• Nenhum resultado encontrado

Adequação de unidade armazenadora de cereais de acordo com as NRS 33 e NR 35

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Adequação de unidade armazenadora de cereais de acordo com as NRS 33 e NR 35"

Copied!
57
0
0

Texto

(1)

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO

GRANDE DO SUL - UNIJUI

MATIAS BAIOTTO

ADEQUAÇÃO DE UNIDADE ARMAZENADORA DE CEREAIS DE

ACORDO COM AS NRS 33 E NR 35

Panambi 2018

(2)

MATIAS BAIOTTO

ADEQUAÇÃO DE UNIDADE ARMAZENADORA DE CEREAIS DE

ACORDO COM AS NRS 33 E NR 35

Trabalho de Conclusão de Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Engenharia de Segurança do Trabalho apresentado como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Orientador: Prof. Mestre Olavo Luiz Kleveston

Panambi/RS 2018

(3)

MATIAS BAIOTTO

ESTUDO DE CASO UNIDADE AGRICOLA, ADEQUANDO AS NR-33 E

NR-35

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho, do Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Engenharia de Segurança do Trabalho.

Ijuí, 14 de novembro de 2018

Prof. Olavo Luiz Kleveston Mestre pela Universidade de Passo Fundo - Orientador Prof. Lia Geovana Sala Coordenadora do Curso de Pós Graduação em Engenharia de Segurança do

Trabalho/UNIJUÍ

BANCA EXAMINADORA

Prof. Roger Schildt Hoffmann Mestre pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul

(4)

AGRADECIMENTOS

Primeiramente gostaria de agradecer a Deus por ter me dado saúde, paciência, dedicação sabedoria e condições durante esses anos para conseguir alcançar o grau de Especialista em Engenharia Segurança do Trabalho. Também aos meus entes queridos, à minha mãe Nelça Baiotto, que de diversas maneiras me apoiou e incentivou em busca do meu sonho se realizasse. A minha esposa Jenifer Francieli Schmidt, que enfrentou comigo todo esse período de estudos, dando carinho, conforto e apoio sempre que era preciso. Não posso deixar de mencionar os meus irmãos, a Maristela Baiotto Pellenz e seu esposo Fabio Pellenz, meu irmão Moyses Baiotto e sua família, e também os meus amigos e familiares sempre deram o apoio necessário, seja nas horas de lazer ou quando era preciso dedicar um pouco do seu tempo comigo. E por ultimo, mas não menos importante, todos os professores que dedicam grande parte do seu tempo a ensinar que tenho um grande apreço, porém um agradecimento especial ao professor Sr. Olavo Kleveston que me orientou neste trabalho final, obrigado pela atenção, compreensão, paciência e dedicação.

(5)

RESUMO

BAIOTTO, MATIAS. Estudo de caso unidade agrícola Adequando as NR - 33 e

35. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Segurança do

Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

Este trabalho apresenta o estudo de adequação de uma unidade de recebimento de grãos, o avanço da produção agrícola com aumento da demanda por processos de beneficiamento e armazenagem de grãos. A segurança do trabalho é fator determinante para assegurar a qualidade plena e o controle ambiental, depois da colheita, os cereais são levados pra as unidades de beneficiamento e armazenagem, onde passam por processos operacionais como o recebimento, limpeza, secagem, armazenagem e expedição. Nessas unidades observa-se nos procedimentos a ocorrência de trabalho em altura e em espaços confinados, os trabalhadores estão expostos ao risco de explosão, incêndio, ruído, e acidentes, sem falar nos riscos biológicos, entre outros que podem afetar a saúde do trabalhador. Apesar da regulamentação de processos de trabalho para prevenção de acidentes, contudo o setor registra um alto número de acidentes. Dessa forma, a elaboração de propostas de melhoria com foco nos espaços confinados e lugares com trabalho em altura e equipamento sem segurança ao trabalhador, proporcionando ao trabalhador um ambiente de trabalho seguro, reduzindo a exposição ao risco e consequentemente, melhorando a saúde do trabalhados. Os benefícios da execução na melhoria da unidade, no ambiente de trabalho menos hostil, redução dos acidentes, importância dos treinamentos e equipamentos de proteção individual e coletiva.

(6)

ABSTRACT

BAIOTTO, MATIAS. Estudo de caso unidade agrícola Adequando as NR - 33 e

35. 2018. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia Segurança do

Trabalho, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, Ijuí, 2018.

This paper presents the adequacy study of a grain receiving unit, the advancement of agricultural production with increased demand for grain processing and storage processes. The work safety is a determining factor to ensure full quality and environmental control After harvesting, cereals are taken to the processing and storage units, where they undergo operational processes such as receiving, cleaning, drying, storage and dispatch. In these units it is observed in the procedures the occurrence of work at height and in confined spaces; the workers are exposed to the risk of explosion, fire, noise, and accidents, not to mention the biological risks, among others that can affect the health the worker. Despite the regulation of work processes for accident prevention, however, the sector registers a high number of accidents. Thus, the elaboration of proposals for improvement focuses on confined spaces and places with work in height and equipment without safety to the worker, providing the worker with a safe work environment, reducing exposure to risk and consequently improving the health of the workers. The benefits of implementation in the improvement of the unit, in the less hostile work environment, reduction of accidents, importance of training and equipment for personal and collective protection

(7)

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Capacete ... 23

Figura 2 – Talabarte com absorvedor e cinturão de segurança. ... 24

Figura 3 – Travas quedas ... 24

Figura 4 - Engolfamento ... 27

Figura 5 - Soterramento por uma parede de grãos ... 27

Figura 6 – Guinchos para pessoas ... 33

Figura 7 – Moega ... 35

Figura 8 – Tombador ... 36

Figura 9 – Poço elevador moega ... 36

Figura 10 – Elevador de grãos ... 37

Figura 11 – Elevador de grãos com poço ... 38

Figura 12 – Correia transportadora ... 39

Figura 13 – Escada de acesso fita. ... 40

Figura 14 – Silo com poço. ... 41

Figura 15 – Acidente por soterramento ... 42

Figura 16 – Acidente por engolfamento ... 42

Figura 17 – Cobertura silo ... 43

Figura 18 – Adequação Moegas e Tombadores ... 44

Figura 19 – Adequação Moegas e Tombadores ... 45

Figura 20 – Ponto de ancoragem (a), escada com linha vida (b). ... 45

Figura 21 – Sistema de exaustão. ... 47

Figura 22 – Elevador de grãos NR-12 ... 48

Figura 23 – Correia transportadora no espaço confinado ... 49

Figura 24 – Correia transportadora ... 50

Figura 25 – Plataforma manutenção Correia transportadora. ... 50

Figura 26 – Correia transportadora adequada ... 50

Figura 27 – Proteção do tambor da Correia transportadora ... 51

Figura 28 – Escada marinheiro de acesso Correia transportadora ... 52

Figura 29 - Adequação Silo ... 53

Figura 30 - Alçapão de inspeção e Resgate ... 54

Figura 31 - Ponto de ancoragem ... 54

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Quantidade de acidentes de trabalho, por situação do registro e motivo no Brasil 2013-2015. ... 19 Tabela 2 - Quantidade de acidentes de trabalho, por situação do registro e motivo segundo as grandes regiões do Brasil 2013-2015. ... 20

(9)

LISTA DE ABREVIATURAS

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas APR – Análise Preliminar de Riscos

CA - Certificado de Aprovação

CLT - Consolidação das Leis do Trabalho EC – Espaço Confinado

EPC’s – Equipamento de Proteção Coletiva EPI’s – Equipamento de Proteção Individual MTE – Ministério do Trabalho e Emprego

NBR – Associação Brasileira de Normas Técnicas

NIOSH – National Institute of Occupational Safety and Health NR – Norma Regulamentadora

OSHA - Occupational Safety and Health Administration PET – Permissão de Entrada de Trabalho

(10)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 13 1.1.Apresentação ... 13 1.2.Metodologia ... 14 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ... 15 2.1.Segurança do Trabalho ... 15 2.2.Saúde ocupacional ... 15

2.3.Saúde e segurança do trabalhador ... 16

2.4.. Acidente de trabalho ... 16

2.4.1. Causas para ocorrência de acidentes de trabalho ... 17

2.4.2. Prevenção de acidentes ... 18

2.5.Normas regulamentadoras ... 20

2.5.1. Principais normas de segurança do trabalho ... 20

2.6.NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual ... 21

2.6.1. Equipamentos de Proteção Individual ... 23

2.6.2. EPI para proteção da cabeça (capacete) ... 23

2.6.3. EPI para proteção contra quedas em altura ... 23

2.7.NR 33 - Espaço confinado ... 24

2.7.1. Classe A – IPVS (Atmosfera Iminentemente Perigosa a Vida) ... 25

2.7.2. Classe B – Não IPVS ... 25

2.7.3. Classe C – Todos os perigos eliminados ... 25

2.7.4. Riscos encontrados em espaço confinado ... 25

2.7.5. Análise de riscos ... 26

2.7.6. Explosões ... 26

2.7.7. Engolfamento e Soterramento ... 26

2.7.8. .Qualificações ... 27

2.7.9. Permissão de entrada de trabalho (PET) ... 28

2.7.10. Equipamentos e instrumentos para medições ... 28

2.7.11. Ponto resgate ou ancoragem ... 29

2.8.NR 35 – Trabalho em altura ... 29

2.8.1. Técnicas de prevenção de quedas ... 33

3. DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DE ADEQUAÇÃO ... 35

(11)

3.3.Correias transportadoras ... 39

3.4.Silos armazenadores de grãos... 41

3.4.1. Riscos de acidentes ... 41

4. PARECER DE MELHORIA E ADEQUAÇÃO ... 44

4.1.Moegas e tombadores ... 44

4.2.Elevador de grãos ... 48

4.3.Correias transportadoras ... 49

4.4.Adequação Realizada nos Silos ... 52

5. CONCLUSÃO ... 56

(12)
(13)

1. INTRODUÇÃO

1.1. Apresentação

A presente monografia aborda o estudo da metodologia de projeto com o intuito de resolver problemas relacionados à segurança e saúde do trabalho nas unidades de beneficiamento e armazenagem de grãos. Os fatores de risco que afetam a integridade física do trabalhador estão presentes em diversos pontos do processo da pós-colheita de cereais. Portanto busca incorporar observações de segurança no desenvolvimento das fases iniciais do projeto destas unidades, tornando os locais de trabalho mais saudáveis e seguros.

Após a colheita os cereais são levados pra as unidades de beneficiamento e armazenagem, onde passam por processos operacionais como o recebimento, limpeza, secagem, armazenagem e expedição, (MILMAN, 2002). O acentuado crescimento da produção agrícola gera a necessidade desses processos serem ágeis e altamente eficientes, e geralmente, a alta produtividade vai de encontro às rotinas de segurança.

Sérios acidentes, muitos deles fatais, ocorrem por quedas de altura, asfixia na massa de grãos, intoxicação, choque elétrico e alto potencial de riscos de incêndios e explosões devido ao acúmulo de poeiras no interior do silo e as que ficam depositadas nas máquinas e nos equipamentos elétricos (RANGEL JR., 2013).

Neste contexto verifica-se a importância da Engenharia, na elaboração de medidas de controle, que elimine ou minimize o risco, assim como a observância dos aspectos da segurança nas fases iniciais do desenvolvimento de produtos.

1.2. Objetivo geral

Objetivo geral deste trabalho é demonstrar as irregularidades e a falta de segurança numa unidade armazenadora de cereais, adequando-a com a legislação vigente até o presente momento. A busca incessantemente da segurança do trabalhador no ambiente de trabalho, seja ele no confinado ou na altura, minimizando e controlando os perigos existentes neste meio.

(14)

1.3. Objetivo específico

Objetivo específico deste projeto não ficou somente em resolver os problemas pontuais de segurança, mas também minimizar e eliminar os riscos existentes no ambiente de trabalho.

1.4. Metodologia

A partir da definição dos objetivos, têm-se como metodologia deste projeto as referências bibliográficas, a busca de minimizar ou eliminar o risco em acidente no trabalho, tendo como base de pesquisa das normas reguladoras vigentes, tendo como base atributos de segurança nas Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego, (NR – 33 e 35). Para alcançar tais atividades dispôs-se de livros na biblioteca da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul e recursos computacionais com acesso à internet.

Este trabalho está estruturado em cinco capítulos, sendo eles:

Capítulo 1 – Abrange a apresentação do tema, o objetivo geral, os objetivos específicos, a justificativa, a delimitação do estudo.

Capítulo 2 – Apresenta a fundamentação teórica necessária para o desenvolvimento do trabalho.

Capítulo 3 – Trata da metodologia utilizada (materiais e métodos) para a realização do trabalho, descrição das áreas de adequação na unidade agrícola.

Capítulo 4 – Parecer de melhoria para adequação das áreas.

Capítulo 5 – Aborda os resultados e discussões do trabalho, satisfação dos trabalhadores da empresa e situação atual.

(15)

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Segurança do Trabalho

A segurança do trabalho tem como objetivo erradicar os riscos de acidentes no ambiente de trabalho, minimizar as doenças adquiridas com a realização das atividades mantendo dessa forma a integridade e a capacidade de trabalho das pessoas. É uma ciência que trata da conservação do bem-estar físico, mental e social dos trabalhadores. Causa a proteção da saúde dos trabalhadores diante dos ambientes de trabalho.

Assim, segurança e saúde estão fortemente unidas, sendo assim um ambiente de trabalho seguro é também um ambiente saudável.

De acordo com Saliba (2011) a segurança do trabalho é a ciência que busca prevenir acidentes de trabalho decorrentes dos fatores de risco existentes nos locais de trabalho. Os locais possuem situações de risco que podem provocar acidentes de trabalho. Assim a segurança do trabalho busca avaliar e estudar tais riscos de modo a exterminá-los, prevenindo a integridade do trabalhador durante suas tarefas no local de trabalho.

Pela lei as empresas são obrigadas adotar medidas de prevenção e controle de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho. Os empresários devem atender as necessidades de segurança nos locais de trabalho, a segurança do trabalho exige a prática dos deveres e direitos dos empregadores e empregados regidos por leis e normas, garantindo um ambiente saudável e com o mínimo de riscos causadores de acidentes.

2.2. Saúde ocupacional

O estudo do ambiente de trabalho e suas relações com as doenças originadas caracterizam a higiene ocupacional, sendo de vital importância no planejamento da segurança nos locais de trabalho.

Higiene ocupacional trata da avaliação, reconhecimento e da antecipação dos controles de riscos químicos, físicos, biológicos e ergonômicos presentes nos locais de trabalho que possam fingir a saúde dos trabalhadores e o próprio meio ambiente.

(16)

frio. Já os agentes químicos podem ser: gases, vapores, poeira, fumo. E os agentes biológicos podem ser: bactérias, fungos.

De acordo com a Segurança Ocupacional e Administração de Saúde é a ciência de antecipação, avaliação e controle das condições das condições de trabalho que venham a ocasionar lesão ou doença nos trabalhadores.

Segundo a Sociedade Britânica de Higiene Ocupacional a Higiene Ocupacional é a prevenção de riscos à saúde proveniente do ambiente de trabalho, através do reconhecimento, avaliação e controle de riscos.

Segundo a Conferência Americana de Higienistas Industriais Governamentais a higiene industrial é a ciência que tem por objetivo antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os fatores presentes no ambiente e os estresses que se originam nos locais de trabalho.

Desta forma, as definições podem mudar em seus conceitos, mas todas visam proteger e promover a saúde dos trabalhadores no ambiente de trabalho.

2.3. Saúde e segurança do trabalhador

Devido à falta de controle dos riscos no ambiente de trabalho do setor agrícola, principalmente em unidade de recebimento de grãos, além da falta de comprometimento com as normas e leis vigentes relacionadas à segurança no trabalho.

Segundo a Constituição Brasileira no seu Art. 196, “a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantida mediante políticas sócias econômicas que visem à redução do risco, doença e outros agravos e ao acesso universal e igualitário as ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”.

No Brasil, acidentes de trabalho ocorrem em diversos setores de trabalho e ocasionam prejuízos não só ao trabalhador acidentado como gera custos adicionais ao empregador e a sociedade como um todo.

2.4. . Acidente de trabalho

Acidente é qualquer acontecimento, que envolva lesão, doença ou óbito ao ser humano. É um fato imprevisto que causa danos pessoais, materiais e financeiros e que ocorre de modo não propositado.

(17)

As causas dos acidentes precisam ser analisadas não especificamente e sim em um contexto que considere várias causas, e ainda não sejam somente atribuídas a falhas humanas ou atos inseguros (COSTA, M. A. F.; COSTA, M. F. B. 2009).

A Lei 8.213 de 1991 conceitua como acidente de trabalho:

“Acidente do trabalho é todo aquele que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.”

A lei 8213 de 1991, em seu art. 20, estabelece o seguinte:

I – Doença profissional como aquela causada ou desencadeada no período do trabalho peculiar em determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;

II – Doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.

De acordo com o art. 20, §1º, da mesma Lei, não são consideradas como doença do trabalho a doença:

-Degenerativa;

-Inerente a grupo etário;

-Que não produza incapacidade laborativa;

-Endêmica adquirida por segurado habitante de região em que ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.

2.4.1. Causas para ocorrência de acidentes de trabalho

Os acidentes ocorrem vários motivos e estão relacionadas em atos inseguros e condições inseguras.

1° - Atos inseguros - são ações, atitudes, atos, ou condutas do trabalhador contrárias às normas de segurança que colocam em risco a saúde ou integridade física e a de seus colegas de trabalho. Esses atos são geradores de muitos acidentes no ambiente de trabalho, o fator humano como causador de acidentes.

São exemplos de alguns de atos inseguros: não utilização de equipamento de proteção individual, manejo de ferramenta imprópria para o serviço, emprego de

(18)

ferramenta incorreta, operação de máquinas por pessoas não treinadas,

2° - Condições inseguras – é inerente ao local de trabalho, são falhas ou irregularidades técnicas em equipamentos e instalações presentes no ambiente de trabalho que comprometem a integridade física ou a saúde do trabalhador.

São exemplos de condições inseguras: falta de espaço, falta de proteção em máquinas, escorregadias, falta de ordem e limpeza, ruídos, pisos irregulares, não fornecimento de equipamentos de proteção individual.

Todo acidente precisa e deve ser analisado em um contexto multicausal (COSTA, M. A. F.; COSTA, M. F. B. 2009).

Segundo Costa e Costa, dentre as causas possíveis, podem-se destacar:  Mau planejamento de atividades;

 Não observância de normas;  Práticas de trabalho inadequadas;  Mal uso de equipamentos de proteção;  Uso de materiais de origem desconhecidas;  Falta de organização e limpeza;

 Excesso de confiança, negligência;

 Desconhecimentos dos riscos inerentes ao processo de trabalho.

2.4.2. Prevenção de acidentes

Segundo Costa e Costa, o conceito de saúde do trabalho inclui três aspectos básicos:

 A saúde orgânica: funcionamento adequado do conjunto de células, tecidos, órgãos e sistemas biológicos;

 A saúde psíquica: pressupõe uma estabilidade mental e emocional;  A saúde social: conforto do indivíduo em suas relações sociais.

Na segurança do trabalho a prevenção de acidentes deve garantir ao trabalhador.

 A prevenção passiva no qual se estudam os acidentes e danos que ocorrem nas empresas, examinando as causas e praticando as medidas de segurança, entretanto, é necessário que algum acidente aconteça.

(19)

Para isso é necessário analisar o ambiente de trabalho, equipamentos e processos, visando os riscos e praticar medidas de segurança.

A segurança é uma técnica para a prevenção de acidentes do trabalho, analisam as instalações, os equipamentos, os processos durante a execução das atividades e o ambiente de trabalho no qual o trabalhador atua constantemente (COSTA, M. A. F.; COSTA, M. F. B. 2009).

Já a ergonomia segundo Costa e Costa, refere-se à adaptação as condições psicológicas e fisiológicas dos trabalhadores em relação aos postos de trabalho, considerando as características e necessidades do trabalhador.

Segundo o autor a prevenção, pode ser constituída dos seguintes passos (COSTA, M. A. F.; COSTA, M. F. B. 2009):

I. Identificação dos riscos nos postos de trabalho; II. Avaliação de riscos;

III. Escolha de medidas para prevenir e proteger; IV. Vigilância e avaliação das medidas adotadas.

Analisando a Tabela 1, é possível observar que a quantidade de acidentes de trabalho total vem diminuindo de 2013 a 2015. Principalmente os acidentes sem CAT(Comunicação de acidente de trtabalho) registrada, que apresenta um decréscimo de 32,27%.

Tabela 1 - Quantidade de acidentes de trabalho, por situação do registro e motivo no Brasil 2013-2015.

Fonte: DATAPREV, 2015.

A tabela 2 fornece o número de acidentes por regiões do Brasil entre os anos de 2013 a 2015, é possível observar que as regiões sul e sudeste obtêm os maiores registros de acidentes de trabalho totais correspondendo a 76,39% dos acidentes registrados no Brasil. Isso ocorre devido ao grande grau de desenvolvimento dessas regiões em comparação com as demais dos pais, onde há grande concentração de

(20)

indústrias, comércios e construções, o que requer grande quantidade de mão-de-obra que muitas vezes fica exposta a riscos de acidentes de trabalho. É também nestas regiões que se observam os maiores índices relacionados a doenças ocupacionais ou doenças do trabalho. É importante notar, também nessas regiões que um número considerável de acidentes não é registrado pelo CAT. Dos 137.727 acidentes de trabalho ocorridos no Sul em 2015, 31.133 não foram registrados pela CAT.

Tabela 2 - Quantidade de acidentes de trabalho, por situação do registro e motivo segundo as grandes regiões do Brasil 2013-2015.

Fonte: DATAPREV, 2015.

2.5. Normas regulamentadoras

2.5.1. Principais normas de segurança do trabalho

As normas regulamentadoras têm como objetivo valorizar a segurança e a saúde do trabalhador. Elas ditam todos os processos técnicos e conceitos de segurança a serem seguidos pelas empresas.

As normas regulamentadoras (NR), pertinentes à segurança e saúde do trabalho, são de observância obrigatória pelas empresas privadas e públicas e pelos órgãos públicos da administração direta e indireta, bem como órgão dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

(21)

legislação pertinente o não cumprimento das disposições legais e regulamentares sobre segurança e saúde no trabalho

Torna-se obrigatório as empresas adotar medidas de prevenção e controle de doenças ocupacionais e acidentes de trabalho para atender as exigências das normas regulamentadoras.

No Brasil as atuações de segurança e medicina do trabalho são regidas pela Portaria nº 3.214, de 8 de junho de 1978, que ratifico as Normas Regulamentadoras (NR). Atualmente existem 38 NRs. Serão abordadas as principais NRs relacionadas a espaço e o trabalho em altura.

2.6. NR 6 – Equipamentos de Proteção Individual

A NR-6 é a norma de segurança do trabalho referente aos equipamentos de proteção individual (EPI), para a prevenção de acidentes de trabalho tem enorme importância. Considera-se equipamento de proteção individual – EPI, todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, indicado à proteção de riscos de segurança e a saúde do trabalho.

De acordo com a norma, a empresa tem por obrigação a distribuição sem custo do EPI aos empregados, o EPI deverá estar bom estado e funcionando corretamente e atendendo as seguintes situações:

 Sempre que as medidas de controle não sanam por completa a proteção contra riscos de acidentes de trabalho ou de doenças do trabalho;

 Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo inseridas;  Para atender as situações de emergência.

O item 6.6 da norma traz os deveres do empregador. Sendo assim compete ao empregador quanto ao EPI:

a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; b) exigir seu uso;

c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e conservação;

e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; e, g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada.

h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.

(22)

uso durante as atividades que expõem o trabalhador ao risco. O funcionário devera ser orientado e treinado para uso correto, da guarda e a conservação do EPI. Sempre que forem notados avarias o EPI deverá ser trocado. O fornecimento do EPI deverá ser registrado para conter um histórico, dessa maneira o empregador terá um controle de todos os equipamentos de proteção fornecidos durante todas as atividades o funcionário na empresa.

O item 6.7, o funcionário possui obrigações que deverão ser cumpridas em relação ao EPI.

6.7.1. Cabe ao empregado quanto ao EPI:

a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;

c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e,

d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

O empregado torna-se responsável pela comunicação ao empregador de qualquer estrago ou alteração que venha a ocorrer ao EPI.

Segundo o item 6.8, o fabricante nacional ou o importador do EPI, o responsável pelo cumprimento dos itens abaixo:

a) cadastrar-se junto ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;

b) solicitar a emissão do CA;

c) solicitar a renovação do CA quando vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde do trabalho;

d) requerer novo CA quando houver alteração das especificações do equipamento aprovado;

e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que deu origem ao Certificado de Aprovação - CA;

f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de CA;

g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadastrais fornecidos; h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma nacional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais referências ao seu uso;

i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,

j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito do SINMETRO, quando for o caso;

k) fornecer as informações referentes aos processos de limpeza e higienização de seus EPI, indicando quando for o caso, o número de higienizações acima do qual é necessário proceder à revisão ou à substituição do equipamento, a fim de garantir que os mesmos mantenham as características de proteção original.

Segundo a NR - 6, a Certificado de Aprovação – CA deverá ter validade de 5 anos para os equipamentos com laudos de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO. Ou terá validade do prazo

(23)

vinculado à avaliação da conformidade no âmbito do SINMETRO, quando for o caso. Todo EPI deverá exibir em caracteres indeléveis e bem visíveis os seguintes itens:

 Nome comercial da empresa fabricante;  Lote de fabricação e o número do CA;

 Nome do importador lote de fabricação e o número do CA.

2.6.1. Equipamentos de Proteção Individual

O anexo I da NR - 6 listam os equipamentos de proteção individuais que o empregador deve prover aos trabalhadores em de acordo com o grau de exposição e a atividade de trabalho. A seguir alguns EPI’S utilizados em trabalhos em altura e espaço confinado na área de armazenagem de grãos.

2.6.2. EPI para proteção da cabeça (capacete)

De acordo com a figura 1, capacete é utilizado para a proteção da cabeça. Os capacetes atuam protegendo contra impactos de objetos sobre o crânio, proteção da face e do crânio contra agentes térmicos. A figura 1 mostra um capacete.

Figura 1 – Capacete

Fonte: http://saudeesegurancanotrabalho.com 2.6.3. EPI para proteção contra quedas em altura

(24)

O cinto de segurança com dispositivo trava-queda é o EPI obrigatório em atividades em altura. É utilizado para a proteção de trabalhadores contra riscos de quedas em trabalhos em altura e contra riscos de queda em espaços confinados como, por exemplo, um poço de elevador de grãos, onde na maioria das vezes o espaço é limitado e o operador deve estar ancorado para caso ocorra um mal súbito por existência de gases.

Figura 2 – Talabarte com absorvedor (a) e cinturão de segurança (b).

(a) (b)

Fonte: http://saudeesegurancanotrabalho.com

O cinto de segurança com dispositivo de trava-queda protege o usuário contra quedas em operações com movimentação vertical ou horizontal, figura 3.

Figura 3 – Travas quedas

Fonte: Phttp://www.superepi.com.br

2.7. NR 33 - Espaço confinado

A Norma Regulamentadora 33 define espaço confinado como qualquer área ou ambiente não projetado para a ocupação contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, onde a ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio.

Admissível lembrar que o risco é inerente à presença de um agente ou de um ambiente, o perigo é exposição ao risco.

(25)

dos Estados Unidos podemos classificar os espaços confinados em classe A que são aqueles que apresentam situações que são IPVS, classe B não apresenta perigo para a vida ou a saúde, mas têm o potencial para causar lesões e classe C onde os riscos existentes são insignificantes, não requerendo procedimentos ou práticas especiais de trabalho.

2.7.1. Classe A – IPVS (Atmosfera Iminentemente Perigosa a Vida)

Este local se caracteriza com deficiência de oxigênio, atmosfera inflamável ou explosiva com concentração de substância tóxica ou fatal para o trabalhador;

Sendo exigida emissão de PET específica para a entrada de pessoas na execução de trabalhos no seu interior;

2.7.2. Classe B – Não IPVS

Esse local possui um ambiente interno confinado, com periculosidade para provocar lesão ou algum tipo de doença no funcionário se não forem tomadas medidas de controle apropriadas.

A emissão da PET (permissão de entrada de trabalho) também é obrigatória e específica para a entrada de pessoas na execução de trabalhos no seu interior;

2.7.3. Classe C – Todos os perigos eliminados

O local de trabalho possui um perigo potencial que não requer nenhuma alteração especial no processo normal de trabalho.

A entrada de pessoas e execução de trabalhos em seu interior pode ser liberada através de emissão de PET, não requer medidas específicas com relação à restrição do número de pessoas no seu interior, nem tampouco obriga os trabalhadores à realização de exame médico antes da entrada.

2.7.4. Riscos encontrados em espaço confinado

Podem-se citar vários riscos no espaço confinado, mas podemos destacar os principais abaixo:

 Ausência ou Excesso de oxigênio;

(26)

 Incêndio e Explosão;

 Riscos Mecânicos e Elétricos ou Riscos Combinados.  Animais peçonhentos;

 Mal súbito por excesso de gases por material em decomposição;

2.7.5. Análise de riscos

Este processo é de principal importância para o reconhecimento, pois com ele podemos avaliar e determinar os limites de segurança para que não tenha exposição ao risco e ao perigo.

Podemos controlar os riscos basicamente em três situações:

Na Origem: Evitar a formação ou a disseminação do agente no meio de

trabalho.

No ambiente: Prevenir que o agente alcance os locais de trabalho, em

concentração ou intensidade perigosa para a exposição humana.

No funcionário: Impedir que o agente causador adentre no organismo dos

trabalhadores em concentrações e na intensidade acima do tolerável.

2.7.6. Explosões

As explosões acontecem em unidades processadoras, com acumulo de poeiras estas têm propriedades combustíveis em concentração acima das toleráveis. Os locais onde ocorre podemos citar as instalações de moagem, descarga, movimentação, transporte de graneis, não possuindo exaustão isto se torna determinante causador de incidente, com dimensões inimagináveis.

Os incêndios podem acontecer com qualquer material combustível, mas para que esse ocorra é necessário que este produto seja muito inflamável. Os incêndios também podem se transformar em explosões, desde que a área possui características apropriadas para o momento.

2.7.7. Engolfamento e Soterramento

O engolfamento, nada mais é a captura de uma pessoa por líquidos ou sólidos, sendo aspirados podem causar a morte por enchimento ou obstrução do sistema respiratório, ou que possa exercer força suficiente para causar morte por

(27)

esmagamento.

A figura 4 revela uma condição em silos armazenadores, onde surgem espaços vazios em baixo de placas formadas por grãos compactados. Com o espaço vazio, uma pessoa estiver realizando uma atividade na superfície poderá ocorrer o chamado engolfamento, que consiste na captura de uma pessoa em líquidos ou sólidos (SILVA, et al., 2015).

Fonte: ACCA (2012)

Pode-se diferenciar o soterramento ilustrado na figura 5, onde não possui um processo correto de descarga dos grãos, com isto se aglomera uma grande massa na parede do silo, chamada de parede de grãos, se o trabalhador for imprudente ao tentar realizar a limpeza poderá ser soterrado pelos grãos.

Para que estas situações não aconteçam, o trabalhador deverá avaliar as condições dos silos antes da entrada de qualquer pessoa, independente da tarefa que ele for realizar, também é obrigatório o uso dos EPC’s e EPI’s que devem ser utilizados na atividade, com a emissão uma permissão de entrada e trabalho no silo

Fonte: ACCA (2012) 2.7.8. .Qualificações

Figura 4 - Engolfamento

(28)

A importância de treinar e qualificar toda equipe funcional da empresa, todos os funcionários que atua diretamente ou indiretamente no ambiente de espaço confinado, todos devem conhecer e obter habilidades necessárias para o desempenho seguro de suas atividades a quais foram colocados.

A certificação do treinamento deverá conter a carga horaria, qualificação designada, nome de cada trabalhador, as assinaturas dos docentes e os períodos de treinamento.

2.7.9. Permissão de entrada de trabalho (PET)

A permissão para trabalho é um documento muito importante para controle, no qual constam as condições se encontra o espaço confinado, recomendações e verificações periódicas para garantia da condição segura de trabalho. A permissão não garante permanentemente a condição de liberação do espaço, algumas práticas preventivas são fundamentais para manter as condições iniciais de trabalho. É vedada a realização de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada em espaços confinados.

Para cada entrada em espaço confinado deverá ser emitida uma nova permissão, não sendo mais válidas permissões anteriores.

Podem-se descrever as seguintes condições para preenchimento do documento.

 A PET é exigida pelo Ministério do Trabalho e é executada pelo supervisor de entrada.

 O serviço a ser executado deve ser sempre acompanhado por um vigia;  A PET contém procedimentos de segurança e emergência;

 Qualquer saída de toda a equipe por qualquer motivo implica a emissão de uma nova PET;

 A PET deverá ficar exposta no local de trabalho até o seu término;  Após o trabalho, a PET deverá ser arquivada.

2.7.10. Equipamentos e instrumentos para medições

Todo equipamento utilizado para atender as normas vigentes, deverão ser fornecidos pela empresa aos trabalhadores sem custo, podemos citar os mais

(29)

importantes para realização do trabalho como:  Equipamento detector de gás portátil;

 Equipamento de ventilação e exaustão do ambiente confinado (exaustor/insuflador de ar);

 Equipamentos de iluminação à prova de explosão (lanterna);  Ponto de resgate para ancoragem do trabalhador.

2.7.11. Ponto resgate ou ancoragem

Para o trabalhador se encontre complemente seguro durante o trabalho no espaço confinado, o sistema de ancoragem é de suma importância para sua segurança. Cabe ao empregador a elaboração de programas e procedimentos de emergência e resgate adequados a cada espaço confinado existente na sua empresa, descrevendo os possíveis cenários de acidentes, medidas de salvamento e primeiros socorros.

Segundo a NBR 14787, os sistemas de resgate deverão atender alguns requisitos:

 Facilitar a retirada de pessoas do interior de espaços confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar nestes,

 A entrada do socorrista aos espaços confinados só será permitido depois de realizados todos os procedimentos de segurança para a entrada.

 Utilização de sistema de ventilação forçada, este deverá ser dimensionado, a fim de comportar os trabalhadores mais os responsáveis pelo resgate.

2.8. NR 35 – Trabalho em altura

Segundo o Manual de Auxílio na interpretação e Aplicação da Norma NR 35 (2018):

“Trabalho em altura é, portanto, qualquer trabalho que requeira que o trabalhador esteja posicionado em um local elevado, com diferença superior a 2,0 m (dois metros) da superfície de referência, e que ofereça risco de queda. As atividades de acesso e a saída do trabalhador deste local também deverão respeitar e atender esta norma.”

(30)

Essa norma também se refere às responsabilidades do empregador, que deve adotar todas as medidas de segurança estabelecidas nesta norma. Aborda as responsabilidades pertinentes aos trabalhadores, durante a execução de suas atividades. Tratam ainda da qualificação e do treinamento de todos os trabalhadores que irão executar serviços em altura, sendo eles comprometidos a trabalhar capacitados, além da correta utilização dos equipamentos de proteção individual, acessórios utilizados nesse serviço e os sistemas de ancoragem.

De acordo com a NR 35, compete ao empregador garantir as medidas estabelecidas na norma e assegurar a realização da Análise de Risco (AR), e emitir a Permissão de Trabalho (PET). A responsabilidade de o empregador realizar uma avaliação previamente das condições do local de trabalho em altura, de modo a antecipar os possíveis riscos no qual o trabalhador ficará exposto e planejar as corretas medidas preventivas de segurança.

Acidentes de trabalho provocados por quedas em altura são relacionados, principalmente, à ausência de proteção coletiva, adequação de medidas preventivas de Segurança do trabalho e do treinamento com capacitação dos trabalhadores envolvidos nessas atividades.

As quedas podem ocorrer por mais de um motivo e estão relacionadas ao ambiente de trabalho e ao próprio trabalhador. Portanto, características inerentes aos indivíduos como falta de atenção e concentração durante a realização de determinada atividade, aliada à falta ou uso incorreto dos equipamentos de proteção individual, podem gerar quedas. Além disso, o local onde se realiza a atividade pode ser um fator gerador dos acidentes. Ambientes com pouca iluminação, superfícies escorregadias e buracos geram em muitos casos, acidentes devido a quedas.

Riscos não previstos nos estudos prévios e que não sejam possíveis sua eliminação imediata, é necessária a intervenção e suspensão das atividades. Todas as atividades realizadas em altura deverão estar sob supervisão de acordo com as peculiaridades da atividade.

De acordo com o item 35.1.2 cabe aos trabalhadores:

a) cumprir as disposições legais e regulamentares sobre trabalho em altura, inclusive os procedimentos expedidos pelo empregador;

b) colaborar com o empregador na implementação das disposições contidas nesta Norma;

c) interromper suas atividades exercendo o direito de recusa, sempre que constatarem evidências de riscos graves e iminentes para sua segurança e saúde ou a de outras pessoas, comunicando imediatamente o fato a seu

(31)

superior hierárquico, que diligenciará as medidas cabíveis;

d) zelar pela sua segurança e saúde e a de outras pessoas que possam ser afetadas por suas ações ou omissões no trabalho.

No item 35.3.2 a NR 35 evidencia o conteúdo programático, devendo no mínimo incluir:

a) normas e regulamentos aplicáveis ao trabalho em altura;

b) análise de Risco e condições impeditivas;

c) riscos potenciais inerentes ao trabalho em altura e medidas de prevenção e controle;

d) sistemas, equipamentos e procedimentos de proteção coletiva;

e) equipamentos de Proteção Individual para trabalho em altura: seleção, inspeção, conservação e limitação de uso;

f) acidentes típicos em trabalhos em altura;

g) condutas em situações de emergência, incluindo noções de técnicas de resgate e de primeiros socorros.

A NR 35 é um instrumento de gestão de segurança do trabalho, pois nela estão as diretrizes sobre planejamento das atividades que serão realizadas em altura, antecipando os riscos que o trabalhador irá localizar durante essa atividade e adotando medidas preventivas pertinentes e específicas de segurança do trabalho.

Para exercer uma atividade de trabalho em altura, é de responsabilidade de o empregador avaliar o estado de saúde dos trabalhadores. Com isso é necessário realizar exames voltados a patologias que podem causar mal súbitos e ocasionar queda de altura, podemos citar abaixo:

 Epilepsia;

 Vertigem e tontura;

 Alterações cardiovasculares;  Diabetes Mellitus.

No item 35.4.2 da norma, Quando não se pode evitar a realização do trabalho em altura, uma das medidas de eliminação de riscos de acidentes de altura é a utilização de proteção coletiva, com isso precisar adotar medidas com as seguintes hierarquias:

a) medidas para evitar o trabalho em altura, sempre que existir meio alternativo de execução;

b) medidas que eliminem o risco de queda dos trabalhadores, na impossibilidade de execução do trabalho de outra forma;

c) medidas que minimizem as consequências da queda, quando o risco de queda não puder ser eliminado.

De acordo com Manual de Auxílio na interpretação e Aplicação da Norma NR 35 (2018):

(32)

“É conceito universal que as medidas de proteção coletiva devem ser planejadas e desenvolvidas com a análise de risco realizada e aplicada mediante procedimentos, entendido como forma padronizada do proceder (fazer) ou implantar a medida de proteção programada.”

De acordo com a norma, todo trabalho em altura deverá possuir análise de risco. Este deve atender,

a) o local em que os serviços serão executados e seu entorno; b) o isolamento e a sinalização no entorno da área de trabalho; c) o estabelecimento dos sistemas e pontos de ancoragem; d) as condições meteorológicas adversas;

e) a seleção, inspeção, forma de utilização e limitação de uso dos sistemas de proteção coletiva e individual, atendendo às normas técnicas vigentes, às orientações dos fabricantes e aos princípios da redução do impacto e dos fatores de queda;

f) o risco de queda de materiais e ferramentas;

g) os trabalhos simultâneos que apresentem riscos específicos;

h) o atendimento aos requisitos de segurança e saúde contidos nas demais normas regulamentadoras;

i) os riscos adicionais; j) as condições impeditivas;

k) as situações de emergência e o planejamento do resgate e primeiros socorros, de forma a reduzir o tempo da suspensão inerte do trabalhador; l) a necessidade de sistema de comunicação;

m) a forma de supervisão.

.O item 35.5 da NR 35 estabelece que os EPI’s, sistemas de ancoragem devem ser especificados considerando a sua eficiência, a carga aplicada. Os equipamentos de proteção individual devem ser submetidos à inspeção periódica de forma a observar eventuais defeitos e deformações. Deve ocorrer uma inspeção sempre de iniciar as atividades os EPI, acessórios e sistemas de ancoragem. Todos os equipamentos que apresentarem deformações deverão ser descartados e inutilizados.

O cinto de segurança dever ser do tipo paraquedista e possuir dispositivo para conexão em sistema de ancoragem. Durante toda a exposição ao risco, o trabalhador deve estar conectado ao sistema de ancoragem. Além disso, o talabarte e o dispositivo trava-quedas devem ser fixados acima do nível da cintura, garantindo restrição de altura de queda e assegurar que, em caso de queda, minimize as chances de o trabalhador colidir com a estrutura inferior. De acordo com o item 35.5.3,

A NR 35 obriga o uso de absorvedor de energia nas seguintes situações: - Fator de queda maior que 1:

(33)

- Comprimento do talabarte for maior que 0,9.

Os pontos de ancoragem devem ser selecionados por profissional habilitado, devem possuir resistência para suportar a carga máxima aplicável e serem inspecionados quanto a sua integridade.

Além dos dispositivos citados anteriormente, em função do trabalho realizado podem ser necessários outros equipamentos para proteção do trabalhador contra quedas. Exemplos:

Figura 6 – Guinchos para pessoas

Fonte: http://www.gulin.com.br/f2.html 2.8.1. Técnicas de prevenção de quedas

De acordo com autor Pereira (2011) a prevenção de quedas em altura deve atender a uma sequência, para os diferentes graus de prevenção de quedas:

 Redução do tempo de exposição ao risco: transferir o que for possível para o nível mais baixo, a fim de que o serviço seja executado no solo, eliminado assim o risco. Ex.: peças pré-montadas.

 Impedir a queda: eliminar o risco por meio da concepção e organização do trabalho na obra. Ex.: colocação de guarda-corpo.

 Limitar a queda: se a queda for impossível, deve-se recorrer a proteções que a limitem. Ex.: redes de proteção.

 Proteção individual: se não for possível à adoção de medidas que reduzam o tempo de exposição, impeçam ou limitem a queda de pessoas, deve-se recorrer a

(34)

equipamentos de proteção individual. Ex.: cinto de segurança.

Esta técnica de proteção individual deve ficar limitada a tarefas de curta duração, no entanto, deve-se utilizar a proteção individual quando o risco total das operações de colocação da proteção coletiva for superior ao uso da citada proteção.

(35)

3.

DESCRIÇÃO DAS ÁREAS DE ADEQUAÇÃO

O trabalho será desenvolvido com base em um estudo de caso, no qual foi realizado um projeto de adequação, o projeto está de acordo com as normas regulamentadores vigentes, colocando a unidades armazenadora nos padrões de segurança e como é solicitado na legislação de segurança do trabalho. Primeiramente foram realizados trabalhos de levantamento da situação que se encontrava a unidade de recebimento de grãos. Posteriormente realizados os orçamentos e os projetos para fabricação das peças para adequação dos locais que se encontrava com situação inadequada para realização do Trabalho em altura ou confinados, também equipamentos sem proteções de segurança.

3.1. Moegas e tombadores

Primeira área que começou o projeto foi nas moegas, que são locais abertos para passagem de caminhões e bem ventilados, pois ali são depositados os grãos. Possuem um sistema de túneis transportadores por meio do qual o grão é levado para a máquina de beneficiamento. A descarga pode ser feita de forma manual através da gravidade onde são abertos pequenos registros no fundo do caminhão e o que sobra movido manualmente através de rodos. Também são usados tombadores que consiste de uma plataforma hidráulica basculante, tendo como vantagem o tempo de descarga. Podendo ser adaptada mesmo em moegas já existentes como mostrado nas Figuras 7 e 8.

Figura 7 – Moega

(36)

Como observados nas figuras os tombadores não possuíam guardas corpos de proteção e as moegas não possuía acessos apropriados com escadas e linhas de vida no seu interior e os acessos aos poços dos tombadores não possuía ponto de ancoragem.

Figura 8 – Tombador

Fonte: Próprio Autor (2018)

As moegas possuem acessos restritos, pela própria moega ou pelo pé do elevador, conforme figura 9 onde existe uma escada de marinheiro para o trabalhador acessá-la, com isso deverá conter nos seus acessos ponto de ancoragem para resgate dos trabalhadores onde se caracteriza como espaço confinado.

Figura 9 – Poço elevador moega

(37)

O poço do elevador de grãos é considerado um espaço confinado, pois sua ventilação era insuficiente para remover seus contaminantes ou onde pode existir a deficiência ou excesso de oxigênio. A ventilação em espaços confinados é um procedimento de segurança muito importante e requerem alguns itens a serem observados antes do início do trabalho.

Para a realização de trabalho em espaço confinado os trabalhadores deverão ter treinamento específico para a sua atividade. Deve ser avaliada a atmosfera antes da entrada de trabalhadores e manter condições atmosféricas aceitáveis na entrada e durante toda a realização dos trabalhos, monitorando e ventilando o espaço confinado.

Antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos químicos (oxigênio, tóxicos e inflamáveis). Todo o trabalho deve ser continuamente medido a sua atmosfera nas áreas onde os trabalhadores estiverem trabalhando.

3.2. Elevador de grãos

São equipamentos projetados para movimentar produtos no sentido vertical. Estruturalmente, são dotados de caçambas fixadas sobre uma correia estendida entre duas polias posicionadas na vertical. As caçambas podem possuir diferentes formatos e serem construídas em materiais metálicos ou plásticos; ou ainda metálicos com revestimento plástico, conforme figura 10.

Figura 10 – Elevador de grãos

(38)

A polia superior, também denominada polia motora ou tambor motriz, tem por função tracionar a correia de canecas. O acionamento é feito por um motor elétrico

A polia inferior, denominada polia tipo gaiola é montada em mancais deslizantes acoplados em parafusos, o que permite esticar e alinhar a correia de canecas.

Durante a operação é importante: (a) inspecionar a ocorrência de manchas de aquecimento devido ao atrito das canecas ou da correia com as chapas de revestimento; (b) observar a ocorrência de barulhos relativos ao atrito das canecas com a estrutura do transportador, ou ainda de parafusos soltos. Estes problemas podem gerar faíscas, que apresentam como fontes de ignição em explosões ou incêndios.

Durante o levantamento foi evidenciado a falta de componentes de segurança no elevador de grãos na moega, por exemplo, falta do sistema de exaustão no poço, ponto de ancoragem para resgate, linha vida na escada marinheiro e alçapões de acesso fora de dimensionamento, conforme figura11.

(39)

3.3. Correias transportadoras

Correias transportadoras ou fitas transportadoras são equipamentos projetados para movimentar produtos no sentido horizontal. Mas, podem operar com inclinação de até 12°, o que afeta a eficiência operacional. Estes equipamentos são constituídos por uma correia estendida entre os tambores motriz e de retorno, e apoiadas sobre vários roletes.

Junto ao tambor motriz é montado (a) o motor elétrico que é acoplado por meio de correias ou um motor-redutor; e (b) o sistema mecânico para esticar a correia. Este sistema atua sobre os mancais que suportam o tambor de retorno, por meio de parafusos, ou um contra peso atado a trilhos sobre os quais estão os mancais.

A carga das correias transportadoras pode ser feita por meio de tremonhas ou calhas, e estas podem ser fixas ou moveis. Assim, é possível receber o fluxo de grãos em várias posições ao longo do transportador. Quando a descarga, esta pode ser na extremidade final, ou em pontos intermediários por meio do carro de despejo.

As correias transportadoras apresentam em diferentes configurações: (a) simples - conduz produto em único sentido, (b) reversível - transporta produtos em dois sentidos, (c) dupla – conduz produto em dois sentidos ao mesmo tempo, e (d) blindada – quando a correia é montada envolta por caixa metálica, conforme figura 12.

Figura 12 – Correia transportadora

Fonte: Próprio Autor (2018)

Na manutenção são recomendados: (a) verificar o estado da correia quanto a danos e cortes, nestes casos procure identificar a causa e reparar, (b) proceder ao alinhamento, (c) verificar o estado de rolamentos e mancais, (d) proceder à

(40)

reposição de roletes danificados e (f) ajustar a tensão da correia. Pois, caso a correia esteja muito esticada a vida útil é reduzida e danos ocorrem, principalmente, nos mancais e rolamentos dos tambores.

No levantamento foi visto a falta de componentes de segurança transportador de grãos dos armazéns, conforme figura 12, guardas corpos de proteção, linha vida horizontal na passarela, plataformas para manutenção no acionamento da fita, proteções nos rolos, tripler e tambor, escadas marinheiros para acessos a fitas.

Figura 13 – Escada de acesso fita.

(41)

3.4. Silos armazenadores de grãos

Os silos destinados ao armazenamento de grãos são conhecidos como silos graneleiros, e tem por objetivo manter os grãos secos de modo a evitar a sua degradação, conforme figura 14.

Os silos graneleiros podem estar situados nas fazendas, nos portos, em empresas cerealistas, geralmente em locais de fácil acesso junto a cidades, rodovias, ferrovias ou hidrovias.

A dimensão e as características técnicas de um silo dependem da finalidade a que se destina, propiciando principalmente:

A manutenção da qualidade do produto armazenado; A facilidade de enchimento e esvaziamento do silo.

Figura 14 – Silo com poço.

Fonte: Próprio Autor (2018) 3.4.1. Riscos de acidentes

Além de riscos de incêndios e explosões em armazenadores de grãos, há o risco de soterramento, que geralmente ocorre quando o operador deixa de usar o cinto de segurança, o que impede a retirada do mesmo caso fique preso nos grãos. Devem-se estabilizar os grãos para que faça a retirada do trabalhador.

(42)

A Figura 15 demonstra um exemplo de como os grãos podem configurar uma grande massa contra a parede do silo ou em várias formações, quando armazenado em condições incorretas.

Figura 15 – Acidente por soterramento

Fonte: ACCA, (2012)

A Figura 16 mostra o engolfamento, que pode ser classificado como a captura de pessoas em sólidos finamente divididos.

Figura 16 – Acidente por engolfamento

(43)

Durante o processo de levantamento de dados foi observados os seguintes itens que encontrar-se inadequados, segundo as normas regulamentadoras (NRs), podemos citar os seguintes itens;

 Escada marinheiro sem plataformas intermediaria;  Linhas de vidas vertical;

 Ponto de ancoragem;  Alçapão de acesso ao silo;  Escada da cobertura do silo;

 Degraus e guarda corpo fora da especificação técnica; Figura 17 – Cobertura silo

(44)

4.

PARECER DE MELHORIA E ADEQUAÇÃO

4.1. Moegas e tombadores

Durante o processo de levantamento ficou evidenciado setor de descarga dos grãos, as moegas e os tombadores que não possuíam itens básicos de segurança. Segundo as NRs, que já relatamos nos capítulos anteriores, elas estabelecem como dever do empregador possuir um ambiente de trabalho seguro aos colaboradores.

Após ter as dimensões dos locais para elaboração dos projetos, iniciou a fabricação das peças seguindo NBR’s e as NRs vigentes, concluindo a fabricação das peças, começou o processo de montagem e execução dos projetos de adequação.

Na figura 18 verifica–se o que foi adequado para esse ambiente de trabalho se tornasse seguro e protegido.

 Item 1 – Corrimões protegendo o corredor de trafego de caminhões;  Item 2 – Sistema de exaustão do poço do elevador;

 Item 3 – Ponto de resgate nos alçapões de acesso aos tombadores;  Item 4 – Plataforma superior de expedição de caminhões, sobre a moega;

Figura 18 – Adequação Moegas e Tombadores

Fonte: Próprio Autor (2018)

(45)

Na figura 19 e 20 ilustram o correto sistema de ancoragem e o sistema de exaustão, conforme as NR-33 e NR-35, vigentes.

Figura 19 – Adequação Moegas e Tombadores

Fonte: Próprio Autor (2018)

(46)

Fonte: Próprio Autor (2018)

Para obter uma exatidão no calculo de renovações de ar necessárias para uma determinada área confinada. Temos a seguinte formula a seguir:

1° Passo; calculo do volume do espaço confinado, para obtenção da quantidade de trocas de ar, usando a equação 1

Volume poço. (V)

V= profundidade x comprimento x largura

V = . . (1) Onde: V = volume (m³); p = profundidade(m); c = comprimento(m); c = largura(m);

2° passo cálculo da taxa de renovação necessária para manter o ambiente em condições de trabalho.

(47)

T = / (2) Onde:

T = Taxa de renovação do ar por hora; Q = Vazão do ventilador (m³/h);

V = volume (m³)

A figura 21 demonstra a montagem do sistema de exaustão. Figura 21 – Sistema de exaustão.

(48)

4.2. Elevador de grãos

Foram executadas as seguintes adequações nos Elevadores de grãos, os degraus não eram ante - escorregamento e foram alterados por corrugado, proteções de acionamento eram irregulares, também foram substituídas e não continha plataformas de descanso a cada 6(seis) metros, conforme a norma estabelece. Pode-se observar na figura 22 o Elevador de grãos devidamente protegido, oferecendo segurança para os operadores.

Figura 22 – Elevador de grãos NR-12

(49)

4.3. Correias transportadoras

As correias são equipamentos que movimentam os grãos de maneira mais ágil no sentido horizontal por longas distancias, por isso possuem roletes auxiliam a sustentação e a movimentação da correia.

As correias ou fitas transportadoras estão basicamente instaladas em lugares de difícil acesso, por exemplo, onde opera para o descarregamento de silo ou armazém, isto fica localizado abaixo do nível do solo, com meios limitados de entrada e saída, onde a ventilação é deficiente ou insuficiente e principalmente não foi projetado para ocupação humana continua, com isso trata-se de um lugar confinado, como tratamos na revisão bibliográfica na NR-33, pode-se observar na figura 23.

Figura 23 – Correia transportadora no espaço confinado

Fonte: Próprio Autor (2018)

Também é comum a instalação das correias em passarelas ou galerias, agora acima do nível do solo, usada para carregamento de silos ou armazém, como fica localizada acima 2 m de altura, caracteriza como trabalho em altura, com isso devera conter itens de segurança descritos no capitulo anterior onde comentamos sobre a NR-35 e suas obrigatoriedades, pode-se observar na figura 24.

Evidencia-se no levantamento a falta de vários itens de segurança, que pode ocasionar acidentes com gravidade aos operadores. Para amenizar e suprir as necessidades foram adequados os seguintes itens:

(50)

Figura 24 – Correia transportadora

Fonte: Próprio Autor (2018)

 Plataforma para acesso manutenção do motor acionamento, observa-se na figura 25;

Figura 25 – Plataforma manutenção Correia transportadora.

Fonte: Próprio Autor (2018)

 Proteção dos rolos, tambor, trippler e o chute de descarga, observam-se nas figuras 26 e 27;

(51)

Figura 26 – Correia transportadora adequada

Fonte: Próprio Autor (2018)

Figura 27 – Proteção do tambor da Correia transportadora

Fonte: Próprio Autor (2018)

 Escada marinheiro com linha de vida e porta de acesso a correia transportadora e a passarela observam-se na figura 28;

(52)

Figura 28 – Escada marinheiro de acesso Correia transportadora

Fonte: Próprio Autor (2018)

4.4. Adequações Realizadas no Silo

Os silos armazenadores são geralmente verticais fabricados em chapa metálica ondulada, os modelos de fabricação pode mudar conforme necessidade de armazenamento.

As adequações do silo foram realizadas conforme resolução técnica N° 22, do corpo de bombeiros, também utilizados as referencias normativas NR – 12, 33 e 35, essas relatam critérios de segurança para silos e armazéns graneleiros.

Assim foram realizadas as seguintes modificações abaixo:

 Colocados patamares de descanso a cada 5 metros, o primeiro patamar foi instalado na boca de inspeção que esta localizada a 5 metros do nível do solo, esta foi projetada com as dimensões 1,2 metros de largura por 2 metros de comprimento.

 O patamar secundário foi instalado a 5 metros do patamar primário, com as dimensões de 1,2 metros de largura por 1,5 metros de comprimento, este projetado para atender o requisito da norma que estabelece um vão livre 1,2 metros.

(53)

 O patamar superior foi desenvolvido para atender as seguintes condições, acesso a escada da cobertura, também para ter acesso ao alçapão de inspeção e resgate. Essa plataforma tem as seguintes dimensões 1,2 metros largura por 2 metros de comprimento, conforme figura 29.

Figura 29 - Adequação Silo

Fonte: Próprio Autor (2018)

 O alçapão foi desenvolvido para atender o requisito da norma CBM - Saídas de emergência N° 5.2.3.3.5, esta descreve que o alçapão devera ter uma área livre 1,2 m², conforme figura 30:

(54)

Fonte: Próprio Autor (2018)

 Ponto de ancoragem foi desenvolvido conforme descrito normativa CBM - Saídas de emergência N° 5.2.3.3.2, foi instalado no montante do silo, sendo nivelado e centralizado pelo alçapão, a ponta superior ficou a 2 metros do nível da plataforma. Antes de iniciar um trabalho no interior do silo o operador devera utilizar uma corda para se ancorar, conforme figura31.

Fonte: Próprio Autor (2018) Figura 31 - Ponto de ancoragem

(55)

 A escada com guardas corpo de acesso a cobertura do silo foi instalada no centro do telhado, permitindo acesso ao topo do silo. Também instalada uma linha de vida para ancoragem, conforme figura 32.

Fonte: Próprio Autor (2018)

Referências

Documentos relacionados

6 Num regime monárquico e de desigualdade social, sem partidos políticos, uma carta outor- gada pelo rei nada tinha realmente com o povo, considerado como o conjunto de

O objetivo do curso foi oportunizar aos participantes, um contato direto com as plantas nativas do Cerrado para identificação de espécies com potencial

2.1. Disposições em matéria de acompanhamento e prestação de informações Especificar a periodicidade e as condições. A presente decisão será aplicada pela Comissão e

Se você vai para o mundo da fantasia e não está consciente de que está lá, você está se alienando da realidade (fugindo da realidade), você não está no aqui e

As relações hídricas das cultivares de amendoim foram significativamente influenciadas pela a deficiência hídrica, reduzindo o potencial hídrico foliar e o conteúdo relativo de

As key results, we found that: the triceps brachii muscle acts in the elbow extension and in moving the humerus head forward; the biceps brachii, pectoralis major and deltoid

Dentre as principais conclusões tiradas deste trabalho, destacam-se: a seqüência de mobilidade obtida para os metais pesados estudados: Mn2+>Zn2+>Cd2+>Cu2+>Pb2+>Cr3+; apesar dos

Todavia, nos substratos de ambos os solos sem adição de matéria orgânica (Figura 4 A e 5 A), constatou-se a presença do herbicida na maior profundidade da coluna