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Dificuldades do aleitamento materno exclusivo nos primeiros dias de vida

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Academic year: 2021

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM LINHAS DE CUIDADO EM ENFERMAGEM SAÚDE MATERNA NEONATAL E DO LACTENTE

DIFICULDADES DO ALEITAMENTO MATERNO

EXCLUSIVO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA

ITAMARA DAMÁZIO MATOS

ARACAJU 2014

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DIFICULDADES DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA

Monografia apresentado ao Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem da Universidade de Santa Catarina como pré-requisito para conclusão do Curso de Especialização em Saúde Materna, Neonatal e do Lactente.

Orientador(a): Profª. Drª Heloisa Helena Zimmer Ribas Dias.

ARACAJU

2014

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O trabalho intitulado DIFICULDADES DO ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO NOS PRIMEIROS DIAS DE VIDA de autoria da aluna ITAMARA DAMAZIO MATOS foi examinado e avaliado pela banca avaliadora, sendo considerado APROVADO no Curso de Especialização em Linhas de Cuidado em Enfermagem – Área Saúde Materna, Neonatal e do Lactente.

_________________________________________

Profª Dra. Heloisa Helena Zimmer Ribas Dias

Orientadora da Monografia

_______________________________________

Profa. Dra. Vânia Marli Schubert Backes

Coordenadora do Curso

_____________________________________

Profa. Dra. Flávia Regina Souza Ramos

Coordenadora de Monografia

ARACAJU (SE) 2014

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AGRADECIMENTOS

Ao nosso Pai Celeste pelo dom da vida. Por me tornaste capaz de chegar até aqui. Por tudo que sou e por tudo que tenho. A Tua divina presença na minha vida é que me faz ter sempre fé e acreditar num amanhã cada fez melhor.

A minha mãezinha querida por acreditar sempre em mim. Pelos cuidados com Louise e ficando com ela durante minhas ausências. Te amo!

Ao meu paizinho querido que mesmo ausente trás sentido à minha vida, pois seus ensinamentos são eternos. Sempre vou te amar!

Ao maior presente que Deus poderia me dar, minha querida Louise (Minha Lolo!). Filha, você é tudo que sempre desejei nesta vida. Em você encontro forças para lutar e acreditar que tudo vai dar certo. Mamãe te ama!

As minhas irmãs Marta e Kátia por estarem sempre ao meu lado torcendo, acreditando que tudo vai dar certo. Amo vocês!

Aos meus amados sobrinhos João Carlos e Maria Caroline (Carolzinha). Nosso amor é incalculável. Tia Aia sempre! Amo vocês!

Aos colegas e amigos, Maiko, Márcia Estela, pela força e materiais didáticos ofertados. Em especial a Débora e Val pelos constantes incentivos e apoios. Muito obrigada! A toda a equipe do curso de Especialização da Linha de Cuidados em Saúde Materna, Neonatal e do Lactente. Destacando os excelentes conteúdos o que foram muito favoráveis à conclusão dos trabalhos. Em particular a Heloisa Helena pelo constante incentivo, atenção e paciência. Sempre com palavras estimulantes e fortes para que ninguém desistisse. OBRIGADA!

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO... 7....

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA... 8...

3 MÉTODO... 9...

4 RESULTADO E ANÁLISE... 10

4.1HISTÓRIA DO ALEITAMENTOMATERNO NO BRASIL E NO MUNDO ... 10

4.2 IMPORTÂNCIA E VANTAGENS ... 11

4.3 A DECISÃO DE AMAMENTAR ... 1224.4 INFLUÊNCIAS EXTERNAS ... 13

4.5 DIFICULDADES DO ALEITAMENTO MATERNO ... 14

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS... 16

REFERÊNCIAS... 17

RESUMO

Estudo desenvolvido com o objetivo de identificar as dificuldades do aleitamento materno exclusivo nos primeiros dias de vida em um município do Estado de Sergipe

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bem como apresentar condições que facilitem a amamentação, além de incentivar o aleitamento exclusivo das mamães que já realizam essa prática. O interesse por tal tema surgiu por constituir as dificuldades, as principais causas do desmame precoce e da introdução do leite artificial ainda nas primeiras semanas pós-parto. A história do aleitamento materno já retratava os índices alarmantes de morbidade e mortalidade infantil entre altos e baixos momentos no decorrer de décadas. Os avanços nas descobertas dos valores nutricionais do leite humano, dos benefícios para o crescimento e desenvolvimento infantil e para a saúde materna foram evoluindo positivamente à amamentação. Trabalhar as dificuldades desde a gestação tem sido o foco primordial para o sucesso do aleitamento materno, estando na decisão da mulher a escolha de qual maneira amamentar o seu filho. Foi possível perceber a necessidade da educação continuada, assim como a supervisão por parte dos profissionais de saúde diante das práticas trazendo satisfação mútua aos atores principais e coadjuvantes dessa prática alimentar. Este estudo destaca a importância da participação dos profissionais da saúde no processo de empoderamento da mulher em querer e como amamentar, a necessidade de supervisão dos mesmos junto às mulheres e comprova a necessidade de realização de educação continuada.

INTRODUÇÃO

Este trabalho procura identificar as dificuldades para a prática do aleitamento materno exclusivo nos primeiros dias de vida do recém-nascido em uma determinada área de

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abrangência assistida por uma equipe da Estratégia de Saúde da Família, localizada em um município da 1ª Regional do Estado de Sergipe.

O interesse por este tema surgiu devido ao elevado número de crianças em aleitamento misto ou artificial nos primeiros meses de vida. O desmame precoce ou a não introdução do aleitamento materno exclusivo durante o puerpério são condições que impossibilitam uma prática alimentar adequada e eficiente durante os primeiros meses de vida de uma criança. O Ministério da Saúde preconiza o aleitamento materno exclusivo até o sexto mês de vida e a partir de então, a introdução de outros alimentos com a amamentação até os dois anos ou mais. Os índices de morbimortalidade infantil reduziram com a atuação da prática do aleitamento materno exclusivo, porém esses números ainda são muito altos. Tais resultados partem de uma alimentação deficiente ou indevida que repercute nas diversas classes sociais do Brasil e do mundo.

Os valores nutricionais, bem como afetivos que a amamentação pode oferecer ao binômio mãe-filho precisam de abordagens, divulgações constantes por todos que estão direcionados a assistência à saúde desde o pré-natal. A enfermagem é capaz de oferecer subsídios antes que o problema se faça presente e\ou durante. A intervenção se faz necessária, visto que promove melhorias nos resultados sendo possível perceber a satisfação daqueles que almejavam o sucesso da amamentação.

OBJETIVO GERAL

Identificar as dificuldades para a prática do aleitamento materno exclusivo nos primeiros dias de vida.

OBJETIVOS ESPECIFICOS

Proporcionar condições que facilitem o aleitamento materno exclusivo. Incentivar puérperas que desejam iniciar a prática do aleitamento materno.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Este trabalho teve como base a leitura e estudo em referências bibliográficas no tema Aleitamento Materno. Assim como a vivência no dia a dia de trabalho. A prática com grupos

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de gestantes acompanhas no pré-natal, puérperas, visitas e atendidas no consultório de enfermagem favoreceram e despertaram o interesse em buscar e desenvolver ações que incentivassem a prática da amamentação.

Durante as avaliações mensais da equipe os dados informados pelas Agentes Comunitárias de Saúde eram que a alimentação, principalmente nos menores de 0 a 3 meses já eram de um aleitamento misto. Esses dados crescentes precisavam mudar.

A intervenção de enfermagem possibilitou mudanças positivas nos resultados apresentados nos meses subsequentes no processo de avaliação.

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3 MÉTODO

Este trabalho objetiva identificar as dificuldades do Aleitamento Materno Exclusivo nos primeiros dias de vida do recém-nascido. O público participante foram mulheres das diversas faixa-etárias, primíparas ou multíparas de uma área da Estratégia de Saúde da Família (ESF) em um município da 1ª regional do Estado de Sergipe.

As informações foram adquiridas por meio de observações e queixas relatadas durante as visitas puerperais entre o segundo e quinto dia do pós-parto. As puérperas foram visitadas dentro das quatro micros áreas de abrangência da equipe, pela Enfermeira da área juntamente com a Agente Comunitária de Saúde no ano de 2012. Os dados necessários foram registrados em papel A4, pela Enfermeira, após conclusão das visitas. As mulheres foram informadas das suas participações. Houve o consentimento livre e esclarecimento às participantes.

Todas as dificuldades foram analisadas com o propósito de intervir nas práticas diárias da população assistida, desde as consultas de pré-natal até as consultas puerperais. Evitando assim o insucesso do Aleitamento Materno Exclusivo, tão fundamental para o crescimento e desenvolvimento infantil e o vínculo mãe e filho.

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4 RESULTADO E ANÁLISE

4.1 HISTÓRIA DO ALEITAMENTO MATERNO NO BRASIL E NO MUNDO

O Aleitamento Materno é uma prática existente há milênios. O conhecimento científico de seus benefícios à mãe e ao bebê e o conhecimento dos valores nutricionais de tal alimento não eram o foco dessa prática.

Na década de 60 foi possível perceber o desmame precoce nas classes sociais o que promoveu sérias consequências para a vida de muitas crianças. O número de mortalidade e morbidade infantil cresceu principalmente na classe mais pobre. Doenças como diarreia, infecções respiratórias e desnutrição foram frequentes devido a não prática da amamentação ou o desmame precoce.

Muitos fatores (PALMER, 1988) podem ser apontados como responsáveis pelo desmame precoce que assolou o mundo nos séculos XIX, XX e continuam presentes neste século: o movimento higienista introduziu rotinas hospitalares de separação impeditivas do início do aleitamento natural ao nascimento, o uso de berços, a limpeza dos mamilos, os horários fixos e a abolição das mamadas noturnas; o empoderamento dos médicos nos cuidados com as crianças, com suas crenças que o hábito de amamentar debilitava a saúde das mães; a desvalorização do saber das mulheres que levou à perda dos conhecimentos sobre a posição e a pega no seio; a revolução industrial com a entrada em massa das mulheres no mercado de trabalho; e o avanço das estratégias de marketing das empresas de alimentos infantis que incentivavam o uso da alimentação artificial.

A amamentação passou a ter crescente substituição pelo leite artificial. O marketing é até os tempos atuais, forte incentivador.

O apoio de profissionais de saúde com benefícios próprios diante do incentivo ao alimento artificial foi por anos presente em muitos países. Outros profissionais, além de pediatras, têm sido envolvidos com brindes, presentes e patrocínios, como por exemplo, os fonoaudiólogos e os nutricionistas, e novas formas de marketing estão surgindo, como os anúncios pela internet, CDs e DVDs, jornais eletrônicos, boletins, etc. (Ministério da Saúde, 2009).

A partir da década de 70 os estudos em relação aos benefícios do leite materno tomaram rumos, principalmente no que se referia aos valores nutricionais e imunológicos. As descobertas científicas como consequência das investigações, ampliaram os conhecimentos podendo mostrar melhorias no crescimento e desenvolvimento infantil.

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O leite humano é muito mais do que um simples conjunto de nutrientes: pela sua complexidade biológica é uma substância viva ativamente protetora e imunomoduladora. O resultado mais evidente é a menor morbimortalidade em crianças amamentadas ao seio em comparação com os alimentos artificialmente, com impacto particularmente dramático com comunidades pobres. (LEÃO, 1998).

No Brasil, os incentivos ao aleitamento materno passaram a ter participação da Sociedade Brasileira de Pediatria por meio de muitas divulgações. Os profissionais de saúde passaram a conhecer os efeitos benéficos do leite humano. As mães iniciaram práticas com auxílio, apoio, incentivos desses profissionais que passaram a defender a prática do aleitamento.

Aos poucos, com a constante divulgação de palestras, conferências e com a realização de encontros, a princípio com a participação de pediatras, inúmeros outros profissionais começam a se reunir aos médicos para lutar em defesa da lactação natural. Começam a aparecer muitos trabalhos escritos por enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais, colaborando e dando importante contribuição ao desenvolvimento destas atividades. No final da década de 70, aos poucos, o governo começa a participar, principalmente depois de uma primeira reunião ocorrida em Brasília, por volta de 1979, patrocinada pela OPAS e com a participação da Unicef, em que profissionais de toda América Latina vieram discutir as questões do aleitamento materno (REGO, 2009).

4.2 IMPORTÂNCIA E VANTAGENS

A importância e vantagens da amamentação são fundamentadas em investigações científicas que permanecem até nossos dias. O conhecimento da anatomia e fisiologia da amamentação pôde proporcionar mais pesquisas que identifiquem seus benefícios para o binômio mãe-filho.

A produção do leite depende de hormônios que atuam de maneira sequencial desde o início da gestação até o pós-parto. E é nas primeiras horas do pós-parto onde ocorre a diminuição nos níveis de progesterona e aumento nos níveis de prolactina induzindo assim a produção do primeiro leite, o colostro. Presente na primeira semana após o parto, o colostro apresenta coloração amarelada com composição ideal para os primeiros dias do recém-nascido. Riquíssimo em proteínas, além de maior concentração de minerais. Componentes essenciais para promover o crescimento e o sistema imunológico da criança.

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Entre as inúmeras vantagens do Aleitamento Materno está a praticidade. Ele já sai pronto, na temperatura ideal e sua quantidade está associada a frequência da amamentação. É mais econômico e contém os nutrientes necessários de acordo com a idade do recém-nascido. Contribui para o crescimento e o desenvolvimento infantil, além da formação do vínculo afetivo entre mãe e filho. Previne infecções gastrointestinais, respiratórias, urinárias e alergias. Estimula a maturação dos sistemas digestivo e neurológico. O aleitamento materno também constitui vantagens maternas como a involução mais rápida do útero, previne doenças como o câncer de mama, além de prevenir uma outra gravidez se aleitamento exclusivo até o sexto mês de vida do bebê.

(REGO, 2009) A despeito de todas as vantagens do leite humano, para uma amamentação bem-sucedida é preciso fazer uma boa preparação da mãe desde o início da gestação, sendo enfatizados os aspectos nutricionais e as vantagens do aleitamento materno, devendo-se encorajá-la a amamentar imediatamente após o parto.

4.3 A DECISÃO DE AMAMENTAR

O pré-natal é o período de importância para sensibilizar e preparar a futura mamãe para o ato de amamentar. O incentivo, a promoção e o apoio a lactação são fundamentais para a concretização de tal prática. Essas ações não devem partir apenas dos profissionais de saúde. É importante a participação da família e dos amigos. Porém, por mais que todos esses auxílios se façam presentes e em todas as fases de uma gestação e lactação, a decisão de amamentar é manifestada pela mulher.

Todos os cuidados e atenção prestados a nutriz devem existir e o quanto antes, mas a amamentação é uma ação única, que compete à mamãe.

(LEÃO, 1998) A decisão de amamentar é construída a partir das vivências da mãe e da relação com os conceitos e experiências de sua cultura e tradição, traduzidas em atitudes e opiniões com relação à amamentação. Na história recente, a amamentação tem sido vivida predominantemente com um fardo e atualmente passa a ser mais desejada. Uma das questões que se coloca é se as mulheres na realidade estão sendo socialmente condicionadas ao querer.

Nos tempos de hoje a mulher tem uma série de tarefas, ocupações que a divide e a obrigada a priorizar algumas ações ou atitudes. Há leis que protegem a mulher e beneficiam a lactação. A licença maternidade permite, a depender da instituição, quatro ou seis meses para o aleitamento materno.

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Nós profissionais de saúde somos responsáveis pela transmissão das informações e conhecimentos de modo a sensibilizar a futura mamãe ainda gestante e de forma bastante ética, sabendo ouvir e entender sempre que preciso. Durante o período do pré-natal temos muitas oportunidades para abordarmos o tema aleitamento materno. É importante que se inicie desde então. É possível envolver outros profissionais e os familiares.

(Manual de Aleitamento Materno, 2008) Acontecimentos ligados às práticas hospitalares durante o parto, no período do pós-parto imediato e durante a estada da mãe e do bebé no hospital podem influenciar positiva ou negativamente o estabelecimento da lactação e a duração do aleitamento materno. Aqueles fatores por si só, ou em interação uns com os outros, podem contribuir para o sucesso ou, pelo contrário, pôr em perigo a amamentação.

Chegar ao puerpério consciente, sensibilizada e determinada à prática da amamentação só trará benefícios a ambos. Lembrando que a presença da enfermagem deve acontecer sempre que necessário ou solicitado, visto que as dúvidas podem surgir mesmo com todo o preparo prévio e decisão mantida para a amamentação. E o fato de insucessos com gestações anteriores não indicam insucessos sempre.

4.4 INFLUÊNCIAS EXTERNAS

Ainda é muito comum presenciarmos muitas opiniões, sugestões, palpites e até exemplos sobre a alimentação infantil. Em especial dos recém-nascidos. Muitas mulheres, de diversas faixas etárias, primíparas que passaram por dificuldades e conseguiram alimentar seus filhos, multíparas onde sempre reforçam que alimentaram vários filhos com papas e hoje estão todos criados. “Não morreu nenhum porque não mamou!”. Opiniões, até mesmo paternas, muitas vezes já influenciadas pelos mais velhos ou porque acham que o bebê chora muito e precisa comer, então vão à procura dos leites artificiais. As visitas nos primeiros dias são outra situação onde se houve perguntas do tipo: O bebê está mamando? ; Dorme a noite toda?; Seu bebê chora muito? A maioria das perguntas já é imediatamente respondida pela própria pessoa que perguntou: “Os meus já iam logo pra mamadeira, meu leite era fraco!” ; “É! Porque os meus choravam e só se calavam quando eu dava a chupeta!”; “Dê um pouco de água porque pode ser sede!”. Essas eram e ainda são muitas influências colocadas por diversas pessoas e nos primeiros dias do puerpério. Momento em que a mulher precisa de apoio e não dúvidas.

O uso de bicos artificiais ou chupetas são práticas que não favorecem a amamentação. Os bicos confundem as crianças o que não beneficia a prática do aleitamento. A natureza é

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sábia, o leite materno vem completo, já possui água na sua composição. Não existe leite fraco!

O ambiente e o local onde a mãe irá amamentar o seu filho devem estar apropriados. Uma temperatura favorável, livre de ruídos e barulhos e a mamãe deve estar em uma posição bastante confortável. Evitando stress ou interrupções da mamada.

4.5 DIFICULDADES DO ALEITAMENTO MATERNO

O insucesso para a amamentação nos primeiros dias de vida do recém-nascido está diretamente relacionada as dificuldades comumente presentes nas primeiras semanas do puerpério. A fase de adaptação para o bebê e a família, em especial a mamãe é uma situação da qual todos irão vivenciar. E ter consciência deste processo natural é importante para o desempenho dos sucessos desejados.

Segundo, SCHMITZ, 2000 especialmente nos primeiros dias após o parto (do primeiro ao 15° dia aproximadamente) quando o processo de amamentação e o ritmo das mamadas se apresentam ainda instáveis, surgem alguns problemas que podem ser solucionados com medidas simples. Este período requer paciência, firmeza e, acima de tudo, conhecimento da fisiologia da lactação, tanto por parte do profissional de saúde como da nutriz. Este conhecimento é uma condição essencial para que a nutriz encare o fenômeno como passageiro e persista amamentando.

Entre as dificuldades que impossibilitam a amamentação está o ingurgitamento mamário. As mamas apresentam-se cheias de leite. É um processo natural.

(MINISTERIO DA SAÚDE, 2003) A apojadura (descida do leite) normalmente ocorre entre o 2o e o 5o dias após o nascimento do bebê e toda mãe deve ser orientada sobre a necessidade de se ordenhar o leite para auxiliar no esvaziamento da mama. Esse procedimento visa a diminuir o desconforto do ingurgitamento mamário e o risco de aparecimento de mastite.

O ato de esvaziar as mamas sempre que estiverem muito cheias antes das mamadas previne complicações e proporciona uma melhor condição da pega para a criança. Quando excessivamente cheias causam dor, desconforto, edemas, às vezes essas mamas ficam avermelhadas, além de aumento da temperatura corporal. Tais sinais e sintomas se persistirem após 24 horas podem levar a mastite.

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A mastite é a inflamação das mamas causada pelo excesso de leite que não é extraído, não é retirado das mamas causando os sintomas já citados no ingurgitamento. Seu tratamento requer mais atenção.

As rachaduras ou fissuras também são muito frequentes, manifestam-se através do rompimento da pele. A pega incorreta é a causa mais comum nos primeiros dias do puerpério. Cuidados como manter as mamas secas, não usar cremes ou pomadas também ajudam a prevenir as rachaduras.

A assistência prestada pela enfermagem desde o pré-natal e principalmente, durante o puerpério, leva a identificação precoce dos riscos do insucesso da lactação.

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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O interesse em trabalhar tal tema se faz presente por ser o aleitamento materno exclusivo, uma prática ainda difícil nas diversas classes sociais. A amamentação efetiva nos primeiros dias do recém-nascido é uma ação que vai atuar positivamente para o bebê e a mamãe. Prevenindo muitas doenças que levam a morbidade e mortalidade de nossas crianças. A intervenção da enfermagem diante das dúvidas e dificuldades deve existir, desde a maternidade com uma atuação ainda mais efetiva e continuada através das visitas domiciliares. Identificar precocemente e promover soluções são o grande dever e desafio de nós enfermeiros.

Acredita-se que uma maior sensibilização e comprometimento por parte de todas as categorias que está direta e indiretamente assistindo a gestante e a puérpera possa trazer melhorias nos índices ainda elevados de mortes infantis. Assim como maior humanização em todas as assistências prestadas. Lembrando sempre que a vontade e decisão da mulher devem ser respeitadas.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde: Sociedade Brasileira de Pediatria. Amamentação: muito mais do que alimentar a criança. 2003.

BRASIL. Ministério da Saúde. Pacto pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. Disponível em: <http:// dtr 2002.saude.gov.br/proesf/Site/Paginas/ pactos.htm>. Acesso em: 16 mar. 2011.

BRASIL. Ministério da Saúde. FEBRASGO. Parto, Aborto e Puerpério. Assistência Humanizada à Mulher. Brasília, DF. 2001.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. A legislação e o marketing de produtos que interferem na amamentação: um guia para o profissional de saúde. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.

LEÃO, E. et al. Pediatria Ambulatorial. 3ª ed. Belo Horizonte: Cooperativa Editora e de Cultura Médica, 1998.

REGO, J. D. Aleitamento Materno. 2ª edição. São PAULO: Editora Atheneu, 2009.

SCHMITZ, E.M.R. et al. A Enfermagem em Pediatria e Puericultura. São Paulo: Editora Atheneu, 2000.

SILVA, A. Amamentar: uma questão de assumir riscos ou garantir benefícios. São Paulo (SP): Robe Editorial; 1997.

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