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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE CAFÉ NA REGIÃO DE MONTANHAS DO ES

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Academic year: 2022

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AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE CAFÉ NA REGIÃO DE MONTANHAS DO ES

C.A. Krohling –Engº Agrº Pesquisador - INCAPER - cesar.kro@incaper.es.gov.br, J. B. Matiello, S.R. Almeida – Engº. Agrº. MAPA/PROCAFÉ – jb.matiello@yahoo.com.br

As regiões cafeeiras de montanha, como aquelas do estado do Espirito Santo, devem adotar o sistema de plantio adensado, o qual, conforme demonstrado pela pesquisa e pela prática, promove aumento da produtividade, redução dos custos de produção e maior retorno de curto prazo dos investimentos na implantação da lavoura; o que é importante para os produtores de economia de base familiar.

Na seleção de novas cultivares, para plantio nessas regiões, seja na implantação ou na renovação de áreas, deve-se avaliar criteriosamente as características vegetativas e produtivas dos diversos materiais genéticos, resistência ou tolerância às doenças e a seca e mesmo a observação das condições edafoclimáticas locais, visando sua melhor adaptação.

Este estudo tem como objetivo avaliar a produtividade e o vigor vegetativo de novas cultivares/linhagens de café arábica com resistência/tolerância à ferrugem do cafeeiro, em condições de cafeicultura de montanha e sob ambiente de alta umidade, onde são favorecidas a ocorrência de Phoma e da ferrugem e o seu controle químico é dificultado.

O estudo está sendo conduzido no Município de Marechal Floriano, na localidade de Rio Fundo, no “Sítio Indaiá”, a 703 metros de altitude. O plantio das cultivares foi realizado em linhas contínuas com um nº de plantas por cultivar variando de 20 a 250. O espaçamento é de 2,2 x 0,9 m e o solo é um Latossolo Vermelho Amarelo – LVA. Os tratos culturais adotados para a última safra de 2012 foram: 02 adubações (novembro e março) de acordo com análise de solo; uma capina manual (janeiro); 02 capinas químicas com o Glyfosate; controle de bicho mineiro com o ativo Thiamethoxan na dose do pc. de 1,2 Kg/há, aplicado no solo via “drench” e duas aplicações foliares com micronutrientes (B, Cu, Mn e Zn) em novembro e janeiro. Não foi realizado, portanto, realizado controle específico de ferrugem, somente o cobre protetivo e micronutriente via foliar. A avaliação da produtividade ,em sacas/há, foi realizada pela colheita de 20 plantas aleatoriamente de cada cultivar, com 04 repetições de 5 plantas por parcela.

Amostras médias de 1,0 Kg de café colhido eram retiradas e pesadas, secadas em terreiro, descascadas e determinado o rendimento (gramas de café beneficiado/peso total da amostra seca), para determinação da produtividade em sacas beneficiadas. As avaliações de vigor foram realizadas através de notas de 0 a 10 pelo aspecto visual no campo por 03 técnicos.

Resultados e conclusões

Os resultados de produtividade dos cafeeiros, das diferentes cultivares em competição, obtidos nas 5 primeiras safras e sua média, estão colocados na tabela 1. Também constam os dados da avaliação de notas de vigor das plantas após a última safra.

Tabela 1. Produtividade anual (scs/ha) de 23 cultivares de café arábica em 5 safras de café (2008-2012) e média ordenada de 5 colheitas, em Rio Fundo, Marechal Floriano-ES, 2012.

Cultivar/Linhagem Produtividade (scs/ha) Média Vigor

2008 2009 2010 2011 2012 5 safras (0 a 10)

83 Catucaí A. 24/137 - CAK 52,2 170,5 47,1 72,9 66,2 81,8 9

57 Catucaí V. 19/08 (Japi) 48,2 91 86,4 105,5 61,2 78,5 9

101 Bentevi V. CV. 614 45,8 142,8 78,5 54,7 57,2 75,8 8

56 Catucaí A. CV.07 - SSP 40,3 120,6 74,1 82,0 59,5 75,3 8

68 Acauã V. 40,4 72,9 83 106,8 71,8 75,0 9

97 Catucaí A. (F. G.) Cv. 612 (Varg.) 43,6 127,4 60,6 88,5 53,9 74,8 8

98 Catucaí A. 30/2 (Varg.) 45,6 113,6 59,9 92,4 55,0 73,3 8

96 Catucaí A. 3 SM (Varg.) 47,8 83,6 85,3 78,1 63,4 71,6 8

61 Catucaí A. 2 SL 50,2 92,4 54,3 91,1 63,5 70,3 8

102 Catucaí V. 24/137 CV.398 (Varg.) 45,8 57,05 79,1 96,4 68,4 69,4 8

96 Catucaí A. 3 SM – Manh. 44,5 88,7 56,1 82,0 60,6 66,4 8

99 Catucaí A. CV. 01 (Varg.) 45,9 75,6 62,4 84,6 60,0 65,7 8

95 Palma II (Varg.) 41,5 93,75 53,9 72,9 57,2 63,9 8

55 Catucaí 785/15 40,2 85 44,9 83,3 64,5 63,6 8

103 Bourbon A. Porte baixo (Varg.) 40,2 99,17 40,4 78,1 58,9 63,4 8

82 Catucaí A. (Fava grande) 46,3 90,4 58,3 76,8 44,9 63,3 8

43 Catucaí V. 36/6 CV. 470 35,7 117,3 51,6 50,8 51,1 61,3 8

106 Siriema V. 12/4 (Varjão) 31,2 87,7 25,1 79,4 58,4 56,4 8

107 Siriema V. 7/40 (Varjão) 34,5 73,8 33,7 65,1 25,8 46,6 8

100 Siriema 2/12 - Precoce 30,2 107,7 10,1 35,2 30,3 42,7 7

104 Siriema A. 20/15 33,7 74,13 10,1 41,7 44,3 40,8 7

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108 Siriema A. 14/8 (Corom.) 26,8 56,3 14,6 39,1 32,5 33,9 7

105 Siriema A. 20/5 (Corom.) 21,7 34,6 5,6 39,0 53,9 31,0 7

Pelos resultados de produtividade obtidos (tab. 1) verifica-se que 5 materiais se destacaram na média das 5 safras, com produtividades superiores a 75 scs/ha, nesta faixa destacando-se as cultivares:

Catucaí A. 24/137 (seleção CAK), Catucaí V. 19/08 (Japi), Bem-te-vi vermelho cv. 614, Catucaí A. cv 07-SSP e o Acauã. Logo em seguida, com 65- 75 scs/ha, tem-se 7 cultivares, também de seleções de Catucais. Entre 60-65 sacas se colocaram 5 cultivares, onde se incluem Catucais já menos produtivos e o Palma2. E, por últimos, os menos produtivos do ensaio, sendo 5 seleções do material de Siriema.

O ensaio terá continuidade, para obtenção de mais 3 safras.

Pode-se concluir que – Existem cultivares, em boa parte já registradas, com boa capacidade

produtiva e bom vigor vegetativo, adaptados ao plantio adensado, sendo novas opções para plantio em

áreas novas ou de renovação na cafeicultura de montanha.

Referências

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