• Nenhum resultado encontrado

Rev. Bras. Psiquiatr. vol.33 número3

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2018

Share "Rev. Bras. Psiquiatr. vol.33 número3"

Copied!
1
0
0

Texto

(1)

315 • Revista Brasileira de Psiquiatria • vol 33 • nº 3 • set2011

Livros

A seção Psicofarmacoterapia é inaugurada com o tratamento da depressão maior, que é abordada em dois capítulos sucessivos. O primeiro capítulo discorre sobre o tratamento usual dos quadros depressivos unipolares e o segundo aborda as estratégias terapêuticas nas depressões resistentes. Ambos os capítulos buscam trazer ao leitor o que existe de mais atual e o que as evidências apontam relativamente à terapêutica desse incapacitante transtorno mental.

Evidentemente, o espaço de uma resenha impossibilita a discussão completa da Seção III, que constitui mais da metade do livro. A solução que cabe é “pinçar”, dentre muitos, alguns momentos brilhantes da seção. Nesse sentido, são muito ilustrativos os capítulos 31 e 32, dedicados, respectivamente, ao tratamento das fases agudas da depressão bipolar, da mania e de episódios mistos. O texto enxuto, as tabelas com as características dos transtornos afetivos, com informações precisas dos fármacos e os algoritmos disponibilizados facilitam extraordinariamente a tarefa de quem deseja aprender o tratamento farmacológico do transtorno bipolar.

O livro traz também capítulos que abordam o tratamento de populações específi cas de pacientes, como crianças, adolescentes, idosos, grávidas e doentes clínicos, além de enfocar condições médicas que geralmente não são contempladas nos textos de psicofarmacologia. A Seção III encerra-se com dois importantes capítulos abordando a eletroconvulsoterapia e a estimulação magnética transcraniana.

Em resumo, sem meias palavras, o livro diz a que veio e veio para fi car.

Silvio Luiz Morais

Médico Psiquiatra – Coordenador da Enfermaria de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – Universidade de São Paulo

Irismar – Psicofarmacologia

Clínica

Eduardo Pondé de Sena, Ângela M. A. Miranda-Scippa, Lucas de Castro Quarantini, Irismar Reis de Oliveira. (Org). Irismar: Psicofarmacologia Clínica. 3a ed. Rio de Janeiro: Medbook, 2011.

Um livro robusto, consistente e que veio preencher uma lacuna em língua portuguesa. Dividido em três partes - Seção I – Aspectos Gerais da Psicofarmacologia; Seção II – Principais Grupos de Psicofármacos e Seção III – Psicofarmacoterapia -, o livro disponibiliza um material muito rico para o aprendizado da psicofarmacologia.

A Seção I não enfoca exclusivamente os aspectos introdutórios da psicofarmacologia. Percorrendo os 19 capítulos iniciais, o leitor entrará em contato não apenas com os fundamentos, mas também com temas interessantes e instigantes como Neurotoxicidade, Neuroproteção e Psicofármacos; Biomarcadores em psiquiatria; Estresse Oxidativo; Canabinóides: aspectos clínicos, farmacológicos e de neuroimagem; Psicofármacos e Neurotrofi nas; e Neuroimagem e Psicofarmacologia. Toda essa temática, ainda que tenha sido tratada na primeira parte do livro, aponta possivelmente para perspectivas futuras da psicofarmacologia.

A Seção II que se inicia com o capítulo 20 – Antidepressivos heterocíclicos e inibidores da monoaminoxidase (IMAOs) – apresenta pormenorizadamente a farmacodinâmica, a farmacocinética, as indicações e o modo de usar dos antidepressivos comumente chamados de tricíclicos e dos IMAOs.

Especifi camente, em relação aos IMAOs, o texto oferece detalhes importantes para a utilização desta ainda relevante classe de fármacos que, a despeito das difi culdades de manejo, permanece tendo um papel no tratamento das depressões resistentes aos tricíclicos e na depressão atípica.

Em seguida, são apresentadas todas as classes de antidepressivos e os demais capítulos prosseguem enfocando didaticamente todos os fármacos que integram o arsenal terapêutico da psiquiatria. Na sequência, vêm os antipsicóticos típicos, os atípicos, o lítio, os anticonvulsivantes, os benzodiazepínicos e os fi toterápicos.

A discussão dos antipsicóticos, iniciada pelos típicos, segue a consistência que se vê ao longo de todo o livro. Informações essenciais acerca da farmacocinética, da farmacodinâmica e da posologia são apresentadas de forma simples e clara.

O capítulo seguinte começa com o protótipo dos atípicos, a clozapina, e segue com a risperidona (oral e injetável de ação prolongada), a olanzapina (oral, injetável de ação rápida e injetável de ação prolongada), a quetiapina, a ziprazidona (oral e injetável de ação rápida), o aripiprazol, a paliperidona e dois antipsicóticos novos, ainda não disponíveis no mercado, a lurasidona e a asenapina.

Em suma, os principais grupos de psicofármacos são brilhantemente discutidos na Seção II, à exceção dos anticolinesterásicos (donepezila, galantamina, rivastigmina) e dos psicoestimulantes (metilfenidato e anfetaminas).

Referências

Documentos relacionados

To address this gap in the literature, the present study aims to examine the association between three domains of perceived social support (i.e., family, friends, and

The objective of this study is to describe the characteristics of a sample of Brazilian individuals with major depression seeking treatment in primary care units,

The purpose of the present study was to evaluate, for the irst time, perfectionism state dependence, trait stability, or state-trait dependence in association with sleep

IL-6 levels were no different in controls compared to euthymic bipolar disorder patients (p = 0.357).. There was no signiicant difference in TNF- α serum levels among the groups

The aim of our study was to describe the prevalence of paternal mood disorders including depressive, hypomanic, manic, and mixed episodes, across the following time points: between

The observation that students with high scores for the comprehension of lectures, self-study, and willingness to participate in future DP research programs

O programa inicia-se por entrevistas individuais dos PTMG por psicóloga especialista em sexualidade (três encontros), quando preenchem: protocolo sobre relacionamentos

The discredit regarding depressive symptoms, the fear of becoming dependent on psychopharmacological medication and the disbelief in antidepressant drugs and