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Determinação do melhor método para prever o alcance à junção craniovertebral nas cirurgias endoscópicas transnasais utilizando neuronavegação

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Academic year: 2021

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(3) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação A928d 2017. Aurich, Lucas Alves Determinação do melhor método para prever o alcance à junção craniovertebral nas cirurgias endoscópicas transnasais utilizando neuronavegação / Lucas Alves Aurich.-- 2017. 51 f.: il.; 30 cm. Disponível também via World Wide Web. Texto em português, com resumo em inglês. Dissertação (Mestrado) - Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-Graduação em Engenharia Biomédica. Área de Concentração: Engenharia Biomédica, Curitiba, 2017. Bibliografia: f. 41-44. 1. Crânio - Cirurgia endoscópica. 2. Coluna vertebral - Cirurgia endoscópica. 3. Sistema nervoso - Cirurgia - Métodos. 4. Neurocirurgia assistida por computador. 5. Métodos de simulação. 6. Engenharia biomédica Dissertações. I. Stebel, Sérgio Leandro, orient. II. Vieira Neto, Hugo, coorient. III. Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Programa de Pós-graduação em Engenharia Biomédica. IV. Título. CDD: Ed. 22 -- 610.28. Biblioteca Central do Câmpus Curitiba - UTFPR.

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(9) LISTA DE FIGURAS. FIGURA 1. •. FIGURA 2. •. FIGURA 3 FIGURA 4 FIGURA 5 FIGURA 6 FIGURA 7 FIGURA 8. • • • • • •. FIGURA 9 FIGURA 10. • •. FIGURA 11. •. FIGURA 12. •. FIGURA 13. •. FIGURA 14 FIGURA 15 FIGURA 16 FIGURA 17. • • • •. FIGURA 18. •. Cortes sagitais (A) e axiais (B) de ressonância magnética da coluna cervical mostrando tumor extenso acometendo os corpos vertebrais de C2 e C3....... Cortes sagitais (A) e axiais (B) de ressonância magnética da coluna cervical da paciente supracitada realizada no período pós-operatório evidenciando ressecção tumoral completa........................................................................... Desenho ilustrativo do osso occipital (vista inferior) e sua divisão................ Desenho ilustrativo da vista superior do atlas................................................ Desenho ilustrativo da vista anterior do áxis.................................................. Desenho ilustrativo da vista posterior da articulação atlantoaxial.................. Desenho ilustrativo do acesso cirúrgico transoral.......................................... Desenho ilustrativo da cirurgia endoscópica transnasal para abordagem da JCV................................................................................................................ Diagrama em bloco ilustrando os elementos básicos da neuronavegação...... Fotogra a! ilustrando! posicionamento! do! paciente! durante! planejamento! operatório...................................................................................................... Ilustração do registro da neuronavegação utilizando pontos de referência anatômicos na face do paciente...................................................................... Corte! sagital! de! imagem! de! tomogra a! computadorizada! no! neuronavegador durante cirurgia endoscópica transnasal.............................. Ilustração! do! corte! sagital! da! imagem! de! tomogra a! computadorizada durante neuronavegação na cirurgia endoscópica transnasal......................... Boxplot do alcance do neuronavegador......................................................... Boxplot do alcance da linha nasopalatina...................................................... Boxplot do alcance da linha palatina............................................................. Boxplot comparando as distribuições dos alcances do neuronavegador, da linha nasopalatina e da linha palatina............................................................ Boxplot das distâncias entre o neuronavegador e a linha nasopalatina (LNP) e entre o neuronavegador e a linha palatina (LP)............................................. 14. 14 17 18 19 20 21 23 28 30 31 32 33 34 35 35 36 37.

(10) ´ SUMARIO. ˜ 1 INTRODUC ¸ AO .............................................................. 1.1 JUSTIFICATIVA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2 OBJETIVOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.1 Objetivo Geral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1.2.2 Objetivos Espec´ıficos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ DE LITERATURA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2 REVISAO ˜ CRANIOVERTEBRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 2.1 ANATOMIA DA JUNC¸AO ´ ` ˜ ˜ 2.2 ACESSO CIRURGICO A PORC¸AO ANTERIOR DA JUNC¸AO. 13 15 15 15 15 16 16. CRANIOVERTEBRAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ´ 2.3 METODOS PARA PREVER O ALCANCE INFERIOR DA CIRURGIA ´ ENDOSCOPICA TRANSNASAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ ....................................................... 2.4 NEURONAVEGAC¸AO 3 METODOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4 RESULTADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˜ 5 DISCUSSAO ................................................................. ˜ 6 CONCLUSAO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6.1 TRABALHOS FUTUROS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ˆ REFERENCIAS ................................................................. ´ Apˆendice A -- PARECER DO COMITEˆ DE ETICA EM PESQUISA . . . . . . . . . . . . . . . Apˆendice B -- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO . . . . . . .. 20 23 25 29 34 38 40 40 41 45 48.

(11) 13. 1. ˜ INTRODUC ¸ AO. Conceitua-se como junc¸a˜ o craniovertebral (JCV) a regi˜ao anatˆomica delimitada pela porc¸a˜ o inferior do osso occipital e pelas duas primeiras v´ertebras cervicais, o atlas (C1) e o a´ xis (C2). Estes componentes o´ sseos envolvem uma s´erie de estruturas anatˆomicas, incluindo o tronco encef´alico, a porc¸a˜ o superior da medula espinhal, os nervos cranianos bulbares, os primeiros nervos espinhais e a art´eria vertebral (CHEN; LIU, 2009). Uma s´erie de doenc¸as pode acometer a JCV e, devido a` complexidade anatˆomica da regi˜ao, o tratamento cir´urgico dessas les˜oes representa um desafio. Uma abordagem cir´urgica a` porc¸a˜ o anterior da JCV e´ rotineiramente realizada por um acesso pela cavidade oral (CHOI; CROCKARD, 2013). Este acesso e´ u´ til para operac¸a˜ o de tumores, traumatismos, infecc¸o˜ es, doenc¸as congˆenitas e doenc¸as degenerativas que acometem a JCV, conforme ilustrado nas figuras 1 e 2. No entanto, possui uma s´erie de desvantagens decorrentes da distorc¸a˜ o da anatomia da cavidade oral, em especial quando e´ necess´aria abertura da l´ıngua, do palato e da maxila para ampliac¸a˜ o da exposic¸a˜ o cir´urgica (YOUSSEF; SLOAN, 2010). Nos u´ ltimos anos foi desenvolvida uma abordagem cir´urgica pela cavidade nasal a` JCV com a utilizac¸a˜ o de uma cˆamera (endosc´opio) (KASSAM et al., 2005; ALFIERI; JHO; TSCHABITSCHER, 2002). Com este tipo de acesso, a maioria das complicac¸o˜ es associadas a` via transoral e´ evitada. Al´em disso, o endosc´opio permite visibilizac˜ao ampla da JCV apesar da profundidade da a´ rea de trabalho (LEE et al., 2010). Uma exposic¸a˜ o da regi˜ao mais inferior da JCV na cirurgia endosc´opica transnasal e´ limitada anteriormente pelas cartilagens do nariz e pelo osso nasal, e posteriormente pelo palato duro. Estas estruturas limitam a elevac¸a˜ o do endosc´opio e sua angulac¸a˜ o no sentido inferior. Em teoria, o arco anterior de C1 e o corpo vertebral de C2 adjacente s˜ao os limites inferiores da exposic¸a˜ o do acesso transnasal (SEKER et al., 2010). N˜ao existe, no entanto, consenso sobre o maior alcance inferior dessa abordagem e qual seria o melhor m´etodo de planejamento pr´e-operat´orio para sua previs˜ao..

(12) 14. Figura 1: Cortes sagitais (A) e axiais (B) de ressonˆancia magn´etica da coluna cervical mostrando tumor extenso acometendo os corpos vertebrais de C2 e C3. Paciente do sexo feminino, com 56 anos de idade, submetida a ressecc¸a˜ o da les˜ao por acesso endosc´opico transoral com aux´ılio da neuronavegac¸a˜ o. Fonte: Autoria pr´opria.. Figura 2: Cortes sagitais (A) e axiais (B) de ressonˆancia magn´etica da coluna cervical da paciente supracitada realizada no per´ıodo p´os-operat´orio evidenciando ressecc¸a˜ o tumoral completa. Histopatol´ogico confirmou diagn´ostico de cordoma. Fonte: Autoria pr´opria.. Alguns autores defendem que a linha palatina, uma linha imagin´aria trac¸ada ao longo do assoalho da cavidade nasal paralelamente ao palato duro, seria o melhor m´etodo para prever esse alcance (EL-SAYED et al., 2011). Outros autores argumentam que a linha nasopalatina, uma linha imagin´aria que conecta a porc¸a˜ o inferior do osso nasal a` porc¸a˜ o posterior do palato duro e interseciona a JCV, seria o m´etodo mais adequado (ALMEIDA et al., 2009). A neuronavegac¸a˜ o e´ uma ferramenta valiosa para o planejamento operat´orio, orientando o cirurgi˜ao quanto a` localizac¸a˜ o exata das estruturas anatˆomicas durante o procedimento cir´urgico (BRINKER et al., 1998). Por meio de cˆameras de infravermelho.

(13) 15. acopladas a sistemas computacionais espec´ıficos, os dados de exames de imagem pr´eoperat´orios s˜ao registrados para orientac¸a˜ o intraoperat´oria (RAABE; KRISHNAN; SEIFERT, 2003). Com um sistema de navegac¸a˜ o e´ poss´ıvel demonstrar de forma cont´ınua durante o procedimento a posic¸a˜ o de um instrumento cir´urgico pr´e-calibrado e sua relac¸a˜ o com estruturas adjacentes, tais como ossos, vasos, nervos, estruturas encef´alicas e tumores (KURTSOY et al., 2005). N˜ao existem na literatura at´e o presente momento estudos que comprovem, durante o procedimento cir´urgico, o limite inferior da exposic¸a˜ o da JCV na cirurgia endosc´opica transnasal e que utilizem a neuronavegac¸a˜ o como instrumento de avaliac¸a˜ o deste limite. 1.1. JUSTIFICATIVA O conhecimento da exposic¸a˜ o da JCV pela cirurgia endosc´opica transnasal e´. importante para escolha do melhor acesso para tratamento cir´urgico das diversas doenc¸as que acometem essa regi˜ao. N˜ao existem, no entanto, estudos que comprovem qual o maior alcance inferior e quais os melhores m´etodos pr´e-operat´orios para sua previs˜ao. 1.2. OBJETIVOS. 1.2.1. OBJETIVO GERAL Avaliar o limite inferior da exposic¸a˜ o da JCV na cirurgia endosc´opica transnasal.. 1.2.2. OBJETIVOS ESPEC´IFICOS. • Obter com neuronavegac¸a˜ o o limite inferior de exposic¸a˜ o da JCV em pacientes operados pelo acesso cir´urgico endosc´opico transnasal; • Comparar o limite obtido com a linha palatina e com a linha nasopalatina, aplicando testes estat´ısticos em ambos os casos; • Definir qual o melhor m´etodo para avaliac¸a˜ o desse limite no pr´e-operat´orio com base nos resultados estat´ısticos obtidos..

(14) 16. 2. 2.1. ˜ DE LITERATURA REVISAO. ˜ CRANIOVERTEBRAL ANATOMIA DA JUNC¸AO A JCV e´ uma transic¸a˜ o complexa entre o crˆanio e a coluna vertebral. Essa regi˜ao. anatˆomica e´ delimitada pelo osso occipital e pelas duas primeiras v´ertebras cervicais. A peculiar anatomia o´ ssea e articular da JCV permite uma grande variedade de movimentos. Uma s´erie de estruturas vitais est˜ao contidas na JCV e podem ser afetadas por doenc¸as que acometem essa regi˜ao (MENEZES; TRAYNELIS, 2008). Nesta sec¸a˜ o ser´a descrita a anatomia dos ossos, das articulac¸o˜ es e das estruturas que comp˜oem a JCV. O osso occipital e´ um osso ´ımpar que forma as porc¸o˜ es inferior e posterior do crˆanio. E´ divido em quatro partes, dispostas em torno do forame magno: uma parte posterior denominada escama occipital, duas partes laterais e uma parte anterior denominada basilar, como ilustra a figura 3. O forame magno e´ uma grande abertura atrav´es do osso occipital localizada no centro da fossa posterior do crˆanio, que comunica a cavidade do crˆanio com o canal vertebral na JCV (MENEZES; TRAYNELIS, 2008). A escama occipital se localiza posteriormente ao forame magno. A protuberˆancia occipital externa e as linhas nucais superiores e inferiores est˜ao localizadas nessa regi˜ao e servem de inserc¸a˜ o aos m´usculos trap´ezio, occipitofrontal, esplˆenio da cabec¸a e esternocleidomastoideo. As partes laterais do osso occipital apresentam os cˆondilos occipitais, duas grandes protuberˆancias laterais ao forame magno. Os cˆondilos articulam-se inferiormente com as massas laterais do atlas e, atrav´es deles, o peso da cabec¸a e´ transmitido a` coluna cervical. A parte condilar ainda inclui o canal do hipoglosso - que d´a passagem ao nervo hipoglosso e a alguns pequenos vasos - e a borda posterior do forame jugular, uma grande abertura entre os ossos occipital e temporal. O forame jugular permite a passagem dos nervos glossofar´ıngeo, vago e acess´orio e da veia jugular interna (RHOTON, 2000). A parte basilar do osso occipital est´a situada anteriormente ao forame magno. E´ uma.

(15) 17. Figura 3: Desenho ilustrativo do osso occipital (vista inferior) e sua divis˜ao. FM: forame magno. E: parte escamosa. C: cˆondilos occipitais. B: parte basilar. Fonte: Autoria pr´opria.. barra ampla de osso que se conecta com o osso esfen´oide superiormente formando o clivo. Esses ossos est˜ao separados durante a vida embrion´aria formando uma articulac¸a˜ o cartilag´ınea denominada sincrondrose esfenoccipital, por meio da qual pode ocorrer o crescimento da base do crˆanio at´e a idade adulta (NATSIS et al., 2016). O clivo est´a situado entre o forame magno e a sela turca e les˜oes localizadas nessa regi˜ao, como cordomas ou outros tumores, s˜ao usualmente operados pela via transnasal ou transoral como ser´a abordado posteriormente. O atlas e´ a u´ nica v´ertebra que n˜ao possui corpo, sendo formada por duas massas laterais unidas por dois arcos, um anterior e outro posterior, como ilustrado na figura 4. As massas laterais apresentam uma face articular superior ovalada que se articula com o cˆondilo occipital e uma face articular inferior plana e circular que se articula com o a´ xis. O arco anterior de C1 e´ reto e curto e apresenta na sua porc¸a˜ o posterior uma depress˜ao, denominada f´ovea do dente, que recebe o dente do a´ xis. O arco posterior do atlas apresenta concavidade anterior e possui um canal na sua face superior, o canal da art´eria vertebral (ABTAHI; BRODKE; LAWRENCE, 2014)..

(16) 18. Figura 4: Desenho ilustrativo da vista superior do atlas, mostrando o arco anterior (AA), o arco posterior (AP) e as massas laterais (ML). Nas massas laterais podem ser identificadas as faces articulares superiores e os processos transversos com seus respectivos forames. Fonte: Autoria pr´opria.. O a´ xis possui um corpo assim como o restante das v´ertebras cervicais. No entanto, em sua porc¸a˜ o superior encontra-se uma saliˆencia vertical denominada dente do a´ xis, que e´ uma caracter´ıstica diferencial dessa v´ertebra (figura 5). O dente do a´ xis mede entre 10 e 16 mm de comprimento e pode ser dividido em trˆes partes: base, corpo e a´ pice. Devido a` sua configurac¸a˜ o, o dente do a´ xis forma o pivˆo que permite a rotac¸a˜ o do atlas e da cabec¸a (MARTIN; BRUNER; MAIMAN, 2010). A junc¸a˜ o entre os ossos occipital e C1 ocorre de cada lado na articulac¸a˜ o atlantoccipital, que se situa entre a massa lateral do atlas e o cˆondilo occipital correspondente. Essas articulac¸o˜ es s˜ao do tipo sinovial e permitem movimentos de flex˜ao, extens˜ao e inclinac¸a˜ o lateral da cabec¸a (MENEZES; TRAYNELIS, 2008). Esses ossos tamb´em s˜ao conectados pelas membranas atlantoccipitais anterior e posterior, que se estendem dos arcos anterior e posterior do atlas, respectivamente, ao forame magno. A junc¸a˜ o entre C1 e C2, ilustrada na figura 6, ocorre por meio de trˆes articulac¸o˜ es atlantoaxiais do tipo sinovial, uma mediana e duas laterais. As articulac¸o˜ es laterais s˜ao planas, conectam as faces articulares das duas v´ertebras e s˜ao reforc¸adas, posteriormente, por um ligamento atlantoaxial acess´orio. A articulac¸a˜ o atlantoaxial mediana se comporta como um pivˆo, permitindo o movimento de rotac¸a˜ o (MENEZES; TRAYNELIS, 2008). E´ formada pelo.

(17) 19. Figura 5: Desenho ilustrativo da vista anterior do a´ xis, mostrando o corpo do a´ xis (C), o dente do a´ xis (D) e as faces articulares (FA) superiores e inferiores. Fonte: Autoria pr´opria.. arco anterior do atlas, pelo dente do a´ xis e pelo ligamento transverso do atlas, uma faixa espessa, resistente e arqueada que se insere nas massas laterais de C1. As cavidades sinoviais est˜ao situadas anterior e posteriormente ao dente do a´ xis. O ligamento cruciforme do atlas compreende o ligamento transverso e os fasc´ıculos longitudinais, que se inserem superiormente na margem anterior do forame magno e inferiormente no corpo do a´ xis. Al´em do ligamento cruciforme, o a´ xis se conecta ao osso occipital pelo ligamento apical do processo odontoide, pelos ligamentos alares e pela membrana tect´oria (TUBBS et al., 2011). Na JCV est˜ao envolvidas estruturas anatˆomicas da fossa posterior do crˆanio e do canal vertebral. A divis˜ao entre a medula espinhal e o bulbo - que e´ a porc¸a˜ o inferior do tronco encef´alico - ocorre na altura do forame magno. Al´em disso, atrav´es do forame magno ocorre passagem das art´erias vertebrais, das art´erias espinais anteriores e posteriores e da raiz espinal.

(18) 20. Figura 6: Desenho ilustrativo da vista posterior da articulac¸a˜ o atlantoaxial, mostrando C1, C2 e o dente do a´ xis (D). Fonte: Autoria pr´opria.. do nervo acess´orio. Todas essas estruturas podem ser afetadas por doenc¸as que acometem a JCV, trazendo grande preju´ızo funcional. ´ ` PORC¸AO ˜ ANTERIOR DA JUNC¸AO ˜ CRANIOVERTEBRAL 2.2 ACESSO CIRURGICO A Les˜oes localizadas na porc¸a˜ o anterior da JCV, como tumores extradurais, infecc¸o˜ es, doenc¸as inflamat´orias e doenc¸as congˆenitas s˜ao usualmente operadas pela via transoral ou transnasal. Essas operac¸o˜ es permitem descompress˜ao adequada das estruturas da JCV ao mesmo tempo em que apresentam menor risco de complicac¸a˜ o neurol´ogica, pois h´a menor manipulac¸a˜ o do tronco encef´alico e medula espinhal. O acesso cir´urgico transoral, que e´ realizado atrav´es da cavidade oral, foi descrito pela primeira vez em 1917 por Kanavel para remoc¸a˜ o de um proj´etil de arma de fogo na JCV (KANAVEL, 1917 apud CROCKARD, 1985). No entanto, essa abordagem tornou-se mais.

(19) 21. popular a partir de 1980 com o desenvolvimento de retratores cir´urgicos espec´ıficos e com a maior utilizac¸a˜ o do microsc´opio cir´urgico (CROCKARD, 1985). O acesso transoral, ilustrado na figura 7, aproveita o corredor da cavidade oral para exposic¸a˜ o da JCV, por´em requer a abertura da parte oral da faringe e usualmente do palato mole. Em pacientes com a anatomia normal e´ poss´ıvel exposic¸a˜ o do terc¸o inferior do clivo apenas com a elevac¸a˜ o do palato mole. No entanto, em pacientes com alterac¸o˜ es congˆenitas ocorre distorc¸a˜ o da anatomia craniana e o clivo habitualmente apresenta uma inclinac¸a˜ o mais horizontal. Para exposic¸a˜ o mais adequada superiormente, torna-se necess´aria a abertura do palato mole e a ressecc¸a˜ o de uma porc¸a˜ o do palato duro (MENEZES, 2008). O limite inferior de exposic¸a˜ o do acesso transoral e´ usualmente o espac¸o intervertebral C2-C3. O grau de depress˜ao da l´ıngua e´ o que limita a extens˜ao da exposic¸a˜ o inferiormente. Para les˜oes mais caudais, podem ser necess´arias aberturas da l´ıngua e osteotomias da mand´ıbula para adequada exposic¸a˜ o cir´urgica (YOUSSEF; SLOAN, 2010).. ´ Figura 7: Desenho ilustrativo do acesso cirurgico transoral. Fonte: Autoria pr´opria..

(20) 22. A alterac¸a˜ o anatˆomica da cavidade oral e da faringe pela abordagem transoral dificulta a deglutic¸a˜ o do paciente no p´os-operat´orio, sendo frequentemente indicado o uso de sondas nasog´astricas para alimentac¸a˜ o. Al´em disso, e´ comum a ocorrˆencia de edema da regi˜ao operada nos primeiros trˆes dias. Devido ao risco de obstruc¸a˜ o da via a´erea, pode ser indicada traqueostomia ou manutenc¸a˜ o do tubo orotraqueal neste per´ıodo. Choi e Crockard (2013) relataram a experiˆencia de 30 anos com 533 operac¸o˜ es via transoral. Do total de abordagens cir´urgicas, 321 foram com acesso transoral padr˜ao, 107 inclu´ıram abertura do palato (palatotomia), 58 da maxila (maxilotomia) e 11 da mand´ıbula (mandibulotomia). Os autores observaram que o n´umero de complicac¸o˜ es estava diretamente relacionado a` severidade dos d´eficits neurol´ogicos no pr´e-operat´orio. A taxa de complicac¸o˜ es, definida neste artigo como qualquer complicac¸a˜ o que resultava em atraso na alta hospitalar, foi de 29,2% na operac¸a˜ o padr˜ao, de 34,5% nas palatotomias, 55,5% nas maxilotomias e 70% nas manbibulotomias. Dentre as complicac¸o˜ es, as mais comuns eram o atraso na retirada das sondas de alimentac¸a˜ o ou dos tubos endotraqueais e as infecc¸o˜ es pulmonares. Kassam et al. (2005) foram os primeiros a publicarem o tratamento cir´urgico de alterac¸o˜ es da JCV pela cirurgia endosc´opica transnasal, mostrada na figura 8. No artigo foi relatado o caso de uma paciente com 73 anos, com diagn´ostico de artrite reumatoide e compress˜ao do bulbo e medula espinhal na JCV. Foi realizada ressecc¸a˜ o completa do dente do a´ xis (odontoidectomia) pela cavidade nasal com aux´ılio do endosc´opio com bom resultado cl´ınico e radiol´ogico. A viabilidade de se acessar a JCV pela via transnasal havia sido previamente descrita em um estudo cadav´erico (ALFIERI; JHO; TSCHABITSCHER, 2002). Os autores utilizaram o acesso cir´urgico endosc´opico transnasal em 16 esp´ecimes e realizaram a ressecc¸a˜ o do arco de C1 e do dente do a´ xis em todos os casos. Abuzayed et al. (2009) tamb´em confirmaram a viabilidade da realizac¸a˜ o da odontoidectomia pela via endonasal em outro estudo cadav´erico. Posteriormente algumas s´eries de casos foram publicadas mostrando bons resultados no tratamento de doenc¸as da JCV pela cirurgia endosc´opica transnasal. Yu et al. (2013) relataram o tratamento de trˆes pacientes com diagn´ostico de invaginac¸a˜ o basilar que foram submetidos a odontoidectomia por essa via. Os autores realizaram uma incis˜ao em forma de U na parte nasal da faringe na proximidade da JCV. Em todos os casos a incis˜ao permaneceu acima da parte oral da faringe, evitando-se o risco de contaminac¸a˜ o e de alterac¸a˜ o da deglutic¸a˜ o. Al´em disso, n˜ao foi necess´aria abertura do palato mole ou ressecc¸a˜ o do palato duro. Todos os pacientes neste estudo evolu´ıram com melhora neurol´ogica no seguimento p´os-operat´orio. Goldschlager et al. (2015) publicaram estudos de uma s´erie de nove pacientes que.

(21) 23. Figura 8: Desenho ilustrativo da cirurgia endosc´opica transnasal para abordagem da JCV. Fonte: Autoria pr´opria.. foram submetidos a odontoidectomia pela via endosc´opica transnasal devido a diferentes doenc¸as na JCV. Os autores defendem que mantendo a incis˜ao acima da parte oral da faringe e evitando a abertura do palato e´ poss´ıvel alimentac¸a˜ o precoce pela via oral no p´os-operat´orio e menor taxa de complicac¸o˜ es. 2.3. ´ METODOS PARA PREVER O ´ ENDOSCOPICA TRANSNASAL. ALCANCE. INFERIOR. DA. CIRURGIA. A determinac¸a˜ o do limite inferior de exposic¸a˜ o da JCV e´ importante no planejamento pr´e-operat´orio para escolha da abordagem cir´urgica. Na cirurgia endosc´opica transnasal essa exposic¸a˜ o e´ limitada anteriormente pelas cartilagens do nariz e pelo osso nasal, e posteriormente pelo palato duro, que limitam a elevac¸a˜ o e angulac¸a˜ o do endosc´opio (SEKER et al., 2010). Em teoria, o arco anterior de C1 e o corpo vertebral de C2 adjacente s˜ao os limites inferiores da exposic¸a˜ o do acesso transnasal com a utilizac¸a˜ o do endosc´opio..

(22) 24. Estudos definiram diferentes m´etodos para prever no pr´e-operat´orio o alcance inferior da cirurgia endosc´opica transnasal na JCV. A linha palatina e´ uma linha imagin´aria trac¸ada ao longo do assoalho da cavidade nasal paralelamente ao palato duro em direc¸a˜ o a` JCV. ElSayed et al. (2011) publicaram um estudo radiogr´afico com 12 pacientes e utilizaram a linha palatina como parˆametro de previs˜ao de acessibilidade a` s doenc¸as da JCV por uma abordagem endosc´opica transnasal. Os autores argumentam que o acesso transnasal e´ mais apropriado quando o alvo cir´urgico se encontra 2 cm acima da linha palatina. Almeida et al. (2009) definiram a linha nasopalatina como o melhor parˆametro de previs˜ao do limite inferior das operac¸o˜ es transnasais da JCV. Esta linha imagin´aria conecta a porc¸a˜ o inferior do osso nasal a` porc¸a˜ o posterior do palato duro e intersecta a JCV. Os autores avaliaram retrospectivamente 17 pacientes que foram submetidos a` ressecc¸a˜ o endosc´opica transnasal do dente do a´ xis e conclu´ıram que a linha nasopalatina e´ um bom parˆametro de previs˜ao do limite inferior do acesso. Em um estudo anatˆomico com 11 cad´averes foi comparada a exposic¸a˜ o transoral e a exposic¸a˜ o transnasal a` JCV utilizando imagens de radiografia e tomografia computadorizada (TC) (VISOCCHI et al., 2014). Os autores relataram que o limite da exposic¸a˜ o inferior do acesso transnasal era compat´ıvel com a linha nasopalatina, por´em n˜ao calcularam a distˆancia entre esses dois pontos. Posteriormente, foi definida a linha nasoaxial como um novo parˆametro para prever o alcance inferior a JCV pelo acesso transnasal (ALDANA; NASERI; CORTE, 2012). Essa linha est´a localizada no plano sagital, se inicia em um ponto m´edio entre a porc¸a˜ o inferior do osso nasal e a espinha nasal anterior da maxila, conecta com a porc¸a˜ o posterior do palato duro na espinha nasal posterior e termina na JCV. Os autores realizaram odontoidectomia em nove cad´averes que foram submetidos posteriormente a exames de TC. Conclu´ıram que a linha nasoaxial foi superior a linha nasopalatina para prever a exposic¸a˜ o nesse estudo. Corte et al. (2015) determinaram a linha rinopalatina como um m´etodo confi´avel para prever o alcance inferior a` JCV. Esta linha se inicia em um ponto a dois terc¸os de distˆancia entre a porc¸a˜ o inferior do osso nasal e a espinha nasal anterior da maxila, conecta com a espinha nasal posterior e intersecta a JCV. Os autores avaliaram retrospectivamente imagens de TC de quatro adultos e duas crianc¸as que foram submetidas a ressecc¸a˜ o do dente do a´ xis por via endosc´opica transnasal. Nesse estudo a linha rinopalatina foi melhor em prever o limite inferior de exposic¸a˜ o em relac¸a˜ o a` linha nasopalatina e a` linha nasoaxial, que superestimaram o alcance inferior. Apesar de v´arios m´etodos terem sido descritos na literatura para definir no pr´eoperat´orio o alcance inferior a` JCV na cirurgia endosc´opica transnasal, n˜ao se sabe at´e o.

(23) 25. momento qual deles e´ o mais fidedigno. As linhas palatina e nasopalatina continuam sendo mais amplamente aceitas e utilizadas (DLOUHY; DAHDALEH; MENEZES, 2015). Neste estudo, ser´a avaliado o alcance inferior desta abordagem cir´urgica utilizando a neuronavegac¸a˜ o. 2.4. ˜ NEURONAVEGAC¸AO A neuronavegac¸a˜ o foi desenvolvida para auxiliar na localizac¸a˜ o e ressecc¸a˜ o de les˜oes. cerebrais profundas ou de pequenas les˜oes superficiais, evitando acessos cir´urgicos mais amplos e permitindo menor dano ao tecido nervoso encef´alico. Anteriormente, essa localizac¸a˜ o poderia ser realizada com a estereotaxia, que utiliza um arco fixado ao crˆanio e localiza pequenos alvos por meio de um sistema de coordenadas tridimensional. No entanto, o arco estereot´axico atrapalha a exposic¸a˜ o cir´urgica e permite apenas uma trajet´oria linear r´ıgida (MCINERNEY; ROBERTS, 2000). Para superar a interferˆencia do arco, a estrutura estereot´axica foi substitu´ıda por pontos de referˆencia na pele do paciente. Com a utilizac¸a˜ o de sistemas computacionais espec´ıficos acoplados a cˆameras de infravermelho, imagens pr´e-operat´orias de TC e ressonˆancia magn´etica (RM) s˜ao registradas de acordo com esses pontos de referˆencia para adequada orientac¸a˜ o espacial (ROBERTS et al., 1986). Com esse sistema de cirurgia guiada sem arco estereot´axico, e´ poss´ıvel mostrar de forma cont´ınua durante o ato operat´orio a posic¸a˜ o de um instrumento cir´urgico e sua relac¸a˜ o com as estruturas intracranianas. Os sistemas de neuronavegac¸a˜ o, conforme ilustrado na figura 9, usualmente apresentam os seguintes componentes: um digitalizador; um conjunto de detectores de luz (cˆameras); uma estrutura de referˆencia que aloja diodos emissores de luz - light emitting diodes (LEDs); instrumentos cir´urgicos com LEDs que podem ser rastreados pelo digitalizador; e uma estac¸a˜ o de trabalho que exibe as imagens pr´e-operat´orias e transmitem a localizac¸a˜ o intraoperat´oria dos instrumentos cir´urgicos sobrepostos a essas imagens (ROESSLER et al., 1997). A partir da posic¸a˜ o dos LEDs, o computador calcula a posic¸a˜ o, direc¸a˜ o e rotac¸a˜ o da ponta do instrumento no espac¸o. O planejamento pr´e-operat´orio e´ uma etapa importante na neuronavegac¸a˜ o.. A. aquisic¸a˜ o de imagens de TC ou RM e´ feita com protocolos espec´ıficos e deve ser realizada idealmente algumas horas antes ou no dia anterior a` operac¸a˜ o. Tanto a TC como a RM possuem particularidades e ambas podem ser utilizadas para a navegac¸a˜ o - a TC visualiza melhor as estruturas o´ sseas e a RM fornece mais detalhes para as demais estruturas intracranianas, tais como vasos, nervos, tecido nervoso encef´alico e tumores. A fus˜ao das duas imagens e´.

(24) 26. particularmente u´ til para a navegac¸a˜ o em operac¸o˜ es na base do crˆanio, devido a` correlac¸a˜ o do osso com as estruturas adjacentes (ROHDE et al., 2005). Uma vez na estac¸a˜ o de trabalho, os dados das imagens podem ser analisados e tratados. Estruturas de interesse, como tumores, vasos ou a´ reas cerebrais eloquentes podem ser realc¸adas nas imagens, enriquecendo dessa forma o planejamento operat´orio (SILVA JR. et al., 2011). Embora essa etapa de planejamento possa ser pulada, quando meticulosamente realizada, oferece otimizac¸a˜ o da neuronavegac¸a˜ o e fornece detalhes anatˆomicos importantes para o caso espec´ıfico a ser operado. Conclu´ıdo o planejamento, a pr´oxima etapa e´ o registro da imagem em relac¸a˜ o ao R e as paciente. Na sala cir´urgica, a cabec¸a do paciente e´ acoplada a um fixador (Mayfield ). cˆameras de infravermelho s˜ao orientadas em direc¸a˜ o a` cabec¸a. Uma estrutura que cont´em LEDs R e servir´ e´ fixada ao Mayfield a como ponto de referˆencia. O registro da imagem em relac¸a˜ o ao. paciente pode ent˜ao ser realizado por trˆes m´etodos distintos de acordo com a a´ rea de interesse da operac¸a˜ o: por pontos anatˆomicos, por pontos fiduciais e por um registro de superf´ıcie. Cada tipo de registro apresenta vantagens e desvantagens e deve ser selecionado de acordo com a abordagem cir´urgica proposta (WOERDEMAN et al., 2007). E´ importante que a cabec¸a e a estrutura de referˆencia estejam bem fixadas, evitando perda dos parˆametros registrados e falha da neuronavegac¸a˜ o (STIEGLITZ et al., 2013). Ap´os o adequado registro, instrumentos cir´urgicos contendo LEDs s˜ao posicionados em um local particular e o local correspondente na imagem de TC ou RM e´ exibido no computador em tempo real, permitindo que o cirurgi˜ao determine com maior precis˜ao a localizac¸a˜ o de estruturas de interesse. Com isso, e´ poss´ıvel a realizac¸a˜ o de procedimentos menos invasivos (como craniotomias menores), al´em de se evitar a les˜ao de vasos ou de tecido cerebral normal (MEZGER; JENDREWSKI; BARTELS, 2013). A neuronavegac¸a˜ o tamb´em pode ser utilizada nas operac¸o˜ es da coluna vertebral. Os instrumentos podem ser calibrados com sistemas contendo LEDs, permitindo navegac¸a˜ o em tempo real durante, por exemplo, inserc¸a˜ o de material de fixac¸a˜ o (AOUDE et al., 2015). Na JCV a instrumentac¸a˜ o e´ desafiadora devido a` proximidade com estruturas neurovasculares que devem ser preservadas. Muitas vezes, parafusos de fixac¸a˜ o devem ser inseridos junto a` art´eria vertebral ou a` medula espinhal, e seu deslocamento traria consequˆencias devastadoras. Alguns estudos descrevem o benef´ıcio da neuronavegac¸a˜ o para instrumentac¸a˜ o das duas primeiras v´ertebras cervicais (ACOSTA et al., 2005; SINGH et al., 2014). O benef´ıcio da neuronavegac¸a˜ o tamb´em foi descrito na cirurgia endosc´opica transnasal. Nesses casos, ela e´ especialmente u´ til para localizac¸a˜ o dos seios cavernosos e das.

(25) 27. art´erias car´otidas internas nas operac¸o˜ es dos tumores da regi˜ao selar (JAVER et al., 2008). Al´em disso, a neuronavegac¸a˜ o torna mais segura a abordagem cir´urgica de tumores recorrentes, devido a uma distorc¸a˜ o da anatomia que ocorre em casos previamente operados (LASIO et al., 2002)..

(26) 28. Figura 9: Diagrama em bloco ilustrando os elementos b´asicos da neuronavegac¸a˜ o. Inicialmente, exames de imagem realizados no pr´e-operat´orio s˜ao inseridos (data input) no computador. Duas cˆameras de infravermelho (1) captam luzes emitidas pelos LEDs contidos na estrutura de referˆencia (2) que est´a fixada na cabec¸a do paciente (3). As imagens pr´e-operat´orias s˜ao correlacionadas com estruturas anatˆomicas do paciente para adequac¸a˜ o espacial. Um instrumento ´ cirurgico que cont´em LEDs deve ent˜ao ser posicionado pr´oximo a regi˜ao de interesse e a a´ rea de trabalho (4) ser´a definida pelos campos de vis˜ao sobrepostos das duas cˆameras. As cˆameras est˜ao conectadas ao digitalizador (digitizer), que transmite dois conjuntos de sinais de imagem digitalizados para a estac¸a˜ o de trabalho (5). A estac¸a˜ o de trabalho exibe as imagens pr´e´ operat´orias e a localizac¸a˜ o intraoperat´oria dos instrumentos cirurgicos sobrepostos em tempo real. Fonte: Adaptado de (HEILBRUN et al., 2000).

(27) 29. 3. METODOLOGIA. Antes do in´ıcio da coleta dos dados, o presente estudo obteve autorizac¸a˜ o para ´ realizac¸a˜ o do Comitˆe de Etica em Pesquisa em Seres Humanos do Instituto de Neurologia de Curitiba (apˆendice A). Os pacientes participantes receberam e assinaram o termo de consentimento informado apresentado no apˆendice B, conforme solicitado pelo Conselho Nacional de Sa´ude, pelo Decreto n´umero 93933 de 14 de janeiro de 1987, descrevendo os detalhes e as finalidades da pesquisa, que foi realizada apenas ap´os autorizac¸a˜ o e assinatura dos mesmos. Ap´os an´alise estat´ıstica descritiva, dados de interesse foram comparados utilizando teste param´etrico T de Student. Para testar a normalidade da distribuic¸a˜ o das amostras foi usado o teste estat´ıstico de Shapiro-Wilk. Os crit´erios de inclus˜ao eram idade maior que 18 anos e diagn´ostico de tumor na base do crˆanio com indicac¸a˜ o de tratamento por meio da cirurgia endosc´opica transnasal. Foram exclu´ıdos do estudo os casos nos quais o uso da neuronavegac¸a˜ o n˜ao foi indicado. Foram avaliados dez pacientes, seis do sexo feminino e quatro do sexo masculino, com m´edia de idade de 52 anos (desvio padr˜ao de 15,7 anos), m´aximo de 77 anos e m´ınimo de 33 anos, que foram operados pela acesso cir´urgico transnasal entre fevereiro de 2015 e marc¸o de 2016 no Instituto de Neurologia de Curitiba. Todos os pacientes apresentavam diagn´ostico de tumor na regi˜ao selar (adenoma hipofis´ario) e n˜ao apresentavam malformac¸o˜ es na JCV. Em R da Brainlab . R todos os casos foi utilizado o neuronavegador VectorVision. No per´ıodo pr´e-operat´orio, foram realizados exames de TC do crˆanio com cortes finos para a base do crˆanio. Os dados da TC foram armazenados em um CD em arquivos no formato Digital Imaging and Communications in Medicine (DICOM) e levados at´e o computador da estac¸a˜ o de trabalho para planejamento. Usualmente as imagens de TC s˜ao preferidas em comparac¸a˜ o a` s imagens de RM na neuronavegac¸a˜ o da base do crˆanio, uma vez que permitem melhor visualizac¸a˜ o dos ossos e suas relac¸o˜ es com as estruturas adjacentes..

(28) 30. A t´ecnica cir´urgica utilizada nestes casos e´ a que se utiliza rotineiramente nas abordagens transnasais a` base do crˆanio. O paciente e´ posicionado em dec´ubito dorsal, sob anestesia geral e intubac¸a˜ o endotraqueal, como ilustra a figura 10. O neuronavegador e´ posicionado paralelamente a` mesa de operac¸a˜ o e seu brac¸o com duas cˆameras e´ posicionado a aproximadamente um metro e meio de distˆancia de forma que as cˆameras detectem a estrutura de referˆencia com LEDs em seu campo de vis˜ao.. Figura 10: Fotografia ilustrando posicionamento do paciente durante planejamento operat´orio. Fonte: Autoria pr´opria.. No intraoperat´orio foi realizado o registro da neuronavegac¸a˜ o previamente planejada com TC do crˆanio utilizando-se um apontador pr´e-calibrado e a pele da face do paciente como referˆencia, como mostra a figura 11. O endosc´opio com o´ ptica de 0o foi instalado e posicionado de maneira a se obter a m´axima exposic¸a˜ o inferior da JCV. O apontador pr´e-calibrado da neuronavegac¸a˜ o foi posicionado neste ponto para determinac¸a˜ o do limite m´aximo inferior na imagem da TC. No neuronavegador, esta imagem pode ser congelada (screenshot) e salva em um arquivo no formato DICOM para posterior an´alise, como ilustra a figura 12..

(29) 31. Figura 11: Ilustrac¸a˜ o do registro da neuronavegac¸a˜ o utilizando pontos de referˆencia anatˆomicos na face do paciente. Fonte: Autoria pr´opria.. A estrutura anatˆomica mais inferior alcanc¸ada da JCV com o endosc´opio foi determinada na imagem da neuronavegac¸a˜ o obtida no intraoperat´orio e as seguintes mensurac¸o˜ es foram realizadas: • Distˆancia entre o apontador pr´e-calibrado da neuronavegac¸a˜ o e o arco de C1; • Distˆancia entre a linha palatina e o arco de C1; • Distˆancia entre a linha nasopalatina e o arco de C1. A figura 13 ilustra o alcance do neuronavegador na cirurgia endosc´opica transnasal e sua relac¸a˜ o com as linhas palatina e nasopalatina..

(30) 32. Figura 12: Corte sagital de imagem de tomografia computadorizada no neuronavegador durante cirurgia endosc´opica transnasal. O alcance do apontador pr´e-calibrado da neuronavegac¸a˜ o (linha verde) e´ determinado a partir do arco de C1. Fonte: Autoria pr´opria..

(31) 33. Figura 13: Ilustrac¸a˜ o do corte sagital da imagem de tomografia computadorizada durante neuronavegac¸a˜ o na cirurgia endosc´opica transnasal. LP: linha palatina. LNP: linha nasopalatina. 1: osso nasal. 2: osso palatino. Fonte: Autoria pr´opria..

(32) 34. 4. RESULTADOS. A margem inferior do arco de C1 foi utilizada como referencial (marco zero) para as medic¸o˜ es. As medic¸o˜ es localizadas abaixo desta referˆencia foram consideradas como positivas e acima como negativas. O neuronavegador alcanc¸ou em m´edia 1,36 mm acima da borda inferior do arco de C1 (desvio padr˜ao de 5,6 mm), com valores extremos de 6,0 mm abaixo do arco de C1 e de 10,8 mm acima do arco de C1. A distribuic¸a˜ o do alcance do neuronavegador est´a ilustrada na figura 14.. Figura 14: Boxplot do alcance do neuronavegador. Mediana de 1,2 mm acima da borda inferior do arco de C1. Fonte: Autoria pr´opria.. A linha nasopalatina alcanc¸ou em m´edia 3,5 mm abaixo da borda inferior do arco de C1 (desvio padr˜ao de 5,0 mm), com valores extremos de 10,6 mm abaixo do arco de C1 e de 6,0 mm acima do arco de C1. A figura 15 ilustra a distribuic¸a˜ o do alcance da linha nasopalatina. A linha palatina alcanc¸ou em m´edia 14,6 mm acima da borda inferior do arco de C1 (desvio padr˜ao de 6,9 mm), com valores extremos de 4,7 mm acima do arco de C1 e de 30 mm.

(33) 35. Figura 15: Boxplot do alcance da linha nasopalatina. Mediana de 4,1 mm abaixo da borda inferior do arco de C1. Fonte: Autoria pr´opria.. acima do arco de C1. A figura 16 ilustra a distribuic¸a˜ o do alcance da linha palatina.. Figura 16: Boxplot do alcance da linha palatina. Mediana de 13,1 mm acima da borda inferior do arco de C1. Fonte: Autoria pr´opria.. A figura 17 compara as distribuic¸o˜ es de alcance da neuronavegac¸a˜ o, da linha nasopalatina e da linha palatina. Analisou-se ainda as distˆancias entre o alcance do neuronavegador e as linhas nasopalatina e palatina. A distˆancia neuronavegador-linha nasopalatina foi em m´edia de 4,8.

(34) 36. Figura 17: Boxplot comparando as distribuic¸o˜ es dos alcances do neuronavegador, da linha nasopalatina e da linha palatina. Fonte: Autoria pr´opria.. mm (desvio padr˜ao de 4,2 mm), m´axima de 14,0 mm e m´ınimo de 0,0 mm. A distˆancia neuronavegador-linha palatina foi em m´edia de 13,2 mm (desvio padr˜ao de 4,7 mm), m´axima de 19,2 mm e m´ınima de 6,5 mm, conforme ilustrado na Figura 18. Comparando-se a distˆancia do neuronavegador a` linha nasopalatina e a distˆancia do neuronavegador a` linha palatina (teste T de Student para duas amostras) foi observada diferenc¸a estatisticamente significativa entre os valores obtidos (valor de p=0,0111) com intervalo de confianc¸a de 95%. O teste estat´ıstico de Shapiro-Wilk confirmou normalidade na distribuic¸a˜ o das amostras..

(35) 37. Figura 18: Boxplot das distˆancias entre o neuronavegador e a linha nasopalatina (LNP) e entre o neuronavegador e a linha palatina (LP). Fonte: Autoria pr´opria..

(36) 38. 5. ˜ DISCUSSAO. A JCV e´ uma regi˜ao com anatomia complexa e o tratamento cir´urgico das les˜oes localizadas em sua porc¸a˜ o anterior est´a associado a potenciais complicac¸o˜ es. Os acessos cir´urgicos transoral e transnasal oferecem grandes vantagens em relac¸a˜ o a` s complicac¸o˜ es neurol´ogicas, quando comparados com abordagens posteriores, j´a que permitem descompress˜ao do tronco encef´alico e medula espinhal sem a necessidade de manipulac¸a˜ o direta dessas estruturas. No entanto, devido a` profundidade da a´ rea de trabalho e maior potencial de infecc¸a˜ o e f´ıstula liqu´orica, esses acessos cir´urgicos s˜ao reservados para tratamento de les˜oes extradurais, como cordomas, doenc¸as inflamat´orias e invaginac¸a˜ o basilar (LIU; COULDWELL; APFELBAUM, 2008). O desenvolvimento da t´ecnica endosc´opica nos u´ ltimos anos trouxe grande benef´ıcio para a operac¸a˜ o dessas les˜oes localizadas na porc¸a˜ o anterior da JCV. O endosc´opio tem sido utilizado tanto nas abordagens transnasais quanto transorais e, al´em de permitir uma visualizac¸a˜ o mais adequada das estruturas profundas, pode tornar o procedimento cir´urgico menos invasivo (KSHETTRY et al., 2016).. Atualmente, o cirurgi˜ao deve ter uma boa. familiaridade com as t´ecnicas endosc´opicas e deve saber escolher qual a melhor via de acesso de acordo com o caso espec´ıfico a ser tratado (DLOUHY; DAHDALEH; MENEZES, 2015). A neuronavegac¸a˜ o tamb´em tem auxiliado no tratamento das doenc¸as que acometem a JCV, especialmente nos casos que necessitam de instrumentac¸a˜ o das v´ertebras C1 e C2 por via posterior (YU et al., 2014). Nos acessos transoral e transnasal, a neuronavegac¸a˜ o pode ser u´ til para localizac¸a˜ o e preservac¸a˜ o de estruturas vasculares e para orientac¸a˜ o de ressecc¸o˜ es lesionais (MIYAHARA et al., 2016). Apesar do acesso transoral ser essencial em muitos casos, a abordagem cir´urgica transnasal a` JCV oferece vantagens, como reduc¸a˜ o das complicac¸o˜ es p´os-operat´orias e da mortalidade (FANG et al., 2015). Com menor traumatismo a` orofaringe, permite-se deglutic¸a˜ o precoce e melhor recuperac¸a˜ o do paciente. Portanto, e´ importante que o cirurgi˜ao saiba definir no planejamento pr´e-operat´orio em quais casos essa via e´ eleg´ıvel..

(37) 39. A determinac¸a˜ o do limite inferior de exposic¸a˜ o da JCV pela cirurgia endosc´opica transnasal e´ importante para escolha da via de acesso mais apropriada. Com este intuito, alguns m´etodos foram propostos para prever a extens˜ao inferior da exposic¸a˜ o da JCV no pr´e-operat´orio (EL-SAYED et al., 2011; ALDANA; NASERI; CORTE, 2012; ALMEIDA et al., 2009; CORTE et al., 2015). Atualmente, as linhas palatina e nasopalatina vem sendo mais amplamente aceitas e utilizadas. O presente estudo, na extens˜ao do conhecimento do autor, e´ o u´ nico que avalia de forma prospectiva o alcance inferior do acesso transnasal com a neuronavegac¸a˜ o. Almeida et al. (2009) avaliaram retrospectivamente imagens de TC de pacientes submetidos a ressecc¸a˜ o do dente o a´ xis pela via transnasal para avaliar o alcance inferior. El-Sayed et al. (2011) avaliaram no p´os-operat´orio exames de TC e RM em pacientes submetidos a descompress˜ao cir´urgica da JCV pelas vias transoral e transnasal para definic¸a˜ o da melhor via de acesso. O limite alcanc¸ado no presente estudo com a neuronavegac¸a˜ o foi em m´edia 1,36 mm acima da margem inferior do arco de C1 e se localizou, em todos os casos, entre a linha palatina e a linha nasopalatina. A linha palatina alcanc¸ou em m´edia 14,6 mm acima da borda inferior do arco de C1 e em todos os casos o alcance foi acima do arco de C1. No estudo de El-Sayed et al. (2011), a linha palatina se localizou abaixo do arco anterior de C1 em apenas um dos oito pacientes que n˜ao apresentavam malformac¸o˜ es da JCV. A linha nasopalatina alcanc¸ou em m´edia 3,5 mm abaixo da borda inferior do arco de C1. No estudo de Almeida et al. (2009) o alcance da linha nasopalatina na JCV foi em m´edia de 8,9 mm acima da margem inferior do corpo C2. O alcance do neuronavegador foi mais pr´oximo da linha nasopalatina (distˆancia m´edia de 4,8 mm) em comparac¸a˜ o com a linha palatina (distˆancia m´edia de 13,2 mm), corroborando com o estudo de Almeida et al. (2009)..

(38) 40. 6. ˜ CONCLUSAO. • O limite inferior de exposic¸a˜ o da JCV obtido com neuronavegac¸a˜ o nos pacientes operados pelo acesso cir´urgico endosc´opico transnasal foi em m´edia 1,36 mm acima da margem inferior do arco de C1; • Comparando o limite obtido com as linhas de referˆencia, o alcance do neuronavegador foi mais pr´oximo da linha nasopalatina do que da linha palatina e essa diferenc¸a se mostrou estatisticamente significativa; • A linha nasopalatina mostrou-se como m´etodo mais fidedigno para previs˜ao do alcance inferior a` JCV na cirurgia endosc´opica transnasal na amostra estudada. Com o m´etodo apresentado, o cirurgi˜ao pode definir com maior seguranc¸a quais casos poder˜ao ser operados pela via transnasal. 6.1 TRABALHOS FUTUROS O pr´oximo passo dessa linha de pesquisa seria analisar especificamente pacientes com doenc¸as da JCV, confirmando o real alcance da cirurgia endosc´opica transnasal a` essa regi˜ao. Pretende-se ainda confirmar se a linha nasopalatina e´ realmente capaz de prever com precis˜ao o alcance e evitar a necessidade do acesso transoral. Al´em disso, planeja-se estudar e aperfeic¸oar as aplicac¸o˜ es da neuronavegac¸a˜ o nas abordagens endosc´opicas a` JCV, com intuito de trazer maior seguranc¸a e menor taxa de complicac¸o˜ es ao tratamento cir´urgico..

(39) 41. ˆ REFERENCIAS. ABTAHI, A. M.; BRODKE, D. S.; LAWRENCE, B. D. Vertebral artery anomalies at the craniovertebral junction: a case report and review of the literature. Evidence-based Spine-care Journal, v. 5, p. 121–125, out. 2014. ISSN 1663-7976. ABUZAYED, B. et al. Extended endoscopic endonasal approach to the anterior cranio-vertebral junction: anatomic study. Turkish Neurosurgery, v. 19, p. 249–255, jul. 2009. ISSN 10195149. ACOSTA, F. L. et al. Frameless stereotactic image-guided c1-c2 transarticular screw fixation for atlantoaxial instability: review of 20 patients. Journal of Spinal Disorders & Techniques, v. 18, p. 385–391, out. 2005. ISSN 1536-0652. ALDANA, P. R.; NASERI, I.; CORTE, E. L. The naso-axial line: a new method of accurately predicting the inferior limit of the endoscopic endonasal approach to the craniovertebral junction. Neurosurgery, v. 71, p. 308–14; discussion 314, dez. 2012. ISSN 1524-4040. ALFIERI, A.; JHO, H.-D.; TSCHABITSCHER, M. Endoscopic endonasal approach to the ventral cranio-cervical junction: anatomical study. Acta Neurochirurgica, v. 144, p. 219–25; discussion 225, mar. 2002. ISSN 0001-6268. ALMEIDA, J. R. de et al. Defining the nasopalatine line: the limit for endonasal surgery of the spine. The Laryngoscope, v. 119, p. 239–244, fev. 2009. ISSN 1531-4995. AOUDE, A. A. et al. Methods to determine pedicle screw placement accuracy in spine surgery: a systematic review. European Spine Journal, v. 24, p. 990–1004, maio 2015. ISSN 14320932. BRINKER, T. et al. An experimental approach to image guided skull base surgery employing a microscope-based neuronavigation system. Acta Neurochirurgica, v. 140, p. 883–889, dez. 1998. ISSN 0001-6268. CHEN, Y.-F.; LIU, H.-M. Imaging of craniovertebral junction. Neuroimaging Clinics of North America, v. 19, p. 483–510, ago. 2009. ISSN 1557-9867. CHOI, D.; CROCKARD, H. A. Evolution of transoral surgery: three decades of change in patients, pathologies, and indications. Neurosurgery, v. 73, p. 296–303; discussion 303–4, ago. 2013. ISSN 1524-4040. CORTE, E. L. et al. The rhinopalatine line as a reliable predictor of the inferior extent of endonasal odontoidectomies. Neurosurgical Focus, v. 38, p. E16, abr. 2015. ISSN 1092-0684. CROCKARD, H. A. The transoral approach to the base of the brain and upper cervical cord. Annals of the Royal College of Surgeons of England, v. 67, p. 321–325, set. 1985. ISSN 0035-8843..

(40) 42. DLOUHY, B. J.; DAHDALEH, N. S.; MENEZES, A. H. Evolution of transoral approaches, endoscopic endonasal approaches, and reduction strategies for treatment of craniovertebral junction pathology: a treatment algorithm update. Neurosurgical Focus, v. 38, p. E8, abr. 2015. ISSN 1092-0684. EL-SAYED, I. H. et al. The importance of platybasia and the palatine line in patient selection for endonasal surgery of the craniocervical junction: a radiographic study of 12 patients. World Neurosurgery, v. 76, p. 183–8; discussion 74–8, jan. 2011. ISSN 1878-8769. FANG, C. H. et al. Purely endoscopic endonasal surgery of the craniovertebral junction: A systematic review. International Forum of Allergy & Rhinology, v. 5, p. 754–760, ago. 2015. ISSN 2042-6984. GOLDSCHLAGER, T. et al. The endoscopic endonasal approach to the odontoid and its impact on early extubation and feeding. Journal of Neurosurgery, v. 122, p. 511–518, mar. 2015. ISSN 1933-0693. HEILBRUN, M. et al. Apparatus and method for photogrammetric surgical localization. nov. 14 2000. US Patent 6,146,390. JAVER, A. R. et al. Image-guided endoscopic transsphenoidal removal of pituitary tumours. Journal of Otolaryngology - Head & Neck Surgery, v. 37, p. 474–480, ago. 2008. ISSN 1916-0216. KANAVEL, A. Bullet located between the atlas and the base of the skull: technique of removal through the mouth. Surg Clin Chicago, v. 1, n. 361-366, p. 9, maio 1917. KASSAM, A. B. et al. The expanded endonasal approach: a fully endoscopic transnasal approach and resection of the odontoid process: technical case report. Neurosurgery, v. 57, p. E213; discussion E213, jul. 2005. ISSN 1524-4040. KSHETTRY, V. R. et al. Endoscopic approaches to the craniovertebral junction. Otolaryngologic Clinics of North America, v. 49, p. 213–226, fev. 2016. ISSN 1557-8259. KURTSOY, A. et al. Neuronavigation in skull base tumors. Minimally Invasive Neurosurgery, v. 48, p. 7–12, fev. 2005. ISSN 0946-7211. LASIO, G. et al. Image-guided endoscopic transnasal removal of recurrent pituitary adenomas. Neurosurgery, v. 51, p. 132–6; discussion 136–7, jul. 2002. ISSN 0148-396X. LEE, A. et al. Endoscopic transnasal approach to the craniocervical junction. Skull Base, v. 20, p. 199–205, maio 2010. ISSN 1532-0065. LIU, J. K.; COULDWELL, W. T.; APFELBAUM, R. I. Transoral approach and extended modifications for lesions of the ventral foramen magnum and craniovertebral junction. Skull Base, v. 18, p. 151–166, maio 2008. ISSN 1531-5010. MARTIN, M. D.; BRUNER, H. J.; MAIMAN, D. J. Anatomic and biomechanical considerations of the craniovertebral junction. Neurosurgery, v. 66, p. 2–6, mar. 2010. ISSN 1524-4040. MCINERNEY, J.; ROBERTS, D. W. Frameless stereotaxy of the brain. The Mount Sinai Journal of Medicine, v. 67, p. 300–310, set. 2000. ISSN 0027-2507..

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(43) 45. ˆ ˆ DE ETICA ´ APENDICE A -- PARECER DO COMITE EM PESQUISA.

(44) HOSPITAL ECOVILLE/ INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA S/C LTDA PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP DADOS DO PROJETO DE PESQUISA Título da Pesquisa: AVALIAÇÃO COM A NAVEGAÇÃO DO LIMITE INFERIOR DA EXPOSIÇÃO DA JUNÇÃO CRÂNIO-CERVICAL NAS ABORDAGENS ENDOSCÓPICAS ENDONASAIS Pesquisador: LUCAS ALVES AURICH Área Temática: Versão: 2 CAAE: 37107014.7.0000.5227 Instituição Proponente: Hospital ECOVILLE/ Instituto de Neurologia de Curitiba S/C Ltda Patrocinador Principal: Financiamento Próprio DADOS DO PARECER Número do Parecer: 943.028 Data da Relatoria: 24/11/2014 Apresentação do Projeto: Avalição dos limites da exposição da junção crânio-cervical nas abordagens endoscópicas endonasais, através de neuronavegação utilizada durante cirurgias de base de crânio.. Objetivo da Pesquisa: OBJETIVO GERAL Avaliar o limite inferior da exposição da JCC nas cirurgias endoscópicas endonasais com a utilização da neuronavegação. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Comparar o limite de exposição inferior obtido com a neuronavegação com a linha palatina e com a linha nasopalatina e avaliar qual o melhor parâmetro de imagem para definição desse limite no pré-operatório. Avaliação dos Riscos e Benefícios: O risco acrescentado pelo estudo é mínimo visto que é relacionado ao próprio tratamento da doença de base, que não será modificado exceto pela adição de "algo em torno de um minuto" Os benefícios não são para o indivíduo em si mas para o conhecimento de aplicação de tratamento cirúrgico. Há descrição adequada da relação.. Endereço: Rua Jeremias Maciel Perreto, 300 Bairro: Campo Comprido CEP: 81.210-310 UF: PR Município: CURITIBA Telefone: (41)3028-9542 Fax: (41)3028-8580 E-mail: cep@inc-neuro.com.br Página 01 de 02.

(45) HOSPITAL ECOVILLE/ INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA S/C LTDA Continuação do Parecer: 943.028. Comentários e Considerações sobre a Pesquisa: O estudo está bem detalhado na sua execução, viabilidade e importância clínica. Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória: aprovado Recomendações: Conclusões ou Pendências e Lista de Inadequações: antigas pendências, devidamente corrigidas. Situação do Parecer: Aprovado Necessita Apreciação da CONEP: Não Considerações Finais a critério do CEP:. CURITIBA, 02 de Fevereiro de 2015. Assinado por: PEDRO ANDRÉ KOWACS (Coordenador). Endereço: Rua Jeremias Maciel Perreto, 300 Bairro: Campo Comprido CEP: 81.210-310 UF: PR Município: CURITIBA Telefone: (41)3028-9542 Fax: (41)3028-8580 E-mail: cep@inc-neuro.com.br Página 02 de 02.

(46) 48. ˆ APENDICE B -- TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO.

(47) ! %'. ". #$. (. (. !. % *. ). & &. & ,. %+ ). %. ,. +. ( -. , ".. ). ". +. /. (. %+ ,. 3 $. ". !. %+. # &. ) ( ). ). # +. #. #. ! &. ( %+ ,. ( & ( %+ %+ %+ +. (. #. 012. +. & $ # %+. *. ". & 3. #. 4. ( %+. 5. + &. %+. &/. ". -. % 3 #. ( -. ! %+. +. #. , &. %. /&.

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