BLOCO I - MICROECONOMIA
LISTA DE EXERCÍCIOS OBJETIVOS 3
Exercícios de Revisão e Fixação
Julgue (C ou E) as assertivas a seguir.
1 – As decisões da empresa sobre a produção podem ser entendidas através da análise da tecnologia de produção, das restrições de custo e da escolha de insumos.
2 – Os insumos ou fatores de produção podem ser divididos em categorias diversas de trabalho, matérias primas e capital. O estoque de uma empresa não é contabilizado. As empresas podem transformar os insumos em produtos de várias maneiras, usando combinações. A relação entre os insumos do processo produtivo e o produto resultante é chamada de função de produção.
3 – A função de produção de uma firma indica as várias combinações possíveis de capital e trabalho que resultam na mesma quantidade de produto final.
4 – Os insumos e os produtos são considerados variáveis estoque. Assim, um fabricante de computadores pessoais emprega certa quantidade de trabalho para produzir determinado número de computadores.
5 – As funções de produção descreve o que é tecnicamente viável quando a empresa opera de forma eficiente.
6 – Quando o produto marginal é maior que o produto médio, o produto médio é crescente.
7 – O produto médio do trabalho é dado pela inclinação da tangente da curva de produto total.
Esta lista tem por objetivo revisar, aprofundar e fixar conteúdos essenciais, notadamente conceitos, regras gerais e exceções.
Responda-a após ter revisado o conteúdo de Microeconomia, conforme cronograma e faça-o sem consulta. Confira o gabarito e revise o que, eventualmente, errar. Bom trabalho!
8 – A lei dos rendimentos marginais decrescentes vigora ao longo de toda a trajetória do produto marginal do insumo variável.
9 – A produtividade da mão de obra pode aumentar se houver avanços tecnológicos, mesmo quando determinado processo produtivo apresenta rendimentos decrescentes para o insumo variável.
10 – A taxa marginal de substituição técnica entre dois insumos é igual à rzão entre os produtos marginais dos insumos.
11 – A função de produção de Leontief mostra um caso especial em que os insumos são substitutos perfeitos, cujas isoquantas são linhas retas paralelas.
12 – Quando o processo produtivo de uma firma apresenta rendimentos crescentes de escala, as isoquantas situam-se cada vez mais distantes, à medida que os insumos aumentam.
13 – Os custos contábeis incluem o custo de oportunidade.
14 – Os custos irreversíveis possuem custo de oportunidade zero.
15 – A única maneira de eliminar totalmente os custos fixos de uma empresa é ela deixando de operar.
16 – Os custos irreversíveis não se confundem com os custos fixos.
17 – Quando houver rendimentos marginais decrescentes, os custos marginais aumentarão à medida que o produto aumentar.
18 – No longo prazo, a definição do nível de produção da empresa ocorre quando se maximiza a produção ao mesmo tempo em que se minimizam os custos de produção.
19 – O caminho de expansão da empresa ilustra as combinações dos insumos capital e trabalho que podem ser utilizadas na obtenção de cada nível de produção no longo prazo, quando todos os insumos de produção podem ser variados.
20 – A curva de custo médio no longo prazo corresponde à envoltória das curvas de custo marginal no curto prazo da empresa.
21 – Havendo economias e deseconomias de escala, os pontos mínimos das curvas de custo médio no curto prazo se encontrarão situados na curva de custo médio de longo prazo.
Resolução Comentada
1 – C
Os três passos citados formam os alicerces da teoria da firma. A tecnologia de produção será analisada a partir da função de produção. As restrições de custo referem-se ao orçamento que a empresa dispõe e como o alocará entre os insumos para a produção. Conforme a tecnologia de produção, o preço do trabalho e outros insumos, a empresa precisará decidir quanto de cada insumo usará.
2 – E
Sobre os insumos de produção, podemos exemplificar:
O trabalho abrange os trabalhadores especializados e não especializados, além do trabalho dos empreendedores;
As matérias-primas incluem materiais adquiridos pela empresa e transformados em produto final, como o aço, a eletricidade e a água.
O capital inclui o terreno, as instalações, as máquinas e os equipamentos, além dos estoques. Assim, o estoque é contabilizado como capital.
3 – E
O conceito está equivocado, porque a função de produção indica o máximo produto, em termos de volume, que uma empresa produz para cada combinação específica de insumos. Considerando uma função simplificada, em que K seja o capital e L seja o trabalho, a função de produção pode ser descrita como q = F(K,L).
4 – E
Os insumos e produtos são considerados fluxos por unidade de tempo. O fabricante de computadores, por exemplo emprega certa quantidade de trabalho por ano para produzir determinado número de computadores por ano.
5 – C
Ainda que se trate de uma suposição, admite-se que as empresas maximizadoras de lucros não desperdiçam recursos e, por isso, espera-se que operem cada combinação de insumos da forma mais eficaz possível.
6 – C
Adicionalmente, quando o produto marginal é menor que o produto médio, este é decrescente. Quando o PMg é igual ao PMe, este está em seu ponto máximo.
7 – E
O produto médio do trabalho é dado pela inclinação da linha traçada entre o ponto de origem e o ponto correspondente situado sobre a curva de produto total.
O produto marginal do trabalho em determinado ponto é dado pela inclinação da curva do produto total naquele ponto.
8 – E
A lei dos rendimentos marginais decrescentes, princípio segundo o qual, conforme a utilização de um insumo aumenta, com outros insumos mantidos constantes, a produção adicional diminui, passa a vigorar no momento em que o produto marginal começa a cair. Antes deste ponto, o produto marginal é crescente.
9 – C
O efeito gráfico da assertiva pode ser visto através de um deslocamento para cima da curva de produto total. A lei dos rendimentos marginais decrescentes, portanto, aplica-se a uma tecnologia de produção específica, mas avanços tecnológicos podem deslocar toda a curva do produto total. Assim, um maior volume pode ser produzido com os mesmos insumos.
10 – C
A TMST mede a capacidade da empresa em trocar capital por trabalho, mantendo o mesmo nível de produção. A TMST é decrescente conforme nos deslocamos ao longo de uma isoquanta. As isoquantas são convexas. Isso nos informa que a produtividade dos insumos é limitada. A derivação do que foi afirmado na assertiva
encontra-se em Pindick & Rubinfeld, cap. 6, após a figura 6.5, no tópico chamado TMST decrescente.
11 – E
A função de produção de Leontief ou de proporções fixas mostra que é impossível qualquer substituição entre insumos. Cada nível de produção exige uma combinação específica de capital e trabalho, não sendo possível obter produção adicional, a não ser que seja adicionada tal combinação. As isoquantas possuem formato em L, indicando que acréscimos em apenas um dos insumos não aumenta o volume de produção.
12 – E
Quando há rendimentos crescentes de escala, as isoquantas situam-se cada vez mais próximas à medida que os insumos aumentam.
13 – E
Os custos contábeis são as despesas correntes mais as despesas de depreciação dos equipamentos de capital, ao passo que os custos econômicos são aqueles que a empresa tem para utilizar os recursos econômicos, incluindo os custos de oportunidade.
14 – C
Os custos irreversíveis são aquelas despesas realizadas que não podem ser diretamente recuperadas. Admitindo, como exemplo, uma máquina que tenha sido desenvolvida para executar um tipo específico de tarefa, não havendo uso alternativo, seu custo de oportunidade será zero. Se foi uma boa ideia ou não adquirir tal máquina, isso não deve fazer diferença para as decisões atuais da empresa.
15 – C
Os custos fixos – presentes no curto prazo – não variam com o nível da produção e só podem ser eliminados se a empresa deixar de operar.
16 – C
O importante aqui é observar os conceitos: custos fixos são aqueles que não se alteram com o nível de produção. Já os custos irreversíveis são aqueles que não podem ser recuperados. A diferença principal entre eles é que os custos irreversíveis não devem ser considerados na tomada de decisão da empresa, ao contrário dos custos fixos, que afetam tais decisões.
17 – C
Esta é uma relação importante, já que analisa, ao mesmo tempo, os custos e o produto. De fato, na vigência dos rendimentos marginais decrescentes, ou seja, na porção decrescente da curva de produto marginal, os custos marginais estarão aumentando conforme o produto total aumenta.
18 – E
A empresa definirá seu nível de produção no ponto em que a isoquanta mais distante da origem tangenciar a linha de isocusto que corresponda ao orçamento da empresa. Assim, ou se maximiza o produto, dado um certo custo, ou se minimiza o custo, dado um nível de produto. Ambos ao mesmo tempo não é possível.
19 – C
O caminho de expansão é, portanto, a curva que passa nos pontos de tangência entre as linhas de isocusto e as isoquantas.
20 – E
A curva de custo médio no longo prazo corresponde à envoltória das curvas de custo médio de curto prazo da empresa, refletindo a presença ou ausência de rendimentos de escala.
21 – E
Se houver economias e deseconomias de escala, os pontos mínimos das curvas de custo médio de curto prazo não estarão sobre a curva de custo médio de longo prazo, à exceção do ponto mínimo do CMeLP. Para melhor visualização, veja figura 7.9 de Pindick & Rubinfeld.
