alto volume de trei-namentotécnico/tático podetrazersobreas capacidades decaráterneuromuscular, como avelocidade de desloca-mento. Helgerudd et al. (2011) apontaram melhorias nos indicadoresdeforc¸amáxima,velocidadededeslocamento e no consumo máximo de oxigênio após oitosemanas de treinamento,evidenciaramapossibilidadedetreinamentos concorrentes, semefeitos negativos entreeles. Por outro lado,os achados de Taylor et al. (2012) merecem desta-que, uma vez que os autores observaram decréscimo na velocidadeem jovensatletasde futeboldentoda tempo-rada competitiva. Semelhanc¸a é verificada no estudo de Loturcoetal.(2015),quenãoobservarammelhoriasna velo-cidadededeslocamentoematletasprofissionaisdefutebol. Osdadosdessesautorescorroboramosachadosdopresente estudo,quepodemserexplicadospeloaltovolumede trei-namentotécnico-tático.

Em outra direc¸ão, destaca-se o númerode jogos, que pode ser um indicador importante para queda de rendi-mentodavelocidadededeslocamento.Nota-sequeaequipe aquiestudadadisputou,dentrodoperíodocompetitivoI,14 jogos.Essenúmeroapontaquemaisdeumapartidafoi dis-putadaduranteasemana.Apesardeofutsalsecaracterizar porumamodalidadeintermitentedealtíssimaintensidade (Barbero-Alvarezet al., 2008), evidencia que maisde 5% dosdeslocamentossãoemaltavelocidade,somenteos estí-mulosdevelocidadefeitosnojogonãosãosuficientespara melhoriae/oumanutenc¸ãodavelocidadededeslocamento duranteoperíodocompetitivo.

OperíodocompetitivoIIapresentoucaracterísticas simi-lares ao período competitivo I, com o maior número de sessões para os treinamentos técnico/táticos, diminuic¸ão nonúmerode sessões detreinamentos de forc¸ae potên-ciaeelevadonúmerodejogos,oquepodeexplicar anão alterac¸ão da velocidade de deslocamento nesse período. Ademais,umapossível explicac¸ão paraareduc¸ãoda velo-cidadede deslocamentodurante a temporada podeser o surgimento da fadiga acumulada. A fadiga pode ser algo desejado dentro do treinamento, por fornecer estímulos paraoorganismoseadaptar.Aexposic¸ãorepetidaàfadiga podeconduzir a um estadode overreching não funcional eatémesmooovertrainng, queestão associadosà queda dodesempenho,especialmenteparaosindicadores neuro-musculares.(Matos,Winsley& Willians,2011).Umestudo conduzidoporOliver,Lloyd&Whitney(2015)apontoupara reduc¸ões dos escores de salto com contra movimento e taxa de forc¸a reativa durante um mesociclo competitivo emjogadoresderúgbi.Osautoresjustificaramaquedade rendimentonosindicadoresneuromuscularesdevidoao sur-gimentodafadiga acumulada,taisachados corroboramos resultadosobtidosnopresenteestudo.

Conclusão

A partir de tais dados conclui-se que os resultados deste estudo apontam paraimportância de preparadoresfísicos e treinadores encontrarem caminhos para incluir maiores volumesdetreinamentodestinadosàscapacidades neuro-muscularesduranteoperíodocompetitivo,paradiminuira diferenc¸adevolumeentreostreinamentostécnico-táticos e, assim,evitarodecréscimo acentuadodavelocidade ao longodatemporada.

Umavezqueavelocidadedesempenhaumgrandepapel nodesempenhodejogadoresdefutsal,o presenteestudo poderácontribuirparaqueosdiferentesmembrosda comis-sãotécnicapossamconsiderararevisãodesuasestratégias de treinamento técnico e tático na direc¸ão de reduzir a exposic¸ãodosjogadoresaefeitosconcorrentes.

Financiamento

Opresentetrabalhonãocontoucomapoiofinanceiro.

Conflitos

de

interesse

Osautoresdeclaramnãohaverconflitosdeinteresse.

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