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A Escolarização da Criança Psicótica o poder da transmissão

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A Escolarização da Criança Psicótica – o poder da transmissão

Maria Isabel Ramos da Silva1 Pétria Cristina Silva Moreira2

“Mas se ele sabe disso, por que não diz nunca?

Freud (1914)

A trajetória da Psicanálise é marcada por rompimentos, discordâncias e isolamento. No artigo “A História do movimento psicanalítico”, em 1914, Freud nos ensina como fez a passagem do lugar de aprendiz para o de mestre, atribuindo aos médicos Breuer, Charcot e Chrobak, com quem conviveu, trabalhou e aprendeu, o alicerce da

“origem das forças impulsionadoras da neurose está na vida sexual” (p. 22). Mas é com certo espanto que comenta: “Esses três homens me tinham transmitido um conhecimento que, rigorosamente falando, eles próprios não possuíam. Dois deles, mais tarde, negaram tê-lo feito quando lhes lembrei o fato” (p. 23). Mais adiante, Freud conclui o parágrafo dizendo “...essas três opiniões idênticas, que ouvira sem compreender, tinham ficado adormecidas em minha mente durante anos, até que um dia despertaram sob a forma de uma descoberta aparentemente original” (p. 23).

Através de outros conceitos freudianos e posteriormente do ensino de Lacan sabemos que o sujeito se constitui a partir dos significantes ofertados pelo Outro.

Contudo, não é qualquer significante que faz laço social, mas que, no caso da neurose, em que o significante (a palavra) é equívoco, pode significar muitas coisas diferentes, e nesse mal entendido, ou no não dito, é que o saber e o desejo de vincular-se ao Outro se faz. Freud estava numa posição de aprendiz, ao tentar entender como aqueles homens, detentores de um saber, trabalhavam, e, queria ser um deles. Em sua busca incansável pelo novo, vai além, supera o pai, paga o preço do isolamento e do abandono por desejar ir além do mestre.

Mesmo traçando sozinho seu caminho, os seus mestres o acompanhavam: “aprendi a controlar as tendências especulativas e a seguir o conselho não esquecido do meu

1 Psicóloga, mestre em Educação pela UFPE, cursando Especialização em Psicologia Clínica na PUC-RJ.

2 Psicóloga, cursando Especialização em Psicologia Clínica na PUC-RJ.

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mestre Charcot: “olhas as mesmas coisas repetidas vezes até que elas comecem a falar por si próprias” (Freud, 1914, p. 36).

A partir da publicação do texto “Interpretação dos sonhos”, em 1900, aumenta o interesse de estudiosos em difundir a Psicanálise, o que deixa Freud muito satisfeito em ocupar o lugar de transmissão do conhecimento. Contudo, ele revela que “não conseguiu estabelecer entre os seus membros as relações amistosas que devem prevalecer entre homens que se acham empenhados no mesmo trabalho difícil, nem consegui evitar a competição pela prioridade a que dá margem, com tanta freqüência, esse tipo de trabalho em equipe” (Freud, 1914, p. 35).

Nesse mesmo ano, em um artigo escrito em comemoração ao 50º aniversário da fundação do colégio onde estudou, ele comenta sobre o sentimento de obediência, mesmo na idade adulta, que acomete algumas pessoas diante da ordem de seu mestre escolar, quando este emite uma ordem de comando. A impressão que se tem é de que Freud não exerceu esse lugar para os seus seguidores, pelo contrário, como ele, os admiradores queriam aprender e superar o mestre, como o mesmo o fez num primeiro momento.

No segundo congresso Psicanalítico Internacional, em 1910, Jones transcreve um epílogo que Freud endereça a Ferenczi, onde o mesmo atribui a pouca repercussão de sua conferência a sua impossibilidade de transmissão, atribuindo a si o desinteresse do público. A posição “o que eu tenho haver com isso que me acomete?”, ou seja, “qual a minha implicação com o meu sucesso e com o meu fracasso?” são contribuições importantes da psicanálise não só para a educação, mas para a pedagogia.

“Não há dúvida de que o Congresso foi um grande sucesso. Mesmo assim nós dois tivemos a mesma pouca sorte. Evidentemente a minha conferência teve uma ressonância medíocre;

não sei dizer por quê. Continha ela muita coisa capaz de provocar interesse. Talvez eu tenha demonstrado como me encontrava cansado... Toda sociedade é ingrata: isso não tem nenhuma importância. Mas a culpa, de certa maneira, deve ser imputada a nós dois, pelo fato de não termos previsto o efeito que causariam nos analista vienenses.”( Jones, 1979, p.419).

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O percurso freudiano foi marcado pelo mal entendido, pela não compreensão dos conceitos criados, descobertos e pelo movimento dos seus colegas em ultrapassá-lo, diminuir sua genialidade.

O que Freud não conseguiu compreender é que mesmo sendo o pai de uma teoria, cabendo a ele a transmissão do saber, os seus alunos eram amigos, colaboradores, não estavam numa posição de aprendizes, mas de parceiros. Assim, o trabalho da transmissão se tornava difícil, pois, todos queriam ser mestres, criando teorias cuja intenção era contradizer a psicanálise, e assim, superá-la.

Com a morte de Freud, inicia-se o período dos pós-freudianos, cuja característica principal foi dissolver os mitos criados em torno da teoria. Uma impregnância de imaginário assolou as divergências entre as “mães oficiantes” da psicanálise. Diante desse excesso de imaginário que dominava a psicanálise em 1953, quer por Melanie Klein ou Anna Freud, Lacan decide empreender o retorno a Freud, o retorno à primazia do simbólico.

O texto “Função e campo da fala e da linguagem em psicanálise”, 1953, é um relatório de um congresso que se realizou em Roma, onde Lacan marca o inicio do seu ensino. Neste artigo, ele está preocupado em estabelecer os parâmetros cientificistas da psicanálise. Retomando o projeto de Freud, transformar a psicanálise em ciência.

Dez anos depois, 1964, Lacan pronuncia o seminário 11 “Os quatro conceitos fundamentais da psicanálise” que é um tributo à Freud. Para Miller:

“Mas, dentro desse tributo, ele tenta ir além de Freud. Não um além que deixe Freud para trás: trata-se de um além de Freud que mesmo assim está em Freud. Lacan está à procura de alguma coisa na obra de Freud de que o próprio Freud não se deu conta. Algo que podemos chamar de “extimidade”, já que é tão íntimo que Freud mesmo não o percebeu. Tão íntimo que essa intimidade é extimidade. É um mais-além do interno. (Miller, 1997, p. 20).

Poderíamos afirmar que Lacan foi o único, de todos os seguidores de Freud, a superar o mestre e o fez construindo o seu ensino a partir do que fazia enigma para ele, na teoria freudiana. O seu retorno a Freud o fez ocupar sua posição de mestre. Na fundação da Escola Freudiana de Paris (EFP), em seu discurso inaugural diz: “Fundo tão sozinho como sempre estive na minha relação com a causa psicanalítica” (Ata de

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fundação da Escola Freudiana de Paris, 1964). Próximo a sua morte, temendo repetir com ele o que aconteceu com o seu mestre, Freud, dissolve a Escola Freudiana de Paris.

A transmissão envolve uma série de questões e problemáticas e seguiremos por esse caminho. Percorreremos pelo conceito de transmissão a partir da leitura de Freud, Lacan e alguns dos seus seguidores na tentativa de compreender a relação entre educação e a singularidade dos sujeitos psicóticos.

A Criança Psicótica e o seu processo de Escolarização

“Quando um educador opera a serviço de um sujeito, abandona técnicas de adestramento e adaptação, renuncia a preocupação excessiva com métodos de ensino e com os conteúdos estritos, absolutos, fechados e inquestionáveis”

Maria Cristina Kupfer (2001)

Superar nossos mestres, fazendo do legado nosso alicerce é o que propõe a psicanálise para qualquer relação com o Outro. Quando os pais decidem ter um bebê, eles constroem o mito de que esse filho será melhor que eles, que herdando suas histórias e seus ensinamentos se transformarão em um sujeito muito melhor do que os pais foram. A entrada na escola é marcada também por estes significantes. Escolhe-se a melhor escola, com os melhores professores, para a transmissão do melhor ensino. Essa construção mítica só terá sentido se tomarmos como referência a unidade fundadora que a ordena: o falo. Para uma criança marcada por um transtorno grave na infância, uma psicose ou autismo infantil, essa construção mítica não se sustenta, pois não é possível sua construção pelo casal parental.

A constituição de um sujeito passa pela dúvida, pelo vacilo de quem cuida, ou seja, é na interrogação – será que o choro é de fome? Será que o bebê esta com dor? - e não na certeza que o sujeito emerge. Na psicose, a certeza da mãe sobre as dores e alegrias de seu filho impede que este se constitua como sujeito desejante; nada é perguntado a essa criança pois tudo já se sabe sobre ela.

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Lacan em “O aturdito”, nos Outros Escritos, profere a seguinte tese: “o psicótico não está fora da linguagem, está fora do discurso” (p. 463). O discurso designa aqui, para Soler (2007) uma modalidade de vínculo social, como ordenado pela linguagem. A autora nos ensina:

“A distinção entre a neurose que entra num discurso e a psicose fora do discurso – estando ambos dentro da linguagem – corrobora a definição feita por Lacan, a partir do seminário 11, entre as duas operações de causação do sujeito: a alienação e a separação...podemos responder de imediato que a inscrição num discurso pressupõe a operação de separação.”

(Soler, 2007, p. 63).

Como a inscrição num discurso é requisito para a operação da separação, ela por sua vez só poderá ocorrer a partir da inscrição do significante do Nome-do-pai. Como já foi dito, na psicose há uma foraclusão deste significante, portanto, o sujeito da psicose encontra-se no campo da alienação. Assim, para um sujeito se constituir no campo do desejo, este precisa sair do campo da alienação e escolher o processo de separação.

Quando essas crianças psicóticas ou autistas chegam à escola, quase sempre são levadas por indicações clínicas ou pelas imposições da lei - onde todas as crianças precisam estar na escola. Não há marcas do desejo em aprender ou fazer do espaço escolar um lugar de transmissão do saber, são levadas porque alguém disse que agora, lá é o seu lugar - antes eram os manicômios.

Diferente do aluno, o professor localiza-se numa outra posição psíquica, este normalmente encontra-se no lugar do mestre, do detentor do conhecimento. O que nos motiva a trazer a questão da escolarização destes sujeitos é a posição do discurso do professor frente ao seu aluno, em especial à criança psicótica e autista. Ou seja, qual o lugar ocupado por essa criança na fantasia do professor? Quem são essas crianças psicóticas e autistas que chegam as escolas da rede de ensino público? Educar ainda é uma tarefa impossível?

Em Psicose e Laço Social, Quinet comenta: “Em o mal-estar na civilização, Freud aponta o relacionamento com os outros como a causa de maior sofrimento do homem. O mal-estar na civilização é o mal-estar dos laços sociais” (p. 17). Foi o mal-estar nos laços sociais que fez com que Lacan desenvolvesse a Teoria dos Discursos, em 1968. Quatro são os discursos – do mestre, da universidade, da histérica e do analista. Em 1972, no seminário “O saber do analista”, Lacan fala de um outro discurso, que seria o discurso do

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mestre modificado: o discurso capitalista. Aqui, nos deteremos ao discurso do mestre e ao discurso da universidade, discursos do poder, da dominação.

O discurso do mestre é o discurso da civilização. No seminário 17, Lacan comenta que o mestre não quer saber de nada, o saber está todo do lado do escravo, ele só quer os resultados, quer que as coisas aconteçam. Do lado do escravo está o saber, que o leva a produção dos objetos a, que seriam os objetos de gozo do mestre.

O discurso universitário é um quarto de volta do discurso do mestre. É o discurso da burocracia. No lugar do agente temos o saber. Mas não é um saber qualquer, é o saber da burocracia. O agente fala em nome de uma verdade que está oculta (S1). Nessa situação, o outro é reduzido a mero objeto. O a aqui, é reduzido a nada. A subjetividade do outro não é levada em consideração, não se quer nada do outro enquanto sujeito. A produção é o sujeito dividido.

Os laços sociais, comenta Quinet (2006), “são formações discursivas que permitem a metabolização e até mesmo a colonização do gozo que vai até a coletivização... Os quatro discursos são sustentados pelo nome-do-pai” (p. 52). E o que nos aponta o fora-do-discurso da psicose? Quinet comenta:

“Aponta para uma impossibilidade da lógica, estrutural, portanto real, de fazer o psicótico entrar completamente na dança dos discursos, ou seja, de circular pelos laços sociais, participar alternadamente de um ou de outro, dialetizar suas relações, cortar com uns e reatar com outros os laços sociais e com isso dar conta da metabolização do gozo” (pa. 52).

O psicótico funciona no avesso dos discursos, “ ele é esse fora que nos remete ao fato de que nós estamos presos aos discursos” (p. 52). Concluindo, Quinet comenta: as incursões do psicótico nos laços sociais, às vezes são excursões – ele faz circuitos por

Discurso do Mestre

S2

S1

a

$ Discurso Universitário

S2

a S1

$

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entre os laços sem entrar neles... As incursões são feitas geralmente no discurso do mestre e no discurso universitário” (p. 53).

Estando o professor localizado ora no discurso do mestre, ora no discurso universitário, o que esperar dessa relação professor-aluno psicótico em sala de aula?

Podemos conjecturar que nada é produzido nesse encontro, nenhum saber é transmitido, pois o outro é o puro objeto, o nada. Conteúdos são ensinados e não transmitidos, o fracasso é do outro e não do professor, uma vez que na fantasia de quem ensina está localizado o não saber, a deficiência.

Em Pernambuco, há doze anos, O “Projeto Saúde na Escola Tempo de Crescer”, em parceira com o Unicef e Prefeituras da região metropolitana do Recife, promove capacitação continuada a professores, técnicos da educação, saúde, promoção social e justiça, na área da infância e adolescência, com o objetivo de pensar, discutir e dar voz aos participantes para a construção de práticas mais eficazes no atendimento a essa clientela, em especial aos portadores de transtornos mentais, uma vez que esses sujeitos pouco circulam no discurso social e, conseqüentemente, nos espaços sociais.

Uma das instituições de saúde parceiras do “Projeto” é o CAPSi Ciranda de Vida, lugar voltado para o atendimento clínico à crianças e adolescentes marcados pelo autismo e psicose infantil, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco, que construiu uma parceria com a educação especial e infantil da prefeitura e vem acompanhando o processo de entrada e permanência desses sujeitos no campo escolar.

“Entendendo a escola como o primeiro espaço social promotor da separação criança/ família e é ela que estabelece um importante elo da criança com a cultura”

(Vasconcelos, apud Lima, 2004, p. 19), era preciso buscar as escolas que estavam trabalhando, de alguma forma, com as crianças com marcas no seu desenvolvimento.

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Considerações

“Sempre digo a verdade: não toda, porque dizê-la toda não se consegue. Dizê-la toda é impossível, materialmente:

faltam palavras. É por esse impossível, inclusive, que a verdade tem a ver com o real”

(Lacan, p.508, televisão)

Na experiência clínica e no “Projeto Saúde na Escola: Tempo de Crescer”, os relatos dos professores acerca dos seus alunos psicóticos e autistas sempre foram carregados de impossibilidades, incertezas e medos. Não se falava num primeiro instante da relação com a transmissão do saber, mas de uma perplexidade pela condição psíquica da criança. Era preciso primeiro conhecê-lo, transformar o estranho em familiar para somente depois pensar no processo de ensino-aprendizagem.

Ribeiro (2001), nos lembra, citando a conferência proferida por Jacques Lacan na Universidade de Colúmbia, em 1º de dezembro de 1975, a preciosa indicação sobre o autismo que Lacan definiu:

“Vocês sabem que há pessoas com quem temos de nos haver na análise, com quem é duro de se obter isso. Há aqueles para quem dizer algumas palavras não é tão fácil. Chama-se isso de autismo. É ir rápido demais. Não é de todo forçosamente isso. São simplesmente pessoas para as quais o peso das palavras é muito sério e que não estão facilmente dispostas a estar a vontade com essas palavras” (Lacan apud Ribeiro, 2001, p. 07).

Descrever, nomear ou medir como construir essa relação do sujeito professor marcado pelo discurso, quase sempre do mestre ou do universitário, com a criança autista ou psicótica que se localiza fora do discurso, é uma tarefa árdua, porém não impossível.

Podemos então perguntar como se constrói essa possibilidade de intervenção no campo da educação, uma vez que:

“A experiência do inconsciente tem desde sua origem uma relação com a alíngua, que Lacan disse que deve ser chamada, com justiça, língua materna, já que é da mãe que a criança a recebe. Ela não a apreende, ela a recebe. É na relação com esse Outro materno, portanto, o Outro da alíngua, que algo se passa na criança autista que a impede de recebê- la, tornando o peso das palavras tão sério. As palavras, para o autista, não se constituem um

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Se há um peso tão grande em receber as palavras provenientes do Outro, como afirmar que isso será possível na escola, lugar marcado pela exclusão, pelo não olhar e pelo fracasso? Não são essas as representações sociais construídas sobre as nossas escolas públicas de ensino?

De fato, a escola vem perdendo sua função de produção e transmissão de conhecimento. Contudo, o trabalho no ‘Projeto” nos revela que a medida que o corpo docente pode falar de suas funções, questionamentos e desejos acerca do seu trabalho é desenvolvida uma análise critica das situações, sendo possível um avanço no processo da educação.

Seria muito fácil se a inclusão escolar e o percurso da aprendizagem dependessem unicamente de questões objetivas, que a educação fosse uma questão de treino e vontade. No entanto, não estamos diante de sujeitos divididos, marcados pelo recalque, e, sim, de sujeitos onde a força do real emerge a todo instante, desorganizando qualquer planejamento pedagógico, pois o campo em questão é o real e não o simbólico.

A escolarização da criança psicótica e autista é um enigma. Não há uma forma, uma receita de como proceder com todas as crianças. Assim como na clínica, na escola, precisamos falar de sujeitos e não de grupos, bandos ou números. Discordamos dos que pensam que a educação precisa imitar a clínica, são campos do saber diferentes e importantes que precisam ficar separados para operar uma formação e inserção desses pequenos sujeitos na cultura. Contudo, podemos pensar que assim como na clínica, a escola pode operar com o “coração de seu ser”3, uma vez que é na dúvida, nas intervenções inadequadas e no acaso, que algo acontece. Apostamos que a transmissão do saber pode acontecer nesses intervalos.

3 Expressão citada pela Dra. Maria Anita Ribeiro na revista Marraio, nº2, “autismo, o último véu”.

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