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Biblioteca Digital do IPG: Relatório de Estágio Curricular – Centro de Acolhimento Temporário Infantil do Pombal (Leiria)

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e Comunicação da Guarda

IPG

Centro de Acolhimento Temporário Infantil de

Pombal

Relatório de Estágio

2010

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Ficha Técnica

Nome: Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Organização:

Associação de Pais e Educadores de Infância - Centro de Acolhimento Temporário Infantil

Distrito: Leiria Localidade: Pombal

Código Postal: 3100-538 Pombal - Rua Mãe Água, lote 3 Tutora da Organização: Sandrina Mota

Duração: 3 meses

Datas: 6 de Julho de 2010 a 6 de Outubro de 2010

Curso: Licenciatura em Animação Sociocultural Instituto Politécnico da Guarda

- Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda Orientador de Estágio: Nelson Clemente Santos Dias Oliveira

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olhares de esperança e alegria de viver. Com amor, dedico também aos meus familiares e amigos,

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Agradecimentos

 Agradeço à Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto da Guarda pela disponibilidade e compreensão.

 Um enorme agradecimento ao Orientador do curso, Dr. Nelson Oliveira que me acompanhou, orientando-me da melhor forma para a realização de um bom trabalho.

 Agradeço à APEPI por me ter recebido nesta instituição de tão grande prestígio.

 Um agradecimento especial à minha Supervisora de estágio, Dr.ª Sandrina Mota que me acompanhou neste percurso, muito enriquecedor a nível pessoal e profissional.

 Ao psicólogo Dr. Alfredo Meireles por toda a atenção, apoio e conselhos que incansavelmente me deu.

 O apoio e os conselhos de todos os funcionários da instituição que me apoiaram em todas as actividades e disponibilizaram todo o conhecimento acerca das crianças e do funcionamento da própria instituição.

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Índice de Figuras ... V Índice de Gráficos ... VI Índice de Tabelas ... VII

Introdução ... 1

CAPÍTULO 1- CONTEXTO INSTITUCIONAL ... Erro! Marcador não definido. 1.1. Localização Geográfica ... 3

1.2. Acessibilidades e Redes de Transporte ... 4

1.3. Descrição Económica e Social ... 5

1.4. Identificação da Instituição ... 6

1.5. Breve historial da instituição ... 6

1.6. Respostas Sociais ... 9

1.7. Centro de Acolhimento Temporário e Infantil de Pombal ... 12

CAPÍTULO 2: ENQUADRAMENTO DA ANIMAÇÃO SOCIOCULTURAL ... 16

2.1. Características e Objectivos da ASC ... 16

2.2. O Animador Sociocultural ... 19

2.3. A Animação Sociocultural no Contexto da Infância ... 21

CAPÍTULO 3: OESTÁGIO EM CONTEXTO INSTITUCIONAL ... 26

3.1. Início do Estágio ... 26 3.2. Objectivos Gerais ... 27 3.3. Actividades Desenvolvidas ... 28 Reflexão Final ... 34 Bibliografia: ... 36 Netgrafia: ... 37 Legislação ... 38 Apêndice ... VIII Anexos ... IX

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Índice de Figuras

Figura 1- Castelo de Pombal. ... 3

Figura 2- Pombal no mapa de Portugal. ... 3

Figura 3- Mapa Composto Pelas Freguesias de Pombal. ... 4

Figura 4- Cidade de Pombal. ... 5

Figura 5- Sede da APEPI. ... 6

Figura 6- Centro de acolhimento Temporário e Infantil de Pombal ... 12

Figura 7 – Praia do Osso da Baleia, Pombal. ... 30

Figura 8- Vista exterior das Piscinas Municipais de Pombal ... 31

Figura 9 – Poster do Champimóvel Bodo 2010 ... 31

Figura 10- Poster do filme "Chovem Almôndegas!". ... 31

Figura 11- Museu do marquês de Pombal. ... 32

Figura 12- Museu de arte Popular de Pombal ... 32

Índice de Gráficos

Gráfico 1- Esquema de âmbitos da ASC ... 18

Gráfico 2- Esquema dos princípios da animação Infantil ... 23

Índice de Tabelas

Tabela 1- Cronologia de acontecimentos ... 8

Tabela 2- Cronograma de Actividades ... 28

Tabela 3- Actividades organizadas por áreas ... 30

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AI- Animação Infantil

APEPI- Associação de Pais e Educadores para a Infância Artgs - artigos

ASC- Animação Sociocultural ATL- Animação de Tempos Livres

CAT- Centro de Acolhimento Temporário e Infantil CAV- Centro de Apoio à Vítima

CIG- Comissão para a Cidadania e Igualdade

CPCJ- Comissão de Protecção de Crianças e Jovens CRP – Constituição da República Portuguesa CSDC – Convenção Sobre os Direitos da Criança Dr. Doutor

Dr.ª -Doutora

GAVV- Gabinete de Apoio ao Cidadão Vítima de Violência IPG- Instituto Politécnico da Guarda

IPSS – Instituição Particular Solidariedade Social LS- Loja Social

P.ex.- Por exemplo

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Associação de Pais e Educadores para a Infância

Centro de Acolhimento Temporário e Infantil

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 1

Introdução

O estágio é um período essencial no percurso académico. É uma nova etapa da vida do estudante porque permite o encontro salutar entre a teoria e a prática. Tem como principal finalidade a consolidação e articulação dos conhecimentos adquiridos, a construção de um perfil profissional, através da aquisição de atitudes e valores com vista à aprendizagem de novas experiências práticas e em contexto real. É neste cenário que se faz o primeiro contacto real com situações com que estamos apenas habituados na teoria. É portanto a altura de assimilar, de errar, e de principalmente aprender a trabalhar em equipa e crescer como profissional.

Assim, o presente relatório de estágio, consiste num instrumento de avaliação e auto-avaliação do trabalho realizado ao longo estágio e relevante para a conclusão da Licenciatura de Animação Sociocultural (ASC) na Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) do Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

O estágio foi realizado no Centro de Acolhimento Temporário e Infantil de Pombal, resposta social da APEPI – Associação de Pais e Educadores para a Infância. Teve início a 6 de Julho de 2010 e terminou a 6 de Outubro de 2010, com um total de 3 meses e 9 horas por dia como supervisora tive a Dr.ª Sandrina Mota e orientador o Dr. Nelson Oliveira.

Para uma melhor compreensão e exposição dos conteúdos, o relatório estrutura-se em três capítulos. No primeiro capítulo será feita uma caracterização do contexto institucional composto por dois pontos, primeiro será feito uma breve referência ao concelho de Pombal, seguindo-se o enquadramento institucional e a caracterização do local de estágio. No segundo capítulo é realizado o enquadramento teórico, onde se procuram enunciar as várias definições referentes às características e objectivos da Animação e Animador Sociocultural, bem como a definição e os princípios que orientam a Animação Infantil. Para finalizar no terceiro capítulo será feito um relato com a descrição e análise pormenorizada das actividades desenvolvidas ao longo do estágio, acompanhados com os principais objectivos (ver apêndice I).

Em forma de conclusão, encontra-se uma reflexão crítica na qual são expostas as aprendizagens e experiências efectuadas, bem como, as dificuldades vividas no decorrer do estágio. É também apresentada a minha opinião pessoal do que foi vivenciado ao longo deste tempo.

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 Concelho de Pombal  Associação de Pais e Educadores de Infância  Centro de Acolhimento Temporário e Infantil de Pombal

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Neste capítulo irei fazer uma abordagem acerca da instituição onde realizei o estágio, Centro de Acolhimento Temporário Infantil, assim como o meio em que esta se insere. Através da descrição do Concelho de Pombal, seguindo-se com o enquadramento institucional.

1.1. Localização Geográfica

Pombal é concelho e cidade com grandes histórias e grandes recursos. Também foi nesta cidade que realizei o estágio no Centro de Acolhimento Temporário e Infantil, uma das valências da Associação de Pais e Educadores para a Infância, que como tantas outras valências tem um grande papel no bem-estar da população do concelho e arredores de Pombal.

Pombal é uma terra de história, de lendas e de gente ilustre. Segundo informação retirada no portal da internet da Câmara Municipal de Pombal e do Portal de Turismo de Leiria, é a terra do grande Marquês de Pombal, historiador e escritor João de Barros, do político Mota Pinto, da poetisa Martel Patrício, do médico e escritor Amadeu da Cunha, entre tantos outros.

Sendo difícil situar o aparecimento do primeiro aglomerado populacional, não restam, no entanto, dúvidas quanto à presença dos romanos na região de Pombal, tendo em conta as moedas encontradas nas obras de restauro do Castelo (Ver fig.1).

O Concelho de Pombal situa-se na região Centro Litoral, a Noroeste do distrito de Leiria, distando cerca de 160 km dos centros de Lisboa e do Porto, aos quais se ligam pela auto-estrada. Estende-se do Oceano Atlântico ao Rio Nabão, abrangendo uma área total de cerca 640 Km2 Confina a Norte com os concelhos de Ansião e de

FIGURA 1-Castelo de Pombal.

Fonte: www.castelosportugal.blogspot.com

FIGURA 2- Pombal no mapa de Portugal.

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 4 Alvaiázere, a Sul com os concelhos de Leiria e de Vila Nova de Ourém e a Oeste com o Oceano Atlântico (Ver fig. 2).

O concelho de Pombal é composto por 17 freguesias: Albergaria dos Doze, Almagreira, Carnide, Carriço, Louriçal, Mata Mourisca, Pelariga, Redinha, Santiago de Litém, São Simão de Litém, Vermoil, Vila Cã, Meirinhas, Guia e Ilha (Ver fig. 3). Este é considerado o maior concelho do distrito em superfície e o segundo mais populoso (ver

anexo I), tem por sede de concelho a cidade de Pombal.

FIGURA 3- Mapa Composto Pelas Freguesias de Pombal.

Fonte: www.concelhodepombal.com

1.2. Acessibilidades e Redes de Transporte

Esta região caracteriza-se por uma grande acessibilidade em termos potenciais segundo o site da Câmara Municipal de Pombal, nela passam as grandes vias nacionais e ferroviárias. Proporciona assim uma fácil ligação entre o distrito de Leiria e o Distrito de Coimbra, o que faz com que a cidade de Pombal se encontre bem localizada.

Pombal, também se encontra bem servido pelas Linhas Ferroviárias do Norte e do Oeste, bem como pelo eixo Norte-Sul. A cidade de Pombal (sede do concelho) encontra-se a cerca de 150 km das cidades de Lisboa e Porto, a 33 km de Coimbra, a 26 km de Leiria.

Ou seja, em termos de direcções, este é atravessado pelo eixo Norte-Sul pela Auto-estrada entre Porto e Lisboa (A1), pelo IC2 (EN1), pelo IC1 e pela Auto-Auto-estrada do Atlântico já construída (N242).

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1.3. Descrição Económica e Social

Globalmente, Pombal é um território em profunda transformação da base económica, um concelho que tem registado uma diversidade e modernização significativa (Ver fig. 4). Nas últimas décadas, sobretudo na transição da década de 80 para a década de 90, beneficiando do facto de ser atravessado por alguns dos principais eixos de acessibilidade do país, quer em termos rodoviários, quer em termos ferroviários (referidos anteriormente), tem-se assistido a várias transformações associadas à fixação de algumas polarizações industriais, sobretudo, à criação da Zona Industrial da Formiga, que pela sua elevada concentração industrial, contribui para a existência de outras zonas industriais denominadas por Parque Industrial Manuel da Mota e de, inclusive, outras zonas industriais na sua freguesia, como por exemplo, Louriçal, Albergaria dos Doze e Redinha.

O emprego é dominado pelos sectores secundários e terciário, seguindo-se o sector agrícola. Quase todas as freguesias têm revelado dinâmicas demográficas positivas, em consonância com um crescendo de industrialização sustentado pela melhoria progressiva das acessibilidades. O turismo surge como uma actividade com fortes potencialidades, que passam pelo investimento em equipamentos, capazes de desenvolver sectorialmente o turismo urbano, rural e outros com valor paisagístico.

O concelho de Pombal manifesta, assim, dinamismos de progresso económico que estão articulados a uma larga transformação do tecido produtivo local, no qual cada vez mais se afirma uma modelação industrial e urbana. O momento que Pombal vive, indica oportunidades que importa agarrar, na senda da realização de intervenções integradas, negando o isolacionismo dos agentes, das estratégias e das acções no tecido concelhio, dando visibilidade e clareza à estratégia de fundo do seu desenvolvimento e estimulando a participação dinâmica dos diversos agentes administrativos, económicos, sociais e culturais activos.

A actuação do Município de Pombal, segundo o site desta instituição, pretende reunir as condições necessárias à implementação desta estratégia, apostando nas várias vertentes:

FIGURA 4- Cidade de Pombal.

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 6 cultural, educacional, social, ambiental, desportiva e económica e investindo em condições e equipamentos capazes de a promover.

A configuração desta estratégia global, na qual os vários actores revêem as suas estratégias específicas e sentem envolvidos pelo mesmo espírito, vem ao encontro da preocupação geral em ultrapassar problemas e condicionantes, aproveitar potenciais e oportunidades e, globalmente, gerar e ancorar factores de progresso e sinergias, no sentido de um desenvolvimento sustentado, participado pelos cidadãos, instituições e empresas, aglutinador de vontades e gerador de bem-estar, fazendo globalmente de Pombal, um concelho de inovação e modernidade, onde se deseja viver e criar progresso.

1.4. Identificação da Instituição

A Associação de Pais e Educadores para a Infância (APEPI), segundo o próprio site da instituição, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), sem fins lucrativos, que visa sobretudo apoiar a primeira e segunda infância, contribuindo, desta forma, para o desenvolvimento integral das crianças (ver fig. 5).

Segundo o documento interno, pretende apoiar

também a família de modo a permitir a conciliação da vida profissional dos pais com um correcto acompanhamento das crianças; apoiar as crianças em situação de risco social; apoiar mulheres vítimas de violência doméstica, e ainda, apoiar adolescentes grávidas sem enquadramento familiar. A sede situa-se no Largo do Arnado, na freguesia e concelho de Pombal. Toda a sua acção é exercida no âmbito do concelho de Pombal e também, dependendo das respostas sociais em questão, em torno de todo o país.

1.5. Breve historial da instituição

Em Junho de 1981, um grupo de elementos da população do concelho de Pombal, composto por técnicos de vários serviços e pessoas particulares, reuniram-se para criar a Associação que, após constituída, seria suporte jurídico de uma Creche e Jardim-de-infância, na medida em que na freguesia de Pombal não existia nenhuma instituição com este tipo de respostas.

FIGURA 5- Sede da APEPI.

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No dia 20 de Outubro de 1981, foram registados no Cartório Notarial de Ansião os estatutos da referida Associação, APEPI, com sede na cidade e freguesia de Pombal, propondo-se como objectivo, manter ou realizar actividades de Creche, Jardim-de-infância e Ocupação de Tempos Livres.

Em 11 de Fevereiro de 1982,a APEPI foi registada pela Direcção da Segurança Social, como IPSS.

Em Junho de 1991, a Instituição confrontada com os índices de crianças privadas de um meio familiar “normal”, implementou o Centro de Acolhimento Temporário e Infantil de Pombal (CAT).

No dia 1 de Setembro de 1997, a mesma Direcção, consciente do elevado número de crianças que anualmente ficavam em lista de espera, por não terem lugar na Creche Institucional, dinamizou, na freguesia de Pombal, uma Creche Familiar, actualmente composta por 16 amas, abrangendo um total de 80 crianças.

No mês de Junho em 2001, a APEPI, face à crescente problemática do fenómeno da Violência Doméstica, criou a Casa de Abrigo, com o intuito de acolher, temporariamente, mulheres com ou sem filhos, em situação de risco ou exclusão social, de âmbito nacional. Em Setembro de 2003, começou a funcionar o Departamento de Formação Permanente, que visa, principalmente, a actualização e aperfeiçoamento profissional dos funcionários e utentes.

No ano 2004, em Abril, abriu o Gabinete de Apoio ao Cidadão Vítima de Violência (GAVV), que tem como objectivo principal, informar, encaminhar e dar apoio psicossocial às vítimas de violência. Em Março de 2006, entrou em funcionamento o Centro de Apoio à Vida – “A Cegonha” (CAV), na tentativa de dar resposta à problemática das mulheres ou adolescentes sem enquadramento familiar, grávidas ou com filhos recém-nascidos.

Em Maio de 2010, começou a funcionar mais um serviço prestado pela APEPI, para ajudar a comunidade carenciada, a Loja Social – Compras Felizes (Ver Tabela 1).

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TABELA 1- Cronologia de acontecimentos.

Fonte: Elaboração Própria

Como qualquer outra instituição, a APEPI dispõe de alguns recursos materiais e humanos para que se alcancem os objectivos pretendidos. Como recursos materiais, a APEPI dispõe de um edifício sede para a valência de Creche e Jardim-de-Infância. São também propriedade da APEPI, três carrinhas que têm como objectivo transportar as crianças do Centro de Acolhimento, apoiar a creche familiar, meio de transporte para consultas das utentes do C.A.V. nomeadamente para os hospitais de Leiria e/ou Coimbra, bem como para a prestação de outros serviços. Relativamente aos recursos humanos, a APEPI conta com os corpos sociais e respectivos funcionários afectos à APEPI.

• Creche e Jardim-de-infância; Junho de 1981

• APEPI (Creche, Jardim-de-infância e Ocupação de Tempos Livres).

Outubro de 1981

• IPSS. Fevereiro de 1982

• Centro de Acolhimento Temporário e

Infantil de Pombal (CAT).

Junho de 1991

• Creche Familiar Setembro de 1997

• Casa de Abrigo Junho de 2001

• Departamento de Formação Permanente Setembro de 2003

• Gabinete de Apoio ao Cidadão Vítima de

Violência (GAVV),

Abril de 2004

• Centro de Apoio à Vida – “A Cegonha” (CAV)

Março de 2006

• Loja Social – Compras Felizes. Maio de 2010

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1.6. Respostas Sociais

A instituição sede, APEPI, atenta às necessidades sociais locais, criou as seguintes respostas sociais, que descrevo seguidamente, com base no próprio site da instituição:

 Creche Institucional - que abrange crianças dos 3 meses aos 3 anos de idade, com capacidade para 35 crianças, divididas por 3 salas (berçário, sala de 1 ano e sala dos 2 anos), funciona para proporcionar à criança cuidados individualizados e estimulantes ao seu desenvolvimento integral;

 Jardim-de-Infância, Educação Pré-escolar - funciona para dar formação, educação e cuidados, abrangendo crianças dos 3 aos 6 anos, com capacidade para 75 crianças, distribuídas por 3 salas;

 Creche Familiar “Arco-Íris” - composta por vinte amas para um conjunto de 80 crianças; A Creche Familiar destina-se a crianças com idades compreendidas entre os 4 meses e os 3 anos. As amas, que cuidam das crianças nas suas próprias casas, são devidamente enquadradas e apoiadas pelo pessoal técnico da Instituição, através de visitas regulares e formação contínua.

 Centro de Acolhimento Temporário e Infantil (C.A.T.) - é uma resposta social de acolhimento urgente e transitório de crianças em situação de risco. Tem capacidade para 15 crianças dos 0 aos 12 anos de idade; acolhe temporariamente crianças em situação de risco: maus-tratos, abandono, negligência ou outros factores que as privam do seu meio familiar regular.

 Casa de Abrigo para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica (2001) - destinada a acolher temporariamente Mulheres Vítimas de Violência Doméstica privadas do seu meio familiar. Tem capacidade para 12 utentes, incluindo os filhos das mesmas, em situação de risco ou exclusão social e com âmbito nacional. A Casa de Abrigo presta assim apoio nos diversos níveis: a nível jurídico-legal, psicológico, social, profissional, cuidados de saúde, educativo e escolar e promoção e desenvolvimento de actividades sócio recreativas.  Centro de Apoio à Vida “A Cegonha” (CAV) - destina-se a acolher mulheres ou

adolescentes grávidas ou com filhos recém-nascidos e /ou descendentes menores sem enquadramento familiar, que se encontram vulneráveis emocional e/ou socialmente.

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Paralelamente dispõe de outros serviços como:

 Departamento de Formação Permanente - destinado à actualização e aperfeiçoamento profissional dos funcionários e utentes, à formação de uma Escola de Pais. Estabelece parcerias de formação com outras instituições do concelho, como entidade promotora e formadora de acções de formação de modo a permitir uma permanente actualização de conhecimentos científicos individuais;

 Centro de atendimento/acompanhamento social;

 Gabinete de Apoio ao Cidadão Vitima de Violência Doméstica;

 O GAVV tem por objectivo principal: informar, encaminhar e dar apoio psicossocial às vítimas de violência e se necessário o encaminhamento para Instituições/Serviços da comunidade conforme as problemáticas apresentadas pelas próprias vítimas. O apoio prestado é de carácter gratuito, especializado, personalizado e confidencial de acordo com as necessidades de cada utente. O gabinete funciona na Câmara Municipal de Pombal e encontra-se aberto às segundas e quintas-feiras das 9h30 até às 12h30. O primeiro contacto poderá ser realizado pela própria vítima, por amigos ou vizinhos, familiares ou por entidades oficiais, no entanto, deverá ser feito de forma presencial.

No que concerne à equipa técnica deste gabinete, o Município de Pombal cede uma Técnica Superior de Serviço Social que é a Coordenadora da Equipa do gabinete de Atendimento à Vítima de Violência, a APEPI cede uma Técnica Superior de Serviço Social durante as segundas-feiras e quintas-feiras uma Psicóloga.

Instituição Mediadora

É a instituição mediadora no âmbito do Programa Comunitário de ajuda Alimentar a carenciados faz a distribuição de géneros alimentícios às famílias carenciadas do Concelho.

 Loja Social, Ls - Compras Felizes

Foi no passado dia 17 de Maio de 2010 que a APEPI inaugurou mais um serviço para prestar à comunidade carenciada devidamente referenciada.

A loja Social - Compras felizes é um projecto que visa potenciar a criação de respostas mais adequadas aos problemas sociais, rentabilizando os recursos existentes. Esta tem como

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finalidade contribuir para a promoção e integração social do indivíduo, família e comunidade, estimulando a sua participação activa e privilegiando o trabalho em Rede com os parceiros locais.

A LS – Compras Felizes tem assim como objectivo, através da angariação de bens e prestações de serviços, suprir as necessidades imediatas de indivíduos/famílias carenciadas (os), nomeadamente os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI), idosos com fracos recursos económicos, bem como, crianças e jovens que apresentam necessidades básicas de subsistência. Pretende-se envolver um conjunto de entidades públicas e privadas, que mediante a concessão de donativos, contribuam decididamente para atenuar os efeitos da pobreza e exclusão social.

Parcerias:

Tendo em conta toda a dinâmica da APEPI sentiu-se a necessidade de estabelecer várias parcerias informais com outras entidades, tais como: Câmara Municipal de Pombal, CPCJ (comissão de protecção de crianças e jovens), Centro de Saúde de Pombal, entre outros. E um acordo de cooperação com o Centro Distrital de Segurança Social de Leiria.

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1.7. Centro de Acolhimento Temporário e Infantil de Pombal

O centro de Acolhimento Temporário e Infantil (CAT) é uma das valências da APEPI e também um equipamento social que tem a capacidade de acolher quinze crianças de ambos os sexos e preferencialmente crianças e jovens residentes no concelho de Pombal, é o que podemos constatar no Regulamento Interno da Própria Instituição

(Ver anexo II). Esta capacidade foi

estipulada, segundo o regulamento, no Acordo de Cooperação celebrado com o Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Leiria.

A estrutura física da CAT, é uma residência de tipo familiar (Ver fig. 6) que dispõe de recursos humanos, como respectivos funcionários e técnicos, recursos financeiros e materiais próprios. Esta situa-se na rua da Mãe de Água, em Pombal.

A construção do CAT só foi exequível graças aos apoios prestados pelo Lions Clube de Pombal e pela cedência de terreno e projectos por parte da Câmara Municipal de Pombal. As suas funções principiaram no dia 1 de Junho de 1991 que, curiosamente, coincide com o dia Mundial da Criança. Esta instituição funciona 24 sobre 24 horas, rege-se por um regime aberto, o que implica a livre entrada e saída de crianças, tendo apenas limitações as resultantes das necessidades educativas e da protecção dos seus direitos e interesses (ver anexo IV).

Sendo o CAT uma forma de apoio às crianças e às famílias, visa a prossecução dos seguintes objectivos:

a) Após o acolhimento, proceder ao despiste e diagnóstico dos aspectos mais carenciados de intervenção em termos de saúde, equilíbrio psico-afectivo, socialização e escolaridade;

b) Proporcionar à criança ou jovem durante o período de acolhimento uma vivência do tipo familiar;

c) Promover a definição do projecto de vida de cada criança ou jovem, em articulação com as entidades intervenientes no processo;

FIGURA 6- Centro de acolhimento Temporário e Infantil de

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d) Promover a integração da criança ou jovem na sua família biológica e comunidade em que esta se insere, sempre que tal se afigure possível.

Actualmente encontram-se treze crianças na instituição (ver apêndice III), em que parte das crianças têm laços familiares.

Dessa forma é necessário haver uma intervenção através de um conjunto de princípios orientados segundo o regulamento interno, como:

a) Centralizar a intervenção técnica na criança ou jovem, como ser em desenvolvimento, numa perspectiva global e multidisciplinar, favorecendo relações de proximidade entre as crianças ou jovens acolhidos, bem com os adultos profissionais com que eles lidam desenvolvendo um ambiente de confiança e afectividade;

b) Privilegiar a informação já disponível por outros serviços e entidades para a obtenção do diagnóstico da situação;

c) Nortear a intervenção pelo princípio do respeito e pela privacidade da criança ou jovem da sua família;

d) Partilhar em equipa a recolha de informação e sua análise;

e) Obedecer ao princípio da prevalência da criança ou jovem na família, atendendo em cada situação sequencialmente, às seguintes respostas:

 Regresso à família biológica: pelo tempo necessário à garantia do seu bem-estar;  Inserção numa família alternativa: privilegiando sempre que possível a adopção:

 Admissão em lar: que assegure um acompanhamento individual e uma integração social. f) Privilegiar a permanente interacção com a comunidade envolvente;

g) Não permanência no Centro de Acolhimento por período superior a seis meses.

Também é importante referir que as crianças podem receber visitas dos pais, representante legal ou quem tenha a sua guarda, durante as quintas-feiras ou fins-de-semana entre as 16h-17h e 17h-18h.

As refeições diárias são cinco, designadamente o pequeno-almoço às 8:30h, o almoço às 12:30h, o lanche às 16h, o jantar às 19h e a ceia às 21h. A higiene pessoal é feita entre as 18h e 19h.

O número total de funcionários no CAT são oito, no qual a maioria tem nível de instrução até ao terceiro ciclo do Ensino Básico (45%). O psicólogo, Dr. Alfredo Meireles

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 14 retêm uma Licenciatura em Psicologia e Pós-Graduação em Psicologia do Desenvolvimento

(Ver apêndice III).

Segundo um organograma da instituição (Ver anexo III), os funcionários e responsáveis são organizados segundo uma hierarquia, importante para uma boa organização e funcionamento da própria instituição. Nesta instituição existem funcionários que desempenham várias funções.

As actividades de lazer ou festivas são organizadas pela Técnica Superior de Serviço Social (Dr.ª Sandrina Mota), segundo a autorização da direcção e também apoiadas pelos auxiliares de Serviços Gerais e Psicólogo. Actividades como por exemplo:

 Festas de aniversário;

 Saídas para praias, teatro e etc.;

 Participação na Festa de Natal no Teatro Municipal de Pombal;

 Festejar o Carnaval com a participação no desfile de Carnaval nas ruas de Pombal;

Todo o empenho e dedicação por parte dos funcionários na instituição tendem a mostrar, através do afecto, um modelo educativo, proporcionando à criança um enriquecimento do seu mundo interior e da sua vida futura.

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 A Animação Sociocultural  Características de um Animador Sociocultural  A animação na Infância

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APÍTULO

2: E

NQUADRAMENTO DA

A

NIMAÇÃO

S

OCIOCULTURAL

O conceito de Animação Sociocultural é suportado por vários autores pretendendo encontrar uma definição mais próxima do que consiste e a sua importância, especialmente na infância onde se encontra o futuro da nossa sociedade. Para futuros animadores, é essencial saber qual o seu papel na sociedade e como interagir nela.

2.1. Características e Objectivos da ASC

"A Animação Sociocultural é um conjunto de práticas sociais que têm como finalidade estimular a iniciativa, bem como a participação das comunidades no processo do seu próprio desenvolvimento e na dinâmica global da vida sociopolítica em que estão integrados."

(UNESCO, 1997)

Através de uma certa exploração etimológica, animar consiste segundo o dicionário Língua Portuguesa Universal “num acto ou efeito de animar; vivacidade, entusiasmo; grande afluência de gente e determinada festa ou local”.

No entanto, é muito difícil delimitar a ideia e definir o conceito de Animação Sociocultural, como indica Barrado (1984; citado por Badesa, 1995:42), “é um fenómeno social muito amplo que abarca realidades muito diversas”. Ou seja, hoje o conceito de animação está difundido e utiliza-se com múltiplos significados de acordo com os seus âmbitos. No âmbito social e educativo o termo animação é mais que um estado de espírito, pois refere-se a processos de interacção com grupos centrados em actividades de âmbito cultural e à actividade profissional das pessoas e instituições que dirigem esses processos, destinados à ocupação do tempo de lazer. Desse modo, e de entre as múltiplas definições de Animação Sociocultural, parece-nos que a produzida por Ander-Egg (1986:125), e por ele considerada como incompleta, continua a ser um bom ponto de partida. Diz o autor, citado por Gouveia (2008:2) que a Animação Sociocultural pode ser entendida como “um conjunto de técnicas sociais que, baseadas numa pedagogia participativa, têm como finalidade promover práticas e actividades voluntárias que, com a participação activa das pessoas, se desenvolvem num seio de um grupo ou comunidade determinada, e se manifesta nos

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diferentes âmbitos das actividades socioculturais que procuram a melhoria da qualidade de vida.” Neste caso “a animação sociocultural é animar, dar sentido, mover, motivar, dinamizar, acompanhar, comunicar, ajudar a crescer, ajudando de alguma maneira a desenvolver, potenciar, capacitar. Parece mais um processo, através do qual a comunidade se converte em protagonista do seu próprio desenvolvimento”. Martin, (1988; citado por Badesa,1995:43) ou seja, deve existir uma íntima relação entre o plano educativo e o plano social, uma vez que a educação é condicionada e condiciona a sociedade. É nesta interacção entre sociedade e educação que o acto de animar deve assumir um papel de participação/acção, o que vai também ao encontro do defendido por Ander-Egg (2000; citado por Canto, 2008:5), que afirma que a educação permanente, para construir uma acção válida, deve ser complementada por acções de animação.

Segundo (Badesa, 1995: 51) a animação consiste numa vertente mais prática:  Um estímulo que incentiva as pessoas a iniciar uma gama de experiências;

 Uma acção ou conjunto de acções dirigidas à elaboração e desenvolvimento de um projecto essencialmente prático;

 Um elemento técnico que permite ajudar os indivíduos a tomar consciência dos seus problemas;

 Um conjunto de práticas sociais que estimulam a iniciativa e a participação da comunidade;  Tecnologia social baseada numa pedagogia participativa;

 Transformação social e processo de liberação que leva os povos à criação da sua própria cultura, em suma, à construção crítica da realidade

Bandesa (1995:51) refere também que “os objectivos que se pretendem conseguir com a Animação Sociocultural são: participação, desenvolvimento pessoal, social e cultural, transformação da sociedade, e ao mesmo tempo estimular a iniciativa e a participação social”. Consideramos, agora, uma definição um pouco mais desenvolvida de acordo com Ventosa (2006:151; citado por Pereira e et al, 2008:274), “a animação sociocultural constitui um âmbito de educação social e de certo modo um modelo de intervenção sócio-educativo, caracterizado por levar-se a cabo através de uma metodologia participativa, destinada a gerar processos auto-organizativos individuais, grupais e comunitários, orientados para o desenvolvimento cultural, social e educativo de seus destinatários”.

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GRÁFICO 1- Esquema de âmbitos da ASC. Fonte: elaboração própria

Contudo é importante referir as principais características da Animação Sociocultural que segundo Ander-Egg, Barrado, e et. al (1982; citado por Badesa 1995:51 a 55) apresentam:  Promotora de valores: Suscita os valores culturais do povo e da cultura

 Elemento Transformador: Prepara o homem para adaptar-se a situações e transformar a sociedade evitando situações de exclusão social.

 Trâmite de participação: Supera o conceito de cultura como consumo para criar cultura com participação.

 Catalisador: desenvolve iniciativas das mesmas pessoas, superando a dicotomia entre teoria e prática.

 Promove a vida associativa: participação directa na vida associativa das camadas menos integradas.

 A animação Sociocultural como processo: o povo tem de ser criador da sua própria cultura mediante a aquisição de capacidades como, analisar situações, organizar e realizar acções transformadoras.

O autor Quintas (1998; referido por Canto, 2008:7) defende que, quando se fala em âmbitos da Animação Sociocultural, se está a falar sobretudo, na relação de determinadas áreas assentes em técnicas que têm de possuir uma dimensão social, cultural, educativa e política. Contudo, existe um núcleo base que gira à volta dos âmbitos: cultural, social e educativo (Ver gráfico 1).

Âmbitos

Cultural

Educativo

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No entanto, é fundamental lembrar que, segundo Lopes (2007; citado por Pereira e et.

al.,2008:224),” falar em âmbitos de animação sociocultural significa observar a perspectiva

tridimensional que devem ser respeitadas nas estratégias de intervenção profissionais: dimensão etária (infantil, juvenil, adultos e terceira idade), espaço de intervenção (animação urbana, animação rural) e pluralidade de âmbitos ligados a sectores de áreas temáticas (educação, teatro, tempo livre, saúde, ambiente, turismo, comunidade, etc.”

A animação sociocultural desta forma é importante para a sociedade, pois pretende, segundo os seus objectivos (participação, desenvolvimento pessoal, social e cultural), o desenvolvimento sustentável. Através de uma sociedade transformada pretende estimular para a iniciativa e para uma cidadania activa, pois na animação “não interessa apenas saber fazer mas sim aprender a fazer”, só assim é que podemos garantir uma valorização e impedir que a própria identidade social e cultural se extinga.

2.2. O Animador Sociocultural

Torna-se difícil encontrar uma lista concreta referente às funções de um animador. No entanto, Badesa (1995:126) refere várias funções de um animador em geral. Funções como potenciar as relações interpessoais, promover ou cobrir necessidades dos colectivos cidadãos, potenciar a participação e o desenvolvimento de programas, encontrar soluções para os problemas existentes, criar atitudes de cooperação, ajudar o grupo a encontrar as soluções para os seus problemas, ajudar na transformação da pessoa, grupos ou sociedade, coordenar actividades estabelecendo prazos de realização, oferecer recursos técnicos necessários e cuidar o clima de grupo, harmonizar a realidade com a acção e planificar, coordenar e avaliar programas de intervenção.

O animador Sociocultural, segundo a Associação Portuguesa para o Desenvolvimento da Animação Sociocultural (APDASC), tem a missão de promover o desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando e/ou desenvolvendo actividades facilitadoras da animação (de carácter cultural, educativo, social, lúdico e recreativo), por isso a actividade do animador consiste na generalidade em:

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 Estudar, integrado em equipas multidisciplinares, o grupo alvo e o seu meio envolvente, diagnosticando e analisando situações de risco e áreas de intervenção sob as quais actuar.

 Planear e implementar em conjunto com a equipa técnica multidisciplinar, projectos de intervenção sócio-comunitária.

 Planear, organizar e promover/desenvolver actividades de carácter educativo, cultural, desportivo, social, lúdico, turístico e recreativo, em contexto institucional, na comunidade ou ao domicílio, tendo em conta o serviço em que está integrado e as necessidades do grupo e dos indivíduos, com vista a melhorar a sua qualidade de vida e a qualidade da sua inserção e interacção social.

 Promover a integração grupal e social.

 Incentivar, fomenta e estimula as iniciativas dos indivíduos para que estes organizem e decidam o seu projecto lúdico ou social, dependendo do grupo alvo e dos objectivos da intervenção.

 Fomentar a interacção entre os vários actores sociais da comunidade.

 Acompanhar as alterações que se verifiquem na situação dos clientes/utilizadores que afectem o seu bem-estar e actua de forma a ultrapassar possíveis situações de isolamento, solidão e outras.

 Informar a equipa técnica caso se verifique a ocorrência de alguma situação anómala.

 Articular a sua intervenção com os actores institucionais nos quais o grupo ou o indivíduo se insere.

 Gerir um espaço de ATL - Actividades de Tempos Livres.

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2.3. A Animação Sociocultural no Contexto da Infância

A Infância é um período do ciclo de vida do ser humano. De acordo com a Convenção dos Direitos da Criança, aprovada pela ONU em 1989, a criança é definida como «todo o ser humano com menos de 18 anos, excepto se a lei nacional confere a maioridade mais cedo» (Ver anexo IV). No entanto, a delimitação etária da infância não é universal. Em algumas legislações, é estabelecida o final da infância a partir de 14 ou de 16 anos. Por exemplo, em Portugal, pelo Instituto Nacional de Estatística o limite etário para as crianças vai do nascimento até aos 14 anos.

Também, de acordo com Silva et al., o próprio período da infância não é homogéneo, por exemplo, Piaget considera as seguintes fases na evolução da infância: recém-nascido, a primeira infância, a criança dos 7 aos 12 anos e finalmente o adolescente.

Por outro lado, as crianças poderão apresentar características distintas segundo o meio sociocultural no qual se encontram inseridas. É esse meio que vai influenciar o desenvolvimento da criança e é através da socialização que se tornam auto-conscientes.

“Uma criança não consegue sobreviver sozinha e sem ajuda, pelo menos durante os primeiros 4 ou 5 anos de vida. A socialização é, portanto, o processo pelo qual as crianças indefesas se tornam gradualmente seres auto-conscientes, com saberes e capacidades, treinadas nas formas de cultura em que nasceram. (…) Até os recém-nascidos têm necessidade e exigências que afectam no comportamento daqueles que são responsáveis por tratar deles: as crianças são, desde início, seres activos.”

(Giddens, 2007:27 e 28)

Segundo o mesmo autor, as crianças constituem um dos grupos mais vulneráveis aos riscos presentes na sociedade actual, como por exemplo, a nível ambiental (poluição, aquecimento global, etc.), da saúde (doenças provocadas pela ingestão de alimentos, como é o caso das doenças “das vacas loucas”, malefícios da exposição prolongada do sol, etc.) e da segurança (precariedade de emprego, erosão dos padrões familiares tradicionais, etc.). Alguns desses riscos podem ocorrer fora do seu espaço doméstico, por exemplo: doenças, violência,

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 22 desaparecimento e etc. Contudo, é no próprio espaço doméstico ou familiar da criança que esta corre mais perigos.

Existem muitos casos em que as crianças, por ordem judicial ou por necessidade, são obrigadas a fixarem-se em Centros de Acolhimento ou Lares por um tempo determinado ou por uma vida inteira (Ver anexo V).

Lopes (2008:315) menciona que o desenvolvimento da Animação Infantil surgiu com o Portugal democrático, ganhando expressão como forma de Animação Socioeducativa. Teve como objectivo central complementar as funções atribuídas tradicionalmente à escola, pela via da Educação Não Formal. Esta pode ser considerada uma “importante presença, tanto como metodologia como âmbito específico de intervenção, um recurso endógeno nos diferentes espaços, serviços e projectos de intervenção educativa, social e cultural, tanto no âmbito formal como no informal” (Soler, 2008 citado por Lopes).

Por outro lado, segundo Ana Calvo, não altera os princípios norteadores:

“ A animação sociocultural na Infância mantém na sua forma de fazer os princípios próprios que a animação sociocultural defende, e somente nos seus programas de intervenção, nas suas actividades e metodologias, encontraremos processos específicos e diferenciais, fruto, por um lado, de ajuste às características e necessidades dos grupos destinatários da sua acção, e por outro, da sua estreita relação com a pedagogia do ócio”.

(Calvo, 1997: 213)

Na maioria dos casos, quando nos referimos à população infantil existe uma maior atenção educativa, o que justifica a alteração do adjectivo sociocultural para socioeducativo.

Contudo, segundo Masó (2008:224) “(…) nem toda a intervenção socioeducativa é ASC e, com rigor, seguramente a animação socioeducativa tão pouco corresponderia exactamente à ASC”. Isto porque tendemos a potenciar a dimensão educativa na infância e descuidar com bastante frequência a “dimensão cultural, aberta e plural”. Desta forma, organizar o tempo das crianças supõem dar-lhes elementos culturais, hábitos de comportamento como também escala de valores.

Pensando em todos estes objectivos, concordamos com Quintana (1993:107) que a animação na Infância se guia a princípios como: a alegria através do optimismo e entusiasmo,

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a actividade através tendência de converter o instrumento por ocupação e educação, a ordem

para conceber uma boa educação e respeito pelas normas, a socialização para uma adaptação e estabelecimento de relações, a individualização através da igualdade saber reconhecer os seus erros a fim de os corrigir, a educação como base fundamental para a concretização de um trabalho positivo, a expressão pessoal como valor humano em que grupos infantis devem cultivar especialmente na animação, a participação como outro valor humano que de igual forma devem cultivar também, e por fim, a liberdade que deve ser sempre cultivada autenticamente, criando a ilusão de uma liberdade excessiva que contenta as crianças e ao mesmo tempo as educa.

Qualquer acção a levar a cabo no domínio da Animação Infantil, contemplam princípios segundo o Gráfico 2.

Estes são explanados segundo Lopes (2008:316):

 Criatividade - Promovida através do envolvimento de áreas expressivas, como formas inovadoras e processos de aprendizagem de improviso e espontaneidade.

Animação

Infantil

Criativa Lúdica Activa Socializadora Expontânea Participativa

GRÁFICO 2- Esquema dos princípios da animação Infantil segundo Lopes.

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 24  A componente lúdica – Fazendo que o prazer de acção se manifeste em alegria de participar,

num clima de confiança, em actividades portadoras de satisfação e de um espírito de união através do convívio.

 A actividade – Geradora de uma dinâmica, fruto de uma interacção resultante da acção.  A socialização – Através da envolvência com outros e de programas que a promovem dentro

de processos criativos.

 A espontaneidade/ liberdade – Fruto de acções sem constrangimento, castrações e repressões, sentimento de procura permanente e uma necessidade vital.

 Participação – Mediante a qual todos são actores protagonistas de papéis principais e não a planos secundários.

Entende-se, desta forma que os programas da ASC na Infância conforme Lopes (2008:316) consistem num conjunto de actividades de carácter lúdico e formativo, que tiveram lugar em colónias de férias, em passeios, visitas de estudo que permitem às crianças conhecerem outros espaços diferentes, são um tipo de actividades que estão presentes uma dimensão intergeracional. Outro tipo de actividades é as que passam pela realização de acções ligadas à expressão dramática, ao jogo, à expressão musical e à expressão plástica. Se estiverem interligadas com a educação ao serviço das áreas formais de ensino, permitindo apoio em diferentes temáticas escolares.

Por outro lado, temos um outro conjunto de actividades, fora do espaço educativo formal, que relaciona a envolvência da comunidade e da família com a vida. Através de actividades que envolvem pais e filhos ou avós e netos, grupos de dança etc. (Ver anexo VI).

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 Actividades Desenvolvidas ao Longo do Estágio

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C

APÍTULO

3: O

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STÁGIO EM

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ONTEXTO

I

NSTITUCIONAL

Durante três meses realizei o estágio curricular no Centro de Acolhimento Temporário Infantil, onde desenvolvi actividades diversificadas para 14 crianças. Estas actividades foram acompanhadas por um plano (Ver apêndice I) com os vários objectivos e por um cronograma.

3.1. Início do Estágio

É nesta etapa que se pretende descrever o estágio, as actividades desenvolvidas que incidiram essencialmente na investigação e intervenção da Animação Sociocultural na instituição, bem como na pesquisa bibliográfica sobre o funcionamento e constituição desta mesma estrutura.

Basicamente, o meu estágio curricular baseou-se na observação participante e não participante.

O início do estágio foi no dia 6 de Julho de 2010, quando fui apresentada à supervisora de estágio Dr.ª Sandrine Mota, que me indicou o local onde realizei o estágio, o horário e a pessoa que me iria receber.

Num primeiro momento, e após ser recebida na instituição pelo psicólogo Dr. Alfredo Meireles, foi-me explicado o funcionamento da CAT, assim como o perfil e a história de vida de alguns utentes que se encontravam na instituição. Foi-me, também, explicado em que consiste o processo de acolhimento de crianças, como se organiza a valência, e que tipo de instalações existem, de forma a perceber melhor porque é que este tipo de resposta social existe e como funciona.

Foi por esta altura que tive a oportunidade de ler o regulamento interno e as normas de funcionamento. Foram explanadas algumas situações que poderiam ocorrer e como agir nesses momentos. Foram também disponibilizados os processos de cada utente, que apesar de serem sigilosos, podia ser útil caso houvesse necessidade de conhecer melhor o percurso de cada criança. Nestes processos encontra-se a situação jurídica de cada um dos utentes, o

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acompanhamento social, relatórios psicológicos, os contactos, ocorrências a nível da saúde, registo escolar, profissional, assim como o plano de intervenção individual.

A partir daqui iniciou-se o processo de integração e adaptação à dinâmica da casa. Este período foi um pouco lento e nem sempre fácil, mas superado com o apoio das funcionárias, colega estagiária e uma voluntária. As crianças inicialmente acolheram-me afavelmente, mostrando-me mesmo algumas das instalações da instituição. Após a realização de alguns jogos de grupo e conhecimento foi possível criar um certo relacionamento inter-grupal.

3.2. Objectivos Gerais

Durante três meses de estágio deparei-me com um grupo em constante mudança devido à entrada e saída de crianças. Eram por volta de 14, com idades compreendidas entre os 2 meses a 13 anos e maioritariamente do sexo feminino (Ver apêndice III).

Os objectivos principais definidos para o meu estágio foram os seguintes:

 Conhecer a instituição onde ia decorrer o estágio, nomeadamente as diversas respostas sociais e os seus campos de intervenção, respectivos problemas sociais com que lidam e desta forma ter um contacto, o mais próximo possível, dos projectos, dos objectivos e das estruturas formais e informais do funcionamento da instituição;

 Conhecer a equipa técnica da instituição e dos utentes, no sentido de conseguir uma melhor percepção da realidade social que caracteriza estas crianças;

 Permitir um espírito de convívio, partilha, equipa, auto-conhecimento, integração e liberdade através de actividades desportivas, culturais, educacionais e recreativas;

 Proporcionar momentos de alegria e lazer como meio de desenvolver as suas competências para fazer face aos seus problemas e aumentar a auto-estima;

 Captar a atenção das crianças para a execução das actividades projectadas;  Contribuir para um espírito de união e inter-ajuda entre o grupo e eu.

Para a concretização destes objectivos, contei com o apoio e a colaboração da monitora de estágio, que me ajudou sempre que possível e da melhor forma. Contei ainda com o apoio da restante equipa técnica, ajudantes de acção directa, dos utentes e de uma colega voluntária de

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 28 Educação Social onde em algumas actividades, fizemos um trabalho de equipa, que foi bastante enriquecedor.

3.3. Actividades Desenvolvidas

Na CAT (Centro de Acolhimento Temporário Infantil) as actividades são organizadas pela direcção, e ao longo do ano as crianças encontram-se na escola ou Jardim de Infância. Outros tipos de actividades são organizadas pelas funcionárias segundo um regulamento, isto é, actividades de higiene e alimentação, bem como algum acompanhamento de trabalhos escolares. Assim sendo, são estagiários ou voluntários que organizam um outro plano de actividades segundo os seus objectivos (Ver tabela 2).

ACTIVIDADES

Julho Agosto Setembro Outubro

6-9 12-16 19-23 26-30 2-6 9-13 16-20 23-31 1-10 13-17 20-24 1 4 5 6 Integração Jogos ao ar livre Jogos Interiores Expressão dramática Expressão Plástica Filmes Actividades Culturais Infantário da APEPI Loja Social Actividades Exteriores

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O meu plano de actividades no primeiro mês, consistia na minha integração na instituição (Ver apêndice I).

Após a minha integração, comecei a organizar as actividades segundo algumas técnicas de animação (Ver tabela 3), tendo em conta a bibliografia utilizada como suporte destas:

 Actividade Plástica, é um dos meios que a criança encontra para exteriorizar e comunicar, de forma particular, o modo como observa o mundo que a rodeia,

manipulando a matéria, de forma criativa. (Doris Jesus, no site

http://ticposgraduacao.wordpress.com)

 Actividade Física contribui para um desenvolvimento físico e mental mais harmonioso (trabalhando a atenção, coordenação, imaginação, comunicação,

conhecimento do corpo, etc.) (Paula Guelho, no site

http://ticposgraduacao.wordpress.com ).

 Actividade Dramática/ Jogo Dramático “pretende promover os recursos expressivos/comunicativos da pessoa, em situações de jogo, derivados quer do quotidiano, quer imaginários, quer literários (…) Há uma estreita relação entre o jogo e o drama”. (Lopes, 2008: 355)

 Actividade Cultural tem como objectivos centrais “levar as pessoas a relacionarem-se com o meio que visitam (…); substitui o ver por envolver, procurando uma integração activa social e cultural; (…) estabelecer comunicação entre a população nativa (…) através de eventos e experiências que passem por convivências, assentes em partilhas culturais, partilhas inter e multiculturais, etc. (Lopes, 2006:362 – 363)  Os Jogos Cooperativos “colaboram, com intencionalidade ou sem ela, para uma

maior saúde física e mental, para uma vida social mais integradora, aberta e festiva”(Francia e Martinez, 2000: 5), também, segundo os mesmos autores evitam muitos males, doenças e revoltas. Tornam mais agradável a crua realidade da vida. Aproximam grupos, comunidades e povos superando complexos e encontrando novos incentivos e estímulos de vida. Jean Chetau refere que: “Uma criança que não sabe jogar, é um adulto que não sabe pensar”. (Canto, 2008: 10).

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FIGURA 7 – Praia do Osso da Baleia, Pombal.

Fonte: elaboração própria

Na primeira semana de Agosto, tive a oportunidade de acompanhar as crianças na ida à praia “Osso da Baleia” (Ver Fig.7)

Esta actividade foi extremamente

enriquecedora porque me permitiu explorar um conjunto de temáticas, com um grupo de crianças maior, o que para mim foi um desafio superado e bastante motivador, contribuindo para o aumento da confiança e integração no grupo. (Ver

apêndices I e II)

A semana de 9 a 21 de Agosto foi a semana de actividades sobre Biodiversidade. Através de actividades como a criação de cestos de papel, colagens com figuras de revistas velhas, criação de copos de canetas com rolo de papel higiénico e base de papel de cartão, um alfinete de papel de cartão decorado e um marcador de livros. Algumas destas actividades foram organizadas por técnicas do ambiente, na cidade, junto às piscinas. Actividades Plásticas •Colagens •Pinturas com guaches; •Moldagem de pasta Diesel; •Execução de colares e pulseiras; •Copos de canetas com cartão; •Alfinete; •Marcadores de Livro Actividades Físicas •Futebol; •Voleibol de praia; •Caminhadas •Piscina Actividades Dramáticas •Dramatização de uma lenga-lenga; •Dramatização da história dos Três Porquinhos •Jogos Dramáticos: Adivinha o que é! Actividades Culturais •Ida ao museu de arte popular •Ida ao Museu do Marquês de Pombal •Participação na festa da cidade •Ida à Biblioteca Municipal •Visionamento de Filmes Jogos Cooperativos •Jogo da electricidade •Jogo das cadeiras •Jogo dos quadrados •Jogo do balão ao ar •Jogo do lencinho •Jogo do lenço ao meio •Jogo de estafetas •Jogo de cartas •Jogo do Uno

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FIGURA 8- Vista exterior das Piscinas Municipais de

Pombal. Fonte: elaboração própria

No final da semana organizei uma ida às Piscinas Municipais de Pombal (Ver fig.8) com crianças dos 7 aos 13 anos.

Na semana de 23 de Agosto a 3 de Setembro, (Ver apêndices I e II) foi a semana de actividades plásticas e festa na cidade. Resolvi, desenhar um peixe no meio aquático numa cartolina e as crianças decoraram com missangas, tintas guache, lã e conchas. Actividade alusiva ao Verão e relacionada com a visita ao Oceanário, a Lisboa.

Uma outra actividade foi fazer pulseiras com missangas grandes, para todas as crianças manusearem com mais facilidade. Após o almoço, os mais velhos viram alguns filmes como “Chovem Almôndegas” (Ver fig.10) e “Lua Nova”, enquanto outras crianças dormiam a sesta, sendo que após cada filme era discutido a temática do filme.

No dia 25 de Agosto (Ver apêndices I e II) levei as crianças às festas da cidade, onde se encontravam a realizar actividades infantis como pintura facial, jogos, manuseamento de balões e magia. De seguida levei as crianças a ver “Champimóvel” (segundo o site http://www.festasdobodo.net) que consiste num espectáculo animado, interactivo em 4D, com cerca de 25 minutos: uma viagem através do corpo humano, apresentada pela personagem Champi (Ver fig.9).

FIGURA 10- Poster do filme "Chovem Almôndegas!".

Fonte: em: http://www.radiocomercial.clix.pt

FIGURA 9 – Poster do Champimóvel Bodo 2010

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Cláudia Sofia Rodrigues Rosa Página 32 Na semana 6 a 10 de Setembro, (Ver apêndice II) continuei as actividades plásticas mas com mais variedade de materiais. Executaram objectos em Pasta Diesel e pintados com tintas guache. Também decoraram cartões em cartolina escura, referentes às férias de Verão utilizaram como materiais: giz, palitos, bolas de papel furado, missangas, raspa de lápis de cera e papel branco. Esta actividade permitiu uma maior criatividade das crianças e teve uma adesão positiva por parte destas. No dia 10, sexta-feira fui com algumas crianças a dois museus, o Museu de Arte Popular (Ver fig.12) e o Museu do Marquês de Pombal (Ver

fig.11), ambos situados na zona histórica de Pombal. Foi uma experiência agradável e sem

custos, pois mostrou-nos uma maior visão acerca da história e da cultura do povo português e especialmente do povo Pombalense (Ver anexo VI).

Nas últimas semanas de 13 de Setembro a 6 de Outubro, passei praticamente os dias com uma criança de dois anos, o Manuel (os restantes entretanto iniciaram as aulas, estando ausentes a maior parte do dia). Levei-o para o exterior da instituição, com o objectivo de poder adquirir variados conhecimentos, através da prática de diferentes actividades (como por exemplo andar no escorrega, no baloiço) e na observação de diferentes espaços (jardins, biblioteca, estação de comboios, centro comercial, parque infantil, igreja…).

Num dos dias acompanhei uma bebé de 2 meses ao Pediatra a Coimbra, juntamente com o psicólogo da instituição, assim como, também, acompanhei as crianças na ida à escola no primeiro dia de aulas, na distribuição do material escolar e no acompanhamento dos trabalhos de casa.

FIGURA 12- Museu de arte Popular de Pombal

Fonte: elaboração própria

FIGURA 11- Museu do marquês de Pombal.

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Durante as segundas e quintas-feiras, pelas 9h30 até às 17h30, estive presente na Loja Social que se situava numa das lojas do Intermaché de Pombal, o que me permitiu um maior conhecimento acerca das valências da APEPI e, ter a noção de outra realidade social diferente mas também problemática: a pobreza.

No dia 17 de Setembro, estive numa outra valência da APEPI, o Infantário que se situa na Sede. Estive na sala de crianças dos 5 anos, onde juntamente com uma educadora acompanhei em diferentes actividades. Actividades como a leitura de várias histórias, actividades lúdicas e as rotinas diárias. Para mim foi essencial, pois contactei com crianças provenientes de um meio familiar diferente das crianças que acompanhava, o que me mostrou as disparidades que poderão existir no desenvolvimento destas.

Na maioria das actividades que realizei, penso que consegui aplicar os objectivos principais da animação sociocultural, segundo Canto (2008:12):

 Dar prazer/satisfação à criança;  Dar espaço à imaginação;  Dar espaço à criatividade;

 Estimular a participação efectiva e real;  Promover a socialização;

 Fomentar a dimensão intergeracional;

Referências

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