• Nenhum resultado encontrado

PROMOÇÃO DA SAÚDE DE JOVENS NA ÁREA DA SEXUALIDADE HUMANA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "PROMOÇÃO DA SAÚDE DE JOVENS NA ÁREA DA SEXUALIDADE HUMANA"

Copied!
13
0
0

Texto

(1)

PROMOÇÃO DA SAÚDE DE JOVENS NA ÁREA DA SEXUALIDADE HUMANA

Prof. Fernando César de Oliveira Jr.; Acadêmica Camila Passos de Souza; Acadêmica Carolina Ferreira Viana, Acadêmico Luiz Humberto Marochi; Acadêmico Rafael Henn; Acadêmico Vicente M. Pereira – Departamento de Tocoginecologia / Universidade Federal do Paraná / UFPR.

RESUMO INTRODUÇÃO

Tendo em vista o aumento do número de partos em adolescentes, que segundo o Ministério da Saúde foram de 22,34% em 1993 para 26,96% em 1999, bem como o número significativo de casos de AIDS registrados em menores de 15 anos, resolveu-se implantar um projeto de extensão universitária com o objetivo de promover educação sexual para alunos de escolas públicas visando melhorar os conhecimentos em saúde sexual e reprodutiva.

OBJETIVOS

Proporcionar ao público alvo um grau de conhecimento para que possa desenvolver um pensamento crítico em relação à saúde sexual e reprodutiva.

SUJEITOS E MÉTODOS

Aulas preparatórias para os integrantes do projeto; aplicação de pré e pós-testes (40 questões sobre temas relacionados ao exercício da sexualidade do adolescente envolvendo também mitos e preconceitos), aulas expositivas e dinâmicas de grupo para o público alvo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

(2)

interesse ao participar ativamente no projeto, mesmo que, frente às reflexões para a adoção de medidas preventivas, possam surgir sentimentos de ameaça às suas crenças e valores.

CONCLUSÃO

Os resultados gerais do pós-teste demonstraram uma boa assimilação do conteúdo desenvolvido. No entanto, pela abrangência do tema e para uma efetiva mudança de comportamento, verifica-se a necessidade de uma educação sexual continuada.

PALAVRAS-CHAVE

Adolescência, sexualidade, prevenção DST/AIDS

INTRODUÇÃO

“Os jovens devem fazer suas vozes serem ouvidas como os principais atores do futuro do nosso planeta”

Koffi A. Annan, Secretário Geral Das Nações Unidas

Várias mudanças vêm ocorrendo no comportamento sexual dos jovens, o apelo sexual é muito grande, principalmente na mídia, em que sua presença é constante e tratada de forma impessoal, quando tudo é permitido e está livre de conseqüências, como gravidez e doenças sexualmente transmissíveis (DST’s).

(3)

Como conseqüência disso temos um número crescente de pais adolescentes e um aumento da incidência de diversas DST’s e HIV na população jovem.

A gravidez na adolescência é um objeto de crescente preocupação, uma vez que se constitui em risco para a mãe e para o filho, enquanto exerce forte impacto biológico, psicológico e social. Aproximadamente 15 milhões de adolescentes de 15 a 19 anos concebem a cada ano, o que representa mais de 10% de todos os nascimentos do mundo. No CENSO de 2000, do IBGE, observou-se uma queda de aproximadamente 30% na taxa de fecundidade no grupo de mulheres entre 20 a 24 anos, enquanto que na faixa de 15 a 19 anos, houve um aumento de 12% no mesmo período.

No Paraná, a incidência de nascimentos em adolescentes foi de 22,4% no ano de 2000, sendo 21,5% (37.813 nascimentos) na faixa etária dos 15 aos 19 anos, e 0,9% (1.499) dos 10 aos 14 anos. Analisando-se os nascimentos de adolescentes dos 10 aos 14 anos, observou-se um crescimento no Estado do Paraná de 0,6% em 1994 para 0,9% em 2000.

Em Curitiba, o número de nascidos vivos de mães adolescentes tem se mantido estável, e foi de 19,5% em 1999, 19% em 2000 e 18,8% em 2001, segundo a Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba, apesar da estabilidade é um número extremamente significativo.

Um terço da população mundial aproximadamente encontra-se entre os 10 e os 24 anos de idade, ou seja, são jovens. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é nessa faixa etária que se concentra metade das infecções por HIV em todo o mundo. Estes dados nos mostram uma situação crítica, e fazem com que a população de jovens seja colocada no topo da pauta de prioridades do debate público sobre as políticas em resposta à epidemia pelo HIV.

(4)

incidência de casos na população jovem pode se dar a partir da formação de redes de prevenção concebidas e operacionalizadas, conjuntamente por jovens, os chamados grupos de pares, onde a metodologia de trabalho desenvolvida é implementada por pessoas de um mesmo grupo populacional.

(5)

comportamento dos demais adolescentes, visando a melhoria da qualidade de vida e conseqüentemente a manutenção da saúde em bom nível de qualidade.

O trabalho dos Agentes Multiplicadores em Prevenção tem sido realizado desde 1996, sendo que no período de 1996 a 2003 foram qualificados 1273 agentes que realizaram o trabalho preventivo junto a adolescentes. O projeto em questão, no ano de 2004 foi realizado junto aos multiplicadores de comunidades carentes das oito regionais de Saúde de Curitiba/PR.

OBJETIVOS GERAL

Proporcionar ao público alvo um grau de conhecimento para que possam desenvolver um pensamento crítico em relação à saúde sexual e reprodutiva, tendo em vista a promoção da saúde.

ESPECÍFICOS

1. Sensibilizar e capacitar alunos da rede pública em temas de saúde sexual e reprodutiva.

2. Transmissão do conhecimento em fisiologia e anatomia sexual humana, e métodos contraceptivos.

3. Prevenção de DST/AIDS e gestão em adolescentes. 4. Mudança de comportamento / prevenção primária. 5. Quebra de preconceitos.

6. Formar multiplicadores.

METODOLOGIA

- Aulas preparatórias para os integrantes do projeto.

- Levantamento sobre os assuntos de maior interesse com os alunos. - Aplicação de pré e pós-teste (Anexo 1).

(6)

- Recursos audiovisuais.

- Estudo Transversal.

- Apresentação dos métodos contraceptivos. - Dinâmicas de grupo.

- Concurso de teatro (dramatização dos temas), desenho e poesia.

TEXTO

RESULTADOS E DISCUSSÃO

(7)

de aproximadamente 3 horas, culminando com o encerramento e a apresentação da peça teatral (dramatização dos temas abordados) no Sociedade Médica Paranaense. Abaixo segue o resultado da pesquisa sobre preferência dos assuntos a serem abordados com os alunos, em ordem decrescente.

1. Orgasmo (tesão, desejo sexual, prazer) 2. Namoro/ficar/rolo

3. Virgindade

4. Métodos anticoncepcionais 5. Mudanças corporais na adolescência 6. Primeira relação sexual

7. DST 8. Masturbação 9. Gravidez 10. Homossexualismo 11. AIDS 12. Menstruação

(8)

Resultados mais concretos foram mais bem demonstrados nos resultados gerais do pós-teste onde houve significativa melhora nos números comparativamente ao pré-teste.

Citando alguns exemplos:

Questão Pré-Teste % Pós-Teste %

18. A garota pode engravidar na 1ª transa. 62,04 92,14 26. O local por onde entra o pênis é o mesmo por onde

a garota faz xixi.

42,90 69,08

25. Conhecendo bem uma pessoa e pela aparência dá para saber se ela tem AIDS.

75,16 86,80

24. Interromper a transa na hora de ejacular é um bom método para não engravidar.

52,78 81,52

Apesar da dificuldade em se demonstrar dados objetivos, visto o trabalho visar principalmente a mudança de comportamento, acredita-se que alcançou seu objetivo primordial de levar o conhecimento sobre saúde sexual e reprodutiva melhorando a qualidade de vida dos adolescentes no que se refere ao tema proposto.

Também se registra o grande interesse por parte dos alunos e sua participação de forma ativa no projeto, demonstrando a importância do tema para os adolescentes e a necessidade da educação sexual continuada.

CONCLUSÃO

Os objetivos do projeto foram cumpridos.

Houve grande interesse da parte dos alunos, além de terem participado ativamente no processo.

(9)

Devido a estes motivos acreditamos ser necessária a continuidade do projeto.

CONTATO

Prof. Fernando Cesar de Oliveira Jr. – fernandocojr@ig.com.br; Camila p. de Souza – camilasouza11@ibest.com.br; Carolina F. Vianna – carol_fv@yahoo.com.br; Luiz H. Marochi – betomarochi@bol.com.br; Rafael Henn – rafamrh@hotmail.com

.

Anexo –1. Ficha de avaliação do pré e pós-teste.

Série ______ Turma: ______ Idade: ______ Sexo:

Diga se você acha certas ou erradas as afirmações abaixo, marcando com um X nos parênteses correspondentes.

CERTO ERRADO

1. Se transar durante a menstruação, a mulher dificilmente engravidará.

( ) ( )

2. Se a mulher não sangra e nem sente dor, é porque ela não é virgem.

(10)

3. Os homens que tem pênis grande são mais potentes e mais “machos”.

( ) ( )

4. A masturbação pode causar impotência. ( ) ( ) 5. Existem apenas alguns dias do mês que a mulher pode

engravidar.

( ) ( )

6. É perigoso transar com uma garota durante a menstruação porque o sangue menstrual contem substâncias tóxicas.

( ) ( )

7. Durante toda a gravidez a mulher não pode transar. ( ) ( ) 8. É necessário um pênis grande para que a mulher tenha

satisfação sexual.

( ) ( )

9. O impulso sexual (tesão) de uma mulher é tão forte quanto o de um homem.

( ) ( )

10. Quando uma mulher faz operação para não ter mais filhos (ligadura de trompas) seu interesse sexual diminui.

( ) ( )

11. O método mais seguro para evitar filhos é a camisinha. ( ) ( ) 12. A pílula engorda todas as meninas. ( ) ( ) 13. Usar duas camisinhas é mais seguro. ( ) ( ) 14. Sexo oral não transmite doenças. ( ) ( ) 15. Se a mulher tomar pílula muito cedo ela pode ter problemas

para engravidar.

( ) ( )

16. O sangue da menstruação pode subir para a cabeça. ( ) ( ) 17. Faz mal lavar o cabelo quando estiver menstruada. ( ) ( ) 18. A garota pode engravidar na primeira transa. ( ) ( ) 19. Beijo na boca transmite AIDS. ( ) ( ) 20. Camisinha tira o prazer do homem. ( ) ( ) 21. A camisinha rompe com facilidade. ( ) ( )

22. O o.b tira a virgindade. ( ) ( )

(11)

24. Interromper a transa na hora de ejacular é um bom método para não engravidar.

( ) ( )

25. Conhecendo bem uma pessoa e pela aparência, dá para saber se ela tem AIDS.

( ) ( )

26. O local por onde entra o pênis é o mesmo por onde a menina faz xixi.

( ) ( )

27. Se eu sentar no banco quente, posso pegar doenças. ( ) ( ) 28. O o.b. pode ser usado para evitar a gravidez. ( ) ( ) 29. AIDS é doença de prostituta e homossexuais. ( ) ( ) 30. Mesmo virgem a garota pode engravidar. ( ) ( ) 31. É bom encher a camisinha de água para ver se esta furada. ( ) ( ) 32. Dá para chegar ao orgasmo se masturbando. ( ) ( ) 33. A masturbação pode aumentar as espinhas. ( ) ( ) 34. A garota pode engravidar se transar depois que seu namorado

se masturbou.

( ) ( )

35. A camisinha pode entrar no corpo da menina. ( ) ( ) 36. Quem fica com muitas pessoas é galinha. ( ) ( ) 37. Na adolescência é melhor ficar que namorar, pois não envolve

compromisso.

( ) ( )

38. O corpo muda depois da primeira transa. ( ) ( ) 39. Pela aparência da garota pode-se saber se ela é virgem ou

não.

( ) ( )

40. As garotas podem perder a virgindade de masturbando com o dedo.

(12)

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

ANDRADE. R.P.; POLI M.; PETRACCO, A.; MORAIS, K. M.; CAMARGOS, A. F. Contracepção. Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva. Rio de Janeiro, Revinter, 287p., 2000.

BAENINGER, R. Demografia da População Jovem, Ministério da Saúde, Secretaria de Políticas de Saúde, Área de Saúde do Adolescente e do Jovem. Cadernos Juventude, Saúde e Desenvolvimento. Brasília, v.1, p. 19-29, 1999.

BRASIL Adolescência e Sexualidade. Disponível em: <http://www.adolescencia.org.br/secoes/vermelho_saiba_mais/anticoncepcao/dupla_pro

tecao_fim.asp>

BRASIL Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico 2000:

Indicadores Sociais Mínimos. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatística/populacao/condicaodevida/inicadoresminimos>

BRASIL Ministério da Saúde. AIDS. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/final/prevencao/prevencao1.htm>

BRASIL. Ministério da Saúde. Departamento Nacional de Informática do Sistema Único de Saúde – DATASUS. Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC) e Sistema de Informações sobre Agravos e Notificações (SINAN). Taxa de Mortalidade Perinatal. Disponível em: <http://www.saude.gov.br/inform/rpsa.htm>.

COATES, V. E SANT’ANNA, M.J.C. Gravidez na Adolescência. In: FRANÇOSO, L. A.; GEJER, D. E REATO, L. F. N. Sexualidade e Saúde Reprodutiva na Adolescência, São Paulo, Editora Atheneu, p. 71-84, 2001.

CURITIBA. Prefeitura Municipal de Curitiba, Protocolo de Atenção à Saúde do Adolescente, Secretaria Municipal de Saúde. Curitiba, 1ª ed., p. 44-54, novembro de 2002.

KAPLAN, H. S. Enciclopédia Básica de Educação Sexual, Rio de Janeiro: Record, 1983.

(13)

Dissertação (Mestrado em Tocoginecologia) – Setor de Ciências de Saúde, Universidade Federal do Paraná.

MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Políticas de Saúde. Coordenação Nacional de DST e AIDS, Brasília. Manual de Controle das Doenças Sexualmente Transmissíveis, 3ª ed., 1999.

ANDRADE RP, POLI M, PETRACCO A, et. al. Contracepção – Promoção da Saúde Sexual e Reprodutiva. Ed. Revinter, Rio de Janeiro, 2000.

Referências

Documentos relacionados

Nessa situação temos claramente a relação de tecnovívio apresentado por Dubatti (2012) operando, visto que nessa experiência ambos os atores tra- çam um diálogo que não se dá

Este dado diz respeito ao número total de contentores do sistema de resíduos urbanos indiferenciados, não sendo considerados os contentores de recolha

As diferenças mais significativas de humidade do solo entre tratamentos manifestam-se no final do Inverno e início da Primavera em resultado do grau de

Oncag, Tuncer &amp; Tosun (2005) Coca-Cola ® Sprite ® Saliva artificial Compósito não é referido no estudo 3 meses 3 vezes por dia durante 5 minutos Avaliar o efeito de

Neste sentido, o presente estudo busca como objetivo principal realizar um revisão de literatura sobre as atuais intervenções realizadas nas empresas com vistas a minimizar os

Essa revista é organizada pela Sociedade Brasileira de Planejamento Energético (SBPE) e por isso foram selecionados trabalhos que tinham como objetivo tratar a

O primeiro conjunto de artigos, uma reflexão sobre atores, doenças e instituições, particularmente no âmbito da hanse- níase, do seu espaço, do seu enquadramento ou confinamen- to

Objetivou-se com este estudo avaliar o efeito da redução de nutrientes e energia suplementada ou não com fitase para frango de corte na fase 14 a 24 dias de idade