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A EVOLUÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DOESPAÇO URBANO EM SÃO LUÍS: um estudo de caso da sub - bacia do Rio das Bicas.

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Academic year: 2021

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A EVOLUÇÃO DO USO E OCUPAÇÃO DOESPAÇO URBANO EM SÃO LUÍS:

um estudo de caso da sub - bacia do Rio das Bicas.

Luiza Moraes Ribeiro Faculdade Santa Fé luh_mribeiro@yahoo.com.br Márcio Hilário Santos da Silva Faculdade Santa Fé marcio.hilario.s@gmail.com Tatiana Sousa Viana de Carvalho Faculdade Santa Fé tatyyviana@hotmail.com

INTRODUÇÃO

O presente trabalho parte das condições atuais visualizadas na área de entorno da sub - bacia do rio das Bicas, e o processo de evolução da ocupação espacial em meio urbano, foram observados processos erosivos e dinâmicos em suas imediações os quais modificam a paisagem influenciando no ambiente como um todo. Apresenta-se como objeto de estudos a correlação entre a ação antrópica e a poluição ambiental nas margens do rio, caracterizadas pela presença do bioma manguezal.

O município de São Luís encontra-se situado na região nordeste do Brasil, ao norte do estado do Maranhão, no domínio paisagístico-ambiental denominado Golfão Maranhense, possuindo 2º 32’ 47” de latitude Sul e 44º 18’ 10” de longitude Oeste (SANTOS, 2010).

A drenagem do Município é composta por canais fluviais e flúvio-marinhos de pequenas dimensões que, ao longo de milhares de anos modelarem a topografia da ilha. As bacias hidrográficas compõem um conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes.

A capital do Estado, São Luís, possui bacias hidrográficas que se localizam em áreas urbanas a exemplo temos a bacia hidrográfica do Bacanga em área de ocupação desordenada e que vem sofrendo com o declínio ambiental devido o manejo do solo, poluição e as degradações resultantes das atividades humanas. Sendo assim estudos sobre o desenvolvimento e a qualidade ambiental encontram entraves em relação às informações necessárias e sistematizadas. Nesse cenário é fundamental a

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Segundo Coelho (1995), anteriormente o rio das Bicas era chamado de “cai n’água”. A nova nomenclatura se deu devido um afloramento do lençol freático, a margem direita que popularmente é chamado de “bica” e para não comprometer a Avenida dos Africanos, (antiga Médici), esta fonte foi aterrada e cimentada, encontrando-se próxima ao Parque Amazonas, não sendo mais utilizada como fonte de abastecimento.

Com o fluxo migratório em direção a São Luís que teve sua gênese nos conflitos fundiários no interior do Estado, implantação dos projetos industriais e na melhoria da malha viária – pavimentação da BR 135 e a construção da ponte sobre o Estreito dos Mosquitos.As instalações ocorreram em logradouros próprios para a habitação, bairros estruturados, e outras como alternativas, se fixaram nas áreas que circundavam o Parque Estadual do Bacanga, como Cavaco hoje com Bairro de Fátima, João Paulo, Sacavém, que em parte ou em todo dependiam do Rio das Bicas para subsistência ou comercialização dos peixes e crustáceos pescados ou coletados em seu leito ou em suas margens.

Essas ações iniciaram a degradação da vegetação em sua margem direita, percebe-se que o processo de degradação da microbacia foi uma ação conjunta, entre comunidade e poder público sob o rótulo de desenvolvimento urbano.

A Bacia do Bacanga, abrange uma área com cerca de 10.475,61 hectares (OLIVEIRA, 2008) e localiza-se na porção oeste da Ilha, onde compreende as terras drenadas pelo Rio Bacanga e seus afluentes, os rios Batatã, Bicas, Piancó, Igarapé do Anjo da Guarda, Igarapé do Coelho, entre outras drenagens.

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Figura 4: Mapa de Drenagem da sub-bacia do rio das Bicas Fonte: Santos,L.S., 2007

O Rio das Bicas como o objeto principal deste estudo, é o afluente mais importante do Rio Bacanga, pois se apresenta como flúvio de maior extensão e maior vazão, sendo, portanto seu principal contribuinte. A microbacia do Rio das Bicas encontra-se situada no centro oeste da Ilha de Maranhão e ao norte do Parque Estadual do Bacanga. De acordo com Martins (2008) tem sua delimitação pelas coordenadas 2°33.132’S e 44°17.205’ W.

Figura 1 - Localização da Ilha do Maranhão com destaque para a área de estudo.

Fonte: Silva 2001; Image2007 DigitalGlobe; 2007 Europa Techinologies; Google TM 2006.

Foto 2 – Dejetos sendo jogados na sub- bacia do rio das Bicas.

Fonte: Ildejan Ferreira, 2014.

Foto 3 – Construções entorno da sub- bacia do rio das Bicas.

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Segundo Coelho (1995), a vegetação da sub - baciapode ser classificada em Floresta Secundária Mista, Mata de galerias, Capoeira, Manguezais e Campos inundáveis.

Entre os objetivos do trabalhotem-se o de diagnosticar a maneira como as transformações ocasionadas pelas ações urbanas e políticas que influenciam na qualidade de vida, identificando áreas pontuais e críticas existentes nas remodelagens atuantes da área em questão, a fim de contribuir com recomendações do uso e ocupação do solo aliado com programas direcionados a sensibilização das comunidades no que diz respeito ao ambiente e a influência que sofre pelas ações intempéricas e antrópicas.

METODOLOGIA

Trata-se de uma pesquisa descritiva uma vez que os fenômenos estudados foram observados, registrados, analisados e correlacionados sem manipulação.Essas

Figura 5 – Vista aérea da área da sub- bacia do rio das Bicas destaque para a foz. Fonte: Image 2007 Digital Globe; 2007 Europa Tecnologies; GoogleTM 2006

Foto 6 – Ecossistema Manguezal na sub- bacia do rio das Bicas.

Fonte: Santos, L, S., 2007.

Foto 7 –Observando a sub- bacia do rio das Bicas. Fonte: Ildejan Ferreira, 2014.

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representando uma realidade empírica a ser estudada a partir das concepções teóricas que fundamentam o objeto da investigação”.Observa-se dessa forma a aplicação da teoria e considerando a área de estudo escolhida, a sub-bacia hidrográfica do rio das Bicas, esta pesquisa é caracterizada também por um estudo de caso.

Para a realização do presente trabalho foi feito um levantamento bibliográfico que se estendeu a assuntos afins com o objetivo de servir de suporte teórico durante o desenvolvimento da pesquisa através de informações em visitas a Biblioteca do LABOHIDRO (Laboratório de Hidrologia) da UFMA (Universidade Federal do Maranhão), consultas de dissertações de mestrado online e sites especializados.

RESULTADOS PRELIMINARES

Com o descaso do homem as transformações paisagísticas vêm sofrendo e perdendo espaço nesta região, portanto, este importante afluente hoje perdeu sua principal característica hídrica, submetida ao assoreamento e inundações nos períodos chuvosos servindo como transmissor de doenças para as populações ribeirinhas.

O ecossistema manguezal presente nas margens do Rio das Bicas sofre processos de degradação, devido ausência de investimentos públicos e o crescimento desordenado da urbanização, em consequência formou-se uma concentração de resíduos sólidos e orgânicos. Com a expansão do capitalismo tem-se uma preocupação com as demasias do consumo com mais ênfase por conta da globalização e alternativas em prol do desenvolvimento racional. Observa-se através do relato de Barbieri (2003), que os

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problemas ambientais decorrentes dos processos de crescimento e desenvolvimento deram-se paulatinamente e de modo diversificado entre diversos agentes, indivíduos, governos, organizações internacionais, entidades da sociedade civile abrange espaços sociais, políticos, virtuais que se correlacionam e resultam em um espaço produzido, construído através das intervenções humanas e o meio físico.

O espaço para ser visto como conservado, há a necessidade de políticas públicas voltadas para a sensibilização da própria comunidade que usufrui dos recursos naturais do rio e sabe-se que essas ações são efetivadas pelo poder público que no cenário atual não desenvolve obras em prol daquele espaço, assim como saneamento básico, elaboração de projetos educativos e sociaisatuantes na conservação e melhoria efetiva, envolvendo a comunidade no reconhecimento dos impactos, associado à sensibilidade reconhecendo as vulnerabilidades locais abordando a necessidade de entender que o meio ambiente é um ciclo vital mantenedor da biodiversidade e, portanto da longevidade e qualidade de vida.

De acordo com visitas na área e através de diálogos com alguns populares concluiu-se que os mesmos sentem a ausência de ações precípuas dos gestores em relação não somente aquela área, mas em outras existentes no centro urbano da capital. As iniciativas em prol da sustentabilidade e a manutenção da área de forma mais racional através de ações sociais voltadas para a sensibilização da comunidade de entorno, atividades com crianças de forma lúdica evidenciando a necessidade do ser humano viver em ambientes saudáveis e somente serão concretizadas quando o bem- estar social se sobrepor aos interesses políticos, a elaboração de leis com o intuito de obrigar as empresas industriais e o setor de serviços a se baseados por normas legais que gerem a mitigação do impacto ambiental das suas atividades e os responsabilizem pela compensação de quaisquer ações prejudiciais a natureza e a relação entre os homens. INDICAÇÃO DO ESTÁGIO DA PESQUISA: A pesquisa encontra-se em fase de desenvolvimento

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MINAYO, M. C. de S.; DESLANDES, S. F.; NETO, O. C.; GOMES, R. Pesquisa

Social: teoria, método e criatividade.Petrópolis, RJ; Vozes, 1994.

OLIVEIRA, C. C. C. de. Ocupação urbana na bacia hidrográfica e sua influência

nas formações ciliares do Rio Bacanga. Monografia. Universidade Federal do

Maranhão. Curso de Ciências Aquáticas. 40 f. São Luís, 2008.

SANTOS, L. E. N. dos. Problemas ambientais urbanos: uma radiografia do espaço ludovicense. Ano 05 - Nº 16 - Junho de 2010. Disponível:

http://www.territoriogeograficoonline.com.br/site/?modulo=mat&chave=1831&mod=A rtigos%20Cient%EDficos. Acesso: 25/05/2014.

SILVA, K. R. A evolução do conceito de espaço geográfico. Programa de pós graduação em geografia (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil. Disponível em.

<http://www.unifra.br/eventos/sepe2012/Trabalhos/5199.pdf>. Acesso em 06 de out. de 2013.

Referências

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