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Aula 3 - Obesidade e Síndrome Metabólica

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Academic year: 2021

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(1)

OBESIDADE E

OBESIDADE E

SÍNDROME METABÓLICA

SÍNDROME METABÓLICA

E A NUTRIÇÃO

E A NUTRIÇÃO

Aula da Profª Dra. Daniéla Oliveira Magro

IFAL SATUBA

CURSO TECNOLÓGICO EM LATICÍNIOS DISCIPLINA: NUTRIÇÃO E DIETÉTICA

(2)

Diminuição da desnutrição em adultos e aumento de obesos é a tendência no país desde os anos 80.

A prevalência de obesidade no Brasil é de 17%. (POF, 208/2009). Quanto maior o nível de escolaridade menor é a prevalência.

TRANSIÇÃO NUTRICIONAL

Segundo POF-IBGE (2008/2009) – famílias de baixo poder aquisitivo estão mais expostas à obesidade.

Comprar alimentos de baixa qualidade nutricional e elevada densidade energética – a preços mais acessíveis – é mais viável economicamente que adquirir verduras, frutas, legumes e carnes magras.

(3)

Transição nutricional na

vida adulta

 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos. Transição Nutricional e Epidemiológica

(4)

WHO/FAO, 2003

WHO/FAO, 2003

Avaliação do consumo alimentar global e

Avaliação do consumo alimentar global e

regional (Kcal per capita por dia)

(5)

CONCEITO

É uma síndrome que se manifesta por

um acumulo excessivo de gordura

corporal, podendo causar sérios

danos a saúde do individuo.

(6)

FORMAS DE APRESENTAÇÃO

DA GORDURA CORPORAL

1) GORDURA ESSENCIAL

2) GORDURA DE RESERVA

(7)

1) ESSENCIAL

É a gordura necessária para o

funcionamento fisiológico normal do

individuo, é encontrada na medula

óssea, pulmões, coração,

fígado,rins, baço, intestinos,

músculos e tecidos ricos em lipídios

espalhados por todo o sistema

(8)

2) RESERVA

É a gordura que esta acumulada no

tecido adiposo, essa reserva

nutricional inclui os tecidos adiposos,

que protegem os vários órgãos

internos de traumatismos, ocupando

maior volume sob a superfície

(9)

CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE

1) QUANTO AO TIPO:

• ANDROÍDE

• GINOÍDE

2) QUANTO A ORIGEM:

• EXÓGENA

• ENDÓGENA

3) QUANTO AO % DE GORDURA

(10)

1) ANDRÓIDE( maça ou central):

Encontrada nos homens

é acumulada do abdômen

para cima e se distribui

nessa região devido a

ação da testosterona,

sendo que essa população

sofre frequentemente

de diabetes e doenças

cardiovasculares.

(11)

2) GINÓIDE (pêra ou periférica):

Encontrada nas mulheres,

é acumulada basicamente

No quadril e coxas e se

Distribui Nessa região

sob o efeito dos

estrogênios e da

progesterona.

(12)

1) OBESIDADE EXÓGENA

É causada por fatores externos, como:

• Dieta hipercalórica

(13)

2) OBESIDADE ENDÓGENA:

É causada por fatores internos como:

• Alteração hipotalâmica,

• Tumores,

• Enfermidade inflamatória

• Alterações endócrinas

• Alterações genéticas

• Por ações farmacológicas

(14)

•% DE GORDURA

PARÂMETROS NORMAIS:

HOMENS... 12 A 15%

MULHERES... 20 A 25%

PARÂMETROS EXCESSIVOS:

HOMENS... ACIMA DE 20%

MULHERES... ACIMA DE 30%

(15)

AVALIAÇÃO FÍSICA EM OBESOS 1 PESO CORPORAL

2 ESTATURA

Índice de Massa Corpórea: relação entre os indicadores supra.

Obesidade Grau I: 30 a 34,9 kg/m2 Obesidade Grau II: 35 a 39,9 kg/m2 Obesidade Grau III: 40 kg/m2

3 CIRCUNFERÊNCIAS

Índice relação cintura quadril =

Cintura

Quadril

(16)

RISCO

RISCO

Idade

Idade BaixoBaixo ModeradoModerado AltoAlto Muito Alto Muito Alto H H O O M M E E M M 20-29 20-29 < 0,83< 0,83 0,83 - 0,880,83 - 0,88 0,89 - 0,940,89 - 0,94 > 0,94> 0,94 30-39 30-39 < 0,84< 0,84 0,84 - 0,910,84 - 0,91 0,92 - 0,960,92 - 0,96 > 0,96> 0,96 40-49 40-49 < 0,88< 0,88 0,88 - 0,950,88 - 0,95 0,96 - 1,000,96 - 1,00 > 1,00> 1,00 50-59 50-59 < 0,90< 0,90 0,90 - 0,960,90 - 0,96 0,97 - 1,020,97 - 1,02 > 1,02> 1,02 60-69 60-69 < 0,91< 0,91 0,91 - 0,980,91 - 0,98 0,99 - 1,030,99 - 1,03 > 1,03> 1,03 Idade

Idade BaixoBaixo ModeradoModerado AltoAlto Muito Alto Muito Alto M M U U L L H H E E R R 20-29 20-29 < 0,71< 0,71 0,71 - 0,770,71 - 0,77 0,78- 0,820,78- 0,82 > 0,82> 0,82 30-39 30-39 < 0,72< 0,72 0,72 - 0,780,72 - 0,78 0,79 - 0,840,79 - 0,84 > 0,84> 0,84 40-49 40-49 < 0,73< 0,73 0,73 - 0,790,73 - 0,79 0,80 - 0,870,80 - 0,87 > 0,87> 0,87 50-59 50-59 < 0,74< 0,74 0,74 - 0,810,74 - 0,81 0,82 - 0,880,82 - 0,88 > 0,88> 0,88 60-69 60-69 < 0,76< 0,76 0,76 - 0,830,76 - 0,83 0,84- 0,900,84- 0,90 > 0,90> 0,90

Adaptado de Bray and Gray, 1988

(17)

Tabela para Zona de Risco associada

Tabela para Zona de Risco associada

com o WHR

com o WHR

Homens

Homens

Mulheres

Mulheres

Alto Risco

Alto Risco

> 0,95

> 0,95

>0,85

>0,85

Risco

Risco

Moderado

Moderado

0,90-0,95

0,90-0,95

0,80-0,85

0,80-0,85

Baixo Risco

Baixo Risco

<0,90

<0,90

<0,80

<0,80

(18)

Descoberta de uma nova síndrome inicialmente denominada de

“Síndrome X”, congrega um conjunto de anormalidades metabólicas e

hemodinâmicas mediada pela resistência a insulina.

1988 – Gerald Reaven

(19)

SÍNDROME X

SÍNDROME DE RESISTÊNCIA A INSULINA QUARTETO MORTAL

(Obesidade, DM, HAS e dislipidemia)

SÍNDROME PLURIMETABÓLICA

SÍNDROME METABÓLICA

Risco elevado:

•DM-2 •DCV

Aumentado risco de morte em até 2,5 vezes

(20)

Conceito

“A Síndrome Metabólica (SM) é um

transtorno complexo representado por

um conjunto de fatores de risco

cardiovascular usualmente relacionados à

deposição central de gordura e à

resistência à insulina.”

(21)

Diferentes propostas para

Diferentes propostas para

caracterização da Síndrome

caracterização da Síndrome

Metabólica”

Metabólica”

OMS – Organização Mundial da Saúde -1998

OMS – Organização Mundial da Saúde -1998

NCEP – National Cholesterol Education Program - 2001

NCEP – National Cholesterol Education Program - 2001

AACE – Associação Americana de Endocrinologistas - 2003

AACE – Associação Americana de Endocrinologistas - 2003

EGIR – European Group for the Study of Insulin

EGIR – European Group for the Study of Insulin

Resistance - 1999

(22)

OMS NCEP-ATPIII AACE/ACE EBIR Uso de anti-hipertensivos ou PA≥140/90mmHg Uso de anti-hipertensivos ou PA≥130/85mmHg PA≥130/85mmHg PA≥140/90mmHg ou o uso de anti-hipertensivo TG≥150mg/dl HDL <35 (H) <39mg/dl (M) TG≥150mg/dl HDL <40 (H) e < 50mg/dl (M) TG≥150mg/dl HDL <40 (H) e < 50mg/dl (M) TG≥150mg/dl ou HDL <40mg/dl ou trat. para dislipidemia IMC ≥30Kg/m2 e(ou) C/Q >0,9 (H) e >0,85 (M) Cintura >102cm (H) e >88cm (M) - Cintura ≥94cm (H) e ≥80cm (M) DM2 ou tolerância à glicose diminuída ou RI Glicemia de jejum ≥110mg/dl 125mg/dl ou 2 Jejum 110-horas após TOTG

>140mg/dl Glicemia de jejum ≥110mg/dl e <126mg/dl DM2 ou TG ou RI e mais duas alterações

Três alterações Não estabelece Hiperinsulinemia jejum e mais duas

(23)

FATORES DE RISCO

SINDROME METABÓLICA Predisposição Genética Predisposição Genética Sobrepeso/ Obesidade Sobrepeso/ Obesidade Inatividade física Inatividade física Etilismo Etilismo Tabagismo Tabagismo Estresse Estresse

(24)

OUTROS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O

OUTROS FATORES QUE CONTRIBUEM PARA O

DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA

DESENVOLVIMENTO DA SÍNDROME METABÓLICA

ALIMENTAÇÃO ALIMENTAÇÃO Aumento Aumento consumo de consumo de fibras fibras Quantidade de Quantidade de açúcar ingerida açúcar ingerida Alto índice Alto índice glicêmico glicêmico

Framingham Offspring Study; Diabetes Care 2004; 538-46

Resistência à insulina

Menor Resistência à insulina

(25)

ÍNDICE GLICÊMICO

ÍNDICE GLICÊMICO – é um indicador baseado na – é um indicador baseado na habilidade da ingestão do carboidrato de um dado

habilidade da ingestão do carboidrato de um dado

alimento elevar os níveis de glicose sanguínea

alimento elevar os níveis de glicose sanguínea

pós-prandial, comparado com um alimento de referência

prandial, comparado com um alimento de referência

ÍNDICE GLICÊMICO DOS

ÍNDICE GLICÊMICO DOS

ALIMENTOS ALIMENTOS Índice glicêmico Índice glicêmico Alto Alto (>85) (>85) Índice glicêmico Índice glicêmico Moderado Moderado (60-85) (60-85) Índice glicêmico Índice glicêmico Baixo Baixo (<60) (<60) Link Tabela:

Foster-Powell K, Holt SH, Brand-Miller JC: International table of glycemic index and glycemic load val ues: 2002. Am J Clin Nutr 76:5–56,

(26)

Alimentos com IG alto (>85) Alimentos com IG moderado (60-85) Alimentos com IG baixo (<60) Pão branco -101 Bolos – 87 Crackers - 99 All Bran – 60 Musli – 80 Aveia – 78 Leite integral – 39 Leite desnatado – 46 Iogurte com açúcar - 48 Biscoitos – 90

Sorvete -85

Banana – 83 Kiwi – 75

Iogurte com adoçante – 27 Maçã – 52 Corn-flakes – 119 Mingau de aveia – 87 Manga – 80 Laranja – 62 Suco de maçã – 58 Damasco seco – 44 Trigo cozido – 105 Farinha de trigo – 99 Suco de laranja – 74 Pêssego enlatado – 67 Pêra – 54 Lentilhas - 38 Cuscus – 93 Milho – 98 Tapioca – 115 Arroz branco – 81 Arroz integral – 79 Arroz parboilizado – 68 Soja (feijão) – 23 Spaguete – 59 Batata cozida – 121 Batata frita – 107 Batata doce - 88 Feijão cozido – 69 Inhame – 73 Amendoim – 23 Sopa de tomate – 54 Mel – 104 Glicose – 138 Sacarose – 87 Chocolate – 84 Pipoca – 79 Lactose – 65 Frutose – 32 Sopa de feijão – 84 Ervilhas - 68 FAO/OMS - 1998

Carbohydrates in Human Nutrition

Glicose-138 Pão branco-101

(27)

TRATAMENTOS CONSERVADORES

NÃO-FARMACOLÓGICOS DA SÍNDROME METABÓLICA

Reduzem a obesidade visceral e a RI.

MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA:

MUDANÇAS NO ESTILO DE VIDA:

Dietoterapia, exercício regular e cessar o fumo.

Dietoterapia, exercício regular e cessar o fumo.

Melhoram o perfil lipídico e controle glicêmico.

Controlam a pressão arterial.

(28)

ATIVIDADE FÍSICA

150 minutos/semana.

Caminhadas de 10 a 12 Km/semana.

O exercício é o fator chave da manutenção do peso e

para a preservação da massa magra.

Os indivíduos devem começar a praticar atividade física.

(29)

O objetivo primário da terapia nutricional na SM é limitar a ingestão de gorduras saturadas.

Alguns estudos mostraram efeitos benéficos da dieta mediterrânea, melhorando a sensibilidade insulínica.

Dietas hiperglicídicas estão associadas ao aumento de triglicérides, bem como à redução de HDL-col.

TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM

Alimentos com alto teor de Índice Glicêmico (IG) diminuem a sensibilidade à insulina. Carga glicêmica muito importante!

(30)

Dietas com baixo IG estão associadas a um menor risco de desenvolvimento de diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer.

Os alimentos com baixo IG são ricos em fibras alimentares, em especial as fibras solúveis.

As fibras alimentares melhoram a resposta glicêmica e as concentrações de insulina prandial.

TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM

As concentrações de insulina em jejum são menores em indivíduos que relatam maior ingestão de fibras.

(31)

O aporte protéico assemelha-se ao da população geral, com ênfase no consumo de proteínas como a soja e o peixe.

O objetivo é diminuir a ingestão de gorduras saturadas e colesterol.

A substituição de proteína de origem animal por proteína de soja diminui as concentrações sanguíneas de colesterol total e LDL-col.

TRATAMENTO DIETOTERÁPICO NA SM

Deve-se limitar o consumo de sal. O excesso de sódio, além de elevar a pressão arterial e aumenta a calciúria.

(32)

GORDURAS

Os lipídios que mais contribuem para o aumento do LDL-colesterol são os os ácidos graxos trans isômeros e, em menor grau, o colesterol dietético.

A gordura trans está associada à alteração na ação da insulina, com diminuição da tolerância à glicose e elevação da glicemia de jejum.

Os ácidos graxos trans são produzidos durante o processo de hidrogenação dos óleos vegetais.

(33)

GORDURAS

O alto consumo de ácidos graxos trans aumenta o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Ocorre modificação no perfil lipídico, diminuindo as concentrações de HDL-col e aumentado as de LDL-col.

Países industrializados consomem entre 4 a 7% de gordura trans/dia. A recomendação da OMS é de menos de 1% do Valor Energético Total (2000Kcal=2,2g).

(34)

GORDURAS

TRANS

Usada em larga escala a partir da década de 80, para aumentar o prazo de validade dos alimentos e deixá-los mais crocantes ou cremosos.

Seu consumo não deve ultrapassar 1% do total de calorias diárias (OMS) = 2000Kcal =2,2g/dia:

1 pcte grande= triplo do limite diário trans 2 unidades= 55% mais limite diário trans 1 pcte grande= 60% mais limite diário trans 1 donut= Dobro do limite diário trans 1 colher sopa= limite diário trans

(35)

GORDURAS

A ingestão de colesterol deve ser inferior a 200mg/dia (NCEP).

As gorduras monoinsaturadas fortalecem as partículas de LDL-col, tornado-as menos propensa à oxidação, diminuem as concentrações de colesterol total e promovem efeitos benéficos no HDL-col.

A dieta mediterrânea, rica em cereais não refinados, frutas, vegetais e com elevada proporção de gorduras monoinsaturadas parece atenuar o risco cardiovascular de indivíduos com SM.

Referências

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