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Academic year: 2021

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TÍTULO: ANÁLISE MORFOLÓGICA DO OSSO TEMPORAL DE HUMANOS APLICADO A ANTROPOMETRIA E PERÍCIA

TÍTULO:

CATEGORIA: CONCLUÍDO CATEGORIA:

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE ÁREA:

SUBÁREA: BIOMEDICINA SUBÁREA:

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DAS FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS INSTITUIÇÃO:

AUTOR(ES): RENATA HARUMI CRUZ AUTOR(ES):

ORIENTADOR(ES): LEONARDO AUGUSTO LOMBARDI ORIENTADOR(ES):

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Análise morfológica do osso temporal de humanos aplicado a antropometria e perícia

RESUMO

Introdução: Estudos das características físicas do homem tem sido uma

preocupação ao longo dos tempos. O tamanho e forma da cabeça apresenta variações que diferem em cada tipo de pessoa, sendo influenciada por diversos fatores tais como clima, ambiente, tradição, raça e influência genética. Objetivo: Analisar parâmetros antropométricos para a avaliação e identificação de crânios humanos do sexo masculino e feminino. Metodologia: Foram analisados 102 crânios obtidos em laboratórios de anatomia de universidades de São Paulo, destes 49 do sexo masculino e 53 do sexo feminino. Por meio do auxílio de uma fita métrica foram mensurados os índices cefálico, índice orbital índice facial superior, comprimento do meato acústico externo e processo mastoide. Os dados obtidos foram submetidos ao teste de t-student não pareado (p<0,05).

Resultados: Observamos que a classificação predominante dos índices cefálicos,

no sexo masculino foi de braquicéfalo, enquanto que no sexo feminino dolicocéfalo. O índice facial superior do sexo feminino demonstrou uma prevalência no tipo braquifacial. Por outro lado, o sexo masculino demonstrou um maior número de crânios do tipo mesofacial. O índice orbital, houve um resultado significativo no sexo feminino. Em relação ao comprimento do meato acústico externo e processo mastoide, houve uma diferença significante entre os gêneros, apresentando no sexo masculino um maior comprimento e tamanho respectivamente (p<0,05). Conclusão: A análise antropométrica dos crânios analisados mostrou que há diferenças significantes de medidas entre os gêneros comparados.

INTRODUÇÃO

A busca do equilíbrio entre as diversas formas e tamanhos corporais, vem sendo praticado pelo homem desde a Antiguidade (ROSA, 2002). As dimensões do corpo humano são influenciadas por diversos fatores, tais como: fator ecológico; geográfico; racial; sexual e idade (YAGAIN, 2012).

O aumento da largura do crânio ocorre através do crescimento das suturas sagital, esfenofrontal, esfenotemporal e occipitomastoidea. E nas articulações

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petro-occipitales. E o crescimento da altura da cabeça dirige-se pelas suturas

frontozigomáticas e escamosas, dos quais são: pitério e astério (DEL SOL, 2005). A cabeça é uma região do corpo que possui grande número de estruturas importantes inseridas dentro de uma área relativamente pequena. Contém dentre outros, o encéfalo, os órgãos sensoriais e nervos cranianos (SNELL, 1999).

O crânio tem a função de alojar e proteger o encéfalo, os olhos, e estruturas presentes nas cavidades: oral, nasal e timpânica, além de proporcionar fixação aos músculos da expressão facial e da mastigação (MADEIRA, 2008).

Para os antropólogos, a espécie humana é considerada como uma unidade intelectual e física, e as medições dos ossos mais frequentemente utilizadas para auxiliar, as dimensões do crânio são as mais comuns (REXHEPI, 2008).

No estudo cefalométrico, entre os métodos utilizados para obter o tamanho da cabeça, estão: tomografia computadorizada, ressonância magnética, cefalometria, entre outros, embora, o que continua predominando por ser mais versátil na análise craniofacial é através do esqueleto (crânio seco) devido a sua praticidade e validade (REXHEPI, 2008).

A antropometria da cabeça pode ser dividida em duas análises de acordo com Grau et al. (2001) em:

Cefalometria é o nome dado ao estudo morfológico de todas as estruturas

presentes na cabeça humana. É a mensuração que pode ser aplicada em indivíduo vivo.

Relações craniofaciais é limitado para medições de ossos e dentes

diretamente no crânio seco.

Há algumas diferenças morfológicas dos quais podem ser evidenciadas entre o crânio feminino e masculino; por exemplo: o crânio do gênero feminino é um pouco mais leve e menor; as paredes são mais finas e as cristas musculares menos acentuadas; a glabela, os arcos superciliares e os processos mastoides são menos proeminentes; as margens orbitais superiores são mais agudas, o

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contorno facial é arredondado, entre outras, em relação ao gênero masculino (WILLIAMS et al., 1995).

Há uma variedade de parâmetros métricos e não métricos, pelo qual se calculam as diferentes formas do crânio. Os parâmetros não métricos são incertos, e como não há técnicas quantitativas, são idealizadas. Em outro aspecto, pode ser expressado como aferimento atual, o índice cefálico, que fornece um sistema de medida registrando tamanhos e proporções das características dos crânios ao invés de impressões subjetivas (WILLIAMS et al., 2000).

Realizando cefalometria é possível aplicar algumas fórmulas para poder classificar as formas do rosto, segundo a escala de Martin-Saller, é feito um cálculo e à partir do resultado obtido, os tipos das faces são classificados em,

hypereuriprosop, euryprosop, mesoprosop, leptoprosop e hyperleptoprosop

(MARTIN, 1957).

Dentro da craniometria há vários pontos referencias chamados de pontos craniométricos, para calcular as dimensões e os índices. Estes pontos são divididos em medianos (ímpar) e laterais (par).

De acordo com Broca e Hoshi, o processo mastoide está sendo utilizada também, como uma ferramenta para identificação do dimorfismo sexual. E numa mensuração isolada observou que o processo mastoide do crânio masculino era mais largo em relação ao crânio feminino (PAIVA, 2003).

Poucos estudos tem relatado mais detalhes sobre as mensurações entre homens e mulheres analisando as diferenças no tamanho e na forma. Assim, o objetivo deste trabalho foi determinar parâmetros antropométricos através dos índices para a avaliação e identificação de crânios humanos em relação ao gênero.

OBJETIVO Objetivo geral

Analisar parâmetros morfométricos para a avaliação e identificação de crânios humanos do sexo feminino e masculino.

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Objetivos específicos

Descrever o predomínio de índice cefálico nos sexos feminino e masculino; Descrever o predomínio do índice facial superior nos sexos femininos e masculinos;

Descrever e comparar o índice orbital entre os gêneros feminino e masculino; Descrever e comparar os valores médios do comprimento do meato acústico externo nos sexos feminino e masculino;

Avaliar e comparar o tamanho do processo mastoide em crânios nos sexos feminino e masculino.

METODOLOGIA

Foi realizada uma pesquisa descritiva e analítica, não experimental. Neste trabalho foram verificadas as medidas de índice cefálico, comprimento do meato acústico externo, processo mastoide, índice orbital, e índice facial superior.

DESENVOLVIMENTO

Foram analisados 102 crânios secos, dos quais 49 foram do sexo masculino e 53 do sexo feminino, fornecidos pelos Laboratórios de Anatomia de Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP e Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas – FMU. Com o auxílio de uma fita métrica os dados referentes às medidas foram coletadas e a mensuração para índice cefálico será baseando-se nos dados de Williams et al.(2000):

Índice Cefálico

 Largura craniana máxima: largura máxima em ângulo reto ao plano mediano;

 Comprimento craniano máximo: estende-se do cume da glabela até o ponto occipital mais afastado.

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Para a classificação por meio do índice cefálico, foi utilizada uma fórmula que correspondente à relação centesimal da largura máxima pelo comprimento máximo do crânio:

Índice Cefálico (IC) = Largura máxima/Comprimento máximo x 100 Após o cálculo do índice cefálico, os resultados obtidos foram classificados em:

Dolicocéfalos: longos e estreitos (até 74,9 cm) Braquicéfalos: largos e curtos (80,0 a 84,9 cm)

Mesocéfalos: com caracteres intermediários (75,0 a 79,9 cm)

Índice Facial Superior

 Largura: bizigomática: Largura entre os pontos mais proeminente do osso zigomático.

 Comprimento: Násio- (ponto de intersecção da sutura fronto-nasal com a linha mediana) -Próstio ( ponto incisivo superior do qual está localizado o processo alveolar da maxila entre a incisura mediana).

Para verificar o índice facial superior (IFS) foi utilizada uma fórmula que corresponde a relação entre o comprimento násio-próstio e a largura bizigomática:

IFS= Comprimento násio-próstio/Largura bizigomática X 100

Após o cálculo do índice facial superior os resultados obtidos foram classificados em:

Dolicofacial: Face estreita (< 49,9 cm)

Mesofacial: Face intermediária (49,9 < x < 55,0 cm) Braquifacial: Face larga (> 55,0 cm)

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O Índice Orbital, será mensurado utilizando uma régua de 15 cm, medindo a altura orbital máxima e a largura orbital máxima, após esse processo será calculado o seu índice com a seguinte fórmula: Altura orbital máxima/Largura orbital máxima X 100.

O Meato Acústico Externo, será mensurado utilizando uma régua que possui a extremidade estreita. Esta será introduzida no meato acústico externo e desta forma anotado o valor do comprimento do mesmo.

O Processo Mastoide será mensurado utilizando a fita métrica. Para coletar o valor referente a este ponto, será medido o contorno do processo mastoide.

Fig. 1. Demonstra os materiais utilizados para a mensuração craniométrica.

RESULTADOS

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Fig. 2 – Gráfico da representação do índice cefálico em crânios do sexo

masculino. Notar que 69,1% foram classificados com braquicéfalos, 9,1% como dolicocéfalo e 21,8% como mesocéfalos.

Fig. 3 – Gráfico da representação do índice cefálico em crânios do sexo feminino.

Notar que 54% foram classificados com braquicéfalos, 8,7% como dolicocéfalo e 37% como mesocéfalos.

Braquicéfalo Dolicocéfalo Mesocéfalo 0

10 20 30 40

Análise do Índice cefálico em crânios do sexo masculino

m e ro d e c n io s

Braquicéfalo Dolicocéfalo Mesocéfalo 0

10 20 30

Análise do Índice cefálico em crânios do sexo feminino

m e ro d e c n io s

Índice Facial Superior (feminino)

Dolicofacial Braquifacial Mesofacial 0

10 20 30

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Fig. 4 – Gráfico da representação das classificações baseadas nos dados de

índice facial superior em crânios dos grupos estudados. No sexo feminino 17% foram classificados com dolicofaciais, 55% como braquifaciais e 28% como mesofaciais.

Fig. 5 – Gráfico de representação das classificações baseadas nos dados de

índice facial superior em crânios dos grupos estudados. No sexo masculino 22% foram classificados como dolicofaciais, 30% como braquifaciais e 48% como mesofaciais.

Fig. 6 - Representação do índice orbital estudado nos gêneros, apresentando um

resultado estatisticamente significante para o gênero feminino ( *p < 0,05).

Índice Facial Superior (Masculino)

Dolicofacial Braquifacial Mesofacial 0 10 20 30 cm Índice Orbital Masculino Feminino 0 20 40 60 80 100

*

Cm

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Meato Acústico Externo

Fig. 7 - Gráfico da representação do comprimento do meato acústico externo

nos gêneros estudados (*p <0,05).

Processo Mastoide

Fig. 8 - Gráfico da representação do tamanho do processo mastoide nos

gêneros estudados (*p <0,05).

CONCLUSÃO

A análise antropométrica dos crânios analisados mostrou que há diferenças significantes entre os gêneros comparados. A classificação predominante dos índices cefálicos, no sexo masculino foi de braquicéfalo enquanto que no sexo feminino dolicocéfalo. O comprimento do meato acústico externo e a largura do

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processo mastoide foram significantemente maiores no sexo masculino em comparação ao feminino. Portanto, nossos resultados podem constituir um aporte interessante na medicina forense.

FONTES CONSULTADAS

DEL SOL, M. Indice cefálico en un grupo de indivíduos mapuches de la IX Región de Chile. Int J Morphol, v. 23, n. 3, p.241-246. 2005.

GRAU, V. et al. Automatic localization of cephalometrics landmarks. J Biomed

Inform, v.34, n.3, p.146-156. 2001.

MADEIRA, M. C. Anatomia da face: Bases anatomorfofuncionais para a

prático odontológica. 6 ed. São Paulo: SARVIER, 2008. 238 p.

MARTIN, R.; SALLER, K. Lehrbuch der anthropologie. Volume I e II. Stuttgart: Gustav Fischer Verlag, 1957.

PAIVA, L. A. S.; SEGRE, M. Sexing the human skull through the mastoid process.

Rev Hosp Clín Fac Med S Paulo, v.58, n.1, p.15-20. 2003.

REXHEPI, A.; MEKA, V. Cephalofacial morphological characteristics of Albanian Kosova population. Int J Morphol, v.26, p. 935-940. 2008.

ROSA D.; AÑEZ R. O estudo das características físicas do homem por meio da proporcionalidade. Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho, v.4, n.1, p.53-66. 2002.

SNELL, R. S. Anatomia clínica para estudantes de medicina. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999. 888 p.

YAGAIN, V. K. et al. Study of cephalic index in Indian students. Int J Morphol v.30, n.1, p.125-129. 2012.

WILLIAMS, P. L. et al. Gray’s Anatomy: The Anatomical basis of medicine and

surgery. 38 Ed. New York: Churchill Livingstone, 2000. 1465 p.

WILLIAMS P. L. et al. Gray Anatomia. 37 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1995. 1465 p.

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