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Relatório de estágio curricular supervisionado em Medicina Veterinária

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL

DEPARTAMENTO DE ESTUDOS AGRÁRIOS CURSO DE MEDICINA

VETERINÁRIA

Karine Weiand Szambelan

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM

MEDICINA VETERINÁRIA

Ijuí, RS,

2017

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Karine Weiand Szambelan

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Orientador: Prof. Med. Vet. MSc. Luciana Viana

Ijuí, RS 2017

Relatório do estágio curricular

supervisionado na área de clínica médica

e cirúrgica de grandes animais

apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário.

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Karine Weiand Szambelan

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

Relatório do estágio curricular supervisionado na área de clínica médica

e cirúrgica de grandes animais

apresentado ao Curso de Medicina Veterinária da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUÍ, RS), como requisito parcial para obtenção do grau de Médico Veterinário

Aprovado em 20 de Novembro de 2017

___________________________

Luciane Ribeiro Viana Martins, MSc (UNIJUÍ) (Orientador)

__________________________________ Denize da Rosa Fraga, Dr (UNIJUÍ)

(Banca)

Ijuí, RS 2017

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Marcos e Adriane Szambelan, que com muito carinho е

apoio, não mediram esforços para que eu concluísse esta etapa de minha vida

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AGRADECIMENTOS

Agradeço à Deus, por conceder-me o dom de adorar os animais, pois com este encontrei na Medicina Veterinária minha satisfação. Além de iluminar e proteger o

meu caminho, me fortalecer nas dificuldades, permitir a felicidade das minhas conquistas e a concretização deste sonho maior ...

Agradeço em especial aos meus pais Adriane e Marcos Szambelan, os quais estiveram sempre ao meu lado, sendo os alicerces da minha vida. Meus espelhos!

Meus amores! Minhas rédeas!

Agradeço a minha irmã de coração Mariani Lindorfer, a qual a Medicina Veterinária me deu o prazer de conhecer, por ter estado do meu lado em todos os momentos,

me dando seu apoio e força.

Agradeço a minha orientadora Prof.ª MSc. Luciane Ribeiro Viana Martins, pela paciência e ensinamentos passados.

E por fim agradeço a todas as pessoas que de alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui.

(6)

“A persistência é o caminho do êxito.” (Charles Chaplin)

(7)

RESUMO

RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM MEDICINA VETERINÁRIA

AUTOR: KARINE WEIAND SZAMBELAN ORIENTADOR: LUCIANE VIANA

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado na área de Clínica, Cirurgia, Manejo e Reprodução de Grandes Animais, tendo ênfase na Bovinocultura de Leite. O estágio foi realizado na Fazenda Rhoelandt no município de Castro, Paraná, no período de 17 de Julho a 18 de Agosto de 2017, totalizando 150 horas de atividades. A supervisão interna ficou a cargo da Médica Veterinária Cristiane Maria de Azevedo e sob a orientação da professora Mestre em Medicina Veterinária Luciane Viana. O estágio teve como objetivo principal a aplicação prática do conhecimento teórico adquirido, além de uma troca de conhecimento profissional e pessoal, do acompanhamento da evolução dos casos clínicos atendidos, do conhecimento da rotina, e das condutas clínicas mais utilizadas. Durante o presente estágio foram acompanhadas diversas atividades de atendimentos clínicos, cirúrgicos, controles reprodutivos com diagnósticos e a situação do trato reprodutivo das fêmeas bovinas e solicitação de exames complementares, os quais serão evidenciados nas tabelas apresentadas neste trabalho e discutidas conforme literatura, a prevalência etiológica dos casos de mastite acompanhados. O estágio proporcionou um bom aprendizado prático, contribuindo assim com a formação profissional do acadêmico, estabelecendo um crescimento pessoal e profissional nesta área da Medicina Veterinária.

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR,

no período de 17 de julho a 18 de março de

2017... 14 Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio

Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017... 14 Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017... 15 Tabela 4 – Atividades relacionadas à reprodução, tratamentos reprodutivos em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR,

no período de 17 de julho a 18 de março de

2017... 15 Tabela 5 – Atendimentos de manejo sanitário em bovinos acompanhados durante

o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017... 16 Tabela 6 - Solicitações de exames complementares em bovinos acompanhadas

durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017... 16 Tabela 7 – Manejos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de

17 de julho a 18 de março de

2017... 16 Tabela 8- Diferentes escores de classificação das mastites e tratamentos

indicados...,... 26 Tabela 9 - Microrganismos isolados de 183 vacas leiteiras em diferentes estágios de lactação... 27

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LISTA DE ABREVIATURAS

CCS Contagem de células Somáticas

IIM Infecção intramamária

IMM Intramamária

IM Intra muscular

EV Endovenosa

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ... 12

2 ATIVIDADES DESEVOLVIDAS ... 13

3 PREVALÊNCIA ETIOLÓGICA DA MASTITE BACTERIANA BOVINA EM UMA FAZENDA LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE CASTRO - PR ... 16

3.1 REVISÃO DE LITERATURA ... 16

3.1.1 Mastite ... 16

3.1.2 Mecanismos de Defesa da Glândula Mamária ... 17

3.2 MASTITE AMBIENTAL ... 18

3.2.1 Coliformes (Escherichia Colli, Klebsiella e Serratia) ... 19

3.2.2 Streptococcus (Streptococcus dysgalactiae e Streptococcus uberis) ... 20

3.3 MASTITE CONTAGIOSA ... 21

3.3.1 Staphylococcus sp. ... 22

3.3.2 Staphylococcus aureus ... 22

3.3.3 Staphylococcus Coagulase negativa ... 23

3.3.4 Corynebacterium bovis ... 23

3.4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 26

3.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 32

4 CONCLUSÃO ... 33

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1 INTRODUÇÃO

O Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária foi realizado no período de 17 de Julho à 18 de Agosto de 2017, totalizando 150 horas de atividades. As atividades foram acompanhadas na Fazenda Rhoelandt, localizada no município de Castro, Paraná, na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais, tendo ênfase na bovinocultura de leite. A supervisão interna ficou a cargo da Médica Veterinária Cristiane Maria de Azevedo e a orientação com a professora Mestre em Medicina Veterinária Luciane Viana Martins.

A fazenda possui atualmente 350 animais em lactação, todos da raça holandesa, produzindo uma média diária de 36 l\dia. Os animais são confinados em grande maioria em sistema Free-stall. O manejo de ordenha é todo mecanizado e computadorizado, tendo ênfase no controle da qualidade do leite, apresentando um intenso programa higiênico e sanitário. A mastite é uma patologia que recebe muita atenção, possuindo um programa integro de controle e prevenção.

Os atendimentos realizados no período de estágio foram referentes ao manejo diário adotado por uma fazenda, na qual observou-se desde casos clínicos, cirúrgicos, acompanhamentos reprodutivos, manejos sanitários e alguns manejos adotados pela fazenda com seus animais, nos quais é necessário o acompanhamento de um médico veterinário.

O objetivo do estágio foi favorecer a interação entre o conhecimento teórico adquirido e a sua aplicação prática, além de proporcionar uma troca de experiências profissionais e pessoais, através da evolução dos quadros clínicos acompanhados.

Deste modo o presente trabalho irá apresentar um estudo com dados referentes a prevalência etiológica bacteriana da mastite bovina em uma fazenda localizada no município de castro – PR.

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2 ATIVIDADES DESEVOLVIDAS

As principais atividades desenvolvidas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais serão apresentadas na Tabela 1. As descrições estão especificadas nas Tabelas de 2 a 7.

Tabela 1 – Resumo das atividades acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Resumo das Atividades Total %

Atendimentos Clínicos 119 4,7

Atendimentos Cirúrgicos 35 1,3

Atividades relacionadas a Reprodução 637 25,0

Atividades relacionadas ao Manejo Sanitário 1245 48,7

Solicitação de exames complementares 101 4,0

Manejos 415 16,3

Total 2552 100

Tabela 2 – Atendimentos clínicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total %

Suspeita de Tristeza Parasitária Bovina 7 5,9

Hipocalcemia 5 4,3

Cetose 5 4,3

Mastite Clínica 23 19,3

Mastite Subclínica 8 6,7

Auxílio a Parto Distócico 12 10,0

Indigestão Simples 5 4,3 Metrite 6 5,0 Aborto 3 2,5 Diarreia Neonatal 25 21,0 Retenção de Placenta 12 10,0 Pneumonia 8 6,7 Total 119 100

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Tabela 3 – Atendimentos cirúrgicos em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total %

Amochamento Térmico 30 85,7

Deslocamento de Abomaso a Esquerda 4 11,4

Deslocamento de Abomaso a Direita 1 2,9

Total 35 100

Tabela 4 – Atividades relacionadas à reprodução, tratamentos reprodutivos em fêmeas bovinas acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total %

Diagnóstico de gestação através de ultrassonografia em Vacas 83 13,0

Diagnóstico de gestação através de ultrassonografia em Novilhas 56 8,8

Confirmação para secagem através de ultrassonografia 30 4,7

Avaliação pós-parto através de ultrassonografia em vacas 88 13,8

Sexagem Fetal 85 13,3 Endometrite grau I 30 4,7 Endometrite grau 2 20 3,1 Cisto Folicular 12 1,9 Cisto Luteinico 10 1,7 Inseminação Artificial 55 8,6

Inseminação Artificial em Tempo Fixo 70 11,0

Transferência de Embriões 24 3,8

Coleta de Embriões 14 2,2

Coleta de oócitos 60 9,4

Total 637 100

Tabela 5 – Atendimentos de manejo sanitário em bovinos acompanhados durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na Área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total % Vacinação TOPVAC® 60 4,8 Vacinação ROTATEC® J5 30 2,5 Vacinação COVEXIN®-9 30 2,5 Vacinação INFORCETM 3 35 2,9 Anticoccidiostatico BAYCOX® 35 2,9

Teste de Brucelose e Tuberculose Vacas 450 36,2

Teste de Brucelose e Tuberculose Novilhas 600 48,2

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Tabela 6 - Solicitações de exames complementares em bovinos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total %

Sorologia para Trypanossoma spp. 10 10,0

Coleta de Leite para cultura microbiológica 31 30,7

Exame sanguíneo para avaliação da colostragem 45 44,5

Coleta de cartilagem auricular para exames de BVD 15 14,8

Total 101 100

Tabela 7 – Manejos acompanhadas durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária na área de Clínica, Manejo, Reprodução e Cirurgia de Grandes Animais na Fazenda Rhoeladt, PR, no período de 17 de julho a 18 de março de 2017.

Procedimento Total %

Manejo de Secagem 30 7,3

Manejo Bezerra Recém Nascida 42 10,1

Manejo Vacas Pós-parto 42 10,1

Curso Teórico Prático de ordenha destinado aos funcionários 1 0,2

Aplicação de LACTOTROPIN® 300 72,3

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3 PREVALÊNCIA ETIOLÓGICA DA MASTITE BACTERIANA BOVINA EM UMA FAZENDA LOCALIZADA NO MUNICIPIO DE CASTRO - PR

3.1 REVISÃO DE LITERATURA

3.1.1 Mastite

A mastite é caracterizada como a inflamação da glândula mamária (RIBEIRO et al., 2014; KARACH et al., 2015; GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017) e é considerada a doença que mais gera prejuízos econômicos na produção leiteira, por levar a redução na quantidade e qualidade do leite (COSTA et al., 2016; ASSIS et al., 2017; GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017). As principais causas são os microrganismos, tais como bactérias, fungos, algas e vírus (FONSECA e SANTOS, 2000; SANTOS e FONSECA, 2007), sendo que destes, 90% dos casos são causados por bactérias (TOZZETTI et al., 2008; SARROLI et al., 2016).

O processo infecioso tem início com a entrada dos microrganismos no interior da glândula mamária, atravessando o canal do teto e se multiplicando nos tecidos (SANTOS e FONSECA, 2007; CARNEIRO, et al. 2009 GUIMARÃES e GUIMARÃES 2017). Esta invasão pode ocorrer de diversas maneiras, entre elas, colonização da pele e canal do teto entre as ordenhas, flutuações de vácuos que levam os microrganismos para dentro do tecido mamário (SANTOS e FONSECA, 2007), e também pela introdução de cânulas contaminas no momento da realização de tratamentos (SANTOS e FONSECA, 2007; GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

A mastite tem interferência direta na produção de leite dos animais, influenciando desde a qualidade, quantidade e também modificando a composição do leite produzido. O grau de alterações vai depender da extensão do processo inflamatório, que é dependente da patogenicidade do agente etiológico. A manifestação mais constante é a queda na produção, ocasionada por danos no tecido secretor e alterações de permeabilidade capilar, que compromete a capacidade de síntese, levando assim a diminuição dos constituintes do leite, como: gordura, caseína e lactose, tendo por outro lado aumento dos elementos sanguíneos como por exemplo células de defesa (TYLER e CULLOR, 2006; GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

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As mastites bacterianas podem ser reunidas em dois grupos distintos, divididos de acordo com à sua origem e modo de transmissão. O primeiro grupo corresponde aos microrganismos contagiosos (Streptococcus agalactiae, Staphylococcus spp., e Corynebacterium bovis) transmitidos principalmente durante a ordenha e o segundo são os microrganismos ambientais (Streptococcus uberis, Escherichia coli e a Klebsiella sp.) (FONSECA e SANTOS, 2000).

3.1.2 Mecanismos de Defesa da Glândula Mamária

A inflamação da glândula mamária em grande parte dos casos poderá ocorrer por processos infecciosos. O funcionamento inadequado do sistema de ordenha, condições higiênicas inapropriadas do ambiente, associados ao manejo incorreto durante o processo de ordenha ou traumatismos frequentes no sistema mamário do animal, geram infecções que podem acarretar na redução das defesas naturais e/ou aumento da exposição a agentes infecciosos que podem sobrepor a capacidade de defesa do animal (TYLER e CULLOR, 2006).

Os agentes patogênicos envolvidos nos quadros de mastites, possuem diversos fatores de virulência, que agem facilitando o processo de colonização e infecção da glândula mamária. Alguns patógenos tem a capacidade de evadir as defesas do hospedeiro aderindo-se as células epiteliais, onde produzem cápsulas que dificultam sua destruição por neutrófilos. São ainda capazes de produzir endotoxinas e exotoxinas que destroem ou inativam os leucócitos, ou ainda, podem se manter no interior das células para escapar à resposta imune (CARNEIRO, et al. 2009).

Uma glândula mamária normal é protegida por uma variedade de mecanismos de defesa naturais frente às infecções, podendo ser classificada assim como em outros sistemas em mecanismos imunológicos inatos, primários e secundários e mecanismos imunológicos adquiridos (BURVENICH et al., 2007; CARNEIRO et al., 2009; TYZARD, 2014; HUEZA e PAULINO, 2017). A imunidade inata é a forma predominante de defesa durante os estágios iniciais da infecção, ela está presente no local da infecção ou é ativada rapidamente por estímulos, porém não sofre aumento com a exposição repetitiva a um mesmo agente patogênico (TYZARD, 2014; HUEZA e PAULINO, 2017).

(17)

Os imunológicos inatos primários são aqueles que agem impedindo a entrada de patógenos na glândula mamária e estão associados com o canal do teto. São caracterizados como sendo o primeiro obstáculo enfrentado por um patógeno para adentrar o úbere e é composto por uma barreira formada pelo esfíncter do teto e pelo tampão de queratina formado pelo epitélio queratinizado (COSTA, 2014; TYZARD, 2014).

Uma vez que o microrganismo tenha atravessado o canal do teto e alcançado a cisterna mamária, passa a atuar fatores solúveis e celulares localizados dentro da glândula mamária, representados pelos mecanismos imunológicos inatos secundários (CHUNG e LINDBERG, 2012; TYZARD, 2014). Essas defesas são representadas por neutrófilos, macrófagos, células naturais killer e processo inflamatório. Na medida em que esses mecanismos funcionam adequadamente, a maioria dos patógenos será rapidamente eliminada antes que o sistema imune adquirido seja ativado, sem resultar, na maioria das vezes, em alterações na quantidade ou qualidade do leite produzido (COSTA, 2014; TYZARD, 2014).

Se o sistema imune inato não for capaz de combater a infecção, será estimulado o mecanismo imunológico adquirido (TYZARD, 2014; HUEZA e PAULINO, 2017). O sistema imune adquirido da glândula mamária é composto basicamente por linfócitos T e B, e anticorpos. (COSTA, 2014; HUEZA e PAULINO, 2017). Neste tipo de sistema quanto mais vezes um indivíduo for exposto a um patógeno, mais eficiente irá se tornar a defesa do organismo frente a este invasor. O sistema imune adquirido não apenas reconhece um microrganismo invasor, mas também o destrói e guarda a memória imunológica desse agente (TYZARD, 2014; HUEZA e PAULINO, 2017).

3.2 MASTITE AMBIENTAL

A mastite ambiental é causada por dois grandes grupos de bactérias, os coliformes e Streptococcus ambientais, principalmente Streptococcus uberis e Streptococcus dysgalactiae (COSTA, 2014; MAIA, 2016). De acordo com Brito e Brito (2000), este grupo é composto por bactérias presentes em várias fontes do ambiente como água contaminada, fezes, solo e diversos materiais orgânicos usados como cama e também em equipamentos de ordenha.

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Essas bactérias não possuem a capacidade de se adaptar ao tecido mamário, sendo assim quando causam infecção induzem reação inflamatória aguda ou subaguda, resultando em alterações visíveis no leite e úbere do animal, ou seja, caracterizando um quadro de mastite clínica (BRITO e BRITO, 2000).

A mastite clínica caracteriza-se pelo aspecto macroscópico anormal do leite e diferentes graus de inflamação da glândula mamária, como hiperemia, calor, tumefação e dor. As características do leite variam desde a presença de coágulos á secreções serosas com presença de grumos e fibrina (TYLER e CULLOR, 2006; MAIA, 2016).

3.2.1 Coliformes (Escherichia colli, Klebsiella e Serratia)

As bactérias conhecidas como coliformes, fazem parte de um dos grupos mais importantes de microrganismos causadores de mastite clinica ambiental, seu impacto está relacionado ao custo decorrente dos casos agudos, devido ao grande descarte do leite, além da ineficiente resposta frente ao tratamento com antibióticos, além da alta taxa de mortalidade relacionada ao casos de choque endotóxicos, que ocorrem quando os agentes patogênicos se disseminam a partir da glândula mamária à circulação sistêmica, levando o animal a sinais clínicos graves de bacteremia e /ou septicemia, com possível morte devido o quadro tóxico, representado por febre alta com posterior queda acentuada da temperatura, hipotensão, confusão mental, diarreias e mucosas hiperêmicas a cianóticas (RADOSTITS et al., 2010; MOLINA et al., 2012).

Os coliformes são microrganismos Gram-negativos que possuem endotoxinas, na camada externa de sua parede celular, que quando em contato com o sistema imune do animal libera potentes mediadores pró-inflamatórios (citocinas), extremamente patogênicos ao organismo animal (BANNERMAN et al., 2003; TYLER e CULLOR, 2006) . As endotoxinas induzem graves mudanças na permeabilidade vascular e aumento de células somáticas na glândula mamária e leite, resultando em edema, depressão, toxemia, podendo anida apresetar quadros agudos à hiperagudos (TYLER e CULLOR, 2006).

Classicamente, a mastite por coliformes é caracterizada por sinais clínicos em duas semanas antes da lactação ou nas primeiras semanas do período seco,

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apresentando febre, agalaxia, anorexia, depressão, estática do rúmen e desidratação como sinais mais comuns. A glândula mamária apresenta edema e regiões com sinais de congestão e necrose. A secreção mamária é aquosa a serosa, contendo pequenos flocos e grande aumento de neutrófilos (RIBEIRO et al., 2006; SANTOS e FONSECA., 2007; RADOSTITS et al., 2010).

A Escherichia coli é o principal coliforme causador de mastite clínica em rebanhos leiteiros no Brasil (RIBEIRO et al., 2006; SANTOS e FONSECA, 2007; BLUM et al., 2014). É uma enterobactéria, anaeróbica facultativa, gram negativa, não esporulada, capaz de fermentar a glicose com produção de ácido e gás (BARBOSA et al. 2000).

A Klebsiella é um agente comum nos quadros de mastite clínica e subclínica nos rebanhos leiteiros, podendo estar presente no produto final levando a queda de sua qualidade. A mastite causada por Klebsiella é ainda mais grave devido à sua fraca resposta à antibioticoterapia, evolução rápida ao choque tóxico e à morte do animal (HELIO et al., 2015). A Klebsiella se encontra presente no solo, nos grãos, na água e também no trato intestinal dos animais (HOGAN e SMITH, 2003), podendo ainda se multiplicar em camas orgânicas a base de serragem, aumentando o risco de mastite causada por este agente (SANTOS, 2004),

3.2.2 Streptococcus ambientais

Os Streptococcus formam um grupo de bactérias que tem a capacidade de infectar diversas espécies animais, ocasionando infecções supurativas como a mastite. São classificadas como catalase-negativas, anaeróbicas facultativas e imóveis, além de sobreviverem somente por curto período fora do hospedeiro (QUINN, 2005). São considerados oportunistas, pois, após a invasão da glândula mamária, não se adaptam em seu interior, causando resposta inflamatória imediata com infecção de curta duração (SALINA et al., 2017).

Os Streptococcus apresentam diferentes espécies, graus de virulência e patogenicidade. Podem ser divididos em dois grupos, os Streptococcus agalactiae e não agalactiae, nesse último grupo estão os Streptococcus dysgalactiae, os Streptococcus uberis e outros classificados como ambientais, que participam da

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microbiota intestinal e são também encontrados no ambiente em que as vacas são criadas (OLIVEIRA et al., 2016).

São bactérias que podem causar infecções no período da secagem, pré-parto e se manifestar clinicamente até 100 dias após o parto. Em média 40 a 50 % das infecções por esses agentes apresentam sinais clínicos, tendo curso clínico inferior a 30 dias. Características individuais de cada teto, como capacidade de fechamento do canal após a ordenha, tempo decorrente para formação do tampão de queratina após a secagem, tamanho do canal bem como quantidade de queratina no epitélio, são fatores que exercem influência negativa sobre estes agentes (MAIA, 2016).

3.3 MASTITE CONTAGIOSA

A mastite contagiosa é causada principalmente por microrganismos cujo habitat preferencial é o interior da glândula mamária e a pele dos tetos. Sua ocorrência é quase que predominantemente de casos subclínicos, geralmente apresenta curso de duração longo e alta contagem de células somáticas (CCS) (SANTOS e FONSECA, 2007).

A mastite subclínica se manifesta quando a glândula mamária é infectada e ocorre um aumento do número de leucócitos, se caracteriza pela diminuição da produção leiteira sem que sejam observados sinais de processo inflamatório no leite. Com o tempo a maioria dos casos resulta em fibrose do tecido mamário, endurecimento da glândula mamária com consequente redução da produção leiteira do animal (TYLER e CULLOR, 2006).

A transmissão deste tipo de mastite ocorre por meio de algum elemento de ligação entre um quarto mamário infectado e um quarto sadio, ocorrendo quase que exclusivamente no momento da ordenha. Alguns elementos que agem como vetores são as mãos do ordenhador, panos ou esponjas utilizados na lavagem ou secagem de mais de um animal e as teteiras. Além disso a participação de insetos em fazendas com alta infestação, se mostra importante, especialmente na contaminação de novilhas no pré-parto (FONSECA e SANTOS, 2000; SANTOS e FONSECA, 2007; COSTA et al., 2014).

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3.3.1 Staphylococcus sp.

Didaticamente os Staphylococcus sp. se dividem em dois grupos principais, as espécies Staphylococcus coagulase negativas e Staphylococcus positivas (LOPES et al., 2014). Os Staphylococcus são classificados como cocos Gram-positivos, que tendem a formar agrupamentos em arranjos semelhantes a cachos de uva. Este grupo está amplamente distribuído pelo mundo como comensais da pele e membranas mucosas, além de contaminantes ambientais, podendo assim causar infecções de caráter endógeno ou exógeno (QUINN, 2005).

3.3.2 Staphylococcus aureus

É um microrganismos gram-positivo, geralmente encontrado colonizando o canal do teto, o interior da glândula ou a pele do tecido mamário (FONSECA e SANTOS, 2000), especialmente quando esta se encontra lesada (QUINN, 2005). No momento da ordenha, a transmissão ocorre principalmente pelas mãos do ordenhador, por panos de uso múltiplo ou pelos insufladores da ordenhadeira mecânica (SANTOS e FONSECA 2007).

A maior parte das infecções causadas por S. aureus apresenta característica subclínica, com ocorrência ocasional de mastite clínica discreta a moderada (QUINN, 2005). Entretanto em casos mais severos pode gerar sinais sistêmicos, incluindo anorexia, toxemia, aumento da temperatura corpórea e decúbito, além de rigidez, edema, hiperemia, calor e dor no quarto mamário acometido (TYLER e CULLOR, 2006).

As infecções por S. aureus são consideradas de difícil tratamento na lactação, como consequência da localização intracelular, da elevada resistência da bactéria aos antimicrobianos convencionais (ROY et al., 2009). Outra característica é a capacidade de invasão e instalação nos tecidos mais internos da glândula mamária, onde geralmente há formação de fibrose e micro abscessos no foco da infecção, limitando a ação dos antimicrobianos. Este mecanismo confere uma das principais características de virulência do agente, que se traduz por infecções de longa duração, com tendência a cronicidade e baixas taxas de cura, tanto espontânea como após o tratamento antimicrobiano (SANTOS e FONSECA, 2000; ROY et al., 2009).

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3.3.3 Staphylococcus Coagulase negativa

Os Staphylococcus coagulase negativa (SCN) são parte de um grupo de bactérias conhecido como patógenos secundários, por apresentarem baixa patogenicidade no tecido mamário, estando associados à forma subclínica da doença. Porém, quando estes microrganismos persistem na glândula mamária podem desencadear sinais clínicos (SANTOS e REIS, 2009). A infecção está associada ao aumento da contagem de células somáticas (CCS), podendo resultar em perdas econômicas devido à desvalorização da qualidade do leite, bem como diminuição da produção (TAPONEN et al., 2006).

SCN são agentes que agem colonizando a pele dos tetos e causando infecções oportunistas, trata-se de um grupo de bactérias bastante heterogêneo, que embora apresente comportamento predominantemente contagioso, apresenta espécies que podem ser encontradas em altas contagens no ambiente (COSTA et al., 2014)

3.3.4 Corynebacterium bovis

As bactérias pertencentes ao gênero Corynebacterium são bastonetes caracterizados como Gram-positivos, imóveis e não esporulados. O Corynebacterium bovis é um agente comensal do úbere, sendo este tecido um dos seus principais sítios de infecção, o canal do teto e a cisterna da glândula também são fontes para a ocorrência da infecção (GOMES, 2013). Este agente pode ser facilmente isolado do esfíncter dos tetos, tendo taxas de isolamento superiores em rebanhos nos quais existem falhas relacionadas à antissepsia dos tetos (COSTA et al., 2014).

As IIM ocasionadas por este agente geralmente são subclínicas e associadas a baixas contagens de células somáticas (COSTA et al., 2014). Esta bactéria estimula uma discreta leucocitose que tem função de proteger a glândula mamária contra a infecção de agentes mais patogênicos como o S. aureus. Entretanto, algumas vezes, pode agir como agente primário no quadro de mastite (SANTOS e FONSECA. 2007; GOMES, 2013).

O papel do Corynebacterium bovis como agente das mastites é controverso. Alguns autores o consideram como um microrganismo de menor relevância

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(HONKANEN et al., 1984; METTIFOGO et al., 1991; GONÇALVES et al., 2016), outros afirmam sua importância como causadores de mastites clínicas e como responsáveis por alterações significativas em nível celular (SCHUKKEN et al., 1989; BUENO et al., 2003; PITKALA et al., 2004).

Diante do exposto, o presente trabalho teve como objetivo determinar os principais agentes bacterianos prevalentes causadores de mastite no rebanho leiteiro de uma propriedade do interior do município de Castro - PR.

3.4 METODOLOGIA

Durante o Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária, realizado durante o período de 17 de junho a 18 de agosto de 2017 foram coletados dados em uma fazenda, localizada no interior do Município de Castro – Paraná. Foram acompanhadas 350 vacas de alta produção, com média de 36/l/dia, ordenhadas em sistema mecanizado e computadorizado, e confinadas em Free-stall. O rebanho era composto por vacas primíparas e pluríparas, da raça Holandesa em diferentes estágios de lactação.

Realizou-se um levantamento para determinar a prevalência dos principais agentes bacterianos causadores de mastite no rebanho, referentes ao ano de 2017 nos meses de janeiro à agosto, sendo avaliados dados de 183 vacas com mastite.

A fazenda possui um intenso programa de manejo, controle e avaliação dos quadros de mastite. O primeiro passo tomado na unidade produtiva é o rigoroso manejo de pré-dipping realizado nos animais, onde primeiramente os animais tem seus tetos limpos com papel toalha, sendo uma folha para cada teto, logo após é realizado o pré dipping com o produto Prima™, deixando-o agir por 30 segundos, então com o papel toalha, novamente um para cada teto o produto é retirado para que possa ser iniciado o processo de ordenha.

O diagnóstico dos casos clínicos é realizado através da observação dos sinais clínicos apresentados pelos animais, incluído alterações na glândula mamária, queda na produção e alterações no leite. Para a realização do diagnóstico dos casos subclínicos é observado a queda da produção do animal, onde posteriormente estes são submetidos ao Califórnia Mastite Teste (CMT), para confirmação.

Os animais diagnosticados com mastite clínica e subclínica, tem amostras coletadas de leite e enviadas para exame de cultura microbiológica logo após o

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diagnóstico clínico da patologia, antes que se tenha dado início ao tratamento. Para este procedimento primeiramente é realizado o manejo de pré ordenha, após o teto passa por higienização com álcool 70°, e então em um recipiente estéril é retirado 40 mL de leite e enviado para análise microbiológica. Estes animais são separados dos demais em um galpão, para que o leite possa ser retirado e posteriormente descartado.

Para a realização do tratamento dos casos a fazenda utiliza um sistema de divisão, onde as mastites são divididas em 3 diferentes Escores. Na tabela 08, podemos observar o funcionamento deste sistema, bem como o tratamento indicado para cada um dos três casos.

Tabela 08 – Diferentes escores de classificação das mastites e tratamentos indicados

Escore Caracterização Tratamento

1 Alteração apenas no leite Via intramamária (IMM): 1 bisnaga de 125 mg de Cloridrato de Ceftiofur (sprectamast®), 3 dias de 12 em 12 h. Via intramuscular (IM): 2,2 mg/ kg de Flunixina megluminica (Niglumine®), dose única

2 Alterações visuais no

úbere: inchaço, duro ao toque, tumefação local, dor. No leite presença de grumos e alterações no teste do CMT

Via IMM: 2 bisnagas de 150 mg de Gentamicina associada a 50 mg de Cloridrato de bromexina (Mastifin®), 3 dias/ 12 em 12 horas. Via IM: 20 mg/kg de Oxitetraciclina associada a 1,0 mg/kg de Diclofenaco (Ourotreta Plus LA®), 2 dias, a cada 24 horas.

3 Sinais sistêmicos no

animal: febre alta,

anorexia, apatia, queda na produção leiteira, o quarto

acometido pode se

apresentar inchado,

dolorido, quente, com leite

Via IMM: 2 bisnagas de 150 mg de Gentamicina associada a 50 mg de Cloridrato de bromexina (Mastifin®), 3 dias, 12 em 12 h. Via IM: 20 mg/kg de Oxitetraciclina associada a 1,0 mg/kg de Diclofenaco (Ourotreta Plus LA®), 2 dias, e 2,2 mg/ kg de Flunixina megluminica (Niglumine®), em dose única. Via endovenosa (EV): 1000 mL de Cloreto de

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aquoso, amarelado ou sanguinolento.

Sódio 0,9%, 500 ml de Boroglucanato de Cálcio (8,36g de Cálcio, Pradocálcio®) e 100 mL de Mercepton® (7,69 mg/kg de Acetil D-L-metionina, 0,31 mg/kg Riboflavina, 0,77 mg/kg Nicotinamida).

3.5 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O estudo da etiologia da mastite infecciosa merece atenção de vários pesquisadores, visando a elaboração de estratégias efetivas de controle, uma vez que o conhecimento dos microrganismos predominantes na etiologia dos casos de mastite em um rebanho permite a detecção de pontos críticos na propriedade leiteira, que contribuem para a instalação e disseminação do processo infeccioso (COSTA et al., 2000).

As maneiras mais utilizadas na detecção da mastite bovina incluem CCS, exame físico do úbere, aparência do leite, CMT e cultura bacteriana. (TOZZETTI et al., 2008). Para a identificação dos agentes patológicos o exame microbiológico de amostras de leite coletado assepticamente, é considerado o método padrão e teste ouro para determinação da saúde do úbere e para a identificação e diagnóstico da mastite bovina (KARACH et al., 2015).

Observando os resultados do exame microbiológico do leite é possível verificar a maior frequência dos agentes ambientais (69%), em grande maioria coliformes, sobre os contagiosos (31%) (Tabela 09). A tabela 09, demonstra a relação dos agentes microbiológicos isolados de 183 vacas lactantes acometidas pela patologia no período de janeiro a agosto de 2017.

Tabela 09 - Microrganismos isolados de 183 vacas leiteiras em diferentes estágios de lactação na fazenda Rhoelandt, no período de janeiro a agosto de 2017.

Microrganismos Animais

infectados %

CONTAGIOSOS 73 30,9

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Staphylococcus aureus 25 13,7

Corynebacterium sp. 3 1,6

Staphylococcus coagulase negativa 2 1,0

AMBIENTAIS 107 69.1 Escherichia coli 38 20,8 Klebsiella sp. 31 16,9 Streptococcus dysgalactiae 29 15,8 Serratia 4 2,2 Streptococcus uberis 4 2,2 Streptococcus sp. 4 2,2 TOTAL 183 100

Este resultado difere dos estudos apresentados por Oliveira et al., (2013) e Karach et al., (2015), realizados também no estado do Paraná, que encontraram uma prevalência superior de agente contagiosos, explicados pelos autores como decorrência de um manejo inadequado durante a ordenha, fator que pode explicar a variação neste estudo, devido o correto manejo higiênico e sanitário adotado pela fazenda estudada.

O grupo ambiental representado pelos coliformes vem apresentando grande importância na causa da mastite clínica, principalmente em rebanhos bem manejados e de alta tecnificação, nos quais o controle de mastite contagiosa já atingiu um alto grau de eficácia. Nestes rebanhos, Escherichia coli e Klebsiella sp. podem representar mais de 50% dos casos de mastite clínica ambiental (SANTOS, 2016).

Os Coliformes foram os principais agentes etiológicos isolado das amostras, com uma prevalência de 39,87%, dos quais, 20,76% dos casos são Escherichia coli. 16,93% Klebsiella sp. e 2,18% Serratia. Escherichia coli e Klebsiella são reconhecidos como os coliformes mais comuns na mastite bovina (BANNERMAN et al., 2003). No Brasil, E. coli é considerada a bactéria mais comum de origem ambiental, descrita em quadros de mastite clinica (BANNERMAN et al., 2003; RIBEIRO et al., 2006; SANTOS e FONSECA, 2007; BLUM et al., 2014).

As espécies de Staphylococcus sp. coagulase positivas não S. aureus, quando avaliadas individualmente foram as mais isoladas nas amostras, com uma frequência individual de 23,49% (Tabela 09). Apesar da frequência das espécies de Staphylococcus em casos de mastite bovina ser bastante variável, a maioria das pesquisas no Brasil e em outros países aponta esta bactéria como responsável pela

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maior parte dos casos subclínicos de mastite nos rebanhos leiteiros (SOUTO et al., 2010; PELLEGRINO et al., 2011; MOTA et al., 2012; ULSENHEIMER et al., 2017; ULSENHEIMER e MARTINS, 2017).

Quando avaliado em grupo, o gênero vem em segundo lugar somando uma prevalência de 38,25%, dos quais 23,49% são referentes ao Staphylococcus sp., 13,66% ao Staphylococcus aureus e 1,09% à Staphylococcus coagulase Negativa (Tabela 09). Este estudo está de acordo com o apresentado por Assis et al., (2017), Vesco et al., (2017) e Zimermann e Araújo, (2017), no qual o gênero Staphylococcus, está entre os mais identificados.

Estudos epidemiológicos sobre a etiologia da mastite bovina revelam que os microrganismos de origem contagiosa estão entre os mais prevalentes e, entre esses, o gênero Staphylococcus destaca-se por possuir maior frequência de casos clínicos e subclínicos da doença (MOTA et al., 2012; COSTA et al., 2014; ZSCHÖCK et al., 2000; OLIVEIRA et al., 2013; KARACH et al., 2016).

O Staphylococcus aureus se destaca como um dos microrganismos com maior frequência de isolamento associados a IIM de bovinos leiteiros no mudo todo. No Brasil é considerado um dos maiores causadores da patologia com taxas de isolamento variando entre 8,3% e 49,23% (BANDOCH, et al., 2011; ASSIS et al., 2017; ULSENHEIMER et al., 2017; ULSENHEIMER e MARTINS, 2017; VESCO et al., 2017; ZIMERMANN e ARAÚJO, 2017).

As infecções intramamárias pelo gênero Staphylococcus, estão relacionadas com falhas no processo de higiene durante a ordenha, visto que a principal via de veiculação desta bactéria são as mãos do ordenhador, utensílios e equipamentos utilizados durante a ordenha (LOPES et al., 2014; MAIA et al., 2016)

Na fazenda o sistema de ordenha utilizado é o mecânico, e pode-se observar o correto manejo higiênico adotado, entretanto houve uma alta prevalência de isolamento do gênero Staphylococcus nas amostras de leite analisadas. Este fato pode ser relacionado com os inúmeros mecanismos virulentos associados aos estafilococos que permitem a estes agentes resistência aos tratamentos por antibióticos e persistência no tecido mamário, dificultando seu controle no rebanho (MAIA et al. 2016).

O uso inadequado de antibióticos no tratamento de doenças pode selecionar cepas resistentes e comprometer a eficiência do tratamento. Bactérias dos gêneros Staphylococcus e Coliformes, estão entre os principais agentes etiológicos

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da mastite bovina e são frequentemente resistentes aos antimicrobianos (MENDONÇA et al., 2012).

A resistência a antibióticos ocorre quando a bactéria adquire genes que permitem a interferência no mecanismo de ação do antibiótico por mutação espontânea de DNA ou por transformação e transferência de plasmídeos (BOZDOGAN, 1999). Os genes responsáveis pela resistência estão localizados no cromossomo e em elementos móveis, como plasmídeos e transpósons que normalmente codificam enzimas que inativam os antibióticos ou reduzem a permeabilidade das células (AMINOV et al., 2001).

A localização desses genes em elementos móveis facilita sua transferência entre as bactérias, mesmo que de espécies diferentes (OCHAMAN et al., 2000). Além das células bacterianas apresentarem DNA cromossômico, elas podem também conter pequenas moléculas circulares de DNA denominadas plasmídeos. Alguns plasmídeos possuem genes responsáveis por sintetizar enzimas que agem destruindo certos antibióticos antes que ele destrua a bactéria, são os chamados plasmídeos R (de resistência aos antibióticos). Bactérias sensíveis podem receber genes cromossômicos mutantes de bactérias já resistentes, através da recombinação gênica. Quando dois ou mais tipos de plasmídios R estão presentes em uma mesma bactéria, os genes de um deles podem passar para outro por recombinação gênica: conjugação, transformação e transdução (LUNA, 1999).

Para a realização do tratamento destes animais a fazenda possui um sistema de identificação dos quadros de mastite a partir de três escores (Tabela 08). De acordo com Santos (2016), atualmente um dos sistemas mais utilizados para a classificação dos quadros de gravidade de sintomas da mastite bovina, é através de uma escala com 3 escores, onde o escore 1 indica um quadro leve, no qual somente se observa alterações visuais no leite, o 2 além das alterações no leite se observa sintomas no quarto afetado, e o 3 indica um quadro grave, além dos sintomas anteriores (escore 2), a vaca apresenta sintomas sistêmicos (febre, desidratação, prostração).

Segundo Guimarães e Guimarães (2017), um programa efetivo de controle da mastite deve ter o objetivo de auxiliar as defesas especificas e inespecíficas do animal na eliminação do agente invasor. O tratamento ideal é aquele que pode controlar os processos infeciosos do úbere sem deixar resíduos no leite.

Tradicionalmente o uso de medicamentos por via intramamária com o intuito de concentrar a substância no foco da infecção é um dos mais utilizados. Porém é difícil

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quantificar o grau de eficácia clínica de um antibiótico pela ampla variedade de fatores envolvidos na resposta de cada vaca, estes incluem o tipo de microrganismos, a região afetada, o grau de fibrose da glândula mamária e a duração do processo infeccioso (TYLER e CULLOR. 2006).

No mercado estão disponíveis diferentes tipos de antimicrobianos para o tratamento intramamário de quadros de mastite (SANTOS e FOSNECA, 2007; MAIOLINO et al., 2014). De acordo com Ribeiro (2008), os agentes mais utilizados pertencem ao grupo das penicilinas e análogos, Cefalosporina, aminoglicosídeos, fluorquinolonas, tetraciclinas e sulfas potencializadas pelo trimetoprim. Na fazenda, para o tratamento intramamário das mastites de escore 1 se adota o uso de Ceftiofur, enquanto para os quadros de escores 2 e 3 é utilizado gentamicina (Tabela 08).

O Ceftiofur é uma cefalosporinas de terceira geração, com amplo espectro de ação, baseada na inibição da síntese da parede celular bacteriana (PAPICH, 2009). A administração intramamária do ceftiofur é recomenda por GUIMARÃES e GUIMARÃES (2017) na dose de 200mg/dia, estando dentro do utilizada na fazenda. De acordo com Ribeiro, (2008), pela via intramamária o ceftiofur é indicado para o tratamento de mastites clínicas e subclínica, ocasionadas principalmente por Staphylococcus, Streptococcus e Corynebacterium.

A gentamicina é um aminoglicosídeos, bactericida de amplo espectro (PAPICH, 2009), sua utilização é realizada na dosagem de 300 mg/dia. Entretanto de acordo com Guimarães e Guimarães (2017), o recomendado para administração por via intramamária é de 250 mg /dia. Sua formula não permite que atinja boas concentrações por via parenteral, o que faz que seu uso seja, preferencialmente, pela via intramamária, normalmente associado a outros antimicrobianos sistêmicos sistêmico. Apesar disso, tem apresentado ótimos resultados em estudos realizados no Brasil em casos de mastites quando utilizada pela via sistêmica (GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

Maiolino et al., (2014), relata em um estudo comparativo entre a utilização intramamária de produtos à base de cefalosporinas de 3ª geração e aminoglicosídeos, que a taxa de cura foi respectivamente 50% e 70%.

Animais com presença de sinais clínicos sistêmicos devem receber terapia complementar (RIBEIRO, 2008). A utilização de antimicrobianos pela via parental juntamente com a terapia intramamária, deve ser instituída em casos clínicos severos, com o intuito de evitar bacteremia e septicemia, uma vez que a intensidade do

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processo inflamatório determina o aumento da permeabilidade vascular, o que facilita a difusão dos antimicrobianos, mas também dos microrganismos. Estudos demonstram que o uso associado das duas vias aumenta a taxa de cura em até 50 % (GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

O antimicrobiano escolhido deve apresentar uma boa distribuição e difusão no tecido mamário. A glândula mamária possui uma intensa perfusão sanguínea, uma vez que a cada minuto circulam por ela cerca de 10 litros de sangue. Sendo assim, a distribuição adequada de um medicamente administrado por esta via, depende deste possuir, uma alta lipossolubilidade e uma baixa porcentagem de ligação a proteínas plasmáticas, além de possuir uma base fraca quando se considera o pH ligeiramente ácido do leite anormal (GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

As mastites de escores 2 e 3 recebem suporte terapêutico com antibiótico pela via parenteral. A fazenda adota o uso da Oxitetraciclina, um antibiótico da classe das Tetraciclinas, de amplo espectro (PAPICH, 2009) e boa distribuição na glândula mamária (GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017). Seu uso é recomendado na dosagem de 20mg/kg para produtos de longa ação (PAPICH, 2009). O produto utilizado é o Ourotreta Plus LA® indicado para mastites causadas por Streptococcus spp., Staphylococcus spp., Escherichia coli, Klebsiella spp., e Corynebacterium sp., além de ser associado a 1,0 mg /kg de Diclofenaco de sódio que combate dor, febre e inflamação.

Animais com evidencias de sinais clínicos agudos, são tratados com um protocolo terapêutico incluindo além dos antimicrobianos sistêmicos e intramamários, o uso de inflamatórios (Tabela 08). Segundo Santos, (2014), o uso de anti-inflamatórios é frequente em casos agudos de mastite, entre estes destacam-se os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) e os glicocorticóides. Sendo importante salientar a ação imunossupressiva apresentada pelos glicocorticóides, fazendo com que seu uso seja menos frequente. Na fazenda é utilizado 2,2 mg/kg de Flunixina meglumine, dose recomendada por Tyler e Cullor, (2006) e Papich, (2009).

A Flunixina Meglumine é o anti-inflamatório não esteroidal, mais utilizado nos casos agudos de mastite, por possui além de efeitos analgésicos e anti-inflamatórios, efeitos antitóxicos (PAPICH, 2009). Seu uso como antitóxico é explicado por promover a diminuição de eicosanoides, responsáveis por alterações cardiovasculares e metabólicas presentes nesta enfermidade (TASAKA, 2017).

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Nos casos de mastites clínicas, ocorre diminuição do consumo de água, alimentos e estase ruminal, levando a alterações circulatórias que resultam em desidratação e perda de eletrólitos, podendo em casos severos de mastites por coliformes por exemplo, levar a choque toxêmico e morte do animal, em função da redução do volume circulatório. Sendo assim o grau de desidratação do animal está diretamente relacionado com à cura ou não do quadro, mesmo nos casos considerados mais leves. Estudos demonstram que animais com boa hidratação tem maior chance de sobrevivência que aqueles desidratados (SANTOS, 2004).

Sendo assim, além de antimicrobianos de uso sistêmico, intramamário e anti-inflamatórios, é importante a reposição de grandes volumes de líquidos, incluindo cloreto de sódio a 0,9%, e 400 a 600 mL de Boroglucanato de cálcio (GUIMARÃES e GUIMARÃES, 2017).

3.5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Observou-se uma maior prevalência dos agentes ambientais (69%), em grande maioria coliformes, sobre os contagiosos (31%), fator que representa bem as propriedades com alto nível de tecnificação, que adotam um intenso programa de manejo, controle e avaliação dos quadros de mastite, nos quais o controle de mastite contagiosa já atingiu um alto grau de eficácia, facilitando a ocorrência das mastites ambientais.

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4 CONCLUSÃO

A realização do Estágio Curricular Supervisionado em Medicina Veterinária proporciona uma grande experiência perante à formação acadêmica, levando a um crescimento pessoal devido ao contato direto com os produtores rurais e com os animais.

O estágio permitiu observar a grande importância que a junção da teoria com a prática traz a formação do profissional, através da vivencia do dia a dia de uma fazenda vista como referência no estado do Paraná, onde foi possível enfrentar a rotina de campo buscando promover a melhora da qualidade de vida destes animais. Além disso o estágio também promove o crescimento pessoal, por proporcionar a troca de conhecimento entre profissionais e produtores rurais, o qual é de extrema relevância para o futuro profissional.

A realização do relatório de estágio com o tema “Prevalência etiológica da mastite bovina bacteriana em uma propriedade localizada no município de Castro – PR”, permitiu observar a grande importância que o controle adequado desta patologia traz a pecuária leiteira, devido ao alto custo dos tratamentos, bem como a incidência de resistência aos antibióticos que estes microrganismos vem apresentando, por seu uso inadequado. Sendo assim, torna-se indispensável a adoção de técnicas que buscam conhecer os pontos críticos de cada fazenda, para que seja possível identificar os fatores que facilitam a entrada destes patógenos no rebanho.

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