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Mais um Dia do Servidor e ainda nada a comemorar

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Academic year: 2021

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S S S I I I N N N A A A S S S E E E F F F E E E

Boletim SINASEFE Ano XI - Nº 420 – 24 de outubro de 2008

EDITORIAL

Mais um Dia do Servidor e ainda nada a comemorar

Chega mais um Dia do Servidor, que é comemorado em 28 de outubro, e vivemos mais uma expectativa de arrocho no funcionalismo. O Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, já declarou que pode adiar as alterações salariais acordadas com os servidores públicos por conta da crise financeira mundial.

Novamente serão os trabalhadores a arcar com a especulação irresponsável dos banqueiros e nossos salários estão na mira. Antes de informar que os aumentos dos servidores serão adiados, o governo já havia anunciado a retomada dos debates na Câmara do Projeto de Lei Complementar (PLP) 1/2007. Para quem não se lembra, o PLP 01 é o que limita os gastos do governo com pessoal, e que, na prática, deve congelar os salários dos SPFs até 2016, além de limitar a contratação de novos servidores.

Junto com o PLP 1, deverá ser retomado o debate sobre o PLP 248/1998, que “disciplina a perda de cargo público por insuficiência de desempenho do servidor público estável”. Este projeto pretende regulamentar o disposto no inciso III do § 1º do art. 41 e no art. 247, da Constituição Federal de 1988.

Além disso, está a caminho a regulamentação do direito de greve, com o objetivo de criminalizar o movimento organizado do funcionalismo, antes de se pensar em regulamentar a negociação para os servidores, que ainda não têm data base definida.

Na nossa Rede, ainda enfrentamos a tramitação do PL 3.775, que cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. Precisamos fortalecer nossa luta pela democratização nas IFEs, já que o modelo proposto não atende aos princípios da nossa categoria, além de deixar o Colégio Pedro II fora da Rede.

Esses assuntos também serão debatidos no 22º CONSINASEFE, que acontece de 19 a 23 de novembro, em Maceió, Alagoas, quando aprovaremos nosso Plano de Lutas para 2009. É fundamental a participação de todos para definirmos os rumos da nossa luta e impedirmos que mais perdas sejam acumuladas pela nossa categoria e pelos SPFs.

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Boletim SINASEFE Ano XI - Nº 420 – 24 de outubro de 2008

Nova Seção Sindical no SINASEFE

No dia 21 de outubro, com a presença de 28 pessoas e da Direção Nacional, foi criada a Seção Sindical de Planaltina, Distrito Federal, em cerimônia realizada na Escola Técnica Federal de Brasília.

A Escola Técnica Federal de Brasília foi criada pela Lei 11.534, de 25 de outubro de 2007, e incorporou a Escola Agrotécnica Federal de Planaltina. A escola de Planaltina, criada em 1958, foi transferida para o governo do Distrito Federal, em 1978. Em dezembro de 2007, passou a compor a Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e é uma das cinco unidades que comporão o IFET Brasília.

Uma das peculiaridades da Unidade de Planaltina/DF é que o quadro de servidores é formado por servidores do Governo do Distrito Federal e do Governo Federal.

A Direção Nacional realizou uma reunião na Unidade de Ensino de Planaltina da ETF de Brasília/DF em julho, com a presença de cerca de cinqüenta servidores para discutir os problemas da unidade e o processo de sindicalização dos servidores ao SINASEFE.

Sejam bem-vindos(as) todos(as) os(as) servidores(as) da nova Seção Sindical Unidade Planaltina à luta!

PL 3.775 tem parecer na CTASP

O Projeto de Lei 3.775/08, que cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, tem parecer publicado na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados. A relatoria do projeto na CTASP ficou a cargo da deputada Andreia Zito (PSDB-RJ).

Numa primeira análise do relatório, foi verificado que algumas das emendas propostas pelo SINASEFE foram incluídas no texto, como: a inclusão dos CEFET na Rede; a impossibilidade de manter-se no cargo de diretor por mais de 8 anos; a constituição paritária do Conselho Superior.

Apesar dos avanços, emendas importantes defendidas por nossa categoria ficaram de fora, como a possibilidade de os Técnico-Administrativos se candidatem a Reitor; a supressão da exigência de que o candidato a Reitor seja doutor; e a inclusão do Colégio Pedro II na Rede.

As mudanças na Rede Federal de Educação, a criação dos Institutos Federais, a ampliação da Rede, entre outros temas, serão debatidos no 22º CONSINASEFE, que acontecerá de 19 a 23 de novembro, em Maceió, Alagoas.

Plenária dos SPFs debate sua reestruturação

Um texto-guia, apresentando a proposta de alteração da estrutura de funcionamento da Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Públicos Federais – CNESF foi apresentada na Plenária Nacional dos Servidores Públicos Federais, realizada no dia 17 de outubro, em Brasília. O texto foi debatido pelos participantes da Plenária, mas a resolução final sobre o tema deverá ser votada na próxima Plenária Nacional, que está marcada para o dia 23 de novembro.

Após o debate sobre conjuntura, que avaliou a crise mundial, seus reflexos no Brasil e as conseqüências futuras para os trabalhadores e os servidores públicos, foi aprovado um calendário de lutas dos SPFs:

- 05 de novembro – Dia Nacional de Luta (paralisação de 24 horas no IBGE e Seguridade Social); e mobilização nos estados;

- 11 de novembro – Dia Nacional de Luta contra a criminalização dos movimentos sociais e ataques às organizações sindicais, em Brasília;

- 22 de novembro – Plenárias Nacionais Setoriais;

- 23 de novembro – Plenária Nacional dos SPFs com Debate sobre Reforma Tributária.

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Boletim SINASEFE Ano XI - Nº 420 – 24 de outubro de 2008

Seminário contra criminalização dos movimentos aprova carta à sociedade

A Carta de Brasília contra a criminalização da pobreza, da luta e das organizações dos trabalhadores, foi aprovada no final do Seminário Contra a Criminalização da Pobreza, das Lutas Sociais e dos Movimentos Sociais realizado nos dias 21 e 22 de outubro pela OAB Nacional, CONLUTAS e ANDES (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), em que o SINASEFE esteve presente.

No documento, as entidades organizadoras e participantes do evento afirmam que a criminalização da pobreza, da luta e das organizações dos trabalhadores é inaceitável e que essa situação precisa mudar.

Inúmeros relatos de perseguição judicial e violência cometida pelos agentes do Estado contra militantes e dirigentes de entidades sindicais e dos movimentos sociais foram feitos pelos participantes nos dois dias do evento. Confira a íntegra da carta:

CARTA DE BRASÍLIA

Contra a criminalização da pobreza, da luta e das organizações dos trabalhadores.

Reunidos em Brasília, representantes de sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares, entidades representativas dos advogados e magistrados, com o objetivo de estudar e debater a crescente onda de criminalização da pobreza, das lutas e das organizações dos trabalhadores de nosso país, decidimos apresentar essa Carta à sociedade brasileira.

São quase diários os massacres de jovens e trabalhadores, negros e pobres em sua imensa maioria, em algumas cidades do país, assassinados pela polícia do Estado em operações voltadas pretensamente para o combate ao crime organizado.

O ajuizamento de ações de “Interdito Proibitório”, instrumento utilizado generalizadamente junto à Justiça Civil e à Justiça do Trabalho, tem sido o principal meio através do qual o empresariado tenta impedir os trabalhadores de exercer o direito à manifestação e à greve, garantias constitucionais inquestionáveis.

Alem dos Interditos, a intervenção – via de regra truculenta – da polícia para impedir o trabalho do sindicato na construção e condução das mobilizações dos trabalhadores, a perseguição e demissão de dirigentes e ativistas sindicais completam um quadro que parece querer retroceder à realidade do início do século passado e dos períodos ditatoriais, quando a luta dos trabalhadores era considerada “caso de polícia”.

Os interditos proibitórios e a ação da polícia do Estado são utilizados, de forma ainda mais violenta e abusiva, contra movimentos populares que buscam organizar o povo pobre para lutar por uma vida minimamente digna. Existem hoje em nosso país cidadãos proibidos pela Justiça de “passar em frente a uma prefeitura”, e são inúmeros os casos em que a violência policial foi utilizada de forma completamente abusiva, em defesa da propriedade e não da lei.

Os recorrentes assassinatos de trabalhadores no campo, de líderes religiosos e indígenas, acompanhados quase sempre da impunidade, o que incentiva a mais crimes, é uma triste e dura realidade em nosso país. A presteza, a rapidez e a força que os órgãos policiais e judiciais não têm para punir os assassinos sobram na hora de reprimir os movimentos sociais e sindicatos que lutam pela reforma agrária.

Sequer as mobilizações estudantis escapam dessa realidade. Neste último período a luta dos estudantes e demais setores da comunidade universitária em defesa da educação pública, de qualidade e para todos, tem sido alvo de um processo repressivo cada vez mais intenso. Muitas entidades estudantis estão ameaçadas por multas milionárias originadas nos mesmos interditos proibitórios. Há dezenas de estudantes processados criminalmente neste momento pelo menos em Minas Gerais, São Paulo e Brasília.

Para agravar ainda mais este quadro começamos a assistir nos últimos meses a uma ação cada vez mais ousada do governo federal, através do Ministério do Trabalho, no sentido de intervir nas organizações

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Boletim SINASEFE Ano XI - Nº 420 – 24 de outubro de 2008

sindicais, cassando ilegalmente registros sindicais, concedendo outros sem a observância dos preceitos legais, ferindo frontalmente o que está prescrito na Constituição Federal.

Ao contrário do que pode parecer, estes problemas não dizem respeito apenas às entidades e pessoas diretamente envolvidas. A ocorrência generalizada destes fenômenos indica claramente que são resultado de uma política, de uma ação consciente e organizada envolvendo empresários, proprietários rurais e governos, para limitar ou diretamente impedir o acesso dos trabalhadores ao exercício de garantias constitucionais, de lutar em defesa de seus direitos sociais e por uma vida melhor.

Não se pode dizer que há democracia e vigência do Estado de Direito em um país em que os trabalhadores que se organizam para a luta e a pressão social sejam tratados como criminosos; em que a proteção ao Capital e à ganância pelo lucro resumam as atribuições das instituições do Estado. Mais grave ainda tende a ficar a situação se considerarmos que a crise econômica que ora se apresenta, como tem sido a regra, pode aumentar ainda mais a degradação das condições de vida e o ataque aos direitos dos trabalhadores.

Afirmamos categoricamente: a criminalização da pobreza, da luta e das organizações dos trabalhadores são inaceitáveis! Esta situação precisa mudar!

É necessário que se estabeleça o respeito aos direitos dos trabalhadores e, particularmente neste momento, o direito à livre organização sindical e popular, o pleno direito à greve e à mobilização social como meios legítimos de defesa das reivindicações sociais e da busca por melhorias na condição de vida.

Nesse sentido, os representantes das entidades signatárias dessa Carta, adotam as seguintes iniciativas:

- Constituir um “Fórum Nacional contra a criminalização da pobreza, da luta e das organizações dos trabalhadores” aberto à incorporação de novas entidades, sob a coordenação do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, que se reunirá regularmente para receber denúncias relacionadas ao tema, examinar situações e propor medidas de combate à criminalização dos movimentos e lutas sociais;

- Desencadear uma campanha buscando atingir este objetivo: iremos cobrar medidas concretas da Presidência da República, dos poderes Judiciário e Legislativo e apelaremos às cortes internacionais;

exigiremos a responsabilização das empresas que incorrerem em práticas anti-sindicais e de criminalização da atividade dos sindicatos de trabalhadores;

- Denunciaremos a toda a sociedade esta situação ao mesmo tempo em que buscaremos mobilizá-la para pressionar os poderes constituídos pelas mudanças que aqui preconizamos, pela correção das injustiças e reintegração ao trabalho de trabalhadores e dirigentes atacados;

- Como parte das atividades do “Fórum Nacional”, o Seminário indica que sejam analisadas as condições e causas da grande quantidade de trabalhadores que morrem exercendo o seu trabalho no campo e nas fábricas;

- Constitui um princípio de ação do “Fórum Nacional” que toda agressão ao direito de manifestação e exercício das atividades sindicais, dos movimentos populares e estudantis, em qualquer entidade na qual o trabalhador, dirigente ou ativista atue, será entendida como uma agressão ao coletivo de entidades signatárias dessa “Carta”;

- Convocar amplamente uma atividade a ser realizada durante o “Fórum Social Mundial” em janeiro de 2009, em Belém/PA, que debata a criminalização dos movimentos sociais.

A essa luta conclamamos todos os sindicatos, centrais sindicais, movimentos populares, organizações e entidades democráticas de nosso país. Juntos, mobilizados, faremos valer os direitos daqueles que constroem, com seu suor e trabalho, todas as riquezas deste país.

Brasília, Sede Nacional do Conselho Federal da OAB, 21 e 22 de outubro de 2008.

Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil ABRAT – Associação Brasileira de Advogados Trabalhistas AJUFE – Associação dos Juízes Federais do Brasil

Anamatra – Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho Conlutas – Coordenação Nacional de Lutas

CUT – Central Única dos Trabalhadores

CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil

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Boletim SINASEFE Ano XI - Nº 420 – 24 de outubro de 2008

CURTAS

Caderno de Teses do 22º CONSINASEFE

O Caderno de Teses do 22º CONSINASEFE, com as seis teses que serão debatidas no Congresso, que acontecerá em Maceió, de 19 a 23 de novembro, já está disponível na página do SINASEFE na internet, em www.sinasefe.org.br.

Direção Nacional divulga Plantão de Base

Conforme definição do 20º CONSINASEFE, a Direção Nacional divulga abaixo os plantões de base já definidos e agendados junto à DN.

Período Seção Sindical

20 a 31 de outubro de 2008 Santa Teresa/ES 3 a 14 de novembro de 2008 Aracaju/SE

17 a 28 de novembro Crato/CE

1 a 12 de dezembro Vitória/ES

15ª 19 de dezembro Sta. Rosa do Sul/SC

* Sobre a Rotatividade nestes plantões de base, as Seções deverão enviar seus pedidos e havendo uma lista de espera com uma Seção que já enviou representante para o plantão de base durante aquele período e uma outra que ainda não, será dada preferência à Seção que ainda não enviou seus representantes anteriormente (encaminhamento do 20º CONSINASEFE).

AGENDA DO SINASEFE

DATA ATIVIDADE LOCAL

5 de novembro Dia Nacional de Luta dos SPFs Nacional 11 de novembro Dia Nacional de Luta contra a criminalização

dos movimentos sociais e ataques às organizações sindicais

Brasília

11, 12 e 13 de novembro Reunião da Coordenação Nacional da CONLUTAS

Brasília 20 de novembro Dia da Consciência Negra

19 a 23 de novembro 22º CONSINASEFE Maceió/AL

23 de novembro Plenária Nacional dos SPFs Brasília Responsáveis por este Boletim: Edmar Marques, Flávia Carvalho e Paulo Verani (DN)

Raimundo Nonato da Silva (Base – Santa Teresa/ES) Jornalista Responsável: Roberta Alves Ramos Mtb 2908 – DF

Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional – SINASEFE SCS, Quadra 2, Bloco C, sala 109/110 (Ed. Serra Dourada) Brasília- DF – CEP 70300-902

Telefones (61) 3964-7555 e 3964-7556 – Fax: (61) 3226-9442 – e-mail: dn@sinasefe.org.br – www.sinasefe.org.br

Referências

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