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Educação física escolar : um estudo de caso sobre a relação estabelecida entre os adolescentes com sobrepeso e obesidade e as aulas de educação física

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Academic year: 2022

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I

UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO

FÍSICA DO PROGRAMA UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL PÓLO PORTO NACIONAL - TO

EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR: Um estudo de caso sobre a relação estabelecida entre os adolescentes com sobrepeso e

obesidade e as aulas de educação física

Hevandro Soares Correia

Porto Nacional – TO 2012

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II

Hevandro Soares Correia

EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR: Um estudo de caso sobre a relação estabelecida entre os adolescentes com sobrepeso e

obesidade e as aulas de educação física

Trabalho Monográfico apresentado como requisito final para aprovação na disciplina Trabalho de Conclusão de Curso II do Curso de Licenciatura em Educação Física do Programa UAB da Universidade de Brasília – Pólo Porto Nacional-TO.

PROFESSORA ORIENTADORA: FERNANDA CRUVINEL PIMENTAL

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III

TERMO DE APROVAÇÃO

Hevandro Soares Correia

EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR: Um estudo de caso sobre a relação estabelecida entre os adolescentes com sobrepeso e

obesidade e as aulas de educação física

Monografia aprovada como requisito final para obtenção do grau de Licenciado em Educação Física pela Faculdade de Educação Física – Universidade de Brasília / Universidade Aberta do Brasil. Apresentação ocorrida em ___/____/2012.

Aprovada pela banca formada pelos professores:

_________________________________________________

FERNANDA CRUVINEL PIMENTAL (Orientadora)

____________________________________________________

(Examinador)

___________________________________________

Hevandro Soares Correia (Cursista)

Porto Nacional – TO 2012

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IV

DEDICATÓRIA

Dedico primeiramente a Deus, a minha família, meus amigos e todos que acreditaram em mim.

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V

AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus, pois sem ele eu nada serei.

A minha namorada que mostrou à minha pessoa que por mais que seja difícil e doloroso o caminho no qual estamos, devemos sempre lutar, pois lá no final, na linha de chegada, olharemos para trás com o sentimento de crescimento pessoal e de vitória alcançada.

Aos meus amigos e companheiros de trabalho. que me ensinaram a conviver com pessoas diferentes de mim.

A minha orientadora Fernanda, pela dedicação, carinho que sempre me atendeu.

Enfim, a todos que contribuíram direta ou indiretamente para que esse trabalho fosse realizado, meu eterno AGRADECIMENTO.

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VI

RESUMO

A obesidade apresenta índices crescentes de incidência e, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), já se caracteriza como epidemia em algumas partes do mundo. Atinge não apenas adultos, mas também crianças e adolescentes, e atualmente já se propaga até mesmo em países orientais, onde tradicionalmente apresentava baixa prevalência. O trabalho tem por objetivo verificar como tem se dado a participação dos alunos com sobrepeso e obeso nas aulas de Educação Física dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professor Raimundo Gabriel, cidade de Porto Nacional. A metodologia utilizada foi uma pesquisa bibliográfica e de campo com entrevista com professores de educação física e questionário com alunos selecionados da escola objeto da pesquisa. Verificou-se ainda que, quase dois terços dos alunos com IMC nos parâmetros de obesidade apresentaram, além do acúmulo excessivo de gordura, um elevado percentual de risco para desenvolver a síndrome metabólica. Os resultados encontrados vem reforçar a importância de considerar o contexto em vivem os adolescentes para compreender como os mesmos constroem sua conduta e o modo de agir em sociedade diante de questões vitais como saúde, educação, trabalho, lazer e outras relacionadas à qualidade de vida, e a prática atividade física.

Palavras-chave: Obesidade, inatividade física, alimentação inadequada e educação física

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VII

LISTA DE GRAFICOS

GRÁFICO– 01 Alunos que se consideram obesos

GRÁFICO – 02 Família com problemas de peso na visão dos alunos GRÁFICO – 03 Responsável pelo preparo das refeições diárias GRÁFICO – 04 Brincadeiras relacionadas ao peso na escola

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VIII

LISTA DE TABELAS TABELA 1 – Médias e desvios padrão das variáveis n=29

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IX

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO...10

CAPÍTULO I - REVISÃO DE LITERATURA...13

1.1. Sobrepeso e Obesidade...13

1.2. As implicações dos significados do corpo para a Educação Física...14

1.3. A relação entre os alunos com sobrepeso e obesidade e educação física escolar...17

CAPÍTULO II -METODOLOGIA...22

CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS...23

CONCLUSÃO...29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...30

APÊNDICE...34

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10 1. INTRODUÇÃO

Para tornar as aulas de Educação Física mais interessantes e motivadoras, o Professor de Educação Física Escolar, deve conhecer as barreiras da atividade física e condições de melhorar suas aulas, e fazer com que o interesse dos alunos por suas aulas aumente, incluindo os alunos com obesidade. O perfil da atividade física para esse público deve se caracterizar por movimentos lúdicos e muita criatividade, pois a inatividade é uma das causas mais fortes dessa patologia chamada obesidade.

Os tratamentos comportamentais esta na tentativa de mudar hábitos de vida da criança obesa promovendo o estimulam a pratica de atividade física e a realizar refeições mais saudáveis e equilibradas. Deve-se incluir na pratica diária das crianças obesas movimentos espontâneos como brincar, correr, saltar, ir andando para a escola, etc. Iniciar uma alimentação mais saudável e equilibrada e, se possível, adotar prática regular de atividades físicas programadas.

Assim, estabelecer um incentivo maior para o estilo de vida mais ativo, incluindo esporte, jogos, atividades cooperativas. Consequentemente existem alunos obesos nas aulas de Educação Física Escolar e o professor tem uma responsabilidade educacional em fazer com que este adolescente desenvolva hábitos de vida saudáveis. Entretanto, é durante as aulas de Educação Física que várias vezes alunos obesos ou com sobrepesos recebem apelidos de mau gosto, são discriminados, ridicularizados, e excluídos do convívio escolar.

Segundo Muza (2002) em sua pesquisa conseguiu buscar as opiniões, sentimentos e saberes do adolescente sobre a realidade em que vivem e fica claro quais as barreiras que estes adolescentes possuem em sua rotina para não aderirem aos exercícios físicos e receberem apelidos, sofrerem bullying.

Os programas de educação física escolar têm procurado desenvolver conteúdos que possam levar os jovens a se tornarem ativos fisicamente no presente e ao longo de toda a vida.

Para tanto, durante as aulas de educação física torna-se necessário estimular regularmente os alunos mediante esforços físicos adequados.

A obesidade infantil tem aumentado sua prevalência constituindo-se em um problema de saúde pública. Os fatores de risco para doenças degenerativas, como as cardiovasculares, aumentaram vertiginosamente. De acordo com estudos epidemiológicos, esse fato está associado aos hábitos de vida sedentária e alimentação inadequada, portanto a obesidade

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progride com características de epidemia em muitos países, principalmente no Brasil, de forma alarmante (DE ANGELIS, 2005). É muito importante determinar o nível de atividade física dos indivíduos, pois, a detecção precoce e a correta utilização das medidas antropométricas utilizadas para a triagem da obesidade são ferramentas importantes na prevenção de complicações.

A escola é uma instituição em melhor posição para estimular e atender as necessidades de prática de atividade física dos jovens devido a variedade de situações imposta pela sociedade moderna, sobretudo a difusão de atividades lúdicas envolvendo prioritariamente diversões eletrônicas e as intensas campanhas publicitárias de estímulo a ocupação do tempo livre dos jovens com atividades sedentárias, tem-se limitado a viabilidade de oferta de programas sistematizados direcionados à prática de atividade física em ambientes não-escolar.

Relacionado a crianças e adolescentes obesos esta questão social ocasiona muitas vezes, insatisfação corporal, sentimentos de angústia, vergonha e rejeição ao próprio corpo e sofrem discriminações que interferem em seus relacionamentos sociais e afetivos, assim, essas crianças deparam com a obesidade com muitos problemas em relação e aceitação de sua autoestima.

Portanto, é relevante um estudo que busca verificar como os professores de Educação Física trabalha a inclusão dos alunos com obesidade. Deste modo, o objetivo dessa pesquisa é verificar como tem se dado a participação dos alunos com sobrepeso e obeso nas aulas de Educação Física dos anos finais do Ensino Fundamental da Escola Estadual Professor Raimundo Gabriel, cidade de Porto Nacional.

Para isso, vamos buscar identificar e analisar os indicadores da composição corporal dos adolescentes para identificar quais estão com sobrepeso e obeso; compreender o panorama da relação entre Educação Física Escolar, obesidade infantil, os fatores de exclusão de adolescentes obesos das aulas de Educação Física escolar e o tratamento pedagógico do professor em relação a essa questão; identificar e analisar qual a percepção dos alunos sobre sua participação nas aulas de Educação Física; e identificar e analisar qual a percepção dos professores em relação à participação dos alunos com sobrepeso e obeso em suas aulas.

Deve-se ter como meta para a Educação Física Escolar, atingir todos os alunos, sem discriminação dos menos hábeis, dos mais gordinhos, dos que tem necessidades educacionais especiais, para desta forma estar promovendo o bem-estar e saúde e gradativamente haver a diminuição do sedentarismo.

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O trabalho foi organizado em capítulos onde o primeiro consta as definições sobre obesidade e sobrepeso, as implicações dos significados do corpo para a educação física, a relação entre os alunos com sobrepeso e obesidade e educação física escolar. O segundo capítulo descreve a metodologia que foi desenvolvida o trabalho. O terceiro discorrerá os resultados e discussões do que foi aplicado na escola estudada.

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13 CAPÍTULO I - REVISÃO DE LITERATURA

1.1. SOBREPESO E OBESIDADE

Quando se fala em sobrepeso e obesidade refere-se ao peso corporal da pessoa. De acordo com Organização Mundial de Saúde (2008) sobrepeso é ter peso corporal extra de gordura, músculos, ossos e/ou água e obesidade é ter grande quantidade de gordura corporal extra.

A prevalência de sobrepeso e obesidade vem aumentando rapidamente no mundo, sendo considerado um importante problema de saúde pública tanto para países desenvolvidos como em desenvolvimento (POPKIN; DOAK, 2008). Para se medir sobrepeso e obesidade utilizam-se o índice de massa corporal (IMC), tendo por base a altura e o peso da pessoa.

Valores de IMC acima de 25,0 kg/m2 caracterizam excesso de peso, sendo que, valores de 25,0 kg/m2 a 29,9 kg/m2 correspondem a sobrepeso e valores de IMC ≥ 30,0 kg/m2 à obesidade8 (AFONSO; SICHIERI, 2002). Essas definições são baseadas em evidências que sugerem que estes valores de IMC estão associados ao risco de doenças e morte prematura.

Mendonça e Anjos (2004) relatam que apesar das morbidades estarem associadas ao sobrepeso e à obesidade serem mais frequentes em adultos, o índice tem sido observado em crianças e adolescentes com excesso de peso.Estima-se que adolescentes com excesso de peso tenham 70% de chance de se tornarem adultos com sobrepeso ou obesos.

Além das conseqüências para a saúde, o sobrepeso e a obesidade também acarretam conseqüências socioeconômicas substanciais. Os custos do excesso de peso para os sistemas de saúde são altos e são diretos e indiretos. Os diretos envolvem gastos com o tratamento da obesidade e suas conseqüências. Entre os indiretos, encontram-se a perda de renda pela redução da produtividade e do absenteísmo devido à doença ou incapacidade e a perda de renda futura devido a mortes prematuras (POPKIN, DOAK, 2008).

A prevalência do excesso de peso tende a aumentar com a idade. Em estudo realizado em Pelotas (RS), Gigante et al. (2007) encontraram uma prevalência de obesidade quatro vezes maior na faixa etária com 40 anos ou mais, comparada com grupo de idade de 20 e 29 anos.

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A obesidade é uma doença crônica, que envolve fatores sociais, comportamentais, ambientais, culturais, psicológicos, metabólicos e genéticos. Caracteriza-se pelo acúmulo de gordura corporal resultante do desequilíbrio energético prolongado, que pode ser causado pelo excesso de consumo de calorias e/ou inatividade física (MENDONÇA; ANJOS, 2004).

De acordo com Gigante et al (2007) os fatores genéticos desempenham papel importante na determinação da suscetibilidade do indivíduo para o ganho de peso, considerando-se os fatores ambientais e o estilo de vida.

Fisberg (2005) e Giuliano e Carneiro (2004) destacam que a obesidade pode iniciar em qualquer idade por fatores como desmame precoce, a introdução inadequada de alimentos, distúrbios do comportamento da relação familiar, principalmente relacionado a aceleração do crescimento.

Vanzelli (2008) relata que crianças e adolescentes obesos têm grandes riscos de persistirem obesos na fase adulta. Para eles a obesidade infantil na America Latina tende a ser mais prevalente em famílias com nível socioeconômico e escolaridade materna mais elevada e nas áreas urbanas.

1.2 AS IMPLICAÇÕES DOS SIGNIFICADOS DO CORPO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA Os profissionais da educação física trabalham com o ser humano sobre e através do seu corpo e lidam, por extensão, com os adjetivos impressos no corpo. Por isso, torna-se importante a reflexão sobre o tema.

Rodrigues (2006) relata que o corpo é uma síntese da cultura, porque expressa elementos específicos da sociedade da qual faz parte, pois o homem vive através do corpo através das suas expressões. Nos últimos anos as discussões e os debates sobre a relação corpo homem-sociedade tornaram-se primordiais àqueles que, de alguma forma, lidam com o corpo em diversos espaços sociais, dentre os quais a escola.

A escola tem uma representação na criança de um mundo diferente da família, onde possui uma noção de disciplina, ordem e principalmente respeito, quando por causa da escola a criança apresenta problemas, o professor deve prestar atenção, ao que vem ocorrendo no decorrer do período das aulas (BRETON, 2006).

A corporeidade, segundo Breton (2006), é socialmente moldável, ainda que seja vivida de acordo com o estilo particular do indivíduo. Desse modo, os outros indivíduos contribuem para modular os contornos de seu universo e dar ao corpo o relevo social que necessita. O

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corpo torna-se, então, um produto, um rascunho a ser corrigido, um acessório da presença, testemunha de defesa usual daquele que o encarna, sendo, assim, a descrição da pessoa deduzida da feição do rosto ou das formas de seu corpo.

Rodrigues (2006) ressalta que todas as práticas institucionais que envolvem o corpo humano, principalmente a Educação Física, seja ela educativa, recreativa, reabilitadora ou expressiva deve pensar de forma reducionista, mas considerando o homem como sujeito da vida social.

É importante que o professor de Educação Física esteja ciente de até que ponto uma brincadeira pode se tornar uma ofensa entre os alunos. De acordo com sua vivência diária com os alunos, o professor tem capacidade de conhecer bem seus alunos, saber suas angustias, seus preconceitos, quais são os lideres ou não e de alguma forma não fazer com que os alunos deixem de ser crianças.

Os objetivos da educação física no Ensino Médio, os Parâmetros Curriculares Nacionais (2001, p. 42) colocam que ao final dos estudos, o aluno consiga desenvolver e assumir, entre outras, “uma postura ativa, na prática de atividades físicas, e consciente da importância na vida do cidadão”.

É importante o profissional de Educação Física estar atento aos sinais emitidos pelos alunos. Ressalta-se que a educação física está calcada em princípios éticos, em uma reflexão coletiva que permite ao aluno elaborar princípios gerais de valor que o ajude a defrontar-se criticamente com as realidades da violência.

Assim, com o intuito de interromper o processo unidirecional do ensino, Albano (2001) direcionou os estudos a aspectos psicológicos nas relações professor-aluno através da reciprocidade nesta relação em que o professor influencia no comportamento do aluno e este interfere nas decisões e ações do professor, principalmente no que tange o professor de Educação Física.

A Educação Física é uma disciplina que possui como fator principal o enriquecimento cultural fundamental a formação da cidadania dos alunos através do processo de socialização de valores morais, éticos e estéticos, que contribui para a superação da violência (CHAVES, 2006).

Segundo Benvegnú Júnior (2011) o professor de educação física ensina não somente as modalidades esportivas existentes, mas a importância da saúde, do cuidado com o corpo e os perigos de obesidade infantil.

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É importante discutir a intolerância das diferenças relacionadas à aparência física, condição financeira, local onde mora e comportamento dos alunos durante as aulas de educação física, onde os valores éticos e as ações contra a violência precisam ser trabalhados.

De acordo com Colovini e Costa (2006) o problema de obesidade infantil é frequente nas escolas, contribuindo com incidentes como discriminação social e Bullying, sem nenhuma intervenção efetiva por parte da direção das escolas.

Segundo Albano (2001), o professor de educação física é responsável por muitos descobrimentos e experiências que podem ser ou não boas. Como facilitador, deve ter conhecimentos suficientes para trabalhar tanto aspectos culturais como psicológicos.

De acordo com Chaves (2006) várias crianças e adolescentes são discriminadas quando fazem Educação Física pelo simples fato de não saberem jogar tanto, de errar um gol, de errar uma cesta, etc. E muitas também são excluídas da Educação Física por isso e por não terem o "peso ideal".

Os professores de Educação Física são responsáveis pela motivação da classe na medida em que valorizam o desenvolvimento individual e demonstram confiança nos alunos ou valorizam os resultados de modo competitivo e discriminatório (CHALITA, 2008).

Na educação física é verificado o fenômeno devido a competição esportiva. Segundo Abramovay e Rua (2002) a violência existe entre os estudantes estimulados pela disputa esportiva e a necessidade do esporte ser trabalhado em uma nova forma pedagógica, voltada para união, cooperação, respeito, amizade e solidariedade com um jogo competitivo, porém ético.

As ações de Bullying por obesidade infantil foram verificadas nos estudos de Lopes Neto e Saavedra (2003) em forma de chutes, tapas, roubo de pertences, apelidos, insultos, atitudes preconceituosas e atitudes relacionadas com declarações de histórias desagradáveis, incidentes ocorridos de forma a excluir o indivíduo do convívio social.

O autor ainda destaca que, sentimentos hostis somados a crenças estereotipadas deságuam numa atuação que pode variar de um tratamento diferenciado a expressões verbais de desprezo e a atos manifestos de agressividade (RODRIGUES, 2001 p. 162).

Neste caso, é importante que o professor de Educação Física esteja ciente de até que ponto uma brincadeira pode se tornar uma ofensa entre os alunos. De acordo com sua vivência diária com os alunos, o professor tem capacidade de conhecer bem seus alunos, saber suas angustias, seus preconceitos, quais são os lideres ou não e de alguma forma não fazer com que os alunos deixem de ser crianças.

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1.3 A RELAÇÃO ENTRE OS ALUNOS COM SOBREPESO E OBESIDADE E EDUCAÇÃO FISICA ESCOLAR

Na escola aprendem-se todas as formas de educação, formal ou não, onde na educação física é repassada através de movimentos corporais, e o professor necessita repassar aos alunos o quanto a prática de exercícios físicos contribui para um melhor desenvolvimento no processo de ensino aprendizagem e da importância para uma melhor qualidade de vida.

É na fase infantil que os alunos sofrem rejeição em conseqüência da obesidade, ou sobrepeso, e esses problemas podem ser constantes a longo prazo, causando uma exclusão social nas escolas. A Organização Mundial de Saúde fez um levantamento onde constatou o prejuízo para saúde causada pelo excesso de gordura corporal refletindo no alto índice de mortalidade e morbidade infantil (BRASIL, 2008).

De acordo com Giuliano e Carneiro (2004) o aumento de peso exagerado pode ocorrer em qualquer idade, principalmente relacionada a forma alimentar, aos distúrbios relacionados ao comportamento da família e em um nível sócio econômico elevado onde a disponibilidade de alimentos e maior.

Segundo Bouchard (2003) a obesidade pode trazer diversas conseqüências psicológicas ao individuo, pois como distorce a auto-imagem ou a própria depreciação da auto-estima, isolando a criança. Esse fato pode ocorrer, visto que o peso corporal é uma função do equilíbrio energético determinado pela ingestão alimentar.

E esse sobrepeso ocorre devido excesso de gordura, músculo, acumulo de tecido adiposo em função desse desequilíbrio energético. De acordo com Bouchard (2003) o excesso de ingestão alimentar, e o baixo gasto energético contribuem muito para o sobrepeso e a obesidade. Existem ainda fatores associados a genética e aos fatores ambientais que influencia na obesidade, Rech et al (2007) relatam que o sedentarismo são os fatores mais potenciais.

Ainda segundo os autores acima citados, o número de horas assistindo televisão, número de refeições, o hábito de tomar café da manhã ou não, também são hábitos que estão associados à obesidade infantil.

O aumento da prevalência de obesidade e sobrepeso vem ocorrendo em todas as faixas etárias, nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Nos últimos anos, no Brasil, houve um aumento da prevalência de excesso de peso e a diminuição da prevalência de desnutrição, caracterizando a transição nutricional (BENVEGNÚ JUNIOR,2011).

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Na escola a taxa de sedentarismo é maior do que na vida adulta e os principais fatores para a ocorrência desse fato segundo Guedes et al (2001) é as crianças não usufruírem da atividade física regular para melhoria da saúde, mas como um passatempo livre, e ainda, outro fator que contribui para esse fato é o tipo de alimentação fornecido nas escolas.

De acordo com Rech et al (2007) é necessário ações e programas educacionais no intuito de promover a prática de exercícios físicos e melhoria nos hábitos alimentares nas escolas.

Lima, Fonseca e Guedes (2001) relatam que em estudo realizado no âmbito escolar identificaram que a ingestão de alimentos considerados não-saudáveis foi bastante elevada e a proporção de escolares que relataram consumo de alimentos ricos em açúcares e gorduras, em ambos os gêneros, com frequência ≤ 3 vezes/semana, apresentou variação entre 46,4 e 63,3%, o que caracteriza comportamento pouco saudável, mas aceitável. O baixo consumo de alimentos saudáveis (leite e queijo, frutas e verduras) e o elevado consumo de alimentos hipercalóricos têm sido associados a maior predisposição para problemas de saúde.

Albano (2001) em um estudo, crianças do ensino fundamental descreveram as crianças gordas como “preguiçosas, sujas, estúpidas, feias, trapaceiras e mentirosas” e preferiram escolher as outras como amigas. O aspecto de obesidade afasta as crianças da atividade física, pois este momento que deveria ser de lazer, um momento prazeroso em sua vida se torna uma tortura.

Leão, Lima e Albuquerque Júnior (2010) relatam que segundo a Organização Mundial de Saúde o IMC é um dos principais indicadores populacionais para estudos antropométricos, sendo recomendado como a base para estudos de desnutrição e sobrepeso durante a adolescência.

De acordo com relatos de Felippe (2001) é nas aulas de Educação Física que o adolescente obeso geralmente é recriminado pela própria atividade desenvolvida o que o faz ser cada vez menos confiante, sociável e com baixa estima e com isso ter um descontrole alimentar.

Segundo Trichês (2010) a atividade física pode auxiliar o profissional na intervenção da obesidade em adolescentes, pois indicam podem fazer com que o estilo de vida da pessoa se torne mais ativo. Ou seja, o profissional pode, na fase da adolescência demonstrar a transformação somática, psicológica e social de cada individuo através da imagem corporal.

É importante verificar o nível de atividade física para os indivíduos, uma vez que, normalmente, a inatividade física é traduzida por um aumento de gordura corporal. Somente

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nessas últimas décadas a relação entre atividade física e um estilo de vida saudável é reconhecido e novos estudos têm sido programados com o objetivo de estabelecer uma base mais sólida, com argumentos científicos. (PIERINE et al., 2006).

Guedes e Guedes (2001) relatam que várias evidências revelam uma proporção de comprometimento quanto ao desempenho motor que possa atender os critérios de saúde e acentuada prevalência de sobrepeso e obesidade na população escolar levantando suspeita quando a efetividade dos programas de educação física oferecidos aos jovens para minimizar o problema.

É importante ressaltar que a qualidade e eficiência dos programas de educação física devem estar associadas ao tipo de atividade que os escolares estão efetivamente envolvidos e que possam induzir a adaptações fisiológicas favoráveis ao organismo do jovem.

A atividade física deve ser recomendada desde a infância para que o sedentarismo seja reduzido, e a prática de exercícios físicos sejam imbuídos na concepção diária da vida desses adolescentes. É necessário ainda que sejam ampliados os espaços físicos e as opções de lazer nas escolas para prevenção da obesidade (SILVA et al., 2008).

Autores como Seabra et al (2008), Matsudo et al (2000) e Pierine et al (2006) relatam que praticar atividade física é promoção de saúde e prevenção de doenças. É importante realizar programas de incentivo a prática de exercícios desde a infância para que o sedentarismo seja combatido e não ocorra a prevalência da obesidade infantil.

Para Pierine et al (2006) em relação ao exercício e/ou treinamento físico, estudos demonstram que o gasto energético diário está aumentado nas crianças exercitadas mesmo após o período de exercício, e assim podemos inferir que o treinamento físico poderia alterar o metabolismo de repouso das crianças durante as vinte e quatro horas do dia.

Gonzaga et al (2008) relatam que em relação à intensidade de exercício não existe consenso na literatura sobre qual intensidade seria a ideal para a criança obesa realizar.

Porém, baseado nas nossas observações e nos dados apresentados na literatura, alguns aspectos físicos, fisiológicos e psicológicos precisam ser considerados: a criança obesa apresenta uma baixa capacidade cardiorrespiratória; muitas vezes menor habilidade motora (menor eficiência mecânica); problemas osteomusculares e articulares; menor estímulo para realizar exercícios, além de aspectos metabólicos que comprometem a realização de exercícios muito intensos (via glicolítica).

É necessário relacionar o treinamento físico com o controle do peso corporal e diminuir a quantidade de gordura. Estudos de Guedes et al (2001) evidenciam a relação

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atividade física e obesidade. A inatividade física e a obesidade também são consideradas fatores de alto risco para doenças cardiovasculares.

As doenças cardiovasculares, principalmente na idade infantil são prevenidas com pelo menos 60 minutos de atividade física diária de acordo com recomendação da sociedade Brasileira de Cardiologia.

Santos et al (2007), Mello, Luft (2004) em estudos verificaram que com pelo menos 30 minutos diários de exercícios físicos são essenciais para benefícios para a saúde e prevenção do sedentarismo. Um dos fatores que são influenciados para a obesidade é o excesso de sal, carboidratos e lanches consumidos nas escolas e provocam ainda alterações metabólicas precoces na infância.

Para melhor o estilo de vida no desenvolvimento da obesidade, é necessário programas para incentivar as crianças a praticarem atividades físicas, gastarem energia e trabalhar na redução de peso corporal (MELLO, LUFT, 2004).

Barbosa (2004) relata ainda que as organizações de saúde possuam uma grande preocupação com o tratamento da obesidade e no incentivo das crianças a praticarem exercícios físicos pensando na melhoria da qualidade de vida. Elaboração de programas supervisionados por professores de educação física no processo de ensino aprendizagem, visto que as aulas não são reduzidas nas pistas, quadras ou ginásios.

O profissional de Educação Física deve priorizar o desenvolvimento do movimento corporal considerando as capacidades físicas, os hábitos saudáveis fundamentados teoricamente nos parâmetros curriculares nacionais de Educação Física, aliando o conteúdo teórico e prático. Ressaltando que a proposta atual da Educação Física escolar de priorizar o desenvolvimento psicomotor das crianças é muito adequada e deve continuar pautando as aulas, no entanto, ao menos na parte principal da aula, a movimentação, preferencialmente ininterrupta, deve ser mais valorizada. (SANTOS, CARVALHO E GARCIA JÚNIOR, 2007).

As tendências da Educação Física tiveram em comum a característica de utilizar o movimento para ensinar e educar as pessoas para diferentes fins. A atividade física é importante tanto para a manutenção quanto para a perda de peso. Além das calorias gastas durante o exercício, ocorre um gasto substancial de calorias durante o período pós-exercício (WILMORE e COSTILL, 2001).

O exercício físico muito prolongado e de baixa intensidade é a melhor forma de queimar as calorias armazenadas sob a forma de gordura, pode auxiliar no melhor controle do

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apetite, equilibrar o gasto energético, mobilizar em maior quantidade as reservas musculares e hepáticas de glicogênio (SANTOS, 2006).

O mais importante é que o gasto energético total é muito menor do que na atividade aeróbia de alta intensidade. O exercício acelera a mobilização e utilização das gorduras, de forma a exacerbar a perda de gordura associado à orientação alimentar sobre a composição corporal e a capacidade física de adolescentes obesos (SABIA et al. 2004).

A atividade física pode auxiliar no controle do apetite, de forma que a ingestão calórica seja equilibrada com o gasto energético. O exercício físico prolongado e de baixa intensidade é a melhor forma de queimar as calorias armazenadas sob a forma de gordura (SANTOS, 2006).

A prevalência de sobrepeso e obesidade encontrada nos escolares avaliados mostrou- se elevada (24,8%), e, de acordo com a encontrada na literatura, independente do critério de diagnóstico utilizado, confirmando a magnitude e gravidade que o problema assumiu entre os escolares de todo o Brasil (TAFFAREL, 2000)

De acordo com Chicon (2008), os achados referentes ao tipo de escola mostraram que a prevalência de sobrepeso ou obesidade era maior nos escolares da rede privada. Contudo, esperava-se que as crianças com melhores condições de vida apresentassem melhores resultados de saúde relacionada ao excesso de peso, uma vez que estão protegidas para desnutrição e doenças associadas à situação sócio-econômica.

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22 CAPÍTULO II - METODOLOGIA

O tipo de pesquisa é um estudo de caso. O estudo de caso é geralmente organizado em torno de um pequeno número de questões que se referem ao como e ao por que da investigação.

A escolha metodológica se deve a sua abordagem e aplicação, com o objetivo de mostrar sua aplicação, e as vantagens e limitações mais comuns encontradas, percebendo o que o caso sugere a respeito do todo e não o estudo apenas daquele caso. Portanto, por meio do estudo do caso o que se pretende é investigar, como uma unidade, as características importantes para o objeto de estudo da pesquisa. O local da pesquisa foi feita na Escola Estadual Professor Raimundo Gabriel de Oliveira na cidade de Porto Nacional – Tocantins

Para coleta de informações optei pela realização de entrevista semi-estruturadas com dois professores de educação física, por considerar que permite uma certa organização dos questionamentos, ao mesmo tempo em que pode ser ampliada à medida em que as informações vão sendo fornecidas (LAKATOS, MARCONI, 2003).

E ainda, um questionário com perguntas objetivas para os alunos da Escola Estadual Professor Raimundo Gabriel em Porto Nacional Tocantins. E ainda, uma entrevista com dois professores de educação física durante as aulas.

Segundo Gil (2002), um questionário é tão somente um conjunto de questões, feito para gerar os dados necessários para se atingir os objetivos do estudo. Os dados coletados foram computados, assim como as observações dos professores. Após análise dos dados os mesmos foram apresentados em forma de gráficos e tabelas, posteriormente utilizados para discussão e fundamentado com literatura pertinente.

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23 CAPÍTULO III - ANÁLISE E DISCUSSÃO

Em relação ao questionário, foram aplicados a 23 alunos entre 10 e 13 anos, dos quais 12 (52%) eram do sexo feminino e 11 (48%) do sexo masculino. Neste questionário buscamos compreender se estes alunos se identificavam acima do peso, se a família estava acima do peso, a preparação das refeições diárias, se os pais trabalhavam fora de casa, as brincadeiras referentes ao peso na escola, traumas vividos, local de prática do lazer nos finais de semana, as atividades mais comuns nestes espaços, e se eles gostavam e se consideravam “bom de bola” na educação física.

Em relação se os alunos se consideram acima do peso, 6 (26%) responderam que sim, e 17 (74%) responderam que não.

Gráfico 1 – alunos que se consideram obesos

A prevalência de sobrepeso e obesidade entre os alunos do sexo masculino foi, respectivamente, de 10,3% e 27,6%. Já entre os alunos do sexo feminino houve apenas prevalência de sobrepeso que foi de 26,1%, não apresentando neste grupo, prevalência de obesidade. A prevalência de sobrepeso e obesidade da amostra, que se encontrava com idades entre 10 e 13 anos, foi de 32,7% para o excesso de peso, sendo 15,4% destes, obesos. Essa prevalência diverge das identificadas nos estudos realizados por Neutzling et al. (2000), entre adolescentes brasileiros, onde se verificou uma prevalência média de sobrepeso e obesidade de 10,6% no grupo feminino e, no masculino, de 4,8%. Em relação aos resultados obtidos por Balaban e Silva (2001), no estudo feito com 332 crianças entre 6 e 9 anos de idade em uma escola da rede particular de Recife, chegam a ser 50% menor em relação a prevalência de

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sobrepeso e a ter valores bem próximos em relação à obesidade, onde os resultados apontaram 34,3% e 14,5% para sobrepeso e obesidade, respectivamente.

Quando questionados se na família, os pais ou irmãos estão acima do peso, 10 (43%) alunos responderam que não e 13 (57%) responderam que a família está acima do peso.

Gráfico 2 – Família com problemas de peso na visão dos alunos Fonte: autor da pesquisa

No que se refere a quem prepara as refeições diárias, 74% é pela mãe, 13% pela avó e o restante pelo pai, irmão e empregada.

Gráfico 3 – Responsável pelo preparo das refeições diárias

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No que diz respeito aos costumes de preparar todos os dias as refeições, todos responderam que café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar. E os tipos de comida que comem nesses intervalos é principalmente, arroz, feijão, carne, salada, refrigerante, buchada, e ovos. Identificamos que 55% dos alunos responderam que na casa não há o costume de ter exagero de comida na mesa das refeições diárias. No entanto, 100% dos alunos responderam que bebem refrigerante durante as refeições. Em estudo realizado na Inglaterra, verificou-se que a redução na ingestão de sal pode levar a uma redução da obesidade infantil, uma vez que, das bebidas utilizadas para saciar a sede causada pelo uso abusivo do sal, 31% são bebidas açucaradas (GONZAGA et al, 2008).

Os dados relatam que 100% dos alunos responderam que pelo menos um dos responsáveis, pai ou mãe trabalha fora e na falta dos mesmos ficam com avos, empregada, tios, irmãos ou até mesmo sozinho.

Tivemos também que 40% responderam que durante as atividades da família são constantes certas brincadeiras com o peso delas, com a justificativa de incentivar a criança a perder peso.

Quando questionados se os colegas da escola fazem brincadeiras relacionadas com seu peso 11 (44%) alunos responderam que não, 11( 44%) que sim e 1 (11% )aluno não respondeu.

Gráfico 4 – Brincadeiras relacionadas ao peso na escola.

Fonte: autor da pesquisa

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Perguntados sobre traumas recentes, 39% responderam que sim, todos relacionados a problemas de saúde ou morte na família e 61% disseram que não. De acordo com Fischler (2003), esses alunos são, respectivamente, “obesos benignos” e “obesos malignos”.

Entretanto, embora essas formas dos obesos se apresentarem tenham ficado mais evidentes, os modos como os obesos são vistos e considerados socialmente não se reduzem a essas duas formas propostas por Fischler

Em relação a locais que costumam fazer lazer nos fins de semana com a família 13 alunos (57%) responderam parque de diversão e 10 (43%) em diversos lugares, fazenda, shopping, churrasco e festas.

Identificamos que 100% dos alunos participantes da pesquisa realizam enquanto atividades fora do horário escolar: vídeo game, computador, televisão, andar de bicicleta, e brincar na rua. O mesmo ocorre quando questionados se realizavam alguma atividade fora da escola, como jogar futebol, vôlei, academia e 100% responderam que sim.

De acordo com Giugliano, Miranda Neto e Almeida (2004) a grande participação dos alunos em práticas de atividades físicas fora da escola pode ser analisada através de diferentes pontos de vista. Num deles, pode indicar que os alunos por gostarem muito da atividade física procuram algo mais do que apenas as aulas de Educação Física. Por outro lado, tal fato pode ocorrer pela falta de capacidade das escolas em absorver os interesses dos alunos, ou seja, dar aos alunos outras opções de atividades extra curriculares como, por exemplo: turmas de treinamento, danças, lutas, tardes esportivas, etc.

Em relação às aulas de Educação Física, 80% responderam que gostam de participar das aulas, porém 60% não se consideram “bom de bola”, ou seja, com habilidades motoras exímias.

Os professores de Educação Física, relataram que ambas possuem capacitação técnica e profissional para o ensino de educação física e habilidades para trabalhar com alunos com obesidade e sobrepeso. Apesar de considerarem os alunos com pouca disponibilidade para prática de atividades que requer esforço físico. No que diz respeito aos profissionais, não houve uma concordância ao tratarem da questão das medidas tomadas pela escola em relação ao preconceito contra a obesidade. Os professores, quando perguntados sobre estas ações, falaram sobre o trabalho que eles próprios realizam. Porém, os mesmos não explicitaram a forma como trabalho é realizado

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Sob a visão de Gonzaga et al (2008), os procedimentos didático-metodológicos do professor influem sobre a qualidade da aula e conseqüentemente sobre a motivação do aluno.

Os professores relataram ainda, durante a entrevista, na questão sobre habilidades motoras durante os exercícios físicos, que as crianças obesas ou com sobrepeso apresentaram maior dificuldade em executar as atividades, provavelmente por terem uma vida sedentária, por isso não querem participar das aulas práticas de educação física.

Segundo relato dos professores, as aulas de educação física são mais jogos com bolas e os meninos interessam mais. Já as meninas nas aulas com bolas e jogos preferem jogos de raciocínio ou jogos de tabuleiro.

Quando questionados se consideravam o biótipo dos pais para as características de sobrepeso e obesidade dos filhos, os professores relataram que podem opinar a respeito, pois não conhecem os pais dos alunos. Já em relação ao conteúdo de aulas ministrado para aluno com sobrepeso ou obesidade, consideram suficientes, pois elas adaptam as aulas de acordo com os alunos e a capacidade de cada um.

Isso nos remete ao que Fischler (2005) afirma sobre uma grande questão que se coloca em relação à obesidade, a qual diz respeito à inocência ou culpa dos obesos em relação ao seu peso. Segundo o autor, na maioria das vezes, os gordos são percebidos como os únicos responsáveis pela sua condição. Em geral, considera-se que eles são gordos porque comem muito e são incapazes de se autocontrolar. Fica, então, implícito um julgamento moral que se carrega contra eles.

Em relação aos alunos se sentirem envergonhados pelo desempenho nas atividades, relataram que principalmente as meninas sentem mais vergonha e não querem participar das aulas práticas devido suas características físicas e com receio dos colegas ficarem rindo delas.

Ambos os professores relataram que nenhum aluno reprimem por causa das atividades devido ao peso e nem apresentam comportamento depressivo nas aulas. De acordo com o professor, esses alunos recebem apelidos pejorativos por parte dos outros alunos. Este aspecto também se relaciona com o que propõe Felipe (2001) quando afirma que o estigma que marca pessoa gorda, e marca também as suas relações sociais, tende a marcar os insucessos de suas atividades.

Quando questionados sobre o desenvolvimento motor, consideram que os alunos estão dentro de um nível de normalidade de acordo com a faixa etária, responderam que, devido ao tempo de permanência com os pais ser bastante reduzido, a alimentação deles é desordenada e não praticam atividades extra-classe e não possuem motivação para fazer os exercícios.

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Segundo Fischler (2005), a desmotivação dos alunos tem início no final do Ensino Fundamental, quando os mesmos passam a ter uma visão mais crítica da realidade, não atribuindo à Educação Física tanta importância.

Esta desmotivação seria superada caso as aulas fossem compostas por atividades que as agradassem, como, atletismo, dança, ginástica, ginástica olímpica, natação e yoga (CHALITA, 2008).

Porém, poucos estudos em adolescentes brasileiros foram encontrados, e a discrepância é enorme nos resultados de sedentarismo, que variam de 45 a 94%. Isso ocorre pelo fato do método utilizado e suas amostragens serem bem diferentes umas das outras.

(BOUCHARD, 2003).

A contribuição que os professores falaram foram procurar incentivar a prática de exercícios e orientação de uma alimentação saudável. E acreditam que os pais devem participar mais do dia a dia dos filhos e acompanhá-los na alimentação e nas práticas esportivas.

Em relação ao Índice de Massa Corporal realizado, através da diferença do peso pela altura, utilizando-se uma balança felizola modelo 31 fabricada pela industrias Felizola S.A, destacamos a média dos alunos estudados (Tabela 1) sobre Índice de Massa Corporal (IMC).

Tabela 01: Médias e desvios padrão das variáveis: IMC (n=23).

Variável Alunos (n=23)

IMC (kg.m2) 20.86 2.36

Conforme os resultados, foram classificados como ativos, 97,1% dos alunos com IMC m padrões normais, 88,8% dos alunos de IMC sobrepeso e 75% dos alunos obesos. Foi possível perceber uma relação positiva entre estar fisicamente ativo e ter um IMC normal.

Em contrapartida ao achado acima, os resultados apontaram que alunos considerados ativos e de IMC normal apresentaram maiores percentuais na realização de atividades sedentárias por mais de três horas ao dia. Apesar disso, segundo Hemmingsson e Ekelund (2007), ainda não se tem um total esclarecimento na associação entre o IMC e o tempo gasto com atividades sedentárias. Entretanto, segundo Kavey et al. (2003), a recomendação é que o tempo gasto com atividades sedentárias como assistir televisão, utilizar o computador ou vídeo game ou falar ao telefone, seja limitado à duas horas ao dia

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29 5 CONCLUSÃO

O presente estudo mostrou resultados semelhantes aos da literatura especializada, com os jovens do gênero feminino em geral apresentando maior prevalência de comportamentos de risco, apesar dos índices bastantes elevados de sobrepeso de sedentarismo dos rapazes investigados. Ainda, permitiu o estabelecimento de associação entre sexo, fator sócio econômico, relação familiar, corroborando estudos de outros autores e levando a hipótese sobre o impacto de fatores externos à escola que podem levar a obesidade ou sobrepeso.

Pode-se concluir que existe uma elevada prevalência de sobrepeso e obesidade entres os alunos de 10 a 13 anos na escola objeto do estudo que estiveram envolvidas na amostra, sendo a prevalência de sobrepeso maior nos alunos do sexo feminino, e a obesidade, nos alunos do sexo masculino. Foi possível perceber também, uma relação positiva entre a prática de atividade física e o IMC nos parâmetros de normalidade, bem como a relação positiva entre a não participação nas aulas de Educação Física e o excesso de peso. A não participação nas aulas de Educação Física aliado a constatação de que uma grande parcela dos alunos envolvidos na amostra consome, na escola, alimentos hipercalóricos, ou seja, alimentos com alto teor de gorduras podem estar influenciando significativamente no aumento do peso corporal dos mesmos.

Verificou-se ainda que, quase dois terços dos alunos com IMC nos parâmetros de obesidade apresentaram, além do acúmulo excessivo de gordura, um elevado percentual de risco para desenvolver a síndrome metabólica. Os resultados encontrados vem reforçar a importância de considerar o contexto em vivem os adolescentes para compreender como os mesmos constroem sua conduta e o modo de agir em sociedade diante de questões vitais como saúde, educação, trabalho, lazer e outras relacionadas à qualidade de vida, e a prática atividade física.

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ROTEIRO DE ENTREVISTA PARA PROFESSORES

1) Qual o seu nome? Idade? Onde se formou? Há quanto tempo? Fez alguma pós-graduação após a conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física?

2) Os adolescentes relacionados com sobrepeso ou obesidade apresentam baixa capacidade respiratória e se cansam com facilidade? Pode nos dar algum exemplo?

3) Esses adolescentes apresentam uma menor habilidade motora que as outras crianças que não apresentam essa característica? Você acredita que isso deva ser em decorrência do sobrepeso ou obesidade? Porque?

4) Esses adolescentes apresentam estímulos para realizar os exercícios? Como é a rotina deles nas aulas de Educação Física?

5) Qual a porcentagem de pais com o mesmo biótipo que os filhos considerando as características do sobrepeso e obesidade?

6) Você considera o conteúdo das aulas adequado para aluno com sobrepeso ou obeso? Porque?

7) Você acha que o aluno se sente envergonhado pelo desempenho nas atividades? Pode nos dar algum exemplo?

8) Você adaptaria sua aula para que o aluno pudesse participar mais? Já sentiu essa necessidade antes?

9) As outras crianças o reprimem para as atividades por causa do peso? Pode nos dar algum exemplo?

10) O aluno apresenta comportamento depressivo nas aulas? Quais são as características desse comportamento?

11) Dentro do que propõem estudos sobre o desenvolvimento motor, você acha que o aluno está dentro de um nível de normalidade para sua faixa etária? Porque?

12) Você acha que poderia fazer algo para contribuir mais com a participação e o desenvolvimento deste aluno em questões que podem ir além do desenvolvimento das aulas, mais no que tange ao psicológico e social deste aluno? Como?

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13) Você acha que a escola deveria entrar em contato com os pais dos alunos para falar sobre seu comportamento nas aulas de EF e sobre aspectos que podem vir a interferir na saúde deste aluno?

Porque? Ou não chega a ser necessário esse contato?

ROTEIRO DE QUESTIONÁRIO PARA OS ALUNOS SEXO:

IDADE:

1) Você se considera acima do peso?

( ) sim ( ) não

2) Você acha que a sua família, principalmente seus pais e irmãos, estão acima do peso?

( ) sim ( ) não

3) Quem prepara as refeições diárias? _____________________________

__________________________________________________________

4) Sua família tem costume de preparar todos os dias (marque mais de uma opção se for preciso):

( ) café da manhã ( ) almoço

( ) lanche da tarde ( ) janta

( ) lanche da noite

5) O que costuma comer nessas refeições? _________________________

__________________________________________________________

6) Em sua casa há o costume de ter exagero de comida na mesa das refeições diárias?

( ) sim ( ) não

7) Seus pais trabalham fora? ____________________________________

__________________________________________________________

8) Quando os dois não estão em casa, com quem você fica?

( ) sozinho ( ) empregada ( ) avós ( ) Outros: ______________

9) Durante as atividades da família, são constantes certas brincadeiras com o seu peso?

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37

( ) sim ( ) não Que tipo de brincadeiras?_____________________

__________________________________________________________

10) Seus colegas de escola fazem brincadeiras com relação a seu peso, deixando-o com vergonha?

( ) sim ( ) não Que tipo de brincadeiras?_____________________

__________________________________________________________

11) Você sofreu algum trauma recente (doença ou morte de familiares, mudança de cidade, ou outra coisa que te deixou bastante triste)?

( ) sim ( ) não Qual foi? _________________________________

________________________________________________________

12) Com a família, que tipo de lazer costuma fazer nos fins de semana?

( ) cinema ( ) Parque de diversão ( ) Outros: _________________

_________________________________________________________

13) O que costuma fazer quando não está na escola? Quais atividades você faz? Video-game, computador, televisão, andar de bicicleta, brincar na rua, arruma a casa (...)?

__________________________________________________________

14) Faz alguma atividade física, acompanhada, fora da escola? Por exemplo, aula de futebol, vôlei, natação, academia?

( ) sim ( ) não , Se sim, Qual? ______________________________

__________________________________________________________

15) Nas aulas de Educação Física, você gosta de participar?

( ) sim ( ) não Porquê? _________________________________

__________________________________________________________

16) Você se considera “bom de bola”?

( ) sim ( ) não Porquê? _________________________________

__________________________________________________________

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