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CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA RESUMO

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CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA INFANTIL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA

Natali Mireli Aliberti Silveira Charles Magalhães de Araújo**

RESUMO

A literatura vem ganhando vários significados e espaços, tornando-se agente relevante para o desenvolvimento infantil por meio de histórias que ajudam e fortalecem o pensamento social, cognitivo e afetivo do indivíduo, desenvolvendo um ser crítico capaz de entender e compreender qualquer tipo de linguagem. O presente trabalho tem como objetivo averiguar as contribuições da literatura no desenvolvimento infantil. Para verificar tais contribuições realizou-se uma pesquisa qualitativa de acordo com as concepções existentes em torno da literatura. O material referencial foi baseado em estudos sobre a contribuição da literatura para o desenvolvimento infantil. O resultado apresentado neste, mostra que a leitura de obras literárias infantis proporciona ao leitor um contato maior com seu significado embasado no conhecimento de mundo próprio. Portanto, para que haja um desenvolvimento global da criança é necessário levar em consideração as práticas docentes e familiares que são fontes de inspiração no processo de formação do leitor.

Palavras-chave: Literatura. Contribuição. Infantil. ABSTRACT

The literature has been gaining several meanings and spaces, becoming a relevant agent for children's development through stories that help and strengthen the social, cognitive and affective thinking of the individual, developing a critical being capable of understanding and understanding any type of language. The present work aims to investigate the contributions of literature in children's development. In order to verify such contributions, a qualitative research was carried out according to the existing conceptions around literature. The reference material was based on studies on the contribution of literature to child development. The result presented here shows that the reading of children's literary works provides the reader with a greater contact with its meaning based on knowledge of the world itself. Therefore, in order to have a global development of the child it is necessary to take into consideration the teaching and family practices that are sources of inspiration in the process of formation of the reader.

Graduanda em Pedagogiapela Faculdade Cidade de Coromandel (FCC).alibertinatali@gmail.com

** Mestre em Ciências Sociais pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e graduado em Psicologia pela Sociedade de Ensino Superior de Patos de Minas (SESPA). Docente nos cursos de Psicologia e Medicina Veterinária da FCC e Analista Executivo de Defesa Social/Psicólogo no Presídio Sargento Jorge de Coromandel. charles.araujo@seguranca.mg.gov.br

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Keywords: Literature. Contribuition. Children

1 INTRODUÇÃO

A Literatura é uma palavra que vem do latim (littera) que significa letra, tendo início na Europa em meados do século XVIII. Ao longo do tempo ela vem ganhando vários significados e espaços, deixando de ser apenas relacionada a livros, se referindo também às manifestações artísticas, à criatividade, à imaginação, à música e a dança.

Ganhando cada vez mais espaço, a literatura se tornou agente relevante para o desenvolvimento infantil. Através das histórias infantis pode-se observar o desenvolvimento social, cognitivo e afetivo, contribuindo também para a formação crítica, utilização de argumentos, aumento do vocabulário, bem como faz com que a criança aprenda a ouvir, tenha o hábito de leitura, facilitando a escrita e a linguagem oral e visual.

A aprendizagem da leitura ocorre desde cedo no meio familiar, até mesmo antes da escolarização e que permanece no decorrer da vida, no qual é aprendido o sentido das ações sociais e culturais no que se refere à linguagem escrita, ressalta-se que as crianças, antes de ingressarem na escola, já possuem um conjunto de conhecimentos e representações sobre a leitura e a literatura.

Na infância é de extrema importância explorar a literatura infantil, existem para tal, muitos métodos como fantoches, ilustrações, ludicidade e gestos. Contribuindo para o desenvolvimento de habilidades e competências. Os estímulos são notórios quando a criança está lendo um livro ou ouvindo uma leitura. Para Coelho (2003) a literatura é arte, o fenômeno da criatividade, imaginação e sonhos e sua possível ou impossível realização.

A família e os professores precisam desenvolver na criança o prazer pela leitura, o que se torna mais fácil quando os pais gostam e leem para seus filhos. A criança pode escolher o que ela deseja ler e o professor ou pais são apenas a ponte para tornar hábito a leitura, ela deve ser motivada e receber diferentes experiências para que demonstrem interesse.

Os projetos se tornam muito necessários nessa faixa etária podendo ser desenvolvido na escola ou não com o intuito de despertar nos alunos, pais e comunidade a vontade de explorar vastas obras literárias. Por fim, Góes (2010)

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argumenta que o desenvolvimento da leitura sucederá um enriquecimento moral, formação de opinião e senso crítico e reflexivo, traz também que a repetição de leitura só empobrece por isso deve-se explorar diversas obras.

O presente artigo embasado em obras literárias vem analisar que a leitura de obras literárias infantis proporciona ao leitor um contato maior com seu significado embasado no conhecimento de mundo próprio. Portanto, para que haja um desenvolvimento global da criança é necessário levar em consideração as práticas docentes e familiares que são fontes de inspiração no processo de formação do leitor.

2 A LITERATURA INFANTIL NO BRASIL

A Literatura Infantil se trata de uma arte muito ampla, elemento de expressão que retrata o mundo, o homem e a Vida. Scharf (2000) afirma que é uma das mais importantes produções e compreensões humanas para o desenvolvimento do indivíduo, pois explana a experiência do autor ao mesmo tempo em que acende uma experiência no leitor. A literatura desenvolve a imaginação e a criatividade da criança, sustenta a liberdade de espírito. As lendas e as tradições folclóricas existentes nas culturas de todos os povos e que são repassadas oralmente, de geração em geração, são as principais fontes de inspiração da literatura infantil. No entanto, uma literatura contemporânea, vai por sua vez, além da satisfação e da emoção alertar e modificar a consciência crítica tanto do leitor, quanto do interlocutor. A criança, por meio dela, unifica e combina fantasia e realidade, para atender seus anseios internos.

A literatura, segundo Coelho (2000) surgiu em 1500 com a chegada dos portugueses, com um breve registro sobre as terras encontradas. Instituída a partir disso se conceitua com a origem do termo latim (littera) que significa letra, remetendo a um conjunto de habilidades de ler e escrever de forma correta. Atualmente, não se limita só a esse significado, mas à arte de criar, produzir, imaginar, dançar, cantar, recitar, ganhando novos rumos transformou em uma grande aliada ao desenvolvimento infantil. Ainda segundo o autor, o conceito do pré leitor se divide entre a primeira e a segunda infância, que é quando as crianças compreendem a linguagem de mundo a partir das próprias bagagens.

Scharf (2000) esclarece que a literatura infantil brasileira apresenta características muito peculiares, que relacionam as contribuições europeias (portuguesas), indígenas e africanas. Desse modo, a literatura oral apresentada pelos

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primeiros colonizadores era contada pelos avós os quais mantinham as crianças entretidas por meio das histórias contadas, com personagens do folclore português. A essas histórias acrescentou-se versões contadas pelas escravas negras, que as transmitiam umas às outras, que eram amas das crianças brancas. Já a relação com a cultura indígena acrescentou diversos elementos que enriqueceram esse imaginário, por meio de figuras como a Iara, o Matitaperê e outros personagens.

No Brasil, Rodrigues et al. (2013) explicam que só se pode discorrer sobre a literatura infantil, depois da implantação da Imprensa Régia, datada de 1808, a partir da chegada de D. João VI ao país. As obras literárias publicadas eram traduções e adequações de obras portuguesas. Até então, as crianças brasileiras liam textos não literários, que eram escritos por pedagogos com intuitos meramente didáticos e/ou moralizantes.

Souza (2016) afirma que com a abolição da escravidão em 1888 e o fim da monarquia em 1889 pela Proclamação da República, surgiram as novas relações de produção, pelo sistema capital-trabalho; essas transformações abalaram o cenário brasileiro até o começo do século XX. As primeiras produções literárias voltadas para as crianças aconteceram na esfera escolar, através dos livros de leitura, uma vez que os conceitos de literatura e educação estavam entrelaçados.

Para Kirchof e Bonin (2016), foi apenas a partir do século XIX que surgiram livros nacionais de literatura direcionados para as crianças, ainda que a maior parte fosse composta por traduções e adaptações das obras europeias, principalmente de obras portuguesas. Nesta época, esses livros eram destinados as escolas, pois nelas circulavam como leitura secundária ou ainda como premiação para os melhores alunos. No começo do século XX, autores brasileiros como Olavo Bilac, Manuel Bonfim, Viriato Correa, Adelina Lopes Vieira, Júlia Lopes de Almeida, entre outros, começaram a escrever obras direcionadas para crianças, embasados nas crenças burguesas que afirmava que a literatura, e de maneira especial a poesia, seria uma ferramenta pedagógica eficaz para ensinar, tanto na escola, quanto fora dela, os valores cívicos, morais e religiosos que eram considerados adequados e necessários para uma boa formação pela sociedade da época.

Rodrigues et al. (2013) corroboram que a literatura infantil no Brasil chega através das adaptações dos textos europeus, feito por Alberto Figueiredo Pimentel, e a partir de 1922, nasce uma produção própria, com as obras de Monteiro Lobato.

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Figueiredo Pimentel como sendo o percursor na popularização dos livros para as crianças. A primeira tradução dos contos infantis que já eram famosos fora do Brasil, para o português, foi feita por ele, através da publicação da obra Contos da Carochinha, no ano de 1896, que agrupava 61 contos populares, que não eram iniciados com ‘era uma vez...’ na edição do escritor e apresentavam nuances de procedência oriental. Nesse mesmo segmento, ressaltam-se ainda Alexina Magalhães Pinto, que era professora mineira; Francisco Vianna, guiado pelo positivismo de Comte; Olavo Bilac e Manuel Bonfim, que escreveram Através do Brasil; e Thales de Andrade, inovador no gênero com o uso das características rurais, com a obra Saudade, que teve publicação em 1919, provocando uma enorme repercussão e influência nos autores que vieram após.

Na literatura usada como mecanismo de socialização, as crianças se divertem e interagem adquirindo várias formas de conhecimento através do contato com o outro, junto ao trabalho de conhecimento das cores, contos, motivação, criação, inovação e metodologias.

A partir da leitura e linguagem os seres humanos vão se comunicando, pois transmitem mensagens, criam identidades. A criança influenciada pela literatura tem sua cultura, seu modo de ver e criar as coisas de maneira ampla.

Barros (2013) destaca que a literatura se faz presente durante todo o percurso escolar da criança, ocorrendo por todas as etapas do processo de desenvolvimento. Nos primeiros anos da vida escolar, enquanto a criança ainda não domina a leitura e escrita, o livro ingressa como o fator introdutório ao estudante nesse contexto.

Souza (2016) refere que Monteiro Lobato foi o precursor da literatura infantil brasileira. Durante muito tempo, os autores que surgiram depois seguiram sob suas obras, que além de didáticas, enalteciam o folclore e a imaginação, englobando ainda questões nacionais, bem como problemas mundiais, utilizando-se constantemente do dialeto do povo brasileiro. Monteiro Lobato ainda adaptou obras como Peter Pan e Pinóquio. Sua produção destaca a identificação do escritor com o ambiente em que vive, característica não muito comum na literatura do Brasil até então. As obras deste autor são repletas de situações cotidianas e da realidade comum, como os personagens da turma do Sítio do Pica-Pau Amarelo e o personagem Jeca Tatu, possuindo uma atitude revolucionária, conectando a literatura às questões sociais. Lobato desviou-se do moralismo tradicional dos livros infantis impulsionando o desenvolvimento da consciência crítica.

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Scharf (2000) cita outros escritores contemporâneos como, José Lins do Rego, Menotti Del Picchia, Érico Veríssimo, Viriato Corrêa, entre outros se voltaram para a produção textual infantil, no entanto, não continuaram seguindo a linha de Monteiro Lobato, direcionaram-se numa perspectiva mais volvida para um discurso monológico. As autoras Cecília Meireles e Clarice Lispector, por sua vez, tinham inspiração nas obras de Monteiro Lobato, colaboraram para uma nova perspectiva em relação a literatura infantil, que passou por uma grande transformação a partir de 1970. No mesmo estilo de Lobato, as autoras escreveram um discurso direcionado ao diálogo para com a criança. Já Ruth Rocha e Ana Maria Machado, viveram no período da ditadura militar, onde tudo era censurado e proibido, sendo uma época de repressão no país, fazendo com que suas obras adotassem uma característica metafórica da época.

Rodrigues et al. (2013) complementam que as obras de Monteiro Lobato eram também caracterizadas por uma ligação forte entre as questões de cunho social de seu tempo. Em razão de não se conformar com os problemas sociais do país, Lobato estabelece um olhar com transparência e criticidade acerca da realidade brasileira, fato demonstrado em suas obras.

Para Souza (2016) o dualismo existente entre divertir e ensinar, sempre fez parte das produções literárias infantis, existindo uma preocupação oculta no que se refere a criança e seu comportamento diante da sociedade, bem como sua forma de agir e pensar. Esse questionamento está presente em toda a literatura da época, até mesmo com autores cujas obras eram voltadas para o público adulto, direcionando-se para o público infantil, tais como: Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Érico Veríssimo, Lúcio Cardoso, Jorge Amado e Osvaldo Orico.

Assim, é muito importante que o educador descubra as nuances existentes na educação infantil por meio dos variados contos infantis, das fábulas, entre outras histórias de maneira lúdica, provocando o interesse e o hábito da leitura nas crianças.

3 LEITURA E PRÁTICAS LITERÁRIAS

A leitura é uma atividade desenvolvida desde o início da vida, Pinheiro (2016) explica que já ao nascer, o indivíduo está preparado para se adaptar à leitura de mundo. Isso ocorre quando a criança aprende a falar e a se comunicar oralmente de modo espontâneo. Por meio das relações sociais, obtêm a necessidade da

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comunicação e do relacionamento com o mundo. Para tal, são utilizados diversos recursos, como: os gestos, os olhares, os sons e a fala. Apenas mais tarde são desenvolvidas as capacidades de ler e escrever.

De acordo com Scharf (2000) o hábito da leitura tem início a partir da ação do adulto, ao contar histórias que abordam temas muito próximos do cotidiano das crianças, estimula-as. Ao ler ou escutar histórias, as crianças embarcam em universo rico de muita amplitude, pois nelas existem a vida e os hábitos culturais familiares e de comunidade, bem como de sentimentos e relacionamentos entre as pessoas e as coisas do mundo. O fato de todas as crianças gostarem de ouvir histórias, se deve em razão das histórias abordarem temas muito próximas de seu cotidiano.

Segundo Bambergerd (2005) a família e a escola começam a introduzir livros, cores, tintas, contos e objetos, nessa fase a criança se encontra em constante desenvolvimento. É a partir dessa fase que começam os diálogos com outras crianças da mesma faixa etária ou não, as expressões de identidade.

Um dos desafios da leitura segundo Rauen (2008) é quando o hábito da leitura se torna um obstáculo à democracia e à cidadania, bem como para a formação do aluno como cidadão leitor, fato que extrapola as paredes do ambiente escolar. No entanto, a fase escolar é de grande importância dentro desse processo. Assim, o hábito da leitura também é uma ferramenta para o conhecimento do aluno, dentro das discussões da comunidade política.

Para Fleck e Zucki (2013) a leitura se trata de um processo de compreensão complicada, na qual o leitor um sujeito ativo dentro da elaboração dos sentidos, participa como um co-enunciador, de modo que ao tentar interagir com o autor através do texto exerce concomitantemente uma atitude ativa e responsiva: concordando ou discordando, de forma total ou parcial, completando-o, aplicando-o, se preparando para utilizá-lo, ante a elaboração de uma resposta.

A literatura é abordada na escola, de acordo com Souza (2016) do mesmo jeito que as disciplinas como a Matemática, ao passo que o sentido precisaria ser a contemplação, acumulando vivências e experiências, desenvolvendo um pensamento discordante. No entanto, ao estabelecer que a literatura necessita ser aprendida, o professor estabelece um caminho, objetivando pensamentos similares, que serão avaliados no final por fazerem ou não a leitura de um livro que lhes foi determinado, mas que ainda não lhe seja interessante.

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Para promover as atividades de leitura, Fleck e Zucki (2013) destacam alguns pontos que podem nortear essa prática, inicia-se com a apresentação das obras e a limitação das perspectivas e das expectativas, podendo ser usadas como atividades de pré-leitura que levam ao levantamento dos conhecimentos prévios que os alunos já dispõem sobre as obras, os autores e as temáticas que serão abordadas. A seguir, são estabelecidos os encaminhamentos, por meio da observação, da leitura e da audição, para que haja a apreciação e a observação das características de intertextualidade.

O ensino das práticas literárias pode, segundo Barros (2013) ser realizado através da representação de uma história, preparando apresentações com distintas versões que uma mesma história pode ter, sendo possível recontá-la do seu jeito. Relacionado a isso, trabalhar com as ilustrações, os gêneros ou os personagens, entre outros, faz com que a criança vivencie um mundo novo, sem ficar presa a uma rotina sem sentido.

Continuando as estratégias para a leitura, Fleck e Zucki (2013) citam que a recepção e a análise das obras, pode ser feita através de questionamentos, de comentários e de estímulos à conversação, por meio da interação de ideias e de conhecimentos demonstrando a comparação existente entre diferenças e semelhanças detectadas entre obras distintas, tanto no nível formal e estrutural, quanto no que se refere as questões emocionais, envolvendo a sensibilidade e o gosto pelo lúdico. Nesta fase, o professor analisa os conhecimentos relacionados ao contexto no qual as obras foram construídas, em relação as intenções do autor, as inferências, entre outras questões que podem ser abordadas.

Barros (2013) explana que nos anos iniciais do ensino fundamental a introdução a literatura ocorre também atravésdo letramento, meio pelo qual a criança entra em contato com variados gêneros textuais, tais como a poesia, literatura infantil, histórias clássicas, parlendas, entre outros. Ampliando dessa forma, seu repertório próprio, e estabelecendo suas próprias preferências literárias.

Por fim, dentro das estratégias de leitura abordadas por Fleck e Zucki (2013) estão a integração dos conhecimentos culturais, que envolvem as atividades de pós leitura, que possibilitam a integração entre os conhecimentos apresentados e outras informações culturais que os alunos possuem, através do envolvimento entre o grupo e as tarefas lúdicas de caráter interdisciplinar. Por fim, tem-se as conclusões, que surgem após a aplicação de cada estratégia, pela qual é proporcionado um momento

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de reflexão e avaliação sobre os resultados atingidos, além de uma análise minuciosa do docente sobre o discente, no que se refere ao envolvimento, aceitação e interação ocorrida dos educandos para com as obras apresentadas.

Sharf (2000) complementa que a história não termina quando chega ao fim, mas ela continua na cabeça e no pensamento da criança, que a internaliza como sendo um alimento para sua imaginação. De modo que, quem recomenda a leitura, principalmente o adulto, precisa sugerir atividades que promovam o enriquecimento, uma vez que elas auxiliam esse trabalho de internalização, em um processo de relacionamento com outras práticas artísticas e educacionais. A história trabalha com uma intermediária para a ativação da criatividade. Desse modo, é possível beneficiar-se da história para debeneficiar-senvolver o trabalho em determinadas atividades embasadas nas sugestões oferecidas pelo enredo, tais como o uso de dramatizações, desenhos, pantomimas, recortes, dobraduras, modelagem, criação de textos orais e escritos, construção de maquete, brincadeiras, entre outros.

A leitura, de acordo com Rauen (2008) vai muito além de ser uma ferramenta escolar de decodificação de sons. Trata-se de um passaporte para o início da inserção na cultura escrita. Uma cidadania plena, não pode ser concebida sem o uso da leitura, que quando é realizada na escola, se transforma em um passaporte para a integração do aluno na sociedade letrada, não sendo apenas a assimilação do ato de ler e escrever, mas abrange dominar um conjunto de práticas culturais que demandam uma compreensão de mundo distinta daquela dos indivíduos que não têm acesso à leitura. Desse modo, a leitura apresenta uma função tão significativa na sociedade capaz de estabelecer novas identidades, e outros modos de inclusão social.

Krug (2015) afirma que não se deve conceber a leitura como apenas um processo de decodificação, visto que vai muito além do que decifrar o escrito. Ela traz ao leitor a oportunidade de contato com o significado conforme o conhecimento de mundo, fazendo com que seja possível garantir várias interpretações, mesmo que várias pessoas leiam o mesmo conteúdo, cada um terá sua forma de compreensão e interpretação específicas.

É através das histórias e contos que se pode despertar as exigências próprias contidas na infância, trazendo a magia e encantamento capaz de instigar a criação, as sensações e os sentimentos, promovendo ainda a socialização da criança. Segundo Berger e Berger (1977) a socialização é um processo de iniciação para integração do indivíduo, a interação primária se dá pelo primeiro contato na infância,

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a partir daí a criança passa a experimentar coisas e formas.

As habilidades alcançadas com a aprendizagem da leitura e da escrita necessitam, de acordo com Barros (2013) assegurar a criação de outros conhecimentos, fazendo com que a leitura seja funcional, não somente como treinamento de fala e decodificação, passando desde a elaboração de uma lista simples até posteriores produções de textos bem elaborados, colocando em prática tudo o que foi aprendido.

Para Carleto (2012) o trabalho com a literatura infantil na escola precisa se transformar em um hábito, sendo uma atividade criativa, interessante e com muitos significados. O professor pode enxergar o trabalho com a literatura em uma perspectiva funcional, entretanto necessita oportunizar momentos de leitura que instiguem a curiosidade, a crítica, a sensibilidade, e, consequentemente, levem a criança ao desenvolvimento do gosto pela leitura. É fundamental que o aluno leia com satisfação, sem o sentimento de obrigação a prestar contas sobre sua leitura e sem desconsiderar a importância do desenvolvimento crítico e reflexivo.

Contudo, a socialização principalmente na infância tem por finalidade entender, respeitar e aceitar as diversidades do outro. A escola faz um papel muito importante nos meios de integração da criança por meio de práticas e metodologias inovadoras, além da convivência com as demais crianças. Com a utilização da literatura, além das histórias as crianças podem explorar as ilustrações, que as prendem tornando a leitura divertida e atraente.

4 A LITERATURA INFANTIL COMO FERRAMENTA PARA O DESENVOLVIMENTO GLOBAL DA CRIANÇA

No processo de formação e junção de conhecimentos acerca da fundamentação infantil, bem como seu ensino, Oliveira (2015) afirma que essa disseminação no Brasil teve início a partir da década XIX quando começou existir uma melhor compreensão sobre o fenômeno literário, fundamentada na concepção de sua ‘literalidade’, em contraposição com uma produção sobre bibliografia infantil que passou a ser chamada de ‘didadista’ e ‘pedagogizante’. Tal ponto de vista literário para compreensão da produção do literato infantil e de seus estudos passou a desenvolver-se no meio acadêmico universitário nacional, sobretudo na década de

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1980, com a criação dos primeiros cursos de pós-graduação nas áreas de Educação e Letras.

Para Teixeira (1995) o processo de aprendizagem tem início desde o nascimento, quando começa a construir as relações com o mundo no qual foi inserido. A aprendizagem acontece por meio de vários fatores, sejam intelectuais, emocionais, físicos ou sociais, sendo que enquanto acontece a construção das relações, o distinto saber sobre si próprio, sobre o outro e o meio social são agregados.

A imaginação criatividade e fantasia são conjuntos essenciais na infância, pois toda criança precisa ser estimulada e, a partir dessa ideia, enfatiza-se que a leitura é uma estratégia para que todo esse conjunto esteja em ativo na criança.

Oliveira (2015) define a conceituação de literatura infantil como um conjunto de textos que são escritos por adultos, mas que serão lidos por crianças e/ou jovens formando uma estrutura de gênero historicamente, entre o didático e o literário e que foram sendo chamados de literatura infantil e/ou literatura juvenil, por causa de determinadas características das obras, além da expansão de um mercado editorial próprio e de determinadas instâncias normatizadoras, tais como a escola e as universidades.

A literatura infantil é diferente de outras literaturas em diversos níveis. Souza (2016) explica que ela tem um público-alvo distinto, com habilidades diversas que, consequentemente, realizarão leituras de textos variadas, em temas, estruturas, e resultados diferentes, e, por isso, ela precisa de uma crítica pronta de forma diferente, com uma observação envolvida de afeto e com comprometimento, distanciando-se da abordagem tradicional estabelecida que remete à hierarquização e as verdades universais. Essa perspectiva de realização de uma crítica específica, é sempre focada na criança e em suas peculiaridades de leitura e na interação que estabelece com o texto, que não devem ser generalizadas.

Carleto (2012) afirma que cabe ao professor extrapolar as diversas visões sugeridas para cada criação literária, destacando as múltiplas interpretações pessoais, visto que estas decorrem da compreensão alcançada pelo leitor devido à sua percepção individual do contexto e da história apresentada na obra.

Rauen (2008) explana que a escola precisa utilizar textos de vários gêneros desde as séries iniciais, textos que surgem da relação de linguagens diversificadas e, obviamente, textos literários que possibilitem a criança descobrir formas não habituais de utilizar o imaginário coletivo e pessoal.

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A presença do livro no ambiente escolar, segundo Oliveira (2015) é uma fonte de grande incentivo à aprendizagem e a formação pelo gosto às obras. Através do trabalho com diversas obras nesse campo, a criança começa a escrever melhor e a compor um repertório maior de informações, a função fundamental exercida pela literatura junto a seu leitor é a possibilidade de promover a criação e a criatividade, bem como uma aprendizagem simultânea da escrita, da interpretação, do cálculo, da contação de histórias, do desenho, do canto e do bom tratamento dos outros.

Scharf (2000) complementa que é importante e preciso fomentar a escola como um ambiente que propicie e favoreça a leitura, sendo que o docente precisa selecionar tipos de textos diferentes para que sejam explorados, promovendo condições para que o aluno identifique e confronte o estilo de texto. O professor deve ter objetivos claros e estabelecidos para que possa trabalhar esses diversos textos, não se restringindo à literatura brasileira, mas oportunizando a circulação e o conhecimento de autores de outras procedências, com estilos e temas variados.

Nesse sentido, Carleto (2012) cita a prática da contação de histórias como uma oportunidade de conexão entre a linguagem oral, a escrita e a imaginativa; desenvolvendo o discurso narrativo, abrangendo perspectivas da pluralidade cultural e da formação cidadã, e, principalmente, como ferramenta transformadora da realidade. A prática da leitura e das atividades envolvendo os vários recursos da literatura evidencia o quão importante é estimular desde a primeira infância, quando a mente está em desenvolvimento.

Balicki e Santos (2011) afirmam que é importante o professor observar a linguagem presente nos livros antes de recomendá-los para os alunos, faz-se necessário ainda analisar a linguagem contida no livro, para que seja de fácil compreensão, pois se houver palavras difíceis para o seu vocabulário, eles desistirão da leitura facilmente. É interessante que o material seja selecionado de acordo com uma gradação e sequência, conforme a faixa etária, o gosto e a preferência dos alunos, e sempre estabelecer uma relação com a realidade sociocultural em que vivem.

Pinheiro (2016) explica que o desenvolvimento da capacidade de leitura torna possível a promoção da autonomia por meio de suas definições, ao passo que também expande novos horizontes. É importante que ela seja fonte de prazer, de conhecimentos e acompanhe o leitor em toda a trajetória de sua vida, não somente no percurso escolar. Afirma ainda que determinadas práticas pedagógicas mecânicas,

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ainda trabalhadas nas escolas, colaboram para distanciar os alunos da leitura, o que também pode acontecer, caso o aluno seja obrigado a ler somente para resolver exercícios, provas, trabalhos, entre outros. O estudante passa a enxergar a leitura como uma obrigação, como uma tarefa chata e repetitiva, passando a reproduzir a leitura sem admitir fantasias, sonhos e pensamentos acerca do que está lendo.

Coelho e José (1999) relatam que na situação imaginária constituída durante as atividades literárias, na infância definem-se as atividades por meio do significado da história. Enquanto brinca os elementos imaginários servem para concretizar os elementos reais que ainda não estão ao alcance da criança. Dessa forma, nessa fase infantil também se desenvolve capacidades importantes como a atenção, a imaginação, a memória, a imitação, com isso áreas educativas e da personalidade são desenvolvidas, inserindo-a no desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo permitindo também a facilidade nas habilidades intelectuais para o processo criativo.

Assim, Krug (2015) conclui que a leitura não pode ser idealizada como apenas um mecanismo de decifração, uma vez que ela envolve muito mais do que somente os aspectos de decodificação da escrita. A leitura de obras de literatura infantil, proporciona ao leitor um contato maior com o seu significado de acordo com o conhecimento de mundo, tornando possível assegurar que todos os indivíduos, ainda que leiam a mesma obra obtenham uma compreensão e uma interpretação diferente ao relacionar-se com o texto. De forma a enaltecer o seu saber, o leitor usa a leitura de forma dinâmica proporcionando e engradecendo sua interação no meio social.

6 CONCLUSÃO

O presente artigo ressalta a importância do estímulo e as contribuições que a literatura traz para o processo de ensino aprendizagem infantil. Visto que a leitura é realizada desde o momento em que nascemos, a mesma é capaz de proporcionar ao indivíduo um desenvolvimento social e cognitivo do pensamento tornando-o um ser crítico diante da sociedade em que vive.

Contudo, para que haja um desenvolvimento global da criança é necessário levar em consideração as práticas docentes e familiares que são fontes de inspiração no processo de formação do leitor, e também criar desde a infância a pratica e gosto pela leitura, para se ter no futuro cidadãos críticos reflexivos com hábitos de leitura capaz de compreender e entender o mundo que o cerca.

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REFERÊNCIAS

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