EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA RS
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS NO ENSINO DE PORCENTAGEM: EM BUSCA DE UMA COMPREENSÃO PEDAGÓGICA A PARTIR DOS PROCESSOS REGULADORES GERAIS
DA TEORIA DE ROBBIE CASE
Resumo
Este artigo éuma síntese de uma disser-tação elaborada no Mestrado Profissionalizante em ensino de Física e Matemática no Centro Universitário Franciscano. A pesquisa de cunho qualitativo, na perspectiva daetnografia escolar, foi realizada numa turma de 5asérie do Ensino Fundamental e possui como tema central de investigação resolução de problemas de porcen-tagem por parte dos alunos, tendo por aporte explicativo os processos reguladores gerais da teoria cognitiva de Robbie Case. A identificação de tais processos possibilitou àprofessora com-preender como osalunos processam problemas matemáticos, subsidiando, assim, o planejamen-to de sua prática pedagógica. Ao analisar os da-dos coletada-dos em conexão com a fundamentação teórica, foi possível depreender-se que a noção de porcentagem ganhou um novo significado para os alunos ao ser abordada através da resolução de problemas, pois valorizou seus conhecimentos prévios, seus esquemas mentais internalizados e suas vivências cotidianas. A identificação dos processos reguladores gerais da teoria caseana proporcionou uma compreensão pedagógica, à medida que a professora identificou a regulação mútua e a imitação como os processos mais difundidos pelos alunos e que subsidiaram o uso dos processos de resolução de problemas e exploração, ou seja, o entendimento de que a integração hierárquica dos processos regula-dores gerais contribuiu construtivamente para a resolução dos problemas propostos e para a
Fabiane Fischer Figueiredo Silvia Maria de Aguiar [saia
apreensão da noção de porcentagem por parte de cada aluno.
Palavras-chaves: Resolução de problemas. Ensino de porcentagem. Processos reguladores gerais. Compreensão pedagógica.
Abstract
Thisarticleisa synthesis of thedissertation written for the Professional Master's Degree on Physics and Mathematics teaching at Centro Universitário Franciscano. The research, with qualitative character, according to the school ethnography perspective was performed on a Fundamental Teaching 5th grade group and have as main investigation theme the solving, by the students, ofpercentage problems, having as explanatory approach the general regulatory processes from the cognitive theory of Robbie Case.Theidentification of such processes allowed the teacher to understand how the students process mathematical problems, supporting, that way, his/her pedagogical practice planning. By analyzing the gathered data linked to the theoretical basis, it waspossible to infer that the percentage conception gained a new meaning for the students when approached through problem solving,because itprized their previous knowledge, internalized mental schemes and everyday experiences. The identification of the general regulatory processes of the Case theory allowed a pedagogical understanding, as the teacher identified the mutual regulation and
EMR-RS- ANO 9 - 2008 - número 9 -pp.45 a 56 45
imitation asprocesses more widely disseminated pesquisa resultou numa dissertação, que levou à by the students and which supported the use of obtenção do título de Mestre em Ensino de Mate-the problem solving and exploring processes, or, mática pela UNIFRA, Santa Maria, RS, Brasil.
the understanding that the hierarchical integration Quanto à temática em questão, essa pos-of the general regulatory processes contributed sibilitou encontrar meios que tornaram COllS-constructively for solving the presented problems trutiva a resolução de problemas no ensino de and for the acquiring of the percentage conception porcentagem, uma vez que seinvestigou o modo ~~~ltIfluÀrn!U8 M3 :M3~ATI13.J»Oq 3a OVlI@JmIC@~~rnmWIJml~Wg~
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A abordagem da resolução de problemas noensino de porcentagem, a partir dos processos reguladores gerais da teoria cognitiva de Robbie Case, possibilita ao aluno a oportunidade de explicitar seu processo de resolução ªP€-\3íi.~~ qüentemente, contribui, também, para que os pffifé§lssffi& ê~fJt~cfàimUds
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aluno desenvolver-se cogmbvameríte. Para tan
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sujeito resolvedor thmrOb-lemas'/lae..é ca~az de
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EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
processos mais gerais que o orientam no
pro-cesso de resolução. Esta pesquisa está centrada
no modelo de integração hierárquica, em que
são difundidos os processos reguladores gerais:
resolução de problemas, exploração, imitação
e regulação mútua.
Case (1989) diz que a resolução de
pro-blemas éo processo emque osujeito, diante de
um objetivo que não pode ser alcançado
me-diante uma seqüência operacional preexistente,
apresenta uma tendência natural a experimentar
novas seqüências para tentar alcançar o objetivo
pertinente ao problema. Esse processo ocorre
mentalmente, a partir de tarefas ou esquemas
mentais, como se pode visualizar no seguinte
esquema:
(RESOW(:ÃO DEPROBU'.!IIAS
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Figura 1: Esquema que representa o processo
mental deresolução de problemas.
No ensino daMatemática, aresolução de
problemas é uma das estratégias que oaluno faz
uso para solucionar problemas propostos pelo
professor. Nesse processo regulador, o aluno
procura relembrar deproblemas que já resolveu,
tanto em aula como em suas vivências diárias e
que sejam semelhantes às que foram propostas
pelo professor, na tentativa de usar essas mesmas
estratégias no presente processo de resolução.
De acordo com os PCNs (BRASIL,1998,
p.41), "aproximações sucessivas deum conceito
são construídas para resolver certo tipo de
pro-blemas; num outro momento, oaluno utiliza o
que aprendeu para resolver outros, o que exige
transferências, retificações, rupturas". E comum
que o aluno procure fazer usodeconhecimentos
apreendidos em aula, a fim de tentar aplícá-los
no processo de resolução de problemas.
A exploração é o processo pelo qual o
sujeito, diante de um problema, tem a tendência
de aplicar uma estratégia ou operação particular,
mesmo não podendo prever o resultado dessa
aplicação. Esse processo regulador geral pode
conduzir a uma expansão da gama de situações
às quais podem aplicar-se estruturas jáexistentes
a uma compreensão incrementada das
seqüên-cias e aaplicações sucessivas e seqüenciais de
estruturas, podendo, nesse caso, levar aintegra
-ção (união) a uma estrutura de ordem superior.
Conforme Case (1989), a exploração ocorre
conforme sepode ver no seguinte esquema:
A\"1di3Çio ~fim de \"Cri&.-ar:n:OllQ':io
tntrc:~~
!:
5
de "",loçãodoyrubl,,,, ••1
gonmdor---'c-----..__
ltecodif6ção (\t$..\1:3~aM."i p.ml qlle umC<KnP1t..':tllI:OICQOUtro
Figura 2: Esquema que representa oprocesso
mental deexploração.
Em Matemática, o aluno procura esque
-mas mentais interessantes esignificativos para
si próprio e procura usá-los como estratégias
de resolução em problemas propostos pelo
pro-fessor. Nesse processo, também é comum que
oaluno procure explorar idéias e palavras que
constam no enunciado, na tentativa deencontrar
uma palavra-chave que lhe indique como deverá
resolver.
ParaCury (1992,p.88), valorizar o proces
-so mental de exploração no ensino da Matem
á-tica "permite ao aluno construir a sua própria
solução, já que ameta não édada de antemão e
ele vai aplicar estratégias variadas até chegar a
alguma conclusão". Ao explorar as informações
disponíveis no enunciado doproblema, o aluno
poderá criar e aprimorar suas próprias estra
-tégias de resolução, adquirindo, assim, novos
conhecimentos.
A exploração é um processo que obtém
significativas contribuições em sala de aula se
ao aluno for proporcionada a manipulação de
materiais concretos ou objetos que são
men-cionados no enunciado do problema proposto
e que, de certa forma, oajudem no processo de
resolução. Assim, o trabalho com problemas é
muito importante, pois segundo Carvalho (2005,
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
p.30), "sua resolução envolve levantamento de
,dados, confecção de gráficos, tabelas, desenhos, aplicação das operações".
Case (1989) denomina como imitação o processo regulador geral em que, a partir de meios naturais, o sujeito mostra forte tendência a observar as ações dos outros sujeitos que o ro-deiam e procura reproduzi-Ias. A imitação pode ser entendida como um processo semelhante aos processos de resolução de problemas e da exploração, diferindo-se apenas por ser um pro-cesso difundido, namaioria dasvezes,através da interação entre indivíduos de um mesmo grupo social. As tarefas que a imitação realiza podem ser compreendidas no seguinte esquema:
oJomln10 de UMa
nova estt\Alllm execUlh't\ Ativar
(1~ Inent.:aisqueh:ípout'(l
foram ohsen-:ldas em outro stljeito
I
para
I
AV\lllar
C$SI:';çs:q!;W'm:;t~>;tfimdequ(: rtptothrnun tirtç'Io emques~iio
I
para I Recodiãcar
QS\~'h~~f~()pcf;íÇi()iíalJ; --~om. ofimJc---tJrt.( Rei>olvtroprobleme) quec()lIl(:ld~'tn-com ~ observadí!S
Figura 3: Esquema que representa o processo mental de imitação.
No ensino de Matemática, a imitação é o processo em que o aluno, ao resolver um proble-ma, procura imitar processos de resolução que já fez anteriormente, na tentativa de resolver a situação proposta pelo professor. Também é comum que o aluno tente aplicar aquilo que aprendeu em aula, bem como tente fazer uso de explicações e conhecimentos apreendidos com o professor e com os seus colegas. Nesse sentido, o processo de imitação precisa ser visto como um aliado no ensino da Matemática, pois, conforme Vygotsky (1989), aimitação não é um processo mecânico, mas sim um processo que contribui para odesenvolvimento cognitivo do ser humano. Através da imitação, reconstruímos mentalmente aquilo que observamos nos outros. "[...] Uma pessoa só consegue imitar aquilo que está em seu nível de desenvolvimento. Se uma criança tem dificuldade com um problema de
aritmética e o professor o resolve no q
uadro-negro, a criança pode captar a solução num
instante" (VYGOTSKY,1989, p.99).
A regulação mútua éo processo que
en-volve aadaptação ativa dedois ou mais sujeitos
aos sentimentos, cognições ecomportamentos de cada um (CASE,1989). Esse processo pode ser
umfimemsimesmo, comono caso detransações afetivas ouagressivas; ou um meio para um fim, como nocasode muitas formas de cooperação na realização de tarefas. Em ambos os casos, cada membro da interação social influencia o outro e é influenciado por ele.
O uso do processo de regulação mútua possibilita ao aluno obter conhecimentos atra-vés da interação com um ou mais colegas e/ou com o professor, alémde construir suas próprias operações mentais em consonância com a dos outros e vice-versa. Assim, tanto a aprendizagem de noções matemáticas através da resolução de problemas como o desenvolvimento cognitivo de cada aluno se beneficiam desse processo.
Dessaforma,aresolução de um problema envolve dois ou mais alunos, para que juntos busquem adevida solução, a partir da conexão de suas operações mentais e da ligação de co -nhecimentos prévios eapreendidos em aula. No esquema que consta aseguir, pode-se visualizar como ocorre o processo de regulação mútua:
/ <kpa"dc / ü:msof,idaçiQ d.tl;(lV'~ esllu!tlrn. cx.<:"çu1ivli AtilJlU esmauras exccutivasn ~m aflllcmj,l~num:lj(il\lm,,~ &te:rmillada
I
queproci:;.am ser
I
A\.'nlilJds$
~~a:.o,.~iiclI~ia.ge _par;1cutiu-.
;,,'Omtiajud3de:qUtnl$:sugere
Figura 4: Esquema que representa o processo mental deregulação mútua.
Oprocesso de regulação mútua descrito por Case(1989) apresenta de certa forma ligações com a teoria de Vygotsky,no sentido de que "a prática pedagógica está vinculada às funções interpessoais, cabendo ao professor planejar
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
-
-diversificadas zonas de desenvolvimento
pro-ximal para cada aluno e para cada momento
de seu processo evolutivo e educativo" (ISAIA,
1999, p.40).
Além disso, Vygotsky (1989, p.101)
en-fatiza que "[...] o aprendizado desperta vários
processos internos de desenvolvimento, quesão
capazes de operar somente quando a criança
interage com pessoas em seuambiente equando
em cooperação com seus companheiros". Essa
idéia seencaixa perfeitamente nas idéias de Case
(1989)quanto à regulação mútua, no sentido de
queoaluno pode apreender conhecimentos com
os colegas e, ao mesmo tempo, pode contribuir
para com os conhecimentos destes.
Portanto, a abordagem dê noções
matemá-ticas através da resolução de problema e o uso
da regulação mútua no processo de resolução
podem beneficiar aaprendizagem do aluno. Os
problemas devem assemelhar-se aos problemas
que oaluno costuma resolver em seu dia-a-dia
e que, ao serem resolvidos com aajuda de um
ou mais colegas, podem gerar atroca ou o apri
-moramento de conhecimentos matemáticos de
forma construtiva e prazerosa.
Análise ediscussão dos resultados
coletados durante a investigação em
sala de aula
Analisei! os meus registros escritos no
diário de aula quanto às observações feitas do
desenrolar de cada sessão, as resoluções escritas
nos protocolos (cálculos e as soluções dos
pro-blemas) dos alunos pesquisados em cada
pro-blema proposto nas sete sessões e suas respostas
escritas em cada pergunta das entrevistas. Esses
dados coletados foram analisados mediante os
subsídios teórico-metodológicos do referencial
teórico, contemplando-se o problema e objetivos
desta pesquisa.
Tendo emvista os instrumentos utilizados,
analisei e discuti os dados obtidos conforme a
ordem que transcorreram na prática em sala de
aula, ouseja,conforme a ordem de resolução dos
problemas e sua distribuição nas sete sessões.
1Naanálise ediscussão dosresultados coletados durante a
investigação em sala de aulaena Sessão7, atividade prática Loja Sotero,usa-se a primeira pessoa dosingular porsetratar de considerações relacionadas à investigação realizada em sala de aula e pela autora Figueiredo (2008).
A seguir, e para exemplificar omodo como foi
realizada a pesquisa em sala de aula, irei
des-crever a última sessão realizada, denominada
de Sessão 7, uma vez que os alunos montaram
uma loja, denominada por eles como Loja
Sote-ro, onde eles puderam vivenciar o processo de
compra e venda, e que em meio a esse processo
utilizaram os conhecimentos apreendidos sobre
a porcentagem.
Sessão 7:atividade prática Loja Sotero
Como culminância do período de
in-vestigação em sala de aula e para verificar a
aprendizagem dos alunos quanto à noção de
porcentagem, desenvolvi uma atividade prática
denominada de Loja Sotero. Através daorgani
za-ção de uma lojafictícia, com calçados, roupas e
diversos produtos usados, os alunos vivenciaram
o processo de compra e venda, a.partir da
reso-lução de problemas envolvendo a porcentagem
(descontos), o pagamento com as cédulas de
dinheiro emoedas fictícias, situações de troco,
preenchimento de notas fiscais, etc.
Osmateriais utilizados na organização e
execução da lojaforam: cartelas com os
proble-mas a serem resolvidos pelos alunos; cédulas
de dinheiro emoedas fictícias que imitavam as
verdadeiras; roupas, calçados e produtos usados
de diversos tipos; notas fiscais para registrar as
compras; calculadoras, canetas, classes e
ca-deiras para servirem de prateleiras; cartaz com
os percentuais de desconto e cartazes com os
preços de cada tipo de produto. O desenrolar da
Sessão 7ocorreu em cinco momentos. Primeiro
momento: coleta de calçados, roupas ediversos
produtos usados que não fossem mais úteis às
famílias dos alunos eque pudessem ser usados
na Loja Soieto. Segundo momento: organização
da sala de aula, com aturma dividida em grupos
para classificar os produtos arrecadados nas
res-pectivas prateleiras (classes),organizar os caixas
(classes comcadeiras emunidas de calculadora,
caneta, dinheiro de papel para o troco eas notas
fiscais) e os cartazes com os preços, percentuais
de desconto. Terceiro momento: resolução dos
problemas propostos, com aturma dividida em
grupos de 4 alunos, que exerceram o papel de
operador de caixa, vendedor e os compradores.
Para que cada aluno pudesse vivenciar os três
tipos de papéis (operador de caixa, vendedor,
comprador), revezaram-se as funções na loja.
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
Quarto momento: registro nos protocolos e nas
entrevistas, onde em duplas os alunos
escre-veram o modo como resolveram os problemas
e como interagiram entre si, que dificuldades
efacilidades encontraram nas resoluções, etc.
Quinto momento: análise das informações regi
s-tradas pelos grupos nas notas fiscais; verificação
dos erros nas notas fiscais preenchidas durante
o desenrolar da atividade e preenchimento de
novas notas fiscais com dados e informações
mais precisas.
Osproblemas propostos nessa sessão não
possuíam em seus enunciados dados
percentu-ais,vistoque o objetivo da atividade era imitar o
cotidiano deuma loja, através da compra e venda
com descontos percentuais (lucrativos para o
consumidor). A seguir consta cada problema
proposto, seguido do comentário referente ao que
foi observado durante a sua resolução.
Problema 1
ComRS100,OO no bolso, comprenaLojaSoteroos seguintes produtos:
• 1 calça infantil;
• 2camisetas em tamanho infantil;
• 1 camiseta tamanho adulto; • 1 parde calçados; • 3produtos diversos.
Seráqueépossível pagar essascompras comRSlOO,OO?
Figura 5:Problema 1da Sessão 7.
No problema 1, em que cada dupla de
compradores recebeu R$ 100,00em cédulas de
dinheiro fictícias e que deveria comprar na Loja
Sotero os produtos solicitados no enunciado,
verificando se seria possível comprar com apenas
R$100,00,interagi com os alunos eobservei que
foi no caixa, em específico, que os alunos resol
-veram oproblema 1efizeram uso daporce
nta-gem. Também foi nessa parte que tiveram de se
relacionar bem comtodos os colegas envolvidos
na situação: os compradores, o vendedor e o operador de caixa, porque necessitavam
confe-rir os cálculos e os descontos percentuais para
que os compradores não sofressem prejuízo eos funcionários da loja (ovendedor eo caixa) não dessem os descontos eotroco errados.
No caixa,também pude observar os passos seguidos pelosgrupos ao resolverem oproblema
1:a)o operador de caixa conferia com ovendedor se os produtos que oscompradores compraram estavam de acordo com os que eram solicitados na cartela doproblema; b) ooperador de caixa registrava o nome de cada produto comprado
nanota fiscal; c) em cadaproduto o operador de
caixa anotava aquantidade eo preço unitário,
conforme ovalor que constava nos cartazes em
cada prateleira, e calculava o valor total do(s)
produto(s) sem o desconto (alguns somaram,
outros multiplicaram o valor unitário pela
quan-tidade decada produto para assim obter ovalor
total sem o desconto); d) o operador de caixa
registrava na calculadora omodo de resolução
quehavia pensado juntamente com ovendedor
eoscompradores, ouseja,digitava ovalor total
sem o desconto e omultiplicava pelo perce
ntu-al de desconto (conforme o cartaz mostrava os
descontos) elogo odividia por 100,para obter o
valor do desconto emreais. Caso ovalor obtido
possuísse mais de duas casas decimais,
consi-derava apenas as duas depois da vírgula (ponto
na calculadora); e) para obter o total a pagar
semo desconto, o operador decaixa digitava na
calculadora o valor total sem desconto esubtraía
ovalor dodesconto, para obtê-lo.
Ao término decada compra, indaguei aos
compradores quanto à solução do problema e
todos me responderam que com R$100,00daria
para pagar as compras e ainda sobraria troco.
Conforme as minhas observações quanto
aos papéis desempenhados na resolução do
problema 1,épossível afirmar quehouve o em- •
prego mental dosprocessos reguladores gerais da
teoria caseana. Pararepresentar como ocorreu o
processo da resolução do problema 1,vejamos
o seguinte esquema:
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
PROBLEMA I
vbjdl\O> I
-produtos solicitados no enunciado ff~a me ~ntc:- possível pagar com R:S100 00 e
9 nl~groçao . .
___
-
-
"
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---
H.etátqu,,,,, dos "lI1dawbrutroco Preencbcra notaIiscaldeacordo VcrlflCM",RSloo,OOscria'u
f
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c
i
yll
C
COmos ptcÇ<Yó""postas nasprrecleêns e para __ ••• compra!
fazendo usodos.d~CUltDS. percenruals P-ds.."'\.OSdo processe deresoluçâo. [')Compm.por partedosuluuoscompmdores e cem a ájudndó colegavendedor. dosprodlllOS
Usaracalculadora, SOIíClt9dl)sno enuneiado do problema: eédulasdedinheim e 2")No caixa ocorreuoprocessode,olu.;i.l0
moedas fictielas, Processos propriamente ditodoproblemao ouso daporcentagem,
produtosexpostos Regulad-ru'e..\ ossim cemo o uS<1daliIlótaS fiseais,~lculculadoro,cédula..,
naloja, ctc. Gerais de dinheirofictícias,preços.,reIH<;':;cs,teP"I?""I<ll110
etroco, e-te.
3") Verific•.ram'1'''' RSI00,IlO emsuficiente pam o pagamento eulnda sobrava troco
(Rc,gulnçà,) mÚtuaJt---l •••a..(Resoluçãodeproblema, )
\ ~
\
entreos integraníes de '
nol'à:t.~rusode seus próprios
~tI{lt~grupo~ltO~p~p~is dê
comprador.vendedor e conhecimentoseprocessosde operador de caixa, bem como resoluçãojá íntcruallzados, comigo (quando {llgUI15grupos nabUSC3 da soluçâo, sem precisararn de auxiho) preverSeseriam csmais
adeqeudes
.
(
,",
~
"
,)
.
\
~reCIlCher) noras fiscaisC()~'---dC-I'-,'(J(:-'./e$S4< deresolLlçôojá utilizMO$ os-produtos comprados, verificando preços e nas sessões anteriores. da-modo
pcnc-erttua.isde descontos eJiPl}.,~tosna[(~a como usararu:1calculadora nasessâo :mkrlOf c no segundo momento, quandO'
tevc,:t,..'\r1lm QSra[)éis e1Ít,..çsi.constatei
Gueosi')}UIlM procuravam imitaro modo
como ocolega do seugrupodesempenhou
omesmo papel no primeiro momento Figura 6:Esquema de resolução do Problema 1da Sessão 7, utilizado pelos alunos da turma 51.
Problema 2
Com R$ 150,00,é possível comprar mais de 10produtos naLoja Satero?
Figura 7 - Problema 2da Sessão 7.
No problema 2, em que os compradores
receberam R$ 150,00em cédulas fictícias de di
-nheiro etinham de comprar 10produtos ou mais
para verificar se seria possível comprar com esse
dinheiro, observei que a resolução desse segundo
problema envolveu tanto o momento da escolha
dos produtos como o preenchimento da nota
•fiscal, pois, ao interagir com os alunos, observei
que: a) na escolha dos produtos, os compradores
foram influenciados pelo vendedor e pelo
ope-rador de caixa a escolher 10 ou mais produtos
com omenor preço e aqueles que julgavam que
poderiam ser pagos com R$150,00; b) no caixa,
o operador de caixa contou com a colaboração
do vendedor e compradores para preencher a
nota fiscal de acordo com os preços e descontos
percentuais, revelando, com isso, que o modo
como procederam na resolução doproblema 2,
foi o mesmo adotado no problema 1.
Após cada compra efetuada, indaguei a
cada grupo quanto àsolução do problema, e
to-dos me responderam que, com R$ 150,00,daria
para pagar as compras e ainda sobraria troco, se
fossem comprados osprodutos mais baratos.
Representando omodo como ocorreu a
re-solução do problema 2,eiso seguinte esquema:
EDUCAÇÃO MATEMÁTICA EM REVISTA - RS
PROBLEMAZ objetivos
---~ ~~ ~ ~ __-J
Comprar Jm Loin 5(>ttW(J10 produtos OU mais,verificando se RS150~OOseria
suficiente para p~lgÚwlos
Passos do processo de resoluçâo;
l"lCompm. por partedos alunos compradores ecom 8aj"da
do (lQJq;lH'tn<.I"<Ior.<Ic 100u m~i$prodU!ÕS!lUC mais
g,0SIJI".", eos mais baratos;
2"}1<0caixa OC01TeU o processo de solução propriamenre ditodoproblema C I'uso daporcentagem, assim como
óU$(>das o<>la..fiscais, àcalculadPl1I. cédulas ficlieins de dinheiro, preço" ,e Iações de pngll11lentl> e.troco, eie. 3")Verificaram que R$l50.00era suficiente paro I>pagomellro e ainda
sobrava Iroro,se fu<sern comprados os produtos mo;sbaratos,
Figura 8:Esquema de resolução do Problema 2da Sessão 7,utilizado pelos alunos da turma 51.
A respeito da resolução dos dois problemas
propostos ede todas as evidências constadas, foi
possível observar que o uso do cálculo de
por-centagem ocorreu em específico no caixa e com o
auxílio da calculadora. Também foi no caixa que
o relacionamento entre os integrantes do grupo
precisou serharmônico, visto que oscompradores,
o vendedor eooperador decaixa tinham que calcu
-lar everificar se os descontos percentuais estavam
corretos. A regulação mútua entre os integrantes
de cada grupo, eaté mesmo com os demais colegas,
foi fundamental para o êxito da resolução dos dois
problemas e,conseqüentemente, contribuiu para a
aprendizagem construtiva dos alunos.
Como aatividade envolveu toda a manhã (5
horas/aula de 45min,cada), acredito queo cansaço e a
distração interferiram nos registros das notasfiscais,
porque no geral os operadores de caixa falharam ao
calcular a diferença entre o preço da prateleira e o
desconto dado; a soma detodos os valores a serem
pagos no totale o troco, Poroutro lado, acredito que
se preocuparam em calcular corretamente o
descon-to percerÍtual, pois a maioria deles estava correta,
até porque foio conteúdo pautado no período de
investigação ea porcentagem foi apreendida através
de seus conhecimentos prévios.
Apesar das dificuldades constatadas, os
alunos sentiram-se satisfeitos com a atividade
e desempenharam-na a contento. Os processos
reguladores gerais: exploração, resolução de
problemas, imitação eregulação mútua dateoria
caseana estiveram evidenciados, uma vez que os
problemas propostos foram elaborados deacordo
com os conhecimentos apreendidos pelos alunos
acerca da porcentagem; e,aodesempenharem os
papéis de comprador, vendedor e operador de
caixa, puderam colocá-los em prática. na atividade
Loja Soteto, imitatíva ao dia-a-dia de COmpra e
venda no comércio. Ao explorar as informações
disponíveis nos enunciados e resolver os dois
problemas damaneira.que julgaram ser a mais cor
-reta, que ocasionaria asolução correta de cada um
deles, os alunos puderam aprimorar seus c
onhe-cimentos. Inclusive, ao procurar imitar processos
de resolução empregados por eles anteriormente,
precisaram compartilhar conhecimentos qUI;) os
levassem àelaboração deum processo comum ao
grupo eque os ajudassem no preenchimento das
notas fiscais (regulaçâo mútua].
Assim, ,aLoja Sotero favoreceu a integração
dos processos reguladores gerais, pois, conforme
Case (1989, p,3.28)2salienta em sua teoria:
2Tradução de:''l\jmargen deIasituación específicaque con-dujera ala instrucción (... ]elmiembro másjoyen deIa díada
-yasea por observacíón oporque se10dicen - com prenderia
EDUCAÇÃO MATEM~;ICA EM REVISTA- RS
À parteda situação específica que con
-duziria a instrução [...] omembro mais
jovem do grupo - seja por observação
ou porque lhe dizem - compreenderia
que há um problema que nãosabecomo
resolver e queomembro maisvelho sabe
como solucioná-Ia. Na continuação o
mais jovem prestaria atenção a toda
demonstração ou observação propor
-cionada pelomembro mais velho e ten
-taria aplicarquaisquer observações que
tivesse em seu repertório com ofim de
seguir a descriçãoou modelo pre
ssupos-to. Simultaneamente, omembro mais
velho observaria astentativas do mais
jovem e complementaria ou modificaria
a instrução conforme o necessário.
Através da atividade prática Loja Sotero, os
alunos reorganizaram seus conhecimentos prévios
na resolução dos problemas, bemcomo pensaram
acerca do modo como deveriam registrar seus
processos mentais, tanto na calculadora como
nas notas fiscais.A aquisição denovos esquemas
mentais foi favorecida pela interação entre os
alunos, que elaboraram emconjunto os processos
de resolução. Também minha interação com os
alunosfoimuito importante para verificar o modo
como os alunos obtiveram cada informação das notas fiscais (como mencionado anteriormente), que foi praticamente igual para todos, tanto no
problema 1como no problema 2.
Todavia, saliento que assessões
desenvol-vidas antes da Sessão 7 foram, de certa forma,
preliminares a essa atividade prática e contribu-íram construtivamente para oseu êxito.
Considerações finais
Diante da pesquisa realizada, reafirma-se
aimportância de ensinar, de forma construtiva e
prazerosa, anoção de porcentagem a alunos da
5asérie doEnsino Fundamental. Nessa tentativa,
acredita-se que o aluno necessita resolver pro-blemas deporcentagem para apreender a noção,
que hay un problema que no sabe cómo r~solve:, yque ~l
miembro mayor sísabesolucionado. Acontínuacíón el mas joven prestaria atención a toda demostraci.ón u ob:ervación proporcionada por elmiembro mayor e intentaria aplicar cualesquiera observaciones que ya tuviera en su repertorio con elfin de seguir Ia descripción omodelo propuestos. Simultáneamente, el miembro mayor observaría losintentos dei más jovenycomplementaría o modificaría Ia instrucción según correspondíera."
-
-deforma queo professor possa contemplar, nos enunciados desses problemas propostos, os conhecimentos prévios do aluno sobre porcen-tagem, possibilitando, assim, que sejam aprimo-rados e/ou,até mesmo, sejaminstrumentos para
aaquisição de outros novos. Ao mesmo tempo,
entende-se que a compreensão, por parte do
pro-fessor,dosprocessos reguladores gerais da teoria
caseana (1989) pode transformar a sua prática
pedagógica com respeito aoprocesso de re solu-ção dos problemas propostos, levando em conta
os seguintes processos: resolução deproblemas,
imitação, exploração e regulação mútua.
Ao observar omodo como os alunos
re-solveram os problemas propostos e analisando os registros escritos de suas resoluções (cálculos registrados em cada problema), constatou-se que os processos de ensinar e apreender foram
favorecidos pela relação aluno-aluno e a
luno-professor, pois cada um contribuiu com o outro naaquisição e aprimoramento de conhecimentos quanto ànoção de porcentagem, o quemais uma
vez evidencia aimportância de um ensino que
favoreça a regulação mútua.
Ficou claro também que, ao ensinar a
noção através da resolução de problemas, os
alunos puderam utilizar processos deresolução que os levaram a reorganizar osconhecimentos
já adquiridos em Matemática, aqueles ligados
às operações com números racionais e ao r
a-ciocínio proporcional, que são fundamentais
para a compreensão da porcentagem. Além disso, o êxito dos alunos se deu pelo fato de
que os problemas propostos se assemelhavam a situações vivenciadas por eles em seu dia -a-dia ou quehaviam vivenciado juntamente com suas famílias.
Quanto aoprocesso mental de resolução
de problemas, ele foi evidenciado quando as
duplas e os trios interpretavam as informações
dosenunciados eprocuravam elaborar suas pró
-prias estratégias de resolução. Semelhante a esse processo, também ocorreu oprocesso mental de
exploração, usado pelos alunos, na maior parte
das vezes, quando eles interpretavam com seus
companheiros de trabalho as informações dos
enunciados ebuscavam resolver os problemas
da maneira que achavam ser a correta e a mais
fácil, através da exploração de suas próprias estratégias, palavras-chave dos enunciados, etc.
Para tanto, osproblemas propostos conduziram ao emprego mental desses processos, uma vez
54 EMR-RS -ANO 9-2008 - número 9
J
---que os enunciados foram elaborados com essa
finalidade e para atender às características
pessoais eao nível cognitivo dos alunos, a seus conhecimentos prévios, às suas vivências coti-dianas, etc.
Sobre o processo mental deimitação, ele
foi um dos processos reguladores mais difun
-didos, pois a maioria das duplas e dos trios de alunos procurou imitar processos de resolução já empregados por eles anteriormente, nas ses
-sões e nos problemas propostos, até na mesma sessão; houve, inclusive, casos que procuraram imitar processos que viram a professora ou os demais colegas utilizarem. Também aimitação
foi utilizada como subsídio pedagógico eauxí -lio aalunos que apresentavam dificuldades na
interpretação ou na elaboração de processos de
resolução, pois através desse processo podiam pensar em problemas que já haviam resolvido para extrair informações e contribuições úteis à resolução do problema atual.
A regulação mútua, que foi o processo mais enfatizado nas resoluções e que norte ou
o uso dos demais processos reguladores, con-tribuiu construtivamente para as relações entre aluno-aluno e aluno-professor, porque os alunos trabalharam em duplas e trios, o que permitiu a troca de informàções e de experiências relativas aos conhecimentos necessários à resolução dos problemas propostos, favorecendo a construção mútua de soluções matemáticas. Também os alu
-nos sedispuseram por afinidade, o que favoreceu a troca de idéias econhecimentos, pois um pôde ajudar o outro na construção de sua aprendiza
-gem acerca da noção de porcentagem, através da resolução dos problemas propostos, e se algum colega ainda tivesse dificuldade, mesmo com o auxílio da professora, o outro colega o auxiliava na compreensão.
Portanto, aregulação mútua e a imitação
foram os processos reguladores gerais que mais se destacaram durante a pesquisa e serviram de ponto de partida para o uso mental dos processos de resolução de problemas e exploração, ou
seja,para a integração hierárquica dos processos reguladores gerais.
Ao longo doprocesso da investigação em sala de aula foram propostos problemas, tendo em vista que os alunos estavam cursando a 5a
série do Ensino Fundamental, a primeira das séries finais, para que apreendessem anoção de forma construtiva e prazerosa, que contribuísse
para a utilização da porcentagem, tanto nas
de-mais séries e disciplinas escolares como na sua
vida em sociedade.
Poroutro lado, todas as sessões realizadas
foram preliminares à última, uma vez que a
atividade prática Loja Sotero visava ao emprego
dos conhecimentos de porcentagem apreendidos
durante o período de investigação, através da
simulação de uma situação da vida cotidiana
(compra e venda no comércio, pagamento em
cédulas de dinheiro e troco, etc.). De acordo
com as análises e discussões feitas durante a
atividade e com os registros escritos pelos al
u-nos,compreendeu-se que eles evoluíram em seu
processo de resolução, visto que conseguiram
utilizar seus conhecimentos aoresolver os pro
-blemas propostos e porque nos enunciados não
estava explícita a noção deporcentagem, ou seja, o uso da noção estava implícito nos processos de resolução, permitindo, assim, tornar-lhes conscientes das suas operações mentais ou das suas estruturas decontrole executivo.
Através dessa pesquisa, que resultou
numa dissertação deMestrado, conclui-se que é
importante contemplar noensino daMatemática
aintegração hierárquica dos processos regulação
mútua, exploração, resolução de problemas
eimitação da teoria cognitiva de Robbie Case
(1989). As práticas pedagógicas voltadas para a
ênfase desses processos naresolução de proble-mas no Ensino de Matemática, em especial de porcentagem, oportunizam ao professor compre-ender amaneira como o aluno apreende. A partir dessa compreensão, elepode planejar e desenvol-ver a sua prática coerentemente, bem como pode avaliar efetivamente os processos de resolução do aluno. Nessa perspectiva, o professor estará
oferecendo ao aluno uma aprendizagem cons-trutiva de noção deporcentagem.
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Fabiane FischerFigueiredo -Mestre em Ensino de Matemática (UNIFRA) - Professora deMatemática na E.M.E.E Sotero Her
-mínio Frantz do município de Pantano Grande/RS e tutora a distância no curso de Licenciatura emMatemática da REGESD/ UNISC - fffaby@ibest.com.br
SilviaMaria de Aguiar Isaia - Doutora em Educação (UFRGS)-Professora do curso de Mestrado Profissionalizante em Ensino de Físicae Matemática da UNIFRAedo Mestrado em Educação da UFSM- sisaia@terra.com.br
RECEBIDO em 20/06/2008 APROVADO em 27/08/2008