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NOVOS ACHADOS DE MAMÍFEROS CARNÍVOROS DO PLEISTOCENO FINAL - HOLOCENO EM GRUTAS CALCÁRIAS DO ESTADO DA BAHIA

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Acta Geologica Leopoldensia XXI{46/47): 157-169, 1998

NOVOS ACHADOS DE MAMÍFEROS CARNÍVOROS DO PLEISTOCENO FINAL - HOLOCENO EM GRUTAS CALCÁRIAS DO ESTADO DA BAHIA

Gisele Lessa \ Castor Cartelle2, Helen, D. Faria 3 & Pablo R. Gonçalves, 1

I -

. Museu de Zoologia - DBA - Universidade Federal de Viçosa - Viçosa - MG

2. Instituto de Geociências - Universidade Federal de Minas Gerais - Belo Horizonte - MG 3. Museu de Ciências Naturais - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais -

Belo Horizonte - MG

RESUM O: São analisados restos fósseis de mamíferos carnívoros procedentes de grutas calcánas do Estado da Bahia.

Doze espécies foram identificadas: cinco felídeos, dois carnívoros, três mustelídeos, um ursídeo e um procionídeo. Deste montante, três são espécies pleistocênicas extintas e as demais, tem ocorrência admissível para o Pleistoceno frnal- Holoceno.

Palavras-chave: Carnívora, Pleistoceno - Holoceno, Estado da Bahia

ABSTRACT: Previously unreported fossil remains of mammalian carnivores from limestone caves of the State of Bahia was analyzed. Twelve species were identified: five felids, two canids, three mustelids, one ursid and a procyonid. Three of them are Pleistocenic and extinct, while the remaining probably dwelled in Late Pleistocene - Holocene.

Key-words: Carnivora, Pleistocene - Holoceno - Bahia State

Introdução

Os primeiros registros de mamíferos carnívoros pleistocênicos no Brasil foram feitos por Lund (1843) e revisados por Winge (1895 - 96), com base em material coletado em cavernas calcárias do Estado de Minas Gerais. Notícias posteriores se refenam a achados ocasionais nos estados do Rio Grande do Sul (Moreira, 1970), São Paulo (Ameghino, 1907), Minas Gerais (Paula Couto, 1955, Cartelle, 1994), Goiás (Moreira & Melo, 1971), Bahia (Paula Couto 1955, 1980; Cartelle, 1994, Cartelle & Abuhid, 1989 e Cartelle &

Hartwig, 1996), Paraíba (Bergqvist, 1993), Rio Grande do Norte (Oliveira, 1971), Ceará (Gomide, 1989, Gomide et a l, 1987) e Piauí (Guérin, 1993).

Em geral, as informações dadas a respeito dos fósseis encontrados eram incompletas, com pouca ou sem nenhuma figuração. Destacam-se os trabalhos com as espécies extintas Smilodon populator (Lund, 1842; Paula Couto 1955, 1980;

Cartelle & Abuhid, 1989 e Cartelle, 1995), Arc:o:herium brasileiense (Lund 1839, Trajano

& Ferrarezzí, 1994 e Cartelle, 1995) e em menor escala Protocyon troglodytes (Lund 1843, Winge

1895 - 96; Paula Couto, 1979 e Cartelle, 1995).

Este trabalho objetiva ampliar o conhecimento sobre as espécies de mamíferos carnívoros no final do Pleistoceno e início do Holoceno, através de uma listagem comentada, bem como uma interpretação paleoambiental desta fauna, corroborando-a com outros dados paleontológicos da área.

Material e métodos

Os fósseis estudados pertencem às coleções de Paleontologia dos museus de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC /' MG) e do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais (IGC / UFMG). Foram coletados pela equipe do Prof.

Cástor Cartelle no período de 1976 a abril de 1997. Estão em sua maioria em bom estado de conservação e consistem de elementos cranianos, mandibulares e algumas peças do esqueleto pós -

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craniano. A diferença na coloração das peças indica variações nos padrões mineralógicos de cada gruta e na conseqüente impregnação posterior sofrida pelo material.

Os restos fósseis relacionados às espécies atuais foram comparados com exemplares cedidos pelas coleções de Mastozoologia dos museus de Ciências Naturais da PUC / MG e do Museu de Zoologia “João Moojem de Oliveira” da Universidade Federal de Viçosa.

As identificação numérica das peças estudadas estão na listagem comentada, bem como a (s) localidade (s) onde foram coletadas, seguido da figuração daquelas mais características, para uma complementação dos dados.

As siglas usadas neste trabalho têm o seguinte significado: MCL = Coleção de Paleontologia do Museu de Ciências Naturais da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC / MG); IGC = Coleção de Paleontologia do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ao referir a dentição: I = incisivo, C = canino, P

= pré - molar e M = molar; o número como expoente indica o respectivo dente superior, enquanto que o subscrito identifica o inferior.

Nas figuras, a barra da escala eqüivale a 3 cm.

Localidades fossilíferas (Figura 1)

1. Toca da Boa Vista (Município de Campo Formoso)

A Toca da Boa Vista está localizada no Município de Campo Formoso (BA), região noroeste do Estado da Bahia e distante vinte quilômetros do povoado de Laje dos Negros.

Está inserida na Formação Salitre, em carbonatos do Grupo Una. Representa atualmente a maior caverna da América do Sul, com aproximadamente 74 km já topografados (Rubbioli cê Piló, 1995).

Os depósitos fossilíferos, ao que parece, estão associados às proximidades das duas entradas existentes e as que hoje se encontram assoreadas.

Cartelle (1995) descreve uma rica fauna de mamíferos pleistocênicos encontrada na Toca da Boa Vista, destacando-se Smilodon populator, Nothrotherium maquinense, Lama guanicoe e

Caipora bambuiorum (Cartelle & Hartwig, 1996), dentre muitos outros.

2. Toca da Barriguda (Município de Campo Formoso)

Nas redondezas do povoado da Barriguda, no Município de Campo Formoso (BA), a 2.5 km a nordeste da entrada principal da Toca da Boa Vista, encontra-se a Toca da Barriguda, anteriormente chamada de Toca da Gameleira.

Está localizada na longitude 40° 51’ 08”, na latitude 10° 08’ 26”. numa altitude de 600 m do nível do mar. Apresenta uma projeção horizontal

de 3.400 m, com desnível de 42 m.

Apresenta-se de forma labiríntica, ricamente ornamentada, sendo dividida por espeleotemas ou abatimentos (Rubbioli <£ Piló, 1995). Em um dos dois grandes salões no interior, a mais de 100 m da entrada, foram encontrados importantes fósseis.

3. Gruta de Brejões (Município de Morro do Chapéu)

A Gruta dos Brejões está localizada no Município de Morro do Chapéu, a cerca de 300 m à noroeste da Vila dos Brejões da Gruta.

Apresenta 7450 m de extensão, com aproximadamente 106 m de altura na entrada principal. A caverna desenvolveu-se sobre calcários laminados, cinza claros a escuros, na Formação Salitre. Atualmente o Rio Jacaré percorre a caverna no sentido sul - norte, sendo que em várias vezes some e reaparece no seu

interior (Cartelle, 1983).

Os dados paleontológicos nesta caverna datam de 1938, sendo os primeiros achados revelados pelo Padre Camilo Torrend. A partir de 1976 a equipe de Paleontologia da PUC / MG tem realizado trabalhos sistemáticos de escavações nesta gruta. Dentre as principais espécies encontradas citam-se: Nothrotherium maquinense e Eremotherium laurillardi (Cartelle

& Bohórquez, 1986), dentre outras.

4. Toca dos Ossos ( Município de Ourolândia) A Toca dos Ossos situa-se no Município de

Ourolândia, antigo Distrito de Ouro Branco,

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pertencente ao Município de Jacobma (BA). Está a uma altitude de 560 m do nível do mar, na latitude 10° 557 52”S e na longitude 41° 3’ 24”.

A cavidade natural está inserida em maciço calcário da Formação Caatinga, à margem direita do Rio Salitre ou Vereda do Constantino. Do conduto principal encontram-se ramificações secundárias, promovendo um aspecto labiríntíco e muito acidentado. Eles ocorrem em diversos níveis, onde tanto nos superiores quanto nos inferiores foram encontrados fósseis, indicando em alguns casos transporte prolongado. Em menor quantidade foram coletadas peças incrustadas. Pode-se afirmar que o evento que proporcionou o carreamento, por parte de aqüífero, de restos de animais exógenos para o interior da grata, deve ter sido temporariamente limitado e mesmo anômalo (Cartelle, 1992).

Ainda em Cartelle (1992) encontra-se a descrição de vários edentados e dos megamamíferos herbívoros pleistocênicos

r

encontrados na Toca dos Ossos. E sem dúvida uma das gratas mais fossilíferas do Brasil.

5. Toca das O nças (Município de Jacobin a)

A Toca das Onças é uma pequena cavidade localizada no Município de lacobina (BA), próxima do vilarejo conhecido como Caatinga

do Moura.

Sua entrada vertical, embora de difícil acesso, permitiu o descenso de animais de grande porte, cuja explicação plausível para uma concentração íão inusitada de restos de tantos animais de grande porte, seria a presença de água. A presença de restos fósseis de Eremotherium laurillardi com adultos, jovens e filhotes num mesmo local permite-se a hipótese da queda de um rebanho inteiro lá dentro. O sedimento sobre o qual se encontraram as peças esqueletais, acima mencionadas, originou-se em um pequeno curso de água, já desaparecido. A gruta não teve outras entradas (Cartelle & Bohórquez,1982).

Outras espécies foram coletadas na Toca das Onças, entre elas Pampatherium paulacoitoi (Cartelle & Bohórquez, 1985), Smilodon populator (Cartelle & Abuhid, 1989), dentre

outras.

6. Grutas de Iraquara (Município de Iraquara)

O Município de Iraquara situa-se dentro da Formação Salitre do Grupo Una da Era Proterozóica Superior. Os calcários da Formação Salitre são escuros, dominantemente carbonáticos com pelitos subordinados, formados em mar epicontinental raso e estável.

Pouco material fossilífero foi até o presente coletado nestas grutas.

Sistematica

A sistemática usada na identificação dos espécimes foi baseada em Paula Couto (1979), Cartelle (1996) e Fonseca et ai. (1996).

Ordem CARNÍVORA Bowdich, 1821

Subordem FISSIPEDIA Blumenbach, 1791 Superfamiiia FELOIDEA Simpsin, 1931 Família FELIDAE Gray, 1821*

Subfamília MACRAIRODONTIDAE Gill, 1872 Gênero Smilodon Lund, 1842

Smilodon populator Lund, 1842

M aterial: MCL 7143 (porção rostral de crânio

k A ^

com alvéolos para 1 ,1 e I*; canino fragmentado;

PJ e P4 completos); MCL 7144 (fragmento caudal direito craniano); MCL 7145 (ramo mandibular esquerdo, com alvéolos de C e I3; P4 e Mj fragmentados ao nível da borda alveolar);

MCL 7187 í 01 (porção médio lateral anterior esquerda de crânio); MCL 7187 / 02 - 36 (mandíbuia e peças do esqueleto pós - craniano) MCL 7191 (fragmento mandibular direito com porção caudal do P4, M t e com o processo condilar); MCL 7192 (fragmento caudai craniano, com o temporal esquerdo fragmentado); IGC 151 (fragmento craniano faltando arcos zígomáticos e a porção rostral)

Figura 2).

Procedência: Toca dos Ossos, Toca das Onças e Toca da Boa Vista

Comentários: Cartelle & Abuhid (1989) indicam uma ampla distribuição para S.

populator no final do Pleistoceno, tendo habitado tanto América do Norte quanto América do Sul. O material estudado corrobora a

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citação anterior, onde nota-se que as pequenas variações obtidas são possivelmente atribuídas à variações individuais. Foi uma das espécies com maior número de restos cranianos estudados, e parece-nos também não haver diferenças que justifiquem a não coespecifícidade das formas norte e sul - americanas de Smilodon no final do Pleistoceno - início do Holoceno. Com relação à smonímia, ela está bem definida em Paula Couto (1955), não carecendo ser repetida.

Subfamília FELINAE Trouessart, 1885 Gênero Leopardus

Leopardus tigrinus Schereber, 1775

= Felis tigrina, Schereber, 1775

M aterial: MCL 7185 (crânio fragmentado, faltando os arcos zigomáticos, os dentes e o basisfenóide; bulas timpânicas fragmentadas)

(Figura 3 A).

Procedência: Toca da Boa Vista

Comentários: Segundo Fonseca et a i(1994) L.

tigrinus estende-se desde o sul da Costa Rica, atingindo o norte da Argentina. No Brasil ainda ocorre desde a Mata Atlântica, na região Nordeste até os pampas gaúchos. Como fóssil foi notificado por Winge (1895 - 96) para restos coletados por Lund em grutas calcárias de Minas Gerais, com provável idade pleistocênica.

Leopardus pardalis Linnaeus, 1758

= Felis pardalis Linaeus, 1758

M aterial: MCL 7186 (fragmento craniano, faltando a porção rostral e arcos zigomáticos;

bulas timpânicas fragmentadas); MCL 7193 (fragmento mandibular direito, com três molariformes completos e o canino fragmentado;

falta a porção rostral); MCL 7194 / 01 (fragmento mandibular direito, com os três molariformes fragmentados ao nível da borda alveolar; faltam a porção rostral, o canino e o processo condilar); MCL 7195 (ramo mandibular

direito, porção caudal, com os três molariformes;

falta a porção rostral do canino) (Figura 3B e B ’) Procedência: Toca da Boa Vista, Toca dos Ossos e Gruta dos Brejões

Com entários: Fonseca et al. (1994) citam a distribuição geográfica atual de L. pardalis como sendo desde o sul do Texas até o norte da Argentina. No Brasil atualmente está presente em todos os ecossistemas, sendo altamente generalistas, mas utilizando preferencialmente as matas ciliares e as florestas semidecíduas. Como fóssil, também foi notificada por Winge (1895 - 96) para restos coletados por Lund em grutas calcárias de Lagoa Santa, Minas Gerais. Cartelle (1996) inclui a espécie em uma listagem de fósseis pleistocênicos coletados na Toca da Boa Vista, Bahia.

Gênero Puma

Pum a concolor, Linnaeus, 1771

= Felis concolor linnaeus, 1771

M aterial: MCL 7197 (fragmento craniano faltando maxilares, nasais e palatinos e com os arcos zigomáticos fragmentados); MCL 7198 / 01 (fragmento craniano faltando os incisivos, o canino esquerdo, pré - molares e o M ! ) MCL 7198 /0 2 - 33 (fragmentos mandibulares e peças do esqueleto pós - craniano). (Figura 3C, 3C’ e 3C ”).

Procedência: Toca da Boa Vista e Toca dos Ossos.

Com entários: P. concolor ocorre desde o Canadá até o extremo sul da Argentina (Fonseca et ai., 1994). No Brasil está presente também em todos os ecossistemas, desde a Bacia do Amazonas até os pampas do Rio Grande do Sul.

Como fóssil Winge (1895-96) descreve restos da espécie coletados por Lund na região do Vale do Rio da5 Velhas, MG, indicando uma provável idade pleistocênica para este material. Cartelle &

Hartwig (1996) incluem a espécie numa listagem de mamíferos pleistocênicos encontrados na Toca da Boa Vista, Bahia. Bergqvist (1993) coloca como duvidosa a presença de P. concolor no material proveniente da Paraíba, devido ao

estado de conservação do material.

Gênero Panthera

Panthera onca, Linnaeus, 1758

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Material: MCL 7189 / 01 (ramo mandibular direito com P3, P4 e M ,; faltando a porção rostral e c processo condilar); MCL 7189 / 02 (fragmento maxilar com PJ e P4); MCL 7196 (ramo mandibular esquerdo com P3, P4 e M i;

faltando o processo condilar e a porção rostral) (Figura 3D e 3D’).

Procedência: Toca da Boa Vista e Toca dos Ossos

Comentários: p. onca hoje apresenta populações residuais em Costa Rica e Panamá, chegando até a Argentina. No Brasil está atualmente em processo de desaparecimento, sendo encontrada em maior número no Pantanal, sendo rara no sudeste, sul e nordeste do país (Fonseca et a i, 1994). Como fóssil é citada por Winge (1895-96) para restos coletados por Lund na região cárstica de Minas Gerais, próximo de Lagoa Santa. Ameghino (1907) indica sua presença no Pleistoceno do Vale do Rio íporanga, São Pauio. Cartelle & Hartwig (1996) também incluem esta espécie na listagem de mamíferos pleistocênicos encontrados na Toca da Boa Vista, Bahia. Bergqvist (1993) tem dúvida quanto à ocorrência de P. onca no material proveniente da Paraíba. Guérin (1993) acusa a presença desta espécie no Pleistoceno de

São Raimundo Nonato, Piauí.

Superfamília CANOIDEA Simpson, 1931 Família CANIDAE Gray, 1821

Subfamília CANINAE Gill, 1872 Gênero Cerdocyon

Cerdocyon thous (Wied)

= Canis robustus Lund 1843

= Canis cancrivorus Winge, 1896

Material: IGC 150 (crânio, faltando partes dos arcos zigomáticos e os dentes) (Figura 4C).

Procedência: Toca da Boa Vista

Comentários: C. thous pode ser encontrado no Brasil em áreas abertas como caatinga, cerrado e Pantanal, além de ocorrer também nos domínios da Mata Atlântica (Fonseca et ai., 1996). Foram primeiramente coletados restos fósseis em grutas calcárias de Minas Gerais por Lund (1843) e

reestudados por Winge (1895-96). Novos registros foram feitos por Cartelle & Hartwig (1996) para o Estado da Bahia e por Guérin (1993) para restos encontrados no Piauí e considerados do Pleistoceno final ou mesmo do início do Holoceno.

Gênero Protocvon Giebel, 1855

= Canis Lund, 1839

= Palaeocyon Lund, 1843

Protocyon troglodytes (Lund) Giebel, 1885 Material: IGC 01 (crânio muito completo) Procedência; Toca da Boa Vista

Comentários: Os primeiros registros de P.

troglodytes foram dados por Lund (1843), que encontrou, em diversas grutas de Lagoa Santa (MG), numerosos espécimes (110), sendo a maioria fragmentada. Este material foi posteriormente reestudado por Winge (1895 - 96) e Berta (1988). Alguns registros e referências foram ainda feitos por Paula Couto (1979) e Gomide (1989). Cartelle (1995) faz uma análise detalhada deste material e conclui que é constatada uma relativa variação morfológica intra - específica na dentição da espécie, que conseqüentemente considera como muito duvidosa a validade de P. scagliamm (espécie do Pleistoceno inferior da Argentina, descrita por Kjaglievich, 1952) que provavelmente , é

sinônimo de P. troglodytes.

Família MUSTELIDAE Swaison, 1835 Subfamília MEPHITINAE Gill, 1872 Gênero Conepatus Gray, 183

Conepatus semistriatus (Boddaert, 1784)

= Conepatus suffocans Illiger, 1811

Material: 7188 / 01 (fragmento craniano faltando o arco zigomático esquerdo, os incisivos e os caninos; P3 e P4, fragmentado ao nível da borda alveolar e o M !, fragmentado); MCL 7188 / 02 (ramos mandibulares direito e esquerdo, faltando os incisivos, caninos e o último molar);

MCL 7199 (fragmento craniano faltando o arco zigomático, incisivos e caninos direitos; a porção rostral lateral esquerda está com uma grossa capa de calcário); MCL 7200 (fragmento craniano, com a porção rostral fragmentada, sem os arcos

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zigomáticos e o côndilo occipital esquerdo) (Figura 4A e 4A’)

Procedência: Toca dos Ossos e Grutas de Iraquara

Comentários: No Brasil C. semistriatus pode ser encontrada em áreas abertas como a caatinsa e o cerrado (Fonseca et a i , 1996). Como fósseis foram coletados em grutas calcárias de Minas Gerais por Lund (1843) e reestudados por Winge (1895 - 96). Guérin (1993) tem dúvidas sobre a ocorrência da espécie no material coletado no Piauí, devido o estado de conservação. Cartelle (1994) descreve restos fósseis desta espécie coletados na Toca da Boa Vista, Bahia.

Gênero Eira

Eira barbara Linnaeus, 1758

Material: 1849 / 01 (crânio totalmente encoberto por camada de calcário, faltando todos os dentes e os arcos zigomáticos); 1847 / 02 - 35 (mandíbuia completa e restos do esqueleto pós - craniano, também bastante incrustado por calcário) (Figura 4D e 4D ’).

Procedência: Gruta dos Brejões - Toca das Aves Comentários: Eira barbara pode ser encontrada no Brasil em áreas abertas da floresta amazônica, da Mata Atlântica, no cerrado e no Pantanal.

Não é característica de caatinga. Como fóssil a espécie foi noticiada pela primeira vez, através de coletas realizadas por Lund (1943) na região cárstica de Lagoa Santa, que teve dúvidas quanto à idade pleistocênica do material, baseado na fauna associada. Gomide (1989) identifica restos desta espécie em Itapipoca (CE) e Guérin (1993) não especifica o material de mustelídeo encontrado na região de São Raimundo Nonato, no Piauí.

Gênero Lontra Gray 1843

— Lutra Brünnich, 1771

Lontra longicaudis Olfers, 1818

Material : MCL 7201 (fragmento maxilar com canino e dois molariformes) (Figura 4E e 4E ’)

Procedência: Toca dos Ossos

Comentários: Segundo Fonseca et a i (1996) Lontra longicaudis pode ser encontrada no Brasil em áreas abertas como na floresta amazônica, na Mata Atlântica, no cerrado e no Pantanal, locais obrigatoriamente com água. Não é característica de caatinga. No Brasil ainda não tinha sido notificado nenhum achado fóssil.

Família URSIDAE Gray, 1825 Subfamília T RE MART IN AE

Gênero Arctotherium Bravard, 1857 Arctotherium brasiliense (Lund)

= Arctotherium (Par act other ium) brasiliense Trajano <£ Ferrarezzi (1994)

Material: IGC 1001 (fragmento craniano, com a maioria da dentição superior e parte do esqueleto pós - craniano)

Procedência: Toca da Gameleira (Complexo da Toca da Boa Vista)

Com entários: Os primeiros achados de ursídeos no Brasil devem-se a Lund (1839), para restos coletados nas grutas calcárias da região de Lagoa Santa (MG). Novos achados foram feitos posteriormente em Minas Gerais (Walter, 1940 e Paula Couto, 1960), no Ceará (Dias Neto et a i

1980 e estudados por Trajano & Ferrarezzi, 1994). Cartelle (1995 e 1997) caracteriza muito bem um material proveniente da Bahia, fazendo uma avaliação sistemática e biogeográfica

detalhada do grupo, dispensando aqui maiores considerações.

Família PROCYONIDAE Bonaparte, 1850 Subfamília PROCYONTNAE Gill, 1872

Gênero Procyon

Procyon cancrivorus G.Cuvier, 1798

Material: MCL 1847 / 01 (fragmento craniano faltando a maxila e o arco zigomático direito e os palatinos) (Figura 4B)

Procedência: Gruta dos Brejões

Comentários: P. cancrivorus pode ser encontrado no Brasil na floresta amazônica, Mata Atlântica, caatinga, cerrado e no Pantanal

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(Fonseca et a l, 1996), mas apenas nos locais com vegetação cerrada e alta, nas proximidades de corpos de água (Silva, 1984). O único registro fóssil desta espécie no Brasil foi feito por Cartelle (1995).

Discussão e conclusões

Como foi indicado, das doze espécies de

mamíferos carnívoros indentificadas para restos coletados em grntas calcárias no noroeste do Estado da Bahia, três foram extintas no final do Pleistoceno, ou mesmo no início do Holoceno.

As demais, pertencentes também à fauna atual, foram consideradas com provável ocorrência no Pleistoceno.

Os fósseis foram coletados no interior destas grutas e estavam associadas à espécies da fauna extinta de mamíferos. Estritamente permanece a dúvida quanto à antigüidade da maioria destas, porém o processo de preservação, a coloração e o aspecto das mesmas assemelham-se às de outras peças coletadas nas mesmas grutas de onde estas procedem e que, pela associação referida, as consideramos como sendo do Pleistoceno final - Holoceno.

Analisando as nove espécies sobreviventes constatamos que quatro delas não ocorrem atualmente na região das grutas, ou seja, na caatinga, por necessitarem de ambiente de mata ou de proximidades de corpos d ’água. Cartelle &

Lessa (1989) indicam uma possível hipótese paleoambiental para a região em questão, no final do Pleistoceno - início do Holoceno.

Sugerem: “condições ambientais diferentes das atuais: corpos d’água, temperatura média anual mais baixa e, em conseqüência, cobertura vegetal não de caatinga, mas de matas ciliares e cerrado provavelmente”.

O trabalho de De Oliveira et a l (1997) corrobora esta idéia da fauna, quando estudos baseados em palinofósseis, na mesma região do Estado da Bahia, concluem que “no início do Holoceno o clima era mais frio e úmido do que o atual, com expansão da floresta úmida de galeria dentro da planície do Rio Icatú, cujos elementos arbóreos possuem distribuição geográfica atual na Amazônia e na Floresta Atlântica. O aumento da

aridez causou conseqüentemente o aumento da caatinsa e do cerrado nos últimos 4000 anos”.

Segundo Coimbra - Filho & Câmara (1996)

"existe uma farta indicação de que os biomas amazônicos e atlânticos estiveram interligados em passado relativamente recente”, fato este que explica a presença de muitas das espécies aqui estudadas e dependentes destes ambientes para a sua sobrevivência.

O conjunto mostra que a composição da fauna de mamíferos carnívoros, no Pleistoceno final - início do Holoceno, teve uma taxa específica muito mais representativa do que a atual, devido à condições climáticas favoráveis e que esta fauna pode ter vivido na região até um passado não tão remoto, antes da destruição da cobertura vegetal original. Novas avaliações serão realizadas para elucidar melhor o período de ocorrência destas e de outras espécies na região estuda.

Agradecimentos

Aos curadores das coleções de Paleontologia e Mastozoologia dos museus de Ciências Naturais da PUC / MG, do IGC / UFMG e do Museu de Zoologia da UFV / MG, pela cedência do material estudado, a Mauro Agostinho Ferreira por valiosas informações, a Pedro Arimatéia Ribeiro, pela confecção do mapa e a Cláudia Mendes Lessa pela confecção das fotografias.

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(10)

166

ESTADO DA BAHIA - BR- LOCALIDADES FOSS1LÍFERAS DE MAMÍFEROS --- PLEISTOCENO FINAL — ---

46‘

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4 2 ' 33°

~j-9°

E S C A L A , I: 4 .0 0 0 .0 0 0 0 20 40 60 120 ISO 2 00 Km

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• LOCALIDADES F0SS1LÍFERAS

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___ LIMITE ESTAOUAL

FIGURA 1 . Mapa de Localidades Fossiiíferas de Mamíferos Pleistocênicos do Estado da Bahia - Brasil 1. Toca da Boa Vista e Gameleira (Campo Formoso); 2. Toca dos Ossos (Ourolândia); 3. Gruta dos Brejões (Morro do Chapéu); 4. Toca das Onças (Jacobina); 5. Grutas de Iraquara (Iraquara).

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Referências

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