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2016 UNIFOR SOARES; CARVALHO; BARROS; SILVA; CALDAS; LIMA O ensino de Cultura Étnica e Africanidades na disciplina Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais

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Academic year: 2021

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ISSN 21755396 1

XVI Encontro de Iniciação à Docência

Universidade de Fortaleza 17 a 20 de outubro de 2016

O ensino de Cultura Étnica e Africanidades na disciplina Diferença e

Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais

Deyse Mara Romualdo Soares1* (ID,) Beatriz Bezerra Carvalho1 (ID), Jane Eyre Martins Caldas1 (ID), Mirella Mota Cavalcante da Silva1 (ID), Gracy Kelly Amaral Barros1 (ID), Luciana de Lima2 (PO)

1. Universidade Federal do Ceará – Grupo de Pesquisa Tecnodocência 2. Universidade Federal do Ceará – Instituto Universidade Virtual deysemarasoares@gmail.com

Palavras-chave: Africanidades. Diversidade Cultural. Ensino

Resumo

O objetivo deste trabalho é compreender o que os alunos de graduação pensam sobre Cultura Étnica e Africanidades na sociedade da diversidade, tema do fórum de discussão da disciplina Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais, ofertada aos alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC) no semestre 2016.1, na modalidade a distância. Considera-se que, um passo a Considera-ser dado para a construção de uma educação para as relações étnico-raciais é a desconstrução da ideologia etnocêntrica que se desenvolveu no ocidente a partir da modernidade. O presente estudo foi desenvolvido por meio de pesquisa qualitativa e de Estudo de Caso realizado a partir de uma análise de discurso das participações dos trinta e dois alunos matriculados, de uma turma específica, através do fórum, tendo como foco seus conhecimentos prévios sobre a temática. Constatou-se a importância de se pensar e discutir sobre africanidades nas instituições de ensino e a história da África, sobre racismo e etnias, bem como suas definições e conceitos. Ressalta-se a importância da presença do professor no processo de ensino e aprendizagem, incentivando a participação no fórum e o questionamento dos alunos. Considera-se que a temática da disciplina sobre Cultura Étnica e Africanidades na sociedade da diversidade, mostra-se interessante, tendo em vista que, é uma temática muito debatida na sociedade, na contemporaneidade, pois, favorece aos alunos a reflexão e (re)construção de saberes entre os participantes. Salienta-se a continuidade desse estudo, aprofundando a pesquisa durante o semestre 2016.2.

Introdução

Na contemporaneidade, os discursos sobre etnia, africanidades e diversidade cultural, tendem a assumir diversas perspectivas, sentidos e frentes de lutas e movimentos sociais. Esses assuntos trazem consigo debates e reflexões diversas, terminam por despertar o debate, a argumentação, e a movimentação de ideias, tanto em alunos como em professores.

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Ao tratar a questão da diversidade cultural, Abramowicz (2006) diz que de um lado, há o discurso de que nós somos um povo único, fruto de um intenso processo de miscigenação e mestiçagem, que gerou uma nação singular com indivíduos culturalmente diversificados. De outro, vivenciamos em nossas relações cotidianas inúmeras práticas preconceituosas, discriminatórias e racistas em relação a alguns segmentos da população, como, as mulheres, os indígenas e os afrodescendentes. Ainda, para a autora, a “diversidade pode significar variedade, diferença e multiplicidade. A diferença é qualidade do que é diferente; o que distingue uma coisa de outra, a falta de igualdade ou de semelhança” (ABRAMOWICZ, 2006, p. 12). Nesse sentido, pode-se afirmar que onde há diversidade existe diferença.

O termo “étnico” marca as relações tensas por causa das diferenças na cor da pele e nos traços fisionômicos que caracterizam a raiz cultural, planta da ancestralidade dos mais diversos grupos, que difere em visão de mundo, valores e princípios de origem indígena, europeia ou asiática. O termo étnico é fundamental para demarcar que indivíduo pode ter a mesma cor da pele, o mesmo tipo de cabelo e traços culturais e sociais que os distingue, caracterizando assim etnias diferentes (BRASIL, 2004).

Em relação aos conceitos de africanidades e afrodescendência, Cunha Júnior (2013, p. 70) afirma que eles “são vinculados ao enfoque de etnia, sendo que este último permanece como problema nos debates sobre educação”.

Silva (2005) afirma que nos livros didáticos, nos currículos escolares e nas falas dos professores, ainda há uma invisibilidade ou a visibilidade subalterna de diversos grupos sociais, como os negros, os indígenas e as mulheres. O preconceito instituído e manifestado na prática pedagógica pode levar tais grupos a uma autorrejeição e rejeição ao seu grupo social, comprometendo os processos constitutivos de sua identidade. A respeito do reconhecimento das diferenças e da inclusão do outro, Freire (2003) ensina que a predisposição em ouvir o outro é o ponto de partida para se estabeleça uma relação dialógica.

Para Oliveira (2009) um passo a ser dado para a construção de uma educação para as relações étnico-raciais é a desconstrução da ideologia etnocêntrica que se desenvolveu no ocidente a partir da modernidade.

Gomes (2007) defende a tese de que as universidades e a escola devem ser entendidas como um espaço privilegiado para a superação do racismo e das práticas discriminatórias. E é coerente afirmar que o debate se torna uma ferramenta propícia para a construção interativa no âmbito escolar, sendo considerado “um motor de desenvolvimento coletivo e democrático” (DOLZ; SCHNEUWLY; PIETRO, 2004, p.251) que auxilia tanto os discentes quanto os docentes.

Desta feita, debater sobre esses temas: etnia, africanidades, raça e diversidade cultural, é fundamental para que o aluno faça essa reflexão individualmente, como também em conjunto entre o professor e os colegas, através da escritos, para um melhor entendimento de todos e para a (re)construção de seus conhecimentos.

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Entende-se que é imprescindível a participação do professor como um mediador do processo de construção do conhecimento, através das discussões geradas, de modo a ofertar elementos para que os discentes aprendam por meio desse processo de (re)construção. Nessa perspectiva, os sujeitos aprendizes são compreendidos como participantes ativos de seus processos de aprendizagem.

Nesse sentido, o presente trabalho tem o objetivo compreender o que os alunos pensam sobre Cultura Étnica e Africanidades na sociedade da diversidade, tema do fórum da disciplina Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais, ofertada aos alunos da Universidade Federal do Ceará (UFC) no semestre 2016.1, na modalidade a distância.

Metodologia

O presente trabalho foi desenvolvido a partir de um Estudo de Caso realizado por meio de uma análise de discurso das participações dos alunos da Universidade Federal do Ceará - UFC, matriculados na disciplina Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais no semestre 2016.1 na modalidade a distância, no fórum de discussão com temática sobre Cultura Étnica e Africanidades na sociedade diversa. Foi selecionada uma turma contando trinta e dois alunos registrados para analisar o que pensam sobre a temática. Ressalta-se que a observação e análise desenvolvidas tiveram como foco os comentários e postagens destes alunos por meio do material proposto pelo professor e de sua ação mediadora na discussão, através do Solar, Ambiente Virtual de Aprendizagem da UFC para os cursos a distância.

Segundo Silva (2005), o fórum é uma ferramenta de comunicação atemporal, representando espaço para debates no qual pode ocorrer o entrelaçamento de muitas vozes para construir e desconstruir pensamentos, para questionar e responder dúvidas, trilhando novos caminhos para a aprendizagem.

A disciplina ofertada é opcional, ressaltando a diversidade de alunos matriculados de diferentes cursos da UFC. Entre os participantes, a maioria era do sexo masculino (59%). O material utilizado pelo professor consistiu em um artigo sobre “Uma abordagem conceitual das noções de raça, racismo, identidade e etnia” do professor Dr. Kabengele Munanga (USP) e dois vídeos: um documentário sobre “Africanidades e Educação”, abordando questões das africanidades e da “diáspora africana”, buscando explorar as relações com o racismo e as desigualdades sociais no Brasil; e um vídeo de um artista que retrata o preconceito. Além desse material, outros foram inseridos como material complementar, que retratavam a diversidade étnica e cultural.

Primeiramente, foi feita a coleta de dados das participações dos alunos no fórum e em seguida, realizada uma análise de discurso de linha francesa, fundada por Michel Pêcheux (2010), no tocante às concepções dos alunos acerca dos seguintes conceitos que estão simultaneamente na temática do fórum: raça, africanidades, etnia e diversidade cultural.

Acerca da análise de discurso, Pêcheux (2010, p.254) afirma que “os indivíduos são interpelados em sujeitos-falantes (em sujeitos de seu discurso) pelas formações discursivas que representam

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„na linguagem‟ as formações ideológicas que lhes são correspondentes”. Articula o linguístico com o social e o histórico, na qual a linguagem é estudada não apenas como forma linguística, mas também como forma material da ideologia.

Resultados e Discussão

A partir da análise das postagens e comentários dos alunos, mediante a discussão gerada no fórum, constatou-se que a maioria dos alunos não possuía uma definição própria de todos os conceitos envolventes na temática. Para Silva (2005) isto está relacionado à deficiência de material e conteúdos consistentes sobre esses conceitos nos livros didáticos, nos currículos escolares e nas falas dos professores, porquanto, para o autor, ainda há uma invisibilidade ou a visibilidade subalterna de diversos grupos sociais.

No que tange à raça, para a maioria dos alunos, o conceito estava relacionado à cor dos indivíduos, e outros não tinham uma definição formada. Contudo, através do artigo e vídeos, eles compreenderam que esse conceito, de acordo com Mungana (2004) não existe, tanto do ponto de vista biológico como científico. Para alguns, esse fato “remete à ignorância atrelada ao racismo que é comumente encontrado na sociedade. A raça no imaginário do racista não é exclusivamente um grupo definido pelos traços físicos” (aluno1, aluno 2), como está relacionado ao grupo social com traços culturais, linguísticos, religiosos, étnicos, entre outros. Quanto ao racismo, alguns compreendem que está relacionado “à hierarquia de poder, entre grupos dominantes e grupos dominados” (aluno 3, aluno 4), em outras palavras, a verticalidade das relações. Para outros, só o termo “raça” já é racista pois implica que há uma “raça mais pura” que a outra.

Quanto a africanidades, ressalta-se que os alunos não tinham muito conhecimento sobre a história da África. Através do vídeo/documentário “Africanidades e Educação”, compreenderam que a África contribui para a diversidade cultural no Brasil, considerando a cultura africana, como a mais rica de todo o planeta, e “não há como pensar no Brasil ontem, hoje e no Brasil futuro, sem pensar na África” (documentário) e sua cultura.

Os alunos entendiam o conceito de etnias como a cultura, religião, traços físicos, que nos diferem dos outros indivíduos, e que esse conceito está sendo mais aceito nas universidades em nossos dias. Para alguns, a sociedade precisa tratar com igualdade as pessoas com diversidade étnica e cultural, respeitando as individualidades de cada um, para obter as vantagens dessa diversidade no enriquecimento da cultura. Essas distinções devem ser respeitadas e encaradas como oportunidade de aprendizado com o convívio de diferentes culturas.

Nessas discussões, foi imprescindível a atuação do professor, conduzindo as discussões, contribuindo com o ensino, a aprendizagem dos alunos e auxiliando com materiais complementares para a (re)construção do conhecimentos deles. A participação do professor foi fundamental, pois, a presença constante do professor/tutor é muito importante para criar um ambiente de interação e aprendizagem colaborativa, pois a tutoria é essencial para supervisionar e orientar o processo de ensino-aprendizagem (LOBATO, 2013).

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Além disso, Souza (2012) afirma que é importante a formação continuada dos professores, no que diz respeito à problemática racial da população afrodescendente, para que seja possível refletir sobre a situação desvantajosa em que se encontra essa população em relação à população branca, revelando que mais do que o preconceito há uma discriminação, um preconceito nada velado contra esse segmento populacional. Além disso, Gomes (2007) afirma que a escola brasileira, pública e particular, está desafiada a realizar uma revisão de posturas, valores, conhecimentos, currículos na perspectiva da diversidade étnico-racial, e somente por força da Lei 10.639/03 que a questão racial começou a ser pedagógica e politicamente assumida pelo Estado, pelas escolas, pelos currículos e pelos processos de formação docente no Brasil.

Observou-se que os alunos compreenderam os conceitos relacionados à temática do fórum da disciplina, bem como a importância de discuti-las na Educação, o que, conforme suas discussões no ambiente virtual, constituía-se como uma das principais necessidades para a luta contra o racismo, o preconceito étnico-cultural e a indiferença social.

Conclusão

A partir da realização deste trabalho, concluiu-se que os alunos compreenderam o conceito de raça, etnia e diversidade cultural, entendendo-os para além da perspectiva preconceituosa e etnocêntrica. Além disso, observou-se que eles conseguiram perceber, a partir de reflexões e discussões no fórum, construir saberes e conhecimentos que antes não tinham. Eles refletiram sobre essas diferenças culturais, e que elas só diferem umas das outras no que tange às crenças, religiões e cultura. Contudo, nãos os diferem como seres humanos em seus direitos e deveres iguais.

Constatou-se a importância de se pensar e discutir em âmbito universitário sobre africanidades nas instituições de ensino e a história da África, sobre racismo e etnias, bem como suas definições e conceitos. Ademais, ressalta-se a importância da presença do professor como mediador do processo de ensino e aprendizagem, incentivando a participação no fórum e o questionamento dos alunos, de modo que a maioria indicou que o material estudado foi interessante. Atestou-se, também, a necessidade de o docente estar preparado para essas questões e de sua formação continuada para que estes possam trabalhá-las com os alunos nas escolas.

Assim, considera-se que a temática da disciplina sobre Cultura Étnica e Africanidades na sociedade da diversidade, mostra-se interessante, tendo em vista que, é uma temática muito debatida na sociedade, nos dias atuais, pois, favorece aos alunos a reflexão e (re)construção de saberes entre professor e alunos.

Pretende-se dar continuidade a pesquisa com coleta de dados a ser realizada em 2016.2 na disciplina Diferença e Enfrentamento Profissional nas Desigualdades Sociais, como optativa aos alunos da UFC. considerando que esse estudo será aprofundado por meio de sua continuação.

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Referências

ABRAMOWICZ. Anete. Trabalhando a diferença na educação infantil. São Paulo: Moderna, 2006. p. 12.

BRASIL. Ministério da Educação. Resolução nº. 1, de 17 de junho de 2004. Brasília: MEC, 2004. CUNHA JÚNIOR, H. Africanidades, afrodescendências e educação. In______ Africanidades

brasileiras e educação [livro eletrônico]: Salto para o Futuro. Org. Azoilda Loretto Trindade. Rio

de Janeiro: ACERP; Brasília: TV Escola, 2013. p. 70.

DOLZ, Joaquim; SCHNEUWLY, Bernard; DE PIETRO, Jean-Fraçois. Relato da elaboração de uma sequência: o debate público. In______ Gêneros orais e Escritos na Escola. Tradução de Roxane Rojo e Glais Sales Cordeiro. Campinas: Mercado de Letras, 2004. p. 251.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 2003.

GOMES, N. L. Um olhar além das fronteiras: educação e relações raciais. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.

LOBATO, A.C. A importância dos fóruns na Educação a Distância: algumas considerações. 2013 Disponível em: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/0402.html Acesso em: 01 ago 2016.

PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. Campinas: Unicamp, 2010. p. 254.

SOUZA, M. E. V. Relações Raciais e Educação: desafios e possibilidades para a formação continuada do professor. In: Revista de Educação Pública, vol. 21, nº 46. Cuiabá: UFMT, maio a agosto de 2012.

SILVA, T.T. Documento de Identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2. Ed. Belo Horizonte: Autentica, 2005.

OLIVEIRA, Julvan Moreira de. Africanidades e Educação: ancestralidade, identidade e oralidade no pensamento de Kabengele Munanga. Doutorado em Educação – São Paulo: Universidade de São Paulo. 2009. pp. 90-135. Disponível em:

<http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-20042010-153811/pt-br.php>. Acesso em 03 de ago de 2016.

Agradecimentos

Agradeço a Deus por ter concedido ao ser humano o direito de duvidar e questionar, e por sua sabedoria infinda que ultrapassa a dos homens. Agradeço à professora Luciana de Lima pelas contribuições em minha vida acadêmica. Agradeço à Universidade Federal do Ceará.

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