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ESCOLHENDO A VONTADE DO SENHOR

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Academic year: 2022

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ESCOLHENDO A VONTADE DO SENHOR

Tony Felício – 09/05/2021

esus me alcançou quando eu tinha 8 anos de idade, em uma reunião de crianças. Havia uma irmã muito querida ministrando a Palavra e ela nos apresentou a verdade de que Jesus, na cruz, liberta as pessoas de seus pecados. Apesar da minha pouca idade, eu tinha muita convicção de pecado. Aparentemente eu era muito “certinho”, mas sabia muito bem como fazer as coisas erradas por trás e não deixar as pessoas descobrirem.

Naquele dia, ela falou sobre Jesus que perdoa, liberta e transforma as pessoas quando se chegam até ele. Quando ela fez um apelo, eu levantei minha mão e ali Jesus me salvou. Nos dias seguintes, vivendo na igreja e em casa com meus pais, aconteceu algo muito ruim comigo:

eu fui me acostumando com as práticas religiosas da vida cristã. Participava dos cultos e das orações, fazia minhas “obrigações religiosas”, mas chegou um tempo, já na adolescência, que eu percebi que a minha fé e a minha prática não eram coerentes. Eu estava crendo em algo que não conseguia viver. Percebi que aquilo que eu ouvia dos pastores, lia na Bíblia e até acreditava não era o que eu vivia.

Essa situação me levou a uma aflição muito grande, e então eu fiz uma oração muito intensa: “Deus, se você existe – e eu sei que você existe – eu quero saber QUEM É VOCÊ!”

Parece que o céu inteiro me ouviu naquela hora, pois tudo passou a trabalhar para me responder – e todas as respostas que vinham, tinham a ver com a pessoa de Jesus Cristo.

Naquela época, nossos pastores estavam passando por um momento muito radical em relação ao que eles criam, praticavam e queriam que a igreja vivesse. Então eu ouvi uma ministração que colocava o contraponto entre o religioso e o discípulo de Jesus, entre a vida teórica e a vida prática. Lembro-me perfeitamente quando foi anunciado que JESUS CRISTO É O SENHOR. É claro que eu já tinha ouvido essa expressão, mas naquele dia foi diferente, foi especial e conseguiu me transformar de forma definitiva. A partir de então, comecei a ouvir irmãos muito preciosos ministrarem sobre o senhorio de Cristo.

Certo dia, em um Encontro, um pastor deu uma palavra muito forte, muito cheia de graça e unção sobre isso, e ele disse uma frase que me libertou: “Você que é controlado pela sua vontade, eu quero lhe anunciar que existe um Senhor que pode e quer controlar sua vontade e te libertar de você mesmo!” Essas palavras, para mim, foram tão assustadoramente fantásticas que eu fiquei literalmente paralisado.

Quando acabou a reunião e todos foram saindo do salão onde estávamos reunidos, eu fiquei lá por mais um bom tempo, pensando: “Por que ninguém me disse isso antes?”. Mas eu já tinha ouvido isso, porém naquele dia eu entendi que a minha vontade, quando contrariava a de Deus, me aprisionava e me fazia mal. Eu achava que fazer a minha vontade me tornaria feliz, mas na verdade, em muitos momentos, ela contrariava a vontade de Deus. Então eu vivia nessa

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“briga”, achando que ter uma vontade significava “ter de fazer alguma coisa”. “Tony, o soberano” – era assim que eu vivia. Mas daquele dia em diante o SENHOR se revelou a mim.

Era como se eu tivesse passado por uma segunda conversão.

Portanto, falar de Jesus como Senhor não é algo teórico, mas sim uma experiência libertadora, não apenas de um dia ou momento, que estabelece uma condição maravilhosa de paz em nossas vidas. Quem não quer ter um Rei, um Senhor que estabelece a paz?

Nós lemos sobre muitos governantes de tantas épocas e histórias e dificilmente achamos um que realmente trabalhou – ou ainda trabalha – para o bem do seu povo. A grande maioria trabalha apenas para si mesmo ou para seu grupo político, porém o nosso Jesus, que é Soberano sobre todas as coisas, que é o centro de tudo que existe, trabalha por amor e para o bem daqueles que são seus. Desta forma, receber Jesus como o Rei e Senhor, como autoridade significa DESCANSAR EM SEU GOVERNO, EM SUA VONTADE; DEIXÁ-LO GOVERNAR NOSSAS VIDAS. Isso nos parece pesado ou libertador?

O apóstolo Paulo, escrevendo aos romanos, estabelece uma relação muito verdadeira e poderosa entre salvação e senhorio de Cristo:

Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Porque com o coração se crê para justiça e com a boca se confessa a respeito da salvação. Porquanto a Escritura diz: “Todo aquele que nele crê não será confundido.” Pois não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam. Porque: “Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo.” (Rm 10.9-13)

É importante entendermos essa relação, porque alguns pensam que ter Jesus como salvador é tê-lo como um “gênio da lâmpada”: se o “esfregarmos” com algumas orações e jejuns ou com alguns cultos “poderosos” ele fará a bondade de nos conceder algum desejo.

Mas sabemos que não é assim que funciona. Se Jesus fosse apenas o meu “ajudante” e eu o senhor dele, se tudo o que eu desejasse e pedisse ele fizesse, eu estaria literalmente perdido!

Graças a Deus que não é assim. Na verdade, é o oposto disso. Ele me salva exercendo o seu senhorio sobre minha vida, sendo a máxima autoridade sobre mim. Ele me diz qual é a sua vontade e eu me submeto com alegria; ele me mostra o caminho certo e eu o sigo com alegria;

ele me diz o que deseja e eu me envolvo com seu desejo. Isso é ter Jesus como SENHOR.

É importante e necessário que eu creia nele como o SENHOR, o Kyrius da minha vida, sujeitando-me como um doulos (servo, escravo). Desta forma, eu me coloco diante dele, não como alguém que me deve algo, mas como alguém que morreu por mim e, sendo assim, minha resposta mais óbvia a Ele é entregar-lhe minha vida por completo.

Pr. Jamê conta uma história muito interessante. Em um país que ele visitou, que tem a monarquia como sistema de governo, saindo um dia para visitar alguns lugares, ele percebeu que a maior parte da população estava vestida de amarelo. Ao perguntar o motivo, alguém lhe respondeu: “É porque hoje é o aniversário do rei e ele gosta de amarelo”. Isso me impressionou

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muito e me levou a fazer uma pergunta: “Que tal, ao invés de brigar com Deus pelas coisas que eu gosto, perguntar-lhe o que ELE gosta?”

Há muitas coisas que Deus nos deu que são próprias da nossa personalidade e não há problema algum em gostar delas. O problema é quando a nossa vontade é diferente da vontade de Deus! Quando elas são distintas, um dos dois precisa perder para o outro ganhar. Porém, sabemos que a vontade dele sempre é “boa, agradável e perfeita” (Rm 12.2).

Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. Quer, pois, vivamos ou morramos, somos do Senhor. Foi precisamente para esse fim que Cristo morreu e ressurgiu: para ser Senhor tanto de mortos como de vivos. (Rm 14.8,9)

Essas frases estabelecem com muita clareza e simplicidade o nosso estilo de vida e o nosso destino. Para quem eu e você vivemos? Para nós mesmos ou para o Kyrius, o Soberano, o Senhor de tudo e de todos? E se morrermos, morreremos para Ele e estaremos com Ele. Isso é o SENHORIO DE CRISTO. Este deve ser o nosso estilo de vida: não viver para nós mesmos, mas para Cristo e para a vida que ele quer que vivamos.

Quero citar quatro aspectos que são respostas nossas ao senhorio de Jesus, que têm a ver com o que cremos, com o queremos realizar para ele e onde queremos chegar como igreja.

1) Uma igreja preparada, coerente com o Noivo.

Se Jesus é o Senhor e sua vontade deve ser realizada, então ele está trabalhando para ter um povo na Terra, a sua Igreja, criando por meio dela todas as condições necessárias para que ele possa voltar.

O Noivo tem um desejo em sua mente, uma vontade em seu coração que é encontrar-se com sua Noiva. Ora, se o maior desejo do Noivo é encontrar para si uma Igreja preparada, qual deve ser então o nosso maior desejo? Obviamente, o mesmo! Todos nós devemos desejar viver para preparar a Igreja para a volta do Senhor Jesus. Todos nós que somos Igreja devemos olhar para o Noivo e dizer: “Amado, o que você deseja de nós para que possamos lhe corresponder perfeitamente?”

No Éden, após Adão ter dado nome aos animais, após cada um ter o seu par, Deus disse:

“Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea” (Gn 2.18). A palavra “idônea” pode ser traduzida também por “uma noiva que lhe corresponda”; “alguém que seja coerente com ele”. Em Efésios 5, Paulo usa a figura do casamento para se referir a Cristo e à Igreja. Podemos então afirmar que o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão trabalhando para preparar uma auxiliadora idônea, alguém que corresponda ao Noivo.

2) Uma igreja santa.

Quando falamos de preparar a Igreja para a volta de Jesus, a primeira coisa que vem em seguida a isso é: “precisamos de uma Igreja santa porque está escrito: ‘Sede santos, porque Eu

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sou Santo’” (1 Pd 1.16). Desculpe a simplicidade das minhas palavras, mas uma girafa não pode se casar com um cachorro simplesmente porque não correspondem, não são da mesma espécie, não são coerentes. A Igreja, para se casar com o Noivo, precisa ser coerente com Ele, corresponder a Ele. Da mesma forma a Igreja, para se casar com o Santo precisa ser igualmente santa.

Este é o projeto eterno de Deus: nos unir definitivamente com Ele nas Bodas do Cordeiro, e tudo o que está acontecendo e irá acontecer até lá é o processo para que isso se realize. Por esse motivo precisamos nos envolver nesse processo, em tudo o que o Pai, o Filho e o Espírito Santo estão envolvidos. Esse é projeto da nossa vida!

Pense agora no seu casamento, na sua profissão, no seu estudo... tudo o que você faz precisa cooperar para que a Igreja seja preparada para a volta de Jesus, pois se esse é o projeto do Senhor também deve ser o projeto dos seus servos. E se ainda não for assim podemos e devemos ajustar. Podemos fazer metanoias, arrependimentos, mudanças de rumos e reestabelecermos o rumo correto. Infelizmente, porém, muitos tem vivido “ensimesmados”, voltados apenas para seus projetos pessoais e momentâneos.

Um dos textos mais profundos sobre o senhorio de Cristo está em Lucas 14, onde Jesus conta uma parábola de um homem que preparou um banquete, convidou muita gente e depois pediu para um servo ir chamar os convidados:

Não obstante, todos, à uma, começaram a escusar-se. Disse o primeiro: Comprei um campo e preciso ir vê-lo; rogo-te que me tenhas por escusado. Outro disse: Comprei cinco juntas de bois e vou experimentá-las; rogo-te que me tenhas por escusado. E outro disse: Casei-me e, por isso, não posso ir. (vs. 18-20)

Percebemos que as três respostas usam verbos que falam de um envolvimento progressivo: ver, experimentar, casar. Às vezes nos deparamos com algo muito bom, que nos chama a atenção, que deveríamos fazer mas a recusamos, alegando estar “muito ocupados”.

Então vamos experimentando coisas que não são as coisas que Jesus experimentaria e isso vai nos afastando do propósito dele para nossas vidas. E pior: nos envolvemos ou fazemos alianças que não cooperam com a maior aliança que temos – a com Deus.

Há uma frase muito usada no mundo que, de certa forma, é perigosa: “Eu não faço isso porque não me sinto confortável”. Mas agora eu quero lhe convidar a reagir de outra forma:

“Senhor, isso lhe agrada, lhe deixa confortável? Você gosta disso?”.

Conversando recentemente com um irmão, eu dizia que há muitas coisas difíceis para mim, pois não são próprias da minha personalidade. Porém, Jesus me mandou fazê-las e então eu faço – e não acredito que isso vai me adoecer emocionalmente. Ao contrário, me deixará mais quebrantado, menos focado em mim e mais focado nele.

As pessoas da parábola acima foram se envolvendo cada vez mais com suas próprias coisas e, quando chegou a hora da festa, quando tudo estava pronto disseram: “Não vamos mais!” Amada Igreja: não sejamos assim! Não sejamos pessoas que Jesus convida para algo e

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respondemos: “Estamos ocupados; achamos algo melhor para fazer”.

3) Uma igreja que serve.

Se a Igreja deve ser santa para poder corresponder ao Noivo, então ela deve ter um estilo de vida que apresente o Noivo ao mundo: o serviço uns aos outros.

É fato que as pequenas coisas diárias nos treinam para isso. Por exemplo, alguém que limpa o salão da igreja preparando-a para a chegada das pessoas está sendo treinado no senhorio de Cristo, porque não está chamando a atenção para si, mas fazendo o que o Pai gosta: servir aos irmãos.

Em João 17.21, Jesus disse: “a fim de que todos sejam um; e como és tu, ó Pai, em mim e eu em ti, também sejam eles em nós; para que o mundo creia que tu me enviaste.” Nós estamos estudando sobre alianças e reavaliando as mesmas para nos tornarmos mais comprometidos uns com os outros, porque o nosso jeito de viver ou anuncia Cristo ao mundo ou repele o mundo de nós.

Tudo deve ser feito por causa do Senhor. Se Ele diz que a nossa comunhão, a nossa unidade, o nosso serviço tem a ver com a fé que a gente ajuda os outros a ter, então devemos continuar vivendo dessa forma porque o Noivo gosta que seja assim.

Eu não perdoo meus irmãos apenas porque é “agradável” perdoar, porque “me sinto bem”, mas sim porque perdoar glorifica ao Senhor! Eu ando com pessoas diferentes de mim porque isso é agradável a Ele! Eu me esforço ao máximo para ter unidade com irmãos que pensam diferente de mim simplesmente porque isso é agradável ao Pai!

Em Atos 2.42-47, lemos como era a vida da igreja que acabara de nascer:

E perseveravam na doutrina dos apóstolos e na comunhão, no partir do pão e nas orações.

Em cada alma havia temor; e muitos prodígios e sinais eram feitos por intermédio dos apóstolos. Todos os que creram estavam juntos e tinham tudo em comum.Vendiam as suas propriedades e bens, distribuindo o produto entre todos, à medida que alguém tinha necessidade. Diariamente perseveravam unânimes no templo, partiam pão de casa em casa e tomavam as suas refeições com alegria e singeleza de coração, louvando a Deus e contando com a simpatia de todo o povo. Enquanto isso, acrescentava-lhes o Senhor, dia a dia, os que iam sendo salvos.

O nosso estilo de vida deve ser tal que gere salvação espontaneamente, ou seja, um modo de vida onde o Senhor encontra total liberdade de trabalhar e agir na vida das pessoas. Nesse

“cenário” que preparamos, o Senhor se move por meio do nosso jeito gentil, servil e aliançado de lidarmos uns com os outros. Que vivamos nesta terra não como visitantes temporários, mas como família de Deus.

Se eu concebo Jesus como o “gênio da lâmpada”, se Ele não atender meus desejos eu

“estou fora”. Eu não consigo admitir, por exemplo, a frase: “vou dar um tempo da igreja”. Ora, só

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há dois lugares para alguém estar: na igreja ou no mundo. Só há império das trevas e reino da luz. Se alguém “der um tempo” da igreja vai para onde? A resposta é óbvia!

Ao contrário disso, estar envolvido com Ele é estar envolvido com os outros. É por isso que não cremos em igreja que acontece apenas no ambiente de salão, de culto. Nós cremos em igreja que se relaciona, em gente ligada, vinculada. Por isso temos os grupos nas casas, que também não são meras reuniões, mas pessoas que amam, amigos que se relacionam e sujeitam-se mutuamente. Isso porque entendemos que a nossa maneira de viver anuncia quem é Jesus para as pessoas!

4) Uma igreja que faz discípulos.

A última recomendação de Jesus antes de subir aos céus foi: “Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações” (Mt 28.19). Para os discípulos, isso era algo muito claro: eles deveriam fazer com outras pessoas o que Jesus havia feito com eles.

Jesus chamou aqueles homens, andou com eles, envolveu-se nos projetos deles para trazê-los para o seu projeto. Então eles andaram com Jesus, ficaram maravilhados com tudo que lhes foi revelado a respeito dele, e a partir dali (com exceção de Judas) eles dedicaram suas vidas até a morte pela causa do seu Mestre. Portanto, fazer discípulos significa gerar pessoas que se envolvam com a causa do Mestre, pessoas que seguem Jesus de verdade. Não pessoas como eu, que aos 8 anos de idade achava que tinha passado a ter uma nova religião, mas pessoas que vão seguir a Cristo mesmo que isso implique em viver e morrer para Ele, mesmo que tenham de dedicar cada dia a Ele até a morte.

Fazer discípulos significa gerar pessoas que correspondam ao Mestre Jesus. Não gerar pessoas que se pareçam comigo, mas que se pareçam com Ele. Se o meu filho se parecer com Jesus e não comigo, com certeza ele estará seguro.

Jesus ainda disse: “ide e fazei discípulos de todas as nações”. Em Atos 1.8, está escrito:

“sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra”. Portanto, em qualquer lugar que eles fossem deveriam olhar para as pessoas, amá-las e cuidar delas como discípulas.

Estávamos conversando com o casal de missionários Paulo e Ariadna e eles nos disseram que estão envolvidos em missões para os povos não alcançados, e nos deram números muito grandes desses povos. O que mais me marcou na conversa foi algo que Ariadna falou: “Irmãos, sabem por que decidimos largar tudo o que estávamos fazendo e vir para cá? Porque descobrimos em Mateus 24.14, que Jesus só vai voltar quando o evangelho do Reino for pregado em todas as nações – e nós queremos que ele volte!” Então a razão de pregarmos o evangelho é para que o Senhor cumpra o propósito dele!

Não pregamos o evangelho para fazer prosélitos ou para aumentar o número de membros da igreja, mas o fazemos para atender “a cor que o rei gosta”, porque é da vontade do Senhor.

Isso está escrito em 1 Timóteo 2.3,4: “Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o

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qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.

Não podemos nos dar ao direito de dizer: “Eu não prego o evangelho porque não levo jeito para isso” ou “porque eu me sinto desconfortável”. Não! Eu preciso ir para Cristo e ele vai resolver isso em mim!

Uma experiência pessoal: eu sou muito pastor e pouquíssimo evangelista. Porém, alguns anos atrás, eu disse: “Senhor, eu estou cansado de ser imitado por mim mesmo! Você pode mudar isso, Senhor?” Então eu passei a ter paixão por pessoas não convertidas e a pregar o evangelho com mais facilidade. Ele resolveu isso em mim! E por que eu pedi que Ele resolvesse isso? Porque eu quero estar envolvido com o que Ele está envolvido, afinal, o texto acima confirma que é da vontade dele que “todos os homens sejam salvos”.

Todos nós precisamos fazer discípulos. Esse é um chamado geral, um chamado para quem é discípulo, um verdadeiro seguidor de Jesus. Alguém que não segue uma religião mas sim, uma Pessoa.

Tudo o que eu disse acima é a nossa visão como congregação em Jundiaí, que é a visão do Senhor para nós. Por isso ela deve ser a visão de todos nós e não somente do presbitério. A MINHA visão deve ser o retrato daquilo que o SENHOR deseja; é algo pronto, resolvido, definido. Se é a visão do Senhor então deve ser também a minha e a sua – e Deus se move por isso!

Resumindo a nossa visão:

UMA IGREJA PREPARADA PARA A VOLTA DE JESUS:

Um povo santo

Aliançados uns com os outros Que faz discípulos entre as nações

-Em relação a Deus, somos “um povo santo”, separado, que lhe corresponde, que é como Ele é. Isso é o que vai tornar o casamento possível.

-Em relação à Igreja, somos cristãos “aliançados uns com os outros”, amigos, comprometidos entre nós.

-Em relação ao mundo, somos discípulos que “fazem discípulos entre as nações”.

Lembro-me de quando eu tinha em torno de 20 anos, Jamê estava reunido com os obreiros na igreja que eu participava em Salvador – BA, e alguém leu um texto que um irmão havia escrito sobre a visão de Deus para a igreja. Era semelhante a tudo o que eu falei acima, mas de forma bem resumida. Naquele momento, Deus falou comigo: “É nisto que eu quero você!”

Então naquele dia eu disse: “Senhor, eu vou viver toda a minha vida dedicado à tua Igreja para que a tua vontade se realize!”

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O nosso Rei é o melhor de todos, é incomparável. Ele nos convida hoje a nos envolvermos no que Ele está fazendo – não porque precisa de nós, pois Ele pode fazer tudo sozinho, mas porque nos quer perto dele. Ele não é um tirano que nos obriga a fazer o que Ele quer, mas porque aquilo que Ele está envolvido é a melhor coisa que podemos nos envolver. Então, mesmo em nossa pequenez, nos convida a estarmos com Ele no que está fazendo. Cada um de nós tem uma parte nisso. O Senhor quer digamos a Ele: “Sim, Senhor. Eis-me aqui. Eu me envolvo com ‘a cor’ que o meu Noivo gosta!”

A pergunta é: podemos dizer a Ele que vamos nos envolver com aquilo que Ele está envolvido? Não é apenas dedicar algum tempo dentre as muitas coisas, mas é fazer tudo em nossa vida ser do jeito que Ele gosta, para que de alguma forma a gente contribua para que a visão dele se cumpra: uma Igreja preparada para recebê-lo, um povo santo, aliançados uns com os outros, que faz discípulos entre as nações. Amém!

Transcrição e Edição: Luiz Roberto Cascaldi

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