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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA RAFAELA DA SILVA CRUZ

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DO TRAIRI

GRADUAÇÃO EM FISIOTERAPIA

RAFAELA DA SILVA CRUZ

PARTICIPAÇÃO NAS TAREFAS DOMÉSTICAS E BARREIRAS AMBIENTAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA

FÍSICA

SANTA CRUZ- RN

2017

(2)

RAFAELA DA SILVA CRUZ

PARTICIPAÇÃO NAS TAREFAS DOMÉSTICAS E BARREIRAS AMBIENTAIS DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES COM DEFICIÊNCIA FÍSICA

Artigo Científico apresentado a Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em fisioterapia.

Orientador(a): Profª. Phd Egmar Longo Araújo de Melo

SANTA CRUZ – RN

2017

(3)

Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN Sistema de Bibliotecas - SISBI

Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Setorial da Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi- FACISA

Cruz, Rafaela da Silva.

Participação nas tarefas domésticas e barreiras ambientais de crianças e adolescentes com deficiência física / Rafaela da Silva Cruz. - 2017.

42f.: il.

Artigo Científico (Graduação em Fisioterapia) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi. Santa Cruz, RN, 2017.

Orientador: Egmar Longo Hull.

1. Pessoas com Deficiência - Artigo científico. 2. CIF - Artigo científico. 3. Crianças - Artigo científico. I. Hull, Egmar Longo. II. Título.

RN/UF/FACISA CDU 159.922.76-056.26

(4)

Dedico este trabalho a todos que de alguma forma me

ajudaram a chegar até aqui. Em especial, aos meus pais que

com palavras de incentivo me mostraram que com

perseverança, os sonhos se tornam realidade

(5)

AGRADECIMENTOS

A professora e orientadora, Egmar Longo por me mostrar o amor pela pesquisa e a sua determinação, além de me orientar em buscar sempre o melhor para o meu trabalho.

Ao mestrando, João Filho agradeço pela enorme ajuda no momento que eu mais precisei e por ter me dado o apoio necessário sempre quando me parecia desmotivada.

Aos amigos e colegas de turma, só tenho a agradecer pela força e

incentivo e pelos anos de convivência que ficarão guardados em meu coração.

(6)

Tenho em mim, todos os sonhos do mundo!

Fernando Pessoa

(7)

SUMÁRIO

1.Introdução...10

2.Objetivos...13

2.1Geral...13

2. 2 Específicos...13

Metodologia...13

3.1 Modelo do estudo...13

3.2 Participantes...14

3.3 Critério de inclusão e exclusão...14

3.4 Procedimento para obtenção de dados...14

3.5 Instrumentos...15

4. Análise Estatistica...17

5. Resultados...18

6. Discussão:...22

7. Limitações do estudo ...26

8. Conclusão:...26

Referências...28

Anexos...31

(8)

Participação nas tarefas domésticas e barreiras ambientais de crianças e adolescentes com deficiência física

Participation in domestic tasks and environmental barriers of children and adolescents with physical disabilities

Rafaela da Silva Cruz(1), Egmar Longo Hull(2), Leilan Santos Soares(3), Haryelle Náryma Confessor Ferreira(4), João Antonio da Silva Filho(5).

Departamento de fisioterapia, Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi(FACISA), Santa Cruz( RN), Brasil.

Resumo:

Introdução: Para desenvolver intervenções direcionadas a melhorar os níveis de participação, é fundamental conhecer aspectos negativos do meio ambiente (barreiras), como também fatores facilitadores para melhorar a participação em casa, na escola e na comunidade. Com essa preocupação surgiu, então, a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), para descrever, avaliar a saúde e a incapacidade de um indivíduo. Na prática clínica, a CIF pode ser usada para guiar o processo de avaliação, planejamento e tratamento, com o uso de diferentes instrumentos, utilizados para cobrir os vários conceitos do modelo.

Objetivo: Investigar a participação e barreias ambientais de crianças e de adolescentes com deficiência física nas tarefas do contexto domiciliar. Metodologia:

O estudo envolveu uma amostra de conveniência no total de 20 pessoas (crianças e adolescentes). Os pais ou responsáveis responderam o questionário CHORES(

Criança Ajudando: Responsabilidade, Expectativa e Apoio) e o questionário Craig Hospital Inventory of Environmental Factors (CHIEF), para avaliar a influência do

(9)

ambiente na participação da criança e do adolescente. Resultados: De acordo com a tabela 5, não houve diferença estatística significativa para nenhuma das correlações entre os domínios propostos. Além da correlação, foi analisada a relação entre sexo e locomoção de acordo com os domínios do questionário CHORES ( Crianças Ajudando: Responsabilidade, expectativa e Apoio) ,desempenho, assistência e independência. Todos os resultados da tabela mostraram valores de

“p>0,05”, não apresentando, também, efeito estaticamente significativo.

Conclusão: Esse estudo, serviu para despertar a importância de pesquisas nessa área, para se buscar uma atenção à saúde das pessoas e um olhar que valorize o ser humano, num importante aspecto da vida, a saúde e a sua funcionalidade.

Palavras Chaves: “CIF”. “Pessoas com Deficiência”. “Crianças”. “Adolescentes”.

Abstract:

Introduction: In order to develop interventions aimed at improving participation levels, it is fundamental to know negative aspects of the environment (barriers), as well as facilitating factors to improve participation at home, at school and in the community. With this concern came the International Classification of Functioning, Disability and Health (CIF), to describe, assess the health and disability of an individual. In clinical practice, ICF can be used to guide the evaluation, planning and treatment process, using different instruments, used to cover the various concepts of the model. Objective: To investigate the participation and environmental barriers of children and adolescents with physical disabilities in household tasks.

Methodology: The study involved a convenience sample of 20 people (children and adolescents). Parents or guardians answered the questionnaire CHORES (Child Support: Responsibility, Expectation and Support) and the Craig Hospital Inventory of Environmental Factors (CHIEF) questionnaire to assess the influence of the environment on child and adolescent participation. Results: According to table 5,

(10)

there was no significant statistical difference for any of the correlations between the proposed domains. Besides the correlation, the relationship between sex and locomotion was analyzed according to the domains of the questionnaire CHORES (Children Helping: Responsibility, Expectation and Support), performance, assistance and independence. All the results of the table showed values of "p> 0.05", not also showing a statistically significant effect. Conclusion: This study served to awaken the importance of research in this area, to seek attention to the health of people and a look that values the human being in an important aspect of life, health and its functionality.

Key words: "CIF". "Disabled people". "Children". "Teens."

1. Graduanda em fisioterapia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz( RN), Brasil.

2. Professora. Phd. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz( RN), Brasil.

3. Graduanda em fisioterapia na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da

Saúde do Trairi, Santa Cruz( RN), Brasil.

4. Mestranda em Saúde Coletiva na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz( RN), Brasil.

5. Mestrando em Ciências da Reabilitação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Faculdade de Ciências da Saúde do Trairi, Santa Cruz( RN), Brasil.

(11)

1. INTRODUÇÃO:

Durante as duas primeiras décadas de vida, o organismo cresce e desenvolve-se. Esses dois fenômenos ocorrem simultaneamente e são dependentes do nível maturacional e, em alguns momentos, das experiências vividas. Essas experiências, por sua vez, sofrem importante influência dos aspectos ambientais indutores ou transformadores do surgimento de determinadas características do desenvolvimento (1).

Por isso, alguns pesquisadores defendem que o contato com o meio em que vive torna-se um grande aliado para o crescimento e desenvolvimento saudável da população infanto-juvenil (2,3). Além desses fatores terem influência no desenvolvimento desse grupo populacional, a participação também é essencial para melhoria desse aspecto ( 3, 4, 5, 6).

A participação é definida como o ato de se envolver em uma situação vital e pode ser determinada por fatores intrínsecos, ambientais ou do contexto. Inclui aspectos do ambiente físico, mas também valores sociais refletidos em níveis macro (leis e políticas); e micro (família e amigos) (7, 8).

Defendem os cientistas que, para algumas crianças e adolescentes, que apresentam deficiência física e/ou mental, esse desenvolvimento pode se tornar comprometido por barreiras sociais, ambientais e/ou atitudinais, afetando sua participação, com reflexos na qualidade de vida. ( 9).

Nesse sentido, para desenvolver intervenções direcionadas a melhorar os níveis de participação, é fundamental conhecer aspectos negativos do meio ambiente (barreiras), que podem aumentar o nível de dependência dessas crianças e adolescentes, como também fatores facilitadores para melhorar a participação em casa, na escola e na comunidade (5, 6 , 11).

Com essa preocupação surgiu, então, a Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), criada pela Organização Mundial de

(12)

Saúde (OMS), referência universal adaptada pela OMS para descrever, avaliar e medir a saúde e a incapacidade de um indivíduo. Compreende uma base cientifica para entender melhor a saúde, estabelece uma linguagem comum, melhorando a comunicação entre as pessoas da sociedade e países. Esta classificação engloba aspectos ligados a participação e ao meio-ambiente, tratando-se de um sistema mais atual, biopsicossocial, que proporciona uma nova linguagem de conceitos relacionados à saúde. Na prática clínica, a CIF pode ser usada para guiar o processo de avaliação, planejamento e tratamento, com o uso de diferentes instrumentos, utilizados para cobrir os vários conceitos do modelo (7).

O desenvolvimento desses instrumentos embasados na CIF, retrata a atual mudança na área de assistência à saúde, ultrapassando o modelo meramente biomédico para considerar o aspecto geral da funcionalidade de um indivíduo (9).

Pela importância desta classificação e dos instrumentos que visem os domínios propostos pela CIF, cresce a disponibilidade de questionários, validadas no Brasil, com enfoque nesses domínios (12, 13).

Exemplo desses questionários são: o CHORES (Children Helping Out:

Responsibilities, Expectations and Supports), no qual se avalia a participação no ambiente doméstico; e o CHIEF (Craig Hospital Inventoryof Environmental Factors) que tem por função, avaliar os fatores ambientais.

O CHORES corresponde a um questionário que mensura, a partir da perspectiva dos pais, a participação de crianças e adolescentes (com idade entre 6 e 14 anos) nas atividades do contexto domiciliar, podendo ser um indicador de inclusão social, auxiliar no desenvolvimento e independência dessa criança ou adolescente (

12, 14).

A participação de crianças e adolescentes nas tarefas domésticas vem sendo estudada sob diferentes aspectos teóricos e metodológicos, fazendo desse estudo um desafio crescente para os pesquisadores (14).

(13)

Até o final da década de 70 poucas pesquisas buscavam compreender o envolvimento das crianças e adolescentes nas tarefas domésticas; e estabelecer o significado dessa participação para as famílias (14).

Os pesquisadores passaram a estudar como a participação nessas tarefas afetam o desenvolvimento da criança e do adolescente; como isso acontece e como aspectos culturais podem influenciar essa participação (8,14).

Esse desenvolvimento ocorre por meio do ganho da independência da criança e do adolescente no cumprimento desses afazeres domésticos, levando a um processo de aprendizagem, no qual esse indivíduo torna-se responsável pelo cuidado de si próprio e das tarefas familiares, prática desencadeada pela transferência de responsabilidades do adulto para a criança ou adolescente (14, 19, 20).

Além disso, os fatores ambientais também influenciam nesse desenvolvimento.

Devido às dificuldades funcionais essas pessoas se vêm diante de barreiras ambientais que atrapalham, ou dificultam o seu processo de desenvolvimento ( 3, 4, 6, 10, 13, 15, 16,17).

Segundo a CIF, são fatores ambientais: ambiente físico, social e atitudinal, em que as pessoas vivem (7) e que podem ser ideal para serem utilizados por pessoas com deficiência, visando melhorar sua condição ( 10, 14, 17, 18).

Também é importante verificar as barreiras e facilitadores do ambiente e, assim, realizar intervenções que tenham como intuito as mudanças ambientais que possam favorecer a pessoa com deficiência ( 10, 14, 17, 18).

O CHIEF, é um exemplo de instrumento que tem, como foco, avaliar as barreiras e facilitadores do ambiente, que influenciam a participação (11) apresentando 5 (cinco) domínios: 1) atitudes e suporte; 2) serviços e assistência; 3) estrutura física; 4) política; e 5) trabalho e escola. Esses domínios são averiguados através da frequência e magnitude em cada questão (13).

(14)

Os objetivos, subdivididos em geral e específicos, desse estudo, buscam seguir os domínios propostos pela Classificação Internacional da Funcionalidade e Saúde, visando alcançar benefícios para a população infanto juvenil com deficiência física.

2. OBJETIVOS:

2.1 OBJETIVO GERAL:

Investigar a participação e barreias ambientais de crianças e de adolescentes com deficiência física nas tarefas do contexto domiciliar.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Avaliar a influência do sexo e locomoção sobre a participação nas tarefas domiciliares;

• Correlacionar os fatores ambientais com a participação de crianças e adolescentes com deficiência física.

3. METODOLOGIA

2.1 Modelo do estudo:

Estudo compreendeu uma análise, do tipo transversal, com abordagem quantitativa. Foi desenvolvido de acordo com a Resolução nº. 466/12, do Conselho Nacional De Saúde (CNS) - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP), que regulamenta as pesquisas envolvendo seres humanos.

O trabalho foi avaliado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da FACISA/UFRN em agosto de 2016, obtendo o parecer de nº. 1.707.635.

As coletas se iniciaram em setembro de 2016 e terminaram em agosto de 2017.

(15)

A pesquisa foi realizada na Clínica Escola de Fisioterapia da FACISA, no Centro Especializado em Reabilitação (CER), ambos na cidade de Santa Cruz/RN e na Associação Paraibana de Equoterapia (ASPEQ) em João Pessoa- PB.

2. 2 Participantes:

Os participantes do estudo eram pessoas residentes na cidade de Santa Cruz- RN, e de cidades vizinhas, além de moradores de João Pessoa-PB. O estudo envolveu uma amostra de conveniência no total de 20 indivíduos (crianças e adolescentes).

2.3 Critérios de inclusão e exclusão:

Foram incluídas na amostra crianças e adolescentes com deficiência física, com ou sem comorbidades, com faixa etária de 6 a 14 anos, de ambos os sexos, que realizavam reabilitação nos centros citados, mediante aceitação da criança e dos seus pais ou responsáveis.

Foram excluídos do estudo crianças e adolescentes que não apresentassem deficiência física; que não tivesse na faixa etária do questionário ( 6 a 14 anos de idade), que possuíssem epilepsia não controlada por medicação e/ou presença de outra enfermidade que levasse a alguma instabilidade clínica.

2.4 Procedimento para obtenção de dados:

Para a obtenção de dados houve um levantamento junto a Clínica Escola de Fisioterapia da FACISA/UFRN, no CER e na ASPEQ, onde foram coletados os nomes das crianças e adolescentes que apresentavam alguma deficiência física. Após essa etapa, houve treinamento dos pesquisadores envolvidos na coleta dos dados para aplicação dos instrumentos em Santa Cruz/RN e em João Pessoa/PB.

(16)

Concluído o treinamento, no horário de funcionalmente dos três locais mencionados, passou-se aos questionários com a participação dos pais ou responsáveis, que acompanhavam seus filhos ou dependentes em atendimento. Os pais ou responsáveis, que aceitaram participar do estudo, receberam uma breve explicação, onde foram expostos os objetivos da pesquisa e seus procedimentos, para que eles decidissem se iriam participar. Aos que concordaram foi solicitado a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), iniciando-se as coletas.

2.5 Instrumentos:

Assinado o TCLE, foi repassado aos pais ou responsáveis o questionário sóciodemográfico para obtenção dos dados pessoais, o tipo de DF (deficiência física) e o grau de comprometimento; presença ou ausência de comorbidades associadas (como epilepsia, dificuldades na comunicação, etc.).

Posteriormente, os pais ou responsáveis responderam o questionário CHORES (Crianças Ajudando: Responsabilidades, Expectativas e Apoio), onde se mensura, a partir da perspectiva dos pais ou do cuidador, a participação das crianças e/ou adolescentes (6 a 14 anos) nas atividades do contexto domiciliar, sendo este um indicador de inclusão social, além auxiliar no desenvolvimento e independência da população avaliada (12,20 ).

O instrumento CHORES foi validado no Brasil no ano de 2012, na Universidade de São Carlos; e publicado na Revista Brasileira de Fisioterapia pelas autoras Maíra Amaral Rebeca L. Paula, Adriana Drummond, Louise Dunn e Marisa C. Mancini, onde passou pelo cinco estágios para a realização da tradução em território nacional.

O instrumento foi aplicado em uma amostra de 50 pais, destes 25 eram pais de crianças com paralisia cerebral (PC) e os outros 25, pais de crianças sem deficiência, levando-se em consideração, ainda, às equivalências semânticas, idiomáticas, conceituais e experienciais, desse grupo de indivíduos (12).

(17)

O CHORES apresenta 34 itens, divididos em duas variáveis: A primeira relacionada à tarefas de autocuidado, pertencentes somente ao manejo da criança, formado por 13 itens; e, a segunda, à tarefas de cuidado familiar, onde a criança auxilia a outros membros da família, formada por 21 itens (12).

Para obter o resultado do questionário, cada item recebe pontuação de três formas, que avaliam o desempenho, a assistência e a independência dessa criança ou adolescente nas tarefas do contexto domiciliar.

A primeira forma a ser avaliada é o desempenho, obtido pela soma dos itens das respostas dicotômicas (sim:1 / não:0); a segunda etapa verifica a assistência requerida pela criança em determinada tarefa, através da Escala Likert, de seis pontos (6=por iniciativa própria, 5=com sugestão verbal, 4=com supervisão, 3=com alguma ajuda, 2=com muita ajuda, 1=não consegue realizar a tarefa e 0=não se espera que realize a tarefa).

A Pontuação de assistência é calculada somando-se a quantidade de assistência recebida ( de 6 até 0).

Por último, é calculada a independência, através das pontuações mais altas da Escala Likert , 6 e 5, que são adicionadas e depois divididas pelo número total de tarefas de cuidado próprio (13 itens), e cuidado familiar ( 21 itens), respectivamente.

Estudos mostraram que este instrumento tem alta confiabilidade, visto que o CHORES gera seis tipos de pontuações relacionadas ao desempenho, assistência e independência (12,14).

Além do questionário CHORES, também foi aplicado o questionário Craig Hospital Inventory of Environmental Factors (CHIEF), para avaliar a influência do ambiente na participação da criança e do adolescente.

O CHIEF avalia cinco domínios ambientais, divididos em cinco subescalas, onde são investigadas as atitudes e os suportes (questões 15, 17, 18, 20 e 21);

serviços e assistência (questões 1, 7, 8, 9, 10, 12 e 14); estrutura física (questões

(18)

2, 3, 4, 5, 6 e 11); política (questões 22, 23, 24 e 25); e trabalho e escola (questões 13, 16 e 19).

Apresenta 3 tipos de escores: I - o de frequência, com variação de 0 a 4 ( 0- nunca; 1- menos que mensalmente; 2- Mensalmente; 3- Semanalmente; 4 – diariamente); II – magnitude, com pontuação de 0 a 2 ( 0-Nenhuma ; 1- problema pequeno; 2- problema grande); e III - frequência e magnitude de 0 a 8, este último sendo obtido através do produto resultante da soma dos dois itens anteriores.

Nesse questionário, os valores com pontuação mais altas indicam maior percepção de barreira ambiental.

O CHIEF se mostrou um método confiável e eficaz para a avaliação das barreiras ambientais enfrentadas por indivíduos com Paralisia Cerebral (11).

Os questionários levaram cerca de 40 minutos para serem preenchidos, através da entrevista com os pais ou responsáveis, nos respectivos locais de coletas.

3. ANÁLISE ESTATÍSTICA:

Os resultados foram analisados pelo programa SPSS (Statistical Package for the Social Science), versão 2.0, adotando-se o nível de significância de 0,05 (α=5%).

A avaliação compreendeu estudo dos índices de tendência central (média); e de dispersão (desvio padrão), para descrição da variável numérica relacionada à idade.

Por sua vez, as variáveis qualitativas (nominais), estão representadas por frequência absoluta (n) e relativa (%), para caracterizar as crianças e os adolescentes em relação ao grupo de idade, sexo, Estado de origem, tipo município (capital ou interior), se frequenta escola, e ainda sobe o diagnóstico clínico, grupos de diagnósticos, escala GMFCS (classificação da função motora grossa); e locomoção do participante.

Após a análise do nível de significância (α), que caracterizou a amostra com distribuição anormal de acordo com Shapiro-Wilk, foi aplicado o teste não

(19)

paramétrico de Spearman, para verificar a correlação entre os domínios do CHIEF (frequência e magnitude), em cinco categorias, e os domínios do CHORES (níveis de desempenho, assistência e independência), na participação de crianças e adolescentes em tarefas domésticas, tanto as relacionadas ao auto cuidado, quanto as que dependiam do cuidado familiar.

Foi analisado, também, através do teste de Mann-Whitney, o efeito que a locomoção e o sexo poderiam ter sobre os níveis de desempenho, assistência e independência de crianças e adolescentes, nas tarefas domésticas.

4. RESULTADOS:

A amostra foi composta por 20 participantes, com idades que variavam entre 6 e 14 anos, tendo como média de idade, portanto, 9,6 anos (Tabela 1).

A maioria das crianças avaliadas apresentavam faixa etária de 7 anos de idade ( 25% da amostra), conforme dados da Tabela 2.

Tabela 1 – Análise da média de idade da amostra

VARIÁVEL NUMÉRICA N Média Desvio padrão

Idade 20 9,6 2, 415

Tabela 2 -Frequência das idades

IDADE FREQUÊNCIA PORCENTAGEM

06 1 5%

07 5 25%

08 3 15%

10 2 10%

11 4 20%

12 3 15%

Outras variáveis também foram verificadas, tais como: Sexo; Estado de origem; tipo de munícipio onde mora, se é capital ou interior; se frequenta escola;

diagnóstico; grupo de diagnóstico; GMFCS (Gross Motor Function Classification

(20)

System) no caso do diagnóstico de paralisia cerebral (PC); e se apresentava locomoção ( Tabela 3).

Dos participantes, 55% eram do sexo feminino, sendo representado por 11 meninas. A maioria dos participantes da amostra correspondia a pessoas oriundas do Estado do Rio grande do Norte (74%), residentes em cidades do interior do Estado (75%), e 17 participantes (85%) estudavam (Tabela 3).

A maioria dos integrantes da pesquisa tinham o diagnóstico de Paralisia Cerebral, 6 deles apresentavam GMFCS, nível 4 (Auto-mobilidade com limitações, pode utilizar mobilidade motorizada); e 10 dos 20 participantes apresentavam locomoção (Tabela 3).

Tabela 3 - Análise descritiva dos dados sociodemográficos

DADOS SOCIODEMOGRÁFICOS FREQUÊNCIA PORCENTAGEM

Sexo (Feminino/Masculino) 11/9 (55% ; 49%)

Estado (Paraíba/Rio Grande do Norte) 5/15 (25% ; 75%) Tipo de município (Capital/Interior) 5/15 (25% ; 75%)

Frequenta escola (Não/Sim) 3/17 (15% ; 85%)

Diagnóstico

(PC/Síndrome/TCE/Ataxia/Mielomeningocele) 12/4/1/2/1 (60% ; 20% ; 5% ; 10% ; 5%) Grupos de diagnósticos (PC/Outros) 12/8 (60% ; 40%)

GMFCS (0, 1, 2, 3, 4, 5) 8/1/1//2/6/2 (40% ; 5% ; 5%; 10%

; 30% ; 10%)

Locomoção (Não/Sim) 10/10 (50% ; 50%)

Legenda: GMFCS (Gross Motor Function Classification System - Sistema de Classificação da Função Motora Grossa); 0 – Não tem PC; 1 – Anda sem limitações, 2 – Anda com limitações; 3 – Anda utilizando um dispositivo manual de mobilidade; 4 – Auto-mobilidade com limitações, pode utilizar mobilidade motorizada; 5 Transportado em uma cadeira de rodas manual

Após a coleta desses dados, foram investigadas algumas comorbidades, tais como: Visual, Intelectual, auditiva, déficit na comunicação, Epilepsia Controlada, Problema de Conduta e problema na alimentação (Tabela 4).

(21)

As comorbidades mais comuns foram as visuais, intelectuais e de comunicação, sendo representadas por 8 crianças em cada uma delas.

Tabela 4 - Análise descritiva das comorbidades associadas

TIPOS DE COMORBIDADES FREQUÊNCIA PORCENTAGEM Visual

(Não/Sim) 12/8 (60% ; 40%)

Intelectual

(Não/Sim) 12/8 (60% ; 40%)

CA Auditiva

(Não/Sim) 18/2 (90% ; 10%)

Comunicação

(Não/Sim) 12/8 (60% ; 40%)

Epilepsia controlada

(Não/Sim) 15/5 (75% ; 25%)

Problema de conduta (Não/Sim)

13/7 (65% ; 35%)

Problema com alimentação

(Não/Sim) 14/6 (70% ; 30%)

Já em relação aos instrumentos, os dados foram correlacionados entre os domínios do CHIEF e do CHORES.

De acordo com a tabela 5, segundo o Teste de Spearman, não houve correlação estatisticamente significativa para nenhuma das correlações entre os domínios propostos, já que as respostas analisadas não ficaram próximas de 1 a -1.

No entanto, as variáveis F2, F4 e F5, relacionadas às frequências em serviços e assistência; política; trabalho e escola, respectivamente, apresentaram os resultados de coeficiente de correlação mais altos, sugerindo que entre todos os domínios testados, estes seriam os que mais poderiam apresentar correlação com os escores do CHORES.

Da mesma forma, não houve resultado significativo para o p-valor < 0,05 (Tabela 5).

Com isso, podemos dizer, do presente estudo, que as barreiras ambientais não influenciaram na participação das crianças e adolescente nas tarefas do contexto domiciliar.

(22)

Tabela 5 – Correlação entre os domínios da CHIEF (frequência e magnitude) e os scores do desempenho, assistência e independência das crianças e adolescentes em tarefas domésticas (CHORES) em relação aos cuidados próprios (autocuidado) e cuidado familiar.

DAC DCF AAC ACF IAC ICF

F1 Correlação de Spearman

p-valor

0,024

0,921 0,010

0,965 0,002

0,992 -

0,095 0,691

0,052

0,829 -

0,035 0,884 F2 Correlação de

Spearman p-valor

0,297

0,203 0,250

0,288 0,326

0,161 0,234

0,321 0,357

0,122 0,214 0,365 F3 Correlação de

Spearman p-valor

0,004 0,986

-0,105 0,661

0,018 0,941

- 0,065 0,786

0,126 0,596

- 0,025 0,917 F4 Correlação de

Spearman p-valor

0,249

0,290 0,170

0,475 0,285

0,223 0,103

0,665 0,272

0,246 0,040 0,867 F5 Correlação de

Spearman p-valor

0,328

0,158 0,257

0,275 0,288

0,218 0,275

0,240 0,326

0,160 0,226 0,339 M1 Correlação de

Spearman p-valor

-0,082 0,731

-0,154 0,516

-0,072 0,763

- 0,200 0,399

- 0,046 0,848

- 0,194 0,412 M2 Correlação de

Spearman p-valor

0,030

0,900 -0,120

0,616 0,058

0,809 -

0,015 0,949

0,060

0,801 -

0,078 0,744 M3 Correlação de

Spearman p-valor

0,036

0,880 -0,095

0,689 0,070

0,769 -

0,046 0,846

0,158

0,505 0,043 0,858 M4 Correlação de

Spearman p-valor

0,272

0,245 0,103

0,667 0,309

0,185 0,149

0,530 0,233

0,324 0,070 0,769 M5 Correlação de

Spearman p-valor

0,051 0,832

0,016 0,948

0,039 0,871

0,079 0,742

0,064 0,790

0,047 0,844 Legenda: F1 – Frequência em atitudes e suporte; F2 – Frequência em serviços e assistência; F3 – Frequência em estrutura física; F4 – Frequência em política; F5 – Frequência em trabalho e escola. M1 – Magnitude em atitudes e suporte; M2 – Magnitude em serviços e assistência; M3 – Magnitude em estrutura física; M4 Magnitude em política; M5 - Magnitude em trabalho e escola. DAC - desempenho em auto cuidado; DCF - desempenho em cuidado familiar; AAC - assistência em auto cuidado; AC - assistência em cuidado familiar;

IAC - independência em auto cuidado; ICF= independência em cuidado familiar.

Além da correlação, foi analisada a relação entre sexo e locomoção de acordo com os domínios do CHORES (desempenho, assistência e independência). Todos os resultados da tabela mostraram valores de “p>0,05”, não apresentando, também, efeito estaticamente significativo, em relação ao sexo e a locomoção nos níveis de desempenho, assistência recebida e independência nas tarefas domésticas de crianças e dos adolescentes, tanto nas relacionadas ao cuidado próprio quando naquelas que necessitam de cuidado familiar (Tabela 6).

(23)

Tabela 6 – Efeito das variáveis sexo e locomoção sobre o desempenho, assistência e independência na participação de crianças em atividades domésticas.

Domínios Sexo Locomoção

DAC

p valor 0,710 0,089

DCF

p valor 0,941 0,143

AAC

p valor 0,882 0,105

ACF

p valor 0,710 0,315

IAC

p valor 0,603 0,063

ICF

p valor 0,941 0,165

Legenda: DAC - desempenho em auto cuidado; DCF - desempenho em cuidado familiar; AAC - assistência em auto cuidado; ACF - assistência em cuidado familiar; IAC - independência em auto cuidado; ICF= independência em cuidado familiar.

5. DISCUSSÃO:

5.1 Relação entre o sexo e a participação:

Segundo as análises obtidas, Não houve relação estatisticamente significativa entre o sexo das crianças e sua participação em atividades domiciliares.

Um estudo correlacionado a este, onde se realizou uma pesquisa com 99 crianças e adolescentes, com diagnóstico de Paralisia Cerebral e onde foram avaliados se os sexos influenciavam na participação, igualmente, no resultado, não houve diferença significativa na pontuação de participação em relação ao gênero (11). Em contrapartida, uma outra pesquisa, com crianças e adolescentes sem deficiência obteve resultado oposto (14).

Crianças do sexo feminino receberam menos assistência nas tarefas do CF (cuidado familiar), do que as do sexo masculino, e eram mais independentes nas tarefas do AC (auto cuidado) (14).

(24)

Além disso, crianças e adolescentes do sexo feminino desempenharam sempre mais tarefas domésticas, em comparação com seus pares masculinos. Mas em relação as tarefas, realizadas fora do lar, que envolveu a força física, eram realizadas muitas mais vezes pelo sexo masculino, dado que reflete as desigualdades de gênero na divisão das tarefas domésticas (14).

Então, podemos inferir que as crianças e adolescentes, do nosso estudo, tanto meninos, quanto meninas, por apresentarem deficiência física, apresentaram magnitudes de barreiras em suas participações no lar.

5.2 Relação entre a locomoção e a participação:

Ao comparar os domínios (desempenho, assistência e independência), propostos pelo instrumento CHORES, com a locomoção, verificou-se que não houve resultado estaticamente significativo, em relação à participação nesse item.

Em contrapartida, sabe-se que a locomoção influência totalmente na participação de um indivíduo em qualquer ambiente, pelo que, tem-se que o resultado estatístico, poderá não ser fidedigno com a realidade, devido ao estudo estar limitado a uma amostragem pequena.

Um estudo (11) mostrou a relação entre a locomoção e a participação de crianças e adolescentes com Paralisia Cerebral. Avaliaram a participação de crianças e adolescentes com PC nas escolas, onde verificou-se que, quanto menor for o comprometimento relacionado à mobilidade, maior será a participação do indivíduo.

Os resultados indicaram que crianças e adolescentes com PC com GMFCS nível I tiveram maior participação na escola, do que aqueles com níveis II e III.

No presente estudo, 12 das crianças e adolescentes avaliados, tinham o diagnóstico de PC e a metade delas (6 participantes), apresentaram GMFCS nível IV e duas delas, GMFCS nível V (Tabela 3) podendo apresentar grande restrição na participação.

(25)

Em um outro estudo, (15) foi analisado o nível do GMFCS para verificar o desempenho funcional em cada nível. O resultado deste estudo constatou que crianças classificadas nos níveis superiores do GMFCS (indicando maior gravidade) apresentaram menor capacidade da função motora grossa, quando comparadas com crianças nos níveis mais inferiores, que ilustram gravidades leve e moderada da condição de PC.

Com isso, nota-se que o nível de funcionalidade é mais importante para a participação do que é o próprio diagnóstico, uma vez que o diagnóstico não capta, necessariamente, a complexidade da condição de uma criança (4).

Entre as crianças com deficiência, a gravidade de sua condição, bem como suas habilidades funcionais, também são dados conhecidos como influenciadores as mudanças de níveis na participação, ao longo do tempo (4, 11).

Em nosso estudo, 10 das 20 crianças não apresentavam locomoção, sendo uma grande barreira para esses indivíduos. Muitas vezes o ambiente físico do lar atrapalha essa participação. Além disso, segundo relato de alguns cuidadores entrevistados, eles mesmos não acreditam que seu filho/filha tem a capacidade de realizar alguma atividade doméstica, prejudicando a participação dessa criança ou adolescente. Ao mesmo tempo, os pais ou cuidadores relatavam ter consciência da importância do engajamento dos seus filhos nessas tarefas.

Esse fato também foi visto em um estudo (8) que avaliou a participação de crianças com Paralisia Cerebral, Síndrome de Down e Crianças Típicas.

Os pais das crianças e adolescentes de todos os três grupos concordaram consistentemente sobre a importância da participação nas tarefas domésticas (8).

Podemos notar também no nosso estudo que, mesmo com a ausência da participação dessas crianças e adolescentes nas tarefas domiciliares, os pais, participantes da pesquisa, sabem dos benefícios do engajamento dessas atividades para o desenvolvimento de seus filhos.

(26)

5. 3 Correlação entre as barreiras ambientais e participação:

Como falado anteriormente nos resultados, os dados estáticos relacionados à comparação dos domínios dos dois instrumentos (CHORES e CHIEF), não são significativos.

Vimos que as barreiras ambientais não influenciam na participação das crianças e adolescente nas tarefas do contexto domiciliar.

Mas sabe-se que tanto no conhecimento empírico, quanto no teórico, o meio ambiente está indissociavelmente ligado à participação (4, 5, 6, 10, 11).

Os aspectos do meio ambiente identificado pela CIF se mostram tanto como barreira, quanto como facilitadores, ou como ambos, para a participação de crianças e adolescentes com vários tipos de deficiências (4).

Em outro estudo (6) foi verificado que os fatores ambientais tiveram um efeito direto sobre participação no lar, onde as barreiras diminuíram a participação doméstica e, ao comparar as crianças e jovens com deficiência, com as sem deficiência, o primeiro grupo apresentaram maiores restrições em sua participação em comparação com seus pares de idades semelhantes, sem deficiência (6).

Por isso, a pesquisa sugeriu que os pais das crianças com deficiência, realizassem mudanças físicas e atitudinais no ambiente doméstico para criar condições ou incentivos visando melhorar a participação de seus filhos (6).

Uma descoberta interessante deste estudo é que, através de um número de atividades, pais de crianças e jovens, com e sem deficiência, expressaram padrões similares de desejo de mudança na participação de seus filhos (6).

Mas, ao ser comparada as três esferas da participação: Em casa, na escola e na comunidade, os resultados indicaram que as crianças experimentaram menos barreiras dentro de casa, do que em ambientes escolares ou comunitários (4, 6, 10).

Então, ao avaliarmos a participação somente no contexto domiciliar, podemos encontrar barreiras ambientais (atitudinais, sociais ou físicas). Mas, ao compararmos

(27)

com os outros níveis de participação, as barreiras são mais presentes nos níveis da escola e comunidade.

6. LIMITAÇÕES DO ESTUDO:

O estudo, apresenta um número de participantes muito baixo, levando a resultados inconsistente e sem significância estatística. A amostra foi bastante reduzida, devido aos fatores de inclusão da pesquisa, que levou em consideração os aspectos de aplicação do instrumento CHORES como a faixa etária de idade dos participantes que deveriam ser entre 6 e 14 anos, além disso, os indivíduos deviam apresentar alguma deficiência física.

Ainda, houve dificuldades para acesso dos dados nos locais de coletas, por motivos individuais dos participantes, que nem sempre compareciam aos locais onde seriam coletadas as informações.

Outro ponto a ser avaliado reside na coleta de dados pela perspectiva de resposta apenas dos pais/responsáveis, sem considerar a opinião das crianças e adolescentes, participantes e diretamente envolvidos no objeto do estudo.

Também consideramos como limitativo, o fato da pesquisa ser realizada somente em regiões geograficamente próximas, que, por isso, sofre grande influência cultural.

7. CONCLUSÃO:

Existem inúmeras pesquisas sobre o tema, objeto do presente trabalho, mas este não deixa de ser assunto relativamente novo, circunstância que demanda por mais estudos, onde se busque, com maior amplitude, e em um número maior de indivíduos, a participação dos filhos nas tarefas do lar, com especial atenção aos portadores de enfermidades físico-motoras.

(28)

É de suma importância, também, se constatar a real relação entre o ambiente

e a participação do indivíduo, cabendo aos pesquisadores, profissionais da área da saúde e sociedade, em geral, entender e, assim, modificar o meio, possibilitando a crianças e adolescentes com deficiência, uma convivência o mais saudável possível, diminuindo as barreiras ambientais, que atrapalhem na participação efetiva desse grupo de indivíduos, aumentando os facilitadores e, enfim, proporcionando a essas pessoas o sentimento efetivo de que sua deficiência seja considerada, apenas uma condição individual, e não uma barreira.

Esse estudo, apesar de resultar de uma reduzida amostra, serviu para despertar a importância de pesquisas nessa área, para se buscar uma atenção à saúde das pessoas e um olhar que valorize o ser humano, num importante aspecto da vida, a saúde e a sua funcionalidade.

(29)

REFERÊNCIAS:

1) FUNDAÇÃO VALE: Crescimento, desenvolvimento e maturação. Cadernos de referência de esporte, Brasília, 2013. 3 v.

2) FUNDO DAS NAÇÕES UNIDADES PARA A INFÂNCIA( UNICEF).Promoting the Rights of Children with Disabilities, Florence, Italy, 2007.

3) FUNDO DAS NAÇÕES UNIDADES PARA A INFÂNCIA( UNICEF). Early Childhood Development and Disability, Genebra, Suiça, 2012

4) ANABY, Dana et al. The Mediating Role of the Environment in Explaining Participation of Children and Youth With and Without Disabilities Across Home, School, and Community. Archives Of Phys Med And Rehab, v. 95, n. 5, p.908- 917, maio 2014.

5) LAW, Mary et al. Improving the participation of youth with physical disabilities in community activities: An interrupted time series design. Australian Occupational Therapy Journal. Canadá, p. 105-115. fev. 2015.

6) LAW, Mary et al. Participation in the home environment among children and youth with and without disabilities. British Journal Of Occupational Therapy. Canadá, p. 58-66. set. 2012.

7) Classificação Internacional da Funcionalidade e Saúde( CIF). Lisboa, Portugal, 2004

(30)

8) AMARAL, Maíra et al. Household task participation of children and adolescents with cerebral palsy, Down syndrome and typical development. Research In Developmental Disabilities, Minas Gerais, v. 35, n. 2, p.414-422, fev. 2014.

9) BADIA, Marta et al. The influence of participation in leisure activities on quality of life in Spanish children and adolescents with Cerebral Palsy. Research In Developmental Disabilities, Salamanca, v. 34, n. 9, p.2864-2871, jul. 2013.

10) BADIA, Marta et al. Do environmental barriers affect the parent-reported quality of life of children and adolescents with cerebral palsy?. Research in developmental disabilities, v. 49, p. 312-321, 2016.

11) FURTADO, Sheyla R. C. et al. Moderating effect of the environment in the relationship between mobility and school participation in children and adolescents with cerebral palsy. Brazilian Journal Of Physical Therapy, [s.l.], v. 19, n. 4, p.311-319, ago. 2015.

12) AMARAL, Maíra et al. Translation of the Children Helping Out – Responsibilities, Expectations and Supports (CHORES) questionnaire into Brazilian Portuguese:

semantic, idiomatic, conceptual and experiential equivalences and application in normal children and adolescents and in children with cerebral palsy. Revista Brasileira de Fisioterapia, São Carlos, v. 16, n. 6, p.512-522, dez. 2012.

13: SHEYLA, R et al. Versão brasileira do instrumento de avaliação ambiental Craig Hospital Inventory of Environmental Factors (CHIEF): tradução, adaptação cultural e confiabilidade. Brazilian Journal of Physical Therapy. São Carlos, V.18, n. 3, Dez.2014.

(31)

14) DRUMMOND, Adriana de França et al. Predictive Factors of Household Task Participation in Brazilian Children and Adolescents. Otjr: Occupation, Participation and Health, [s.l.], v. 35, n. 2, p.101-109, abr. 2015.

15) BEDELL, Gary et al. Community Participation, Supports, and Barriers of School- Age Children With and Without Disabilities. Archives Of Physical Medicine And Rehabilitation. Boston, p. 315-123. dez. 2013.

16) MEI, Cristina et al. Activities and participation of children with cerebral palsy:

parent perspectives. Disability And Rehabilitation, [s.l.], v. 37, n. 23, p.2164- 2173, 14 jan. 2015.

17) DAHAN-OLIEL, Noémi et al. Adolescents with disabilities participate in the shopping mall: facilitators and barriers framed according to the ICF.Disability and rehabilitation, p. 1-11, 2015.

18) GJESSING, Berit et al. Adaptation for participation! Disability And Rehabilitation: Assistive Technology, [s.l.], p.1-6, 9 out. 2017.

19) DUNN, L.; GARDNER, J.. Household Task Participation of Children With and Without Physical Disability. American Journal Of Occupational Therapy, [s.l.], v.

67, n. 5, p.100-105, 22 ago. 2013.

20) DUNN, L. et al. Household Task Participation of Children With and Without Attentional Problems. Physical and Occupational Therapy in Pediatrics, v. 29, n. 3, p. 258- 273, 2009.

(32)

ANEXOS

Anexo A- Regras para formatação do artigo cientifico seguindo as normas da Revista Terapia Manual e Posturologia.

APRESENTAÇÃO E SUBMISSÃO DOS MANUSCRITOS

Esta revista segue as normas propostas pelo International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), disponível em www.icmje.org e cuja tradução encontra-se disponível integralmente em Ter Man 2009;7(33):323-344. Os artigos poderão ser submetidos em português, inglês, espanhol, italiano ou francês. Os manuscritos deverão ser encaminhados via eletrônica, no formato Microsoft Word®, obrigatoriamente através do e-mail editorial@revistaterapiamanual.com.br ou do site http://www.revistatm.com.br.

Com o intuito de facilitar o processo de revisão, o texto deverá ser digitado na fonte Verdana, tamanho 10, espaço duplo em todas as partes do manuscrito, alinhamento justificado, mantendo as margens esquerda e superior de 3cm; direita e inferior de 2cm e numeração no canto superior direito desde a primeira página.

O manuscrito deve ser estruturado na seguinte ordem, cada item em uma página:

1. Página de título: Deve conter as seguintes informações, consecutivamente, em uma mesma página: 1.a. Título do artigo em português, máximo de 120 caracteres com espaço, sua versão em inglês (em itálico) e uma versão abreviada com até 40 caracteres (running head) a ser descrito na legenda das páginas impressas do manuscrito. Somente a primeira letra da sentença deve estar com letra maiúscula, com exceção de siglas ou nomes próprios. 1.b. Nome do departamento e/ou instituição a qual o trabalho deve ser atribuído. 1.c. Nome completo e por extenso dos autores, consecutivamentee separados por vírgulas, com números arábicos sobrescritos e entre parênteses.

1.d. Legenda para os autores, contendo apenas a titulação máxima e as instituições as quais cada autor é afiliado - por extenso, seguido da sigla, cidade, estado e país (exemplo: 1 discente e bolsista de iniciação científica do CNPq, Universidade Nove de Julho (UNINOVE), São Paulo (SP), Brasil); MSc ou PhD, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Belo Horizonte (MG), Brasil. 1.e. Endereço completo do autor correspondente, contendo nome, endereço, números de fax, telefone e endereço eletrônico, a ser publicado caso o manuscrito seja aceito. 1.f. Declaração de conflito de interesses e/ou fontes de suporte.

É de responsabilidade do autor correspondente manter contato com todos os outros autores para atualizá-los sobre o processo de submissão e para intercambiar possíveis solicitações como, por exemplo, envio e recebimento de documentos, entre outros.

2. Resumo: Deve apresentar o contexto do trabalho, contendo uma breve introdução, os objetivos, os procedimentos básicos, principais resultados e conclusão, sendo estruturado da seguinte forma:

Introdução / Objetivo / Método / Resultados / Conclusão, num mesmo parágrafo contendo entre 250 e 300 palavras. As palavras-chave em português devem ser baseadas no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde), publicados pela BIREME e disponíveis em http://decs.bvs.br.

Abstract: Deve ser estruturado como mesmo conteúdo da versão em português: Introduction / Objective / Method / Results / Conclusion. As palavras-chave em inglês (keywords) devem ser baseadas no MeSH (Medical Subject Headings) do Index Medicus, disponível em http://www.nlm.nih.gov/mesh/mbrowser.html.

3.Manuscrito: Os artigos originais deverão conter as seguintes sessões: Introdução, Materiais e Métodos, Resultados, Discussão e Conclusões.

Introdução: Conter somente a natureza do problema e a sua significância clínica, hipóteses se houver e finalizar com os objetivos da pesquisa.

(33)

Método: Deve conter somente as informações sobre o protocolo utilizado, seleção e descrição dos participantes, informações técnicas e estatísticas. Toda pesquisa relacionada a seres humanos deve mencionar o número do protocolo de aprovação por um Comitê de Ética em Pesquisa, segundo as Diretrizes e Normas Regulamentadoras de Pesquisa envolvendo Seres Humanos, constantes da Resolução do Conselho Nacional de Saúde 196/96 e Declaração de Helsinky de 1975, revisada em 2000. Para os experimentos realizados com animais, mencionar o número do protocolo de aceite, considerando as diretrizes internacionais Pain, publicadas em: PAIN, 16:109-110, 1983 e a Lei nº 11.794, de 08/10/2008, da Constituição Federal Brasileira, que estabelece procedimentos para o uso científico de animais e cria o Conselho Nacional de Controle e Experimentação Animal (CONCEA) e as Comissões de Ética no Uso de Animais (CEUAs).

Resultados: Devem ser apresentados numa sequência lógica, com números referentes às tabelas/figuras em ordem de citação no texto, entre parênteses e em números arábicos. Limitar o número de tabelas e/ou figuras a 5 (cinco).

Discussão: Deve enfatizar os aspectos mais novos e importantes do estudo, comparando-o a estudos prévios e explorando novas hipóteses para pesquisas futuras. Ao longo do texto, evitar a menção a nomes de autores, dando sempre preferência às citações numéricas.

Conclusão: Apresentar de forma sucinta apenas as conclusões baseadas nos achados da pesquisa.

Referências: É preconizada a citação de 20 a 30 referências, sendo somente artigos originais atualizados, evitando utilizar teses e monografias, trabalhos não publicados ou comunicação pessoal como referência. No texto, devem estar sobrescritas, entre parênteses e em números arábicos, aparecendo depois da pontuação. Nas referências, devem ser numeradas consecutivamente conforme são mencionadas no texto. Os títulos dos periódicos devem estar abreviados de acordo com o redigido no documento do ICMJE (citado acima).

Exemplo de citação: “(...) o que explicaria a maior incidência de DPOC entre os homens.(19,23,30)”

“(...) pelos efeitos da gravidade.(2-4)”

Exemplo de formatação: Liposcki DB, Neto FR. Prevalência de artrose, quedas e a relação com o equilíbrio dos idosos. Ter Man. 2008;6(26):235-8.

Agradecimentos: Colocar apenas as contribuições consideráveis, colaboradores, agências de fomento e serviços técnicos. É responsabilidade do(s) autor(es) possuir(em) a autorização das instituições ou pessoas para citação nos agradecimentos.

Anexos: As tabelas e figuras devem estar no mesmo documento, mas separadas da redação, cada uma em uma página, seguindo as respectivas chamadas no texto, contendo um breve título escrito com fonte menor (8), em espaço duplo – no caso das tabelas, o título deve aparecer acima da tabela, no caso das figuras, o título deve aparecer abaixo. Gráficos e ilustrações devem ser chamados de figuras. Em relação às tabelas, não utilizar linhas horizontais e verticais internas; em relação às ilustrações, devem estar em formato JPEG, com alta qualidade e, se houver pessoas, estas não devem ser identificadas. Além disso, todas as abreviaturas e siglas empregadas nas figuras e tabelas devem ser definidas por extenso em nota abaixo do mesmo. Todas as figuras, tabelas e gráficos devem ser enviados em preto e branco.

A não observância das instruções editoriais implicará na devolução do manuscrito pelo Editorial da revista para que os autores façam as correções pertinentes antes de submetê-lo aos revisores. A revista reserva o direito de efetuar adaptações gramaticais e de estilo. Os manuscritos encaminhados à revista Terapia Manual Posturologia que atenderem às normas para publicação de artigos serão enviados a dois revisores científicos de reconhecimento da competência na temática abordada, os quais julgarão de forma cega o valor científico da contribuição. O anonimato ocorre durante todo o processo de julgamento (peer review). Os artigos que não apresentarem mérito científico, que tenham erros significativos de metodologia e que não coadunem com a política editorial da revista serão rejeitados diretamente pelo conselho editorial, não cabendo recurso. Os artigos recusados serão devolvidos aos autores e os que forem aceitos serão encaminhados à publicação, após o preenchimento e envio do formulário de autoria da revista Terapia Manual e a concordância de pagamento da taxa de publicação (Business Model) por todos os autores para o e- mail: editorial@revistaterapiamanual.com.br.

(34)

Situações não contempladas pelas Instruções aos Autores deverão seguir as recomendações contidas no documento supracitado – ICMJE, e informações detalhadas no site:

www.revistatm.com.br (Instruçõesaos autores).

Os autores são inteiramente responsáveis por eventuais prejuízos a pessoas ou propriedades ligadas à confiabilidade de métodos, produtos, resultados ou ideais expostas no material publicado.

(35)

Anexo B – Instrumento CHORES

(36)
(37)
(38)
(39)

Anexo C- Instrumento CHIEF.

(40)
(41)
(42)

ANEXO D - Parecer consubstanciado do CEP

Referências

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