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EXCELENTÍSSIMA SENHORA SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS

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PROTOCOLO Nº 4162/2015

AUTOS DE TERMO CIRCUNSTANCIADO Nº 0027979-69.2013.8.16.0030, DO 1º JUIZADO ESPECIAL CÍVEL, CRIMINAL E FAZENDA PÚBLICA DA COMARCA DE FOZ DO IGUAÇU.

NOTICIADO: MÁRCIO RENAN MARÇAL.

ASSUNTO: ART. 28 DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL.

JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. NÃO LOCALIZAÇÃO DO NOTICIADO PARA A CELEBRAÇÃO DA TRANSAÇÃO PENAL. DILIGÊNCIAS PARA INTIMAÇÃO INFRUTÍFERAS. REMESSA DO FEITO À JUSTIÇA COMUM CRIMINAL.

IMPOSSIBILIDADE. O art. 66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95 prevê a hipótese de modificação da competência inicialmente atribuída aos Juizados Especiais Criminais, transferindo-a ao Juízo Comum, somente quando inviabilizada a citação pessoal, ou seja, após o oferecimento da denúncia no âmbito dos Juizados Especiais Criminais.

EXCELENTÍSSIMA SENHORA

SUBPROCURADORA-GERAL DE JUSTIÇA PARA ASSUNTOS JURÍDICOS

I. RELATÓRIO

Trata-se de termo circunstanciado de infração penal instaurado para

apurar crime de desacato (art. 331 do Código Penal) atribuído a MÁRCIO RENAN

MARÇAL.

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Consta dos autos que, no dia 27 de novembro de 2013, por volta das 18hs39min, em via pública, na Av. Rio Manganelli, Bairro Santa Rita, Foz do Iguaçu-Pr., numa situação de omissão de socorro, o noticiado teria dificultado a ação das equipes policiais, sendo que em dado momento, se referiu à guarnição como “vermes”, dizendo “eles acham que são polícia mas são uns vermes” (cf. boletim de ocorrência de fls. 12).

O ilustre Promotor de Justiça, LEONARDO GABARDO FAVA, em manifestação de fls. 141/142, asseverou que o noticiado não foi encontrado no endereço e telefone fornecidos para a autoridade policial e que após serem realizadas várias diligência visando encontrá-lo, inclusive junto à Justiça Eleitoral e Receita Federal, todas foram infrutíferas, restando inviabilizada a propositura da transação penal, entendeu, ao final, que por questão de celeridade os presentes autos deveriam ser remetidos ao Juízo Criminal Comum, conforme previsão no art. 66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95.

O digno magistrado, RODRIGO LUIZ BERTI, às fls. 150/151, discordando do agente ministerial, observou que “a atual fase do presente feito refere-se à tentativa de intimação do autor do fato para que comparecesse à audiência de transação penal, ato distinto de citação prescrita no art. 66 da Lei nº 9.099/1995”.

Ademais, sustentou que para que ocorra citação do noticiado imprescindível a apresentação da denúncia por parte do Ministério Público. Desse modo, remeteu os autos a esta Procuradoria-Geral de Justiça, nos termos do art. 28 do Código de Processo Penal.

II. FUNDAMENTAÇÃO

Como visto, a questão pertinente constante nos autos é saber se a não

localização do noticiado, para que comparecesse à audiência de transação penal,

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permite a aplicação do art. 66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95, ou seja, se seria viável a remessa dos autos à Justiça Criminal Comum antes mesmo do oferecimento da denúncia no âmbito dos Juizado Especiais.

A resposta negativa se impõe. Não procede a alegação do ilustre Promotor de Justiça de que a remessa dos presentes autos à Justiça Comum somente após o oferecimento da exordial acusatória atentaria contra o princípio da celeridade processual (art. 2º da Lei nº 9.099/95), pois se trata, na verdade, de seguir fiel observância à norma do juizado especial, a qual prevê a remessa dos autos à Justiça Comum no caso de restarem infrutíferas as diligências para citação do denunciado (art.

66, parágrafo único).

Ressalte-se, preliminarmente, que as hipóteses que permitem a remessa dos autos do Juizado Especial Criminal ao Juízo Comum, conforme a Lei nº 9.099/95 se resumem nas seguintes situações: quando a complexidade ou circunstância do caso não permitirem ao Ministério Público a formulação de denúncia (art. 77, §2º); quando na ação penal privada o juiz verificar que a complexidade e as circunstâncias do caso recomendam a remessa dos autos ao Juízo Comum; e, por fim, quando o denunciado não for encontrado para ser citado (art. 66, parágrafo único).

Possível, portanto, a citação editalícia, nos termos do artigo 361 do Código de Processo Penal, desde que não se obtenha êxito em localizar o acusado em nenhum de seus prováveis endereços, ainda que esgotados todos os meios para a efetivação do chamamento pessoal.

Não sendo encontrado o autor do fato delituoso, depois de efetuadas

diversas diligências, as peças existentes e os respectivos elementos de prova remetidos

ao Juizado Especial devem ser encaminhados à Justiça Criminal Comum, nos termos do

parágrafo único do artigo 66 da Lei nº 9.099/95, in verbis:

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"Art. 66. A citação será pessoal e far-se-á no próprio Juizado, sempre que possível, ou por mandado.

Parágrafo único. Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo comum para adoção do procedimento previsto em lei".

Verificando-se que não há a possibilidade de citação por edital em sede de Juizados Especiais Criminais, pois incompatível com os princípios norteadores de sua atuação, caso o autor do fato não seja encontrado para citação, ou seja, após o oferecimento da denúncia, a competência desloca-se para a Justiça Comum.

Registre-se o Enunciado nº 64 da FONAJE:

“verificada a impossibilidade de citação pessoal, ainda que a certidão do Oficial de Justiça seja anterior à denúncia, os autos serão remetidos ao juízo comum após o oferecimento desta”.

Assim, apenas se autor do fato não for encontrado para ser citado, os autos serão encaminhados à justiça comum. Havendo, no caso dos autos, tão- somente tentativas de intimação, o que é bem diferente da citação, ato através do qual o réu é chamado ao processo, para se defender e tomar ciência da acusação contra ele existente.

Desse modo, convergimos no entendimento de que previamente ao

deslocamento do feito para a Justiça Comum há necessidade do oferecimento de

denúncia, ainda no âmbito do procedimento sumaríssimo do Juizado Especial Criminal,

não sendo o bastante a não intimação do autor do fato para a audiência preliminar, ou

seja, somente após a apresentação da peça acusatória e esgotamento das tentativas

de citação pessoal do noticiado é que devem ser enviados os autos ao Juízo Comum,

para, assim, se proceder à citação por edital.

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Acerca do tema, colhe-se os seguintes julgados

1

:

CONFLITO DE COMPETÊNCIA. PROCESSUAL PENAL. JUIZADO ESPECIAL. AUDIÊNCIA PRELIMINAR. NÃO COMPARECIMENTO DO AUTOR. DENÚNCIA ORAL. 1. Consoante o art. 77, caput, da Lei nº 9.099/95, não havendo aplicação da pena proposta pelo Ministério Público, pela ausência do autor do fato ou pela não ocorrência da hipótese prevista no art. 76, o Ministério Público apresentará ao Juiz do Juizado Especial, de imediato, denúncia oral, se não houver necessidade de diligências imprescindíveis. 2. A autora do fato delituoso, no caso, não compareceu à audiência preliminar e não foi demonstrada a necessidade de diligências imprescindíveis, sendo hipótese, portanto, de apresentação de denúncia oral perante o Juizado Especial (art. 77, caput, da Lei nº 9.099/95) e não de remessa dos autos ao Juízo Comum. 3. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Campina Grande – PB. (STJ, CC 102240/PB, CONFLITO DE COMPETENCIA 2008/0286499-4, Rel.: Ministro OG FERNANDES (1139), 3ª Seção, Julgamento 25/03/2009, Publicação DJe 30/04/2009).

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL.

IMPOSSIBILIDADE DE REMESSA DOS AUTOS AO JUÍZO COMUM EM RAZÃO DA CONSTATAÇÃO DA AUSÊNCIA DO AUTOR DO FATO NA AUDIÊNCIA PRELIMINAR. OBSERVÂNCIA DO RITO PREVISTO NA LEI 9.099/95. 1. Sendo constatada a ausência do autor do fato na audiência preliminar, deve-se observar-se o rito da Lei 9.099/95, não sendo possível a remessa dos autos à Justiça Comum antes da apresentação de denúncia oral e esgotamento das tentativas de citação pessoal do réu. 2. Conflito conhecido para declarar competente o Juízo de Direito do Juizado Especial Criminal de Campina Grande-PB, o suscitado. (STJ, CC 103739/PB, conflito de competência nº 2009/0032327-8, Rel.: Ministro JORGE MUSSI (1138), 3ª Seção, Julgamento 24/06/2009, Publicação DJe 03/08/2009).

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. REQUERIDA NÃO ENCONTRADA PARA CITAÇÃO E INTIMAÇÃO DA AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO. AUDIÊNCIA PRELIMINAR JÁ REALIZADA, SEM A PRESENÇA DO RÉU. APENAS QUANDO NÃO FOR POSSÍVEL A

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INTIMAÇÃO PARA A AUDIÊNCIA PRELIMINAR, É QUE DEVE PERMANECER A COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL, ATÉ O ESGOTAMENTO DAS DILIGÊNCIAS NECESSÁRIAS. PROSSEGUIMENTO DO FEITO NA JUSTIÇA COMUM. POSSIBILIDADE EM RAZÃO DE QUE SE ABREM AS OPÕES PARA REGULARIZAÇÃO DO PROCEDIMENTO.

CONFLITO DE COMPETÊNCIA JULGADO IMPROCEDENTE, PARA CONFIRMAR A COMPETÊNCIA DO JUÍZO CRIMINAL DA COMARCA DE PONTA GROSSA-PR, PARA PROCESSAR E JULGAR O FEITO. I. Sem razão o Juízo Suscitante, pois o argumento usado no despacho que originou o conflito, torna regular o procedimento de encaminhamento dos autos à Justiça Comum, pois consoante dispõe o parágrafo único do art. 66 da Lei Federal 9.099/95, os autos serão remetidos à Justiça Comum no caso de não ser o acusado encontrado para citação, e, in casu, o autor do delito praticado em tese, não foi encontrado para a citação da denúncia e intimação da audiência de instrução e julgamento, o que convalida a regularidade do encaminhamento a Justiça Comum. II. Isto porque, tornar-se-ia irregular a remessa dos autos ao Juízo comum, antes da citação, afrontando assim o princípio do Juiz natural e a competência absoluta determinada em razão da matéria. Porém, não é o caso dos autos, pois a citação não foi formalizada em razão de que não foi o requerido encontrado pessoalmente, ou seja, se necessária a citação por edital, esta deve se providenciada na Justiça Comum. III.

Assevere-se que estaríamos diante de uma situação jurídica diferente, conforme entendimento majoritário, se o réu não tivesse sido intimado, ou esgotados todos os meios necessários para audiência preliminar, contudo, se não encontrado o acusado para citação, necessário se torna o prosseguimento do feito na Vara Criminal Comum, onde podem ser dilatadas as opções para regularização do procedimento. (TJPR, Acórdão nº 635626-5, Processo nº 635626-5, Rel.: JOSÉ LAURINDO DE SOUZA NETTO, Publicação 26/03/2010, Data Julgamento: 04/03/2010).

CONFLITO DE COMPETÊNCIA CRIME. - INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. - VARA CRIMINAL E JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. - IMPOSSIBILIDADE DE REMESSA DO FEITO AO JUÍZO COMUM. - NÃO ESGOTAMENTO DE TODAS AS DILIGÊNCIAS PARA CITAÇÃO PESSOAL DO RÉU NO JUIZADO ESPECIAL. - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 66, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 9.099/95. - COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL PARA O JULGAMENTO DO FEITO. - CONFLITO PROCEDENTE. I. Observa-se que o Juizado Especial

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Criminal não esgotou todas as diligências possíveis para a citação pessoal do autor do fato, tendo determinado à remessa ao Juízo Comum, após uma única tentativa frustrada em seu endereço residencial, não sendo, sequer, requisitado junto ao Cartório Eleitoral ou mesmo junto às concessionárias de serviço público. II. A Lei nº 9.099/95, prevê a hipótese de modificação da competência inicialmente atribuída aos Juizados Especiais Criminais, transferindo-a ao Juízo Comum, somente quando inviabilizada a citação pessoal, conforme dispõe em seu artigo 66, parágrafo único, "Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Comum para adoção do procedimento previsto em lei". III. "EMENTA: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA - INTIMAÇÃO PARA AUDIÊNCIA PRELIMINAR - NÃO-LOCALIZAÇÃO DO AUTOR DOS FATOS - REMESSA DO FEITO À JUSTIÇA COMUM - IMPOSSIBILIDADE. Para a remessa dos autos que tramitam perante o Juizado Especial à Justiça Comum, não basta a tentativa de intimação frustrada para a audiência preliminar, pois somente se não encontrado para citação deve ser feita a remessa a fim de que se proceda à citação editalícia." (TJMG. Conflito de Competência nº 1.0000.06.433738-9/000. Relator Des. WALTER PINTO DA ROCHA.

Quarta Câmara Criminal. Julgado em 25/10/2006). (TJPR, Rel.: LIDIO JOSÉ ROTOLI DE MACEDO, Acórdão nº 257, Processo nº 331335-7, Publicação nº 25/05/2007, Julgamento 10/05/2007).

CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO. - INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. - JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E VARA CRIMINAL. - IMPOSSIBILIDADE DE REMESSA DO FEITO AO JUÍZO COMUM. - NÃO ESGOTADAS TODAS AS DILIGÊNCIAS PARA CITAÇÃO PESSOAL DO RÉU NO JUIZADO ESPECIAL. - INTELIGÊNCIA DO ARTIGO 66, PARÁGRAFO ÚNICO DA LEI 9.099/95. - COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL PARA O JULGAMENTO DO FEITO. - CONFLITO PROCEDENTE. (...) II. A Lei nº 9.099/95, prevê a hipótese de modificação da competência inicialmente atribuída aos Juizados Especiais Criminais, transferindo-a ao Juízo Comum, somente quando inviabilizada a citação pessoal, conforme dispõe em seu artigo 66, parágrafo único, "Não encontrado o acusado para ser citado, o Juiz encaminhará as peças existentes ao Juízo Comum para adoção do procedimento previsto em lei". III. "CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL E JUÍZO DA VARA COMUM. AUSÊNCIA DE DENÚNCIA E DE CITAÇÃO DO AUTOR DO FATO. I - EM PROCEDIMENTO PREVISTO NA LEI 9.099/95, NA

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HIPÓTESE DE NÃO SER ENCONTRADO O AUTOR DO FATO PARA COMPARECER A AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO, A DENÚNCIA DEVE SER OFERECIDA E, UMA VEZ RECEBIDA, TODOS OS MEIOS POSSÍVEIS PARA A CITAÇÃO DO PROCESSADO DEVEM SER ESGOTADOS (PARÁGRAFO 1º, DO ART. 78, LEI 9.099/95), SEM O QUE NÃO SE APLICA A REGRA DO PARÁGRAFO ÚNICO DO ART. 66 DAQUELA LEI ESPECIAL, TRANSFERINDO A COMPETÊNCIA PARA A JUSTIÇA COMUM. II - DECLARADA A COMPETÊNCIA DO JUÍZO SUSCITANTE."

(TJGO. CC nº 411-1/194. Relator Des. JOSÉ LENAR DE MELO BANDEIRA. Seção Criminal. Julgado em 05/06/2002) (TJPR, Rel.: LIDIO JOSÉ ROTOLI DE MACEDO, Acórdão: 216, Processo: 331318-6, Publicação: 09/02/2007, Julgamento: 29/11/2006).

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUÍZO COMUM E JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL DE SANTA MARIA. DELITO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO. NECESSIDADE DE ESGOTAMENTO DAS TENTATIVAS DE LOCALIZAÇÃO DO ACUSADO PARA FINS DE CITAÇÃO, APÓS O OFERTAR DE DENÚNCIA. SOMENTE APÓS INEXITOSAS AS TENTATIVAS DE CITAÇÃO É QUE CABERÁ A REMESSA AO JUÍZO COMUM. CONFLITO PROCEDENTE. (TJRS, Conflito de Jurisdição Nº 70039661590, Segunda Câmara Criminal, Rel.: LAÍS ROGÉRIA ALVES BARBOSA, Julgamento 16/12/2010).

A remessa precoce do feito para o Juízo comum, por não ser encontrado o réu quando da intimação para audiência preliminar, não afasta a competência do Juizado Especial Criminal, pois, somente se não encontrado para citação, o processo prosseguirá na Vara Criminal comum, ante a necessidade de citação por edital."

Declarada a competência do Juiz suscitado. (TJMG – CC nº 2.0000.00.511878-5/001 - Rel. EDIWAL JOSÉ DE MORAIS - 4ª Câmara Criminal – Julgamento 21/09/2005).

CONFLITO NEGATIVO DE JURISDIÇÃO - INTIMAÇÃO PARA AUDIÊNCIA PRELIMINAR - NÃO-LOCALIZAÇÃO DO AUTOR DO FATO - REMESSA DO FEITO PARA A JUSTIÇA COMUM - INADMISSIBILIDADE - COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL CRIMINAL. A simples tentativa de intimação do autor do fato para a audiência preliminar, por si só, não tem o condão de modificar a competência. Se não foi ofertada denúncia e nem houve frustrada citação do autor não há se falar em afastamento da competência do Juizado Especial Criminal. (TJMG - CC n°

1.0000.05.427650-6/000 - Rel. GUDESTEU BIBER - Câmara Criminal).

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PROCESSUAL PENAL - CONFLITO DE COMPETÊNCIA - TERMO CIRCUNSTANCIADO DE OCORRÊNCIA - INTIMAÇÃO PARA AUDIÊNCIA PRELIMINAR - INOCORRÊNCIA - ALTERAÇÃO DE COMPETÊNCIA - DESCABIMENTO. Descrevendo o Termo Circunstanciado de Ocorrência a possível ocorrência da infração contida no art. 309 do CTB, tem-se que a frustração da intimação do acusado para realização da audiência preliminar prevista no art. 72 da Lei nº 9.099/95 não tem o condão de deslocar a competência do feito, pois, além de não ter aquele ato de comunicação processual a natureza de citação, nesta fase sequer existe ação penal instaurada, a legitimar a precoce manifestação judicial afastando a competência do Juizado Especial (TJMG, CC nº 480778-5, 5ª Câmara Criminal, Rel.

Des. ANTÔNIO ARMANDO DOS ANJOS, Julgamento 19.04.05).

Assim, somente após o esgotamento das tentativas de localização do autor do fato para fins de citação, ato que decorre do recebimento da denúncia, e não da intimação, é que caberá a remessa do feito para a Justiça Comum, nos termos do art. 66, parágrafo único, da Lei nº 9.099/95.

III. CONCLUSÃO

Diante do exposto, em respeito à independência funcional do digno representante do Ministério Público que pugnou pela remessa dos autos nº 0027979- 69.2013.8.16.0030 à Justiça Comum, sugere-se a designação de outro Promotor de Justiça para, no âmbito do Juizado Especial Criminal de Foz do Iguaçu, oferecer DENÚNCIA, em face do noticiado MÁRCIO RENAN MARÇAL, pelo delito de desacato (art. 331 do Código Penal), acompanhando a demanda nos seus ulteriores termos.

Curitiba, 19 de março de 2015.

REGINALDO ROLIM PEREIRA

Procurador de Justiça

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