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TCC2 DiRenzo Acidente de trabalho construção civil Um estudo do estado de Mato Grosso

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Acidente de trabalho na Construção Civil – um estudo do Estado de Mato Grosso

Work Accident in Construction – a study of the state of Mato Grosso

Rogério Iago Di Renzo dos Santos1, Karen Wrobel Straub2

Resumo: O acelerado processo de industrialização no país é acompanhado pelo crescente aumento dos acidentes

de trabalho. O setor da Construção Civil no Estado de Mato Grosso vem se destacando por ser um dos setores industriais de maior ocorrência de acidentes de trabalho, atingindo a posição de sétimo lugar no ranking nacional. Dentro deste setor, a atividade de Construção de Edifícios é a que mais se destaca devido à maior ocorrência de acidentes de trabalho. Tendo em vista a importancia deste setor para a economia do país, foi realizado um estudo estatístico da ocorrência de acidentes de trabalho inerentes à Construção de Edifícios no estado. A análise estatística dos acidentes baseou-se no método da regressão linear, com o objetivo de obter equações que representem os principais tipos de acidentes de trabalho estimando o número de acidentes em anos futuros. Para dar sustentação às equações encontradas, aplicou-se o teste de normalidade de Shapiro-Wilks. Além disso, através de pesquisas bibliográficas, buscou-se identificar os principais motivos para elevada ocorrência dos acidentes. Diante disto, identificou-se a necessidade de aprimorar as medidas preventivas de segurança do trabalho deste setor, visto que ao longo dos anos, a ocorrência de acidentes vêm sendo crescente sem tendência à estabilizar.

Palavras-chave: acidente de trabalho; construção civil; segurança do trabalho; análise estatística.

Abstract: The accelerated process of industrialization in the country is accompanied by the growing number of

accidents. The Construction sector in the State of Mato Grosso has been highlighted as one of the industrial sectors of higher occurrence of work accidents, reaching the seventh position in the national ranking. Within this sector, the Building Construction activity is the one that stands out due to the higher incidence of work accidents. Given the importance of this sector to the economy, we performed a statistical study of the occurrence of work accidents related to the Building Construction in the state. Statistical analysis of accidents was based on the linear regression method, in order to obtain equations that represent the main types of accidents estimating the number of accidents in future years.To give support to those found equations, we applied the Shapiro-Wilks normality test. In addition, through bibliographic research, we sought to identify the main reasons for high occurrence of accidents. Through this study, we identified the need to improve preventive safety measures of working activity in this sector, since over the years, accidents have been increasing without a tendency to stabilize.

Keywords: working accident; civil construction; labor safety; statistical analysis. 1 Introdução

No Brasil, o acelerado processo de industrialização em curto prazo, é justificado como uma das soluções adotadas pelo governo para retirar o país da etapa de subdesenvolvimento. Mesmo sabendo que, a prática dessa medida traz incontáveis benefícios, deve-se observar o quanto é agressivo ao homem. Logo, verificaram-se ao longo dos anos que, ao final, os custos gerados com enfermidades e acidentes proveniente da prática desta medida, eram superiores aos bens produzidos (YAMAKAMI, 2013).

De acordo com Arra (s/d), quando falamos em acidente de trabalho, referimos à uma ocorrência não programada que interfere no processo normal de uma atividade, acarretando a perda de tempo útil ou lesões nos trabalhadores. Sendo assim, o acidente de trabalho é inerente à atividade laboral prestada pelo trabalhador. No que diz respeito a parte econômica, estes acidentes provocam um enorme prejuízo para o país, pois além de gerar custos para a reabilitação do acidentado, o período que este trabalhador fica inativo irá gerar queda na produtividade da empresa, e, portanto, no Estado. Em relação a questão social, há a influência psicológica gerada pelo acidente acaba “tocando” os demais trabalhadores, interferindo no seu ritmo de trabalho, e consequentemente, na queda de produtividade (YAMAKAMI, 2013).

Segundo a Revista PROTEÇÃO, o Brasil está entre os dez países com maior número de vítimas de acidente de trabalho. De acordo com a Previdência Social, no ano de 2006, o setor de indústrias, que engloba o setor da Construção Civil, foi responsável por 47,4% dos acidentes de trabalho.

Quase não haviam notícias sobre a ocorrência de acidentes no período em que o trabalho era quase que exclusivamente artesanal. A ocorrência dos acidentes de trabalho foi marcada com o advento das máquinas nos ambientes de trabalho (YAMAKAMI, 2013).

A implantação das máquinas junto ao meio de trabalho é marcada pela Revolução Industrial (1760), na Inglaterra. A principal particularidade desta revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com o uso de máquinas (BITENCOURT; QUELHAS, s/d). Entretanto, esta parceria “homem máquina” foi marcada pelo crescente aumento dos acidentes de trabalho, que aliada às péssimas condições de trabalho da época e nenhuma lei ou norma que protegesse os trabalhadores. Diante das informações expostas acima, surge os primeiros conceitos sobre Saúde e Segurança do Trabalho, assim como as Leis e Normas que resguardassem estes trabalhadores.

O surgimento dos conceitos de Segurança do Trabalho veio acompanhado das Leis e Normas que estabeleciam os direitos e deveres tanto do empregador quanto do empregado, além, é claro, dos órgãos para realizar a fiscalização e verificar o cumprimento das mesmas ( BITENCOURT; QUELHAS, s/d).

De acordo com o Sistema Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (FIEMT) de 2015, o índice de acidentes de trabalho na construção civil é um dos maiores do país, alcançando a posição de sétimo lugar no ranking nacional.

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Segundo o DIÁRIO DE CUIABÁ ed. n. 13780 de 2013, o aumento dos números de acidentes no estado é devido ao desenvolvimento que o estado vem sofrendo ao longos dos anos, principalmente no “boom” gerado pelas obras para a Copa do Mundo que foi realizada em 2014. Com base nos fatos expostos, verifica-se a importância de pesquisas correlatas ao desenvolvimento do número de acidentes de trabalho.

Esta pesquisa teve como objetivo estimar o número de ocorrência de acidentes em anos futuros, através da análise estatística e da regressão linear, para os principais tipos de acidentes de trabalho inerentes à Construção de Edifícios no Estado de Mato Grosso.

2 Revisão Bibliográfica

2.1 Acidente de Trabalho

A Lei Nº 8.213 de 24 de julho de 1991 regulamenta e dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social define, em seu art. 19, acidente de trabalho como sendo aquele que ocorre ao trabalhador em seu âmbito de serviço prestados à empresa, ou a qualquer trabalhador que está devidamente regido pelo inciso Vll do art. 11 da lei acima, que provoque perturbação ou lesão, permanente ou não, que gere a perda ou redução da capacidade de trabalho.

Corroborando a isso, a lei relaciona acidente de trabalho a toda ocorrência que esteja ligado ao trabalho e tenha contribuído de forma direta ou indireta, para a morte ou redução da capacidade para o trabalho do assegurado. Observa-se ainda na Lei Nº 8.213, art. 22, que toda empresa ou empregador deverá realizar a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) à Previdência Social. Assim sendo, a empresa ou empregador deverá fazer esta comunicação até o prazo do primeiro dia útil seguinte ao incidente. Na recusa da emissão deste documento por parte do empregador ou da empresa, poderá preenchê-lo, o próprio acidentado, seus dependentes ou qualquer autoridade pública, ainda, cabendo uma punição a empresa por não informar a CAT.

Toda Comunicação de Acidente de Trabalho é registrada e cadastrada no sítio eletrônico da Previdência Social. Conforme dispõe a IN INSS 31/2008, os acidentes de trabalho serão analisados e caracterizados pela perícia médica do INSS, mediante o nexo entre o trabalho realizado e o agravo.

Todo acidente de trabalho é catalogado de acordo com a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE).

Segundo o IBGE, CNAE é a classificação usada pela Administração Pública e pelo Sistema Estatístico Nacional para a produção de estatísticas inerentes as atividades econômicas e registro de pessoas jurídicas. Além disso, é uma ferramenta fundamental na produção de dados de informações socioeconômicas do país. Segundo a Teoria de Frank Bird (1969) para cada 600 incidentes, tem-se 01 acidentes incapacitante ou grave/fatal, conforme é possível verificar na figura 1.

A teoria desenvolvida por Frank foi validada através de sua obra “Damage Control”, onde o estudioso realizou uma análise estatística com dados de quase dois milhões de acidentes, em 297 empresas, 1.753.498 casos para 1.750.000 trabalhadores.

Figura 1: Pirâmide de Frank Bird. Fonte: Ultramari, 2003. 2.1.1 Tipos de Acidentes de Trabalho

A Previdência Social juntamente com o Ministério do Trabalho e Emprego divulgam dados estatísticos das três espécies de acidentes que são consideradas principais, quais sejam: I) Acidentes Típicos, II) Acidentes de Trajeto, III) Doenças Ocupacionais.

a) Acidente Típico

É aquele que ocorre quando o trabalhador sofre alguma perturbação funcional ou lesão corporal que causa, a perda, redução, permanente ou temporária, da sua capacidade laboral, durante qualquer atividade que esteja realizando a serviço da empresa (YAMAKAMI, 2013).

b) Acidente de Trajeto

A NBR 14.280 conceita este tipo de acidente como aquele que ocorre ao trabalhador no seu percurso até o tralbaho ou deste para aquela (ABNT, 2001).

c) Doenças Ocupacionais

São aquelas decorrentes das condições do ambiente de trabalho que os trabalhadores estão expostos. A doença ocupacional adquirida deve estar diretamente ligada a atividade exercida pelo trabalhador ou ao ambiente de trabalho.

Medeiros (2009), define as doenças ocupacionais como “moléstias de evolução lenta e progressiva, originária de causa gradativa e durável, vinculadas às condições de trabalho”.

2.2 Fatores que influenciam no aumento dos acidentes de trabalho na construção civil

Segundo Pires (2005), a tecnologia é a maior aliada da segurança do trabalho no combate de acidentes. As inovações tecnológicas auxiliam o trabalhador em sua atividade, aprimorando o serviço e evitando que o trabalhador entre em contato com as etapas que possuem maior risco de acidente.

Então, pergunta-se: por que mesmo com o avanço e aprimoramento das máquinas e técnicas de serviço, os índices de acidentes de trabalho continuam aumentando?

De acordo com Fonseca e Lima (2007), esse aumento

deve-se ao fato de que as inovações tecnológicas não

1 Acadêmico de Engenharia Civil, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop-MT, Brasil, iadisan@gmail.com 2 Professor, Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop- MT, Brasil, karen.straub@unemat.br

são diferentemente das técnicas já maduras e que são realizadas cotidianamente.

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As mudanças tecnológicas visam prioriatariamente a produtividade, deixando em segundo plano seus efeitos no combate aos acidentes de trabalho. Arrisca- se dizer que certas inovações trazem novos riscos aos trabalhadores, pois se esquece que para implantanção dessas técnicas e sua boa funcionalidade são inerente e dependente dos trabalhadores que a operam (FONSECA; LIMA, 2007).

Outro ponto abordado pelo autor que justifica o aumento dos acidentes, é que o setor da construção civil é marcado pela alta rotatividade de mão-de-obra. Isso dificulta os treinamentos para adaptação às novas técnicas. Além disso, alguns produtos criados no setor não seguem um padrão e são elaborados em pequena escala, impedindo assim a adoção de técnicas padronizadas de serviços e sua repetibilidade.

Outra peculiaridade do setor refere-se a mão-de-obra utilizada na execução dos serviços. Sabe-se que esta mão-de-obra é extremamente barata e desqualificada. A preferência desta mão-de-obra utilizada pelo setor é justificada devido ao fato que grande parte do processo de trabalho na construção civil ainda se baseia no trabalho manual,e que os requisitos mínimos de qualificação para execução desse trabalho pode ser adquirido no canteiro de obra, onde o trabalhador irá desenvolver todas as competências necessárias através da prática laboral e por meio de processos informais de aprendizagem. E, por esse motivo, justifica-se o uso desta mão-de-obra.

É com base neste quadro acima que Fonseca e Lima (2006) fomentam suas teses de que a introdução de novas tecnologias na Construção Civil não produz efeito sobre a segurança do trabalho, e as vezes, contribui para a ocorrência de acidentes, visto que a implantação da tecnologia pode provocar uma ruptura nos saberes dos trabalhadores juntamente com as prudências que foram desenvolvidas e transmitidas pela prática do serviço, dando oportunidade para ocorrer acidentes e incidentes no canteiro de obras.

Esta oportunidade de ocorrência somente se sanará mediante o desenvolvimento de novos saberes que serão adquiridos através da prática laboral com as novas tecnologias.

Logo, é necessário compreender que por mais que se conheçam os possíveis riscos oriundos da nova tecnologia e se realizem os treinamentos dos trabalhadores para o manuseio das novas técnicas de construção, deve-se lembrar que a rotatividade de mão-de-obra e a variabilidade de execução de serviço no interior do setor da Construção Civil são bastante elevadas, provocando a ruptura dos saberes adquiridos anteriormente pelos trabalhadores e nem sempre os treinamentos teóricos podem ser exercidos na prática, visto que na realidade as atividades a serem executadas estarão inseridas dentro de um contexto de imposições feitas ao trabalhador no desenvolvimento de sua atividade.

Em se tratando dos acidentes de trajeto, Watanabe (2010) diz que esse aumento é preocupante as empresas visto que em comparação com os acidentes típicos, o afastamento do trabalhador devido a acidente de trajeto possui um prazo maior, diminuindo considerávelmente a produtividade da empresa. Outro fator preocupante para as empresas são as ações pelas quais ela pode ser processada. Segundo o advogado Túlio Oliveira Massoni, quando um trabalhador sofre um acidente de trajeto a empresa pode ser processada e ficar sujeita à indenizações por danos morais, materiais e responsabilidade objetiva.

Portanto, tais acidentes trazem para as empresas as mesmas repercussões trabalhistas e tributárias que os acidentes típicos.

Watanabe (2010) abre um parêntese em seu artigo para creditar “a elevação dos acidentes de trajeto ao aumento do número de trabalhadores e ao trânsito cada vez mais complexo nas grandes cidades”. Ela ainda faz um complemento à sua afrimação dizendo que o aumento dos acidentes de trajeto é uma tendência mundial visto que ela ligado ao crescimento do mercado de trabalho, e este mercado não é correspondente ou acompanhado pela evolução da infraestrutura dos transportes coletivos.

O pensamento de Watanabe (2010) pode ser justificado através de Raia e Corrêa (2006) que alegam que durante as últimas décadas 30% da população brasileira migrou dos transportes coletivos para os modos motorizados individuais devido o alto custo e a baixa qualidade dos transportes coletivos.

Além disso, Raia e Corrêa (2006), chamam atenção para um ponto bem interessante sobre os acidentes de trajeto dizendo que as estatísticas dos acidentes de trajeto contemplam apenas uma parte dos acidentes uma vez que se leva em consideração apenas os acidentes que ocorrem com a presença de veículos.

Em vista disso, pode-se concluir que os dados dos acidentes de trajeto é um dado estatístico incompleto. Sobre as doenças ocupacionais, Costella (1999) diz que a notificação das doenças são substanciais, pois há uma extrema dificuldade em provar que doença adquirida pelo trabalhador foi provocada pelo trabalho exercido.

2.3 Evolução da Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional

De acordo com Bitencourt (s/d), o conceito da Segurança do Trabalho nasceu em 1700, na Itália, com a publicação do livro “ Qual é a sua ocupação?’, cujo autor era o médico Bernardino Ramazzini.

Conforme Bitencourt (s/d), Bernardino Ramazzini descreveu em sua obra cinquenta profissões artesanais distintas e quais as doenças estavam relacionadas a elas. A publicação desta obra atingiu uma repercusão mundial, por isso o medico italiano passou a ser conhecido como “ o pai da medicina do trabalho”. Quase meio século depois, surgiu a Revolução Industrial (1760), que revolucionou a forma de produção, e modificou completamente a concepção da relação entre os trabalhos realizados e os acidentes e doenças que advinham com essas atividades laborais (BITENCOURT; QUELHAS, s/d).

Com a chegada da revolução e o advento das máquinas a vapor nos ambientes de trabalho, o modo de produção foi indubitavelmente alterado, e como consequência disso, passamos a produzir mais em menor quantidade de tempo.

No entanto, esta forma de produção trouxe consigo um elevado e crescente número de acidentes de trabalho. Segundo Arra (s/d), este quadro levou os empresários da época a questionarem sobre os benefícios advindos da revolução.

Em 1883, na Inglaterra, foi promulgada a primeira legislação de proteção aos trabalhadores, a Leis das Fábricas (BITENCOURT; QUELHAS, s/d).

Desde então, ao longo dos anos a Segurança do Trabalho e Saúde Ocupacional vêm sendo constantemente objeto de estudo, sofrendo

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modificações e atualizações com a intenção de sempre buscar encontrar os agentes causadores dos acidentes de trabalho e propor medidas preventivas, garantindo a saúde, segurança e integridade dos trabalhadores.

2.2.1 Normas Regulamentadoras

Conforme esta descrito na lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977, em seu art. 200 da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), afirma que é dever e responsabilidade do Ministério do Trabalho determinar as disposições complementares às normas relativas à segurança e medicina do trabalho.

Desta forma, através da Portaria n. 3214, de 08 de junho de 1978, o Ministério do Trabalho, dá origem as Normas Regulamentadoras (NR) relativas à medicina, higiene e segurança do trabalho.

O Instituto Brasileiro de Educação Profissional (INBEP) de 2015 define as NR’s são um conjunto de requisitos e de procedimentos que determina quais as obrigações e deveres tanto do empregador quanto do empregado relativos à segurança e medicina do trabalho.

O instituto completa dizendo que estas normas têm como objetivo garantir e promover a integridade física, psíquica e saúde do trabalhador, e estabelecer medidas ou procedimentos de prevenção de acidentes através do uso de dispositivos de proteção e políticas de concientização.

De acordo com o Ministério do Trabalho e Previdência Social o cumprimento destas normas é obrigatório a todas empresas públicas ou privadas, órgãos públicos de administração direta e indireta ou mesmo qualquer órgão legislativo ou judiciário, que possuam trabalhadores devidamente regidos pela Consolidação das Leis Trabalhistas, diz o INBEP (2015).

Ele aponta ainda que caso não seja cumprido as disposições gerais estabelecidas na Norma Regulamentadora, o empregador estará sujeito a aplicação de penalidades que estão determinadas e previstas na legislação pertinente.

Atualmente, tem-se trinta e seis normas regulamentadoras aprovadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (INBEP, 2015).

As NR’s que mais se destacam são, as NR’s 4, 5, 6 e 18 que estão diretamente relacionadas à segurança e saúde de trabalhadores da construção civil (FARIA et al., 2006).

2.4 Normas Regulamentadoras importantes para o setor da Construção Civil

A NR 4 que trata dos Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT), determina a todas as empresas, órgãos e poderes legislativos e judiciários que possuam empregados registrados de acordo com a CLT a dispor do SESMT.

A composição do SESMT contém os seguintes profissionais: médico do trabalho, enfermeiro do trabalho, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de segurança do trabalho, auxiliar de enfermagem. O número de profissionais que irão compor este serviço especializado em segurança é feito conforme o grau de risco da atividade principal realizada e pelo número de empregados da empresa.

Por fim, conforme o Instituto Brasileiro de Educação Profissional (2015), esta norma tem a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador em seu local de trabalho por meio de análise de riscos existentes, bem como a orientação

aos trabalhadores sobre o uso correto dos equipamentos de proteção.A NR 5 fala sobre a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), esta norma que entrou em vigor através do Decreto-lei n.7.036, de 1944. De acordo com seu art. 82, o cumprimento desta norma é obrigatória a todas as empresas que possuam cem ou mais trabalhadores.

O objetivo desta norma é expor e analisar quais são os riscos de acidentes, a fim de realizar a conscientização de prevenção dos acidentes e doenças do trabalho aos outros trabalhadores de modo que se torne compatível o ambiente de trabalho com a preservação da segurança e saúde do trabalhador. No caso da construção civil, estes riscos normalmente estão situados no canteiro de obras.

A NR 6 trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). De acordo com Instituto Brasileiro de Educação (2015), considera-se equipamento de proteção individual para fins de aplicação desta norma sendo como, qualquer dispositivo estrangeiro ou nacional que é destinado a proteger a saúde, segurança e integridade do trabalhador em seu ambiente de trabalho.

A norma também estabelece que o fornecimento dos EPI’s é de responsabilidade do empregador e deve ser fornecido gratuitamente, bem como estar adequado aos riscos de acidentes conforme a atividade laboral a ser desenvolvida.

Ressalta-se através do art. 166 e 167 da CLT, que todos os EPI’s fornecidos pela empresa devem conter o Certificado de Aprovação (CA) expedido pelo Ministério do Trabalho e Emprego, garantindo que o equipamento de proteção foi testado e está habilitado para uso. Por fim, a NR 18 trata das Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção.

Esta norma estabelece diretrizes de ordem administrativa para a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente na indústria da construção.

Além disso, a norma decreta que os estabelecimentos que possuirem vinte trabalhadores ou mais, devem elaborar o Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção (PCMAT).

Regulamenta-se ainda que devem ser feitos os dimensionamentos das áreas de vivência, instalações sanitárias,, alojamentos,etc.

Em se tratanto das execuções de serviços a NR 18 diz como dimensionar vários suportes para execução dos serviços como: andaimes, suportes flutuantes, locais confinados.

3 Metodologia

Nesta pesquisa, foi calculada a regressão linear dos dados obtidos pela Previdência Social correspondente à Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE) que se remetem ao setor da Construção Civil, em um intervalo temporal de 15 anos que corresponde aos anos de 1999 a 2013. Após a análise, verificação e normalidade dos resíduos, significância e validação desta regressão, foi elaborada uma equação potencial para estimar quantos acidentes típicos, trajetos e doenças ocorrerão em anos futuros no setor da Construção Civil na atividade da Construção de Edifícios no Estado de Mato Grosso.

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Dado o elevado grau de risco de acidentes ligados aos serviços desenvolvidos na construção civil e ao grande percentual de acidentes de trabalho que ocorrem em seu âmbito de trabalho, o segundo ponto desta pesquisa tem por objetivo apontar possíveis medidas que possam facilitar e fornecer subsídios para a melhoria da saúde e integridade dos trabalhadores expostos a esta situação, e assim, reduzir o indicador de acidentes no Estado de Mato Grosso.

A opção de escolha do setor da Construção Civil para realização desta pesquisa é reflexo da almejada graduação e, sobretudo, porque as variáveis utilizadas para fazer a regressão linear são líderes nos índices estatísticos de acidentes de trabalho no estado.

3.1 Critério de seleção da amostra de dados

O CNAE utilizada como base de dados para manipulação e obtenção da equação final desta pesquisa, foi o a atividade que possuísse a maior porcentagem de incidência de acidentes dentro da Construção Civil.

Foram encontradas trinta atividades na Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) inerentes ao setor da Construção Civil. Dentre estas atividades, verificou-se que a atividade da Construção de Edifícios apresentou o maior número de acidentes de trabalho representando 34,54% do total de 10.601 acidentes registrados de 1999 a 2013.

É importante ressaltar que os dados registrados na Previdência Social se referem apenas aos trabalhadores que estão devidamente regidos pela CLT, que de acordo com a Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (PNSST) de 2004, correspondem apenas a um terço da População Economicamente Ativa (PEA). A distribuição dos acidentes por CNAE, pode ser verificada na Figura 2.

Figura 2: Porcentagem de Acidentes de Trabalho separados por CNAE de 1999 a 2013. Fonte: Acervo pessoal, 2016. O intervalo temporal utilizado foi definido de acordo com a disponibilidade dos dados no sítio eletrônico da Previdência Social.

A figura 3 mostra esta classificação, baseada no tipo de acidente ocorrido durante o período estudado.

Pode-se observar que a ocorrência de acidentes típicos na Construção de Edifícios predomina sobre os demais acidentes, correspondendo a 81% do total de acidentes gerados dentro da atividade.

Portanto, para o desenvolvimento deste trabalho, adotou-se como amostra, os acidentes ocorridos na atividade de Construção de Edifícios.

Figura 3: Porcentagem entre os principais tipos de Acidentes

de Trabalho. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

3.3 Análise dos resultados

3.3.1 Diagrama de Dispersão

Por meio da amostra definida, traçaram-se as equações para determinação do comportamento da ocorrência de acidentes e projeção da mesma para cada tipo de acidente, que podem ser observados através das figuras 4, 5 e 6.

Segundo Peternelli (2009), o diagrama nada mais é que a representação gráfica do conjunto de dados em um plano cartesiano.

Pode-se verificar através dos pontos que a medida que variável dependente cresce, a variável independente também cresce. Quando esta situação ocorre, podemos dizer que entre as duas variáveis há uma correlação positiva e ela é mais forte à medida que os pontos se aproximam da reta (PETERNELLI, 2009).

3.3.2 Regressão Linear

Tendo em vista o comportamento dos dados verificados através de um diagrama de dispersão, realizou-se uma análise de regressâo de mínimos quadrados para determinação da equação representativa do comportamento dos dados para cada tipo de acidente. De acordo com Peternelli (2009), a regressão consiste em uma análise estatística para obter uma equação que possa explicar a variação da variável dependente pela variação dos níveis das variáveis independetes.

Deve-se optar pelo modelo de regressão que melhor se ajuste aos valores observados em função da variação dos níveis de variável independente.

Por este motivo é que foi utilizado o modelo de regressão linear, e este modelo que deu origem às Equações 1, 2 e 3.

O mesmo procedimento estatístico foi aplicado por Lopes (2013). Em seu estudo, a autora, buscava obter uma equação que pudessem representar o conjunto de dados residuais oriundos ensaios de materiais para pavimentação.

Torman e Coster (2012) por sua vez, realizaram uma pesquisa um pouco mais aprofundada na estatística e demonstrou através do seu estudo, as possíveis significância encontradas nas equações para diferentes tamanhos amostrais.

3.3.3 Tema: Validação da Regressão

Para validação da regressão observou-se diversos critérios, como coeficiente de determinação, análise dos resíduos e análise de variância dos dados.

3.3.3.1 Tema: Coeficiente de Determinação ( R²) Peternelli (2009) define este coeficiente como sendo um valor que indica a proporção da variação Y que é “explicada” pela regressão, ou quanto da variação na variável dependente Y está “explicada” pela variável independente X.

O valor de R² varia no intervalo de 0 a 1. Quanto mais próximo o valor estiver de 1, mais adequado é o modelo proposto para descrever o fenômeno.

3.3.3.2 Tema: Análise dos Resíduos

Os valores observados, nem sempre serão exatamente iguais aos valores estimados pela regressão.

Isso ocorre porque a regressão é um processo onde derivamos os parâmetros da função. Essa diferença entre os valores observados e os valores obtidos é chamada de erro ou resíduos.

De acordo com Amador (2011), os resíduos oriundos do modelo de regressão, possuem todas as informações necessárias para compreender os motivos que fizeram com que o modelo escolhido não fosse capaz de

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explicar/representar cem por cento dos dados observados.

Amador (2011) salienta que, há basicamente dois tipos de situações que levam à esses motivos. Primeiro, há erros aleatórios relativos à determinação de uma das variáveis amostral, segundo, falta de ajuste do modelo escolhido.

Ainda, segundo o autor, a análise dos resíduos é um processo de suma importância, pois tem influência direta na verificação da qualidade dos ajustes, e essa qualidade influencia na confiabilidade dos testes estatísticos propostos pelo modelo de regressão. Um dos métodos mais utilizados para estudar o comportamento dos resíduos é realizar sua verificação de tendência à normalidade.

De acordo com Leotti (s/d), uma grande quantidade de métodos estatísticos supõe que seus dados provêm de uma distribuição normal.

Segundo Torman e Coster (2012), os testes de normalidade buscam através da distribuição de frequências, calcular a probabilidade de uma variável aleatória assumir determinado intervalo de valores. Para verificar a normalidade dos dados o teste leva em conta que “a hipótese de nulidade é de que a variável aleatória adere à distribuição Normal, contra a hipótese alternativa de que a variável aleatória não adere à distribuição Normal”, diz Torman e Coster.

3.3.3.3 Tema: Análise de Variância (ANOVA) Esta análise consiste em fazer uma partição da variabilidade total da variável resposta Y em outros componentes de acordo com o modelo e o teste a ser feito. Assim, poderemos testar a significância da regressão utilizada na pesquisa.

A análise ANOVA utiliza o Método dos Mínimos Quadrados (MMQ) para determinar a significância dos resíduos.

Quanto mais próximo de 0 (zero), maior é a significância dos resíduos e melhor se encaixa o modelo de regressão para representação dos dados.

4 Análise dos resultados

Nesta pesquisa utilizou-se o teste não paramétrico de normalidade de Shapiro-Wilks (1965) para observar o comportamento normal dos resíduos. A escolha por este teste de normalidade deve-se ao fato da nossa amostra de dados possuir um número pequeno de variáveis, sendo N=15.

Foi definido um intervalo de confiança de 95% para obtenção do Teste de Normalidade, ou seja, se aceita a hipótese de que os dados possuem uma tendência Normal se nossa significância for (𝜎 ≥ 0,05).

Segundo Leotti (s/d), quanto mais assimétrica melhor será o desempenho do teste escolhido independentemente do tamanho amostral.

Através das figuras 4, 5 e 6 é possível verificar o comportamento da distribuição dos tipos de acidentes e a assimetria de cada tipo de acidente,

respectivamente.

Figura 4: Série histórica de evolução dos acidentes típicos na Construção de Edifícios. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

Figura 5: Série histórica de evolução dos acidentes de trajeto na Construção de Edifícios. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

Figura 6: Série histórica de evolução das doenças ocupacionais na Construção de Edifícios. Fonte: Acervo

pessoal, 2016.

4.1 Acidente de Típico

Com os dados dos acidentes típicos ocorridos no período de 1999 a 2013, no setor da construção de edifícios, realizou-se uma análise de regressão linear, que pode ser observada na Figura 7.

Figura 7: Regressão linear dos acidentes típicos. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Para a regressão realizada, definiu-se a Equação 1, que apresentou o coeficiente de determinação de 0,753 indicando uma representatividade de 75,3 %.

y = -2,27E4+11,39x (Equação 1)

Para a validação da regressão realizou-se a análise de variância que mostrou que a regressão foi siginificativamente eficiente, que pode ser verificada na Tabela 1.

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Tabela 1: ANOVA dos acidentes típicos. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

Realizou-se ainda o teste de normalidade dos resíduos que pode ser verificado na Tabela 2.

Tabela 2: Teste de Normalidade de Shapiro-Wilks. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

Conforme é possível verificar de acordo com a Tabela 2, o teste de Shapiro-Wilks mostrou que os resíduos foram normais, contribuindo para a validação da regressão.

Portanto, se nossos resíduos têm Distribuição Normal e significância elevada, resta-nos apenas, realizar a comparação entre ANOVA e o Teste de Normalidade. Como a significância da normalidade é maior que ANOVA, pode-se concluir que a Equação 1 é válida para a representação dos dados. Assim, em um intervalo de confiança de 95%, a equação tem 75,3% de chance de estimar o valor correto de acidentes em anos futuros.

4.1 Acidente de Trajeto

Com os dados dos acidentes de trajeto ocorridos no período de 1999 a 2013, no setor da construção de edifícios, realizou-se uma análise de regressão linear, que pode ser observada na Figura 8.

Figura 8: Regressão linear dos acidentes de trajeto. Fonte: Acervo pessoal, 2016.

Para a regressão realizada, definiu-se a Equação 2, que apresentou o coeficiente de 0,677 indicando uma representatividade de 67,7%.

y = -8,98E3+4,49x (Equação 2)

Para a validação da regressão realizou-se a análise de variância que mostrou que a regressão foi siginificativamente eficiente, que pode ser verificada na Tabela 3.

Tabela 3: ANOVA dos acidentes de trajeto. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Realizou-se ainda o teste de normalidade dos resíduos que pode ser verificado na Tabela 4.

Tabela 4: Teste de Normalidade de Shapiro-Wilks. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Conforme é possível verificar de acordo com a Tabela 4, o teste de Shapiro-Wilks mostrou que os resíduos foram normais, contribuindo para a validação da regressão. Portanto, se nossos resíduos têm Distribuição Normal e significância elevada, resta-nos apenas, realizar a comparação entre ANOVA e o Teste de Normalidade. Como a significância da normalidade é maior que ANOVA, pode-se concluir que a Equação 2 é válida para a representação dos dados. Assim, em um intervalo de confiança de 95%, a equação tem 67,7% de chance de estimar o valor correto de acidentes em anos futuros.

4.2 Doenças Ocupacionais

Com os dados dos acidentes típicos ocorridos no período de 1999 a 2013, no setor da construção de edifícios, realizou-se uma análise de regressão linear, que pode ser observada na Figura 9.

Figura 9: Regressão linear das doenças ocupacionais. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Para a regressão realizada, definiu-se a Equação 3, que apresentou o coeficiente de determinação de 0,303 indicando uma representatividade de 30,3 %.

y = -6,47E2+0,325x (Equação 3)

Para a validação da regressão realizou-se a análise de variância que mostrou que a regressão foi siginificativamente eficiente, que pode ser verificada na Tabela 5.

Tabela 5: ANOVA das doenças ocupacionais. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Realizou-se ainda o teste de normalidade dos resíduos que pode ser verificado na Tabela 6.

(8)

Tabela 6: Teste de Normalidade de Shapiro-Wilks. Fonte: Acervo pessoal, 2015.

Conforme é possível verificar de acordo com a Tabela 6, o teste de Shapiro-Wilks mostrou que os resíduos foram normais, contribuindo para a validação da regressão.

Portanto, se nossos resíduos têm Distribuição Normal e significância elevada, resta-nos apenas, realizar a comparação entre ANOVA e o Teste de Normalidade. Como a significância da normalidade é maior que ANOVA, pode-se concluir que a Equação 3 é válida para a representação dos dados. Assim, em um intervalo de confiança de 95%, a equação tem 30,3% de chance de estimar o valor correto de acidentes em anos futuros.

5 Conclusões

Através desta pesquisa pôde-se estimar o número aproximado de acidentes que ocorrerão em anos futuros no setor da Construção Civil na atividade de Construção de Edifícios no Estado de Mato Grosso, através das equações 1, 2 e 3.

Apesar da amostra estudada contemplar um número pequeno de variáveis (N=15), ainda foi possível validar as equações segundos os testes realizados.

Deve-se lembrar que estas equações foram obtidas através da análise de dados “passados”. Como foi explanado na pesquisa, há vários fatores externos que podem influenciar diretamente ou indiretamente que podem contribuir para o aumento dos acidentes de trabalho.

Ressalta-se ainda que compreender sobre quais são os fatores de riscos que levam os trabalhadores á sofrerem um acidente de trabalho é essencial para criar medidas preventivas mais eficientes.

A análise e posteriormente a compreenção desses fatores são importantes para extração de informação dos agentes causadores de risco e assim, aprimorar e aperfeiçoar: l) Normas de segurança do trabalho, ll) Condições de trabalho lll) Concepção e projeto das máquinas, equipamentos e produtos, lV) Sistema de gestão das empresas.

Dito isto, esta pesquisa teve objetivo divulgar informações estatísticas sobre o comportamento dos acidentes de trabalho registrados no Estado de Mato Grosso com intuito de clamar as autoridades vigentes da área da segurança do trabalho um estudo mais minuscioso sobre os agentes e fatores de riscos presents na Construção Civil.

Visto que os acidentes típicos se sobressaem em relação aos demais acidentes, deve-se criar um melhor dimensionamento dos fatores de segurança e saúde deste setor.

Em um âmbito mais geral, recomenda-se para a redução dos acidentes de trabalho a prática de palestras de conscientização; melhorias nas formas de prevenção mais próximos da realidade adequando-se as complexidades advindas do canteiro de obras durante a execução do serviço; elaboração de novas tecnologias voltadas para a segurança do trabalhador; implantação de um sistema de transporte coletivo com mais eficiência e qualidade.

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