• Nenhum resultado encontrado

AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA E HISTOPATOLÓGICA DE CÃES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL.

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA E HISTOPATOLÓGICA DE CÃES COM DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL."

Copied!
67
0
0

Texto

(1)

Área de concentração Clínica e Reprodução Animal

CLARICE MARANTE CASCON

AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA E HISTOPATOLÓGICA DE CÃES COM DOENÇA

INFLAMATÓRIA INTESTINAL.

Niterói 2011

(2)

AVALIAÇÃO CLÍNICA, ENDOSCÓPICA E HISTOPATOLÓGICA DE CÃES COM DOENÇA

INFLAMATÓRIA INTESTINAL.

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração: Clínica e Reprodução Animal.

Orientadora: Profª Drª Ana Maria Reis Ferreira

Co-orientadora: Profª Drª Marcela Freire Vallim de Mello

Niterói 2011

(3)

Cascon, Clarice Marante

Avaliação clínica, endoscópica e histopatológica de cães com Doença Inflamatória Intestinal.

67 f.

Dissertação de mestrado (Programa de Pós-Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense)

Bibliografia: f. 53-64

1. Doença Inflamatória Intestinal. 2. cão. 3. Gastrite.

4. Diagnóstico. 5. Patologia I. Universidade Federal Fluminense. II.

Título.

(4)

DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL.

Orientadora: Profª Drª Ana Maria Reis Ferreira

Co-orientadora: Profª Drª Marcela Freire Vallim de Mello

Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Medicina Veterinária da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para obtenção do Grau de Mestre. Área de Concentração:

Clínica e Reprodução Animal.

Aprovada em ___________________ de 2011.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________

Profª. Drª.Ana Maria Reis Ferreira - Orientadora Universidade Federal Fluminense

__________________________________________

Profa. Dra. Marcia Carolina Salomão Santos Universidade Federal Fluminense

__________________________________________

Profª. Drª. Daniela de Carvalho Martins Universidade do Grande Rio

Niterói 2011

(5)

DEDICO

Ao meu marido Luiz, com amor, admiração e gratidão por sua compreensão, carinho, presença e incansável apoio ao longo do período de elaboração deste trabalho.

Aos meus queridos pais, Silvia e Pedro, que iluminaram o caminho da minha vida me educando. Pelos ensinamentos que formaram os alicerces de minha história.

Aos pacientes, objetivo maior de toda atividade científica.

(6)

À Deus por me amparar nos momentos difíceis, me dar força interior para superar as dificuldades e por mostrar os caminhos nas horas incertas.

À Profa. Dra. Ana Maria Reis Ferreira pela orientação deste estudo, pela confiança, amizade e por ter aberto as portas do laboratório permitindo a realização deste trabalho.

À Profa. Dra Marcela Freire Vallim de Mello pela coorientação e apoio na realização deste trabalho.

À Profa. Dra. Juliana Silva Leite pela ajuda na realização das fotos e no aprendizado da incansável pesquisa do Helicobacter spp. nos cortes histológicos.

Ao Prof. Dr. Walter Lilenbaum agradeço por todos os ensinamentos e conselhos que sempre me auxiliaram no caminho da pesquisa.

Aos funcionários da pós graduação, Julia Gleich e Sydnei G.

Cordeiro, da pela atenção e competência com que sempre me atenderam.

Aos amigos de graduação Carla Salavessa, Carlos Magno A.

Mariano, Larissa B. Geovú e Diogo B. de Souza pelo incentivo e apoio.

Ao amigo Marcus Vinicius Machado pelo incentivo no início do aprendizado da endoscopia e por me contagiar com seu entusiasmo na melhoria da medicina veterinária.

À toda minha família, que sempre me apoiou em todas as etapas de minha vida e por acompanharem de perto a minha caminhada, me apoiando, incentivando e vibrando com as conquistas.

(7)

RESUMO

O sistema imune intestinal é constantemente exposto a uma enorme variedade de antígenos. Quando a homeostase deste sistema é interrompida, um estado inflamatório crônico pode se instalar. Esta inflamação crônica provoca inúmeros sintomas tais como diarréia, vômitos, alteração do apetite, perda de peso entre outros, que interferem na qualidade de vida dos animais e de seus proprietários. No presente estudo foram avaliados 20 animais pertencentes à espécie Canis familiaris, das seguintes raças:

Poodles, Pastor Alemão, Schnauzer, Beagle, S.R.D., ChowChow, Pinsher, Yorkshire Terrier, Labrador Retriever, West Highland White Terrier e Cocker Spaniel Inglês, sendo 7 machos e 13 fêmeas, com idade variando entre 20.4 a 189.6 meses, que apresentavam cronicidade dos sintomas característicos da Doença Inflamatória Intestinal. O estudo foi prospectivo, transversal, realizado em cães atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Fluminense (UFF) e em clínicas privadas do município do Rio de Janeiro. O objetivo foi avaliar a Doença Inflamatória Intestinal em cães (Canis familiaris) através do exame endoscópio e histopatológico. Os animais foram submetidos à endoscopia digestiva alta sob anestesia geral inalatória. Amostras de mucosa gastroduodenal, obtidas através de biópsias endoscópica, foram coradas por Hematoxilina Eosina e Giemsa modificado e submetidas à análise histopatológica e pesquisa de Helicobacter spp., respectivamente. O teste rápido da urease também foi realizado. Os sintomas clínicos, os achados macro e microscópicos foram confrontados e correlacionados. Concluímos neste estudo que foi possível estabelecer correlação entre a alteração da consistência das fezes com enantema de corpo; aumento do número de evacuações com enantema de corpo; perda de peso com enantema de antro, corpo e duodeno. Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário gástrico com edema de pregas gástricas, erosão plana, enantema de corpo e com a presença de líquido de estase e Infiltrado inflamatório linfoplasmocitário duodenal com úlcera duodenal, enantema de duodeno e com a presença de líquido de estase. A hiperplasia de folículo linfóide foi correlacionada com erosão plana gástrica. Alteração do apetite foi

(8)

.

Palavras-chave: Vômito; diarréia; endoscopia; Canis familiaris; Infiltrado inflamatório.

(9)

the homeostasis of this system is disrupted, a chronic inflammatory state may settle.

This chronic inflammation causes many symptoms such as diarrhea, vomiting, change in appetite, weight loss, among others, that affect the quality of life of animals and their owners. In this study we evaluated 20 animals belonging to the species Canis familiaris, the following breeds: Poodles, German Shepherd, Schnauzer, Beagle, SRD, ChowChow, Pinsher, Yorkshire Terrier, Labrador Retriever, West Highland White Terrier and Cocker Spaniel, 7 males and 13 females, with ages ranging from 20.4 to 189.6 months, who had the symptoms characteristic of chronic inflammatory bowel disease.

The study was a cross-performed on dogs in the Veterinary Hospital of Universidade Federal Fluminense (UFF) and private clinics in the municipality of Rio de Janeiro. The objective was to assess IBD in dogs (Canis familiaris) through the endoscope examination and histopathology. The animals underwent endoscopy under general inhalation anesthesia. Gastroduodenal mucosa samples obtained by endoscopic biopsies were stained with hematoxylin eosin and modified Giemsa and subjected to histopathological analysis and research of Helicobacter spp., respectively. The rapid CLO test was also performed. The clinical symptoms, gross and microscopic findings were compared and correlated. We conclude that this study was to establish possible correlation between changes in stool consistency with enanthema body, increased number of bowel movements with enanthema body, lose weight with enanthema the antrum, body and duodenum. Lymphoplasmacytic inflammatory infiltrate with edema of the gastric folds gastric erosion flat enanthema body and the presence of liquid stasis and lymphocytic inflammatory infiltrate with duodenal ulcer duodenal enanthema duodenum and the presence of liquid stasis. Hyperplasia of lymphoid follicles was correlated with erosion flat stomach. Appetite changes was correlated to the presence of gastric lymphocytic infiltrate, with edema of the duodenum and with a positive CLO test.

Key words: Vomiting; diarrhea; endoscopic; Canis familiaris; inflammatory infiltrate.

(10)

Tabela 1 – Dados demográficos, clínicos e endoscópicos de cães com Doença Inflamatória Intestinal.

Tabela 2 – Dados demográficos, histopatológicos e teste da urease de cães com Doença Inflamatória Intestinal.

(11)

Figura 1 – Índice de Atividade da Doença Inflamatória Intestinal Canina (Jergens, 2003) Quadro 1 – Classificação de esofagites por Savary-Miller

Figura 2 – Classificação de Savary-Miller para classificação de esofagite (Fonte:

Abrahão Jr. LJ, Classificação das Esofagites, in: Atualização em Gastroenterologia, 2010).

Figura 3 – Distribuição racial dos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

Figura 4 – Distribuição dos sintomas clínicos apresentados pelos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

Figura 5 – Distribuição das alterações endoscópicas apresentadas pelos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

Figura 6 – Distribuição das alterações histopatológicas apresentadas pelos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

Figura 7 – Distribuição do infiltrado linfocítico plasmocitário encontrado na avaliação histopatológica da mucosa gástrica e duodenal dos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

Figura 8 - Cão com Doença Inflamatória Intestinal. A – Congestão mucosa gástrica B – Helicobacter sp. na mucosa gástrica (setas) C – Infiltrado Inflamatório linfoplasmocitário na lâmina própria (seta) e Folículo Linfóide (FL). D – Hemorragia (seta). E – Focos hemorrágicos na mucosa duodenal. F – Folículo Linfóide (FL). A, C – F: Coloração HE.

B – Coloração Giemsa modificado. A e D: aumento original 400X, B: aumento original 1000X, C, E e F: aumento original 100X. UFF – Rio de Janeiro- RJ.

(12)

AGP – α -1ácido glicoproteina

CIBDAI – Canine Inflammatory Bowel Disease Activity Index (Índice de Atividade da Doença Inflamatória Intestinal em cães)

cm - Centímetro

CRP – Proteína C –reativa

DII – Doença Inflamatória Intestinal ELP – Enterite Linfoplasmocitária FNT – Fator de Necrose Tumoral HAP - Haptoglobina

HE – Hematoxilina-Eosina IgE – Imunoglobulina E IL – 12 – Interleucina 12

MAMP – Microbios associados a padrão molecular µm - micrometros

NOD2 - Nucleotide-Binding Oligomerization Domain Containing 2 (Domínio de oligomerização de ligação contendo 2 nucleotídeos)

PAMP – Patógenos associados a padrão molecular

PCR – Polymerase Chain Reaction (Reação em cadeia da polimerase) PRR – Receptores de reconhecimento padrão

RNAm – Ácido ribonucléico mensageiro S.R.D. – Sem Raça Definida

SAA - Amilóide sérica A

T CD 4 – Linfócito apresentador de antígeno TLR – Toll Like Receptor (Receptor toll like)

(13)

II) Revisão de literatura II.1) Etiopatogênese

II.2) Manifestações Clínicas II.3) Diagnóstico

II.4) Diagnóstico Histológico II.5) Tratamento

II.6) Prognóstico III) Objetivos

III.1) Objetivo geral

III.2) Objetivos específicos IV) Materiais e métodos

IV.1) Desenho do Estudo IV.2) Animais

IV.3) Preparo dos animais para exame o endoscópio IV.4) Exame endoscópico e coleta de material

IV.5) Teste rápido da urease

IV.6) Processamento histopatológico IV.7) Avaliação histológica das amostas IV.8) Análise estatística

(14)

V.2) Dados demográficos V.3) Achados clínicos

V.4) Alterações Endoscópicas V.5) Teste da urease

V.6) Alterações Histológicas

V.7) Correlação achados clínicos e endoscópicos V.8) Correlação endoscópicos e histopatológicos V.9) Correlação achados clínicos e histopatológicos VI) Discussão

VII) Conclusão

VIII) Revisão Bibliográfica

(15)

I – INTRODUÇÃO

Embora existam registros históricos de muitos séculos atrás de estudos das gastrites e seus sintomas, foi com o trabalho de Schindler, em 1947, que a pesquisa e o conhecimento das gastrites alcançou grande desenvolvimento. Por meio de biópsias gastroscópicas e intraoperatótrias, este autor tentou relacionar os achados macro e microscópicos do estômago de humanos. Ele diferenciou gastrite aguda e crônica estabelecendo os termos “gastrite crônica superficial” e “gastrite crônica atrófica”.

O marco seguinte de extrema importância foi a capacidade de realizar biópsias do estômago através do endoscópio sem recorrer a laparotomia o que foi seguido pela introdução de instrutmentos flexíveis de fibra óptica que permitiram obter biópsias orientadas (WOOD et al, 1949, HIRSCHOWITZ et al, 1957).

Na Medicina Veterinária nosso conhecimento acerca das várias manifestações da Doença Inflamatória Intestinal (DII) se expandiu nos últimos 20 anos. Nosso reconhecimento de que esta síndrome é uma doença altamente prevalente em cães e gatos não ocorreu até meados dos anos 80 (TAMMS, 2005). Os relatos iniciais incluíam as observações clínicas de síndrome de má absorção no gato (1969) e um único relato de caso de um gato que foi descrito na época como colite ulcerativa (1972). Vários relatos iniciais sobre DII em cães, focando-se na colite ulcerativa histiocítica na raça Boxer, apareceram em jornais humanos entre 1967 e 1970.

A DII idiopática é a forma mais comum de doença intestinal crônica em cães (HALL AND SIMPSON, 2000; JERGENS AND WILLARD, 2000).

O termo Doença Inflamatória Intestinal é aplicado na medicina veterinária a uma inflamação idiopática, crônica em qualquer área do trato gastrointestinal de patogênese desconhecida (STROMBECK, 1979). A doença é caracterizada por infiltração difusa na lâmina própria por várias populações de células inflamatórias, incluindo linfócitos, plasmócitos, eosinófilos, neutrófilos e macrófagos.

O diagnóstico é suspeitado em animais que apresentam sinais clínicos tais como diarréia, vômito crônico, perda de peso e alterações do apetite e confirmado

(16)

através do achado histopatológico de infiltrado inflamatório na lâmina própria (HALL AND SIMPSON, 2000). A descrição patológica é realizada descrevendo-se o tipo predominante de células inflamatórias envolvidas e a área do trato gastrointestinal afetada (FLESJA, 1977).

Os animais afetados geralmente apresentam sintomas gastrointestinais inespecíficos como alteração do apetite, vômito, perda de peso, diarréia, hematoquezia, fezes com muco. Para serem considerados crônicos, os sintomas devem persistir por mais de 3 semanas. É de extrema importância que outras causas de gastroenterocolite sejam excluídas através da avaliação clínica e laboratorial. A alergia/intolerância alimentar também deve ser excluida através de terapia dietética com uma nova fonte de proteina ou proteina hidrolizada. O diagnóstico final é confirmado após a exlusão de outras causas de gastroenterocolite, realização de biópsia endoscópica ou por laparotomia e, demonstração histopatológica de inflamação intestinal (JERGENS et al, 2003). Apesar de ser uma patologia reconhecidamente comum em cães e gatos, sua real prevalência permanece desconhecida. Descreve-se apenas que a DII é mais prevalente em algumas raças tais com Pastor Alemão, Sharpei e Basenji.

Na rotina de trabalho com pequenos animais observa-se a grande frequência com que os proprietários referem vômito, diarréia e falta de apetite. Quando realizada a endoscopia digestiva alta, é comum observamos enantema gástrico e duodenal e na histopatologia infiltrado inflamatório linfoplasmocitário. A partir dessas observações surgiu o interesse de estudar a DII nos cães com o objetivo de conhecer melhor está doença e sua associação com sinais clínicos.

O presente estudo teve como objetivo avaliar cães com distúrbios gastrointestinais com sintomatologia crônica de vômito, diarréia, alterações do apetite e perda de peso no Rio de Janeiro. Inúmeros estudos tentam explicar e conhecer melhor a DII, mas poucos são realizados no Brasil, dificultando o conhecimento local da DII.

Como a etiopatogênese da doença é pouco conhecida supõe-se que possam existir fatores locais que interfiram com o desenvolvimento da DII.

2 - FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

(17)

A Doença Inflamatória Intestinal pode ser definida clinicamente como um espectro de desordens gastrointestinais associadas à inflamação crônica do estômago, intestino delago e/ou cólon de etiologia e patogênese desconhecidas (WASHABAU, 2004).

As doenças inflamatória intestinais são comuns em cães, abrangendo um vários tipos histológicos que afetam todos as regiões do trato gastrointetstinal (GERMAN, 2000).

O diagnóstico clínico deve ser considerado quando o animal afetado apresenta sintomas gastrointestinais tais como anorexia, vômito, perda de peso, diarréia, hematoquezia, fezes com muco, persistentes por mais de 3 semanas, não responsíveis às mudanças alimentares (nova fonte de proteina, proteina hidrolizada ou dietas de alta digestibilidade) ou terapias sintomáticas (parasiticidas, antibióticos, protetores gastrointestinais) e tendo excluído outras causas de gastroenterocolite através de avaliação diagnóstica, complementado com evidência histológica de inflamação intestinal (JERGENS et al, 2003).

2.1 – Etiopatogênese

A etiopatogênse da DII é desconhecida e acredita-se que um mecanismo imune esteja envolvido. Dentre as possíveis causas destaca-se a resposta hipersensível do hospedeiro a antígenos presentes no lúmen intestinal ou na mucosa (JERGENS et al, 2003).

Estudos indicam que a DII ocorre como resultado de uma interação anormal entre bactérias comensais do lúmen intestinal e o sistema imune de indivíduos geneticamente predispostos. O principal fator para o desencadeamento da DII é provavelmente a suscetibilidade genética para a doença (RIOUX et al, 2005). Estudos em pacientes humanos demonstram que existe uma significativa associação entre DII e determinados marcadores genéticos tais como a mutação no gene CARD 15 ou TLR-4,

(18)

que interferem principalmente com o reconhecimento e clareamento de bactérias invasivas e a resposta imune inata (OGURA et al, 2001). Rioux (2005) sugere que, em indivíduos suscetíveis, a flora bacteriana residente é o principal fator para o desenvolvimento da inflamação intestinal (RIOUX et al, 2005).

O sistema imune intestinal é constantemente exposto a inúmeros antígenos derivados da alimentação, componentes da microbiota endógena e organismos patogênicos. O sistema imune intestinal realiza importante modulação de acordo com a natureza do estímulo antigênico bloqueando patógenos, porém mantendo preservada a tolerância para substâncias inofensivas. Se este delicado equilíbrio for quebrado um estado inflamatório crônico pode se instalar (GERMAN, 2003).

Desordens tais como giardíase, supercrescimento bacteriano, infecção por Campilobacter ou Salmonela, alergia alimentar, linfangiectasia e neoplasia podem resultar em gastroenterite com infiltrado inflamatório em cães e gatos (ETTINGER, 1982).

A base imunomediada da doença pode ser reforçada pela indução da remissão após administração de medicamentos imunomoduladores. O aumento de células IgE positivas em cães doentes comparados a cães saudáveis é um outro aspecto que também sugere o envolvimento de reações de hipersensibilidade na patogênese da DII canina (LOCHER et al,2001), assim como o aumento da concentração de eosinófilos e mastócitos em cães com gastroenterite eosinofílica (KLEINSCHMIDT et al, 2007). A quebra da barreira mucosa, independentemente da causa primária (bactérias, agentes químicos etc) também pode levar a exposição de antígenos, tornando o processo crônico (GREGER et al, 2006) e é reforçado pela redução da apoptose de linfócitos, como demonstrado em cães com DII comparados aos controles (DANDRIEUX et al, 2008).

Grande parte do conhecimento dos processos inflamatórios gastrointestinais surgiu a partir de estudos em animais de laboratório. Nestes modelos ocorrem inúmeras quebras do sistema imunológico da mucosa espontaneamente ou induzida que pode levar à inflamação crônica sendo o resultado final semelhante entre os modelos do

(19)

ponto de vista patológico (GERMAN, 2003). Estes estudos experimentais sugerem que o rompimento em qualquer uma das três áreas críticas (barreira mucosa, sistema imune de mucosa e microbiota endógena) pode resultar em inflamação crônica (ELSON, 1999;

WATANABE, 1998).

A microbiota endógena é um fator crucial para o desenvolvimento da DII. A DII geralmente não se desenvolve quando ratos são criados em um ambiente livre de germes (ELSON, 1999). Estes achados indicam que o desenvolvimento de uma resposta aberrante do sistema imune a componentes da microbiota endógena é de grande importância para a patogênese da inflamação intestinal crônica e da DII (DUCHMANN, 1995).

No estudo de Xenoulis (2008) foi observado um número reduzido de populações bacterianas no intestino delgado de cães com DII (XENOULIS, 2008), o que também foi observado em pacientes humanos com DII (OTT et al, 2004). Segundo Xenoulis (2008) embora os cães portadores de DII apresentassem resultados semelhantes aos do grupo controle no que diz respeito à colonização intestinal por bactérias do filo Firmicutes e Proteobacteria, houve diferença significativa na proporção relativa dos subgrupos destes filos. Os organismos do filo Bacteroidetes, que são comumente encontrados no intestino delgado distal de seres humanos e são considerados benéficos para a saúde do trato gastrointestinal, também estavam ausentes em amostras da microbiota intestinal de cães no grupo com DII (XENOULIS, 2008), o que reforça a hipótese de que na DII ocorre uma redução do número de bactérias benéficas exacerbando algumas formas da doença (FRANK et al, 2007).

Inúmeras teorias tentam explicar a patogênese da DII em humanos destacando- se: resposta autoimune a um antígeno luminal ou de mucosa, resposta imune anormal a uma bactéria comensal ou a uma infecção causada por organismo patogênico que permanece no tecido resultando em inflamação crônica ou provocando uma desregulação ativa após a resolução da infecção (HENDRICKSON, 2002). É amplamente reconhecido que a DII canina comporta-se de maneira similar à humana e modelos experimentais da doença demonstraram que algumas características patofisiológicas são compartilhadas com humanos como, por exemplo, o papel de

(20)

células T CD4, FNT (fator de necrose tumoral) e interleucina12 (IL -12) na mediação inflamatória intestinal e a resposta a antígenos derivados de bactérias comensais (HENDRICKSON et al, 2002, GERMAN et al 2003).

Um importante desenvolvimento na medicina humana foi a demostração do envolvimento de diferentes subtipos de linfócitos (Th1eTh2) na DII, com predomíno de Th1 na Doença de Crohn e Th2 na Colite Ulcerativa (JOSÉ LEÓN, et al 2006), que ativam diferentes citocinas pró-inflamatórias (LUCKSCHANDER et al, 2010). Em cães, diferente do homem, há uma ativação mista de Th1 e Th2 nas doenças inflamatórias intestinais (CAVE, 2003, LUCKSCHANDER et al, 2010, GERMAN et al, 2001), levando a expressão de citocinas distintas. Recentemente tem-se levado em consideração a hipótese de que diferentes célulasTh podem estar envolvidas em diferentes tipos de DII (KLEINSCHMIDT, 2007). Alguns autores têm demonstrado que os mastócitos podem estar aumentados ou diminuídos, dependendo do infiltrado celular predominante e que estes estão reduzidos na enterite linfo plasmocitária e aumentados na gastroenterite eosinofílica, reforçando a hipótese de que existem caminhos patogênicos diferentes para os dois tipos de doença inflamatória intestinal (Th1 para enterite linfoplasmocitária e Th2 para gastroenterite eosinofílica) (KLEINSCHMIDT et al, 2007).

As células dos organismos dos vertebrados têm receptores capazes de reconhecer patógenos (ou micróbios) através de associação de padrões moleculares (PAMPs or MAMPs, respectivamente (MEDZHITOV AND JANEWAY, 2002). Esses receptores de reconhecimento de padrões (PRR) convertem o processo de reconhecimento em uma importante reação de defesa do hospedeiro. Uma família de PRR são receptores Toll-like (TLRs), que coletivamente abrangem o reconhecimento das PAMPs de toda a gama de microrganismos (KANZLER et al., 2007). Receptores Toll-like (TLRs) são uma família de receptores funcionalmente importantes para o reconhecimento de patógenos associados a um padrão molecular (PAMP), uma vez que desencadeiam a resposta pró-inflamatória e aumentam a expressão de moléculas co-estimulatórias, ligando a resposta inata rápida à imunidade adaptativa (BONNEFONT-REBEIX, 2007).

(21)

Os TLR são capazes de identificar patógenos e assim mediar a protecção contra agentes infecciosos, mas o excesso de mediadores TLR podem causar alergias, doenças auto-imunes ou aterosclerose (AKASHI-TAKAMURA AND MIYAKE, 2006).

Em cães, pouco se sabe sobre TLRs e a maioria dos estudos são restritos a níveis de RNAm de TLR 2, 4 e 9. Pesquisadores japoneses seqüenciaram TLR 2, 4 e 9 em cães e foram os primeiros a relatar a presença de RNAm em diferentes tecidos utilizando a PCR (HASHIMOTO et al., 2005; ISHIi et al., 2006). SWERDLOW et al.

(2006) demonstraram que TLR2, TLR4 e NOD2 RNAm são expressos em baixos níveis em células epiteliais não estimuladas do cólon canino e podem ter aumento na expressão da resposta a estímulos com os seus respectivos agonistas, como por exemplo peptideoglicanos e lipopolissacarídeos. Além disso, um aumento na expressão de TLR 2, 4 e 9 RNAm foi encontrado na DII canina quando comparadas a níveis de RNAm em cães saudáveis (controles) e em cães com diarréia alimentar responsiva (BURGENERE E JUNGI, 2007). Estes resultados são semelhantes aos encontrados em seres humanos portadores de doença inflamatória intestinal (TANAKA, 2008).

2.2 – Sintomas Clínicos

Os sinais e sintomas clínicos da DII em cães são altamente variáveis, dependendo da localização e extensão do segmento do trato gastrointestinal afetado (JERGENS, 1992; JACOBS, 1990). Essa diversidade de sinais e sintomas clínicos dificulta a avaliação acurada dos efeitos das várias terapias na atividade inflamatória (JERGENS, 1999).

A DII é descrita principalmente em animais de idade média a avançada, mas cães e gatos jovens também podem ser afetados (LEICONDRE, 2004).

As manifestações clínicas da doença inflamatória intestinal em cães são numerosas e inespecíficas, sendo os sinais clínicos mais comuns a perda de peso, vômito persistente ou recorrente, diarréia (KLEINSCHMIDT, et al, 2007) e alterações do

(22)

apetite (ETTINGER, 1982, JERGENS, 1992) freqüentemente associados com sinais secundários como ascite (se hipoalbuminemia está presente) ou palidez de mucosas (no caso de hemorragia gastrointestinal crônica) (GERMAN et al, 2003, STURGESS, 2005).

A DII é uma doença altamente individualizada, o que torna difícil a avaliação e a comparação entre pacientes. Um índice numérico para avaliar o grau de atividade é altamente desejável para aferir inicialmente a gravidade da DII e guiar estratégias terapêuticas nos cães (JERGENS et al, 2003).

Jergens et al, 2003 desenvolveu o CIBDAI (Canine Inflamatory Bowel Disease Activity Index) com o objetivo de avaliar e classificar a DII em cães sintomáticos, avaliar a atividade da DII correlacionando dados laboratoriais (concentração sérica de PC-R, haptoglobina (HAP), α - 1 glicoproteina ácida [AGP] e amilóide sérico A [SAA]), histológicos e clínicos. Os parâmetros clínicos avaliados pelo autor incluíram: atividade, apetite, vômito, consitência das fezes, freqüência das fezes e perda de peso. Cada parâmetro é avaliado em um escore de 0 (sem alteração) a 3 (alteração grave) e a soma dos valores é classificada em uma tabela que indica o grau de atividade da doença (Figura 1). O autor concluiu que a avaliação da gravidade clínica (atividade) em cães com DII é difícil e altamente variável. A condição clínica em um determinado momento pode ser influenciada pela presença de inflamação intestinal ativa assim como pelas conseqüências secundárias da inflamação, incluindo anemia e deficiência de vitaminas,que contribuem para os vários sinais da doença gastrintestinal (JERGENS et al, 2003). Este estudo foi o que mais se aproximou dos trabalho realizados em humanos que utilizam além da classificação endoscópica e histológica dados clínicos e laboratoriais dos pacientes DEARING, 1969, BEST et al, 1976, HARVEY E BRADSHAW, 1980, VAN HEES, 1980, FAGAN, 1982, PRANTERA et al, 1988.

Vários índices laboratoriais e clínicos foram desenvolvidos para avaliar a atividade da doença em pacientes humanos com doença de Crohn e colite ulcerativa (BEST, 1976, HARVEY, 1980, VAN HEES, 1980, PRANTERA et al, 1988). O índice mais comumente utilizado é o “Crohn Disease Activity Index” (BEST et al, 1976) enfatiza principalmente parâmetros clínicos, enquanto outros índices incorporam

(23)

variáveis laboratoriais de atividade inflamatória (VAN HEES, 1980). O aumento nas concentrações de proteína séricas como por exemplo PC-R e AGP se correlacionou à atividade clínica da doença em pacientes humanos com DII (DEARING, 1969, FAGAN, 1982, PRANTERA et al, 1988).

Inúmeros índices têm sido utilizados para avaliar a atividade da DII em cães, incluindo sinais clínicos (JERGENs et al, 1992, GUILFORD, 1996), graus histológicos da inflamação da mucosa (JACOBS et al, 1990, ROTH et al, 1990, JERGENS et al, 1992, WILCOX, 1992) análise fenotípica da resposta imune celular, (JERGENS et al, 1996, STONEHEWER et al, 1998, JERGENS et al, 1999, ELWOOD E GARDEN, 1999, GERMAN, 2001), mensuração de mediadores inflamatórios tais como metabólitos do óxido nítrico (GUNAWARDANA et al, 1997, Jergens et al, 1998) e expressão alterada de RNAm de citocinas transcripitase (GERMAN et al,2000). Embora úteis em ambientes de pesquisa, sua aplicação na rotina clínica é extremamente trabalhosa e tecnicamente desafiadora.

2.3 – Diagnóstico

O diagnóstico é baseado nos sinais clínicos intermitentes ou persistentes de diarréia e/ou vômito e/ou perda de peso e/ou redução do estado geral, associado a evidências histológicas de infiltrado inflamatório na mucosa intestinal. Antes de estabelecer o diagnóstico de doença inflamatória intestinal, é importante excluir todas as outras possíveis causas de enterite crônica (CAVE, 2003, TAMS, 2003) tais como:

doenças infecciosas (bacterianas, parasitárias), alergia alimentar e neoplasias (GASCHEN,2003), sendo a correção dietética importante ferramenta para excluir ou confirmar diarréia responsiva a alimentação (LUCKSCHANDER, 2010).

Como o diagnóstico da DII em cães é feito por exclusão, é necessário a realização de testes diagnósticos, como por exemplo, exames de urina, sangue e parasitológico de fezes, para excluir causas secundárias de inflamação. Esses exames são pouco específicos para a DII, devendo-se ter cuidado para não superestimar a incidência de DII (HALL AND GERMAN, 2009). Este aspecto é muito importante,

(24)

porque se a enterite crônica é erroneamente diagnosticada e tratada como uma doença inflamatória intestinal, é pouco provável que o problema seja resolvido (STURGESS, 2005).

Quando suspeita-se de DII, exames complementares são de extrema importância e muitas vezes primordiais para o seu diagnóstico. Apesar das três técnicas mais usadas serem a radiologia convencional, ultrassonografia e endoscopia, somente a endoscopia fornece informações mais específicas para o diagnóstico da DII, especialmente por permitir a obtenção de biópsias, que são indispensáveis para distinguir os vários subtipos de infiltrado celular na mucosa (RYCHLIK, 2007). A radiografia e a ultrassonografia, que fornecem importantes informações sobre as camadas e a espessura da parede do intestino e estômago parecem ser mais úteis na exclusão de outras possíveis causas (PENNINCK, 2003, RUDORF, 2005).

No estudo de Leib et al, 2010, a ultrassonografia abdominal não contribuiu substancialmente para o diagnóstico clínico da DII em 61(68,5%) cães com vômito crônico (LEIB et al, 2010).

Recomenda-se a realização de ultrassonografia abdominal em cães com idade igual ou superior a 9 anos com vômitos crônicos e aqueles com forte suspeita de linfoma gastrointestinal ou adenocarcinoma gástrico. A suspeita de neoplasia gastrointestinal deve aumentar se o vômito ocorrer, pelo menos, 11 vezes por semana ou houver perda de peso superior a 13,3% do peso corporal. Entretanto os autores não recomendam o exame ultrassonográfico em cães jovens com uma longa história de vômito crônico que não perderam peso, que vomitam com freqüência e são suspeitos de Doença Inflamatória Intestinal. Nesses casos a gastroduodenoscopia é o exame de escolha fornecendo informações mais detalhadas e permitindo a coleta de material para diagnóstico definitivo. Nestes pacientes a endoscopia digestiva alta como método inicial tem melhor custo benefício quando comparada a ultrassonografia como método diagnóstico inicial (LEIB et al, 2010).

Segundo Rudorf (2005) cães com peso entre 30 a 40 kg tem uma maior espessura da parede do intestino delgado quando comparados a cães com peso

(25)

inferior a 20 kg. Entretanto não houve uma associação positiva entre a espessura da parede intestinal do duodeno com o diagnóstico histopatológico ou resposta ao tratamento (RUDORF et al, 2005).

Utiliza-se como intervalo normal para o duodeno canino os mesmos parâmetros de escala de cinza (entre 4 e 6mm) empregados em seres humanos, valores acima de 6mm são considerados anormais para duodeno e superiores a 4 a 7mm no jejuno (RUDORF et al, 2005).

Gaschen et al, 2008 demonstraram que existem diferenças na atividade clínica e nos achados ultrassonográficos de cães com alergia/intolerância alimentar, Doença Inflamatória Intestinal e Enteropatia Perdedora de Proteina. O parâmetro mais importante da ultrasonografia que pode permitir a diferenciação entre os grupos é a ecogenicidade da mucosa do intestino delgado e a presença de alterações secundárias no intestino e em órgãos contíguos. A espessura da parede intestinal não foi sensível nem específica para a presença, tipo e gravidade da doença (GASCHEN et al, 2008).

Após o tratamento é comum não ocorrer melhora da ecogenicidade da mucosa sugerindo que, apesar da melhora da atividade clínica do paciente, a mucosa requer um tempo maior para cicatrizar (MAYER et al, 2000). Estes achados também sugerem que outros eventos mais dinâmicos estão ocorrendo simultaneamente à fase de cicatrização da inflamação intestinal e que não pode ser reconhecido por meio da ultrassonografia bidimensional em escala de cinza (GASCHEN et al, 2008).

Excluídas as causas mais comuns de enteropatias crônicas e tendo obtido biópsias intestinais cirurgicamente ou por via endoscópica na dependência das circunstâncias (a endoscopia é menos invasiva, mas a amostra é limitada em termos do local da execução e na dimensão), pode-se chegar ao diagnóstico da DII (HALL, 2009).

No entanto, é importante ressaltar que as biópsias nem sempre são capazes de estabelecer o diagnóstico com precisão (CAVE, 2003, SCHREINER et al, 2008, HALL, 2009), mesmo à luz de trabalhos recentes que fornecem uma escore histopatológico para alterações de mucosa em cães (DAY et al, 2008).

(26)

Um padrão-ouro diagnóstico para categorização dos distúrbios inflamatórios intestinais em cães ainda não foi estabelecido. A classificação de cães com alergia alimentar, intolerância alimentar ou doença intestinal inflamatória idiopática permanece difícil (GERMAN, 2001).

2.4 – Diagnóstico Histológico

Histologicamente a doença é definida pelo tipo de infiltrado inflamatório (neutrofílico, eosinofílico, linfocítico, plasmocítico, granulomatoso), associado a alterações da mucosa (atrofia vilosa, fusão, colapso de cripta), distribuição das lesões (focal ou generalizada, superficial ou profunda), gravidade (leve, moderado e grave), espessura da mucosa (leve, moderado e grave) e localização (corpo gástrico, antro gástrico, duodeno, jejuno, íleo, ceco, cólon ascendente e cólon descendente) (JERGENS, 1999).

A falta de critérios morfológicos objetivos torna difícil a comparação de resultados entre patologistas. A subjetividade na avaliação histológica levou ao desenvolvimento de inúmeros sistemas de classificação (VAN DER GAAG, 1989, PRICE, 1991, SPINATO et al, 1990, ROTH et al, 1990, ROTH et al, 1992, WILCOCK, 1992, LEIB et al,1992, JERGEN et al, 1992, JERGENS et al, 1996, STONEHEWER et al, 1998, VAN DER GAAG, 1998, JERGENs et al, 1999, GERMAN et al, 2000, GERMAN et al, 2001, JERGENS et al, 2003, BRANDTZAEG et al, 2008, WASHABAU, 2010).

Um dos critérios desenvolvidos e que hoje é amplamente utilizado em todo o mundo é o Sistema Sydney que utiliza uma combinação lógica de etiologia, morfologia e localização e baseia-se em muitos elementos-chave de classificações anteriores (PRICE, 1991).

Enterite linfocítica-plasmocitária (ELP) é o tipo mais frequentemente descrito de DII em cães (GUILFORD, 1996, CRAVEN, 2002, TAMS,2003; HALL, 2005), sendo reconhecido como uma das causas mais comuns de vômitos e diarréia crônica nesta espécie (GUILFORD, 1996, JERGENS,1999, TAMS, 2003). A doença é caracterizada

(27)

pela infiltração de linfócitos e células plasmáticas na lâmina própria do intestino delgado. Apesar de anos de pesquisa em seres humanos e animais, sua causa permanece desconhecida (GUILFORD, 1996, TAMS,2003; HALL, 2005). Acredita-se que a ELP idiopática seja decorrente do desequilíbrio imune, mais comumente atribuído a defeitos na imunorregulação do tecido linfóide associado ao intestino (GUILFORD, 1996).

A presença ou ausência do Helicobacter spp é um aspecto importante da classificação, sendo considerado, em humanos, como a etiologia mais comum de gastrite crônica. Recomenda-se o uso do termo “Helicobacter like organism” ao invés de Helicobacter spp em evidência histológica e imunológica, sem coloração específica (PRICE, 1991).

2.5 – Tratamento

O tratamento baseia-se em terapia dietética, antiinflamatórios esteróides e imunossupressores. Acredita-se que alguns antibióticos possuam efeito antiinflamatório na mucosa intestinal o que é amplamente discutido, pois os mesmos diminuem a carga bacteriana, reduzindo o estímulo local e conseqüentemente o processo inflamatório (GARCIA-SANCHO, 2007).

Ensaios clínicos em humanos com DII (Doença de Crohn e Colite Ulcerativa) demonstram boa resposta a 5 aminosalicilatos (5-ASA) e corticosteróides como pilares do tratamento (KUHBACHER & FOLSCH, 2007).

Os antibióticos são usados como uma opção ao tratamento primário ou adjuvante na Doença de Crohn ativa e na Colite Ulcerativa, embora faltem estudos clínicos controlados comprovando sua eficácia (COLOMBEL et al, 2001, ISAACS &

SARTOR, 2004).

Jergens, 2010 realizou em cães o primeiro estudo randomizado-controlado comparando a eficácia do uso da monoterapia de prednisona versus prednisona associada com metronidazol. A taxa de remissão após 21 dias de tratamento foi

(28)

semelhante nos dois grupos. O tratamento prednisona ou prednisona e metronidazol foi associado a redução significativa nas concentrações médias de Proteina C-reativa (PC- R) pós-tratamento, mas a magnitude da redução da PC-R foi maior em cães que receberam monoterapia com prednisona (JERGENS, 2010). Os resultados deste estudo são altamente relevantes para o tratamento dos cães com DII, pois antes do estudo de Jergens et al, 2010 os antibióticos eram comumente utilizados isoladamente (JERGENS, 1999, WESTERMARCK, 2005) ou em combinação com glicocorticóides (JERGENS et al, 1992, JERGENS et al, 2003, GARCIA-SANCHO et al, 2007) ou aminosalicilatos no tratamento da DII canina (JERGENS et al, 1992, CRAVEN et al, 2004, DAY et al, 2008).

2.6 – Prognóstico

O local anatômico da doença tem significado prognóstico na DII em humanos.

Pacientes com ileocolite são citados como tendo maior número de recaídas quando comparados aos pacientes que apresentam ileite ou colite isoladas (WRIGHT, 1992).

Na colite ulcerativa quanto maior a extensão do cólon envolvida mais freqüentes e graves são as complicações (SALES AND KIRSNER, 1983). A importância do local anatômico da doença em cães com DII é desconhecida (STOKES, 2001).

Em humanos existe uma associação entre DII e aparecimento tardio de neoplasia intestinal, tanto na Doença de Crohn de cólon como na colite ulcerativa (RIBEIRO, 1996; VAN HOGEZAND, 2002), mas esse conceito ainda não foi estudado em cães. Em contraste com humanos, existe pouca informação na literatura veterinária retratando o desenvolvimento de neoplasia à longo prazo (CHURCHER E WATSON, 1997; STOKES, 2001).

(29)

3 – OBJETIVOS

3.1 - Objetivo Geral

Avaliar o estômago e o intestino (duodeno) de cães domésticos com Doença Inflamatória Intestinal (DII) através do exame endoscópio e histopatológico.

3.2 - Objetivos Específicos

• Avaliar macroscopicamente e descrever a mucosa do estômago e duodeno através da endoscopia digestiva alta de cães domésticos com suspeita de DII.

Avaliar e descrever os achados histopatológicos das amostras obtidas através de endoscopia digestiva alta em cães domésticos com suspeita de DII.

Descrever os sintomas clínicos dos cães domésticos com suspeita de DII.

Relacionar os achados da endoscopia digestiva alta e da histopatologia com os sinais clínicos apresentados pelos cães suspeitos de ter DII.

(30)

4 – MATERIAL E MÉTODOS

4.1 – Desenho do Estudo

Estudo prospectivo, transversal, realizado em cães com sintomas digestivos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal Fluminense (UFF) e em clínicas privadas do município do Rio de Janeiro.

O estudo foi submetido ao comitê de Bioética/UFF e o consentimento informado foi obtido dos proprietários dos cães participantes do estudo.

4.2 – Animais

Foram estudados 20 animais pertencentes à espécie Canis familiaris, sendo 7 machos e 13 fêmeas, com idade variando entre 20.4 a 189.6 meses, que apresentavam algum dos sintomas característicos da doença inflamatória intestinal como: diarréia, vômito crônico, perda de peso e alterações do apetite.

Alguns critérios de exclusão foram adotados para a escolha dos animais participantes: cães submetidos à cirurgia do aparelho digestivo, cães em uso de anti- inflamatórios ou que tivessem feito uso nos últimos 30 dias, aqueles com doenças que impedissem a realização de anestesia geral, patologias que secundariamente pudessem causar lesões no estômago e animais com neoplasia.

A avaliação clínica dos pacientes foi realizada através de uma adaptação do

“CIBDAI - Canine Inflammatory Bowel Disease Index” (Jergens, 2003). CIBDAI é um escore numérico para medir a atividade clínica onde seis sinais clínicos são numerados e somados no final refletindo o grau de atividade de insignificante a grave. Cada parâmetro é acessado de forma independente. As variáveis são: atitude/atividade (0- normal, 1– discretamente diminuída, isto é: leve; 2–moderadamente diminuída e 3 – gravemente diminuída); apetite (0- normal, 1–discretamente diminuída, isto é: leve, 2–

moderadamente diminuída e 3 – gravemente diminuída); vômito (0- sem vômito, 1- leve

(31)

[1 vez por semana], 2- moderado [2-3 vezes por semana], 3- grave [mais de 3 vezes por semana]); consistência das fezes (0- normal, 1- fezes discretamente amolecidas ou sangue nas fezes e/ou muco, isto é: alteração leve, 2- fezes muito amolecidas, isto é:

alteração moderado, 3- diarréia aquosa, isto é: alteração grave; freqüência de defecações (0- normal, 1- discretamente aumentada [2 a 3 vezes por dia], 2- moderadamente aumentada [4 a 5 vezes por dia], 3- gravemente aumentada [mais de 5 vezes ao dia]) e perda de peso (0- sem perda de peso, 1- leve [menos que 5%], 2 moderada [5 a 10%], 3- grave [mais 10%]). (FIGURA 1). Como o estudo não teve como objetivo avaliar a atividade da doença nos cães o dado atitude/atividade não foi coletado e não foi realizada a soma dos valores. O índice foi utilizado como forma de classificar os sinais clínicos.

Figura 1 – Índice de Atividade da Doença Inflamatória Intestinal Canina (Jergens, 2003)

(32)

4.3- Preparo dos animais para o exame endoscópico

Jejum hídrico e alimentar foi iniciado, no mínimo, 12 horas antes da realização dos exames.

Os animais foram submetidos à anestesia geral inalatória no momento do exame. Para a indução foi utilizado Propofol (4mg/Kg) e a na manutenção foi utilizado Isofluorano.

4.4- Exame endoscópico e coleta de material

O exame endoscópico foi realizado com fibroendoscópio flexível com 110 cm de comprimento e 9.8 mm de diâmetro, marca Fujinon modelo FG-100FP.

Para a realização do exame os animais foram posicionados em decúbito lateral esquerdo.

Na realização da endoscopia digestiva alta foi possível avaliar macroscopicamente a hipofaringe até o duodeno. Em seguida foi lentamente retirado analisando-se os seguintes segmentos: corpo gástrico, pregas gástricas, grande curvatura e antro. A ponta aparelho foi parcialmente retrofletida para avaliação da incisura angularis e da pequena curvatura e foi totalmente retrofletido para avaliar a cárdia. O aparelho foi retirado avaliando o esôfago. Durante o exame foram coletados amostras de biópsia do corpo gástrico e antro pilórico e do duodeno.

A mucosa gástrica e duodenal foi avaliada e as lesões descritas, assim como a presença de líquido de estase e líquido sanguinolento, edema de pregas gástricas, enatema da mucosa, erosões ou úlceras. Erosão foi definida como uma alteração do epitélio da mucosa e úlcera como uma alteração da mucosa com profundidade central e com margens elevadas. Foi utilizado como critério para o diagnóstico de hérnia de hiato quando a linha Z estava 2 cm acima do pinçamento diafragmático.

(33)

A macroscopia do estômago e duodeno foi descritiva. As lesões de estômago e duodeno (enantema, edema de prega, erosão, ulceração) foram classificadas pelo Sistema Sydney nos graus ausente, leve, moderado e grave (PRICE, 1991).

A esofagite foi classificada de acordo com os critérios estabelecidos por Savary- Miller, 1977. que classifica como grau 1 erosão ovalar ou linear única ou isolada acometendo apenas uma prega longitudinal não confluente, grau 2 erosões ovalares ou lineares confluentes ou não acometendo mais de uma prega longitudinal mas não circunferenciais, grau 3 erosões ovalares ou lineares confluentes e circunferenciais e grau 4 úlcera, estenose ou esôfago curto associados ou não a lesões de grau 1 a 3.

(QUADRO 1 E FIGURA 2).

Quadro 1 – Classificação de esofagites por Savary-Miller

Grau 1 Erosão ovalar ou linear única ou isolada acometendo apenas uma prega longitudinal não confluente

Grau 2 Erosões ovalares ou lineares confluentes ou não acometendo mais de uma prega longitudinal mas não circunferenciais

Grau 3 Erosões ovalares ou lineares confluentes e circunferenciais

Grau 4 Úlcera, estenose ou esôfago curto associados ou não a lesões de grau 1 a 3

(34)

Figura 2 – Classificação de Savary-Miller para classificação de esofagite (Fonte:

Abrahão Jr. LJ, Classificação das Esofagites, in: Atualização em Gastroenterologia, 2010).

Após a realização de cada exame o fibroendoscópio foi lavado com sabão neutro e posteriormente ficou submerso em uma solução com detergente enzimático durante 30 minutos.

4.5- Teste rápido da urease

Os fragmentos coletados do antro a 2 cm do piloro foram colocados em tubos de ensaio contendo 2ml de ureia diluída a 10% em água destilada estéril com vermelho de fenol como indicador de pH (Uretest – Renylab. Belo Horizonte- Minas Gerais - Brasil).

O teste rápido da urease foi considerado positivo quando a coloração se alterou de amarelo para rosa em um período máximo de 24 horas.

(35)

4.6- Processamento histopatológico

As amostras obtidas endoscopicamente e fixadas em formol tamponado a 10% e pH 7,2; checagem e posteriormente realizado processamento histotécnico de rotina (desidratação em bateria de álcool absoluto, diafanização em bateria de xilol e banho de parafina), inclusão dos fragmentos em parafina e confecção de cortes histológicos de 5 µm e corados pela Hemotoxilina- Eosina (HE) e pelo Giemsa modificado.

4.7 – Avaliação histológica das amostras

A leitura das lâminas com a coloração de HE foi realizada com aumento de 400x de acordo com o Sistema Sydney (Price, 1991) por um único observador.

A pesquisa de Helicobacter foi realizada com coloração Giemsa modificado no aumento de 1000x com óleo de imersão.

O exame histopatológico com a coloração HE baseou-se no Sistema Sydney, sendo descritas as alterações observadas (congestão, edema, hemorragia, infiltrado inflamatória, hiperplasia folículo linfóide, hiperplasia e metaplasia) Na avaliação morfológica da mucosa gástrica, as células inflamatórias foram graduadas (aumento de 400X) obtendo-se a média de cinco campos aleatoriamente escolhidos. Os seguintes graus foram estabelecidos conforme o critério estabelecido no Sistema Sydney:

ausente – nehuma célula inflamatória, leve – 1 a 50, moderado – 51 a 150, grave - 150 células por campo (PRICE, 1991). Foi descrito também o tipo celular predominante.

As amostras coradas pelo Giemsa modificado foram avaliadas quanto à presença de microorganismos morfologicamente compatíveis com Helicobacter spp.

nas formas bacilar ou cocóide.

4.8- Análise estatística

Os dados foram analisados com o auxílio do programa SPSS para Windows versão 13. Comparações entre variáveis categóricas dicotômicas foram realizadas pelo teste do Chi-quadrado e Fischer; e as variáveis categóricas ordinárias (mais de 2 níveis)

(36)

foram analisadas pelo teste de correlação de Spearman. Nível de significância foi de 5%.

5- RESULTADOS

5.1- Dados demográficos

Foram estudados 20 cães sendo 13 fêmeas (65%) e 7 machos (35%) com média de idade de 84 ± 11,85 meses (15 a 190 meses).

Destes 6 eram da raça Poodle (30%), 3 Pastores Alemães (15%), 1 Schnauzer (5%), 1 Beagle (5%), 2 S.R.D.(10%), 2 ChowChow(10%), 1 Pinsher (5%), 1 Yorkshire Terrier (5%), 1 Labrador Retriever (5%), 1West Highland White Terrier (5%) e 1 Cocker Spaniel Inglês (5%). Oito (40%) cães tinham pelagem branca, 2 (10%) eram caramelo, 2 (10%) bicolor, 1 (5%) black and tan, 3 (15%) manto negro, 1(5%) preta, 1(5%) tricolor, 1(5%) cinza e 1(5%) sal e pimenta (FIGURA 3).

Quanto ao porte, nove (45%) eram de pequeno porte, 7 de médio porte (35%) e 4 de grande porte (20%).

Figura 3 – Distribuição racial dos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

(37)

5.2- Sintomas clínicos

Das alterações clínicas apresentadas 3 (15%) cães tiveram leve redução do apetite, 8(40%) apresentaram redução moderada e 4 (20%) redução grave do apetite.

Cinco (25%) cães não apresentaram qualquer alteração do apetite.

Cinco (25%) cães não apresentaram vômitos, 2 (10%) apresentaram vômitos 1 vez por semana, 4 (20%) apresentaram vômitos de 2 a 3 vezes por semana e 9 (45%) apresentavam vômitos mais de 3 vezes por semana.

Do total de cães (15) que apresentaram redução do apetite 10 também tinham vômitos, sendo que três cães com redução grave do apetite também apresentavam vômitos, no mínimo, 2 vezes por semana.

Quanto à classificação das fezes ao hábito intestinal, 11 (55%) cães não apresentavam qualquer alteração na consistência das fezes, 6 (30%) tinham leve redução na consistência e/ou presença de sangue e/ou muco e 3 (15%) apresentavam fezes pastosas. Nenhum dos cães estudados apresentou fezes líquidas. Sete (35%) tinham aumento discreto no número de evacuações (2-3x/dia) e 12 (60%) não apresentaram alterações no número de evacuações. Em um (5%) paciente não foi possível obter esta informação. Nove cães tinham simultaneamente alteração na consistência das fezes e no número de evacuações , destes, oito também tinham redução do apetite e perda de peso e cinco apresentaram vômitos.

Seis (30%) cães não tiveram perda de peso, 8 (40%) tiveram perda de peso de até 5%, 5 (25%) tiveram perda de peso de 5 a 10% e 1 (5%) teve perda superior a 10%.

Dos 15 cães que apresentavam redução do apetite 10 apresentaram perda de peso (FIGURA 4).

(38)

Figura 4 – Distribuição dos sintomas clínicos apresentados pelos cães com Doença Inflamatória Intestinal. UFF, Rio de Janeiro-RJ. 2011.

5.3- Avaliação endoscópica

No exame endoscópico 2 cães (10%) apresentaram esofagite leve, 3 (15%) esofagite moderada e 1 (5%) esofagite grave; 14 (70%) não apresentavam esofagite.

Quatro (20%) cães apresentaram leve enantema de antro, 11 (55%) enantema de antro moderado e 3 (15%) enantema de antro grave. Dois (10%) cães não apresentavam enantema de antro. Quatro (20%) cães apresentaram leve enantema de corpo, 10 (50%) enantema de corpo moderado, 3 (15%) enantema de corpo grave. Três (15%) cães não apresentaram enantema de corpo. Com uma exceção, todos os 18 cães que apresentaram enantema de antro também apresentaram enantema de corpo (17) sendo assim classificados como pangastrite (FIGURA 5).

Do total de 6 cães com esofagite 4 também apresentaram pangastrite e 1 apenas gastrite enantematosa de antro. Dos 17 cães com pangastrite 12 (71%) tinham teste da urease positivo.

No exame endoscópico do duodeno 1 (5%) cão apresentou enantema no duodeno leve, 2 (10%) cães apresentaram enantema no duodeno moderado e 11 (55%)

Referências

Documentos relacionados

O Curso de Graduação em Administração, bacharelado, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná – Câmpus Pato Branco, elaborou a presente Matriz Curricular. A Matriz

Em 2012, o mercado segurador nacional voltou a ser condicionado por uma conjuntura económica desfavorável, tendo apresentado uma redução de 6,4% no montante de Prémios, para cerca

3 poemas de amor, ódio e alguma amargura [registo sonoro] / Eugénio de Andrade, Almada Negreiros, Mário Cesariny de Vasconcelos ; [ditos por] Mário Viegas.. - (Série

Consideram excetuadas da regra estabelecida na alínea anterior, para o início de contagem do período de infra-estrutura terrestre, as atracações efetuadas a partir das 15

O objetivo geral deste trabalho foi analisar os elementos mais utilizados na estruturação, organização e gestão de incubadoras de base tecnológica em universidades

Assim, discutir como essas indicações sobre espaço, vitalidade urbana e percepção se aplicam a uma praça de cidade de médio porte é uma maneira de contribuir para

[r]

É uma realidade espiritual que foi descrita na Bíblia por diversas vezes como um lugar existente e habitado não só por Deus, mas também por criaturas celestiais e por aqueles