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LEGISLAÇÃOELEITORAL EPARTIDÁRIA

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GISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA

Câmara dos Deputados

LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA

9ª EDIÇÃO

INCLUI

Código Eleitoral Lei da Inelegibilidade Lei dos Partidos Políticos Lei das Eleições

Lei da Soberania Popular Lei da Ficha Limpa Minirreforma Eleitoral

Fundo Público de Financiamento de Campanhas Eleitorais

201 8

edições câmara edições câmara

L E G I S L AT I VO

ISBN 978-85-402-0684-7

9 7 8 8 5 4 0 2 0 6 8 4 7

(2)

55ª Legislatura | 2015-2019

Diretoria-Geral

Lúcio Henrique Xavier Lopes Secretaria-Geral da Mesa

Leonardo Augusto de Andrade Barbosa Diretoria Legislativa

Afrísio de Souza Vieira Lima Filho Consultoria Legislativa

Luiz Fernando Botelho de Carvalho Centro de Documentação e Informação André Freire da Silva

Coordenação Edições Câmara dos Deputados Ana Lígia Mendes

Coordenação de Organização da Informação Legislativa

Frederico Silveira dos Santos Presidente

Rodrigo Maia 1º Vice-Presidente Fábio Ramalho 2º Vice-Presidente André Fufuca 1º Secretário Giacobo 2ª Secretária Mariana Carvalho 3º Secretário JHC

4º Secretário André de Paula Suplentes de Secretário 1º Suplente

Dagoberto Nogueira 2º Suplente César Halum 3º Suplente Pedro Uczai 4º Suplente Carlos Manato

(3)

Deputados

LEGISLAÇÃO ELEITORAL E PARTIDÁRIA

9ª EDIÇÃO

Ana Luiza Backes

Roberto Carlos Martins Pontes (organizadores)

Atualizada até 10/7/2018

edições câmara

(4)

Editora responsável: Luzimar Gomes de Paiva Preparação de originais: Luisa Souto e Pedro Carmo Revisão: Pedro Carmo

Capa: Leandro Sacramento

Projeto gráfico: Leandro Sacramento e Luiz Eduardo Maklouf Diagramação: Luiz Eduardo Maklouf

Nota do editor: as normas legais constantes desta publicação foram consultadas no Sistema de Legislação Informatizada (Legin) da Câmara dos Deputados.

Título até a 8ª edição: Legislação eleitoral.

Série Legislação n. 234 e-book

Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP) Coordenação de Biblioteca. Seção de Catalogação.

Fabyola Lima Madeira – CRB 2109

Legislação eleitoral e partidária [recurso eletrônico] / Ana Luiza Backes; Roberto Carlos Martins Pontes (organizadores). – 9. ed. – Brasília: Câmara dos Deputados, Edições Câmara, 2018. – (Série legislação; n. 234 e-book)

Versão E-book.

“Atualizada até 7/6/2018”.

Título até 8. ed.: Legislação eleitoral.

Modo de acesso: livraria.camara.leg.br Disponível, também, em formato impresso.

ISBN 978-85-402-0685-4

1. Legislação eleitoral, Brasil. 2. Sistema eleitoral, legislação, Brasil. 3. Partido político, legislação, Brasil. I. Backes, Ana Luiza. II. Pontes, Roberto Carlos Martins. III. Brasil. Congresso Nacional. Câmara dos Deputados. IV. Série.

CDU 342.8(81)(094)

ISBN 978-85-402-0684-7 (papel) ISBN 978-85-402-0685-4 (E-book)

Direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/2/1998.

Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prévia autorização da Edições Câmara.

Venda exclusiva pela Edições Câmara.

Câmara dos Deputados

Centro de Documentação e Informação – Cedi Coordenação Edições Câmara – Coedi

Palácio do Congresso Nacional – Anexo 2 – Térreo Praça dos Três Poderes – Brasília (DF) – CEP 70160-900 Telefone: (61) 3216-5809

livraria.camara.leg.br

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SUMÁRIO

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL ...7 [Dispositivos constitucionais referentes à matéria eleitoral e partidária]

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 97, DE 2017 ...15 Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuito no rádio e na televisão e dispor sobre regras de transição.

LEI Nº 4.737, DE 15 DE JULHO DE 1965 ...15 (Código Eleitoral)

Institui o Código Eleitoral.

LEI COMPLEMENTAR Nº 64, DE 18 DE MAIO DE 1990 ...68 (Lei da Inelegibilidade)

Estabelece, de acordo com o art. 14, § 9º, da Constituição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências.

LEI COMPLEMENTAR Nº 78, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1993 ...76 Disciplina a fixação do número de deputados, nos termos do art. 45, § 1º, da Constituição Federal.

LEI Nº 9.096, DE 19 DE SETEMBRO DE 1995 ...77 (Lei dos Partidos Políticos)

Dispõe sobre partidos políticos, regulamenta os arts. 17 e 14, § 3º, inciso V, da Constituição Federal.

LEI Nº 9.504, DE 30 DE SETEMBRO DE 1997 ...88 (Lei das Eleições)

Estabelece normas para as eleições.

LEI Nº 9.709, DE 18 DE NOVEMBRO DE 1998 ...125 (Lei da Soberania Popular)

Regulamenta a execução do disposto nos incisos I, II e III do art. 14 da Constituição Federal.

LEGISLAÇÃO CORRELATA

LEI Nº 4.410, DE 24 DE SETEMBRO DE 1964 ...127 Institui prioridade para os feitos eleitorais, e dá outras providências.

LEI Nº 6.091, DE 15 DE AGOSTO DE 1974 ...127 (Lei Etelvino Lins)

Dispõe sobre o fornecimento gratuito de transporte, em dias de eleição, a eleitores residentes nas zonas rurais, e dá outras providências.

LEI Nº 6.236, DE 18 DE SETEMBRO DE 1975 ...130 Determina providências para cumprimento da obrigatoriedade do alistamento eleitoral.

LEI Nº 6.996, DE 7 DE JUNHO DE 1982 ...130 Dispõe sobre a utilização de processamento eletrônico de dados nos serviços eleitorais, e dá outras providências.

LEI Nº 6.999, DE 7 DE JUNHO DE 1982 ...132 Dispõe sobre a requisição de servidores públicos pela Justiça Eleitoral, e dá outras providências.

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(Lei do Processamento Eletrônico do Eleitorado)

Dispõe sobre a implantação do processamento eletrônico de dados no alistamento eleitoral e a revisão do eleitorado e dá outras providências.

LEI Nº 12.034, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009 ...135 (Minirreforma Eleitoral 2009)

Altera as Leis nos 9.096, de 19 de setembro de 1995 – Lei dos Partidos Políticos, 9.504, de 30 de setembro de 1997, que estabelece normas para as eleições, e 4.737, de 15 de julho de 1965 – Código Eleitoral.

LEI COMPLEMENTAR Nº 135, DE 4 DE JUNHO DE 2010 ...136 (Lei da Ficha Limpa)

Altera a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, que estabelece, de acordo com o § 9º do art. 14 da Consti- tuição Federal, casos de inelegibilidade, prazos de cessação e determina outras providências, para incluir hipóteses de inelegibilidade que visam a proteger a probidade administrativa e a moralidade no exercício do mandato.

LEI Nº 13.165, DE 29 DE SETEMBRO DE 2015 ...136 (Minirreforma Eleitoral 2015)

Altera as Leis nos 9.504, de 30 de setembro de 1997, 9.096, de 19 de setembro de 1995, e 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), para reduzir os custos das campanhas eleitorais, simplificar a administração dos partidos políticos e incentivar a participação feminina.

LEI Nº 13.487, DE 6 DE OUTUBRO DE 2017 ...137 (Fundo Público de Financiamento de Campanhas Eleitorais)

Altera as Leis nos 9.504, de 30 de setembro de 1997, e 9.096, de 19 de setembro de 1995, para instituir o Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) e extinguir a propaganda partidária no rádio e na televisão.

LEI Nº 13.488, DE 6 DE OUTUBRO DE 2017 ...137 Altera as Leis nos 9.504, de 30 de setembro de 1997 (Lei das Eleições), 9.096, de 19 de setembro de 1995, e 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), e revoga dispositivos da Lei nº 13.165, de 29 de setembro de 2015 (Minirreforma Eleitoral de 2015), com o fim de promover reforma no ordenamento político-eleitoral.

LISTA DE OUTRAS NORMAS E INFORMAÇÕES DE INTERESSE ���������������������������������������������������138

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CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

(Publicada no DOU de 5/10/1988)

[Dispositivos constitucionais referentes à matéria elei- toral e partidária]

TÍTULO I

DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado demo- crático de direito e tem como fundamentos:

[...]

V – o pluralismo político.

[...]

TÍTULO II

DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS CAPÍTULO I

DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem dis- tinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

[...]

VIII – ninguém será privado de direitos por mo- tivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei;

[...]

XVI – todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em locais abertos ao público, inde- pendentemente de autorização, desde que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade competente;

[...]

LXX – o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado por:

a) partido político com representação no Con- gresso Nacional;

b) organização sindical, entidade de classe ou associação legalmente constituída e em funcio- namento há pelo menos um ano, em defesa dos interesses de seus membros ou associados;

LXXI – conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta de norma regulamentadora

torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à na- cionalidade, à soberania e à cidadania;

[...]

CAPÍTULO III DA NACIONALIDADE Art. 12. São brasileiros:

I – natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federativa do Brasil;

c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe brasileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira competente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maio- ridade, pela nacionalidade brasileira; (Alínea com redação dada pela EC nº 54, de 2007)

[...]

§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos:

I – de Presidente e Vice-Presidente da Repú- blica;

II – de Presidente da Câmara dos Deputados;

III – de Presidente do Senado Federal;

IV – de Ministro do Supremo Tribunal Federal;

V – da carreira diplomática;

VI – de oficial das Forças Armadas;

VII – de Ministro de Estado da Defesa. (Inciso acrescido pela EC nº 23, de 1999)

[...]

CAPÍTULO IV DOS DIREITOS POLÍTICOS

Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I – plebiscito;

II – referendo;

III – iniciativa popular.

§ 1º O alistamento eleitoral e o voto são:

I – obrigatórios para os maiores de dezoito anos;

II – facultativos para:

a) os analfabetos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.

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§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os es- trangeiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.

§ 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I – a nacionalidade brasileira;

II – o pleno exercício dos direitos políticos;

III – o alistamento eleitoral;

IV – o domicílio eleitoral na circunscrição;

V – a filiação partidária;

VI – a idade mínima de:

a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice- -Presidente da República e Senador;

b) trinta anos para Governador e Vice- -Governador de Estado e do Distrito Federal;

c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice- -Prefeito e juiz de paz;

d) dezoito anos para Vereador.

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfa- betos.

§ 5º O Presidente da República, os Governa- dores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um único período subsequente. (Parágrafo com re- dação dada pela EC nº 16, de 1997)

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presi- dente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito.

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador de Es- tado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

§ 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:

I – se contar menos de dez anos de serviço, de- verá afastar-se da atividade;

II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a

moralidade para o exercício do mandato, con- siderada a vida pregressa do candidato, e a nor- malidade e legitimidade das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na admi- nistração direta ou indireta. (Parágrafo com redação dada pela ECR nº 4, de 1994)

§ 10. O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.

§ 11. A ação de impugnação de mandato trami- tará em segredo de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé.

Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de:

I – cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado;

II – incapacidade civil absoluta;

III – condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus efeitos;

IV – recusa de cumprir obrigação a todos im- posta ou prestação alternativa, nos termos do art. 5º, VIII;

V – improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º.

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral en- trará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. (Artigo com redação dada pela EC nº 4, de 1993)

CAPÍTULO V DOS PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e ex- tinção de partidos políticos, resguardados a so- berania nacional, o regime democrático, o pluri- partidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:

I – caráter nacional;

II – proibição de recebimento de recursos finan- ceiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;

III – prestação de contas à Justiça Eleitoral;

IV – funcionamento parlamentar de acordo com a lei.

§ 1º É assegurada aos partidos políticos auto- nomia para definir sua estrutura interna e estabe- lecer regras sobre escolha, formação e duração de

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seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coliga- ções nas eleições majoritárias, vedada a sua cele- bração nas eleições proporcionais, sem obrigato- riedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária. (Parágrafo com redação dada pela EC nº 97, de 2017)

§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem per- sonalidade jurídica, na forma da lei civil, regis- trarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.

§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alterna- tivamente: (Caput do parágrafo com redação dada pela EC nº 97, de 2017)

I – obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou (Inciso acrescido pela EC nº 97, de 2017) II – tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação. (Inciso acres- cido pela EC nº 97, de 2017)

§ 4º É vedada a utilização pelos partidos polí- ticos de organização paramilitar.

§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é as- segurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo parti- dário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Parágrafo acrescido pela EC nº 97, de 2017)

TÍTULO III

DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO [...]

CAPÍTULO III DOS ESTADOS FEDERADOS [...]

Art. 27. O número de Deputados à Assembleia Legislativa corresponderá ao triplo da represen- tação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.

§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleitoral, invio- labilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

[...]

Art. 28. A eleição do Governador e do Vice- -Governador de Estado, para mandato de quatro anos, realizar-se-á no primeiro domingo de ou- tubro, em primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em primeiro de janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto no art. 77. (Caput do artigo com redação dada pela EC nº 16, de 1997)

§ 1º Perderá o mandato o Governador que as- sumir outro cargo ou função na administração pú- blica direta ou indireta, ressalvada a posse em vir- tude de concurso público e observado o disposto no art. 38, I, IV e V. (Parágrafo único transformado em

§ 1º pela EC nº 19, de 1998) [...]

CAPÍTULO IV DOS MUNICÍPIOS

Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços dos mem- bros da Câmara Municipal, que a promulgará, atendidos os princípios estabelecidos nesta Cons- tituição, na Constituição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:

I – eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para mandato de quatro anos, me- diante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II – eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito rea- lizada no primeiro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de Municípios com mais de duzentos mil eleitores;

(Inciso com redação dada pela EC nº 16, de 1997) III – posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição;

IV – para a composição das Câmaras Municipais, será observado o limite máximo de: (Caput do inciso com redação dada pela EC nº 58, de 2009)

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a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze mil) habitantes; (Alínea com redação dada pela EC nº 58, de 2009)

b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000 (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes; (Alínea com redação dada pela EC nº 58, de 2009)

c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000 (trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes; (Alínea com re- dação dada pela EC nº 58, de 2009)

d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000 (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil) habitantes; (Alínea acres- cida pela EC nº 58, de 2009)

f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes;

(Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezentos mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000 (seiscentos mil) habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 (novecentos mil) habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até 1.200.000 (um milhão

e duzentos mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 (um milhão e tre- zentos e cinquenta mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 (um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até 2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 2.400.000 (dois milhões e quatro- centos mil) habitantes e de até 3.000.000 (três mi- lhões) de habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municí- pios de mais de 3.000.000 (três milhões) de habi- tantes e de até 4.000.000 (quatro milhões) de habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de 4.000.000 (quatro mi- lhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Mu- nicípios de mais de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis milhões) de habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de 6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete milhões) de habitantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito milhões) de habitantes; e (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Muni- cípios de mais de 8.000.000 (oito milhões) de habi- tantes; (Alínea acrescida pela EC nº 58, de 2009)

(11)

[...]

XIV – perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28, parágrafo único. (Primitivo inciso XII renu- merado pela EC nº 1, de 1992)

[...]

CAPÍTULO V

DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS Seção I

Do Distrito Federal

Art. 32. O Distrito Federal, vedada sua divisão em Municípios, reger-se-á por lei orgânica, votada em dois turnos com interstício mínimo de dez dias, e aprovada por dois terços da Câmara Legislativa, que a promulgará, atendidos os princípios esta- belecidos nesta Constituição.

[...]

§ 2º A eleição do Governador e do Vice- -Governador, observadas as regras do art. 77, e dos Deputados Distritais coincidirá com a dos Go- vernadores e Deputados Estaduais, para mandato de igual duração.

§ 3º Aos Deputados Distritais e à Câmara Legis- lativa aplica-se o disposto no art. 27.

[...]

CAPÍTULO VII DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Seção I Disposições Gerais

Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Caput do artigo com redação dada pela EC nº 19, de 1998)

[...]

§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orien- tação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

[...]

§ 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gra- dação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

[...]

Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposi- ções: (Caput do artigo com redação dada pela EC nº 19, de 1998)

I – tratando-se de mandato eletivo federal, es- tadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;

II – investido no mandato de Prefeito, será afas- tado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe fa- cultado optar pela sua remuneração;

III – investido no mandato de Vereador, ha- vendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determi- nados como se no exercício estivesse.

[...]

TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO Seção I Do Congresso Nacional

Art. 44. O Poder Legislativo é exercido pelo Con- gresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.

Parágrafo único. Cada legislatura terá a duração de quatro anos.

Art. 45. A Câmara dos Deputados compõe-se de representantes do povo, eleitos, pelo sistema pro- porcional, em cada Estado, em cada Território e no Distrito Federal.

§ 1º O número total de Deputados, bem como a representação por Estado e pelo Distrito Federal, será estabelecido por lei complementar, proporcio- nalmente à população, procedendo-se aos ajustes necessários, no ano anterior às eleições, para que nenhuma daquelas unidades da Federação tenha menos de oito ou mais de setenta Deputados.

§ 2º Cada Território elegerá quatro Deputados.

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Art. 46. O Senado Federal compõe-se de re- presentantes dos Estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio majoritário.

§ 1º Cada Estado e o Distrito Federal elegerão três Senadores, com mandato de oito anos.

§ 2º A representação de cada Estado e do Dis- trito Federal será renovada de quatro em quatro anos, alternadamente, por um e dois terços.

§ 3º Cada Senador será eleito com dois suplentes.

[...]

Seção II

Das Atribuições do Congresso Nacional [...]

Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional:

[...]

XV – autorizar referendo e convocar plebiscito;

[...]

Seção V

Dos Deputados e dos Senadores [...]

Art. 55. Perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I – que infringir qualquer das proibições estabe- lecidas no artigo anterior;

II – cujo procedimento for declarado incompa- tível com o decoro parlamentar;

III – que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Casa a que pertencer, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV – que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V – quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos nesta Constituição;

VI – que sofrer condenação criminal em sen- tença transitada em julgado.

§ 1º É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do Congresso Nacional ou a percepção de vanta- gens indevidas.

§ 2º Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida pela Câmara dos Deputados ou pelo Senado Federal, por maioria absoluta, mediante provocação da respectiva Mesa ou de partido político representado no Con- gresso Nacional, assegurada ampla defesa. (Pará- grafo com redação dada pela EC nº 76, de 2013)

§ 3º Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda será declarada pela Mesa da Casa respectiva, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido político representado no Congresso Nacional, assegurada ampla defesa.

§ 4º A renúncia de parlamentar submetido a processo que vise ou possa levar à perda do man- dato, nos termos deste artigo, terá seus efeitos suspensos até as deliberações finais de que tratam os §§ 2º e 3º. (Parágrafo acrescido pela ECR nº 6, de 1994) Art. 56. Não perderá o mandato o Deputado ou Senador:

I – investido no cargo de Ministro de Estado, Go- vernador de Território, Secretário de Estado, do Distrito Federal, de Território, de Prefeitura de ca- pital ou chefe de missão diplomática temporária;

II – licenciado pela respectiva Casa por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte dias por sessão legislativa.

§ 1º O suplente será convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte dias.

§ 2º Ocorrendo vaga e não havendo suplente, far-se-á eleição para preenchê-la se faltarem mais de quinze meses para o término do mandato.

§ 3º Na hipótese do inciso I, o Deputado ou Se- nador poderá optar pela remuneração do mandato.

[...]

Seção VIII Do Processo Legislativo

Subseção II Da Emenda à Constituição Art. 60. [...]

§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:

[...]

II – o voto direto, secreto, universal e periódico;

[...]

CAPÍTULO II DO PODER EXECUTIVO

Seção I

Do Presidente e do Vice-Presidente da República [...]

Art. 77. A eleição do Presidente e do Vice- -Presidente da República realizar-se-á, simulta- neamente, no primeiro domingo de outubro, em

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primeiro turno, e no último domingo de outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do término do mandato presidencial vigente.

(Caput do artigo com redação dada pela EC nº 16, de 1997)

§ 1º A eleição do Presidente da República im- portará a do Vice-Presidente com ele registrado.

§ 2º Será considerado eleito Presidente o candi- dato que, registrado por partido político, obtiver a maioria absoluta de votos, não computados os em branco e os nulos.

§ 3º Se nenhum candidato alcançar maioria ab- soluta na primeira votação, far-se-á nova eleição em até vinte dias após a proclamação do resul- tado, concorrendo os dois candidatos mais vo- tados e considerando-se eleito aquele que obtiver a maioria dos votos válidos.

§ 4º Se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convocar-se-á, dentre os remanes- centes, o de maior votação.

§ 5º Se, na hipótese dos parágrafos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um can- didato com a mesma votação, qualificar-se-á o mais idoso.

Art. 78. O Presidente e o Vice-Presidente da Re- pública tomarão posse em sessão do Congresso Nacional, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sus- tentar a união, a integridade e a independência do Brasil.

Parágrafo único. Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o Presidente ou o Vice- -Presidente, salvo motivo de força maior, não tiver

assumido o cargo, este será declarado vago.

Art. 79. Substituirá o Presidente, no caso de im- pedimento, e suceder-lhe-á, no de vaga, o Vice- -Presidente.

[...]

Art. 80. Em caso de impedimento do Presidente e do Vice-Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, serão sucessivamente chamados ao exer- cício da Presidência o Presidente da Câmara dos Deputados, o do Senado Federal e o do Supremo Tribunal Federal.

Art. 81. Vagando os cargos de Presidente e Vice- -Presidente da República, far-se-á eleição noventa

dias depois de aberta a última vaga.

§ 1º Ocorrendo a vacância nos últimos dois anos do período presidencial, a eleição para ambos os cargos será feita trinta dias depois da última vaga, pelo Congresso Nacional, na forma da lei.

§ 2º Em qualquer dos casos, os eleitos deverão completar o período de seus antecessores.

Art. 82. O mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de ja- neiro do ano seguinte ao da sua eleição. (Artigo com redação dada pela EC nº 16, de 1997)

[...]

CAPÍTULO III DO PODER JUDICIÁRIO

Seção I Disposições Gerais Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

[...]

V – os Tribunais e Juízes Eleitorais;

[...]

Art. 95. [...]

Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

[...]

III – dedicar-se a atividade político-partidária.

[...]

Seção VI

Dos Tribunais e Juízes Eleitorais Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral;

II – os Tribunais Regionais Eleitorais;

III – os juízes eleitorais;

IV – as Juntas Eleitorais.

Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor- -se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;

b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;

II – por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o cor- regedor eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.

(14)

Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na capital de cada Estado e no Distrito Federal.

§ 1º Os Tribunais Regionais Eleitorais compor- -se-ão:

I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;

b) de dois juízes, dentre juízes de direito, esco- lhidos pelo Tribunal de Justiça;

II – de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;

III – por nomeação, pelo Presidente da Repú- blica, de dois juízes dentre seis advogados de no- tável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

[...]

Art. 121. Lei complementar disporá sobre a orga- nização e competência dos Tribunais, dos juízes de direito e das Juntas Eleitorais.

§ 1º Os membros dos Tribunais, os juízes de di- reito e os integrantes das Juntas Eleitorais, no exer- cício de suas funções, e no que lhes for aplicável, gozarão de plenas garantias e serão inamovíveis.

§ 2º Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão por dois anos, no mí- nimo, e nunca por mais de dois biênios consecu- tivos, sendo os substitutos escolhidos na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

§ 3º São irrecorríveis as decisões do Tribunal Superior Eleitoral, salvo as que contrariarem esta Constituição e as denegatórias de habeas corpus ou mandado de segurança.

§ 4º Das decisões dos Tribunais Regionais Elei- torais somente caberá recurso quando:

I – forem proferidas contra disposição expressa desta Constituição ou de lei;

II – ocorrer divergência na interpretação de lei entre dois ou mais Tribunais Eleitorais;

III – versarem sobre inelegibilidade ou expedição de diplomas nas eleições federais ou estaduais;

IV – anularem diplomas ou decretarem a perda de mandatos eletivos federais ou estaduais;

V – denegarem habeas corpus, mandado de se- gurança, habeas data ou mandado de injunção.

[...]

CAPÍTULO IV

DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA Seção I

Do Ministério Público [...]

Art. 128. [...]

§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Pú- blico, observadas, relativamente a seus membros:

[...]

II – as seguintes vedações:

[...]

e) exercer atividade político-partidária: (Alínea com redação dada pela EC nº 45, de 2004)

[...]

TÍTULO V

DA DEFESA DO ESTADO E DAS INSTITUIÇÕES DEMOCRÁTICAS [...]

CAPÍTULO II DAS FORÇAS ARMADAS Art. 142. [...]

§ 3º Os membros das Forças Armadas são de- nominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as seguintes dis- posições: (Parágrafo acrescido pela EC nº 18, de 1998)

[...]

V – o militar, enquanto em serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Inciso acres- cido pela EC nº 18, de 1998)

[...]

TÍTULO VIII DA ORDEM SOCIAL [...]

CAPÍTULO V DA COMUNICAÇÃO SOCIAL

Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qual- quer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição.

§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de infor- mação jornalística em qualquer veículo de comu- nicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV.

(15)

§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natu- reza política, ideológica e artística.

[...]

EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 97, DE 2017

(Publicada no DOU de 5/10/2017)

Altera a Constituição Federal para vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais, estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e ao tempo de propaganda gratuito no rádio e na televisão e dispor sobre regras de transição.

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, nos termos do § 3º do art. 60 da Consti- tuição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto constitucional:

[...] (As alterações determinadas pelo art. 1º foram compi- ladas na CF/1988, constante desta publicação)

Art. 2º A vedação à celebração de coligações nas eleições proporcionais, prevista no § 1º do art. 17 da Constituição Federal, aplicar-se-á a partir das eleições de 2020.

Art. 3º O disposto no § 3º do art. 17 da Consti- tuição Federal quanto ao acesso dos partidos po- líticos aos recursos do fundo partidário e à propa- ganda gratuita no rádio e na televisão aplicar-se-á a partir das eleições de 2030.

Parágrafo único. Terão acesso aos recursos do fundo partidário e à propaganda gratuita no rádio e na televisão os partidos políticos que:

I – na legislatura seguinte às eleições de 2018:

a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos vá- lidos em cada uma delas; ou

b) tiverem elegido pelo menos nove Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação;

II – na legislatura seguinte às eleições de 2022:

a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2% (dois por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1% (um por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou

b) tiverem elegido pelo menos onze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação;

III – na legislatura seguinte às eleições de 2026:

a) obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 2,5% (dois e meio por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 1,5% (um e meio por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou

b) tiverem elegido pelo menos treze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.

Art. 4º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 4 de outubro de 2017.

Mesa da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (Presidente) Fábio Ramalho (1º Vice-Presidente) André Fufuca (2º Vice-Presidente) Giacobo (1º Secretário) Mariana Carvalho (2ª Secretária) JHC (3º Secretário) Rômulo Gouveia (4º Secretário) Mesa do Senado Federal Eunício Oliveira (Presidente) Cássio Cunha Lima (1º Vice-Presidente) João Alberto Souza (2º Vice-Presidente) José Pimentel (1º Secretário) Gladson Cameli (2º Secretário) Antonio Carlos Valadares (3º Secretário) Zeze Perella (4º Secretário)

LEI Nº 4�737, DE 15 DE JULHO DE 1965 (CÓDIGO ELEITORAL)

(Publicada no DOU de 19/7/1965 e retificada no de 30/7/1965)

Institui o Código Eleitoral.

O presidente da República

Faço saber que sanciono a seguinte Lei, aprovada pelo Congresso Nacional, nos termos do art. 4º, caput, do Ato Institucional, de 9 de abril de 1964.

PARTE PRIMEIRA INTRODUÇÃO

Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.

Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução.

Art. 2º Todo poder emana do povo e será exercido, em seu nome, por mandatários escolhidos, direta e secretamente, dentre candidatos indicados por partidos políticos nacionais, ressalvada a eleição indireta nos casos previstos na Constituição e leis específicas.

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Art. 3º Qualquer cidadão pode pretender investi- dura em cargo eletivo, respeitadas as condições constitucionais e legais de elegibilidade e incom- patibilidade.

Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 (dezoito) anos que se alistarem na forma da lei.

(Vide art. 14 da Constituição de 1988) Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:

I – os analfabetos; (Vide art. 14 da Constituição de 1988)

II – os que não saibam exprimir-se na língua nacional;

III – os que estejam privados, temporária ou de- finitivamente, dos direitos políticos.

Parágrafo único. Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas- -marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.

Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:

I – quanto ao alistamento:

a) os inválidos;

b) os maiores de setenta anos;

c) os que se encontrem fora do País;

II – quanto ao voto:

a) os enfermos;

b) os que se encontrem fora do seu domicílio;

c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.

Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se jus- tificar perante o juiz eleitoral até trinta dias após a realização da eleição incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o salário mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma pre- vista no art. 367. (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:

I – inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empos- sar-se neles;

II – receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, au- tárquico ou paraestatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e socie- dades de qualquer natureza, mantidas ou sub- vencionadas pelo governo ou que exerçam serviço

público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;

III – participar de concorrência pública ou admi- nistrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das res- pectivas autarquias;

IV – obter empréstimos nas autarquias, socie- dades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer esta- belecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;

V – obter passaporte ou carteira de identidade;

VI – renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;

VII – praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.

§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados, maiores de 18 (dezoito) anos, salvo os exce- tuados nos artigos 5º e 6º, número I, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo anterior.

§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo pro- cesso eletrônico de dados, será cancelada a ins- crição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justi- ficar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido.

(Parágrafo acrescido pela Lei nº 7.663, de 27/5/1988)

§ 4º O disposto no inciso V do § 1º não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passa- porte para identificação e retorno ao Brasil. (Pará- grafo acrescido pela Lei nº 13.165, de 29/9/2015) Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 (dezenove) anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionali- dade brasileira incorrerá na multa de três a dez por cento sobre o valor do salário mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no pró- prio requerimento. (Caput do artigo com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subse- quente à data em que completar dezenove anos.

(Parágrafo único com redação dada pela Lei nº 9.041, de 9/5/1995, publicada no DOU de 10/5/1995, em vigor 45 dias após a publicação)

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Art. 9º Os responsáveis pela inobservância do disposto nos artigos 7º e 8º incorrerão na multa de 1 (um) a 3 (três) salários mínimos vigentes na zona eleitoral ou de suspensão disciplinar até 30 (trinta) dias.

Art. 10. O juiz eleitoral fornecerá aos que não vo- tarem por motivo justificado e aos não alistados nos termos dos artigos 5º e 6º, número I, do- cumento que os isente das sanções legais.

Art. 11. O eleitor que não votar e não pagar a multa, se se encontrar fora de sua zona e neces- sitar documento de quitação com a Justiça Elei- toral, poderá efetuar o pagamento perante o Juízo da zona em que estiver.

§ 1º A multa será cobrada no máximo previsto, salvo se o eleitor quiser aguardar que o Juiz da zona em que se encontrar solicite informações sobre o arbitramento ao Juízo da inscrição.

§ 2º Em qualquer das hipóteses, efetuado o pa- gamento através de selos federais inutilizados no próprio requerimento, o juiz que recolheu a multa comunicará o fato ao da zona de inscrição e forne- cerá ao requerente comprovante do pagamento.

PARTE SEGUNDA

DOS ÓRGÃOS DA JUSTIÇA ELEITORAL Art. 12. São órgãos da Justiça Eleitoral:

I – o Tribunal Superior Eleitoral, com sede na Capital da República e jurisdição em todo o país;

II – um Tribunal Regional, na Capital de cada Es- tado, no Distrito Federal e, mediante proposta do Tribunal Superior, na Capital de Território;

III – juntas eleitorais;

IV – juízes eleitorais.

Art. 13. O número de juízes dos Tribunais Regio- nais não será reduzido, mas poderá ser elevado até nove, mediante proposta do Tribunal Superior, e na forma por ele sugerida.

Art. 14. Os juízes dos Tribunais Eleitorais, salvo motivo justificado, servirão obrigatoriamente por dois anos, e nunca por mais de dois biênios con- secutivos.

§ 1º Os biênios serão contados, ininterrupta- mente, sem o desconto de qualquer afastamento, nem mesmo o decorrente de licença, férias, ou licença especial, salvo no caso do § 3º. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

§ 2º Os juízes afastados por motivo de licença, férias e licença especial, de suas funções na Jus- tiça comum, ficarão automaticamente afastados

da Justiça Eleitoral pelo tempo correspondente, exceto quando, com períodos de férias coletivas, coincidir a realização de eleição, apuração ou en- cerramento de alistamento. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

§ 3º Da homologação da respectiva convenção partidária até a diplomação e nos feitos decor- rentes do processo eleitoral, não poderão servir como juízes nos Tribunais Eleitorais, ou como juiz eleitoral, o cônjuge ou o parente consanguíneo ou afim, até o segundo grau, de candidato a cargo eletivo registrado na circunscrição. (Parágrafo acres- cido pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966, e com redação dada pela Lei nº 13.165, de 29/9/2015)

§ 4º No caso de recondução para o segundo biênio, observar-se-ão as mesmas formalidades indispensáveis à primeira investidura. (Primi- tivo parágrafo único renumerado pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

Art. 15. Os substitutos dos membros efetivos dos Tribunais Eleitorais serão escolhidos, na mesma ocasião e pelo mesmo processo, em número igual para cada categoria.

TÍTULO I DO TRIBUNAL SUPERIOR

Art. 16. Compõe-se o Tribunal Superior Eleitoral:

(Artigo com redação dada pela Lei nº 7.191, de 4/6/1984) I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de três juízes, dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal; e

b) de dois juízes, dentre os membros do Tri- bunal Federal de Recursos;

II – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.

§ 1º Não podem fazer parte do Tribunal Superior Eleitoral cidadãos que tenham entre si parentesco, ainda que por afinidade, até o quarto grau, seja o vínculo legítimo ou ilegítimo, excluindo-se neste caso o que tiver sido escolhido por último.

§ 2º A nomeação de que trata o inciso II deste artigo não poderá recair em cidadão que ocupe cargo público de que seja demissível ad nutum;

que seja diretor, proprietário ou sócio de empresa beneficiada com subvenção, privilégio, isenção ou favor em virtude de contrato com a adminis- tração pública; ou que exerça mandato de caráter político, federal, estadual ou municipal.

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Art. 17. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá para seu presidente um dos ministros do Supremo Tribunal Federal, cabendo ao outro a vice-presi- dência, e para Corregedor-Geral da Justiça Elei- toral um dos seus membros.

§ 1º As atribuições do Corregedor-Geral serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Cor- regedor-Geral se locomoverá para os Estados e Territórios nos seguintes casos:

I – por determinação do Tribunal Superior Elei- toral;

II – a pedido dos Tribunais Regionais Eleitorais;

III – a requerimento de Partido deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral;

IV – sempre que entender necessário.

§ 3º Os provimentos emanados da Corregedo- ria-Geral vinculam os Corregedores Regionais, que lhes devem dar imediato e preciso cumprimento.

Art. 18. Exercerá as funções de Procurador-Geral, junto ao Tribunal Superior Eleitoral, o Procurador- -Geral da República, funcionando, em suas faltas

e impedimentos, seu substituto legal.

Parágrafo único. O Procurador-Geral poderá designar outros membros do Ministério Público da União, com exercício no Distrito Federal, e sem prejuízo das respectivas funções, para auxiliá-lo junto ao Tribunal Superior Eleitoral, onde não po- derão ter assento.

Art. 19. O Tribunal Superior delibera por maioria de votos, em sessão pública, com a presença da maioria de seus membros.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Supe- rior, assim na interpretação do Código Eleitoral em face da Constituição e cassação de registro de partidos políticos, como sobre quaisquer re- cursos que importem anulação geral de eleições ou perda de diplomas, só poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. Se ocorrer impedimento de algum juiz, será convo- cado o substituto ou o respectivo suplente.

Art. 20. Perante o Tribunal Superior, qualquer in- teressado poderá arguir a suspeição ou impedi- mento dos seus membros, do Procurador-Geral ou de funcionários de sua Secretaria, nos casos pre- vistos na lei processual civil ou penal e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.

Parágrafo único. Será ilegítima a suspeição quando o excipiente a provocar ou, depois de

manifestada a causa, praticar ato que importe aceitação do arguido.

Art. 21. Os Tribunais e juízes inferiores devem dar imediato cumprimento às decisões, mandados, instruções e outros atos emanados do Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 22. Compete ao Tribunal Superior:

I – processar e julgar originariamente:

a) o registro e a cassação de registro de partidos políticos, dos seus diretórios nacionais e de can- didatos à Presidência e Vice-Presidência da Repú- blica;

b) os conflitos de jurisdição entre Tribunais Re- gionais e juízes eleitorais de Estados diferentes;

c) a suspeição ou impedimento aos seus mem- bros, ao Procurador-Geral e aos funcionários da sua secretaria;

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos cometidos pelos seus próprios juízes e pelos juízes dos Tribunais Regionais;

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, relativos a atos do Presi- dente da República, dos Ministros de Estado e dos Tribunais Regionais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a impetração; (Execução suspensa pelo Senado Federal da locução “ou mandado de segurança”, constante desta alínea, na forma do art. 52, X, da Constituição Federal, pela Resolução nº 132, de 7/12/1984)

f) as reclamações relativas a obrigações im- postas por lei aos partidos políticos, quanto à sua contabilidade e à apuração da origem dos seus recursos;

g) as impugnações à apuração do resultado geral, proclamação dos eleitos e expedição de di- ploma na eleição de Presidente e Vice-Presidente da República;

h) os pedidos de desaforamento dos feitos não decididos nos Tribunais Regionais dentro de trinta dias da conclusão ao relator, formulados por par- tido, candidato, Ministério Público ou parte legiti- mamente interessada; (Alínea com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

i) as reclamações contra os seus próprios juízes que, no prazo de trinta dias a contar da conclusão, não houverem julgado os feitos a eles distribuídos.

(Alínea acrescida pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

j) a ação rescisória, nos casos de inelegibilidade, desde que intentada dentro do prazo de cento e

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vinte dias de decisão irrecorrível, possibilitan- do-se o exercício do mandato eletivo até o seu trânsito em julgado. (Alínea acrescida pela Lei Com- plementar nº 86, de 14/5/1996)

II – julgar os recursos interpostos das decisões dos Tribunais Regionais nos termos do art. 276, inclusive os que versarem matéria administrativa.

Parágrafo único. As decisões do Tribunal Supe- rior são irrecorríveis, salvo nos casos do art. 281.

Art. 23. Compete, ainda, privativamente, ao Tri- bunal Superior:

I – elaborar o seu regimento interno;

II – organizar a sua Secretaria e a Corregedoria- -Geral, propondo ao Congresso Nacional a criação ou extinção dos cargos administrativos e a fixação dos respectivos vencimentos, provendo-os na forma da lei;

III – conceder aos seus membros licença e férias, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos;

IV – aprovar o afastamento do exercício dos cargos efetivos dos juízes dos Tribunais Regionais Eleitorais;

V – propor a criação de Tribunal Regional na sede de qualquer dos Territórios;

VI – propor ao Poder Legislativo o aumento do número dos juízes de qualquer Tribunal Eleitoral, indicando a forma desse aumento;

VII – fixar as datas para as eleições de Presi- dente e Vice-Presidente da República, senadores e deputados federais, quando não o tiverem sido por lei;

VIII – aprovar a divisão dos Estados em zonas eleitorais ou a criação de novas zonas;

IX – expedir as instruções que julgar conve- nientes à execução deste Código;

X – fixar a diária do Corregedor-Geral, dos Cor- regedores Regionais e auxiliares em diligência fora da sede;

XI – enviar ao Presidente da República a lista tríplice organizada pelos Tribunais de Justiça nos termos do art. 25;

XII – responder, sobre matéria eleitoral, às con- sultas que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição federal ou órgão nacional de par- tido político;

XIII – autorizar a contagem dos votos pelas mesas receptoras nos Estados em que essa pro- vidência for solicitada pelo Tribunal Regional res- pectivo;

XIV – requisitar força federal necessária ao cum- primento da lei, de suas próprias decisões ou das decisões dos Tribunais Regionais que o soli- citarem, e para garantir a votação e a apuração;

(Inciso com redação dada pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966) XV – organizar e divulgar a Súmula de sua ju- risprudência;

XVI – requisitar funcionário da União e do Dis- trito Federal quando o exigir o acúmulo ocasional do serviço de sua Secretaria;

XVII – publicar um boletim eleitoral;

XVIII – tomar quaisquer outras providências que julgar convenientes à execução da legislação eleitoral.

Art. 24. Compete ao Procurador-Geral, como Chefe do Ministério Público Eleitoral:

I – assistir às sessões do Tribunal Superior e tomar parte nas discussões;

II – exercer a ação pública e promovê-la até final, em todos os feitos de competência originária do Tribunal;

III – oficiar em todos os recursos encaminhados ao Tribunal;

IV – manifestar-se, por escrito ou oralmente, em todos os assuntos submetidos à deliberação do Tribunal, quando solicitada sua audiência por qualquer dos juízes, ou por iniciativa sua, se en- tender necessário;

V – defender a jurisdição do Tribunal;

VI – representar ao Tribunal sobre a fiel obser- vância das leis eleitorais, especialmente quanto à sua aplicação uniforme em todo o País;

VII – requisitar diligências, certidões e escla- recimentos necessários ao desempenho de suas atribuições;

VIII – expedir instruções aos órgãos do Minis- tério Público junto aos Tribunais Regionais;

IX – acompanhar, quando solicitado, o Corre- gedor-Geral, pessoalmente ou por intermédio de Procurador que designe, nas diligências a serem realizadas.

TÍTULO II DOS TRIBUNAIS REGIONAIS

Art. 25. Os Tribunais Regionais Eleitorais compor- -se-ão: (Artigo com redação dada pela Lei nº 7.191, de

4/6/1984)

I – mediante eleição, pelo voto secreto:

a) de dois juízes, dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça; e

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b) de dois juízes de direito, escolhidos pelo Tri- bunal de Justiça;

II – do juiz federal e, havendo mais de um, do que for escolhido pelo Tribunal Federal de Re- cursos; e

III – por nomeação do Presidente da República de dois dentre seis cidadãos de notável saber jurí- dico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.

Art. 26. O Presidente e o Vice-Presidente do Tri- bunal Regional serão eleitos por este, dentre os 3 (três) desembargadores do Tribunal de Justiça;

o terceiro desembargador será o Corregedor Re- gional da Justiça Eleitoral.

§ 1º As atribuições do Corregedor Regional serão fixadas pelo Tribunal Superior Eleitoral e, em caráter supletivo ou complementar, pelo Tri- bunal Regional Eleitoral perante o qual servir.

§ 2º No desempenho de suas atribuições o Cor- regedor Regional se locomoverá para as zonas eleitorais nos seguintes casos:

I – por determinação do Tribunal Superior Elei- toral ou do Tribunal Regional Eleitoral;

II – a pedido dos juízes eleitorais;

III – a requerimento de Partido, deferido pelo Tribunal Regional;

IV – sempre que entender necessário.

Art. 27. Servirá como Procurador Regional junto a cada Tribunal Regional Eleitoral o Procurador da República no respectivo Estado e, onde houver mais de um, aquele que for designado pelo Procurador-Geral da República.

§ 1º No Distrito Federal, serão as funções de Procurador Regional Eleitoral exercidas pelo Procurador-Geral da Justiça do Distrito Federal.

§ 2º Substituirá o Procurador Regional, em suas faltas ou impedimentos, o seu substituto legal.

§ 3º Compete aos Procuradores Regionais exercer, perante os Tribunais junto aos quais ser- virem, as atribuições do Procurador-Geral.

§ 4º Mediante prévia autorização do Procurador- -Geral, podendo os Procuradores Regionais re- quisitar, para auxiliá-los nas suas funções, mem- bros do Ministério Público local, não tendo estes, porém, assento nas sessões do Tribunal.

Art. 28. Os Tribunais Regionais deliberam por maioria de votos, em sessão pública, com a pre- sença da maioria de seus membros.

§ 1º No caso de impedimento e não existindo quorum, será o membro do Tribunal substituído

por outro da mesma categoria, designado na forma prevista na Constituição.

§ 2º Perante o Tribunal Regional, e com recurso voluntário para o Tribunal Superior qualquer inte- ressado poderá arguir a suspeição dos seus mem- bros, do Procurador Regional, ou de funcionários da sua Secretaria, assim como dos juízes e escri- vães eleitorais, nos casos previstos na lei proces- sual civil e por motivo de parcialidade partidária, mediante o processo previsto em regimento.

§ 3º No caso previsto no parágrafo anterior será observado o disposto no parágrafo único do art. 20.

(Parágrafo acrescido pela Lei nº 4.961, de 4/5/1966)

§ 4º As decisões dos Tribunais Regionais sobre quaisquer ações que importem cassação de re- gistro, anulação geral de eleições ou perda de diplomas somente poderão ser tomadas com a presença de todos os seus membros. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.165, de 29/9/2015)

§ 5º No caso do § 4º, se ocorrer impedimento de algum juiz, será convocado o suplente da mesma classe. (Parágrafo acrescido pela Lei nº 13.165, de 29/9/2015)

Art. 29. Compete aos Tribunais Regionais:

I – processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro dos diretórios estaduais e municipais de partidos po- líticos, bem como de candidatos a Governador, Vice-Governadores, e membro do Congresso Na- cional e das Assembleias Legislativas;

b) os conflitos de jurisdição entre juízes eleito- rais do respectivo Estado;

c) a suspeição ou impedimentos aos seus mem- bros, ao Procurador Regional e aos funcionários da sua Secretaria, assim como aos juízes e escri- vães eleitorais;

d) os crimes eleitorais cometidos pelos juízes eleitorais;

e) o habeas corpus ou mandado de segurança, em matéria eleitoral, contra ato de autoridades que respondam perante os Tribunais de Justiça por crime de responsabilidade e, em grau de re- curso, os denegados ou concedidos pelos juízes eleitorais; ou, ainda, o habeas corpus, quando houver perigo de se consumar a violência antes que o juiz competente possa prover sobre a im- petração;

f) as reclamações relativas a obrigações im- postas por lei aos partidos políticos, quanto à sua

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