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Encarnação Passagem para a felicidade 1. Encarnação Passagem para a felicidade

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Academic year: 2022

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Encarnação –

Passagem para a felicidade

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Solicite nosso catálogo completo, com mais de 300 títulos, onde você encontra as melhores opções do bom livro espírita: literatura infantojuvenil, contos, obras biográficas e de autoajuda, mensagens espirituais, romances palpitantes, estudos doutrinários, obras básicas de Allan Kardec, e mais os esclarecedores cursos e estudos para aplicação no centro espírita – iniciação, mediunidade, reuniões mediúnicas, oratória, desobsessão, fluidos e passes.

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Edição e distribuição

Editora EME

Caixa Postal 1820 – CEP 13360 ‑000 – Capivari – SP Telefones: (19) 3491 ‑7000/3491 ‑5449

vendas@editoraeme.com.br – www.editoraeme.com.br

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Ficha catalográfica elaborada na editora Silva, Francislene Magda da, 1967

Encarnação – Passagem para a felicidade / Francislene Magda da Silva – 1ª ed. nov. 2013 – Capivari, SP : Editora EME.

200 p.

ISBN 978‑85‑66805‑19‑2

1. Espiritismo. 2. Mensagens mediúnicas.

3. Família e educação. 4. Reforma íntima e reencarnação I. TÍTULO.

CDD 133.9

© 2013 Francislene Magda da Silva

Os direitos autorais desta obra foram cedidos pela autora para a Editora EME, o que propicia a venda dos livros com preços mais acessíveis e a manutenção de campanhas com preços especiais a Clubes do Livro de todo o Brasil.

A Editora EME mantém, ainda, o Centro Espírita “Mensagem de Esperança”, colabora na manutenção da Comunidade Psicossomática Nova Consciência (clínica masculina para tratamento da dependência química), e patrocina, junto com outras empresas, a Central de Educação e Atendimento da Criança (Casa da Criança), em Capivari-SP.

CAPA | Rafael Suzuki Gatti

DIAGRAMAÇÃO | Victor Augusto Benatti

REvISÃO | Luís Fernando Souza Spósito

1ª edição – novembro/2013 – 3.000 exemplares

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Sumário

Necessidade da encarnação ...9

Introdução ...11

Educandário Tia Fátima ...13

Romper circuitos viciosos ...15

Primeira parte Introdução – A constituição de uma família ...23

A formação de um casal ...27

A chegada dos filhos ...31

O desenvolvimento da família ...37

As etapas do desenvolvimento da vida familiar ...41

A família e o mundo ...45

Quando a família se perde de si mesma ...49

A família de uma criança depressiva ...53

A família da criança hiperativa ...57

Os pais que se separam dos filhos ...61

(6)

A família e a religiosidade ...65

A família e a religião ...69

A família adolescente ...73

A família e a vocação profissional ...77

A família e a vivência do prazer ...81

A adolescência e os seus possíveis desencontros ...85

A família adulta ...91

A família e o dinheiro ...95

E os filhos casam ...97

Os irmãos ...101

E os pais agora são também avós ...105

Segunda parte Introdução – A vida adulta – conquistas e desafios ...109

Amar a si mesmo ...113

Responsabilizar-se por si mesmo...117

Auscultar a si mesmo ...121

Promover a própria evolução – a transformação das atitudes ...125

Os prazeres do homem adulto ...127

A coragem de romper circuitos viciosos e mudar ...131

O desenvolvimento profissional ...135

O encontro com Deus ...139

A vivência da fraternidade ...143

A importância da amizade ...147

Como lidar com as perdas ...151

O reajustamento das atividades e dos pensamentos com o passar do tempo ...155

(7)

O amadurecimento e o desprendimento ...159

Doar‑se ...163

A integração com o cosmos ...167

Terceira parte Introdução – Testemunhos em prol da regeneração ...171

Superando o medo ...173

A honra e o medo ...177

Do desejo de controle ao desespero total ...181

A baixa imunidade de minha alma (Parte 1) ...185

Recuperando a imunidade da alma (Parte 2) ...187

O desejo de possuir ...189

É preciso reajustar a visão sobre a vida e suas dificuldades...191

Conclusão ...193

Agradecimentos e despedidas ...197

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Necessidade da encarnação

É um castigo a encarnação e somente os Espíritos culpados estão sujeitos a sofrê-la?

A passagem dos Espíritos pela vida corporal é neces‑

sária para que eles possam cumprir, por meio de uma ação material, os desígnios cuja execução Deus lhes con‑

fia. É-lhes necessária, a bem deles, visto que a atividade que são obrigados a exercer lhes auxilia o desenvolvi‑

mento da inteligência. Sendo soberanamente justo, Deus tem de distribuir tudo igualmente por todos os Seus fi‑

lhos; assim é que estabeleceu para todos o mesmo ponto de partida, a mesma aptidão, as mesmas obrigações a cum- prir e a mesma liberdade de proceder. Qualquer privilégio seria uma preferência, uma injustiça. Mas, a encarnação para todos os Espíritos, é apenas um estado transitório.

É uma tarefa que Deus lhes impõe, quando iniciam a vida, como primeira experiência do uso que farão do livre-arbítrio. Os que desempenham com zelo essa ta‑

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refa transpõem rapidamente e menos penosamente os primeiros graus da iniciação e mais cedo gozam do fru‑

to de seus labores. Os que, ao contrário, usam mal da liberdade que Deus lhes concede retardam a sua marcha e, tal seja a obstinação que demonstrem, podem prolon‑

gar indefinidamente a necessidade da reencarnação e é quando se torna um castigo.

S. Luís (Paris, 1859) – O Evangelho segundo o Espiritismo – capítulo iV – item 25.

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Introdução

No plano espiritual, as equipes que compõem um núcleo co- nhecido como Educandário Tia Fátima, o qual faz parte de um espaço maior, a colônia espiritual Redenção, entrelaçaram- -se para elaborar as mensagens a seguir, que compõem todo este livro.

Assim, a partir daqui damos voz a esses amigos, tarefeiros do plano espiritual:

São chegados os tempos de regenerar!

Muito se acredita que, nesta transição de mundo de expiações e provas para mundo de regeneração, o

“mundo externo” irá se transformar!

É preciso ter claro que o mundo só irá se transformar na medida em que os homens se transformarem.

Grandiosa oportunidade esta de regeneração ampa‑

rada nos ensinamentos do Cristo, de mais de 2.000 anos, e nas informações trazidas pelo consolador prometido.

Informações que, na atualidade, ampliam‑se em abun‑

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dância, elucidando, a partir dos aspectos filosóficos, doutrinários e científicos, as verdades espirituais.

As páginas deste livro fazem parte de um projeto que visa à reabilitação de espíritos encarnados e desen‑

carnados. Refletem a vontade das equipes do Educandá‑

rio Tia Fátima e da Colônia Redenção de contribuírem para a implantação do mundo de regeneração através da regeneração dos homens.

É composto de mensagens breves, porém de conteú‑

do profundo, pois abordam o desenvolvimento psico‑

lógico e o espiritual, além dos possíveis desvios nes‑

sa trajetória.

Contém ainda depoimentos‑testemunhos de espí‑

ritos que foram convidados a relatar sua história a fim de estimular nossos irmãos em Cristo à reflexão, a olhar para o mundo íntimo e mobilizar a vontade de aprovei‑

tar o momento presente.

Nossa atual encarnação é o nosso melhor momen‑

to! Avante!

as equipes do Educandário tia Fátima e da Colônia redenção entrelaçadas nos ideais do Cristo.

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Educandário Tia Fátima

Há muito cogitávamos, nós da colônia espiritual Reden‑

ção, a possibilidade de criar um trabalho diferenciado com espíritos recém‑chegados do plano terreno, um tra‑

balho voltado para a assistência e o preparo de espíritos que em suas existências pregressas estiveram encarna‑

dos em lares desestruturados, pois as sequelas decorren‑

tes destas vivências eram muito graves.

O sonho há muito acalentado concretizou-se e hoje, apoiado em vários departamentos, o Educandário Tia Fátima abriga espíritos que passaram pelas situações já referidas.

Existem os setores de recepção, tratamento inten‑

sivo para o refazimento, rememorização das situações conflituosas – onde o ser se conscientiza das causas de suas dores – e vários departamentos de estudos e tera‑

pias que envolvem palestras e as mais variadas sessões de tratamento.

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Os trabalhadores espirituais abnegados (médicos, enfermeiros, psicólogos, mães...), em épocas remotas, fa‑

lharam em seus compromissos e, estudando, ministran‑

do tratamentos, eles se fortalecem para novas existên‑

cias, em que terão mais chance de assumir compromisso real com a cura, principalmente através do exercício científico realizado com amor e dedicação.

Faz parte das atividades de nosso educandário espi‑

ritual a reestruturação e o fortalecimento daqueles que falharam a fim de que se desenvolvam como cuidadores fraternos especializados. O estudo abrange observações de lares, escolas, clínicas, hospitais, reuniões para dis‑

cussão de casos e situações‑problema, com busca de al‑

ternativas de ação para restabelecer os rumos da evolu‑

ção. Tudo isto baseando-se nos ensinamentos do Divino Mestre, na abençoada doutrina dos espíritos e na ciência médica e psicológica ampliada pela visão espiritual.

Nós, sob a orientação de nossa querida “Tia” Fátima, idealizadora deste espaço localizado nas regiões próxi‑

mas à crosta terrestre (e que recepciona os irmãos de‑

sencarnantes como o faria uma mãe), procuramos con‑

tribuir humildemente com nossa experiência e estudo através destas mensagens que seguem, convidando a todos a viver o melhor momento, o momento presente, como uma dádiva da Misericórdia Divina no rumo da realização e da felicidade.

Espírito adelaide, em nome da Equipe do Educandário tia Fátima.

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Romper circuitos viciosos

É com grande alegria que a equipe do Educandário tia Fátima, localizado em paragens do mundo espiritual, traz a lume, de forma humilde, a experiência viven‑

ciada ao longo do tempo no acolhimento de infantes que desencarnam em condições traumáticas e dramá‑

ticas. Embora as duas últimas palavras escritas pos‑

sam dar a ideia de redundância, foram assim coloca‑

das a fim de evidenciar tamanha dor vivenciada por essas crianças.

A negligência impetrada por seus pais, seja por falta de preparo, seja por tantas outras limitações, gera trau‑

mas que levam demorado tempo para a recomposição perispiritual, que se dá acompanhada do gradativo res‑

gate da confiança dessas crianças em outra pessoa.

Elas são acolhidas em condições de precariedade psi‑

cológica, com acentuada desconfiança e pouca motiva‑

ção para dar continuidade à vida imortal.

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Predomina, em suas mentes, o registro da falta do afeto, do abandono afetivo.

Muito se fala em carma, resgate, reajuste. Mas esta‑

mos no rumo da regeneração, portanto já sabemos que a vida não precisa ser encarada dessa forma, se olharmos o nosso próximo como alguém semelhante a nós...

Nós queremos amor, compreensão, limites, respei‑

to, orientação, esclarecimentos. Queremos um rumo para seguir com nossas vidas. Os irmãos com os quais antagonizamos no passado também querem o mesmo;

ainda que nos solicitem isso de modo confuso, incoeren‑

te, agressivo.

Por que então vamos justificar nossas reações em re‑

lação ao nosso próximo remontando ao passado?

Por que não aprendermos a nos posicionar com inte‑

gridade, aliando amor, verdade, limite e compromisso com a evolução?

Aqui no educandário, além de acolhermos as crian‑

ças, abrigamos como integrantes de uma mesma equipe pais, mães e profissionais que se equivocaram e não fi‑

zeram jus ao papel que optaram por desempenhar em encarnações anteriores.

Agora despertos, em sua alma urge o desejo de agir diferente e cuidar dos necessitados no resgate da espe‑

rança e da confiança na vida, de inspirar e alertar outros tantos para que não incorram contra as leis divinas e imutáveis como eles incorreram.

Afrontar as leis divinas não implica punição, mas suscita o tormento da culpa em que muitos se perdem,

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macerando a própria alma num mecanismo psicológico de defesa. O ser acredita estar sendo acusado e cobrado pelo outro e passa a ser permissivo; ou, então, impacien‑

te, intolerante, impedindo‑se de educar, de cuidar, pois não está sendo capaz de se educar e de se cuidar.

Nesse circuito vicioso (culpa – permissividade – in‑

tolerância – impaciência), a educação e a autoeducação não se efetivam; e, na fieira das reencarnações, os anta‑

gonistas promovem a agressão e a autoagressão, inibin‑

do a evolução natural e salutar da vida, lesando suas energias, seu psiquismo, seu espírito imortal.

Estamos imersos nas leis divinas e imutáveis. Dentre elas destacamos, neste momento evolutivo da humani‑

dade, a lei de progresso, que naturalmente nos impele a ir adiante.

Em nosso íntimo, trazemos a centelha divina pul‑

sante, que, associada aos mecanismos das leis, con‑

duz-nos novamente ao caminho da consciência e da evolução.

Saímos do caminho. Procuramos os atalhos em busca de facilidades e nos embaraçamos, trazendo mais difi‑

culdades para nossa trajetória. É assim que despende‑

mos energias desnecessárias, encurtamos nosso tempo reencarnatório e terminamos esta etapa com débitos pessoais em relação à nossa própria consciência. Não cumprimos as metas estabelecidas para a nossa evolu‑

ção. Enganamo-nos, acreditando que podemos burlar as leis, e acabamos por boicotar a nós mesmos.

A atual encarnação é o nosso melhor momento, pois

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é o tempo presente à oportunidade de dar novo signi‑

ficado aos conteúdos psicológicos de vivências trau‑

máticas e dramáticas. É o momento de fazer realmente diferente do que já fizemos até então diante de situa‑

ções embaraçosas.

É o momento de romper o circuito culpa – permissivi- dade – intolerância – impaciência, para instalar o circuito autoperdão – autoamor – autoconsciência – autodesenvolvi- mento; e, em seguida, o circuito compreensão – tolerância – fraternidade – progresso – evolução.

O caminho para realizar da forma mais plena possí‑

vel as metas da encarnação é assumir-se como filho de Deus. Filho que se equivocou ao longo do caminho, mas que, sendo filho de Deus, é por ele amado e criado com plenas condições de retomar a rota do filho pródigo e fazer florescer a vida, onde ela parecia ceifada.

O objetivo desta obra é elucidar, de forma didática, as nuances do resgate psicológico de pais, filhos, profis‑

sionais, espíritos imortais, a fim de contribuir para que a educação e a autoeducação sejam as molas propulsoras do progresso da humanidade.

Abordaremos os equívocos já cometidos por todos nós e faremos sugestões baseadas em nossa experiência de vida em resgate psicológico e dos irmãos que há al‑

gum tempo acompanhamos nas mesmas condições.

Procuramos atender, desta forma, aos apelos de to‑

dos aqueles que se sentem inseguros, com a nítida sen‑

sação de estar errando, sem saber de modo claro onde estão falhando e muito menos que caminho seguir.

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Essa sensação é promovida pela consciência que con‑

tém em si as leis divinas.

Os impedimentos momentâneos para a clareza so‑

bre o erro e sobre como se ajustar são gerados, princi‑

palmente, pelo orgulho, pelo medo, pelo sentimento de culpa que leva, muitas vezes, a culpar o outro, livrando‑

-nos de nossas responsabilidades. Desconectamo-nos da situação a fim de abrandar a nossa dor; mas não conse‑

guimos, apenas nos enganamos.

Assumamo-nos como filhos de Deus, portadores de DNA divino, com plenas condições de reabilitação e de autoiluminação.

Sigamos todos juntos, cada um no seu compasso, po‑

rém, todos na mesma direção, indo ao encontro do Pai da vida.

Assim seja!

adelaide, em nome da equipe do Educandário tia Fátima.

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Primeira parte

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Introdução

A constituição de uma família

A família é o núcleo onde os espíritos encontram‑se de modo mais íntimo e afetivo a fim de cada um burilar o seu próprio espírito.

Quando da constituição de um grupo familiar, os se‑

tores de planejamento reencarnatório avaliam diversas possibilidades para a composição desse grupo, ensejan‑

do o êxito desse encontro de almas.

De uma forma geral, quando há a necessidade da harmonização espiritual entre os seres, entre eles, reen‑

carnam espíritos com algumas qualidades espirituais mais desenvolvidas a fim de ser o sustentáculo do gru‑

po, apaziguando os conflitos, incentivando a harmonia e a superação, envolvendo afetivamente, aquecendo os corações empedernidos na resistência do orgulho.

Se vocês observarem em seus grupos de convivência social, religioso e mesmo em suas famílias, constatarão que, naquelas famílias que atravessam períodos pauta‑

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dos pela dor do desentendimento, há uma figura que se destaca pela fé, pela disposição em propor o entendi‑

mento; não necessariamente a figura materna, pode ser o pai, uma tia, um avô, um primo, um filho mais velho, sempre haverá alguém e isso não é obra do acaso, mas sim de um planejamento com vistas à evolução.

Esse espírito que se diferencia, geralmente, dispõe‑se a integrar esse grupo familiar a fim de contribuir para a sua evolução.

Os antagonistas se encontram a fim de descobrirem outras possibilidades de conviverem e se relacionarem que não seja pela agressividade, pela competição, pelo orgulho, pela ambição desmedida, que traz embutida em si a ideia de aniquilar o outro.

Muitas vezes, anos se passam sem que ocorram alte‑

rações significativas nesse quadro. E aí, na interação so‑

cial, entra‑se em contato com outras referências e começa a “dar vontade” de viver de outra forma. Observamos ou‑

tros modelos familiares, outras condutas diante da vida, outros ambientes e, conscientemente, modificamo-nos e colocamo-nos de outra maneira em nosso grupo familiar.

Nossos próximos, mais próximos, começam a per‑

ceber e se engajam nessa nova sintonia, e o panorama das relações familiares começa a mudar. Muitas vezes, o grupo todo se modifica; e, de outras vezes, um ou outro membro resiste à mudança.

Esse que resiste torna mais difícil o próprio projeto reencarnatório, pois insiste em remar contra a maré, so‑

litário. Mas, sempre poderá despertar e se integrar.

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O que abordamos até este ponto diz respeito aos grupos familiares mais carentes de harmonização. Am‑

pliemos nossa compreensão sobre os grupos em que os membros se encontram a fim de fomentar a evolução da humanidade.

Geralmente, nessas famílias, a religiosidade já está presente, independente do credo religioso. A ideia de Deus, o ideal fraterno movem as relações desse grupo em relação ao mundo, inclusive, auxiliando o grupo anteriormente descrito, pois se tornam referência na sociedade. São as famílias alegres, entusiasmadas, fer‑

vorosas, honestas, solidárias, onde até aqueles de mais tenra idade mostram‑se afáveis e doam‑se ao outro com naturalidade.

Como já pode ser percebido, essas famílias são sus‑

tentáculos para a evolução da humanidade, pois viven‑

ciam, naturalmente, o bem, esparzindo-o no mundo, despertando consciências.

Existe ainda outro tipo de constituição familiar, que é aquela que passa por grandes traumas como: perdas de entes queridos, abandono, separações, miséria, traições, catástrofes entre outros dramas. Esse é o grupo que pre‑

cisa desenvolver em si, com certa urgência, a resignação e a fé que move à aceitação e à transformação. São impe‑

lidos a isso de modo trágico e impactante pela misericór‑

dia divina que, dessa forma, convida a reconhecer que não há o controle e o domínio, mas sim a aquiescência à sabedoria divina, e o potencial para o recomeço. Ge‑

ralmente, esse grupo é constituído de pessoas que mal‑

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barataram recursos materiais, conhecimento e afeto em existências pretéritas.

De modo breve, explanamos sobre a constituição dos grupos familiares. Cada tipo com características pecu‑

liares a serem trabalhadas para que ocorra o desenvol‑

vimento do espírito e do grupo. Uns precisam despertar para o entendimento ao invés de antagonizar; outros precisam exemplificar aquilo que de bom já descobri‑

ram como o caminho para a realização; outros ainda precisam valorizar a vida e seus recursos abundantes para a realização de feitos pautados na vivência do bem.

Famílias, a nossa atual reencarnação é o nosso me‑

lhor momento!

O que precisamos despertar em nós e transformar para melhor?

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A formação de um casal

Em outras épocas, quando o primitivismo e o materialis‑

mo conduziam de forma predominante as relações, os casamentos eram arranjados com o objetivo de ampliar fortunas e deter o poder temporário na ilusão de que o mesmo fosse eterno.

Com o passar do tempo, com as emoções eclodindo e rumando para os sentimentos, as relações passaram a ser permeadas pelo cortejo e pelo namoro junto com a busca da detenção da fortuna e do poder.

Com essa mescla, as insatisfações, as injustiças, as carências afetivas foram se evidenciando, passando a ocorrer a busca pela satisfação do ego através de liga‑

ções clandestinas movidas pelo ímpeto da paixão por si mesma, indo ao encontro de outro na mesma situação.

Passou‑se a clamar pela liberdade, que passou a ser libertinagem. As relações tornaram-se efêmeras e super‑

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ficiais, sem que existisse tempo para um real envolvi‑

mento afetivo e a construção do casal.

Nesse breve passeio panorâmico pela história, pode‑

‑se constatar que ainda não há a formação ou a consti‑

tuição de um casal.

Há o que podemos chamar de exceções. Por mais que isso cause espanto, é a mais pura expressão da realida‑

de. As exceções são aquelas relações em que há a ligação afetiva, ainda que conturbada, permeada pelo empenho em superar divergências, aparar arestas e construir uma vida em comum.

Muitos casais dão essa impressão, mas mascaram com requintada maquiagem as insatisfações, a clandes‑

tinidade, o primitivismo. vivenciam assim a real soli‑

dão, a rejeição. vingam-se. Agridem-se mutuamente.

vivem um vazio existencial, e a falta de rumo para a própria existência. Nesse clima afetivo, dizem ser um casal, uma família.

Como esse quadro é revertido?

Na medida em que, no âmago do ser, este se dá conta de sua real situação, assumindo‑a para si mesmo, deci‑

dindo dar um sentido diferente à sua vida. Muitas ve‑

zes, isso significa empenhar-se para resgatar a relação atual e, verdadeiramente, formar um casal. Outras ve‑

zes, passa pela separação conjugal consciente; e, outras vezes ainda, passa pelo desenvolvimento pessoal como forma de evoluir.

Portanto, estamos no caminho evolutivo, aprenden‑

do a nos relacionar e interagir afetivamente. Muito já

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nos equivocamos na retaguarda. Muitas vezes, já tenta‑

mos nos redimir e repetimos padrões comportamentais e relacionais, mostrando-nos resistentes à mudança.

Atualmente, com a ampla gama de informações, com o investimento das doutrinas religiosas, e com o desper‑

tar do espírito estamos exercitando a vivência afetiva e salutar. As relações são mantidas com o cultivo do res‑

peito, da perseverança, do carinho, da troca de gentile‑

zas, do apoio nos momentos difíceis, o que favorece a constituição da família.

A relação conjugal é o alicerce que sustenta a evolu‑

ção do grupo familiar, seja de que ordem evolutiva for esse grupo. Daí a importância de, no momento atual, combater a precocidade da vida afetivo‑sexual, a bana‑

lização da imagem corporal, a precipitação em casar. A insistência em manter relações desgastadas, em que as almas são corroídas pelo ódio, pela vingança, despen‑

dendo energias que poderiam ser direcionadas de modo construtivo caso o ser se permitisse a transparência mo‑

ral e psicológica em busca do autoaprimoramento.

Os conceitos e os pré-conceitos precisam de revisão urgente. A formalidade não pode se sobrepor à realida‑

de psicológica e espiritual do ser integral.

É preciso compreender que, na base de uma relação conjugal, não está apenas a necessidade de resgatar, a questão é bem mais ampla. Os seres devem se encon‑

trar e se unir a fim de se apoiarem mutuamente no seu desenvolvimento como individualidades que são e jun‑

tos compartilharem essa trajetória de autorrealização.

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Construir uma relação sólida, onde transitem entre a construção conjunta e a evolução espiritual individual, intransferível, despojada da ideia do somos uma só car‑

ne, ou de que somos almas gêmeas.

Resgatar é ativar em si e ampliar, constantemente, a centelha divina, ofertando ao outro o nosso potencial crístico de modo natural.

Ativado o nosso brilho crístico, naturalmente, sere‑

mos construtivos, gentis, respeitosos, mantendo rela‑

ções saudáveis, desembaraçadas das insatisfações, pois, cultivando a plenitude, não estaremos esperando de nosso parceiro o que nós temos de fazer por nós mesmos e compartilhar.

É comum projetar no outro nossas insatisfações, bem como a expectativa de que o outro nos faça felizes. As‑

sim se estabelecem as relações conflitantes, que impli‑

cam no resgate de si mesmo e não em relação ao outro.

Os casais que conseguem verdadeiramente assim se constituir, aos quais poderíamos chamar de casais evo‑

luídos, são compostos de individualidades que no en‑

contro se realizam, apoiando-se mutuamente.

Convidamos à renovação de conceitos, visando à acolhida afetiva e fraterna daqueles que reencarnam ne‑

cessitando de referências salutares.

Vamos à renovação!

Referências

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