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Relatório & Contas Consolidado

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Consolidado

(2)
(3)

Enquadramento Geral

Macroeconómico Regulamentar Sectorial e de Mercado Enquadramento da Actividade

Alterações na Estrutura Societária Existência de Sucursais

Negócios entre as Sociedades e os seus Gerentes ou Administradores Organigrama Corporativo

Perímetro de Consolidação Unidades de Negócio Recursos Humanos Análise da Actividade

Indicadores de Performance Principais Acções Desenvolvidas Análise Operacional e Financeira

Factos Relevantes Após o Termo do Exercício e Perspectivas Futuras Aplicação de Resultados

Demonstrações Financeiras e Notas Relatório de Auditoria

06

06 07 10 17

17 18 19 19 20 21 25 26

26

28

30

38

38

41

91

(4)
(5)

www.iberwind.pt

(6)
(7)

Mensagem do CEO

O ano de 2009 foi um ano difícil, como aliás são sempre os anos que se seguem à aquisição de empresas por novos accionistas. Foi um ano de redefinição estratégica da Iberwind, de um subsequente e inevitável acerto de recursos aos novos objectivos da Empresa e de uma incontornável readaptação cultural.

Mas, apesar de tudo, foi um ano bastante positivo, em que aumentámos a nossa potência instalada em 26%, ou seja, em cento e quarenta e dois MW, com a entrada em funcionamento de mais quatro novos parques eólicos, mantivemo-nos em primeiro lugar enquanto Empresa com maior potência eólica instalada em Portugal, concluímos com sucesso o refinanciamento integral da dívida do Grupo, cumprimos disciplinadamente o nosso orçamento de custos, ficámos muito próximos do nosso orçamento de proveitos e ainda aumentámos com alguma expressão a disponibilidade dos nossos parques eólicos, quando comparada com a obtida em 2008. A existência de uma inflação real negativa e bastante inferior à esperada, associada à ocorrência de um número de horas equivalentes de vento um pouco inferior ao estimado, são as principais responsáveis pelo pequeno desvio ocorrido na rubrica dos proveitos.

Foi o primeiro ano completo em que a Iberwind foi dirigida por este Conselho de Administração, que representa os novos accionistas que adquiriram esta Empresa em finais de 2008. Foi um ano promissor, ao qual se irão certamente seguir anos ainda melhores, de uma Empresa que se quer cada vez mais organizada, optimizada e também, certamente, mais motivada.

Estes resultados só foram possíveis obter, graças ao incondicional apoio que sempre nos

foi dado pelos nossos Accionistas e ao esforço, dedicação e competência de todos os que

trabalham na Iberwind.

(8)

Enquadramento Geral

Macroeconómico

A actividade económica a nível mundial foi durante o ano de 2009 fortemente condicionada pela crise financeira internacional, embora já se tenham sentido sinais, mesmo que tímidos, de tendência para alguma melhoria, numa conjuntura caracterizada por baixas taxas de inflação.

Fruto de políticas e medidas de estímulo introduzidas pelos diversos Governos às suas próprias economias, houve efectivamente melhorias na actividade económica mundial sentida especialmente a partir do início do segundo semestre do ano em análise.

Assim, embora o contexto de incerteza ainda se mantenha, as expectativas quanto ao evoluir da economia mundial encontram-se francamente mais optimistas.

A contracção verificada a nível mundial no 4º trimestre de 2008 e no 1º trimestre de 2009, é assim contrariada pelo crescimento económico positivo do 2º e 3º trimestres de 2009.

Neste contexto, ainda assim caracterizado por uma recessão mundial de dimensões invulgares, a economia portuguesa teve um desempenho muito condicionado e em grande parte fruto da desaceleração da actividade económica internacional.

O Banco de Portugal aponta assim para uma queda do PIB português de 2,7% em 2009.

Paralelamente à queda do PIB assistiu-se a uma retracção da procura interna que esteve na origem de uma taxa de inflação em 2009 em torno dos 0,8% negativos, que compara com os 2,7% positivos registados em 2008.

Exmos. Accionistas,

Nos termos do Art. 66º do Código das Sociedades Comerciais e dos Estatutos,

submetemos a apreciação o Relatório de Gestão, Balanço e Contas Consolidadas

referentes ao Exercício de 2009.

(9)

Em termos de emprego, a crise retrata-se pela percentagem de desempregados que em finais de 2009 já excedia, ainda que ligeiramente, a barreira dos 10%.

Regulamentar

Em 6 de Outubro de 2005 foi aprovado, em Conselho de Ministros a Resolução nº 169/2005, sobre política energética nacional. Este documento apresenta as linhas mestras do programa de Governo para o sector.

No que se refere concretamente ao subsector das energias renováveis, foi fixado um objectivo macro de reforço das energias renováveis em geral, como forma de diminuir a dependência energética nacional, nomeadamente em relação aos recursos fósseis importados, com especial enfoque na energia eólica, onde foi estabelecido um objectivo de 5.100 MW de potência instalada.

É também reiterado o objectivo global de, em 2010, 39% da electricidade consumida em Portugal ter origem renovável. Em 24 de Janeiro de 2007, no seu discurso na Assembleia da República, o Primeiro-Ministro, Eng. José Sócrates, anunciou a subida do objectivo nacional para 45%, colocando assim ainda maior pressão no sector.

Adicionalmente, em 31 de Maio de 2007, através do Decreto-Lei (DL) nº 225/2007, o Governo, veio operacionalizar um conjunto de medidas ligadas às energias renováveis previstas na referida estratégia, nomeadamente, a remuneração da electricidade produzida tendo em conta as especificidades tecnológicas e critérios ambientais de algumas tecnologias, a agilização e clarificação dos mecanismos de licenciamento, a viabilização de sobre-equipamento nas centrais eólicas e por último a criação de um Observatório das Energias Renováveis.

Embora o DL nº 225/2007 contemple alterações aos DL nº 189/1988 e 33-A/2005, o regime tarifário aplicável aos centros electroprodutores eólicos mantém-se, em substância, inalterado. Vigoram neste momento dois regimes tarifários para Parques Eólicos em Portugal: aquele referente ao DL nº 339-C/2001 e o imposto pelo DL nº 33- A/2005.

O primeiro é aplicável à totalidade dos parques eólicos do Grupo Iberwind e traduz-se numa tarifa bastante atractiva, dependente da produtividade anual de cada parque eólico e válida por um período de 15 anos a partir da data de entrada em exploração do parque eólico, sendo que o seu termo nunca ocorrerá antes de Fevereiro de 2020 (15 anos a partir da publicação do DL nº 33-A/2005).

O segundo regime tarifário, menos atractivo, determina uma tarifa de aproximadamente

74 €/MWh que apenas é actualizada mensalmente com o Índice de Preços ao Consumidor

após a efectiva entrada em funcionamento da central. Esta tarifa é aplicável até a central

atingir um limite de produtividade total de 33 GWh por cada 1 MW instalado (ou seja,

33.000 horas equivalentes), nunca ultrapassando um período máximo de 15 anos.

(10)

Após o período de tarifa garantida, e independentemente do regime tarifário aplicável, os parques serão remunerados a preços de mercado e com valorização dos certificados verdes. Caso não exista à data um sistema de transacção de certificados verdes em Portugal, aplicar-se-á durante um período adicional de 5 anos a tarifa que for atribuída às centrais que iniciem a exploração nessa data.

No que se refere à agilização dos processos de licenciamento, há que evidenciar a viabilização do sobre-equipamento nas centrais eólicas, permitindo minimizar-se os impactes ambientais e os tempos de licenciamento e construção por via da utilização das infra-estruturas existentes. No entanto, as condições impostas neste Diploma para a viabilização do sobre-equipamento, nomeadamente a introdução de um desconto significativo à tarifa aplicável à totalidade da produção do parque eólico, originou a falta de sucesso desta medida, não se tendo verificado qualquer iniciativa por parte de nenhum promotor em avançar com investimentos em nova capacidade de sobre-equipamento.

Espera-se para o futuro a revisão deste diploma no sentido de se corrigir esta situação.

Deve ainda referir-se que, desde a publicação do DL nº 90/2006, os sobrecustos associados à produção em regime especial a partir de fontes renováveis, são imputados aos consumidores de uma forma directamente proporcional ao número de consumidores em cada escalão de tensão, pelo que, na prática, os referidos sobrecustos serão quase exclusivamente suportados pelos consumidores de Baixa Tensão-Normal (BT-N). Esta legislação não tem qualquer implicação no valor da tarifa aplicável.

Lomba Seixal II

(11)

Com o DL nº 225/2007 cria-se o Observatório das Energias Renováveis, que tem como objectivo acompanhar e monitorizar a instalação e o funcionamento dos centros electroprodutores que utilizem energias renováveis, bem como a utilização dos recursos primários na óptica da gestão racional e sustentável destes recursos, remetendo-se a definição rigorosa das competências, composição e funcionamento, para regulamento interno, a aprovar por portaria conjunta dos membros do Governo responsáveis pelas áreas do ambiente, da energia e da agricultura.

Em Março de 2007, a União Europeia (UE) apresentou uma estratégia integrada para combater as Alterações Climáticas e ao mesmo tempo aumentar a segurança de abastecimento energético da UE e a sua competitividade. A UE pretende tornar-se numa economia altamente eficiente e de baixo carbono, liderando este movimento a nível global.

Para dar início a este processo, os líderes políticos aprovaram uma série de objectivos a serem atingidos em 2020. Em conjunto são conhecidos como “Metas 20-20-20”:

› A redução das emissões de CO2 em 20%;

› 20% do consumo de energia da UE ser garantido através de Energias Renováveis;

› 20% de melhoria na eficiência energética, traduzido na redução de 20% do consumo de energia primária.

Assim, foi aprovada a Directiva das Energias Renováveis - Directiva 2009/28/CE, que estabelece o objectivo de aumentar a quota de fontes de energia renováveis no consumo final de energia Europeu para 20% em 2020, a partir de aproximadamente 8,5% em 2005, através de metas nacionais obrigatórias. A Directiva inclui a contribuição de energias renováveis nos sectores da produção de electricidade, no sector de Aquecimento e Arrefecimento (A&A) e no sector dos transportes.

Para além das metas nacionais obrigatórias que foram acordadas por cada Estado Membro, sendo a de Portugal de 31%, todos os países se comprometeram com uma meta mínima de 10% de energias renováveis nos transportes.

Os Estados Membros terão que definir claramente como irão atingir estas metas nos seus Planos de Acção Nacionais das Energias Renováveis (PANERs). Os primeiros números avançados pelo Governo Português como metas para a capacidade instalada em instalações de produção de electricidade a partir de Fontes de Energia Renováveis (FER) em 2020 apontam para valores na casa dos 8.500 MW de energia eólica (8.000 MW onshore e 500 MW offshore), bem como 750 MW de energia solar. O PANER deverá ser concluído em 2010.

Por último, refira-se ainda que em Portugal se encontram em fase inicial de preparação os novos Regulamentos das Redes de Distribuição e Transporte, que estabelecerão novas condições e requisitos técnicos para a exploração das centrais eólicas.

Degracias

(12)

Sectorial e de Mercado

No ano de 2009 foram instalados nos países da UE mais 25.963 MW de potência em unidades geradoras de energia eléctrica, das quais 10.163 MW foram de energia eólica.

A potência instalada em energia eólica em 2009 foi 23% superior à instalada em 2008 e representa 39% das centrais construídas no ano em causa. Interessa ainda assinalar, que em 2009 e nos países da UE, os sectores do carvão e nuclear tiveram um balanço negativo quando se entra em linha de conta com as potências instaladas e descomissionadas.

No gráfico seguinte evidenciam-se as potências instaladas e abatidas por tecnologia de produção, sendo bem visível que a tecnologia eólica foi inegavelmente aquela que mais cresceu no ano em análise, seguida do gás natural com 35% menos de capacidade instalada que a tecnologia eólica.

Capacidade Instalada e Abatida na Europa em 2009

Nova Capacidade Instalada Capacidade Abatida

Eólica Gás

Natural Fotovoltaico Carvão Combustíveis

e Óleos Biomassa Desperdícios Nuclear Hídricas Energia Solar Mini -

- Hídricas Outro

Gás Geotérmica Ondas Turfa

0 0 120

0 4.200

0

0,4 0 12

0 10.163

-115

6.630

-404

2.406

-3.200 573 -472

581 -39

442 -24

439

-1.393 338 -166

54,5 -0,6

3,9

-0,5

(13)

As energias renováveis foram responsáveis em 2009 pela instalação na Europa de 15.904 MW, mais do que 60% da nova capacidade instalada. Dois mil e nove foi o segundo ano consecutivo em que as energias renováveis tiveram uma quota de mercado relativa à potência instalada superior a 50% e em que a tecnologia eólica foi a mais utilizada de todas as tecnologias.

A instalação anual de potência eólica na Europa Comunitária tem-se desenvolvido de forma crescente e sistemática ao longo dos últimos quinze anos. A média de crescimento anual ao longo destes anos cifra-se em 23%, assumindo-se como referências os 472 MW existentes em 1994 e os 10.163 MW em funcionamento em 2009. No ano em análise, a Espanha foi o país que mais cresceu em termos de potência eólica instalada, seguido da Alemanha, Itália, França e Grã-Bretanha.

Repartição das Tecnologias utilizadas na nova Capacidade Instalada em 2009 na UE

Outro Gás 0%

Combustíveis e Óleos 2%

Carvão 9%

Nuclear 2%

Energia Solar 1%

Hídricas 1%

Desperdícios 2%

Biomassa 2%

Gás Natural 26%

Ondas 0% Turfa 0%

Eólica 39%

Mini - Hídricas 0%

Geotérmica 0%

Fotovoltaico 16%

(14)

Potência Eólica Instalada em MW Anualmente na UE

1996 979

1995 814

1997 1.277

1998 1.700

1999 3.225

2000 3.209

2001 4.428

2003 5.462

2004 5.838

2002 5.913

2005 6.204

2006 7.592

2007 8.535

2008 8.268

2009 10.163

Quotas de Mercado de Potência Eólica Instalada em 2009 nos Países da UE

Polónia (181 MW) 2%

Irlanda (233 MW) 2%

Dinamarca (334 MW) 3%

Suécia (512 MW) 5%

Portugal (673 MW) 7%

França (1.088 MW) 11%

Reino Unido (1.077 MW) 11%

Espanha (2.459 MW) 24%

Outros (575 MW) 6%

Itália (1.114 MW) 11%

Alemanha (1.917 MW) 19%

(15)

Em termos acumulados, a potência eólica instalada na UE ascendia no final de 2009 a 74.767 MW e a Alemanha continuava a ser o país com a maior capacidade eólica instalada, logo seguida da Espanha, Itália, França e Grã-Bretanha.

Total da Potência Eólica Instalada em MW na UE

1996 3.476 1995

2.497

1997 4.753

1998 6.453

1999 9.678

2000 12.887

2001 17.315

2003 24.491

2004 34.372

2002 23.098

2005 40.500

2006 48.031

2007 56.517

2008 64.719

2009 74.767

Quotas de Mercado por Países da UE em termos de Capacidade Eólica Acumulada

Polónia (725 MW) 1%

Irlanda (1.260 MW) 2%

Suécia (1.560 MW) 2%

Holanda (2.229 MW) 3%

Dinamarca (3.465 MW) 5%

Portugal (3.535 MW) 5%

Reino Unido (4.051 MW) 5%

França (4.492 MW) 6%

Itália (4.850 MW) 6%

Outros (3.675 MW) 5%

Espanha (19.149 MW) 26%

Alemanha (25.777 MW) 34%

(16)

Portugal com os seus 3.535 MW é o sexto país da UE com maior potência eólica instalada.

É ainda o terceiro país da UE com maior índice de densidade medido em termos de KW eólicos/habitante, logo a seguir à Dinamarca e à Espanha e é, por último, o quarto país da UE com mais potência eólica instalada por Km

2

, a seguir à Dinamarca, à Alemanha e à Holanda.

Distribuição Geográfica da Potência Instalada a Nível Europeu

Portugal

3.535

Espanha

19.149

França

4.492

Alemanha

25.777

Luxemburgo

35

Rep. da

Irlanda

1.260

Ilhas Faroe

4

Reino Unido

4.051

Bélgica

563

Holanda

2.229

Suíça

18

Itália

4.850

Áustria

995

Rep. Checa

192

Eslováquia

3

Hungria

201

Croácia

28

Grécia

1.087

Bulgária

177

Roménia

14

Ucrânia

94

Lituânia

91

Polónia

725

Rússia

9

Letónia

28 Estónia

142

Finlândia

146

Suécia

1.560

Noruega

431

Dinamarca

3.465

Turquia

801

Total da Capacidade Instalada:

UE 27 - 74.767 MW

Europa - 76.152 MW

(17)

Portugal teve também durante o ano de 2009 uma taxa de crescimento de capacidade eólica instalada a rondar os 23%. Dos seus 252 parques eólicos instalados ao longo do país, só 12 têm uma capacidade instalada superior a 50 MW. Sessenta e quatro parques têm uma potência instalada inferior a 2 MW e a maioria, que representa cento e setenta e seis parques, tem potências a variar entre os 2 e os 50 MW. Noventa e oito e meio por cento da capacidade instalada em Portugal está localizada no Continente.

Potência Instalada em MW por Distritos e Regiões Autónomas em 2009

0 100 200 300 400 500 600 700

Viseu Coimbra Castelo Branco Viana

do Castelo

Lisboa Vila

Real Leiria Guarda Braga Faro Santarém Porto Bragança Aveiro R.A.

Madeira Beja Setúbal R.A.

Açores Évora Portalegre

(18)

Por último, em 2009 e em termos nacionais, a Iberwind lidera a quota de mercado dos promotores, com 19,8% da capacidade instalada. As quotas de mercado dos restantes promotores, em território português, são as que figuram no gráfico seguinte.

Quotas de Mercado dos Promotores em Portugal em 2009

ACCIONA 3,3%

TECNEIRA 3,4%

ENEOP2 4,4%

EDF EN PORTUGAL 4,6%

ELECTRABEL 6,1%

EEVM 8,3%

IBERDROLA 2,6%

OUTROS 19.4% IBERWIND 19,8%

ENERNOVA 15,8%

GENERG 12,3%

(19)

Enquadramento da Actividade

Em 14 de Novembro de 2008, um consórcio liderado pela Magnum Capital Industrial Partners adquiriu, através da sua participada Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., a maioria dos activos eólicos anteriormente detidos pelo Grupo Enersis, assim como o portfolio de empresas prestadoras de serviços que garantiam a gestão, operação e supervisão destes mesmos activos.

A Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., é uma sociedade anónima, constituída em 28 de Outubro de 2008, e tem como actividade principal o apoio técnico de consultoria à criação, desenvolvimento, expansão e modernização de empresas industriais, comerciais e de serviços, a prestação de serviços de gestão e de natureza contabilística e económica e ainda o desenvolvimento, avaliação e realização de estudos e de projectos de energias renováveis.

Alterações na Estrutura Societária do Grupo

Durante o exercício de 2009 verificaram-se as seguintes alterações:

A 20 de Fevereiro:

› a Ivory Investments S.A.R.L. transmitiu para a Ivory Investments – SGPS, S.A.

as acções da Iberwind que detinha;

A 29 de Junho:

› a Gotan Power - Energias Renováveis S.A. transmitiu para a Gotan SGPS, S.A.

as acções da Iberwind que detinha;

A 4 de Agosto:

› a accionista Natchez Investments, S.A.R.L., alterou a sua designação para Convento III S.A.R.L..

Outro facto importante a destacar foi o levantamento, ocorrido a 4 de Junho de 2009,

do penhor existente sobre todas as acções da Iberwind.

(20)

Assim, a 31 de Dezembro de 2009 o Capital Social da Iberwind estava repartido da seguinte forma:

Paralelamente, no âmbito do processo de reestruturação do Grupo Iberwind, e de forma a dar corpo à reorganização da sua actividade, ocorreram, durante este exercício, as seguintes transacções:

A 5 de Junho de 2009:

› A Iberwind adquiriu à WINDVENTURE, pelo valor nominal, as quotas/acções e respectivas prestações suplementares/acessórias das empresas Telener – Serviços de Telecomunicações, S.A., Enerpro – Projectos de Energias Renováveis, Lda. e Enermais – Produção de Energia Eléctrica, Lda..

A 7 de Agosto de 2009:

› Foi realizada uma fusão por incorporação, com efeitos reportados a 1 de Janeiro de 2009, no âmbito da qual a Iberwind incorporou as subsidiárias TELENER, ENERPRO e ENERMAIS.

› A PEBBLE - Consultoria e Investimento, Sociedade Unipessoal, Lda. incorporou as subsidiárias HE70 – Energias Renováveis Reunidas, SGPS; S.A., a Fespect – Serviços de Consultoria, S.A. e Renewable Energy Systems Sistemas Energéticos, S.A.

› A PEBBLE alterou a sua denominação para Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Existência de Sucursais

Não existem quaisquer sucursais no Grupo Iberwind.

Convento III S.A.R.L.

Espírito Santo Infrastructure Fund I - Fundo Capital de Risco S.A.

Espírito Santo Capital - Sociedade de Capital de Risco S.A.

Fundo Albuquerque - Fundo de Capital de Risco, FCR Gotan SGPS, S.A.

Wind Source - SGPS, S.A.

Madre - SGPS Unipessoal Lda.

Ivory Investments, SGPS, S.A.

Total

32.250 3.185 795 3.585 3.585 2.655 2.655 1.190

50.000

Valor do capital

detido (EUR)

32.250 3.185 795 3.585 3.585 2.655 2.655 1.190

50.000

Acções no fim do exercício Nome

% de Participação 64,70%

6,37%

1,59%

7,17%

7,17%

5,31%

5,31%

2,38%

100%

(21)

Negócios entre as Sociedades e os seus Gerentes ou Administradores

Não existem negócios entre as Sociedades e os seus Gerentes ou Administradores.

Organigrama Corporativo do Grupo Iberwind

A 31 de Dezembro de 2009, o organigrama corporativo do Grupo, liderado pela Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., é conforme se representa abaixo:

100%

IBERWIND, S.A.

WINDVENTURE, S.A.

49%

5%

0,150%

0,193%

0,068%

0,067%

2%

2%

0,028%

100%

75%

66,503%

100%

100%

100%

100%

100%

98,039%

99,998%

100%

95%

99,850%

99,807%

99,932%

99,933%

98%

99,972%

98%

HIDROMARÃO, S.A.

MONTE AGRAÇO, LDA.

ENTREVENTOS, S.A.

PESB, S.A.

PESL, S.A.

PE MALHADAS, S.A.

PE LEOMIL, S.A.

PPS, S.A.

PEVB, LDA.

PESM, S.A.

PE TREVIM, LDA.

PEL, LDA.

PEP, LDA.

PECF, LDA.

LISMORE, LDA.

CERSC, LDA.

PECA, LDA.

PE CHIQUEIRO, LDA.

ENERFLORA, LDA.

IBERWIND II PROD, S.A. MULTIWAVE, S.A.

100%

1,961%

0,002%

(22)

Perímetro de Consolidação

O consolidado do Grupo Iberwind inclui integralmente a sociedade-mãe Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A, e as suas subsidiárias, em conformidade com as disposições legais em vigor em Portugal.

As participações detidas a 31 de Dezembro de 2009 são apresentadas abaixo, revelando ainda o método de consolidação aplicado nas demonstrações financeiras consolidadas integradas no presente relatório.

% do Capital detido grupo

Empresa Método Localização

WINDVENTURE, S.G.P.S., S.A.

Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Multiwave Networks Portugal - Sist. Avanç. Telec. S.A.

LISMORE - Consultoria, Investi. e Serviços, Lda.

Parque Eólico de Cabeça Alta, Lda.

PEVB - Parque Eólico Vila do Bispo, Lda.

PEP - Parque Eólico da Polvoeira, Lda.

PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda.

PEL - Parque Eólico da Lousã, Lda.

Parque Eólico do Chiqueiro, Lda.

C.E.R.S.C., Lda.

PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A Monte Agraço - Energias Alternativas, Lda.

Hidromarão - Sociedade Produtora de Energia, S.A.

ENERFLORA - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

Entreventos - Energias Renováveis, S.A.

PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco S.A.

Parque Eólico da Serra de Leomil, S.A.

Parque Eólico de Malhadas Góis, S.A.

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Parque de Pampilhosa da Serra, S.A.

Parque Eólico de Trevim, Lda.

Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral Método Integral

Porto Salvo Porto Salvo Maia Porto Salvo Cadaval Vila do Bispo Nazaré Porto Mós Penela

Pampilhosa da Serra Rio Maior Alfândega-da-Fé Sobral de Monte Agraço Vila Real

Mafra Coimbra Montalegre Moimenta da Beira Góis

Lamego

Pampilhosa da Serra Lousã

100,000%

100,000%

49,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

75,000%

100,000%

100,000%

66,503%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

100,000%

(23)

Unidades de Negócio

O Grupo Iberwind comporta na sua actividade um conjunto de actividades diversas que se podem caracterizar da seguinte forma:

› Promoção e exploração de Parques Eólicos em Portugal (Subgrupo Iberwind Produção);

› Desenvolvimento de sistemas de telecomunicação aplicados à operação e manutenção de empreendimentos de produção de electricidade a partir de fontes renováveis;

› Prestação interna de serviços de valor acrescentado, nomeadamente, operação e manutenção dos empreendimentos em exploração, estudos e projectos de construção de empreendimentos de aproveitamento de fontes de energias renováveis;

› Prestação interna de serviços de gestão administrativa.

No que se refere a unidades de negócio em exploração, o Grupo Iberwind tem actualmente em exploração 31 empreendimentos eólicos, conforme esquematizado de seguida:

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16

Vila Lobos 10,0 Igreja Nova 7,2 Cabeço Alto 11,7 Lomba da Seixa I 13,0 S. Cristóvão 5,3 Lagoa Funda 9,0 Bigorne 7,0 Jarmeleira 0,9 Meroicinha 9,0 Lomba da Seixa II 12,0 Malhadas 9,9 Nª. Srª. da Vitória 12,0 Serra de Todo o Mundo 10,0 Borninhos 2,0

Chão Falcão 80,5 Achada 6,9

17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31

Serra de Escusa 2,0 Malhadizes 12,0 Arcela 11,5 S. Mamede 6,9 Degracias 20,0 Rabaçal 2,0 Candeeiros 111,0 Freita 18,4 Pampilhosa 114,0 Lousã I 35,0 Chiqueiro 4,0 S. Macário 11,5 Leomil 16,1 Lousã II 50,0 Serra de Bornes 60,0 Total 680,8 Empreendimento › Capacidade instalada (MWs)

3

10

9 14

31

5 7 1

29 2428

21 22

2315

13

2019 82

17

6 12

26 25

18 11

30 27 Vila Real Braga

Viana do Castelo

Porto

Aveiro

Coimbra

Leiria

Santarém

Lisboa

Setúbal Évora

Beja

Faro Portalegre

Viseu Guarda 4

16

Castelo Branco

Parques Eólicos

Bragança

Porto Salvo Porto Salvo Maia Porto Salvo Cadaval Vila do Bispo Nazaré Porto Mós Penela

Pampilhosa da Serra Rio Maior Alfândega-da-Fé Sobral de Monte Agraço Vila Real

Mafra Coimbra Montalegre Moimenta da Beira Góis

Lamego

Pampilhosa da Serra

Lousã

(24)

Os detalhes dos empreendimentos em exploração são apresentados no quadro abaixo, indicando a sua empresa promotora:

Capac. instalada 6,9 MW 11,5 MW 7,0 MW 2,0 MW 11,7 MW 111,0 MW 34,5 MW 25,3 MW 20,7 MW 4,0 MW 20,0 MW 18,4 MW 7,2 MW 0,85 MW 9,00 MW 16,1 MW 13,0 MW 12,0 MW 35,0 MW 50,0 MW 9,9 MW 12,0 MW 9,0 MW 12,0 MW 114,0 MW 2,0 MW 11,5 MW 6,9 MW 5,3 MW 2,0 MW 60,0 MW 10,0 MW 10,0 MW

1ª Produção 2005 2005 2002 2004 2000 2005 2005 2008 2009 2007 2005 2006 1999 2002 2002 2007 2001 2004 2006 2009 2004 2005 2003 2004 2005 2005 2007 2006 2001/2007 2005 2009 2004 1998 Achada

Arcela Bigorne Borninhos Cabeço Alto Candeeiros Chão Falcão I (1) Chão Falcão II (1) Chão Falcão III (1) Chiqueiro Degracias Freita I Igreja Nova Jarmeleira Lagoa Funda Leomil Lomba da Seixa I Lomba da Seixa II Lousã I Lousã II (2) Malhadas Malhadizes Meroicinha I Nª. Sr.ª da Vitória Pampilhosa Rabaçal S. Macário I S. Mamede S. Cristovão Serra de Escusa Serra de Bornes (3) Serra de Todo o Mundo Vila Lobos

Localização Torres Vedras Sobral de Monte Agraço Lamego

Macedo de Cavaleiros Montalegre Rio Maior Porto de Mós Batalha Alcanena Pampilhosa da Serra Soure

Arouca Mafra Mafra Vila do Bispo Moimenta da Beira Montalegre Montalegre Lousã

Lousã/Castanheira de Pera Góis

Penela Vila Real Nazaré

Pampilhosa da Serra Soure

S. Pedro do Sul Mafra Lamego Mafra

Macedo Cavaleiros/Alfândega da Fé Cadaval

Lamego/Resende

Empresa promotora

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Monte Agraço - Energias Alternativas, Lda.

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A.

PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

Cª. das Energias Renováveis da Serra dos Candeeiros, Lda.

PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda.

PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda.

PECF - Parque Eólico de Chão Falcão, Lda.

Parque Eólico do Chiqueiro, Lda.

Entreventos - Energias Renováveis, S.A.

Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda.

Enerflora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

Enerflora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

PEVB - Parque Eólico de Vila do Bispo, Lda.

Parque Eólico da Serra de Leomil, S.A.

PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

PESL - Parque Eólico da Serra do Larouco, S.A.

Parque Eólico de Trevim, Lda.

Parque Eólico de Trevim, Lda.

Parque Eólico de Malhadas-Góis, S.A.

PEL - Parque Eólico da Lousã, Lda.

Hidromarão - Sociedade Produtora de Energia, S.A.

PEP - Parque Eólico da Polvoeira, Lda.

Parque de Pampilhosa da Serra - Energia Eólica, S.A.

Entreventos - Energias Renováveis, S.A.

Lismore - Consultoria, Investimento e Serviços, Lda.

Enerflora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Enerflora - Produção de Energia Eléctrica, Lda.

PESB - Parque Eólico da Serra de Bornes, S.A.

Parque Eólico da Cabeça Alta, Lda.

PESM - Parque Eólico da Serra das Meadas, S.A.

Notas:

(1) A Sociedade PECF – Parque Eólico de Chão Falcão, Lda. é responsável pela promoção do Parque Eólico de Chão Falcão. O projecto total contemplou três fases:

› Chão Falcão I entrou em exploração em Janeiro de 2005, com uma potência nominal de 34,50 MW, a qual resulta da instalação de quinze aerogeradores Nordex de 2,30 MW.

› Chão Falcão II entrou em exploração em Dezembro de 2008 e tem uma potência nominal de 25,30 MW, a qual resulta da instalação de 11 aerogeradores Nordex de 2,30 MW.

› Chão Falcão III entrou em exploração em Julho de 2009 e tem uma potência nominal de 20,7 MW, a qual resulta da instalação de 9 aerogeradores Nordex de 2,30 MW.

(2) O Parque Eólico de Lousã II entrou em exploração em Dezembro de 2008. Contudo, só teve a potência nominal completamente instalada (50,00 MW) em Junho de 2009,

a qual resulta da instalação de 20 aerogeradores Nordex de 2,50 MW.

(3) O Parque Eólico da Serra de Bornes entrou em exploração em Abril de 2009. Contudo, só teve a potência nominal completamente instalada (60,00MW) em Agosto de 2009,

a qual resulta da instalação de 24 aerogeradores Nordex de 2,50 MW.

(25)

O Subgrupo Iberwind Produção registou, nos últimos anos, elevadas taxas de crescimento da sua potência instalada, sendo que no final de 2009, e concluídos os 4 Parques Eólicos desenvolvidos durante o ano, a potência instalada ascende a 680,75 MW.

Potência Eólica Instalada no Grupo Iberwind Produção (MW)

317,9

106,0 72,1

461,2

524,8 539,4

680,8

2005 2004

2003 2006 2007 2008 2009

Pampilhosa

(26)

A operação e manutenção dos activos eólicos é efectuada tendo em vista a melhoria do desempenho dos referidos parques, garantindo uma rápida intervenção nos equipamentos sempre que alguma anomalia ocorra.

Indicadores de Operação e Manutenção

Parques Eólicos Sob Gestão Nº Aerogeradores Controlados Disponibilidade Média dos Aerogeradores

31 331 96,8%

24 223 97,7%

2005

28 260 93,7%

2007

29 267 94,9%

2008 2009

27 249 97,5%

2006

Apresenta-se, de seguida, o Balanço Ambiental do Subgrupo Iberwind Produção:

900 100%

2,0%

900.300 540.200 77.400 400.000 2006

Balanço Ambiental

* valores aproximados

Produção Total Eólica Iberwind (GWs)

% Produção Eléctrica Sem Emissão de CO2

% Produção Iberwind na Produção Total em Portugal Consumo Doméstico Equivalente (Habitantes) Barris de Petróleo Evitados

Toneladas Equivalentes de Petróleo Evitadas Emissões Evitadas de CO2 (Toneladas/Ano)

1.480 100%

3,2%

1.479.800 887.900 127.300 843.500 450

100%

1,1%

450.000 270.000 38.700 200.000 2005

*

*

*

*

1.008 100%

2,3%

1.008.500 605.000 86.800 444.000 2007

1.261 100%

3,0%

1.261.100 756.700 108.500 555.000

2008 2009

(27)

Recursos Humanos

Durante o exercício de 2009, com a reestruturação efectuada, os Recursos Humanos que se encontravam dispersos pelas diversas sociedades do Grupo foram sendo transferidos para a empresa Iberwind, passando esta a ser a empresa encarregue da operação e manutenção dos empreendimentos eólicos, bem como de toda a parte administrativa, exercendo a prestação de serviços de assessoria contabilística e de gestão a todas as empresas do Grupo Iberwind.

A Sociedade Multiwave desenvolve a sua actividade na área de Tecnologia e Automação, tendo em vista a aplicação em empreendimentos de produção de electricidade através de fontes de energia renovável, assim como a prestação de serviços relacionados com as tecnologias de informação ao universo em que se a Sociedade se insere. Adicionalmente, e em virtude da intensa relação e dependência das tecnologias e redes de informação para a operação dos empreendimentos, esta Sociedade presta ainda serviços na área de acompanhamento, coordenação e fiscalização de obras.

Durante o exercício de 2009 foi efectuado um redimensionamento da estrutura humana do Grupo Iberwind, visando adaptá-la à nova realidade operacional do Grupo, passando- -se dos 114 colaboradores no final de 2008 para 78 colaboradores no final de 2009, sendo que destes 71 faziam parte da Iberwind e 7 da Multiwave.

Achada

(28)

Análise da Actividade

Indicadores de Performance

Vendas de Electricidade (Milhões de Euros)

140,0

130,0

120,0

110,0

2009 2008

138,3

116,9 +18%

Produção (GWh)

1.500

1.400

1.300

1.200

1.100

2009 2008

1.480

1.261 +17%

Capacidade Instalada (MW)

800,0

600,0

400,0

200,0

0,0

2009 2008

680,8 539,4

+26%

Disponibilidade Global do Portfolio (%)

97,0%

96,0%

95,0%

94,0%

2009 2008

96,8%

94,9%

+1,9 p.p.

(29)

Horas Equivalentes Potência Instalada (excl. Martel III*) (Horas)

* Excluindo PE's de Chão Falcão II e III, Lousã II e Bornes

EBITDA*

(Milhões de Euros)

Activo Líquido (Milhões de Euros)

2.600

2.400

2.200

2.000

2009 2008

2.381 2.402

-1%

130

120

110

100

2009 2008

117,6

103,7 +13%

1.500,0

1.250,0

1.000,0

2009 2008

1.292,9 1.257,4

+3%

Nº Colaboradores

Margem EBITDA*

120

80

40

0

2009 2008

78

114 -32%

90,0%

88,0%

86,0%

84,0%

82,0%

80,0%

78,0%

2009 2008

84%

87% -3 p.p.

* Ajustado para efeitos de comparação * Ajustado para efeitos de comparação

(30)

Principais Acções Desenvolvidas

Os actuais Accionistas do Grupo Iberwind definiram, aquando da sua aquisição, no final de 2008, um conjunto de objectivos e orientações de natureza estratégica para o Grupo Iberwind:

› Alcançar uma organização eficiente, flexível e ajustada à dimensão dos activos sob gestão, assim como aos objectivos de desenvolvimento de pipeline;

› Desenvolver uma gestão state-of-the-art dos parques eólicos, procurando maximizar a produção de energia nos mesmos, assim como assegurar os melhores níveis de disponibilidade do mercado e um custo eficiente de operação e manutenção;

› Assegurar uma gestão financeira apropriada para mitigar os riscos e permitir o acesso a longo prazo de fundos de baixo custo, incluindo financiamento atractivo de todos os parques do portfolio do Grupo;

› Gerar opções de valor em países atractivos em termos de energia eólica na Europa.

Ao nível do primeiro objectivo importa assinalar o significativo redimensionamento da estrutura de Recursos Humanos do Grupo Iberwind, que passou de 114 colaboradores no final de 2008 para 78 no final de 2009. Ainda a este nível cumpre realçar a reestruturação corporativa levada a cabo no Grupo Iberwind, reduzindo o nº de sociedades de 29 para 23, através de fusão por incorporação de 6 sociedades, permitindo simplificar a estrutura organizativa e administrativa do Grupo e aumentar a respectiva eficiência operacional.

Quanto ao segundo objectivo, ao longo de 2009 foram desenvolvidas e implementadas algumas acções e procedimentos tendo em vista a melhoria da eficiência na operação e manutenção de todos os parques eólicos do portfolio, tendo ainda sido organizado um centro de melhores práticas com o intuito de melhorar o nível de performance daqueles.

No que respeita à matéria dos custos de operação e manutenção, tem sido levado a cabo, desde o segundo semestre de 2009, um estudo que permita concluir em breve qual o melhor modelo de subcontratação a utilizar no futuro, tendo em linha de conta as características individuais de cada parque eólico.

Em matéria de gestão financeira, salienta-se o refinanciamento de toda a dívida bancária

do Grupo Iberwind. Esta operação de refinanciamento, cujo montante global ascendeu

a cerca de 1.060 milhões de Euros, é inovadora e foi montada num regime de Project

Finance, tendo permitido centralizar toda a dívida do Grupo na esfera da Iberwind

Produção. No âmbito desta operação foi ainda assegurado o financiamento integral

dos quatro parques eólicos ainda em construção à data da aquisição do Grupo Iberwind,

assim como a liquidação integral da dívida de aquisição (Acquisition Facility), inicialmente

(31)

contratada pela Iberwind – Desenvolvimento e Projectos, S.A., beneficiando de maturidade superior e condições de reembolso vantajosas para os Accionistas. Ainda ao nível da gestão financeira, cumpre realçar a distribuição de um montante de 37 milhões de Euros aos Accionistas em 2009.

Quanto ao último objectivo definido, foram analisadas, ao longo de 2009, cerca de uma dezena de oportunidades de negócio em França, Polónia e Roménia, num total de 55 parques eólicos e aproximadamente 1.417 MW de capacidade total, não tendo sido concretizado qualquer negócio em virtude de as oportunidades não reunirem as características e condições consideradas necessárias para o efeito.

Ainda que não possa ser incluído em qualquer um dos quatro objectivos acima mencionados, pela sua relevância na actividade do Grupo Iberwind em 2009, importa salientar a conclusão, atempada e rigorosamente dentro do orçamento, da construção / desenvolvimento dos últimos quatro parques eólicos do portfolio (Chão Falcão II e III, Lousã II e Bornes), os quais vieram acrescentar 156 MW de capacidade instalada, passando o Grupo Iberwind a deter, no final de 2009, conforme referido anteriormente, uma capacidade instalada de 680,75 MW, sendo o maior produtor eólico em território nacional.

Bornes

(32)

Análise Operacional e Financeira

Para informações estritamente operacionais associadas às unidades de negócio identificadas anteriormente, serão revelados dados históricos anuais anteriores à compra das Sociedades por parte do Grupo Iberwind, sempre que se considere relevante para o entendimento da performance e/ou para a construção de expectativas futuras sobre as unidades de negócio.

No que concerne ao segmento eólico, registaram-se níveis de performance semelhantes aos do ano anterior, se fizermos uma análise sem ter em consideração os Parques Eólicos de Bornes, Lousã II e Chão Falcão II e III, que só no exercício de 2009 entraram em exploração com potência nominal completamente instalada. O exercício de 2009 fica, assim, marcado pela entrada em exploração dos empreendimentos anteriormente referidos, que permitiu o aumento da produção medido em GWh/ano.

Com o intuito de caracterizar a performance das unidades de negócio de produção de electricidade em exploração, apresentamos, seguidamente, a análise histórica da performance produtiva dos empreendimentos eólicos do Subgrupo Iberwind Produção, em GWh/ano.

Cabeço Alto

(33)

Produção em GWh/ano

Evolução Histórica da Produção de Electricidade dos PEs do Grupo Iberwind Produção 2004 - 2009 (GWh)

Parques eólicos Achada Arcela Bigorne Borninhos Cabeço Alto Candeeiros Chão Falcão Chiqueiro Degracias Freita I Igreja Nova Jarmeleira Leomil Lagoa Funda Lomba da Seixa I Lomba da Seixa II Lousã I Lousã II Malhadas Malhadizes Meroicinha I Nª. Sr.ª da Vitória Pampilhosa Rabaçal S. Mamede S. Cristovão S. Macário I Serra de Bornes Serra de Escusa Serra de Todo o Mundo Vila Lobos Total

2004 - - 14,6 2,6 21,8 - - - - - 16,4 1,8 - 14,2 22,6 10,7 - - 25,3 - 20,4 1,3 - - - 6,3 - - - 7,2 25,1

190,4

2005 12,0

8,2 14,9 5,0 25,9 63,9 57,4 - 16,6 - 16,3 1,9 - 14,2 23,3 25,6 - - 25,1 22,9 19,8 22,7 6,7 2,2 - 7,2 - - 3,4 26,8 28,1

449,9

2006 20,6 25,6 15,2 4,8 25,6 237,9 72,1 - 45,8 20,9 15,2 2,0 - 12,6 22,9 23,0 1,0 - 26,0 26,9 20,0 21,9 181,4 5,5 10,3 6,6 - - 3,9 25,1 27,4

900,2

2007 20,0 26,3 14,0 4,8 23,8 284,1 66,9 2,6 39,9 38,3 15,1 2,1 2,4 11,7 22,0 23,4 31,6 - 22,5 22,5 19,9 21,9 207,6 4,6 11,5 7,6 5,7 - 4,0 25,5 25,8

1.008,1

2008 22,1 30,2 15,0 5,0 23,0 326,0 82,1 8,9 47,1 42,2 17,0 2,2 32,0 14,4 22,1 23,4 60,9 0,8 28,5 29,4 26,2 23,3 265,0 5,5 14,1 12,3 24,8 - 4,6 29,0 25,4

1.261,1

2009

21,7

28,9

14,8

4,7

24,7

320,7

133,1

7,9

48,1

43,3

15,9

2,2

35,4

14,5

23,1

22,5

64,1

93,0

27,1

28,2

25,1

23,3

263,9

5,6

13,8

12,5

25,3

80,5

4,5

27,3

23,9

1.479,8

(34)

Na análise operacional comparativa da produção anual dos anos 2008 e 2009 do portfolio de parques eólicos do Subgrupo Iberwind Produção, verifica-se um aumento de 218,7 GWh na produção de electricidade, explicada, quase integralmente, pela entrada em exploração, ainda que de forma faseada, dos Parques Eólicos de Bornes e Lousã II, e da segunda e terceira fases de Chão Falcão.

Na análise económica e financeira das contas consolidadas do Grupo Iberwind considera- se necessário evidenciar, desde já, que, dado as contas consolidadas do Grupo Iberwind, relativamente a 2008, não incorporarem o ano integral de actividade operacional das unidades de negócio, não se deverão considerar as contas consolidadas desse ano como indicativas de um exercício completo, pelo que não é possível uma correcta análise comparativa com o ano de 2009.

Os Resultados Operacionais consolidados do Grupo Iberwind, na ordem de 44,3 milhões de Euros, revelam uma performance positiva das entidades do Grupo. Para a formação deste resultado concorrem um total de proveitos operacionais de 130,3 milhões de Euros, cuja contribuição por natureza de proveito é apresentada no gráfico abaixo:

A electricidade produzida pelo Grupo Iberwind, valorizada pelo mecanismo de cálculo da tarifa, em conformidade com a regulamentação em vigor, adicionada do valor de prestação de serviços, permite reconhecer um volume de negócios no montante de 123 milhões de Euros.

Distribuição dos Proveitos Operacionais [%]

Outros Proveitos

6% Vendas de

Electricidade 94%

Chão Falcão 7%

Lousã I 5%

Freita 3%

Degracias 3%

Outros 36%

Candeeiros 21%

Pampilhosa 19%

Prestações

de Serviços

0,2%

(35)

Conforme se observa no gráfico anterior, o peso relativo das vendas de electricidade na totalidade de proveitos operacionais do Grupo Iberwind, no período em análise, é muito relevante, ascendendo no período a 122,7 milhões de Euros, representando 94% da totalidade dos proveitos operacionais. Destacam-se dos demais empreendimentos eólicos do Grupo as performances obtidas nos empreendimentos de Candeeiros e Pampilhosa, que per si representam 40% dos proveitos registados neste consolidado.

Os Proveitos Operacionais do Grupo são ainda influenciados pelas actividades de prestações de serviços, no montante de 253 mil Euros.

A Enermais, incorporada no ano 2009 na Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., foi a empresa prestadora de serviços que mais contribuiu para esta rubrica do consolidado Iberwind, com uma facturação próxima dos 218 mil Euros. Esta empresa dedicava-se à prestação de serviços de gestão administrativa às empresas do Grupo, sendo que esta actividade é agora desenvolvida pela Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A..

A rubrica “Outros proveitos”, no montante de 7,3 milhões de Euros, inclui 2,3 milhões de euros relativos a “Trabalhos para o próprio grupo”, 2 milhões de Euros de “Excesso de estimativa para IRC”, 1,6 milhões de Euros de proveitos decorrentes do reconhecimento dos incentivos não reembolsáveis e 1,2 milhões de Euros de “Correcções relativas a exercícios anteriores”, onde se incluem 391 mil Euros recebidos por perdas de produção, 345 mil Euros de custos com pessoal e 299 mil Euros relativos a juros de suprimentos.

Os custos operacionais atingem o montante total de 86 milhões de Euros, e correspondem a 66% dos proveitos operacionais.

Para o valor da rubrica de Fornecimentos e Serviços Externos, no montante de 16 milhões de Euros, assumem particular relevância os custos de manutenção dos parques eólicos, no montante de 4,5 milhões de Euros, que representam 28% do total da rubrica, e os custos com o refinanciamento da dívida do Grupo Iberwind, reflectidos em “Trabalhos especializados”, no montante de 4 milhões de Euros, que representam 25% dos custos registados na rubrica em apreço. Deve-se ainda destacar os 1,6 milhões de Euros referentes a rendas, onde assumem especial relevância os terrenos afectos à exploração dos parques eólicos e a sede do Grupo e 1,5 milhões de Euros relativos a seguros.

É relevante mencionar o valor de 3,7 milhões de Euros na rubrica “Custos com pessoal”, que resulta dos vencimentos e respectivos encargos sociais dos Recursos Humanos do Grupo, assim como inclui também o valor das indemnizações pagas a ex-colaboradores no âmbito do redimensionamento da estrutura humana do Grupo, de forma a ser compatível com a sua presente actividade operacional.

São Cristóvão

(36)

Concorrem ainda para os custos operacionais 50,2 milhões de Euros relativos às Amortizações do Exercício, que representam o desgaste dos activos eólicos em exploração.

Há ainda a destacar o valor de 2,7 milhões de Euros da rubrica de “Imparidade de activos depreciáveis”, referente ao empreendimento Lagoa Funda.

A rubrica “Outros custos”, no montante global de 12,6 milhões de Euros é, essencialmente, resultante de Impostos, onde se incluem 3,7 Milhões de Euros referentes a importâncias pagas no âmbito do DL n.º 339-C/2001, 4,9 milhões de Euros referentes ao refinanciamento efectuado a 4 de Junho e 399 mil Euros relativos a pagamentos de Imposto de Selo do reembolso de suprimentos. Estão incluídas também “Perdas de imobilizações” no valor de 383 mil Euros referentes ao abate das obras efectuadas em edifícios arrendados em razão da rescisão do contrato de arrendamento e 314,8 mil Euros referentes a indemnização paga. Adicionalmente, nesta rubrica estão também

“Correcções relativas a exercícios anteriores”, que incluem, em 2009, os montantes de (i) 1,1 milhões de Euros de regularizações de saldos e projectos, (ii) 153,1 mil Euros de perdas por penalidades/disponibilidades e (iii) 143,4 mil Euros referentes a correcção de vendas de electricidade de 2008.

Malhadas

(37)

Os factos expostos contribuem de forma determinante para a formação de um resultado operacional no exercício de 44,3 milhões de Euros.

Nos prejuízos financeiros globais do Grupo assume especial relevância o montante de custos financeiros decorrentes das contas individuais da Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. e da própria Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., relativos aos juros e encargos suportados com empréstimos de entidades financeiras no valor de 41,5 milhões de Euros. Acresce ainda a este valor os juros suportados nos suprimentos obtidos junto dos seus Accionistas, no valor de 14,2 milhões de Euros (que foram remunerados a condições normais de mercado). Em 2008, encontra-se registado o valor de 15,3 milhões de Euros (somatório de corrente e não corrente) na rubrica de “encargos financeiros”, em

“acréscimos e diferimentos” decorrente do diferimento, por um período de 48 meses, de custos financeiros incorridos pela alteração da estrutura accionista, ao abrigo do contrato de financiamento em vigor. Com o refinanciamento efectuado em 4 de Junho de 2009, os custos incorridos foram desreconhecidos, e por conseguinte, contabilizados em custos financeiros.

Concorrem ainda para o resultado financeiro 14,3 milhões de Euros de perda líquida decorrente do instrumento financeiro de protecção de taxa de juro, Swap, contratado na Iberwind II Produção, Sociedade Unipessoal, Lda. para mitigar o risco identificado e que se encontra a ser reconhecido em Demonstração de Resultados pelos montantes calculados das taxas de juro fixa a pagar, e variável a receber.

Nos proveitos financeiros estão incluídos 757 mil Euros de juros de aplicações financeiras e 751 mil Euros referentes à especialização de juros, dos exercícios de 2004 a 2009, que a subsidiária Pampilhosa irá receber em Dezembro de 2011, em razão do contrato

“depósito-garantia”, celebrado em Dezembro de 2004 com a entidade Vestaspor.

Os factos expostos conduziram à obtenção de um Resultado Financeiro desfavorável no exercício de 87 milhões de Euros.

As Sociedades do Subgrupo Iberwind e Winventure, bem como as do Subgrupo Iberwind Produção, com excepção das sociedades com accionistas minoritários (Entreventos e Monte Agraço) são tributadas segundo o regime especial de tributação de Grupo de Sociedades. Em 2009, o Imposto sobre o Rendimento do Exercício evidenciava o montante de Imposto corrente de 4,4 milhões de Euros negativos, e o Imposto Diferido Activo de 8,1 milhões de Euros.

Na sequência do revelado anteriormente, o Grupo Iberwind apresenta um Resultado

Líquido Consolidado do exercício negativo em 39,5 milhões de Euros.

(38)

Na análise do Capital Próprio da Sociedade pode evidenciar-se a restituição de Prestações Acessórias em Agosto e Dezembro de 2009, nos valores de 17 milhões de Euros e 8,99 milhões de Euros, respectivamente.

No que se refere à estrutura patrimonial do Grupo Iberwind, esta é caracterizada pela apresentação de um elevado nível de alavancagem financeira, justificado pela necessidade de investimento associado à actividade que o Grupo exerce. Com a adopção das IFRS, os passivos financeiros em Balanço foram inicialmente mensurados ao justo valor e subsequentemente reconhecidos através do custo amortizado. Utilizou-se o método da taxa efectiva, que é a taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos de caixa futuros estimados durante a vida esperada do empréstimo. Desta forma, os empréstimos obtidos de instituições financeiras, de valor nominal de 907,9 milhões de Euros, encontram-se a 31 de Dezembro de 2008 e no âmbito do referido anteriormente, reconhecidos na rubrica “Empréstimos e descobertos bancários” (corrente e não corrente) com o valor de 896,9 milhões de Euros. Em 2009, com o refinanciamento de 4 de Junho de 2009, o Grupo passou a ter um empréstimo obrigacionista, cujo valor nominal em dívida a 31 de Dezembro era de 965,4 milhões de Euros. Este está reconhecido na rubrica “Outros instrumentos financeiros”, correntes e não correntes, com o montante de 951,3 milhões de Euros. Contudo e mesmo após o refinanciamento referido, o Grupo Iberwind, manteve o empréstimo bancário contratado em Project Finance pela sua subsidiária Entreventos, S.A. e cujo valor nominal em dívida a 31 Dezembro era de 13,6 milhões de Euros (valor contabilístico na mesma data era de 13,2 milhões de Euros). Encontra-se também incluído na rubrica de “Empréstimos e descobertos bancários” (correntes) o montante em dívida de 10,6 milhões de Euros que diz respeito à linha de financiamento de curto prazo que decorreu do refinanciamento.

Os compromissos assumidos pelas sociedades operacionais do Grupo no âmbito do POE, reconhecidos ao justo valor, ascendiam a 5,1 milhões de Euros em 2008, e estavam reconhecidos na rubrica “Outros instrumentos financeiros” (corrente e não corrente). No ano de 2009 este valor é de 4,3 milhões de Euros, sendo de 4,8 milhões de Euros o seu valor nominal.

A rubrica corrente de “Credores e outros passivos” respeita, na sua maioria, ao valor de mercado do instrumento de protecção de taxa de juro contratada pela subsidiária Iberwind II Produção, que ascende a 31 de Dezembro de 2009 a 50,8 milhões de Euros. Inclui ainda 15,3 milhões de Euros de dívidas a pagar a fornecedores de Imobilizado e 15,9 milhões de Euros de juros de suprimentos obtidos dos Accionistas.

A rubrica não corrente de “Credores e outros passivos” respeita, na sua grande maioria,

ao valor dos empréstimos sob a forma de suprimentos obtidos junto dos Accionistas da

Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., remunerados a taxas normais de mercado

e sem prazo de reembolso definido, sendo o seu valor de 130,3 milhões de Euros.

(39)

Os “Subsídios ao investimento” atribuídos a empresas do Grupo, não reembolsáveis, ascendem a 31 de Dezembro de 2009 a cerca de 24,6 milhões de Euros, entre passivos correntes e não correntes.

Nas contas patrimoniais activas do Grupo Iberwind é relevante evidenciar que os

“Activos fixos tangíveis” são representativos de 76% do total do activo e incorporam os investimentos em infra-estruturas e no desenvolvimento dos projectos para a construção dos parques eólicos.

O Goodwill registado no montante de 207,8 milhões de Euros resulta do saldo inicial de 208,5 milhões, que constava nesta rubrica no início de 2009, acrescido de regularizações, transferências e abates e deduzido de perdas por imparidade.

Na rubrica corrente de “Devedores e outros activos”, correntes e não correntes, as principais variações em relação a 2008 foram as seguintes: (i) o reconhecimento no ano do montante que se encontrava em diferimento referente aos Fees de assessoria financeira no valor de 15,3 milhões de Euros; (ii) recebimento do IAPMEI de subsídios não reembolsáveis no valor de 4,3 milhões de Euros e que se encontravam em outros devedores por existir certeza no cumprimento dos requisitos de recebimento; (iii) recebimento de 11,1 milhões de Euros do Estado referente a reembolsos de IVA. Nesta rubrica estão ainda reconhecidos cerca de 7 milhões de Euros referentes a pagamentos antecipados de rendas e de taxas no âmbito do DL n.º 339-C/200.

Em nota final, é de evidenciar que, ao longo do exercício, as sociedades do Grupo cumpriram com pontualidade todas as obrigações legais, nomeadamente para com o Estado, Segurança Social e Outras Entidades.

Chiqueiro

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Aplicação de Resultados

A Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A. não distribui resultados com base nas contas consolidadas.

A conta de resultados líquidos individuais da sociedade-mãe Iberwind – Desenvolvimento e Projectos S.A., apresentava, no exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, um prejuízo de 16.091.364,65 Euros. O Conselho de Administração, tendo em consideração as disposições legais (Art. 32º e 33º do C.S.C.) e o contrato de sociedade, propõe que o prejuízo do exercício seja integralmente transferido para a conta de Resultados Transitados.

Factos Relevantes Após o Termo do Exercício e Perspectivas Futuras

Tendo em atenção a disponibilidade revelada e expectável dos empreendimentos eólicos

em exploração e que a produção de energia do próximo exercício será a correspondente à

de um ano médio, antevê-se uma continuação da melhoria dos resultados consolidados

do Grupo e da sua situação financeira.

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Agradecimentos

Não pode a Administração terminar sem uma palavra de agradecimento:

› Aos Colaboradores;

› Aos Accionistas;

› Ao Fiscal Único;

› À EDP Serviço Universal, S.A.;

› À Associação Portuguesa de Energias Renováveis – APREN.

Lisboa, 3 de Março de 2010

O Conselho de Administração

João Luís Ramalho de Carvalho Talone Presidente

António João de Sousa Marques Gellweiler Vice-Presidente

António da Silva Parente Vogal

João Peres Coelho Borges Vogal

José Diogo Araújo e Silva Vogal

Luís Nuno Lima de Carvalho Valença Pinto Vogal

Arnaldo Navarro Machado Vice-Presidente

Enrique de Leyva Vogal

Gracinda Augusta Figueiras Raposo Vogal

José Antonio Marco Izquierdo Vogal

Luís Miguel Bastos Mendes Rezende

Vogal

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(43)

www.iberwind.pt

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Demonstração dos Resultados Consolidados

em 31 de Dezembro de 2009 e 2008

Nota 9 9 10 11 12 12 13 13 14 14

15 15 15

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Dez/09 122.982.829 - (15.989.426) (3.695.164) (806.366) (37.678) 7.336.244 (12.620.130) (50.206.069) (2.690.252) 44.273.987 19.777.976 (106.742.094) - (42.690.131) 3.684.919 (39.005.212) (39.481.101) 475.889 (39.481.101) (789,62)

Dez/08 17.601.696 - (2.611.241) (1.391.202) (24.793) (475.000) 3.265.464 (1.232.103) (8.117.314) - 7.015.507 8.686.753 (17.168.961) - (1.466.700) (162.706) (1.629.406) (1.616.959) 12.448 (1.616.959) (32,34) Valores em Euros

Vendas e prestações de serviços

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas Fornecimentos e serviços externos

Custos com o pessoal

Imparidade de activos não depreciáveis Provisões

Outros proveitos Outros custos Amortizações

Imparidade de activos depreciáveis Resultados operacionais Proveitos financeiros Custos financeiros Dividendos recebidos Resultado antes de impostos Imposto sobre o rendimento Resultado líquido do exercício Atribuível a accionistas

Atribuível a interesses minoritários Resultado líquido

Resultado por acção (básico e diluído) - Euros

Referências

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