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O mundo da Física. A curiosidade do homem pode ser compreendida. A Lua energiza seu signo apesar

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Academic year: 2021

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A U L A

“Para vermos inteiramente nosso rosto num espelho plano é sufici-ente que ele tenha metade do ta-manho (altura) do rosto. Tente observar este fato.”

“A Lua energizaenergizaenergizaenergizaenergiza seu signo apesar de estar em fasefasefasefasefase com saturno com o qual apresenta tensãotensãotensãotensão. Você devetensão aproveitar as vibraçõesvibraçõesvibraçõesvibraçõesvibrações de mer-cúrio que completa hoje seu ciclociclociclociclociclo. Assim, curta hoje os seus amigos. Número de sorte 23.”

O mundo da Física

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curiosidade do homem pode ser compre-endida de várias maneiras: alguns dizem que vem de uma necessidade de sobrevivência, outros dizem que é uma forma de prazer ou, ainda, no pensamen-to religioso, que é uma forma de conhecer a Deus. Mas uma coisa não podemos negar: o homem é curioso!o homem é curioso!o homem é curioso!o homem é curioso!o homem é curioso!

l Por que as coisas caem? l O Sol é uma bola de fogo?

l A Terra está parada? E a Lua, como ela fica lá em cima? l Quando começou o tempo?

l Como surge o pensamento?

l Como surgiu a vida? Existe vida depois da morte?

Essas são perguntas que o homem vem se fazendo há muito tempo. Algumas sabemos responder, outras não. Algumas têm mais de uma resposta, a diferença está no método usado para respondê-las.

Alguns métodos permitem conhecer o mundo que nos cerca, outros nos levam a ilusões sobre este mundo. Observe estes casos:

HORÓSCOPOHORÓSCOPOHORÓSCOPOHORÓSCOPOHORÓSCOPO::::: ESPELHOESPELHOESPELHOESPELHOESPELHO, , , , , ESPELHOESPELHOESPELHOESPELHOESPELHO MEUMEUMEUMEUMEU...

VOCÊVOCÊVOCÊVOCÊVOCÊ SABIASABIASABIASABIASABIA?????

Os trechos escritos nos quadros acima poderiam ser encontrados num jornal ou falados pela televisão. Freqüentemente encontramos frases que propõem, sugerem, ou mesmo ordenam que façamos, ou não façamos, certas coisas: “Não fume no elevador. Lei Municipal número tal”.

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Essa afirmação tenta nos dizer que se fumarmos no elevador estaremos sujeitos às penas da tal lei. Voltemos aos quadros.

O primeiro nos diz algumas coisas a respeito da situação dos astros em que podemos, ou não, acreditar. Mais ainda, nos fala para “curtir” os nossos amigos, o que é bom, e, indiretamente, propõe que joguemos no número 23. Dentro do quadro encontramos palavras que parecem científicas: energizarenergizarenergizarenergizar, vibraçãoenergizar vibração vibração vibração vibração, tensão

tensão tensão tensão

tensão, fase fase fase fase. O texto usa essa linguagem para tentar nos convencer de que tudo fase que foi escrito é verdade. Mas os horóscopos são produtos da Astrologia que não é uma ciência. Suas definições não são exatas e variam de astrólogo para astrólogo. Na verdade o que foi dito é a opiniãoopiniãoopiniãoopiniãoopinião de quem fez o horóscopo e o astrólogo pode, ou não, acertar as suas previsões.

No segundo quadro estamos no campo da ciência. Ele procura nos descrever um fatofatofatofatofato. Se uma pessoa, em qualquer lugar do mundo, seguir as instruções e se olhar num espelho que tenha, pelo menos, metade da altura do seu rosto, conseguirá ver o rosto por inteiro. Não estamos mais diante de uma opiniãoopiniãoopiniãoopiniãoopinião, mas sim de um fato, que pode ser verificado. fato, que pode ser verificado. fato, que pode ser verificado. fato, que pode ser verificado. fato, que pode ser verificado.

Devemos ouvir o que as pessoas têm a dizer, porém devemos ser capazes de julgar o que foi dito. Não é porque “saiu no jornal” ou “deu na tv” que é verdade! Por outro lado, devemos ter cuidado, pois julgar não é discordar de tudo, o importante é fazer perguntasfazer perguntasfazer perguntasfazer perguntasfazer perguntas, é ter curiosidadeter curiosidadeter curiosidadeter curiosidadeter curiosidade e ir em busca dos fatos e suas explicações. A ciência e seus métodos podem nos ajudar a responder muitas perguntas, a tomar posições e a fazer julgamentos.

Uma questão de método

A ciência é uma forma de olhar o mundo, mas não é a única.

Muitas pessoas imaginam que as perguntas religiosas estão completamente separadas das perguntas científicas, mas isso nem sempre é verdade. Por exemplo, Isaac Newton, quando criou o conceito de forçaforçaforçaforçaforça, queria evidenciar a ação de Deus no mundo: suas perguntas eram religiosas e se confundiam com as científicas.

O método científico tem permitido à humanidade construir conhecimentos sobre o mundo, propiciando compreender e controlar a natureza em alguns aspectos.

O método científico busca uma verificação dos fenômenos por meio de observações e experiências (fatos), ou seja, busca na natureza a resposta para suas perguntas e a confirmação de suas hipóteses hipóteses hipóteses hipóteses hipóteses (opiniões baseadas em fatos). Por exemplo, uma pergunta que vem sendo feita desde a Antigüidade se refere à queda dosqueda dosqueda dosqueda dos corposqueda doscorposcorposcorposcorpos: um corpo pesado e um leve, soltos ao mesmo tempo e de uma mesma altura, chegam juntos ao chão?

Várias pessoas deram soluções para essa pergunta. Os gregos antigos acha-vam que o lugarlugarlugarlugar naturallugarnaturalnaturalnatural das coisas pesadas era o solo, por isso caem, sendo quenatural as de maior peso chegam primeiro. Assim como as coisas leves sobem para o céu, lugar natural do que é leve, como o fogo ou os gases quentes. Essa forma de olhar a queda dos corpos se manteve por muitos milênios, quase como uma afirmação sagrada, da qual não se podia duvidar, mas, por volta de 1500, cientistas criaram o método experimentalmétodo experimentalmétodo experimentalmétodo experimental, que é a base do método científico. Um fenômeno quemétodo experimental ocorre em todos os lugares, como o reflexo de um rosto num espelho, é chamado de um fenômeno natural. Galileu Galilei, o primeiro a escrever sobre esse método, estudou o fenômeno da queda dos corpos fazendo observações e medições do fenômeno, ou seja, ele começou a observar cccccomo, quando e em que situação oomo, quando e em que situação oomo, quando e em que situação oomo, quando e em que situação oomo, quando e em que situação o fenômeno ocorria

fenômeno ocorria fenômeno ocorria fenômeno ocorria

fenômeno ocorria. Galileu deixou cair uma bala de canhão e uma de mosquete, cem vezes mais leve, do alto da Torre de Pisa, na Itália.

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A U L A Isso permitiu a Galileu chegar à seguinte conclusão:

Dois corpos Dois corpos Dois corpos Dois corpos Dois corpos abandonados, ao abandonados, aoabandonados, ao abandonados, aoabandonados, ao mesmo tempo, mesmo tempo,mesmo tempo, mesmo tempo,mesmo tempo, de uma mesma altura, de uma mesma altura, de uma mesma altura, de uma mesma altura, de uma mesma altura,

chegam juntos chegam juntos chegam juntos chegam juntos chegam juntos (simultaneamente) (simultaneamente) (simultaneamente) (simultaneamente) (simultaneamente) ao solo, mesmo que ao solo, mesmo que ao solo, mesmo que ao solo, mesmo que ao solo, mesmo que

tenham pesos tenham pesostenham pesos tenham pesos tenham pesos diferentes. diferentes.diferentes. diferentes.diferentes.

À primeira vista essa afirmação nos surpreende, porque raramente temos a oportunidade de ver uma formiga e um elefante caindo simultaneamente de uma mesma altura e verificar se eles chegam juntos ao chão!

Então usemos o método científico, duvidemosduvidemosduvidemosduvidemosduvidemos dessa afirmativa!Vamos usar o método experimental para verificarverificarverificarverificarverificar se ela é correta!

O método experimental

O que você vai fazer agora é uma experiência simples para observar a queda dos corpos na superfície da Terra e conhecer um pouco mais sobre o método experimental.

Pegue uma folha de papel do seu caderno. Segure a folha sobre a palma da mão esquerda e o caderno sobre a palma da direita, mantendo os dois à mesma altura do chão, como mostra a Figura 2. Espere alguns instantes e solte-os ao mesmo tempo. Qual dos dois objetos cai mais rápido Qual dos dois objetos cai mais rápido Qual dos dois objetos cai mais rápido Qual dos dois objetos cai mais rápido Qual dos dois objetos cai mais rápido?

Você deve estar pensando que a resposta é óbvia: o caderno chega pri-meiro! Afinal ele é mais pesado.

Pois bem, você tem razão, mas so-mente na primeira parte da sua respos-ta. Realmente, nessas condições, o ca-derno cai mais rápido do que a folha de papel. Ou seja, apenas confirmamos o que já se esperava. Homem de espírito científico e pesquisador, o italiano Galileu Galilei (1564-1642) deu muitas contribuições à ciência, principalmente no campo da

Astronomia. Figura 1. Torre de Pisa

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Façamos outra experiência.

Pegue duas folhas iguais de papel. Coloque cada uma na palma de cada mão. Espere alguns instantes e solte-as ao memo tempo. Qual dos dois objetos caiQual dos dois objetos caiQual dos dois objetos caiQual dos dois objetos caiQual dos dois objetos cai mais rápido?

mais rápido? mais rápido? mais rápido? mais rápido?

Provavelmente uma das duas caiu mais rápido do que a outra. E se você repetir essa experiência diversas vezes, em várias tentativas, a da direita cairá primeiro e em outras a da esquerda cairá primeiro. Isso significa que essa experiência não é conclusiva. Não podemos afirmar, antes de fazer a experiência, qual folha cairá mais rápido.

Mas como podem dois corpos de mesmo peso não cairem juntos? O que está atrapalhando?

Podemos fazer algumas hipóteseshipóteseshipóteseshipóteseshipóteses.

Talvez o ar esteja, de alguma forma, atrapalhando a descida das folhas e de maneira incontrolável, pois a cada descida as folhas percorrem caminhos dife-rentes, e chegam em instantes diferentes.

Podemos, e devemosdevemosdevemosdevemos testar essa hipótesedevemos hipótesehipótesehipótesehipótese:

Pegue duas folhas de papel, amasse uma completamente, até formar uma bola e segure-a com a mão direita; com a palma da mão esquerda, segure a outra folha sem amassá-la. Espere alguns instantes e solte-as. Faça novamente a pergunta: qual dos dois objetos cai mais rápidoqual dos dois objetos cai mais rápidoqual dos dois objetos cai mais rápidoqual dos dois objetos cai mais rápidoqual dos dois objetos cai mais rápido?

Nessa experiência podemos ver claramente que o ar interfere na queda dos corpos, pois a folha amassada cai rapidamente, e em linha reta, e a outra não.

Será possível diminuir a influência do ar sobre o movimento da folha de papel? Pegue seu caderno novamente, sustentando-o sobre a palma da mão direita. E agora coloque a folha sobre o caderno. Espere alguns instantes e solte-os. QualQualQualQualQual dos dois objetos cai mais rápido

dos dois objetos cai mais rápido dos dois objetos cai mais rápido dos dois objetos cai mais rápido dos dois objetos cai mais rápido?

Se você repondeu que os dois caem juntos, maravilha!

O que fizemos? Nós controlamos a experiência. Impedimos que o ar atrapa-lhasse a queda da folha de papel e também pudemos ver que tantotantotantotantotanto a folha,a folha,a folha,a folha,a folha, quanto o caderno, caem juntos até o chão

quanto o caderno, caem juntos até o chão quanto o caderno, caem juntos até o chão quanto o caderno, caem juntos até o chão quanto o caderno, caem juntos até o chão.

Com essa experiência foi possível compreender que:

Nem sempre, os fenômenos naturais são observados Nem sempre, os fenômenos naturais são observados Nem sempre, os fenômenos naturais são observados Nem sempre, os fenômenos naturais são observados Nem sempre, os fenômenos naturais são observados com facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criar com facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criarcom facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criar com facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criar com facilidade. Para estudar as leis da natureza, temos de criar

condições adequadas, que possam ser controladas. condições adequadas, que possam ser controladas. condições adequadas, que possam ser controladas. condições adequadas, que possam ser controladas. condições adequadas, que possam ser controladas.

Essa foi a grande “sacada” de Galileu ao criar o método experimental. Nas próximas aulas, voltaremos a estudar o movimento da queda dos corpos na superfície da Terra.

Demos um exemplo do método experimental, que é a base do método científico, utilizado pela ciência, incluindo a Física. Mas, o que é mesmo Física?

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O que é a Física?

Há cerca de 200 anos, não precisaríamos nos preocupar com essa pergunta. Os conhecimentos que estão incluídos no que hoje chamamos Física, Química, Astronomia (não confunda com Astrologia!), Engenharia etc. estavam todos dentro do que se chamava Filosofia NaturalFilosofia NaturalFilosofia NaturalFilosofia NaturalFilosofia Natural.

Mas as informações sobre as substâncias, sobre o movimento dos astros, a construção de máquinas — sobre a natureza e os artefatos construídos pelos homens — foram crescendo tanto, que foi necessário o estabelecimento de ciências diferentes.

Com Galileu Galilei, houve um grande avanço na ciência. Com a ajuda do método experimental, desenvolveram-se muitas técnicas que, cada vez mais, foram sendo aplicadas no dia-a-dia do homem.

A invenção da máquina a vapor, em 1769, por James Watt e, mais as descobertas de Ampère e outros com relação à eletricidade, fez com que surgis-sem pessoas interessadas também em o que fazer com esses conhecimentos.o que fazer com esses conhecimentos.o que fazer com esses conhecimentos.o que fazer com esses conhecimentos.o que fazer com esses conhecimentos. Pessoas se preocupavam e se dedicavam a aplicar os conhecimentos da ciência e são agora os engenheiros, mais interessados na tecnologia, que abandonaram a Filosofia Natural.

Daquele conjunto de conhecimentos que era a Filosofia Natural restou o estudo da Mecânica, do Calor, da Eletricidade, do Eletromagnetismo, da Luz, etc, que recebeu o nome de Física.

O escocês James Watt (1736-1819) aperfeiçoou a máquina a vapor. Sua contribuição para a Revolução Industrial foi decisiva.

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As divisões da Física

A Física estuda vários tipos de fenômenos da Natureza. Para facilitar o seu estudo costuma-se dividi-la. Até o início do século as principais partes da Física eram: a MecânicaMecânicaMecânicaMecânica, a TermodinâmicaMecânica TermodinâmicaTermodinâmicaTermodinâmica, e o EletromagnetismoTermodinâmica EletromagnetismoEletromagnetismoEletromagnetismoEletromagnetismo.

No século XX, a partir de grandes descobertas, surgiram novos ramos, entre eles: Física Atômica e NuclearFísica Atômica e NuclearFísica Atômica e NuclearFísica Atômica e Nuclear, Mecânica QuânticaFísica Atômica e Nuclear Mecânica Quântica Mecânica Quântica Mecânica Quântica Mecânica Quântica, Relatividade Relatividade Relatividade Relatividade. Os novos Relatividade conceitos introduzidos neste século provocaram uma verdadeira revolução na Física. Hoje é comum também dividir a Física em Clássica (antes de 1900) e Moderna (após 1900). Alguns desses assuntos serão abordados ao longo do nosso curso.

O quadro a seguir mostra algumas perguntas que podem surgir no nosso dia-a-dia, e identifica qual o ramo da Física que trata de respondê-las.

PERGUNTAS PERGUNTASPERGUNTAS

PERGUNTASPERGUNTAS QUEMQUEMQUEMQUEMQUEM RESPONDERESPONDERESPONDERESPONDERESPONDE ALGUNSALGUNSALGUNSALGUNSALGUNS CONCEITOSCONCEITOSCONCEITOSCONCEITOSCONCEITOS MECÂNICA

MECÂNICA MECÂNICA MECÂNICA MECÂNICA

l Por que somos jogados para frente do

ônibus quando ele freia bruscamente?

l Por que nos dias de chuva é mais

difícil frear um automóvel?

l Como um navio consegue boiar?

Força Espaço Inércia Tempo Velocidade Massa Aceleração Energia Densidade

l Como funciona um termômetro? l Por que o congelador fica na parte

superior da geladeira?

l O que ocorre com a naftalina, que

“some” do fundo da gaveta?

Calor Energia térmica Pressão Volume Dilatação Temperatura Mudanças de estado TERMODINÂMICA TERMODINÂMICA TERMODINÂMICA TERMODINÂMICA TERMODINÂMICA ÓPTICA ÓPTICA ÓPTICA ÓPTICA ÓPTICA

l Como vemos os objetos?

l Como os óculos ajudam a melhorar a

visão?

l Como se forma a nossa imagem num

espelho?

l O que é a corrente elétrica?

l Como funciona um chuveiro elétrico? l Para que serve um fusível?

ELETROMAGNETISMO ELETROMAGNETISMOELETROMAGNETISMO

ELETROMAGNETISMOELETROMAGNETISMO Carga elétrica Corrente elétrica Campos elétricos Campos magnéticos Ondas eletromagnéticas

l O que é, de fato, a luz?

l O que compõe todas as coisas? l O que são microondas?

FÍSICA FÍSICA FÍSICA FÍSICA FÍSICA ATÔMICA ATÔMICAATÔMICA ATÔMICA

ATÔMICA/////NUCLEARNUCLEARNUCLEARNUCLEARNUCLEAR

Átomos Núcleos Fótons Elétrons Raio de luz Reflexão Refração Lentes Espelhos

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Aplicações da Física

Desde tempos imemoriais homens e mulheres investigam os fenômenos dafenômenos dafenômenos dafenômenos dafenômenos da natureza

natureza natureza natureza

natureza para poderem viver melhor. Sua curiosidade os fez aprofundar em seus conhecimentos sobre os ciclos do dia e da noite, sobre as fases da Lua, as estações do ano; sobre como se desenvolvem plantas e animais, para melhorar a agricultura e as criações, e assim produzir mais alimentos; sobre como produzir e controlar o fogo, e inventar ferramentas que facilitam o trabalho.

A construção de casas, represas, pontes; a utilização da roda, de carros e dos diferentes tipos de máquinas, tudo isso foi sendo incorporado ao conhecimento da humanidade.

Nos últimos séculos, a ciência vem avançando muito rapidamente, assim como a tecnologia, que aplica os conhecimentos científicos a situações práticas. Tornou-se possível fazer máquinas muito pesadas - os aviões - voarem, facilitando, depois, a construção de outras - as naves espaciais, que levaram o homem à Lua e que nos ajudam a desvendar os mistérios do universo.

Já se conhece muita coisa sobre o universo e as estrelasestrelasestrelasestrelasestrelas, mas as pesquisas ainda não se esgotaram. Sabemos que o Sol, a estrela mais próxima da Terra, é essencial para a existência da vida em nosso planetaplanetaplanetaplanetaplaneta.

Praticamente toda energiaenergiaenergiaenergia utilizada na Terra provém do Sol: ele nos forneceenergia luz

luz luz luz

luz e calorcalorcalorcalorcalor, que são fundamentais para a manutenção da vida. E, hoje, existem equipamentos que permitem aproveitar mais e melhor essa energia.

Um ramo importante da Física é a Física Nuclear, que deu origem a reatores nucleares que produzem energia elétricaenergia elétricaenergia elétricaenergia elétrica. Com os conhecimentos desse ramo daenergia elétrica Física também foi possível construir bombas nucleares, que são as armas de destruição mais ameaçadoras, para a humanidade e para nosso planeta, já construídas.

No entanto, graças a esse mesmo conjunto de conhecimentos, foram desenvolvidos equipamentos e técnicas para a Medicina que salvam muitas vidas, pois permitem saber como estão funcionando os órgãos no interior do corpo humano. Exemplo disso são as radiografias (chapas de raios Xraios Xraios Xraios Xraios X), as tomografias e as ultra-sonografias.

Os conhecimentos adquiridos no ramo da Física Atômica nos permitiram construir lâmpadas especiais que produzem o laserlaserlaserlaserlaser - um tipo de luzluzluzluzluz dotada de certas características que permitem fazer microcirurgias (como as realizadas nos olhos), abrir cortes e fechá-los em cirurgias diversas, dispensando, em algumas situações, o uso do bisturi. O laser tem também muitas aplicações na indústria, como em dispositivos para cortar metais, em aparelhos de somsomsomsomsom que fazem as chamadas “leituras digitais” e em outros equipamentos.

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A invenção dos computadores também ocorreu em conseqüência da aplicação de conceitos da Física à Eletrônica e à Microeletrônica. A utilização de computadores vem revolucionando as indústrias com a automatização dos processos de produção, como, por exemplo, nas fábricas de automóveis, de tecidos e de alimentos. Também está presente em bancos e lojas: os cartões magnéticos de bancos e de crédito são usados como substitutos do dinheiro.

Nossa sociedade está aproveitando cada vez mais os avanços científicos e tecnológicos que possibilitam uma melhor qualidade de vida para um número cada vez maior de pessoas. O resultado desses avanços aparecem na maior quantidade e na melhor qualidade de alimentos, na melhoria da saúde, numa vida mais longa, na maior comunicação entre as pessoas (livros, jornais, rádio, televisão, informática), entre outras coisas.

Na próxima aula, vamos dar o primeiro passo dessa longa caminhada pelo mundo da Física

mundo da Física mundo da Física mundo da Física mundo da Física.

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A culpa é da barreira!

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torcida vibra. Daquela distância é gol na certa, é quase um pênalti. O árbitro conta os passos regulamentares. A regra diz: são 10 passos (9,15 metros) para a formação da barreira, mas ela nunca fica na posição correta. Os jogadores avançam, o árbitro ameaça, mostra o cartão amarelo para um ou outro jogador, eles se afastam, voltam a avançar e a falta acaba sendo batida assim mesmo. É gol?

Nem sempre e, muitas vezes, a culpa é da barreira. Todos concordam, torcida, comentaristas, árbitros, dirigentes, mas parece que nada se pode fazer. Afinal quem garante que a distância não estava certa? Será que os passos do juiz são um instrumento de medida confiável ? E se ele for baixinho ou muito alto ou estiver mal-intencionado, querendo prejudicar um dos times? Você compraria um terreno medido desse jeito?

Muitas sugestões já foram feitas - até proibir a formação da barreira -, mas ninguém pensaria em dar uma trena ao juiz para que ele, com o auxílio do bandeirinha, medisse a distância correta. Seria tão absurdo como levar um juiz de futebol para medir um terreno. São coisas diferentes que exigem formas diferentes de agir. No futebol, a precisão das medidas não é muito necessária e, de certa forma, toda aquela movimentação na cobrança de uma falta também faz parte do jogo. Muita gente até acha que se fosse tudo muito certinho o futebol perderia a graça, mas certamente medir um terreno desse jeito não teria graça nenhuma.

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Entretanto, durante muito tempo, as medidas de comprimento foram feitas assim, utilizando partes do corpo humano como instrumentos de medi-da. O diâmetro de um dedo, o tamanho de um palmo, pé ou braço, o compri-mento de um passo foram utilizados como medidas de compricompri-mento durante séculos por todos os povos da Antigüidade. É comum, até nos dias de hoje ouvir dizer: “esta mesa tem 10 palmos” ou “esta sala tem 30 pés”. E, assim, todos os objetos são medidos comparando-os com outros “objetos especiais” que hoje chamamos de padrõespadrõespadrõespadrões.padrões

À medida que o comércio entre os povos foi se desenvolvendo, surgiu a necessidade de criar padrões utilizáveis por todos. Pense na dificuldade dos chineses em comercializar sua seda com os europeus se ambos não usassem um padrão comum de comprimento?

Porém, de nada adiantaria criar padrões se não fosse possível compará-los. Para isso foram criados instrumentos de medidainstrumentos de medidainstrumentos de medidainstrumentos de medidainstrumentos de medida que, com o tempo, foram sendo tão aperfeiçoados que exigiram que se adotassem padrões mais precisos. A história das grandezas físicas é a história da necessidade de fazer medidas e de todo o progresso que daí resultou. Apesar de existir uma quantidade enorme de grandezas, unidades e instrumentos de medida, a Física procura operar com o menor número possível para simplificar sua tarefa e tornar mais fácil a troca de informações entre todos aqueles que com ela trabalham ou dela precisam. É o que vamos ver em seguida.

Grandezas, padrões e unidades

Nem tudo pode ser medido. Como medir a preguiça de uma pessoa ou o amor que ela sente por outra? Seria possível criar um “amorômetro”? Para os físicos isso é impossível, preguiça e amor não são grandezas físicasgrandezas físicasgrandezas físicasgrandezas físicas. Não dágrandezas físicas para dizer que alguém tem 300 de preguiça e 689,5 de amor. Esses números não significam nada porque não existe um padrão para essas grandezas. Grandeza. Grandeza. Grandeza. Grandeza. Grandeza física

física física física

física é alguma coisa que pode ser medida, isto é, que pode ser representada por um número e uma unidade.

Veja alguns exemplos:

l A distância da bola à barreira deve ser de 10 jardas10 jardas10 jardas10 jardas10 jardas ou 9,15 metros9,15 metros9,15 metros9,15 metros9,15 metros. l A bola deve ter entre 400 gramas400 gramas400 gramas400 gramas400 gramas e 500 gramas500 gramas500 gramas500 gramas500 gramas.

l O tempo de uma partida é de 90 minutos90 minutos90 minutos90 minutos90 minutos.

No primeiro exemplo, a grandeza física é o comprimento comprimento comprimento comprimento comprimento e a unidade é a jarda

jarda jarda jarda

jarda ou o metro. No segundo, a grandeza física é a massamassamassamassamassa, a unidade é o grama

grama grama grama

grama, um submúltiplosubmúltiplosubmúltiplosubmúltiplosubmúltiplo da unidade quilograma... No terceiro exemplo, a grandeza física é o tempotempotempotempotempo, a unidade é o minuto, um múltiplo da unidade segundo

segundo segundo segundo segundo.

Nesses exemplos estão três grandezas fundamentaisgrandezas fundamentaisgrandezas fundamentaisgrandezas fundamentaisgrandezas fundamentais: comprimento, massa e tempo. A partir dessas grandezas fundamentais, pode-se definir outras grandezas que, por isso, chamam-se grandezas derivadasgrandezas derivadasgrandezas derivadasgrandezas derivadas... São exemplos degrandezas derivadas grandezas derivadas a áreaáreaáreaárea de uma superfície, o volume área volume volume volume e a densidade volume densidade densidade densidade densidade de um corpo, a velocidadevelocidadevelocidadevelocidadevelocidade e aceleraçãoaceleraçãoaceleraçãoaceleraçãoaceleração de um automóvel, a forçaforçaforçaforçaforça exercida por um motor e muitas outras.

Veja alguns exemplos práticos onde aparecem grandezas (*) derivadas e suas unidades:

l Um terreno retangular tem 8 metros de frente por 25 metros de fundo. A sua área (A) é: A = 8 m

·

25 m = 200 m2 ou 200 metros quadrados,

metros quadrados, metros quadrados, metros quadrados,

metros quadrados, que é uma unidade de área.

(*) Essas grandezas foram colocadas aqui apenas para servir de exemplo. Elas serão estudadas mais adiante no curso.

Referências

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