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Saúde da Mulher no Climatério Prof. Dr. Jefferson Drezett Faculdade de Saúde Pública da USP

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(1)

Prof. Dr. Jefferson Drezett

Faculdade de Saúde Pública da USP

Saúde da Mulher no Climatério

(2)

O climatério é definido pela Organização Mundial da Saúde como fase biológica da vida que compreende a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher. A menopausa é um marco dessa fase e corresponde ao último ciclo menstrual espontâneo da mulher

REFERÊNCIA World Health Organization (WHO). The world health report 2002: reducing the risks, promoting healthy life. Geneva, 2002.

Conceitos fundamentais

Climatério e menopausa

(3)

REFERÊNCIA Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

± 40 anos

C L I M A T É R I O

± 65 anos

menopausa menarca

± 12 anos ± 49 anos

nascimento

Climatério e sua relação com os principais eventos ao longo da vida

Ciclos de vida da mulher

INÍCIO DO PERÍODO REPRODUTIVO FINAL DO PERÍODO REPRODUTIVO

senectude

(4)

REFERÊNCIA Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IGBE). Censos de 1980, 1991 e 2000.

Evolução da esperança de vida ao nascer por sexo e cor no Brasil

Expectativa de vida da mulher

50 55 60 65 70 75

1980 1990 2000

63,4

71,8 73,8

60,5 58,7 56,9

65,6

64,3

58,1

63,2 68,2 69,5

ANO IDADE (anos)

mulheres brancas

mulheres negras homens brancos

homens negros

(5)

130

210

270 180

260

480

350

470

750

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800

total N (milhões)

países desenvolvidos países em desenvolvimento

anos 1960 anos 1980 anos 2000

REFERÊNCIA World Health Organization (WHO). The world health report 2002: reducing the risks, promoting healthy life. Geneva, 2002.

Número de mulheres no mundo com 45 anos ou mais em diferentes décadas

Impacto populacional e demográfico

(6)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

De acordo com estimativa do DATASUS (2007), a população feminina brasileira totaliza mais de 98 milhões de mulheres. Nesse universo, cerca de 30 milhões têm entre 35 e 65 anos, o que significa que 32%

das mulheres no Brasil estão na faixa etária em que ocorre o climatério.

Aspectos populacionais, Brasil

Impacto demográfico

(7)

O climatério se caracteriza pela progressiva redução da produção de hormônios ovarianos, particularmente do estrogênio e da progesterona, resultando em modificações substanciais que podem resultar em alterações físicas e psíquicas contundentes para a qualidade de vida da mulher

REFERÊNCIA World Health Organization (WHO). The world health report 2002: reducing the risks, promoting healthy life. Geneva, 2002.

Conceitos fundamentais

Climatério

(8)

REFERÊNCIA Medeiros. Fisiologia da reprodução. In: Dizik et al. Tratado de reprodução humana. SBRH; 2011.

hipotálamo

hipófise

GnRH

FSH LH

ovários gametogênese oócitos

estrogênios progesterona [ feedback - ]

útero desenvolvimento do endométrio menstruação [ feedback - ]

Principais eventos endócrinos durante o ciclo menstrual

Eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano

(9)

REFERÊNCIA Medeiros. Fisiologia da reprodução. In: Dizik et al. Tratado de reprodução humana. SBRH; 2011.

Eixo hipotalâmico-hipofisário-ovariano

Repercussões sobre o desenvolvimento do endométrio e função dos ovários

(10)

FSH

LH

ESTRADIOL ESTRONA

TESTOSTERONA

44 46 48 50 52 54 58 60 idade

MENOPAUSA

REFERÊNCIA Medeiros. Fisiologia da reprodução. In: Dizik et al. Tratado de reprodução humana. SBRH; 2011.

Repercussões da falência ovariana sobre os níveis de FSH, LH e Estradiol

Menopausa e função hormonal ovariana

(11)

12 50 idade NÚMERO DE FOLÍCULOS OVARIANOS

400.000 700.000

REFERÊNCIA Medeiros. Fisiologia da reprodução. In: Dizik et al. Tratado de reprodução humana. SBRH; 2011.

C L I M A T É R I O Demandas de planejamento reprodutivo

35 65

Evolução da reserva de folículos ovarianos ao longo da vida da mulher

Climatério, fertilidade e planejamento reprodutivo

(12)

Fogachos e sudorese Distúrbios do sono

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Palpitações, tonturas, fadiga e cefaleia

Transtornos humorais: irritabilidade, ansiedade, labilidade, melancolia

Transtornos da libido e da sexualidade Alterações menstruais

Sintomas depressivos

Sintomas e sinais associados com a redução dos níveis de estradiol

Climatério

(13)

Distúrbios urogenitais Perda de massa óssea

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Doenças cardiovasculares Neoplasias

Alterações cognitivas e doença de Alzheimer Hipertensão arterial e diabetes

Riscos de eventos adversos para a saúde da mulher

Climatério

(14)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

38 32,7

29,2 15

13

0 10 20 30 40

dispareunia e secura v aginal diminuição do desejo sex ual incontinência urinária prurido, ardor infecção urinária de repetição

%

Prevalência de distúrbios urogenitais

Climatério

(15)

30 40 50 60 70

C L I M A T É R I O

idade densidade óssea

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Variação da densidade óssea em mulheres ao longo da vida e relação com climatério

Climatério e densidade mineral óssea

(16)

EQUILÍBRIO

FORMAÇÃO DO OSSO REABSORÇÃO DO OSSO

OSTEOBLASTOS OSTEOCLASTOS

ESTROGÊNIOS

REFERÊNCIA Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

Equilíbrio entre a atividade osteoblástica e osteoclástica

Climatério e osteoporose

(17)

OSSO NORMAL OSTEOPOROSE

Aspectos microscópicos da estrutura óssea normal e da osteoporose

Osteoporose

(18)

OSSO NORMAL OSTEOPOROSE OSTEOPOROSE

Aspectos anatômicos e radiológicos da osteoporose

Mulheres e osteoporose

(19)

Modificações da coluna vertebral da mulher no climatério

Osteoporose

(20)

Caucasianas e asiáticas

Falência ovariana precoce (antes dos 40 anos de idade) e idade avançada

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Índice de massa corpórea abaixo do desejável (<19 Kg /m2) Antecedente familiar

Deficiência da ingestão de cálcio e/ou vitamina D

Medicamentos (corticosteróides) e doenças que induzem a perda óssea Estilo de vida: tabagismo, abuso de álcool e sedentarismo

Fatores de risco para o desenvolvimento de osteoporose entre as mulheres

Osteoporose

(21)

15% das mulheres no climatério estão propensas a desenvolver osteoporose 30% das mulheres com 65 anos ou mais sofrem fraturas por osteoporose

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

20% das mulheres com fratura em bacia morrem nos primeiros três meses

20% das mulheres com fratura da bacia não conseguem retornar a andar

Custos com danos e agravos da osteoporose alcançam US$ 10 bilhões anuais Agravos para a saúde da mulher e impacto para o sistema de saúde

Osteoporose

(22)

SEM ATEROSCLEROSE ATEROSCLEROSE ASSINTOMÁTICA ATEROSCLEROSE SINTOMÁTICA

DÉCADAS SEMANAS OU MESES

ANGINA PECTORIS, INFARTO AGUDO E MORTE SÚBITA

MENOPAUSA DIMINUIÇÃO DE LIPOPROTEÍNAS

DE ALTA DENSIDADE (HDL) HIPOESTROGENISMO

REFERÊNCIA Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

Alterações vasculares decorrentes da aterosclerose e do hipoestrogenismo

Climatério e doença cardiovascular

(23)

45-54 55-64 66-74 75-84 85-94 idade

mortalidade / 1.000

homens mulheres

100

50

5 25 75

REFERÊNCIA Federação Brasileira das Associações e Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Climatério: manual de orientação. FEBRASGO; 2010.

Mortalidade decorrente de doença cardiovascular entre homens e mulheres

Climatério e doença cardiovascular

(24)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Perfil lipídico alterado (baixo HDL; alto LDL) Hipertensão arterial

Alteração de fluxo sanguíneo

Alteração dos fatores de coagulação Resistência aumentada a insulina

Dieta inadequada e índice de massa corpórea (IMC) elevado Estilo de vida: tabagismo e estresse

FATORES BIOLÓGICOS

ESTILO DE VIDA DA MULHER

Fatores de risco para o desenvolvimento de doença cardiovascular

Doença cardiovascular no climatério

(25)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Durante a história, várias condições físicas e mentais foram atribuídas à menopausa, com crenças amplamente aceitas de que distúrbios do comportamento estavam relacionados com o trato reprodutivo, a exemplo do postulado por Pierre Russel, no século XVIII:

“Mulheres tem ossos menores e menos duros. Sua bacia, mais larga, força uma obliquidade nos fêmures que lhes atrapalha o andar (...) as ancas balançam para reencontrar o centro de gravidade, o andar se torna vacilante e incerto”

Aspectos culturais e sociais

Climatério e menopausa

(26)

“Apesar do médico dispor de preparados ativos à base de dihidrofoliculina, em muitas ocasiões precisa atuar

rapidamente, como nas crises nervosas de origem ovariana”

Aspectos culturais e sociais

Climatério e menopausa

(27)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Evidências indicam que parte dos sintomas e dos problemas da saúde da mulher no climatério refletem circunstâncias sociais e individuais, não apenas eventos biológicos da menopausa

A desigualdade de gênero, que interfere nas relações sociais e culturais, pode fazer com que as mulheres no climatério e menopausa venham a se sentir limitadas ou incapazes de desempenhar normalmente suas atividades ou de empreenderem novos projetos de vida

Impactos e implicações socioculturais

Climatério

(28)

O climatério não é uma doença, mas uma fase natural da vida da mulher pela qual muitas passam sem queixas ou necessidade de medicamentos

Outras mulheres apresentam sintomas que variam em diversidade e intensidade, limitando sua qualidade de vida de diferentes maneiras e contextos

Este período de vida requer ações de promoção da saúde, diagnóstico precoce, tratamento dos agravos e prevenção de danos à saúde da mulher

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Novos paradigmas na atenção à saúde da mulher

Climatério

(29)

“A saúde da mulher, no Brasil, foi incorporada às políticas nacionais no início do século XX e a atenção à saúde deste grupo populacional vem seguindo um processo de evolução no qual os antecedentes podem ser considerados a partir da década de 70. Neste período o Ministério da Saúde adotava uma concepção mais restrita da saúde da mulher, que se limitava à saúde materna ou à ausência de agravos associados à reprodução biológica”

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Novos paradigmas na atenção à saúde da mulher

Climatério

(30)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

“As mulheres são a maioria da população brasileira e as principais usuárias do SUS. Considerando a saúde numa visão ampliada, diversos aspectos da vida estão a ela relacionados, como a alimentação, o lazer, as condições de trabalho, a moradia, a educação/informação e renda, as relações sociais e familiares, a autoimagem e a autoestima e o meio ambiente. Nessa perspectiva, a saúde está para além do simples acesso aos serviços de saúde ou à ausência de doença”

Novos paradigmas na atenção à saúde da mulher

Climatério

(31)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

“A precariedade das condições de vida das mulheres negras leva-as a apresentar em maiores taxas de doenças relacionadas à pobreza, como o câncer de colo de útero, cuja incidência é duas vezes maior do que entre as mulheres brancas.

Além disso, a população negra está mais sujeita a anemia falciforme, a hipertensão arterial, a diabetes mellitus e a infecção por HIV. É também alta a ocorrência de depressão, estresse e alcoolismo neste grupo. Apesar destes e de outros dados, as políticas públicas historicamente têm ignorado a perspectiva étnico-racial da mesma forma que a existência do racismo institucional na saúde”

Novos paradigmas na atenção à saúde da mulher

Climatério

(32)

REFERÊNCIA Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Decisão do gestor

Inclusão da saúde no climatério no planejamento e no orçamento da gestão

Participação das mulheres no controle social nos espaços do SUS Ampliação de ações de promoção da saúde

Capacitação e preparo dos profissionais de saúde

Política pública e normativas de atenção baseadas em evidências Aspectos da gestão em saúde pública

Climatério

(33)

Sugestão de leitura

Brasil. Ministério da Saúde. Manual de atenção à mulher no climatério/menopausa. 2008.

Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_atencao_mulher_climaterio.pdf

Associação Brasileira de Climatério. Consenso Brasileiro de Terapêutica Hormonal da Menopausa. 2014.

Disponível em: http://www.febrasgo.org.br/site/wp-content/uploads/2014/12/SOBRAC.pdf

Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia. Climatério. Manual de Orientação. 2010.

Disponível em: http://docslide.com.br/documents/manual-climaterio-2010.html

Valenca CN, Nascimento-Filho JM, Germano RM. Mulher no Climatério: reflexões sobre desejo sexual, beleza e feminilidade. Saude Soc. 2010;19(2):273-285.

Disponível em: http://www.revistas.usp.br/sausoc/article/viewFile/29646/31516

Fernandes CE, Pinho-Neto JSL, Gebara OCE. I Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC). Sociedade Brasileira de Cardiologia. 2010.

Disponível em: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2008/diretriz_DCV.asp

Referências

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