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Utilização do registro de preços realizado por meio da modalidade pregão eletrônico e seu impacto nas compras

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(1)

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ – UFC

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA – CAEN

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA – MPE

MARIA VANIA PIRES COSTA

UTILIZAÇÃO DO REGISTRO DE PREÇOS REALIZADO POR MEIO DA

MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO E SEU IMPACTO NAS COMPRAS

GOVERNAMENTAIS

(2)

MARIA VANIA PIRES COSTA

UTILIZAÇÃO DO REGISTRO DE PREÇOS REALIZADO POR MEIO DA

MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO E SEU IMPACTO NAS COMPRAS

GOVERNAMENTAIS

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado

Profissional em Economia do Curso de

Pós-Graduação em Economia – CAEN, da

Universidade Federal do Ceará - UFC, como

parte dos requisitos para obtenção do título de

Mestre em Economia. Área de Concentração:

Economia do Setor Público.

Orientador: Prof. Dr. Maurício Benegas

(3)

MARIA VANIA PIRES COSTA

UTILIZAÇÃO DO REGISTRO DE PREÇOS REALIZADO POR MEIO DA

MODALIDADE PREGÃO ELETRÔNICO E SEU IMPACTO NAS COMPRAS

GOVERNAMENTAIS

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado

Profissional em Economia do Curso de

Pós-Graduação em Economia – CAEN, da

Universidade Federal do Ceará - UFC, como

parte dos requisitos para obtenção do título de

Mestre em Economia. Área de Concentração:

Economia do Setor Público.

Aprovada em:

30 de janeiro de 2012

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Prof. Dr. Maurício Benegas (Orientador)

Universidade Federal do Ceará – UFC

__________________________________________

Prof. Dr. Paulo Rogério Faustino Matos

Universidade Federal do Ceará – UFC

__________________________________________

Prof. Dr. Paulo de Melo Jorge Neto

(4)
(5)

AGRADECIMENTOS

Expresso meus agradecimentos, primeiramente, a Deus e à Mãe Rainha, que me fortaleceram

na fé, na coragem e na perseverança para a realização deste trabalho.

Às colegas Andréa, Gorete e Josane, que me incentivaram e encorajaram a ingressar neste

curso.

Aos colegas da Procuradoria Geral do Estado, - Dóris, Ilná, Cynthia, Wiliam, e a Carmen

Silvia, da Secretaria de Planejamento e Gestão, que me apoiaram e ajudaram nos diversos

trabalhos realizados durante o curso e na obtenção dos dados para a pesquisa ora relatada.

À minha querida amiga Andréa, um especial agradecimento, que, sem medir esforços, se

disponibilizou a me ajudar na concretização deste trabalho.

Aos amigos Marília e Walter, pelo convívio do dia a dia em salas de aula, e pelo incentivo

mútuo na participação do curso.

Ao meu marido Mazinho, e aos meus queridos filhos Carol e André, pelo incentivo nos

momentos de cansaço e pela paciência e compreensão dos meus momentos de ausência.

Aos meus pais José da Silva Pires e Maria do Socorro Melo Pires (in memoriam) a quem tudo

devo, que sem medir esforços, batalharam a fim de me oferecer condições para buscar o

conhecimento, e me ensinaram os princípios essenciais da Moral e da Ética para aplicar na

minha vida.

A todos os professores que, durante o curso, nos transmitiram seus conhecimentos com

dedicação, paciência e competência.

A todos os integrantes da Equipe do CAEN, que nos apoiaram durante todo curso.

(6)

RESUMO

Este trabalho visa a analisar um comparativo na Política de Compras Governamentais do

Estado do Ceará, com a utilização do Sistema de Registro de Preços. A comparação foi feita

mediante as licitações realizadas na modalidade de pregão eletrônico, sem o procedimento de

registro de preços nos exercícios de 2006 e 2008, confrontando com as licitações na mesma

modalidade com o procedimento de registro de preços, nos exercícios de 2009, 2010 e 2011

para a aquisição de vários itens de material de consumo. Para comparar a eficácia do uso do

procedimento de registro de preços, foram utilizados dados da aquisição de bens de mesma

natureza nos órgãos públicos estaduais. Na análise estatística, foi utilizada regressão simples

linear. O modelo proposto empregou três variáveis: preço de aquisição, número de

participantes e o tempo de permanência do processo. Analisando estas variáveis, verificou-se

que o registro de preços e o tempo de permanência não são estatisticamente relevantes e que o

número de participantes tem relação significativa com o preço de aquisição. Logo, o modelo

mostrou que o procedimento de registro de preços não é fator determinante da eficiência de

aquisição dos bens.

(7)

ABSTRACT

This work aims to analyze the Purchasing Policy of Ceará State, using Prices Registration

System. A comparison was made between auctions conducted in electronic trading without

prices registration in 2006 and 2008 and bids in the same mode with prices registration in the

years 2009, 2010 and 2011 to the acquisition of a wide range of goods. To analyze the

effectiveness of Prices Registration procedure, we used data of similar goods acquired by

public administration. In the analysis, it was used linear regression. The proposed model used

three variables: purchase price, number of participants, and bidding time. We verified that

price and bidding time are not relevant and that the number of participants has a significant

relation to purchase price, showing that Prices Registration procedure is not a decisive factor

to electronic auction effectiveness.

(8)

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Pregão Eletrônico 2006 e 2008 (Sem Registro de Preços)... 54

Tabela 2 - Pregão Eletrônico 2009 – 2010 – 2011 (Com Registro de Preços)... 69

Tabela 3 - Pregão Eletrônico 2006 e 2008 (Corrigido pelo INPC)... 83

(9)

SUMÁRIO

1

INTRODUÇÃO

... 10

2

POLÍTICA DE COMPRAS NO GOVERNO ESTADUAL E SUA

IMPLANTAÇÃO

... 12

3 PRINCÍPIOS

CONSTITUCIONAIS APLICADOS À LICITAÇÃO

PÚBLICA

... 17

3.1

Princípio da Legalidade

... 18

3.2

Princípio da Impessoalidade

... 19

3.3

Princípio da Moralidade

... 19

3.4

Princípio da Igualdade ou da Isonomia

... 19

3.5

Princípio da Publicidade

... 20

3.6

Princípio da Probidade Administrativa

... 22

3.7

Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

... 22

3.8

Princípio do Julgamento Objetivo

... 23

3.9

Princípio da Eficiência

... 24

4

MODALIDADES DE LICITAÇÃO – PORTAL DE COMPRAS E

REGISTRO DE PREÇOS

... 25

4.1

Modalidades de licitação

... 25

4.1.1

Convite

... 25

4.1.2

Tomada de Preços

... 25

4.1.3

Concorrência

... 26

4.1.4

Concurso

... 26

4.1.5

Leilão

... 26

4.1.6

Pregão

... 26

4.2

Portal de compras

... 27

4.3

Registro de Preços

... 28

4.3.1

Definição

... 28

4.3.2

Legislação

... 29

4.3.3

Utilização do Sistema de Registro de Preços no âmbito do Estado do Ceará

... 30

4.3.4

Agentes do registro de preços

... 32

4.3.5

Instrumentos de registro de preços

... 32

4.3.6

Procedimentos do planejamento do registro de preços

... 33

4.3.7

Procedimentos licitatórios e do processo administrativo do registro de preços

... 34

4.3.8

Utilização e gerenciamento da ata de registro de preços

... 37

4.3.9

Revisão dos preços registrados

... 38

4.3.9.1 Redução de preços

... 39

4.3.9.2 Aumento de preços

... 39

4.3.9.3 Negociação frustrada

... 39

(10)

5

TEORIA DOS LEILÕES

... 41

5.1

Classificação dos leilões

... 41

5.1.1

Quanto à natureza

... 42

5.1.1.1 Leilões de compra ou de oferta

... 42

5.1.1.2 Leilões de venda ou de demanda

... 42

5.1.1.3 Leilões duplos

... 42

5.1.2

Quanto às formas de lances

... 42

5.1.2.1 Leilão aberto

... 42

5.1.2.2 Leilão fechado

... 43

5.1.3

Quanto ao preço de fechamento

... 43

5.1.3.1 Leilão com preço de fechamento uniforme

... 43

5.1.3.2 Leilão com preço de fechamento discriminatório

... 44

5.2

Tipos básicos de leilões

... 44

5.2.1

Leilão inglês ou de preço ascendente

... 44

5.2.2

Leilão holandês ou de preço descendente

... 44

5.2.3

Leilão discriminatório ou de primeiro preço

... 44

5.2.4

Leilão de segundo preço

... 44

5.3

O leilão reverso na modalidade de Licitação Pregão

... 45

6

PESQUISA E RESULTADOS FINAIS

...

46

6.1

Coleta de dados

... 46

6.2

Estratégia empírica (o modelo econométrico)

... 47

6.3

Resultados

... 49

7

CONCLUSÕES

... 50

REFERÊNCIAS

... 52

(11)

1 INTRODUÇÃO

A Administração Pública, para contratar obras, serviços, bens e alienações, realiza

o procedimento licitatório, tendo em vista o cumprimento do inciso XXI do art. 37 da

Constituição da República (BRASIL, 1988), ao exigir que o Estado cumpra seu papel

fundamental, que é garantir a igualdade de tratamento a todos os administrados que tenham

interesse em manter relações comerciais com a Administração Pública.

Com o objetivo de assegurar o direito regulamentado no dispositivo constitucional

há pouco mencionado, foi editada a Lei nº 8.666, em 21 de junho de 1.993 (BRASIL, 1993),

que trata sobre licitações e contratos, sendo esta alterada pelas Leis nº 8.883, de 08 de junho

de 1994 (BRASIL, 1994), 9.648, de 27 de maio de 1998 (BRASIL, 998), e 9.854, de 27 de

outubro de 1999 (BRASIL, 1999).

Para realização do procedimento licitatório, é imprescindível a observância dos

princípios que norteiam os atos praticados pela Administração Pública, dispostos no caput do

art. 37 da Constituição da República (BRASIL, 1988), reforçado, no caso de licitações e

contratos administrativos, pelo art. 3º da Lei de Licitações.

Sejam quais forem as esferas de governo, qualquer aquisição só poderá ser feita se

precedida de licitação pública. Logo, é necessária a aplicação da Lei nº 8.666/93, de 21 de

junho de 1993 (BRASL, 1993) – Lei de Licitações, nas modalidades convite, tomada de

preços, concorrência, concurso e leilão; e da Lei 10.520, de 17 de junho de 2002 (BRASIL,

2002), para modalidade pregão.

O objetivo deste ensaio acadêmico é avaliar o modelo e o processo de compra na

forma de REGISTRO DE PREÇOS, medindo o impacto financeiro nas compras

governamentais, comparando as licitações realizadas na modalidade pregão eletrônico, sem o

procedimento de registro de preços nos exercícios de 2006 e 2008, confrontando com as

licitações na mesma modalidade com o procedimento de registro de preços, nos exercícios de

2009, 2010 e 2011.

A pesquisa permitirá constatar se a utilização do Sistema de registro de preços

impactou na implantação das políticas de economia das compras públicas, e este alcançou os

resultados propostos.

(12)
(13)

2 POLÍTICA DE COMPRAS NO GOVERNO ESTADUAL E SUA IMPLANTAÇÃO

A Administração Pública, em qualquer uma das esferas, - federal, estadual,

distrital e Municipal - tratam diferentemente a arrecadação e o gasto público.

Atualmente a preocupação de todo gestor público é garantir que as ações

governamentais desenvolvidas pela Administração estejam asseguradas por critérios de

execução exigidos pela legislação, principalmente em relação aos gastos com dinheiro

público.

Essa preocupação aumentou ainda mais, com a edição da Lei Complementar nº

101/00, (BRASIL, 2000), conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal, na qual menciona

que para a realização de qualquer despesa deverá haver uma receita prevista.

A Administração Pública no plano do Governo do Estado do Ceará busca sempre

mais aprimorar as ações referentes aos gastos públicos, principalmente no que se refere à

aquisição de bens e contratação de serviços.

Controlar os gastos na Administração e reduzir custos são pontos fundamentais

para implantação de uma política de compras no Estado do Ceará.

A implantação dessa política tornou-se um desafio para os dirigentes e técnicos

das áreas específicas, uma vez que a aplicação de recursos e seus efeitos serão avaliados junto

à sociedade e aos órgãos de controle.

No período de 2003 a 2006, o Governo do Estado do Ceará teve como grande

desafio a reorganização administrativa do Estado. Efetivamente, a metodologia de trabalho

para alcançar a racionalização dos gastos e redução de custos nas aquisições governamentais

privilegiou duas linhas de ações: uma de curto prazo, para além de funcionar como

efeito-demonstração, ensejar economias imediatas; e outra, mais estruturante, para assegurar as

sustentabilidades das economias.

Para iniciar a implantação dessas ações, o governo contratou os serviços de

empresa de consultoria, que realizou estudos de planejamento mediante o desenvolvimento de

trabalhos de apuração de custos de atividades e de processos, com vistas a reunir elementos

para o redirecionamento estratégico da gestão de gastos, contribuindo ainda para a

sedimentação de uma cultura de administração de custos no Estado.

(14)

da modalidade de licitação, dos sistemas de informação disponíveis, do uso de pregão, bem

como, de outros aspectos, com o objetivo de avaliar o potencial de redução de gastos em

compras do Governo.

Os resultados indicaram que o valor total com a compra de bens e serviços em

2002 era da ordem de R$ 877,07 milhões e tinha o seguinte perfil: existia concentração no

volume de compras em alguns órgãos (nove secretarias concentravam 89% do valor gasto

com compras); havia concentração de categorias de gastos em relação ao total das compras

(13 categorias representavam 81% das compras); registrava-se grande contingente de pessoas

envolvidas nas áreas de compras dos vários órgãos do Estado, cerca de 1000 servidores;

pequena utilização da modalidade pregão no total das licitações; diversos itens comuns, entre

os vários órgãos, comprados de forma independente, sem padronização e sem consolidação de

volume.

(http://www.cge.ce.gov.br/categoria3/documentos-pdf/Relatorio%20Plurianual%202003%20-%202006.pdf).

Dessa forma, foram identificadas as oportunidades concretas para implementação

de uma nova estratégia de compras para o Estado do Ceará e daí foram desenvolvidas ações

visando a garantir sustentabilidade das economias efetivadas, com o aperfeiçoamento dos

processos e a implantação de um novo modelo operacional de compras de bens e serviços no

âmbito de todos os órgãos da Administração Pública do Estado do Ceará.

Em razão desses resultados, foram priorizadas as compras corporativas,

envolvendo toda a Administração Estadual, para a obtenção dos pressupostos básicos de

ganhos de escala, estimulo a competitividade e consequente geração de economias.

Com base no diagnóstico, identificaram-se oportunidades de melhoria nos

processos relacionados à aquisição com o aumento da eficiência nas compras e nas

contratações.

O incremento de novas tecnologias e da internet possibilitou a implantação de

novo mecanismo, bem assim, o desenvolvimento de novas ferramentas gerenciais nas

compras do Estado do Ceará, que proporcionaram de forma considerável uma verdadeira

modernização na Administração Estadual, por meio da implementação do sistema de compras

corporativa do Estado que valorizou a política de transparência também adotada por esta

Unidade Federada.

Os tradicionais processos licitatórios foram transformados em leilões entre

fornecedores que competem simultaneamente, sem limitações geográficas pela venda ao

menor preço.

(15)

março de 2003, após realização dos trabalhos pela empresa de consultoria, o Executivo

Estadual expediu o Decreto nº 26.972 (CEARÁ, 2002) no qual definiu como obrigatória a

realização de, pelo menos, 20% das compras de bens e de serviços comuns que deveriam ser

realizadas por meio da modalidade pregão, sem distinção entre os dois tipos existentes e que

todo presidente de comissão de licitação, no âmbito do Estado, estaria investido da função de

pregoeiro.

Ante a necessidade do constante aperfeiçoamento do processo de compras foi

editado o Decreto Estadual nº 28.086, de 10 e janeiro de 2006 (CEARÁ, 2006), no qual

regulamentou, no âmbito da Administração Pública Estadual, o Sistema

de

Compras que

compreendendo o conjunto de conceitos, critérios, pessoas, processos e sistemas

informatizados que atuam harmonicamente, com vistas a garantir o bom desempenho das

atividades relacionadas às compras/contratações e o bom desempenho das atividades

relacionadas às compras/contratações.

Também as principais mudanças e melhorias das ações foram feitas através do

Decreto Estadual nº 28.087, de 10 de janeiro de 2006 (CEARÁ, 2006), regulamentando o

Sistema de Registro de Preços, constante no conjunto de procedimentos para seleção mais

vantajosa, visando ao registro formal de preços para futuras e eventuais contratações de bens,

produtos e serviços.

A adoção desse modelo de aquisição foi empregada com o objetivo de dar maior

agilidade às compras governamentais, pela garantia da uniformização de preços praticados

por órgãos e entidades, pela otimização do potencial de compras do Estado, tendo em vista a

demanda consolidada de todas as secretariais e entidades vinculadas.

Com a edição do Decreto Estadual nº 28.089 (CEARÁ, 2006), desde janeiro de

2006, tornou

-

se

obrigatório o emprego do pregão eletrônico para todas as compras de bens e

de serviços comuns. Como principais vantagens da implantação dessa nova sistemática estão

a redução de custos operacionais; a maior transparência; a maior eficiência operacional com o

uso da tecnologia; a ampliação da competitividade; a possibilidade de negociação dos preços

com o licitante vencedor; redução dos preços dos produtos e dos serviços contratados; e

diminuição de prazo médio de duração do processo licitatório.

(16)

de habilitação e de satisfatoriedade das ofertas.

Em 28 de julho de 2000, essa Medida foi reeditada, com o objetivo de ajustar e

aperfeiçoar o texto da redação, para melhor entendimento do procedimento do pregão. O

Decreto nº 3.555/00 (BRASIL, 2000) detalha os procedimentos previstos na Medida

Provisória e especifica os bens e serviços.

Foi editado pela União Federal o Decreto nº 3.931/2001 (BRASIL, 2001), que em

seu artigo 3º estabelece a necessidade de prévio procedimento licitatório para a realização de

registro de preço, que poderá ser realizado nas modalidades de concorrência ou pregão,

conforme seja o objeto licitado, precedida de ampla pesquisa de mercado.

Considerando que a aplicabilidade do Pregão se estendeu somente no âmbito da

União, a doutrina criticou e entendeu a medida como inconstitucional, uma vez que os

estados, municípios e o Distrito Federal também necessitavam da simplificação e agilidade

dos procedimentos licitatórios, com vistas à melhoria do atendimento de suas necessidades de

serviço e satisfação do interesse público em geral.

Com o objetivo de regulamentar a nova modalidade, no âmbito dos estados,

municípios e Distrito Federal, houve um conjunto de normas locais sobre o pregão, com a

edição de leis e decretos.

Em 17 de julho de 2002 foi editada a Lei nº 10.520/02 (BRASIL, 2002) que

instituiu a modalidade de licitação pregão, admitindo duas formas para sua realização, ou seja:

pregão presencial e o pregão eletrônico, por meio da utilização de recursos de tecnologia da

informação. A Lei também estendeu o pregão no âmbito dos estados, municípios e Distrito

Federal. A edição dessa Lei conferiu mais segurança jurídica ao aplicador da norma, passando

a ser o fundamento de validade das normas locais, porém não eliminou o debate em torno dos

limites legislativos locais em matéria de licitação.

A Lei Federal, portanto, não solucionou a questão relacionada à edição de várias

normas locais, disciplinando de forma diversa a matéria.

A aplicação dessa nova modalidade garantiu economias imediatas nas aquisições

de bens e serviços, principalmente nas despesas de custeio, ensejando, com efeito, redução de

despesas, além da ampliação do número de participantes nas licitações por intermédio da

internet.

(17)

2009 mais de 9.800 processos de compras ou contratações. Isso representou um gasto total

(incluindo investimentos) de 4,22 bilhões de reais. No ano de 2010, foram 12.300 processos,

correspondentes ao total adjudicado de 2,71 bilhões de reais. Quanto à participação nas

compras governamentais por natureza de aquisição, se for considerado o ano de 2010, os

maiores gastos foram: obras e serviços de engenharia (58%), medicamentos (9%), material de

consumo (7%), material permanente (6%), serviços em geral (6%), bens e serviços (4%),

seguidos de outras. Por sua vez, em relação às modalidades, ainda em 2010, temos:

concorrência, tipo menor preços (37%), pregão eletrônico (29%), concorrência, tipo técnica e

preço (21%), pregão presencial (7%), seguidas de outras.

(18)

3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS APLICADOS À LICITAÇÃO PÚBLICA

Licitação é o procedimento administrativo regido pelas regras da Lei nº 8.666, de

21 de junho de 1993, cujo processo busca a proposta mais vantajosa para contratação com a

Administração Pública, referente à aquisição de bens ou na execução de obras e serviços

necessários ao atendimento das necessidades públicas. Porém existem várias definições sobre

o conceito de licitações, uma vez que cada autor adota sua definição.

Meirelles (2000, p. 132) conceitua licitação como um procedimento

administrativo mediante o qual a Administração Pública seleciona a proposta mais vantajosa

para o contrato de seu interesse. Visa propiciar iguais oportunidades aos que tencionam

contratar com o Poder Público, dentro dos padrões previamente estabelecidos pela

Administração, e que atuam como fator de mais moralidade e eficiência nos negócios

administrativos

.

Mello (1999) enfatiza a licitação como atribuição dos administradores públicos

que incitam a concorrência entre os participantes, legalmente constituídos.

Para Justen Filho (2005), a licitação traz consigo a conotação de um procedimento

administrativo formal regulamentado pelas normas do Direito.

A licitação pública quanto à sua natureza é ato vinculado, estritamente formal,

com regras estabelecidas e objetivos definidos.

A obrigatoriedade de licitar no âmbito da Administração Pública é uma exigência

da Constituição Federal no seu art. 37, inciso XXI, tendo como regulamentação básica a Lei

nº 8.666/93, no seu artigo 2º, ressalvadas as hipóteses dos artigos 24 e 25 da mencionada Lei,

que são os casos de dispensa e inexigibilidade.

A Administração Pública, para realizar toda e qualquer licitação, deverá estar

sujeita à observância rigorosa dos princípios constitucionais, sendo esses os princípios

norteadores das atividades exercidas pelos administradores durante a realização do certame e

de todos os atos dele decorrentes.

De acordo com a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 37, a Administração

Pública direta e indireta de qualquer dos poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e

dos municípios, obedecerá aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade,

publicidade e eficiência, sendo o princípio da eficiência incluído através na Emenda

Constitucional nº 19/98.

(19)

Daí a necessidade do conhecimento, pelo administrador, do significado de cada um dos

princípios, das obrigações objetivas que eles impõem e dos direitos que conferem aos

licitantes.

A observância rigorosa desses princípios resguarda a Administração de possíveis

mandados de segurança cobrado pelo licitante.

Os princípios administrativos serão aplicados para qualquer modalidade de

licitação, inclusive nos casos de dispensa e inexigibilidade, conforme artigos 24 e 25 da Lei nº

8.666/93, (BRASIL, 1993), respectivamente.

3.1 Princípio da Legalidade

Considerado um dos princípios basilares do sistema jurídico brasileiro, situado no

ápice da pirâmide dos princípios constitucionais reguladores da Administração Pública, é de

grande relevância na aplicação do processo licitatório, uma vez que esse procedimento está

totalmente vinculado à lei.

Os agentes administrativos terão que obedecer rigorosamente ao roteiro dado pela

Lei, para que o procedimento licitatório seja legítimo e aceitável, sendo a autoridade

administrativa ausente de qualquer liberdade.

Conforme o art. 5º inciso II, da Constituição de 1988, “ninguém será obrigado a

fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei”.

A lei define as condições da atuação dos agentes administrativos, estabelecendo a

ordenação dos atos a serem praticados e impondo condições excludentes de escolhas pessoais

ou subjetivas.

Para a Administração Pública, o administrador ou gestor público está atrelado à

letra da lei para poder atuar, conforme postula. (SANTANA, 2005, p. 157).

A lei ressalva a liberdade para a Administração definir as condições da

contratação administrativa. Simultaneamente, porém, estrutura o procedimento licitatório de

modo a restringir a discricionariedade e determinadas fases ou momentos específicos.

(20)

3.2

Princípio da Impessoalidade

Princípio embasado no Art.37 da Constituição Federal de 1988 e art. 3º, parágrafo

1º, incisos I e II, mencionado que a Licitação será igual para todos, sem discriminação ou

favoritismo de qualquer natureza.

O principio da impessoalidade é caracterizado por Bandeira de Mello (1999, p.

255), como sendo nada mais do que o Princípio da Igualdade ou da Isonomia.

Esse princípio é de grande relevância na aplicação do procedimento licitatório,

pois está diretamente relacionado com a própria finalidade pública, uma vez que a

Administração não pode agir ou atuar com vistas a prejudicar ou beneficiar pessoas

determinadas, haja vista ser sempre o interesse público que deve nortear o comportamento da

Administração.

3.3 Princípio da Moralidade

Previsto no Art. 37, da Constituição Federal de 1988 e art. 3º, da Lei nº 8.666/93,

este princípio garante a todo o cidadão o direito subjetivo de exigir um tratamento moral com

a verba pública.

Também o art. 85, V da Constituição Federal de 1988, define como crime de

responsabilidade dos atos do Presidente da República que atentem contra a probidade na

Administração, entrementes, o inciso LXXIII assegura o direito a qualquer cidadão de propor

ação popular no caso do descumprimento desse princípio.

Considerado um dos princípios basilares da Administração Pública, pois, uma vez

que o administrador público seja imbuído dos pressupostos morais e éticos, todos os outros

princípios serão automaticamente englobados (ARAÚJO, 2001, p. 35).

Deverá o administrador público saber distinguir não só o bem e o mal, o legal e o

ilegal, o justo e o injusto, mas também o honesto e o desonesto.

A moralidade significa a ética da conduta administrativa, a pauta de valores

morais, como a honestidade, a boa conduta, os bons costumes, a equidade e a justiça, valores

esses imprescindíveis na realização das ações de interesse coletivo.

3.4 Princípio da Igualdade ou da Isonomia

(21)

1988) e art. 3º da Lei nº 8.666/93, e está relacionado com a própria finalidade pública,

decorrente daí que a Administração não pode atuar com vistas a prejudicar pessoas

determinadas, porquanto é sempre o interesse público que deve nortear o comportamento da

Administração.

É havido como princípio primordial da licitação, pois a Administração não poderá

realizar nenhum procedimento licitatório em que haja discriminação entre os participantes, ou

que contenham em editais cláusulas que favoreçam a uns e prejudiquem a outros. (ARAÚJO,

2001, p. 34).

O Princípio da Isonomia ou Igualdade determina o tratamento de igualdade sem

discriminação a pessoas e situações iguais, ou seja, é proibido tratar com desigualdade o que é

igual.

A Administração precisa estar muito atenta na observância desse princípio, para

evitar que atos discricionários do administrador possam ser arbitrários, caso em que todos

esses atos são anuláveis por via judicial.

O Princípio da Isonomia está mencionado nos artigos 3º, parágrafo 1º, incisos I e

II da Lei nº 8.666/93. O inciso I veda, nas convocações, a existência de cláusulas ou

condições que comprometam, restrinjam ou frustrem o caráter competitivo das licitações e

que estabeleçam preferências ou distinções irrelevantes para o fim do contrato. O inciso II

veda tratamento diferenciado entre empresas brasileiras e estrangeiras. A lei só possibilita

exceções a esse princípio apenas no critério de desempate, caso em que considerará a

nacionalidade do fornecedor de bens e serviços.

3.5 Princípio da Publicidade

Este princípio é de essencial importância a todo e qualquer ato da Administração

Pública, para todos os órgãos e poderes da República. No procedimento licitatório, é

imprescindível, uma vez ser a publicidade o meio de propagação que permite o amplo acesso

de interessados, atraindo com isso, um maior número de participantes ao certame.

No art. 37 da Constituição Federal, (BRASIL, 1988) este princípio explicita o

dever da Administração Pública de dar plena transparência de seus atos, ressalvados os casos

de sigilo, imprescindível à segurança da sociedade e do Estado, consoante está no Art. 5º

inciso XXXIII.

(22)

política de transparência é a prioridade implantada pelo Governo.

A exigência da publicidade referente ao procedimento licitatório, na

Administração Pública, é mencionada em diversos artigos da Lei nº 8.666/93 (BRASIL,

1993).

O art. 3º, parágrafo 3º, estabelece que a licitação não será sigilosa, sendo pública e

acessíveis ao público ou ato de seu procedimento, salvo quanto ao conteúdo das propostas, até

a respectiva abertura.

Determina o artigo 16 que será dada publicidade, mensalmente, em órgão de

propagação oficial ou em quadro de avisos de amplo acesso público, à relação de todas as

compras feitas pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a clarificar a identificação

do bem comprado, seu preço unitário, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor

total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as compras feitas com dispensa e

inexigibilidade de licitação.

Em seu artigo 21, a Lei citada determina que os avisos contendo os resumos dos

editais das concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos leilões, embora

realizados no local da repartição interessada, deverão ser publicados com antecedência, no

mínimo, por uma vez:

I.

no Diário Oficial da União, quando se tratar de licitação feita por órgão ou

entidade da Administração Pública Federal, e ainda, quando se tratar de obras

financiadas parcial ou totalmente com recursos federais ou garantidas por

instituições federais:

II.

no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Federal, quando se tratar,

respectivamente, de licitação feita por órgão ou entidade da Administração

Pública Estadual ou Municipal ou do Distrito Federal;

III.

em jornal de grande circulação no Estado e, também, se houver em jornal de

circulação no Município ou na região onde será realizada a obra, prestado o

serviço, fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo, ainda, a

Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de outros meios de

propagação para ampliar a área de competição.

(23)

No artigo 40, inciso VIII, exige a publicação dos locais, horários e códigos de

acesso dos meios de comunicação à distância em que serão fornecidos elementos,

informações e esclarecimentos relativos à licitação e as condições para atendimento das

obrigações necessárias ao cumprimento de seus objetos.

No artigo 61, parágrafo único, a Lei estabelece a condição indispensável da

publicação resumida do instrumento de contrato ou de seus aditamentos na Imprensa Oficial,

para sua eficácia.

Portanto, esse princípio possibilita a garantia aos interessados e à sociedade da

possibilidade de fiscalizar o gerenciamento e o manuseio do dinheiro público e, também, a

verificação dos atos praticados pela Administração em todos os seus processos.

3.6 Princípio da Probidade Administrativa

Este princípio está previsto no art. 37, parágrafo 4º, da Constituição Federal

(BRASIL, 1988) e está contido no Princípio da Moralidade.

Qualquer ato praticado por agente público que contrarie as normas da moral, da

lei, da ética e dos bons costumes, caracterizados pela falta de honestidade, por dolo, má fé e

falta de retidão de conduta no modo de agir perante a Administração Pública, se caracteriza

em ato de improbidade administrativa.

Nos procedimentos licitatórios, tanto os administradores públicos como os

licitantes deverão ter suas condutas licitas e estar imbuídos dos princípios morais e éticos.

3.7 Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

Conforme artigo 41, caput, da Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), o princípio da

Vinculação ao Instrumento Convocatório está assim configurado: “A Administração não pode

descumprir as normas e condições do edital ao qual se acha estritamente vinculada”. O edital,

neste caso, torna-se lei entre as partes, assemelhando-se a um contrato de adesão cujas

cláusulas são elaboradas unilateralmente pelo Estado.

É o edital o alicerce das licitações, é o instrumento que dita as regras do certame,

ficando vinculado tanto a Administração quanto os licitantes às suas exigências desde a

convocação dos interessados até a homologação do julgamento e, consequentemente, o

contrato.

(24)

que rege as regras da licitação, não poderá estar desobediente à em desacordo com a Lei de

licitações, e, portanto, dele dependerão todas as fases nortearão o certame.

No edital, as comissões de licitações deverão observar o art. 40 da Lei nº 8.666/93

(BRASIL, 1993), que reúne as exigências mínimas que deverão constar de todo o ato

convocatório, não impedindo, no entanto, que outras obrigações sejam impostas aos licitantes

pelo edital, conforme dispõe o inciso XVII, do art. 40, em que poderão constar “outras

indicações específicas ou peculiares da licitação”.

As exigências mínimas que hão de constar em todo o ato convocatório são: a

convocação dos interessados; a definição do objeto licitado; a regular sequência do

procedimento licitatório; os critérios de habilitação dos licitantes; a determinação dos critérios

objetivos para o julgamento das propostas; e a antecipação das condições do futuro contrato.

Os editais devem fazer observância aos controles da legalidade do edital,

conforme dispõe o Art. 38 da Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), devendo a Administração

submeter todos os editais ao crivo da Assessoria Jurídica, para que ocorra o exame prévio de

possíveis vícios que possam existir para não causar nenhum entrave ao certame.

A Lei de Licitações nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), em seu art. 113, parágrafo 2º,

menciona o controle prévio pelos tribunais de contas ou órgãos integrantes de controle

interno, que poderão solicitar para prévio exame os editais já publicados, para verificação de

sua legitimidade.

No art. 41, parágrafos 1º e 2º da Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), é previsto o

controle participativo de qualquer cidadão ou licitante interessado em participar do certame,

mediante a possibilidade de impugnação ao edital.

No caso de haver falhas no edital, ou se este, for inadequado ao interesse público,

deverá ser corrigido, ou até mesmo elaborado outro instrumento editalício, devendo o mesmo

ser republicado, observando novo prazo de publicação, desde que isto não afete a elaboração

das propostas.

3.8 Princípio do Julgamento Objetivo

Princípio previsto no Art. 3º, caput da Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993), que

consiste no afastamento da discricionariedade na escolha da proposta, onde a Administração

só poderá considerar os critérios objetivos da proposta,

sendo

observado rigorosa e

obrigatoriamente nos procedimentos vinculados ao Edital e à Lei.

(25)

julgamento pré-fixados pela Administração, não podendo existir preferências ou escolhas dos

julgadores.

3.9 Princípio da Eficiência

Por meio da Emenda Constitucional 19/98, este princípio foi incluído no caput do

art. 37 da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), no qual está expresso também como

princípio norteador nas licitações públicas.

O Princípio da Eficiência apresenta dois aspectos importantes a serem

considerados: a maneira de atuação do agente público e a forma de organizar, estruturar e

disciplinar a Administração Pública.

(26)

4 MODALIDADES DE LICITAÇÃO – PORTAL DE COMPRAS E REGISTRO DE

PREÇOS

4.1 Modalidades de Licitação

A Lei Federal nº 8.666/93 – Lei de Licitações e Contratos definiu em seu artigo 22

as cinco modalidades de licitação (BRASIL, 1993).

4.1.1 Convite

O convite é a modalidade de licitação realizada entre interessados do ramo

pertinente ao seu objeto, cadastrados ou não, escolhidos e convidados pela unidade

administrativa em número mínimo de três.

Sua divulgação é feita por meio de quadro de avisos em local apropriado, na

unidade administrativa, onde será afixada cópia do instrumento convocatório, devendo

permanecer no prazo mínimo de cinco dias úteis de sua abertura, sendo estendidos aos demais

cadastrados na correspondente especialidade, que manifestarem interesse em participar do

certame com antecedência mínima de 24 horas da apresentação das propostas.

É a modalidade de licitação mais simples, e seu valor estimado para aquisição de

compras e serviços é de até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais) para compra e serviços comuns.

Para contratação de serviços de engenharia, o valor é de até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta

mil reais).

4.1.2 Tomada de Preços

É a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou que

atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data

do recebimento das propostas, observada a necessária qualificação.

A divulgação contendo os avisos de editais deverá ser de no mínimo 15 dias até o

recebimento das propostas para a licitação do tipo menor preço, e de 30 dias para o tipo

melhor técnica ou de melhor técnica e preço.

(27)

R$150.000,00 até R$ 1.500,00 (um milhão e quinhentos mil reais).

4.1.3 Concorrência

A concorrência é a modalidade de licitação de que podem participar quaisquer

interessados que, na fase inicial de habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos

mínimos de qualificação exigidos no edital para execução do seu objeto.

Sua divulgação deverá ter ampla publicidade e o prazo mínimo para sua

divulgação será de 45 dias para a concorrência do tipo melhor técnica, ou melhor técnica e

preço; caso contrário, será de 30 dias.

4.1.4 Concurso

É a modalidade de licitação da qual podem participar quaisquer interessados para

a escolha de trabalho técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou

remuneração aos vencedores, conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa

oficial com antecedência mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.

4.1.5 Leilão

O leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de

móveis inservíveis para a Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou

penhorados, ou para a alienação de bens imóveis, a quem oferecer o maior lance, igual ou

superior ao valor da avaliação, conforme previsto no art. 19 da Lei de Licitações. O prazo

mínimo para a divulgação do edital e de sua realização é de 15dias.

4.1.6 Pregão

O Pregão é uma modalidade de licitação instituída pela Medida Provisória nº

2.026/00 (BRASIL, 2000), e Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002 (BRASIL, 2002),

regulamentada pelo Decreto Federal nº 3.555, de 2000 (BRASIL, 2000).

(28)

O pregão é a modalidade de licitação do tipo menor preço, destinada à escolha de

proposta mais vantajosa para a Administração, na contratação de bem ou serviço comum, para

qualquer valor estimado, podendo ser realizado na forma de pregão presencial e de pregão

eletrônico, mediante utilização de recursos de tecnologia da informação.

Nessa modalidade, o primeiro critério utilizado para o julgamento é o menor

preço, podendo este ser alterado por lances, ficando a verificação de habilitação como

segundo critério.

O surgimento dessa modalidade, principalmente no pregão eletrônico, facilitou

expressivamente o processo de compras e a contratação de serviços para a Administração,

uma vez, que esta possibilita um maior número de participantes para as licitações, com a

utilização da internet e, consequentemente, o aumento da competitividade.

Outros aspectos de relevância observados na aplicação nessa modalidade foram a

celeridade nas licitações, a redução nos preços das aquisições e a desburocratização dos

procedimentos licitatórios, principalmente no tocante à habilitação, uma vez que esta só será

verificada após vencido o certame.

4.2 Portal de Compras

O Portal de Compras do Governo do Estado é uma iniciativa da Secretaria do

Planejamento e Gestão – SEPLAG, em parceria com a Empresa de Tecnologia da Informação

do Ceará, cujo objetivo é reunir em um só ambiente todas as informações e serviços

corporativos relacionados a aquisições públicas de bens e materiais e à contratação de obras e

serviços pelos órgãos e entidades do Estado do Ceará. Site

http://www.portalcompras.ce.gov.br/portal/categoria1/sobre-o-portal.

Sua estrutura está dividida em quatro grandes categorias: Licitação, Gestores,

Registro de Preços e Fornecedores.

(29)

9

GESTORES – essa área é dedicada à categoria dos gestores do Sistema de

Compras do Estado, na qual pregoeiros, gestores de compras e de registro de

preços poderão ter acesso aos diversos sistemas informatizados da gestão e a

informações de interesse específico.

9

REGISTRO DE PREÇOS – área onde estão disponibilizadas todas as atas de

registro de preços geridas pelos seus respectivos órgãos e entidades, e também

a documentação complementar referente a essa sistemática de compras, dando

mais ênfase à política de transparência na utilização dos recursos públicos.

9

FORNECEDORES – esta área destina-se aos fornecedores de bens, materiais e

serviços que tencionam contratar com o Estado ou já mantêm contrato e que

necessitam consultar as licitações que serão realizadas, com as orientações de

como participar do processo das aquisições públicas e também o acesso ao

catálogo de bens, materiais e serviços do Governo do Estado.

O portal de compras é uma ferramenta importantíssima para o aprimoramento da

Gestão Pública Estadual, uma vez que ele disponibiliza todas as informações necessárias às

partes envolvidas no processo do sistema de compras, além da participação da sociedade no

acompanhamento dos processos, fortalecendo também a política de transparência proposta

pelo Governo.

4.3 Registro de Preços

4.3.1 Definição

A Lei nº 8.666/93 (BRASIL, 1993) estabelece que, sempre que possível, as

compras deverão ser processadas por meio de SRP (art. 15, inciso II), e sua regulamentação

deverá ser por decreto (art.15, §§ 1º e 3º). Na esfera federal o SRP é regulamentado pelo

Decreto nº 3.931/01 (BRASIL, 2001), e no seu art. 1º, parágrafo único, Inc. I, conceitua o

Sistema de Registro de Preços como sendo um “conjunto de procedimentos para registro

formal de preços relativos à prestação de serviços e aquisição de bens, para contratações

futuras”.

(30)

Mello (2006, p. 549) define o registro de preços, como sendo um procedimento

que a Administração pode adotar perante compras rotineiras de bens padronizados na mesma

obtenção de serviços.

Ressalte-se que o registro de preços não é uma modalidade de licitação, como as

que estão previstas no art. 22 da Lei de Licitações; é apenas um procedimento formal e

flexível para o processo de compra. (Revista Zênite de Licitações e Contratos, 2011)

A diferença do registro de preços em relação a forma tradicional de licitar está no

momento da contratação ou aquisição, que pode ser realizada de imediato ou posteriormente,

quando do surgimento da necessidade, desde que não ultrapasse o período de validade da

referida ata, que é de um ano, para a efetivar a contratação.

4.3.2 Legislação

O Sistema de Registro de Preços tem a sua previsibilidade no artigo 15 da Lei

Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (BRASIL, 1993), que dispõe sobre normas Gerais

de Licitação e Contratação na esfera pública.

O artigo 15, há pouco citado, menciona a conveniência da realização, pela

Administração, de aquisições mediadas pelo Sistema de Registro de Preços, e enuncia as

normas e os princípios norteadores do respectivo procedimento, podendo ser livremente

implantado pelas entidades de cada esfera de governo, desde que não sejam contrariadas as

disposições federais que regem a matéria.

O inciso II, do mencionado artigo, determina que as compras, sempre que

possível, deverão ser processadas mediante sistema de registro de preços, sendo precedido de

ampla pesquisa de mercado, e deverão ser publicados trimestralmente para orientação da

Administração, na imprensa oficial.

O parágrafo terceiro menciona que o registro de preços deverá ser regulamentado

por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, observadas as seguintes condições: I -

seleção feita mediante

concorrência

; II – estipulação prévia do sistema de controle e

atualização dos preços registrados; III - validade do registro não superior a um ano.

O parágrafo quarto menciona que a existência de preços registrados não obriga a

Administração a firmar as contratações que deles poderão advir, ficando-lhe facultada a

utilização de outros meios, respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegurada ao

beneficiário do registro preferência em igualdade de condições.

(31)

de preços, quando possível, deverá ser informatizado.

O parágrafo sexto menciona que qualquer cidadão é parte legítima para impugnar

preço constante do quadro geral, em virtude de incompatibilidade desse em relação ao preço

vigente no mercado.

A regulamentação do Sistema de Registro de Preços só ocorreu com a edição do

Decreto Federal nº 3.931, de 19 de setembro de 2001 (BRASIL, 2001), e exerceu um enorme

impacto na modalidade licitatória do pregão. (REVISTA O PREGOEIRO, Ano VI, maio de

2010).

Com a edição do art. 12, da Lei nº 10.520/02 (BRASIL, 2002), foi operada

verdadeira sinergia entre o pregão e o registro de preços, que permitiu se adotar o pregão para

compor o registro de preços na área da saúde. Isso contribuiu para alteração do art.3º do

próprio Decreto 3.931/01 (BRASIL, 2001), que flexibilizou a anterior exigência exclusiva da

concorrência para licitar o registro de preços e passou a admitir também o pregão com a

seguinte redação: “A licitação para registro de preços será realizada na modalidade de

concorrência ou de pregão, do tipo menor preço, nos termos das Leis 8.666, de 21 de julho de

1993 (BRASIL, 1993), e será precedida de ampla pesquisa de mercado”. (REVISTA O

PREGOEIRO, Ano VI, maio de 2010).

O resultado da alteração do Art. 3º do Decreto 3.931/01(BRASIL, 2001) resultou

no incremento quantitativo dos pregões, com diminuição do respectivo valor contratual e

significativo ganho na práxis processual. (REVISTA O PREGOEIRO, Ano VI, maio de 2010).

O artigo 8º do mencionado Decreto possibilitou a utilização da Ata pelos órgãos

não participantes do registro de preços, chamados “carona”.

4.3.3 Utilização do Sistema de Registro de Preços no âmbito do Estado do Ceará

No âmbito do Estado do Ceará, o Sistema de registro de preços foi regulamentado

com a edição do Decreto nº 28.087 de 10 de janeiro de 2006, DOE de 12 de janeiro de 2006

(CEARÁ, 2006), de que trata o artigo 15 da Lei Federal nº 8.666, de 21 de julho de 1993

(BRASIL, 1993), e o artigo 11 da Lei Federal nº 10.520, de 17 de julho de 2002 (BRASIL,

2002).

O mencionado Decreto descreve as definições e regulamenta o conjunto de

instruções para o procedimento de implantação e gerenciamento da utilização do Sistema de

registro de preços e está composto pelas definições, as quais serão apresentadas adiante.

(32)

do Estado do Ceará editou, em 10 de janeiro de 2006, o Decreto de nº 28.086/06 (CEARÁ,

2006), que regulamenta, no âmbito da Administração Pública Estadual, o sistema de compras,

englobando o módulo de catálogo de bens, materiais e serviços, cadastro e fornecedores.

Editou também, em 10 de janeiro de 2006, o Decreto nº 28.089 (CEARÁ, 2006), que

regulamenta, no âmbito da Administração Pública Estadual, a licitação na modalidade pregão,

instituída pela Lei Federal nº. 10.520, de 18 de julho de 2002 (BRASIL, 2006), para aquisição

de bens e serviços comuns. Editou, ainda, na mesma data, o Decreto nº 28.397/06 (CEARÁ,

2006), que dispõe sobre cotação Eletrônica, para aquisição de bens e serviços comuns de

pequeno valor.

O Sistema de registro de preços deverá ser adotado nas aquisições de bens,

produtos e serviços, quando, pelas suas características, ensejarem necessidades de

contratações frequentes.

Deverá ser adotado, também, quando for mais conveniente a aquisição de bens ou

de produtos com previsão de entregas parceladas ou contratação de serviços necessários à

Administração para o desempenho de suas atribuições. E, ainda, quando a aquisição de bens

ou de produtos ou a contratação de serviços atenderem a mais de um órgão ou entidade, e

quando, pela natureza do objeto, não for possível definir previamente a quantidade a ser

demandada pela Administração.

O Sistema de registro preços deverá ser utilizado preferencialmente em processos

de compras corporativas, respeitados os processos de compras que, pela natureza e

especificações de seus itens, devam ser realizados individualmente.

Conforme o art. 20 do Decreto nº 28.087/06 (CEARÁ, 2006), os fornecedores de

bens e produtos ou prestadores de serviços que registrarem preços em ata, estarão obrigados a

realizarem as contratações que dela poderão advir, nas condições estabelecidas no edital ou na

própria Ata.

A Administração, entretanto, não será obrigada a firmar as contratações de preços

registrados em ata, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, respeitada a Lei de

Licitações, sendo assegurada ao beneficiário do registro a preferência da contratação em

igualdade de condições, conforme prevê o artigo 21 do Decreto nº 28.087/06 (CEARÁ, 2006),

que regulamenta o registro de preços.

(33)

consolidar, especificar e monitorar as compras corporativas de Tecnologia da Informação.

A responsabilidade pela gestão da categoria de material de consumo foi atribuída

à Coordenadoria de Gestão e Serviços Corporativos (CGEESC) da SEPLAG; à Secretaria de

Justiça (SEJUS) foi atribuída a responsabilidade pela gestão da categoria de gêneros

alimentícios.

4

.

3.4 Agentes do registro de preços

Nos incisos III, IV, V e VII do artigo 1º do Decreto 28.087/06 (CEARÁ, 2006),

estão preconizadas as figuras dos agentes do Sistema de registro de preços, com as suas

devidas definições e responsabilidades.

Órgão gestor do registro de preços é aquele órgão ou entidade da Administração

Pública Estadual responsável pela gestão do SRP para uma determinada categoria, inclusive

pela organização e realização do procedimento licitatório, bem como pelos atos dele

decorrentes.

Órgão gestor geral de registro de preços é o órgão ou entidade da Administração

Pública Estadual responsável pela gestão estratégica da sistemática de registro de preços no

âmbito do Governo do Estado do Ceará.

Órgão participante é o órgão ou entidade da Administração Pública que irá aderir

ao SRP e integrar a Ata de Registro de Preços.

Órgão interessado é o órgão ou entidade da Administração Pública que não consta

no certame, como órgão Participante e que tem interesse em utilizar a Ata de Registro de

Preços, mediante comprovação da vantagem e prévia consulta ao órgão Gestor.

4.3.5 Instrumentos de registro de preços

Os instrumentos do registro de preços estão instituídos nos incisos II, VI, VIII e

IX do Art. 1º do Decreto Estadual nº 28.087, de 10 de janeiro de 2006 (CEARÁ, 2006), com

suas definições:

(34)

contidas no instrumento convocatório e propostas apresentadas.

9

Termo de Adesão - documento vinculativo firmado entre o órgão gestor do

registro de preços e o órgão participante em que este formaliza junte àquele o

seu interesse em participar do registro de preços, definindo os quantitativos do

objeto do certame;

9

Pesquisa de Mercado - busca realizada junto ao mercado fornecedor, bem como

aos órgãos de propagação de preços oficiais ou, ainda, no âmbito dos preços

praticados pelos órgãos e entidades da Administração Pública, visando à

obtenção de preço de referência para subsidiar a realização ou atualização do

registro de preços; e

9

Ordem de Compra ou de Serviços - documento formal emitido com o objetivo

de autorizar a entrega do bem ou do produto ou o início da prestação dos

serviços, conforme disciplinado no Anexo IV do Decreto nº 27.786, de 02 de

maio de 2005.

4.3.6 Procedimentos do planejamento do registro de preços

O órgão gestor do registro de preços é responsável pela prática dos atos de

coordenação do planejamento do SRP, sendo, portanto, necessário os seguintes procedimentos

conforme art. 6 º do Decreto Estadual nº 28.087 de 10 de janeiro de 2006 (CEARÁ, 2006).

I.

convocar os órgãos e entidades da Administração Pública Estadual para

participarem do SRP por meio de correspondência eletrônica ou por meio eficaz;

II.

consolidar todas as informações relativas à estimativa individual e total das

necessidades de bens, de produtos e de serviços, bem como promover as devidas

adequações com vistas à definição das especificações técnicas ou dos projetos

básicos para atender os requisitos de padronização e racionalização;

III.

solicitar, via Termo de Adesão, aos órgãos e à entidade da Administração

Pública Estadual a confirmação dos quantitativos e dos qualitativos do objeto a

ser licitado, inclusive do projeto básico, nos termos da Lei nº 8.666/93, quando

for o caso;

IV.

realizar todos os atos necessários à instrução processual para o procedimento

licitatório pertinente;

(35)

VI.

realizar, quando necessário, prévia reunião com os fornecedores, visando

informá-los das peculiaridades do SRP.

No artigo 7º, incisos I a V, do Decreto Estadual nº 28.087 de 10 de janeiro de 2006

(CEARÁ, 2006), estão definidas as responsabilidades e atribuições, instruídos pelo Gestor

Geral

do

Registro

de

Preços, quando os Órgãos e entidades da Administração Pública

Estadual, manifestarem interesse em participar do registro de preços, na forma a seguir:

I.

elaborar Plano Anual de Compras, indicando os bens, produtos e serviços, com

suas respectivas estimativas de consumo, especificações ou projeto básico, nos

termos da Lei nº 8.666/93, quando for o caso, e o cronograma de fornecimento,

adequados ao Registro de Preços do qual pretende ser participante;

II.

encaminhar o Plano Anual de Compras ao Órgão Gestor de cada Registro de

Preços, para fins de apreciação e adequação ao SRP e às diretrizes do Governo

do Estado do Ceará, no prazo estabelecido pelo Órgão Gestor do registro de

Preços;

III.

manifestar, quando solicitado e dentro do prazo estabelecido, o interesse em

participar do registro de Preços;

IV.

manifestar, junto ao Órgão Gestor do Registro de Preços, sua concordância com

o objeto a ser licitado nas quantidades e condições estabelecidas, antes da

realização do procedimento licitatório, através de formalização do Termo de

Adesão; e

V.

garantir que todos os atos inerentes ao procedimento para sua inclusão no

registro de preços a ser realizado estejam devidamente formalizados e aprovados

pela autoridade competente.

4.3.7 Procedimento licitatório e do processo administrativo do registro de preços

O artigo 8º do Decreto Estadual nº 28.087, de 10 de janeiro de 2006 (CEARÁ,

2006), determina a observância das Leis federais nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (BRASIL,

1993), e nº 10.520, de julho de 2002 (BRASIL, 2002), para o procedimento licitatório do

registro de preços.

(36)

constando de:

I.

a autorização da licitação;

II.

a indicação sucinta do objeto;

III.

o Termo de Referência com, no mínimo:

a.

o objeto da contratação, explicitando o conjunto de elementos necessários e

suficientes, com nível de precisão adequado, para caracterização de bem, do

produto ou do serviço, inclusive definindo as unidades de medida usualmente

adotadas, indicando os parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade,

vedadas especificações que, por excessivas, irrelevantes ou desnecessárias,

limitem ou frustrem a competição ou a realização do fornecimento;

b.

apresentação da justificativa da necessidade da aquisição;

c.

orçamento detalhado, de modo a propiciar avaliação do custo pela

Administração;

d.

valor estimado com base no preço obtido através da pesquisa de mercado;

e.

as condições quanto aos locais, prazos de entrega ou de execução do objeto,

forma de pagamento e, complementarmente, nos casos de serviços, quando

cabíveis, a frequência, periodicidade, características do pessoal, materiais e

equipamentos a serem fornecidos e utilizados, procedimentos a serem

seguidos, cuidados, deveres, disciplina e controles a serem adotados;

f.

o preço unitário máximo que a Administração se dispõe a pagar consideradas

as regiões e as estimativas de quantidades a serem adquiridas;

g.

o prazo de validade do registro de preços;

h.

os órgãos e entidades participantes do registro de preços;

i.

a estimativa de quantidades a serem adquiridas, no prazo de validade do

registro, por cada Órgão participante do SRP, com os respectivos endereços

para entrega do bem ou do produto, ou para execução do serviço;

j.

a quantidade mínima de unidades a ser cotadas;

k.

valor mínimo por Ordem de Compra ou de Serviços;

l.

cronograma físico-financeiro, se for o caso;

m.

critério de aceitação do objeto;

n.

deveres do contratado;

o.

procedimentos de fiscalização e gerenciamento de contrato, quando for

aplicável;

(37)

IV.

O edital e seus anexos;

V.

O comprovante da publicação do edital resumido, na forma do art.21 da Lei nº

8.666/3;

VI.

Os comprovantes de divulgação da licitação;

VII.

O ato de designação da comissão de licitação;

VIII.

O original das propostas e dos documentos que as instruírem;

IX.

As atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;

X.

Os pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação;

XI.

O ato de homologação da licitação;

XII.

Os recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas

manifestações e decisões;

XIII.

O despacho de anulação ou revogação da licitação, quando for o caso,

fundamentado circunstancialmente; e

XIV.

os demais documentos relativos à licitação.

O parágrafo primeiro do art. 9º do Decreto 28.087/06 possibilita que o objeto da

licitação venha a ser subdividido em lotes, quando técnica e economicamente viável, de forma

a possibilitar maior competitividade, sem perda da economia de escala, observados a

quantidade mínima, o prazo e o local de entrega ou de prestação dos serviços;

Adiante, o parágrafo 2º menciona que o edital poderá admitir, como critério de

seleção, a oferta de desconto sobre a tabela de preços praticados no mercado.

O parágrafo 3º do referido Decreto determina que, quando o objeto a ser licitado

puder produzir obrigações futuras, a minuta do contrato e a minuta da Ata de Registro de

Preços integrarão o edital, na forma de anexos.

E ainda o parágrafo 4º determina que as minutas dos editais de licitações, das atas

e dos contratos deverão previamente passar pelo exame e aprovação da Assessoria Jurídica da

Administração.

Conforme o art. 10º do mencionado Decreto, ao final do procedimento licitatório,

serão registrados tantos fornecedores quantos aceitem praticar o preço do primeiro colocado,

respeitadas as propostas apresentadas, observando-se o seguinte:

I.

para efeito de registro, será obedecida a ordem de classificação na licitação,

decidindo-se eventual empate nos moldes estabelecidos no parágrafo 2º, do

Artigo 45 da Lei Federal, 8.666/93 (BRASIL, 1993);

Imagem

Tabela 1 – Pregão Eletrônico 2006 e 2008 (Sem Registro de Preços)
Tabela 2 – Pregão Eletrônico 2009 – 2010 – 2011 (Com Registro de Preços)  ITEM OBJETO  QTD
Tabela 3 – Pregão Eletrônico 2006 e 2008 (Corrigido pelo INPC)  ITEM OBJETO  QTD
Tabela 4 – Pregão Eletrônico 2006 e 2008

Referências

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