UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ECONOMIA - CAEN MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA – MPE
JULIANNE GODOY
ANÁLISE DE RISCOS DE MERCADO NO APREÇAMENTO DAS INDÚSTRIAS DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASOS
FORTALEZA
JULIANNE GODOY
ANÁLISE DE RISCOS DE MERCADO NO APREÇAMENTO DAS INDÚSTRIAS DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASOS
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Economia do Curso de Pós-Graduação em Economia – CAEN, da Universidade Federal do Ceará - UFC, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Economia. Área de Concentração: Finanças e Seguros.
Orientador: Prof. Dr. Edson Daniel Lopes Gonçalves
JULIANNE GODOY
ANÁLISE DE RISCOS DE MERCADO NO APREÇAMENTO DAS INDÚSTRIAS DO SETOR DE ALIMENTOS – ESTUDO DE CASOS
Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado Profissional em Economia do Curso de Pós-Graduação em Economia – CAEN, da Universidade Federal do Ceará - UFC, como parte dos requisitos para obtenção do título de Mestre em Economia. Área de Concentração: Finanças e Seguros.
Aprovada em: 1º de março de 2012
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________ Prof. Dr. Edson Daniel Lopes Gonçalves (Orientador)
Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ)
_____________________________________________ Prof. Dr. Maurício Benegas
Universidade Federal do Ceará (UFC)
_____________________________________________ Prof. Dr. Paulo de Melo Jorge Neto
RESUMO
O presente trabalho tem como objetivo verificar se as informações preditivas quanto aos
riscos de mercado mencionados nos prospectos das companhias abertas, exigidos pela CVM – Comissão de Valores Imobiliários que auxiliam para explicarem a rentabilidade das
companhias. Serão realizadas análises para 4 (quatro) companhias do setor de alimentos
(estudo de casos), utilizando 2 (dois) modelos: 1) O CAPM tradicional – Capital Asset Pricing Model; 2) APT – Arbitrage Pricing Theory, incluindo como variáveis explicativas o retorno da carteira de mercado IBOVESPA e as variáveis de riscos de mercado informadas
nos documentos das companhias em atendimento à CVM. Com a utilização e comparação
destes modelos, será possível, também, inferir qual o melhor modelo de apreçamento para
estas companhias, a partir dos resultados encontrados.
ABSTRACT
The objective of this paper is to verify whether all predictive information regarding the
market risks mentioned on prospect of listed companies, required by CVM – Comissão de Valores Mobiliários (Securities and Exchange Commission of Brazil), helping to explain the
profitability of companies. Four (4) analysis will be performed for companies in the food
sector (case study) using 2 (two) models: 1) The traditional CAPM – Capital Asset Pricing Model; 2) APT – Arbitrage Pricing Theory, including as variables the return over the IBOVESPA market portfolio and the variables informed on the financial reports and
documents of the companies in compliance with CVM. Applying and comparing these
models will also enable us to infer the best pricing model for such companies, based on the
results found.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Retornos – Ação x Ibovespa... 37
Gráfico 2 - Retornos – Ação x Dólar... 38
Gráfico 3 - Retornos – Ação x CDI... 39
Gráfico 4 - Retornos – Ação x Porco... 40
Gráfico 5 - Retornos – Ação x Frango... 41
Gráfico 6 - Retornos – Ação x Boi... 42
Gráfico 7 - Retornos – Ação x Ibovespa... 43
Gráfico 8 - Retornos – Ação x Dólar... 44
Gráfico 9 - Retornos – Ação x Peso... 45
Gráfico 10 - Retornos – Ação x CDI... 46
Gráfico 11 - Retornos – Ação x Boi... 47
Gráfico 12 - Retornos – Ação x Frango... 48
Gráfico 13 - Retornos – Ação x Porco... 49
Gráfico 14 - Retornos – Ação x Ibovespa... 50
Gráfico 15 - Retornos – Ação x Dólar... 51
Gráfico 16 - Retornos – Ação x CDI... 52
Gráfico 17 - Retornos – Ação x Boi... 53
Gráfico 18 - Retornos – Ação x Porco... 54
Gráfico 19 - Retornos – Ação x Frango... 55
Gráfico 20 - Retornos – Ação x Ibovespa... 56
Gráfico 21 - Retornos – Ação x Dólar... 57
Gráfico 22 - Retornos – Ação x CDI... 58
Gráfico 23 - Retornos – Ação x Trigo... 59
Gráfico 24 - Retornos – Ação x Óleo de Soja... 60
Gráfico 25 - Retornos – Ação x Óleo de Palma... 61
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 - Resultado dos modelos estimados para o período total – 30/06/2007 a 30/11/2011... 20
Quadro 2 - Resultado dos modelos estimados para o período antes da crise – 30/06/2007 a 30/06/2008... 23
Quadro 3 - Resultado dos modelos estimados para o período durante a crise – 01/07/2008 a 30/06/2009... 26
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
APT Arbitrage Pricing Theory
BRF Brasil Foods S.A.
CAPM Capital Asset Pricing Model
CDI Certificado de Depósito Interbancário
CVM Comissão de Valores Mobiliários
ITR Informações Trimestrais
JBS JBS S.A.
MARFRIG Marfrig Frigoríficos e Comércio de Alimentos S.A.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO... 9
1 BREVE HISTÓRICO DA RECULAMENTAÇÃO DA CVM QUANTO A EXIGÊNCIA DE DIVULGAÇÃO DE FATORES DE RISCOS PELAS COMPANHIAS... 10
2 BASE DE SELEÇÃO E HISTÓRICO DAS COMPANHIAS SELECIONADAS PARA O ESTUDO DE CASO... 13
3 METODOLOGIA... 17
4 RESULTADOS... 19
CONCLUSÃO... 34
REFERÊNCIAS... 35
INTRODUÇÃO
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), como regulador do mercado de
capitais brasileiro, nos últimos anos tem ampliado o nível de exigência das companhias de
capital aberto quanto à divulgação dos fatores de riscos, com o objetivo de possibilitar que
investidores realizem suas próprias análises e avaliações dos parâmetros que devem ser
considerados quando da aquisição das ações de uma certa companhia.
Ante o exposto, este trabalho tem o objetivo de verificar se somente os fatores de
riscos quantitativos, que representam os riscos de mercado, divulgados pelas companhias de
capital aberto de acordo com as exigências da CVM auxiliam para explicarem a variação da
rentabilidade das companhias em questão.
Serão realizadas análises para 4 (quatro) companhias do setor de alimentos
(estudo de casos), utilizando 2 (dois) modelos:
O CAPM tradicional –Capital Asset Pricing Model
APT – Arbitrage Pricing Theory, incluindo como variáveis explicativas o retorno da carteira de mercado IBOVESPA e as variáveis de riscos de mercado
informadas nos documentos das companhias em atendimento à CVM.
Com a utilização e comparação destes modelos, será possível, também, inferir
qual o melhor modelo de apreçamento para estas companhias, a partir dos resultados
encontrados.
Deste modo, este trabalho se enquadra no campo de “Accounting and Economics”, uma vez que será investigado o impacto de uma norma de “disclosure” na rentabilidade das respectivas companhias.
Este trabalho se divide em 4 (quatro) capítulos, sendo que o Capítulo 1 é um breve
histórico da regulamentação da CVM quanto à exigência de divulgação de fatores de riscos. O
Capítulo 2 menciona a base de seleção das companhias e o histórico das companhias
selecionadas para este estudo de caso. O Capítulo 3 enfoca a metodologia da pesquisa (estudo
de casos). O Capítulo 4 indicará os resultados da pesquisa (estudo de casos). E, finalmente,
1 BREVE HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DA CVM QUANTO A EXIGÊNCIA DE DIVULGAÇÃO DE FATORES DE RISCOS PELAS COMPANHIAS
De acordo com aLei no. 6.385, de 7 de dezembro de 1976, que criou a CVM, esta
tem as seguintes funções:
assegurar o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliários contra emissões irregulares e atos ilegais de administradores e acionistas controladores de companhias ou de administradores de carteira de valores mobiliários;
evitar ou coibir modalidades de fraude ou manipulação destinadas a criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de valores mobiliários negociados no mercado;
assegurar o acesso do público a informações sobre valores mobiliários negociados e as companhias que os tenham emitido;
assegurar a observância de práticas comerciais equitativas no mercado de valores mobiliários;
estimular a formação de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; promover a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações e estimular as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias abertas.
Para atender seus objetivos a CVM regulamenta o mercado de bolsas de balcão
por meio dos atos normativos: instruções, deliberações e pareceres de orientação.
Neste capítulo, também, abordaremos a evolução das instruções da CVM que
exigem a divulgação dos fatores de risco, com o objetivo de permitir que os investidores
realizem suas próprias análises e avaliações destes parâmetros que devem ser considerados
quando da aquisição das ações de uma certa companhia.
A primeira exigência para divulgação dos fatores de riscos deu-se com a Instrução
da CVM No. 400, de 29 de dezembro de 2003, que revogou a instrução CVM No. 13, de 30
de setembro de 1980 e a Instrução CVM No. 88, de 3 de novembro de 1988. Tais instruções
tinham a finalidade de regulamentar as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários,
nos mercados primário e secundário.
Entre as exigências para companhias obterem o registro de permissão de
negociação de papéis no mercado de capital aberto, de acordo com a Instrução da CVM No.
400 era necessário que a companhia elaborasse um documento chamado prospecto, com um
conteúdo amplo que visava o tratamento equitativo aos ofertados, transparência e adequadas
divulgações sobre a oferta pública, indo de encontro com as boas práticas de governança
Como parte deste conteúdo, os fatores de risco deveriam ser mencionados:
Expor, em ordem de relevância, os fatores relacionados com a emissão, com o valor mobiliário, com a emissora, com o setor da economia em que atua ou que passará a atuar, com seus acionistas e com o ambiente macroeconômico que possam, de alguma forma, fundamentar decisão de investimento de potencial investidor, devendo ser considerado no horizonte de análise de risco o prazo do investimento e do valor mobiliário distribuído e a cultura financeira dos investidores destinatários da oferta. (ANEXO III, DA INSTRUÇÃO DA CVM 400).
A próxima alteração veio com a Instrução da CVM Nº 480, de 7 dezembro de
2009, que substituiu a Instrução CVM n° 202, de dezembro de 1993.
Este documento resultou em alterações importantes na quantidade e qualidade das
informações que são colocadas à disposição dos investidores e do mercado periodicamente,
trazendo as regras brasileiras a padrões muito próximos daqueles recomendados pelas
instituições internacionais especializadas em mercado de valores mobiliários.
Em relação à maioria dos temas, a Instrução pede níveis de informação
semelhantes aos exigidos pela Instrução CVM nº 400 (sobre as ofertas públicas de
distribuição de valores mobiliários), de 29/12/2003, mas em um formato que privilegia o
melhor entendimento do investidor.
A mesma aprofunda o nível de informação em alguns tópicos, merecendo
destaques as seções sobre transações com partes relacionadas, comentários dos diretores,
riscos de mercado, assembleias gerais e administração, e remuneração dos administradores.
Quanto aos riscos de mercado, além de serem divulgados, como já eram exigidos
pela Instrução da CVM No. 400, passa a ser exigida a divulgação de forma quantitativa e em
formulário específico chamado “Formulário de Referência”.
O Formulário de Referência é uma das informações periódicas que deve ser
disponibilizada por meio do sistema eletrônico disponível na página da CVM, em
atendimento à Instrução da CVM no. 480, de 7 de dezembro de 2009, que dispõe sobre o
registro de emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados
regulamentados de valores mobiliários.
No Formulário de Referência temos, relativo a Riscos de Mercado, o item 5.1 do
anexo 24, que solicita: “Descrever, quantitativa e qualitativamente, os principais riscos de mercado a que o emissor está exposto, inclusive em relação a riscos cambiais e a taxas de
Vale, também, mencionar a Deliberação da CVM No. 550, de 17 de outubro de
2008, referente à apresentação de informações dos instrumentos financeiros derivativos em
notas explicativas, sendo a divulgação exigida a partir do trimestre encerrado em 30 de
setembro de 2008.
A Deliberação da CVM No. 550 exige que as companhias abertas divulguem em
notas explicativas nas Informações Trimestrais (ITR), as informações qualitativas e
quantitativas sobre os instrumentos financeiros derivativos que tenham alteração de seus
valores em mudanças das taxas de juros, preço das commodities, taxa de câmbio, índices de
créditos ou outras variáveis; ou seja, variáveis as quais estão associadas a riscos de mercado.
Na nota explicativa deve ser apresentado um demonstrativo de análises de sensibilidade da
Companhia considerando os cenários provável, possível e remoto de alteração das variáveis
que mudam os valores dos instrumentos financeiros derivativos da Companhia.
Tal deliberação foi emitida logo após grandes companhias terem sofrido prejuízos
relevantes com derivativos ligados à alta do dólar; como exemplo temos a Sadia S.A., no
montante de 360 milhões de dólares, a Aracruz, no montante de 2.130 milhões de dólares e o
Grupo Votorantim, no montante de 1.040 milhões de dólares.
Desta forma, com as divulgações das informações pelas companhias conforme
exigido na deliberação da CVM 550, mais uma vez a CVM estava reforçando o conceito de
que as informações divulgadas devem conter informações suficientes, de modo a permitir que
os investidores façam suas próprias análises e avaliações no momento de aquisição de ações
2 BASE DE SELEÇÃO E HISTÓRICO DAS COMPANHIAS SELECIONADAS PARA O ESTUDO DE CASO
Com base na Economática, ferramenta que contém armazenado um amplo banco
de dados de informações financeiras das companhias de diversos setores, foram selecionadas
as 20 companhias de capital aberto do setor de alimentos e bebidas existentes; deste total, 11
são referentes à indústria de alimentos, 4 são referentes à indústria de bebidas, 4 são referentes
à indústria sucroalcooleiro e 1 companhia não apresentava informações atualizadas
disponíveis na internet e nem na CVM.
Do total das companhias pertencentes à indústria de bebidas, 3 são referentes à
indústria de café e que não comercializaram, nos últimos anos, ações na bolsa de valores; do
total das companhias da indústria de alimentos, 3 companhias não comercializaram, nos
últimos anos, ações na bolsa de valores
Diante do exposto, selecionamos as 4 companhias da indústria de alimentos que
possuíam atividades semelhantes e informações disponíveis divulgadas quanto ao risco de
mercado para realizarmos a pesquisa proposta neste trabalho, sendo elas: JBS S.A. (JBS),
Marfrig Alimentos S.A. (MARFRIG), Perdigão S.A., atual BRF Brasil Foods S.A. (BRF) e
M. Dias Branco S.A. (MDB).
Uma vez que o formulário de referência passou a ser exigido somente a partir de
31/05/2010, utilizaremos para este trabalho as informações disponíveis nos últimos
prospectos emitidos por estas companhias entre 2006 a 2007 com o objetivo de termos
informações históricas suficientes para a pesquisa.
Descreveremos a seguir, o ramo de atuação de cada companhia.
Brasil Foods S.A. (BRF)
Desde 1934, a BRF atua na criação, produção e abate de aves, suínos e bovinos,
industrialização e/ou comercialização de carnes in natura, produtos processados, leite e lácteos, massas, vegetais congelados e derivados de soja, entre os quais, destacam-se: frangos
inteiros e cortes de frangos, perus, suínos e bovinos congelados; presuntos, mortadelas,
almôndegas; lasanhas, pizzas, pão de queijo, tortas e vegetais congelados; leite, produtos
lácteos e sobremesas; sucos, leite e sucos de soja; margarinas; e farelo de soja e farinha de
soja refinada, bem como ração animal.
No mercado interno a Companhia opera 44 unidades de processamento de carnes,
15 de processamento de lácteos, 3 de processamento de margarinas, 4 de processamento de
massas, 1 de processamento de sobremesas, 1 de esmagamento de soja, localizadas perto de
seus fornecedores de matérias-primas ou dos principais centros de consumo. No mercado
externo a Companhia opera duas unidades de processamentos de carnes através da subsidiária
Plusfood Holland B.V., localizadas no Reino Unido e Holanda, além de escritórios de vendas
no Reino Unido, Itália, Áustria, Hungria, Japão, Holanda, Rússia, Cingapura, Emirados
Árabes Unidos, Portugal, França, Alemanha, Turquia, China, Ilhas Cayman, Venezuela,
Uruguai, Chile e 1 unidade de processamento de queijos na Argentina, resultando na
exportação para mais de 145 países.
JBS S.A. (JBS)
No Brasil e na Argentina a Companhia atua no ramo de abatedouro, frigorificação
de carne bovina, industrialização de carnes, sub-produtos de carnes e conservas, sendo 37
unidades industriais localizadas nos Estados do Acre, Bahia, Goiás, Minas Gerais, Mato
Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia e São Paulo e 7 unidades
industriais localizadas nas Províncias argentinas de Buenos Aires, Entre Rios, Santa Fé e
Córdoba; no entanto, em função do cenário desfavorável que a indústria atravessa na
Argentina, as operações das unidades produtivas de São José, Colonia Caroya,
Consignacionesrurales e parcialmente em Pontevedra estão suspensas temporariamente.
A Companhia tem forte atuação no Brasil, também, no curtimento de couro,
destinado a maior parte à exportação nos segmentos de couro moveleiro, automotivo,
calçadista e artefatos, possuindo uma estrutura composta por 12 unidades industriais.
Nos Estados Unidos e Austrália iniciou em 2007, com a aquisição da Swift &
Company em ambos os países, atuando em abate, processamento, embalagens e entrega de
carnes “in natura” de origem bovina, suína, ovina, e de frango, com clientes nos Estados
suínos, 1 de carneiro, 1 fábrica de beneficiamento de cortes bovinos e suínos, e 12
confinamentos. Na Austrália, opera com 11 frigoríficos, 2 fábricas de beneficiamento de
bovinos e seis confinamentos de bovinos.
É controladora das seguintes companhias:
JBS Embalagens Metálicas Ltda. (JBS embalagens), que confecciona embalagens
metálicas que são utilizadas pela Companhia.
Novaprom Food Ingredients Ltda. (Novaprom), que é pioneira na produção de
fibra natural de colágeno, proteína de colágeno na sua forma pura, extraída das camadas
internas da pele bovina e com teor protéico mínimo de 99%, sendo a maior companhia do
mundo em produção e venda de fibra natural de colágeno. A Novaprom opera com uma
fábrica localizada no Estado de São Paulo e comercializa seus produtos em todo o Brasil,
exportando para Europa, Américas do Sul e do Norte, Ásia e Oceania.
A S.A. Fábrica de Produtos Alimentícios Vigor (Vigor) industrializa e
comercializa laticínios em geral, leite “in natura” e derivados e também no refino, na
industrialização e na comercialização de óleos, derivados de origem vegetal, macarrão
instantâneo e iogurte.
Marfrig Alimentos S.A. (MARFRIG)
A Companhia tem como objetivo a produção de produtos alimentícios, e a
exploração de atividades frigoríficas, como abate de bovinos, ovinos e aves.
bovinos, ovinos e couro com operações de abate de animais localizadas na
América do Sul (Brasil, Argentina, Uruguai e Chile) e Europa;
aves, suínos e produtos elaborados e processados, com operações no Brasil,
Europa, Estados Unidos, Oriente Médio e Ásia.
No Brasil, quanto à exploração de bovinos, são 23 unidades de abate e
processamento de carne bovina e 3 unidades de industrialização de carne bovina, localizadas
nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará,
Na Argentina, Uruguai, Chile e Europa, conta principalmente com 7 plantas de
abate, 3 unidades de produtos processados e industrializados de carne bovina, 1 fábrica de
legumes e vegetais congelados.
M. Dias Branco S.A. (MDB)
Atua na fabricação e venda de biscoito e massas alimentícias, farelo e farinha de
trigo e gorduras e margarinas e cremes vegetais no mercado nacional com parcela muito
pequena no mercado internacional. É líder nacional e na América Latina na fabricação de
massas e biscoitos.
Conta com 14 unidades industriais localizadas nos Estados de São Paulo, Rio
3 METODOLOGIA
Considerando que riscos de mercado estão associados à variação das taxas de
câmbio, preço de commodities, taxas de juros e preço das ações, verificaremos, através de
modelos estatísticos, se as variáveis informadas nos prospectos das companhias que fazem
parte do estudo de casos auxiliam na explicação da variação do preço das ações.
Os modelos utilizados são: CAPM e APT.
CAPM – Capital Asset Pricing Model
De acordo com Lencione (2005), o modelo CAPM foi desenvolvido simultânea e
independentemente por Sharpe (1964), Lintner (1965) e Mossin (1966), sendo que Sharpe em
seu estudo demonstrou que o retorno de um ativo é dependente somente do risco sistemático,
que representa o risco presente em toda a economia.
Leite e Sanvicente (1995), defendem que o IBOVESPA é uma boa “proxy” do mercado brasileiro, comprovando este fato por meio de testes estatísticos e, inclusive,
justificando o fato de o índice em questão ser concentrado em torno de alguns papeis por ser o
próprio mercado tão concentrado.
Assim, descreveremos o retorno dos ativos das companhias base desta pesquisa
como:
CAPM
Ração = Rf+β x (RIBOV– Rf) + єi onde:
Ração= retorno do preço da ação
RIBOV = retorno do mercado de ações
Rf = taxa livre de risco
APT – Arbitrage Pricing Theory
Novamente, segundo Lencione (2005), o modelo APT foi proposto por Ross
(1976), que assumiu o retorno de um ativo como função de fatores macro e micro, mas sem a
necessidade de assumir que o fator macro possa ser aproximado por um índice de mercado,
passando a considerar, também, eventos específicos da Companhia.
Desta forma, consideraremos como eventos específicos os riscos de mercado
informados nos prospectos das companhias que fazem parte desta pesquisa como:
Ração = β0+β1v1+ β2v2+ βnvn+ єi onde:
Ração= retorno do preço da ação
β1v1 = retorno do preço/cotação/índice da variável 1
β2v2 = retorno do preço/cotação/índice da variável 2
βnvn= retorno do preço/cotação/índice da variável n
4 RESULTADOS
Com base nos riscos informados no primeiro prospecto emitido a partir de 2006,
por cada companhia que faz parte desta pesquisa, selecionamos as variáveis associadas aos
riscos de mercado; com a cotação diária de cada uma delas (via Economatica, site da Cetip,
Blomberg) e com o auxílio do software Eviews, foram estimados os modelos explicitados no
capítulo anterior.
Os modelos foram estimados considerando o período de 02/01/2007 a 30/11/2011,
exceto para os prospectos emitidos após 02/01/2007, para os quais foram considerados como
data inicial a data do prospecto, e a companhia MDB, para qual a série de dados diários da
cotação do trigo anterior a 01/08/2008 apresentava ausência de cotação para vários dias – portanto, a data inicial foi 02/01/2008.
Adicionalmente, no período que compreende a pesquisa, ocorreu a crise no
sistema bancário nos Estados Unidos, que provocou queda generalizada nas bolsas de todo o
mundo e atingiu a economia global.
Desta forma, além do resultado apresentado para o período mencionado acima,
apresentamos, também, os resultados antes da crise (até 30/06/2008), durante a crise (de
01/07/2008 a 30/06/2009) e após crise (de 01/07/2009 a 30/11/2011) com objetivo de
expurgarmos os efeitos da mesma.
Além disso, para auxiliar no entendimento dos resultados obtidos por meio dos
modelos estimados apresentamos no Apêndice a evolução mensal das variáveis analisadas nos
modelos estimados (última data do mês que apresentava cotação para todas as variáveis
analisadas).
Quadro 1 – Resultado dos modelos estimados para o período total – 30/06/2007 a 30/11/2011
Período: 02/01/2007 a 30/11/2011 - 1123 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0008 0,1892 0,0009 0,1491
Rboi -0,1639 0,1595
Rfrango -0,0357 0,4338
Rporco 0,0406 0,2687
Rdolar 0,0581 0,3633
Rcdi -0,0873 0,2447
Ribov 0,7111 0,0000 0,7559 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 29/03/2007 a 30/11/2011 - 1052 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -1,50E-05 0,9874 -0,0003 0,6991
Rboi -0,0595 0,7161
Rfrango 0,0425 0,5557
Rporco 0,0105 0,8416
Rdolar 0,1832 0,0445
Rpeso 11.566 0,0065
Rcdi 0,0412 0,6992
Ribov 10.507 0,0000 11.112 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 29/06/2007 a 30/11/2011 - 1007observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -0,0002 0,7942 -0,0002 0,8181
Rboi -0,0869 0,6124
Rfrango 0,1042 0,1632
Rporco -0,0037 0,9481
Rdolar -0,1266 0,1775
Rcdi 0,0691 0,5333
Ribov 0,6509 0,0000 0,6171 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 03/01/2008 a 30/11/2011 - 859 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0009 0,1810 0,0010 0,1730
Rtrigo 0,0364 0,1908
Roleosoja -0,0042 0,9098
Roleopalm 0,0279 0,3588
Raçúcar -0,0025 0,9373
Rdola -0,0869 0,1728
Rcdi -0,0264 0,7303
Ribov 0,4078 0,0000 0,3694 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
CAPM APT
0,0000 0,0000
BR
F - BR
A SI L F O O D S S .A . 0,3281 0,3285 JBS S .A . CAPM APT 0,0000 0,0000 0,3511 0,3555 M A R FR IG F R IG O R ÍF IC O S E C O M ÉR C IO D E A LI M EN TO S S .A . CAPM APT 0,0000 0,0000 0,1690 0,1686 M .D ias Br an co S .A . I nd . e C om . d e A lim en tos CAPM APT 0,0000 0,0000 0,1555 0,1554
Os resultados do modelo estimado CAPM em todas as companhias apresentaram
a variável IBOVESPA significante em todos os níveis, ou seja, passível de poder explicativo
para a variação do valor da ação das respectivas companhias.
No modelo estimado APT da companhia BRF verificamos que as variáveis de
retorno do preço do boi e do frango e do retorno da taxa livre de riscos (CDI) apresentaram
efeitos contrários à variação do retorno do valor da ação da companhia, ou seja, quando o
retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que os retornos destas variáveis caiam
ou vice-versa, apresentando um comportamento condizente com o negócio da companhia,
uma vez que o boi e o porco fazem parte das principais matérias-primas da empresa, afetando
diretamente sua margem. Por outro lado, as variáveis de retorno do preço do porco, do retorno
da cotação do dólar e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o
retorno do valor da ação da companhia, ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem,
espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa, este
comportamento não é esperado quanto ao negócio da companhia, considerando-se a variável
de retorno do preço do porco, uma vez que esta matéria-prima também faz parte das
principais da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do retorno do valor da ação da companhia, exceto a variável de retorno do índice
IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia JBS verificamos que a variável de
retorno do preço do boi apresentou efeito contrário da variação do retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que o
retorno da variável preço do boi caia ou vice-versa, apresentando um comportamento
condizente com o negócio da companhia, uma vez que o boi é uma de suas principais
matérias-primas, afetando diretamente a sua margem. Por outro lado as variáveis de retorno
do preço do frango e do porco, do retorno da cotação do dólar e do peso, do retorno da taxa
livre de risco (CDI) e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o
retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem,
espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa,
preços do frango e do porco, uma vez que as mesmas também fazem parte do conjunto das
principais matérias-primas da empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno do dólar e do peso e
retorno do índice IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia MARFRIG verificamos que as variáveis
de retorno do preço do boi e do porco e do retorno da cotação do dólar apresentaram efeitos
contrários a variação do retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do
valor da ação da companhia sobe, espera-se que os retornos das variáveis do preço do boi e do
porco e do retorno da cotação do dólar caiam ou vice-versa, apresentando um comportamento
condizente com o negócio da companhia, uma vez que o boi e o porco fazem parte das
principais matérias-primas da empresa, afetando diretamente sua margem. Por outro lado as
variáveis de retorno do preço do frango, do retorno da taxa livre de risco (CDI) e do retorno
do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do
valor da ação da companhia também suba e vice-versa, comportamento não esperado quanto
ao negócio da companhia quando consideramos a variável retorno do preço do frango, uma
das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto a variável de retorno do índice IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia MDB verificamos que as variáveis de
retorno do preço do óleo de soja e do açúcar, do retorno da cotação do dólar e do retorno da
taxa livre de riscos (CDI) apresentaram efeitos contrários à variação do retorno do valor da
ação da companhia, ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se
que os retornos das variáveis de preço do óleo de soja e do açúcar, do retorno da cotação do
dólar e do retorno da taxa livre de riscos (CDI) caiam ou vice-versa, apresentando um
comportamento condizente com o negócio da companhia, uma vez que óleo de soja e açúcar
fazem parte das principais matérias-primas da companhia e constituem matérias-primas
retorno do preço do trigo e do óleo de palma e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram
os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos
destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba
e vice-versa, comportamento não esperado quanto ao negócio da companhia quando
consideramos o retorno do preço do trigo e do óleo, uma vez que também fazem parte das
principais matérias-primas da empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto a variável de retorno do índice IBOVESPA.
Quadro 2 – Resultado dos modelos estimados para o período antes da crise – 03/01/2007 a 30/06/2008
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0003 0,7445 0,0002 0,8336
Rboi -0,0815 0,7717
Rfrango -0,0657 0,4093
Rporco 0,1171 0,1367
Rdolar -0,2709 0,0993
Rcdi -0,2575 0,2571
Ribov 0,9263 0,0000 0,8595 0,0000
Pvalor*
R2 ajustado
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -0,0004 0,8233 -0,0010 0,5979
Rboi 0,2534 0,5736
Rfrango 0,2224 0,1479
Rporco -0,0626 0,6307
Rdolar -0,3305 0,2081
Rpeso 0,1561 0,8744
Rcdi -0,0227 0,9503
Ribov 0,8350 0,0000 0,7726 0,0000
Pvalor*
R2 ajustado
Período: 29/06/2007 a 30/06/2008 - 242 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0008 0,6744 0,0006 0,7507
Rboi -0,0763 0,8643
Rfrango 0,2091 0,1571
Rporco -0,0896 0,6070
Rdolar -0,6779 0,0088
Rcdi -03218 0,3995
Ribov 0,5873 0,0000 0,4384 0,0003
Pvalor*
R2 ajustado
M A R FR IG F R IG O R ÍF IC O S E C O M ÉR C IO D E A LI M EN TO S S .A . CAPM APT 0,0000 0,0000 0,1201 0,1401 JBS S .A .
Período: 29/03/2007 a 30/06/2008 - 302 observações
CAPM APT
0,0000 0,0000
0,1805 0,1759
BR
F - BR
A SI L F O O D S S .A
. Período: 03/01/2007 a 30/06/2008 - 360 observaçõesCAPM APT
0,0000 0,0000
0,3923 0,3978
Os resultados do modelo estimado CAPM em todas as companhias apresentaram
a variável IBOVESPA significante em todos os níveis, ou seja, passível de poder explicativo
para a variação do valor da ação das respectivas companhias.
No modelo estimado APT da companhia BRF verificamos que as variáveis de
retorno do preço do boi e do frango e do retorno da cotação do dólar e retorno da taxa livre de
riscos (CDI) apresentaram efeitos contrários à variação do retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que os
retornos destas variáveis caiam ou vice-versa, apresentando um comportamento condizente
com o negócio da companhia quando consideramos as variáveis de retorno do boi e do frango,
uma vez que estas constituem parte das principais matérias-primas da empresa, afetando
diretamente sua margem. Por outro lado, as variáveis de retorno do preço do porco e do
retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação
da companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do
valor da ação da companhia também suba e vice-versa, comportamento não esperado quanto
ao negócio da companhia quando consideramos a variável de retorno do preço do porco, uma
das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno do dólar e retorno do
índice IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia JBS verificamos que as variáveis de
retorno do preço do porco e do retorno da cotação do dólar e do peso apresentaram efeitos
contrários à variação do retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do
valor da ação da companhia sobe, espera-se que o retorno destas variáveis caia ou vice-versa,
apresentando um comportamento condizente com o negócio da companhia. Isso é importante
quando consideramos o retorno do preço do porco, uma vez que esta é uma das principais
matérias-primas da empresa, afetando diretamente sua margem. Por outro lado as variáveis de
retorno do preço do boi e do frango, do retorno da taxa livre de risco (CDI) e do retorno do
índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do
ao negócio da companhia quando consideramos as variáveis de retornos do preço do boi e do
frango, algumas as principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto a variável de retorno do índice IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia MARFRIG verificamos que as variáveis
de retorno do preço do boi e do porco, do retorno da cotação do dólar e do retorno da taxa
livre de riscos (CDI) apresentaram efeitos contrários a variação do retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que os
retornos destas variáveis caiam ou vice-versa, apresentando um comportamento condizente
com o negócio da companhia e considerando que as variáveis de retorno do preço do boi e
porco fazem parte das principais matérias-primas da empresa, afetando diretamente sua
margem. Por outro lado as variáveis de retorno do preço do frango e do retorno do índice
IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da companhia;
ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação
da companhia também suba e vice-versa, comportamento não esperado quanto ao negócio da
companhia, uma vez que o frango também faz parte das principais matérias-primas da
empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno do dólar e retorno do
Quadro 3 – Resultado dos modelos estimados para o período durante a crise – 01/07/2008 a 30/06/2009
Período: 01/07/2008 a 30/06/2009 - 238 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0003 0,8547 -0,0003 0,8693
Rboi -0,6316 0,0675
Rfrango -0,1497 0,4569
Rporco 0,0039 0,9622
Rdolar 0,1669 0,1513
Rcdi -0,1561 0,2693
Ribov 0,6658 0,0000 0,7041 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 01/07/2008 a 30/06/2009 - 238 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0014 0,5927 -0,0009 0,7105
Rboi -1,0196 0,0282
Rfrango -0,0657 0,8072
Rporco 0,0662 0,5512
Rdolar 0,3407 0,0301
Rpeso 17.298 0,0194
Rcdi 0,0659 0,7277
Ribov 11.186 0,0000 12.141 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
JBS S .A . CAPM APT 0,0000 0,0000 0,4591 0,4835 BR
F - BR
A SI L F O O D S S .A
. CAPM APT
0,0000 0,0000
0,3582 0,3629
Período: 01/07/2008 a 30/06/2009 - 238 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -0,0002 0,9150 -0,0002 0,9273
Rboi -0,2086 0,6535
Rfrango 0,1077 0,6915
Rporco -0,0003 0,9975
Rdolar 0,0705 0,6528
Rcdi 0,1883 0,3238
Ribov 0,5835 0,0000 0,5983 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 03/01/2008 a 30/06/2009- 320 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0010 0,4790 0,0011 0,4399
Rtrigo 0,0609 0,2559
Roleosoja 0,0437 0,4552
Roleopalm 0,0567 0,2193
Raçúcar -0,0456 0,5679
Rdola -0,0187 0,8473
Rcdi -0,2134 0,0810
Ribov 0,3902 0,0000 0,3670 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
M . D IA S BR A N C O S /A I N D U STR IA E C O M ER C IO D E A LI M EN TO
S CAPM APT
0,0000 0,0000 0,1711 0,1745 M A R FR IG F R IG O R ÍF IC O S E C O M ÉR C IO CAPM APT 0,0000 0,0000 0,1922 0,1800
Os resultados do modelo estimado CAPM em todas as companhias apresentaram
a variável IBOVESPA significante em todos os níveis, ou seja, passível de poder explicativo
para a variação do valor da ação das respectivas companhias.
No modelo estimado APT da companhia BRF verificamos que as variáveis de
retorno do preço do boi e do porco e da taxa livre de riscos (CDI) apresentaram efeitos
contrários a variação do retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do
valor da ação da companhia sobe, espera-se que os retornos destas variáveis caiam ou
vice-versa, apresentando um comportamento condizente com o negócio da companhia quando
consideramos as variáveis de retorno do boi e do porco, parte das principais matérias-primas
da companhia. Por outro lado, as variáveis de retorno do preço do frango, do retorno da
cotação do dólar e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o
retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem,
espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa,
comportamento não esperado quanto ao negócio da companhia quando consideramos a
variável de retorno do preço do frango, parte das principais matérias-primas da empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos resultados de
significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da variação do valor
da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno do preço do boi e retorno do índice
IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia JBS verificamos que as variáveis de
retorno do preço do boi e do frango apresentaram efeitos contrários a variação do retorno do
valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe,
espera-se que o retorno destas variáveis caia ou vice-versa, apresentando um comportamento
condizente com o negócio da companhia quando consideramos as variáveis de retorno do
preço do boi e do frango, parte das principais matérias-primas da companhia. Por outro lado
as variáveis de retorno do preço do porco, do retorno da cotação do dólar e do peso, do
retorno da taxa livre de risco (CDI) e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os
mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos
destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba
consideramos o retorno do preço do porco, também parte das principais matérias-primas da
empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno do preço do boi, do
retorno da cotação do peso e do retorno do índice IBOVESPA.
No modelo estimado APT da companhia MARFRIG verificamos que as variáveis
de retorno do preço do boi e do porco apresentaram efeitos contrários a variação do retorno do
valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe.
Espera-se que os retornos destas variáveis caiam ou vice-versa, apresentando um
comportamento condizente com o negócio da companhia quando consideramos os retornos do
preço do boi e porco, parte das principais matérias-primas da companhia. Por outro lado as
variáveis de retorno do preço do frango, do retorno da cotação do dólar, do retorno da taxa
livre de riscos (CDI) e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que
o retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem,
espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa,
comportamento não esperado quanto ao negócio da companhia quando consideramos o
retorno do preço do frango, também parte das principais matérias-primas da empresa.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto a variável do retorno de índice IBOVESPA.
No modelo APT estimado para a companhia MDB verificamos que as variáveis
de retorno do preço do açúcar, do retorno da cotação do dólar e do retorno da taxa livre de
riscos (CDI) apresentaram efeitos contrários a variação do retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que os
retornos das variáveis do preço açúcar, do retorno da cotação do dólar e do retorno da taxa
livre de riscos (CDI) caiam ou vice-versa, apresentando um comportamento condizente com o
negócio da companhia, considerando que o óleo de soja e o açúcar fazem parte das principais
matérias-primas da empresa e que as mesmas são importadas. Por outro lado as variáveis de
retorno do preço do trigo e dos óleos de soja e palma e do retorno do índice IBOVESPA
quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação da
companhia também suba e vice-versa, comportamento não esperado quanto ao negócio da
companhia quando consideramos os retornos do preço do trigo e dos óleos de soja e palma,
também parte das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno da taxa de livre de
Quadro 4 – Resultado dos modelos estimados para o período após a crise – 01/07/2009 a 30/11/2011
Período: 01/07/2009 a 30/11/2011 - 525 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0012 0,0867 0,0012 0,1050
Rboi -0,0033 0,9775
Rfrango 0,0087 0,8636
Rporco 0,0281 0,5315
Rdolar 0,0036 0,9689
Rcdi 0,0815 0,4157
Ribov 0,590224 0,0000 0,5907 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 01/07/2009 a 30/11/2011 - 512 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -0,0002 0,8054 -0,0003 0,7220
Rboi 0,1842 0,2481
Rfrango -0,0275 0,6949
Rporco 0,0388 0,5310
Rdolar 0,1102 0,4001
Rpeso 0,0730 0,9216
Rcdi -0,0061 0,9648
Ribov 1,0921 0,0000 1,1309 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
JBS S .A . CAPM APT 0,0000 0,0000 0,3374 0,3332 BR
F - BR
A SI L F O O D S S .A
. CAPM APT
0,0000 0,0000
0,2207 0,2148
Período: 01/07/2009 a 30/11/2011 - 527 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C -0,0008 0,4958 -0,0007 0,5046
Rboi -0,0432 0,8187
Rfrango -0,0432 0,6797
Rporco 0,0420 0,5606
Rdolar -0,2714 0,0743
Rcdi -0,0204 0,8996
Ribov 0,8494 0,0000 0,7746 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
Período: 01/07/2009 a 30/11/2011 - 539 observações
Coeficiente Prob* Coeficiente Prob*
C 0,0009 0,2253 0,0008 0,2780
Rtrigo 0,0189 0,5283
Roleosoja -0,0682 0,1878
Roleopalm -0,0169 0,6996
Raçúcar 0,0070 0,8211
Rdola -0,2191 0,0252
Rcdi 0,2641 0,0110
Ribov 0,4534 0,0000 0,3779 0,0000
Pvalor* R2 ajustado
M . D IA S BR A N C O S /A I N D Ú STR IA E C O M ÉR C IO D E A LI M EN TO
S CAPM APT
0,0000 0,0000 0,1314 0,1475 M A R FR IG F R IG O R ÍF IC O S E C O M ÉR C IO CAPM APT 0,0000 0,0000 0,1821 0,1801
No modelo APT estimado para a companhia BRF verificamos que a variável de
retorno do preço do boi apresentou efeito contrário à variação do retorno do valor da ação da
companhia; ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que o
retorno desta variável caia ou vice-versa, apresentando um comportamento condizente com o
negócio da companhia, uma vez que o boi faz parte das principais matérias-primas da
empresa. Por outro lado, as variáveis de retorno do preço do frango e do porco, do retorno da
cotação do dólar e do peso, do retorno da taxa livre de riscos (CDI) e do retorno do índice
IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno do valor da ação da companhia;
ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação
da companhia também suba e vice-versa, comportamento não esperado quanto ao negócio da
companhia quando consideramos os retornos do preço do frango e do porco, também parte
das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto a variável de retorno do índice IBOVESPA.
No modelo APT estimado para a companhia JBS verificamos que as variáveis de
retorno do preço do frango e do retorno da taxa livre de riscos (CDI) apresentaram efeitos
contrários à variação do retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando o retorno do
valor da ação da companhia sobe, espera-se que o retorno destas variáveis caia ou vice-versa,
apresentando um comportamento condizente com o negócio da companhia quando
consideramos o retorno do preço do frango, parte das principais matérias-primas da
companhia. Por outro lado as variáveis de retorno do preço do boi e do porco, do retorno da
cotação do dólar e do peso e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos
efeitos que o retorno do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos destas
variáveis sobem, espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e
vice-versa, comportamento não esperado quando consideramos os retornos do preço do boi e do
porco, parte das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
No modelo APT estimado para a companhia MARFRIG verificamos que as
variáveis de retorno do preço do boi e do frango, do retorno da cotação do dólar e do retorno
da taxa livre de riscos (CDI) apresentaram efeitos contrários à variação do retorno do valor da
ação da companhia, ou seja, quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se
que os retornos destas variáveis caiam ou vice-versa, apresentando um comportamento
condizente com o negócio da companhia quando consideramos os retornos do preço do boi e
do frango, parte das principais matérias-primas da companhia. Por outro lado as variáveis de
retorno do preço do porco e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos
que o retorno do valor da ação da companhia, ou seja, quando os retornos destas variáveis
sobem, espera-se que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa,
comportamento não esperado quanto ao negócio da companhia quando consideramos o
retorno do preço do porco, também parte das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
resultados de significância (em todos os níveis) que pudessem auxiliar na explicação da
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis de retorno da cotação do dólar e
retorno do índice IBOVESPA.
No modelo APT estimado para a companhia MDB verificamos que as variáveis
de retorno do preço dos óleos de soja e palma e do retorno da taxa livre de riscos (CDI)
apresentaram efeitos contrários à variação do retorno do valor da ação da companhia; ou seja,
quando o retorno do valor da ação da companhia sobe, espera-se que os retornos das variáveis
do preço dos óleos de soja e palma e do retorno da taxa livre de riscos (CDI) caiam ou
vice-versa, apresentando um comportamento condizente com o negócio da companhia,
considerando que os óleos de soja e palma fazem parte das principais matérias-primas da
empresa e são importadas. Por outro lado, as variáveis de retorno do preço do trigo e do preço
do açúcar e do retorno do índice IBOVESPA apresentaram os mesmos efeitos que o retorno
do valor da ação da companhia; ou seja, quando os retornos destas variáveis sobem, espera-se
que o retorno do valor da ação da companhia também suba e vice-versa, comportamento não
esperado quanto ao negócio da companhia quando consideramos os retornos do preço do trigo
e do açúcar, também parte das principais matérias-primas da companhia.
Além disso, para as variáveis utilizadas no modelo estimado não foram obtidos
variação do valor da ação da companhia, exceto as variáveis do retorno da cotação do dólar,
do retorno da taxa livre de riscos (CDI) e do retorno do índice IBOVESPA.
Ressaltamos que devido às informações das companhias abertas serem divulgadas
somente trimestralmente não foi possível analisarmos para os modelos estimados neste
trabalho (estudo de casos) se as variáveis de retorno da cotação do dólar e do peso e do
retorno da taxa livre de risco (CDI) estavam condizentes ou não com os negócios das
respectivas companhias, uma vez que precisaríamos de informações no mínimo mensais para
verificar o quanto os ativos e passivos das companhias estavam comprometidos com o retorno
destas variáveis.
Desta forma, os resultados dos modelos estimados indicam que o retorno da
variável de mercado – IBOVESPA - é a melhor variável em termos de apreçamento para as companhias, visto que os modelos CAPM e APT apresentaram, em média, resultados muitos
próximos em termos de poder explicativo. De um ponto de vista prático, em todos os testes
realizados com os modelos CAPM e APT, a variável IBOVESPA sempre se apresentou
significante em todos os níveis; ao contrário, para as demais variáveis utilizadas do modelo
CONCLUSÃO
As informações preditivas quanto aos riscos de mercado informados nos
prospectos ou outros relatórios financeiros pelas companhias abertas em atendimento às
exigências da CVM são de extrema relevância para permitir que os investidores façam suas
análises e avaliações no momento da aquisição das ações de certa Companhia.
Os resultados dos testes estimados neste trabalho indicaram que somente os riscos
de mercado informados nos prospectos pelas companhias abertas não são suficientes para
auxiliarem na explicação da rentabilidade das mesmas; assim, faz-se necessário o investidor
considerar, também, os riscos de outras naturezas (mencionados nos prospectos), e que muitas
vezes não são possíveis de mensuração, por envolverem diversas questões qualitativas – como bons exemplos temos os Riscos Operacional e de Negócio.
Adicionalmente, verificamos que para as companhias sob análise, o modelo que
apresentou a melhor performance em termos de apreçamento foi o CAPM clássico, indicando
que o retorno do mercado de ações constitui um fator de risco de extrema relevância para as
REFERÊNCIAS
BARALDI, Paulo. Gerenciamento de Riscos Empresariais. 3. ed. Rio de Janeiro: Campus, 2010. 360p.
COCURULLO, Antônio. Gestão de Riscos Corporativos. 2. ed. Audibra e PricewaterhouseCoopers, 2003. 240p.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM. Instrução CVM no. 400, de 29 de
dezembro de 2003: Dispõe sobre as ofertas públicas de distribuição de valores mobiliários, nos mercados primário ou secundário, e revoga a Instrução CVM nº 13, de 30 de setembro de 1980 e a Instrução CVM nº 88, de 3 de novembro de 1988.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM. Instrução CVM no. 480, de 7 de
dezembro de 2009: Dispõe sobre o registro de emissores de valores mobiliários admitidos à negociação em mercados regulamentados de valores mobiliários.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – CVM. Deliberação CVM no. 550, de 17 de
outubro de 2008: Dispõe sobre a apresentação de informações sobre instrumentos financeiros derivativos em nota explicativa às informações trimestrais – ITR.
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COMMISSION (COSO). Gerenciamento de Riscos Corporativos – Estrutura Integrada. PricewaterhouseCoopers, 2007.
CROUHY, Michel; GALAI, Dan; MARK, Robert. Fundamentos da Gestão de Risco. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2008. 368p.
FARHI, Maryse; BORGHI, Roberto Alexandre Zanchetta. Operações com derivativos
financeiros das corporações de economias emergentes. Estudos Avançados, São Paulo, v. 23, n. 66, p. 169-188, 2009.
GUJARATI, Damodar. Econometria Básica. 5. ed. Bookman, 2011.
JBS S.A. Prospecto Definitivo de Oferta Pública de Distribuição Primária e Secundária
de Ações Ordinárias, de 27 de março de 2007.
LENCIONE, Maria Angélica C. Modelo de Precificação. Thesis, São Paulo, ano 1, v. 3, p. 26-50, 2005.
M. DIAS BRANCO S.A. INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS. Prospecto
Definitivo de Distribuição Secundária de Ações Ordinárias, de 16 de outubro de 2006.
MARFRIG FRIGORÍFICO E COMÉRCIO DE ALIMENTOS S.A. Prospecto Definitivo de
Oferta Pública de Distribuição Primária e Secundária de Ações Ordinárias, de 28 de
PADOVEZE, Clovis Luiz; BERTOLUCCI, Ricardo Galinari. Gerenciamento de risco
corporativo em controladoria. São Paulo: Cengage Learning, 2008. 382p.
PERDIGÃO S.A. Prospecto Definitivo de Distribuição Pública Primária de Ações
Ordinárias, de 26 de outubro de 2006.
ROSS, Stephen A. The Arbitrage Theory of Capital Asset Pricing. Journal of
Economic Theory, v. 13, n. 3, p. 341–360, 1976.
SHARPE, William F. Capital Asset Prices - A Theory of Market Equilibrium Under Conditions of Risk. Journal of Finance, v. 19, n. 3, p. 425-442, 1964.
APÊNDICES
APÊNDICE A – Gráficos de 1 a 6 - Referentes à Empresa BRF - BRASIL FOODS S.A.
Gráfico 1 – Retornos – Ação x Ibovespa
Fonte: Elaboração da autora -0,3
-0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3
Retornos - Ação x Ibovespa
Gráfico 2 – Retornos – Ação x Dólar
Fonte: Elaboração da autora -0,25
-0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Retornos - Ação x Dólar
Gráfico 3 – Retornos – Ação x CDI
Fonte: Elaboração da autora -0,25
-0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Retornos - Ação x CDI
Gráfico 4 – Retornos – Ação x Porco
Fonte: Elaboração da autora -0,3
-0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4
Retornos - Ação x Porco
Gráfico 5 – Retornos – Ação x Frango
Fonte: Elaboração da autora -0,25
-0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25 0,3
Retornos - Ação x Frango
Gráfico 6 – Retornos – Ação x Boi
Fonte: Elaboração da autora -0,25
-0,2 -0,15 -0,1 -0,05 0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
Retornos - Ação x Boi
APÊNDICE B – Gráficos de 7 a 13 - Referentes à Empresa JBS S.A.
Gráfico 7 – Retornos – Ação x Ibovespa
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Ibovespa
Gráfico 8 – Retornos – Ação x Dólar
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Dólar
Gráfico 9 – Retornos – Ação x Peso
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Peso
Gráfico 10 – Retornos – Ação x CDI
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x CDI
Gráfico 11 – Retornos – Ação x Boi
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Boi
Gráfico 12 – Retornos – Ação x Frango
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Frango
Gráfico 13 – Retornos – Ação x Porco
Fonte: Elaboração da autora -0,4
-0,3 -0,2 -0,1 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Retornos - Ação x Porco
APÊNDICE C – Gráficos de 14 a 19 - Referentes à Empresa MARFRIG FRIGORÍFICO E COMÉRCIO DE ALIMENTOS S.A.
Gráfico 14 – Retornos – Ação x Ibovespa
Fonte: Elaboração da autora -0,8
-0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8
Retornos - Ação x Ibovespa
Gráfico 15 – Retornos – Ação x Dólar
Fonte: Elaboração da autora -0,6
-0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6
Retornos - Ação x Dólar
Gráfico 16 – Retornos – Ação x CDI
Fonte: Elaboração da autora -0,6
-0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6
Retornos - Ação x CDI
Gráfico 17 – Retornos – Ação x Boi
Fonte: Elaboração da autora -0,6
-0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6
Retornos - Ação x Boi
Gráfico 18 – Retornos – Ação x Porco
Fonte: Elaboração da autora -0,8
-0,6 -0,4 -0,2 0 0,2 0,4 0,6 0,8