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Área de Atuação: Energia Página: 22 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0 1.4 CONTEXTO REGIONAL EM QUE SE INSERE A UHE MAUÁ

1.4.1 Localização e Acessos

A UHE Mauá é um dos sete aproveitamentos hidrelétricos previstos para o rio Tibagi, segundo estudo de divisão de quedas aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Na Figura 1.4.1 e 1.4.2 observa-se a seqüência de aproveitamentos hidrelétricos previstos para o rio Tibagi, segundo estudos de Inventário da Copel.

O empreendimento UHE Mauá situa-se na porção média do rio Tibagi, região centro-leste do estado do Paraná, entre os aproveitamentos da UHE Telêmaco Borba, à montante, e da UHE São Jerônimo, à jusante, estando projetada sua barragem nas coordenadas 24º02’24” de latitude Sul e 50º41’33” de longitude Oeste, na divisa dos municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira (Figura 1.4.3). Esse barramento situa-se a montante da atual UHE Presidente Getúlio Vargas, pertencente à empresa Klabin S.A.

O reservatório projetado atinge o NA máximo normal na cota de 642,5 m, ocupando uma superfície de 99,3 Km2 (9.930 hectares). A casa de força principal está projetada, a jusante, próxima à foz do ribeirão das Antas, e a barragem, o vertedouro e a casa de força complementar estão projetados a montante deste ponto.

O acesso ao local do aproveitamento, especificamente à área projetada para implantação da infraestrutura definitiva e de apoio, dá-se a partir da capital do estado, a cidade de Curitiba, seguindo-se 51 km pela BR-277 (Rodovia Panamericana), em pista dupla e pedagiada, até a localidade do Spréa, no município de Palmeira, seguindo-se por mais 170 km pela BR-376 (Rodovia do Café), pedagiada e parcialmente duplicada, passando pela cidade de Ponta Grossa e seguindo-se até à cidade de Imbaú. Deste ponto, para acessar a margem direita do empreendimento, segue-se pela rodovia PR-160, asfaltada em pista simples, por 17 km, até a cidade de Telêmaco Borba, seguindo-se adiante por mais 12 km. Neste ponto toma-se a estrada vicinal macadamizada, de responsabilidade das Industrias Klabin de Celulose e Papel, proprietária das terras da margem direita do rio Tibagi, por 35 km, até à vila Mauá, onde residem os operadores da UHE Presidente Getulio Vargas, sendo o núcleo populacional mais próximo dos canteiros de obra projetados na margem direita. Para acessar a margem esquerda, a partir de Imbaú segue-se, por mais 34 km pela BR-376, até a cidade de Ortigueira. Daí, toma-se à direita estrada vicinal, parte madacamizada e parte em leito natural, trafegável apenas em tempo seco, seguindo-se por aproximadamente 40 km, passando-se pelo distrito de Lageado Bonito, seguindo em direção da comunidade de Sapé, até o local projetado para os canteiros de obra na margem esquerda do rio Tibagi. A Comunidade de Sapé é o núcleo populacional mais próximo às obras na margem esquerda. A Figura 1.4.3 apresenta os acessos ao empreendimento projetado para a UHE Mauá.

As cidades mais próximas do aproveitamento são Curiúva, com 3.900 habitantes, situada à 31 km, em linha reta, à margem direita do rio Tibagi, e Ortigueira, com aproximadamente 5.500 habitantes (em sua área urbana), situada à 34 km, em linha reta, à margem esquerda do rio. Ambas são de pequeno porte e tem poucos recursos para dar suporte à execução da obra, mas poderão ser supridoras de mão-de-obra e abrigar núcleos residenciais para trabalhadores do empreendimento.

Por estar situada a cerca de 42 km da futura usina e por se tratar de uma cidade dotada de boa infra-estrutura e bons acessos à obra, Telêmaco Borba será um dos principais pólos de abastecimento do empreendimento.

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“Figura 1.4.1” MARCELO – A3

DIVISÃO DE QUEDAS

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Figura 1.4.2 – Situação da UHE Mauá no contexto dos aproveitamentos hidrelétricos previstos para o rio Tibagi (COPEL, 1997).

1.4.2 Aspectos Gerais da Bacia do Rio Tibagi

O rio Tibagi, presente totalmente em território paranaense, é o principal afluente do rio Paranapanema, o qual faz limite entre o estados de São Paulo e Paraná. Percorre 550 quilômetros em um leito orientado, na maior parte de sua extensão, no sentido sul-norte. A exemplo do que ocorre com o rio Iguaçu, o rio Tibagi apresenta tributários oriundos dos três planaltos paranaenses, situação responsável pela formação de condições fisiográficas muito peculiares, notadamente nas regiões de transposição destes planaltos pelo rio.

A diversidade ambiental registrada ao longo do rio Tibagi é acompanhada igualmente pela diversidade socioeconômica. O terço superior da bacia, situado na região das formações geológicas Furnas e Ponta Grossa, apresenta hoje intenso uso agropastoril, representando uma das situações mais pujantes do estado em termos agrícolas. Em contrapartida, o rio Tibagi, em seu terço final no terceiro planalto, encontra-se uma das terras mais férteis do planeta (norte do estado do Paraná). Na região representada pela ruptura da Serra dos Agudos e em seu trecho logo a montante (correspondente ao terço médio do rio Tibagi).

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“Figura 1.4.3” MARCELO – A3

LOCALIZAÇÃO E ACESSOS

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O rio Tibagi não é, até o momento, utilizado para grandes empreendimentos hidrelétricos, fato que ressalta sua importância no contexto ambiental e estratégico para o desenvolvimento do País, impondo aos novos empreendimentos a realização de estudos que considerem o uso racional e sustentável do patrimônio ambiental ainda remanescente. 1.4.2.1 Aspectos do Meio Físico

O rio Tibagi tem suas nascentes no sul do estado do Paraná, no município de Ponta Grossa, a 1.060 m de altitude, desaguando no reservatório da UHE Capivara, no rio Paranapanema, a 298 m de altitude, na altura do município de Primeiro de Maio. Sua área de drenagem é de 24.712 km2, correspondendo a 13% da superfície do estado do Paraná (MEDRI et al., 2002). Drenando o estado do Paraná, no sentido sul-oeste, o rio Tibagi apresenta uma bacia bastante heterogênea nos aspectos geológicos, com notável correlação com os planaltos geomorfológicos propostos por Maack (1981), bem como os tipos de solo e de fertilidade propostos por EMBRAPA (1984).

O Segundo Planalto ou Planalto de Ponta Grossa, correspondente a calhas superior e média (alto e médio rio Tibagi), encontra-se representado geologicamente por toda a seqüência de sedimentos paleozóicos/mesozóicos da Bacia Sedimentar do Paraná (MEDRI et al., 2002). Os solos predominantes são os argissolos (podzólicos), neossolos (litólicos), cambissolos e latossolos. Com exceção dos neossolos, o único com característica entrófica, diferenciando de seus similares no primeiro planalto, que apresenta distribuição restrita na região limítrofe do segundo com o terceiro planalto, os demais tipos de solo se caracterizam como álicos (EMBRAPA, 1999).

O clima predominante no segundo planalto, segundo a classificação de Köppen é o Cfb – clima mesotérmico, úmido e superúmido, sem estação seca, com verões frescos e com média do mês mais quente inferior a 22oC, com geadas severas e muito freqüentes, típicos de altitudes superiores a 850-900 m (EMBRAPA-IAPAR, 1984).

O terço inferior (baixo rio Tibagi) está posicionado no terceiro planalto paranaense, ou Planalto de Guarapuava, o qual é representado, segundo Maack (1981), exclusivamente por derrames basálticos da Formação Serra Geral e por bancos arenosos do Grupo Bauru. Os solos decorrentes da alteração das rochas basálticas são extremamente férteis, como conseqüência desta litologia vulcânica e do tipo de clima predominante na região, classificado segundo Köppen como Cfa – clima mesotérmico, sem estação seca, com verões quentes, com média do mês mais quente superior a 22oC, geadas freqüentes, característico de altitudes inferiores a 850 m (EMBRAPA-IAPAR, 1984). Em áreas mais próximas a sua foz, no rio Paranapanema, este clima pode alterar para Cwa, cuja principal diferença com o Cfa é apresentar estiagem no inverno. As classes de solos decorrentes desta interação clima-rochas basálticas são os neossolos, os nitossolos e os latossolos vermelho-escuros (EMBRAPA, 1999).

Em termos hidrográficos, a bacia do rio Tibagi limita-se ao norte com a bacia do rio Paranapanema; a leste com a bacia do rio Ribeira; ao sul com a bacia do rio Iguaçu; a oeste com a bacia do rio Ivaí; e a noroeste com a bacia do rio Pirapó. O rio Tibagi possui 65 tributários principais (MEDRI etal, 2002). Sendo um rio que apresenta um gradiente com índice total de 0,14%, correspondente a uma variação de 762 m de altitude entre sua nascente e a sua foz, se caracteriza pela presença de 91 cachoeiras e corredeira.

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1.4.2.2 Aspectos da Vegetação

A distribuição e as tipologias da vegetação verificados na bacia do rio Tibagi são conseqüência das características geológicas, edáficas e climáticas, obedecendo a padrões diferenciados segundo os planaltos em que calha do rio se localiza. O Quadro 1.4.1 apresenta os tipos vegetacionais da bacia do rio Tibagi, segundo Torezan (MEDRI et al., 2002). Estes tipos vegetacionais se originam em escalas variadas, havendo predominância da estepe gramínio-lenhosa (campos gerais), da floresta ombrófila mista (floresta de Araucária) e da floresta estacional semidecidual (mata de planalto).

A tipologia vegetacional para a bacia do rio Tibagi, ainda segundo Torezan (MEDRI et al., 2002) pode ser caracterizada a partir das sub-regiões classificadas como: Alto Tibagi, que compreende altitudes maiores que 800 m, com o predomínio da estepe gramínio-lenhosa; Médio Tibagi, no limite entre o segundo e o terceiro planalto, onde ocorre uma vegetação de transição entre a floresta ombrófila mista e a floresta estacional semi-decidual, com áreas de remanescente de savanas (cerrado); Baixo Tibagi, com altitudes inferiores a 800 m, com o predomínio original da floresta estacional semi-decidual; e ainda os Ambientes Semi-aquáticos no médio e baixo Tibagi, em áreas ribeirinhas, constituídos de banhados ou “varjões”. O Quadro 1.4.1 apresenta os tipos vegetacionais presentes na bacia do rio Tibagi.

Quadro 1.4.1 – Tipos vegetacionais da Bacia do rio Tibagi

TIPO VEGETACIONAL BIOMA SITUAÇÕES

Estepe gramínio-lenhosa (Campos Gerais)

Estepe subtropical Ecossistema zonal Floresta ombrófila mista (floresta de

araucária)

Estepe subtropical/ floresta tropical (orobioma)

Ecossistema azonal, também ocorre em meio à floresta ombrófila densa da costa atlântica

Refúgios ecológicos (campo rupestre) Estepe subtropical (pedobioma)

Nos afloramentos de rocha Floresta estacional semidecidual Floresta tropical

(floresta mesófila semidecídua)

Prolongamento da Mata Atlântica para o interior

Floresta estacional decidual Floresta tropical Enclaves em meio à floresta estacional semidecidual

Savana arborizada (cerrado) Estepe subtropical/floresta tropical (pedobioma)

Enclaves em meio à floresta estacional semidecidual e a estepe; limite austral dos cerrados brasileiros

Fontes: Veloso et al. (1991) e Walter (1986) 1.4.2.3. Aspectos da Fauna

Mesmo com intensa ocupação do solo e das evidentes modificações sobre os ambientes naturais inseridos na bacia do rio Tibagi de suas nascentes à sua foz, a fauna ainda hoje, registrada na região através das pesquisas efetuadas, atesta importância como mantenedora do contingente de biodiversidade do estado do Paraná.

No tocante à fauna de vertebrados, a mastofauna, registrada na área da bacia do Tibagi, sobressai com pelo menos uma centena de espécies, das quais várias são reconhecidas como ameaçadas de extinção.

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Igualmente rica é a fauna de aves, onde, de acordo com os levantamentos efetuados para o presente documento, mais de cinco centenas de espécies são ocorrentes na bacia. Destas, várias espécies constam da Lista Estadual de Espécies Ameaçadas de Extinção.

A herpetofauna está representada por mais de seis dezenas de espécies, em muitos casos restritos a ecossistemas não florestais, do terço superior da bacia, correspondente a região dos Campos Gerais. Por sua vez, as espécies florestais encontram-se bem representadas na porção intermediária da bacia, onde se encontram remanescente os tipos florestais FOM (floresta com araucária) e FES (floresta estacional). Situação análoga ocorre com a anurofauna, onde as espécies registradas na bacia, na maioria dos casos, tipificam um dos ecossistemas acima mencionados.

Quanto à fauna ictiíca, é digno de nota para a bacia do rio Tibagi a presença de quase 50% de toda a ictiofauna conhecida para a bacia do Paraná. Assim, das 250 espécies conhecidas para a bacia do Paraná, segundo pesquisas efetuadas para esse EIA/RIMA, mais de cem encontram-se inseridas na bacia do rio Tibagi, muitas delas já praticamente extintas em outros tributários dos rios Paraná e Paranapanema.

1.4.2.4. Aspectos Sócio-econômicos e Etno-culturais

A bacia do rio Tibagi é composta por 42 municípios, envolvendo uma população de 1.366.884 habitantes, representando 14% da população do estado do Paraná (IBGE, 2001). A região caracteriza-se como tendo em suas extremidades norte e sul os municípios com os melhores indicadores econômicos e pólos de desenvolvimento no estado, com economias alicerçadas no agronegócio. Na extremidade sul, o município de Ponta Grossa e ao norte o município de Londrina, conformam essa região que tem na sua parte central, na área de influência do empreendimento, os municípios com menor desenvolvimento, à exceção do município de Telêmaco Borba. Como demonstram os índices de desenvolvimento humano municipal para o ano de 2000 (Figura 1.4.4), a região central tem os menores valores entre 0,620 a 0,701, nela encontrando-se o município com o pior índice de desenvolvimento humano no estado do Paraná, Ortigueira com 0,620, o qual terá suas terras diretamente afetadas pelo empreendimento proposto.

Na região houve aumento geral da renda média no período 1991 a 2000, com redução da pobreza, no entanto, segundo o índice de Gini, nestes mesmos municípios houve aumento da desigualdade interna com concentração de renda. Assim, apesar da desigualdade de renda entre municípios e regiões ser elevada, ¾ desta desigualdade total permanece sendo entre famílias em um mesmo município (BARROS, 2003). Convivem dessa forma, em um mesmo espaço, capacidades diferenciadas de apropriação de recursos.

Os processos de urbanização também são heterogêneos. Dos 49 municípios que compõem a bacia 17 apresentam graus de urbanização superiores aos do estado de 81,42%, em 10 municípios o grau de urbanização é inferior a 50% e ainda há perda de população em 17 municípios, configurando tanto espaços de esvaziamento como de aglomeração na bacia.

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Figura 1.4.4 – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 2000 – Municípios da Bacia do Rio Tibagi

A taxa elevada de analfabetismo, encontrada em pelo menos 33 municípios da bacia, são superiores à média do estado de 10,5% entre os de 15 anos ou mais, deixa parcela significativa da população sem o devido nível educacional.

Além da complexidade e heterogeneidade das características fisiográficas da bacia do rio Tibagi deve ser considerar a heterogeneidade interna aos municípios nos aspectos socioeconômicos, exigindo estudos detalhados que possam caracterizar e diferenciar as relações diretas entre parcelas da população com o rio.

Há, por outro lado, na Bacia Hidrográfica do rio Tibagi um conjunto de fatores que favorecem o desencadeamento de um processo de gestão de recursos hídricos. Em 1989 foi instituído o Consórcio Intermunicipal para Proteção Ambiental da Bacia do Tibagi – COPATI, criado para atender principalmente as demandas ambientais dos municípios que fazem parte da Bacia do Rio Tibagi. Neste sentido, o principal problema ambiental da bacia é a falta de tratamento do esgoto doméstico, onde apenas 41% da população é atendida. Em termos de uso e ocupação do solo, estudos elaborados pela SANEPAR em 1994 indicam que 40,1% da superfície da bacia do rio Tibagi são atualmente utilizados como lavoura, e 18,1% como pastagens, para médias estaduais de 37,6% e 23,1%,

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respectivamente. A bacia do rio Tibagi contribui com 29,8% da terra agrícola e 21,9% das pastagens do estado do Paraná. Em termos de reflorestamento, a bacia responde por 36,5% da área reflorestada do estado, basicamente concentrada na região de Telêmaco Borba, no médio rio Tibagi, na área que abrigará o empreendimento proposto

Presentes há pelo menos 2000 anos na bacia do rio Tibagi, os índios Kaigang são a etnia predominante na bacia, distribuídos atualmente em cinco terras indígenas: Barão de Antonia, São Jerônimo, Apucarana, Queimados e Mococa, todas fora da Área de Influência Indireta, considerada nos estudos do empreendimento proposto. Mococa e Queimadas são as mais próximas da Área de Influência Indireta, conforme visualizado na Figura 1.4.5. Nestas terras indígenas (que englobam 3.950,37 ha) vivem aproximadamente 1.250 índios que ainda preservam parte da sua cultura.

Em termos arqueológicos, a bacia do rio Tibagi apresenta vestígios de ocupação por diferentes tradições pré-históricas caçadoras-coletoras, com sítios datados a partir de 10.000 Antes do Presente – AP (ano de referência: 1950), como Umbu e Humaitá, assim como grupos associados a pinturas e gravuras rupestres, como as tradições Planalto e Geométrica. Já a partir de 2.000 AP, são registrados sítios associados às tradições Itararé e Tupiguarani, de horticultores e ceramistas e, mais recentemente, a partir do século XVI, a tradição classificada como Neobrasileira, representada por uma série de pueblos, reduções jesuíticas e por caminhos de tropas.

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Figura 1.4.5 – Reserva Indígena de Mococa e os Municípios na Área de Influência Indireta da UHE Mauá

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Área de Atuação: Energia Página: 32 DIREITOS RESERVADOS CNEC Revisão: 0 1.4.3. Disponibilidade de Recursos Hídricos – Abastecimento Urbano e Usos Rurais

1.4.3.1 Uso Doméstico/Urbano

Os aumentos populacional e do Produto Interno Bruto (PIB) na bacia do rio Tibagi exercem pressão sobre os recursos naturais, especialmente os hídricos, quer seja para consumo, ou usos múltiplos, incluindo descarte de efluentes. Para a bacia do rio Tibagi, o Quadro 1.4.2 apresenta projeções do crescimento populacional e do PIB, em comparação com a do Estado do Paraná.

Quadro 1.4.2 – Projeções do Crescimento Populacional e do PIB do Estado do Paraná e da Bacia do rio Tibagi.

Ano Dados Estado do Paraná Bacia do Tibagi

1993 População Urbana 6.428.235 1.248.537 Rural 2.145.807 302.261 Total 8.574.042 1.550.798 PIB (US$)* 27.811.000 4.324,40 2005 População Urbana 8.350.165 1.580.900 Rural 1.558.695 224.770 Total 9.908.860 1.805.170 PIB (US$)* 49.945.000 7.397,90 2015 População Urbana 9.969.271 1.865.230 Rural 1.161.117 169.170 Total 11.130.388 2.034.400 PIB (US$)* 81.554.000 11.617,96

(*) US$ referente a 1995. Base: 1993 (MEDRI et al., 2002)

Ainda, de acordo com o autor, as projeções para 2005 e 2015 consideram um aumento do PIB regional na bacia do rio Tibagi, calculado em 168,66% para o período de 1993-2015, associado a um aumento populacional de 31,18% para o mesmo período na bacia. O Quadro 1.4.3 apresenta a projeção da demanda de água pára a bacia do Tibagi.

Quadro 1.4.3 – Projeção da demanda de água para a bacia do rio Tibagi com base no ano de 1993 Tipo de Demanda 1993 2005 2015 (m3 dia-1) Urbana 142.790 223.680 322.630 Rural 14.540 11.640 9.520 Total 157.330 153.320 332.150 Fonte: Seplan (1995)

Assim, o aumento do consumo diário de água estimado até 2015 corresponderá a uma variação do volume total de 111,12%, onde a maior pressão corresponderá ao consumo urbano. O Quadro 1.4.4 associa a demanda de água de acordo com o número de habitantes.

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Quadro 1.4.4 – Demanda estimada de água para o setor urbano de acordo com a Densidade populacional

População Consumo (L ha –1 dia –1)

Até 5.000 100 a 150

5.000 a 25.000 150 a 200

25.000 a 100.000 200 a 250 Acima de 100.000 250 a 300 Fonte: Puppi (1981)

Ainda, segundo mapeamento elaborado pelo Instituto Ambiental do Paraná – IAP, em 2003, em relação ao Potencial de Riscos Ambientais em Mananciais Superficiais de Abastecimento Público, constatou que a bacia mais comprometida em seu conjunto com pontos de captação de água para abastecimento no estado é a do rio Tibagi.

Foram mapeados 34 pontos de captação de água na bacia, sendo três deles diretamente do rio Tibagi, para o abastecimento de cidades como Tibagi, Telêmaco-Borba e região de Londrina. A captação de Telêmaco-Borba está na Área de Influência Direta do reservatório projetado para a UHE Mauá. Ao se considerar somente os municípios e regiões que possuem seus pontos de captação diretamente no rio Tibagi, tem-se uma população aproximada de 600.000 habitantes.

1.4.3.2. Demanda Industrial

Segundo Medri et al (2002) os programas regionais de industrialização também contribuirão para pressionar o aumento do consumo dos recursos hídricos na bacia do rio Tibagi. O Quadro 1.4.5 apresenta as projeções estimadas, compartimentalizadas em alto, médio e baixo rio Tibagi. A região do alto rio Tibagi detêm a maior variação no aumento da demanda d’água.

Quadro 1.4.5 – Projeção da demanda de água o setor secundário para a bacia do rio Tibagi.

Sub-bacias 1993 2005 2015 (m3 dia-1) Alto Tibagi 34.900 57.980 72.730 Médio Tibagi 140 190 260 Baixo Tibagi 40.110 58.110 73.430 Total 75.150 116.280 146.420

Fonte: Seplan (1995). Base: 1993 1.4.3.3. Demanda do setor Primário

Os volumes de água necessários para a produção rural possuem como principal indicador o consumo de água para cada tipo de criação, considerando os bovinos, suínos, aves e aqüicultura (Quadro 1.4.6). Em 1993, o volume diário de água consumida no meio rural na bacia do rio Tibagi chegou a 27 milhões de litros, o que deverá ser acrescido em 50,9% até 2015.

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Quadro 1.4.6 – Demanda de água para o setor primário, produção animal. Bacia do rio Tibagi (m3102dia-1)

Suíno Bovino Ave Peixe

Região 1993 2005 2015 1993 2005 2015 1993 2005 2015 1993 2005 2015 Ponta Grossa 0,676 0,96 0,96 5,063 6,003 6,909 1,336 2,012 2,416 3,2 4,08 4,93 Irati 0,405 0,576 0,576 0,876 1,039 1,196 0,17 0,256 0,307 1,39 1,78 2,15 Apucarana 0,203 0,288 0,288 1,142 2,54 2,923 0,085 0,128 0,154 0,46 0,58 0,7 Londrina 0,338 0,48 0,48 5,355 6,35 7,308 0,729 1,097 1,318 0,75 0,96 1,16 Cornélio Procópio 0,225 0,32 0,32 3,213 3,8 4,385 0,292 0,439 0,527 1,19 1,54 1,86 Total 1,84 2,62 2,62 15,64 19,74 22,72 2,61 3,93 4,72 6,99 8,94 10,8 Fonte: Seplan (1995)

1.4.3.4 Demanda Total para a Bacia do Rio Tibagi

O Quadro 1.4.7 apresenta a demanda total para os três setores analisados, para a bacia do rio Tibagi. Nela observa-se o aumento considerável para o setor urbano-rural, em relação aos setores Primário (animais) e Secundário.

Quadro 1.4.7 – Demandas de água previstas para a bacia do rio Tibagi com base no ano de 1993. Setor 1993 2005 2015 Urbano-rural 157.330 235.320 332.150 Primário* 27.280 35.230 40.860 Secundário 75.150 116.280 146.420 Total 259.560 386.830 519.430 Fonte: Seplan (1995)

(*) Considerando apenas a produção animal

1.4.4 Geração de Energia e Considerações Sobre a UHE Presidente Vargas

A Indústria Klabin.é proprietária da Usina Presidente Vargas, no rio Tibagi, com potência instalada de 22,5 MW. Essa usina está localizada entre os eixos C e D selecionados para a UHE Mauá, ou seja, se Mauá for instalada no eixo C inundará totalmente essa usina e se for instalada no eixo D reduzirá a vazão afluente. Assim, em ambos os casos, deverá ser acordado com a Klabin a compensação de todas e quaisquer perdas resultantes de cada alternativa. Ou seja, se a UHE Mauá for implantada no eixo C, deverá destinar à Klabin a energia equivalente pela geração da Usina Presidente Vargas, e se Mauá for implantada no eixo D, deverá destinar a diferença entre a energia original e a nova geração na Presidente Vargas devido à redução de vazões.

Para estimar a geração na Usina Presidente Vargas, na condição original, foi realizada uma simulação considerando a série de vazões naturais médias mensais consistidas para a UHE Mauá. O nível de montante foi determinado através da equação característica do vertedouro de soleira livre cuja curva de descarga é apresentada na Figura 1.4.6. O nível de jusante foi adotado constante na elevação 533,24 m, pois há uma soleira que o controla imediatamente a jusante da casa de força e os vertimentos não interferem nesse valor. As principais características consideradas são apresentadas no Quadro 1.4.8.

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Quadro 1.4.8 – Características da Usina Presidente Vargas – Situação Original

Caracteristica Eixo D

Potência Instalada (MW) 22,5

Número de unidades 2

Tipo de turbina Francis

Rendimento médio das turbinas 89%

Rendimento do gerador 95%

Perda de carga no circuito hidráulico 2% Índice de indisponibilidade programada 0,06861 Índice de indisponibilidade forçada 0,02333 Fator de capacidade máxima 0,90966

565 566 567 568 569 570 571 572 573 0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 Vazão (m³/s) NA (m) Q = 516,39 x (NA - 565,85)1,5

Figura 1.4.6 – Curva de Descarga do Vertedouro da Usina Presidente Vargas

Com base nessas premissas, realizaram-se os estudos de simulação, que resultaram nos seguintes valores:

Potência instalada 22,5 MW

Número de unidades 2

Tipo de turbina Francis

Energia média 20,0 MW médios Energia firme 19,7 MW médios

Assim, se a UHE Mauá fosse implantada no eixo C, a Klabin deveria receber da UHE Mauá uma energia de 20 MW, aproximadamente.

Para o caso da implantação da UHE Mauá no eixo D, a simulação da Usina Presidente Vargas foi realizada considerando a soma da vazão ambiental com as vazões vertidas da UHE Mauá. No entanto, para possibilitar o aproveitamento dessa vazão ambiental de 18,8 m³/s deve-se realizar uma adaptação em uma das máquinas, de forma a que ela opere em condições adequadas para essa descarga. O custo dessa adaptação, incluindo os equipamento e obras civis, foi estimado em 4 milhões de reais. O Quadro 1.4.9 apresenta as características operacionais consideradas admitindo-se a adaptação de uma máquina.

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A potência de 5 MW, para a máquina adaptada, foi determinada considerando a vazão constante, a queda mais freqüente e os valores de perda de carga e rendimentos indicados. Quadro 1.4.9 – Características da Usina Presidente Vargas – Com a Adaptação de Uma das Máquinas

Caracteristica Eixo D

Potência Instalada (MW) 5 + 11,25

Número de unidades 2

Tipo de turbina Francis

Rendimento médio das turbinas 89%

Rendimento do gerador 95%

Perda de carga no circuito hidráulico 2% Índice de indisponibilidade programada 0,06861 Índice de indisponibilidade forçada 0,02333 Fator de capacidade máxima 0,90966

A partir dessas premissas, realizaram-se os estudos de simulação, apresentados detalhadamente nos estudos de viabilidade técnico-econômica ambiental, e que resultaram nos valores mostrados no Quadro 1.4.10

Quadro 1.4.10 – Resultados da Simulação da Usina Presidente Vargas – Com Redução da Vazão Afluente:

Potência instalada 5 + 11,25 MW

Número de unidades 2

Tipo de turbina Francis

Energia média 7,1 MW médios

Energia firme 5,7 MW médios

Usina Presidente Vargas

Assim, se a UHE Mauá for implantada no eixo D, a Klabin deverá receber da UHE Mauá uma energia correspondente à diferença entre a situação original e os valores apresentados no Quadro anterior.

1.4.5. Vazões

1.4.5.1 Estações Fluviométricas Consideradas para a Divisão de Quedas

As vazões máximas foram obtidas a partir da análise estatística de vazões de enchentes observadas no passado, com base nas estações fluviométricas de Tibagi e Jatizinho (1935 a 1992), seguindo a metodologia recomendada pela ELETROBRÁS (1987). A partir de diagrama de contribuições específicas foram obtidos os valores das vazões de cheias para os locais dos aproveitamentos. Para o local da UHE Mauá a cheia decamilenar revisada foi estimada em 8.715 m3/s.

No estudo Revisão da Divisão de Queda do Trecho Médio do Rio Tibagi, elaborado pela COPEL em 1997, foi feito um novo estudo de vazões extremas abrangendo os locais das UHE Telêmaco Borba, Mauá e São Jerônimo.

Para o cálculo das vazões máximas de projeto no local das usinas utilizaram-se as séries de vazões máximas anuais de 17 estações fluviométricas situados na bacia do rio Tibagi e em bacias vizinhas de regime hidrológico similar, e com um mínimo de 15 anos de observações e área de drenagem superior a 1.000 km2. As essas séries de vazões máximas anuais foram

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submetidas a uma análise regional considerando-se que vários estudos têm demonstrado que, mesmo em locais onde existem dados disponíveis, estimativas de cheias baseadas em informações regionais podem ser mais precisas que aquelas baseadas somente em registros locais. No Quadro 1.4.11 são apresentadas as vazões de projeto definidas nos estudos anteriores.

Quadro 1.4.11

Vazões de Projeto Definidas em Estudos Anteriores Vazões de Projeto (m3/s)

Inventário Reavaliação do Inventário Revisão da Divisão da Queda Local Área de Drenagem (km2) TR = 25 TR = 10.000 TR = 25 TR = 50 TR = 10.000 TR = 25 TR = 50 TR = 10.000 Telêmaco Borba 13.400 2.570 6.830 2.838 3.340 7.180 2.647 3.145 9.085 Mauá Montante 14.900 - - 3.236 3.812 8.216 3.035 3.613 10.552 Mauá Jusante 15.600 3.000 7.860 3.427 4.039 8.715 3.222 3.839 11.267 São Jerônimo 17.800 3.440 8.850 4.051 4.779 10.350 3.837 4.584 13.645

1.4.5.2 Vazões relacionadas ao projeto proposto

No Quadro 1.4.12 encontram-se as vazões observadas nos postos fluviométricos considerados para efeito de estudos de viabilidade técnica do empreendimento proposto. Quadro 1.4.12 – Estações Fluviométricas e Dados Consideradas no Estudo de Vazões Extremas Código Nome Área de Drenagem (km²) QMLT (m³/s) Anos Observados Anos Desconsiderados Anos com Correções Número de Anos Analisados 64440000 Santa Cruz 1.340 21,1 1937 - 1967 1937 e 1967 - 29 64444000 Uvaia 4.450 97,7 1974 - 2001 1974 e 2001 - 26 64447000 Eng.° Rosaldo Leitão 5.731 128 1975 - 2001 1975 e 1999 1989 25 64447500 Balsa do Pitangui 6.940 164 1988 - 2001 2001 1992, 93 e 98 13 64465000 Tibagi 8.948 151 1932 - 1998 1965, 66, 67 e 98 1934 63 64482000 Telêmaco Borba 14.000 299 1980 - 2001 1989 e 1995 - 20 64490000 Salto Mauá 15.378 226 1941 - 1946 1941 - 5

1941 - 1946 64491000 Barra Ribeirão das

Antas 15.600 315 1974 - 2003 1941, 74, 78 e 79 1983, 84 e 95 32 64501000 Porto Londrina 18.768 377 1978 - 1998 1980, 93 e 98 1978, 81 e 90 18

1977 - 1988 64506000 Chácara Ana Cláudia 21.240 414

1990 - 2001 1977 e 1990 - 22 64504700 Porto Três Bocas 21.600 429 1977 - 1991 1977, 83, 89, 90 e 91 1979 10

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1.4.5.3 Vazões relacionadas ao Enchimento do Reservatório

Nos estudos hidrológicos efetuados para a viabilidade técnica do projeto proposto foi calculado o tempo médio de enchimento do reservatório pela razão entre o valor do volume do reservatório no nível d’água máximo normal e o valor da vazão média de enchimento correspondente à vazão média de longo termo subtraída da vazão sanitária, conforme Quadro 1.4.13 abaixo.

Quadro 1.4.13

Tempo de Médio de Enchimento do Reservatório

Nível d'Água Máximo Normal 642,50 m

Volume Nível d'Água Máximo Normal 2.824 x 106 m3

Vazão Média de Longo Termo 274 m3/s

Vazão Sanitária 18,8 m3/s

Vazão Média de Enchimento 255,2 m3/s

Tempo médio de enchimento 128 dias

Além da determinação da vazão média de enchimento, para avaliar o tempo de enchimento do reservatório para que o mesmo atinja determinados níveis característicos, foram realizadas análises paramétricas, admitindo-se para o início de enchimento do reservatório o primeiro dia de cada mês de cada ano de toda a série de vazões médias mensais definida para o local do aproveitamento. O estudo foi feito acumulando-se os volumes afluentes à seção de implantação do empreendimento subtraindo-as a vazão ambiental a ser mantida para jusante, de 18,8 m3/s.

Referências

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