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EVASÃO ESCOLAR

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Academic year: 2022

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ _ ESCOLA DE GESTORES

EVASÃO ESCOLAR

Aluna: Eliana Rocha Passos Tavares de Moraes Orientadora: Monica Ribeiro da Silva

Curitiba, fevereiro de 2010.

(2)

EvAsÃo ESCOLAR

Eliana Rocha Passos Tavares de Moraes*

RESUMO:

Este trabalho apresenta um recorte de uma investigação sobre evasão e repetência, realizado no Colégio Estadual Prof.Mãrio Evaldo Morski no município de Pinhão, estado do Paranã. Buscou-se este tema por se entender que a evasão e repetência, problemas sempre presentes na história da educação escolar brasileira tornando-se crônicos e assumindo proporções inaceitáveis em pleno século XXI. As investigações (re) caem na culpabilização de uns e de outros evidenciando articulações entre o discurso científico e o discurso moral, mas sem respaldo ou elencamento de soluções. Desta forma neste trabalho procurou-se analisar a evasão escolar no Colégio Est. Prof.Mário Evaldo Morski ­ Ensino Médio e Normal, localizado no município de Pinhão. Sendo que, os dados quantitativos e comparativos colhidos indicam que a maior causa da evasão escolar no

município poderá ser considerada como: a gravidez precoce, baixos salários,

desemprego, falta de motivação dos pais para enviar os alunos à escola e a baixa auto­

estima generalizada entre os jovens que consideram que a escola não os prepara para o mercado de trabalho. A pesquisa foi desenvolvida por meio de um estudo de caso, onde os resultados colhidos apontam para as causas. Utilizou-se a pesquisa qualitativa, descritiva, desenvolvida pela metodologia de estudo de caso. Os dados analisados e comparados, apontam, centram as questões de evasão do aluno ao sistema social, educacional e cultural.

PALAVRAS CHAVE: Escola, Evasão escolar, Repetência.

ABSTRACT:

The avoid and repetition are problems every presentes in the history of Education brasilian school, become it chronic and assuming unacceptable proportion in the XXI century the researches fall back in inculpate ones and othes, evidencing links betuween cientificy speech and moral speech, but without basis or colleting of solutions. Some people the question of avoid in student, in their family in the sistems economic, politic, education or cultural. The question of school failure constitutes the most serions social problems of Brazil, in this the aviod would be how a consequence, is had been the product from one large and historic process, that engears the running of brasilian socety. We can't tobe innocent in realition all this and think that in some times, or in some place will haven't people exclud of the sistem, or that the school is injust and insuccessful establisment that always finish by reproduce the achool failure.The school, the teachers, the students are part of all structure of society that is stablished itself historicaly by unequaly, that always generated and still generate a production of remaider and excluded. We need as school, has a support from a net formed by phychologist, social worker with funny and sports activities, to see the students and their family in serions problems that envolv them and reverberate in the class room only we will can to reduce the avoid.

1 Graduada em História pela UNICENTRO- Guarapuava, atualmente professora no Colégio Morski em Pinhão ­ Pr.

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KEY WORDS: School avoid, Net of support.

INTRODUÇÃO

O campo de formação dos professores está em questão desde que a escola foi

atingida por questionamentos sobre a natureza e o seu papel social, a partir das

mudanças políticas, sociais, tecnológicas e culturais dos últimos 500 anos.

O conceito de professor também mudou na modernidade e pós-modernidade, para professor reflexivo e pesquisador, que é aquele que pesquisa ou que reflete sobre a sua prática. Conforme Gasparin(2005, p.02): [...] a responsabilidade do professor aumentou, assim como a do aluno. Ambos são co-autores do processo ensino aprendizagem.

Juntos devem descobrir a que servem os conteúdos científicos - culturais propostos pela escola.

Este trabalho tem como objetivo propor uma reflexão sobre as práticas escolares

adotadas e suas causas no fracasso escolar, que se apresentam sob a forma de

reprovação ou evasão do aluno da escola.

Partiu-se da análise estatística dos índices de evasão escolar no Estado do

Paraná, centrando-se o levantamento desta evasão no Colégio Morski. As estatísticas apontam para números preocupantes o que justifica a pesquisa em torno deste assunto,

pois o desvelamento de suas causas e o apontamento de estratégias de combate e

intervenção torna-se crucial e urgente.

Uma grande parcela da população infanto-juvenil deste país vive na berlinda, sendo exemplo cabal os dados mais recentes de mortalidade por causas externas e violência, o recrutamento de segmentos infantis para o narcotráfico e a prevalência ainda da lógica punitiva e criminalizadora- em detrimento da dimensão socioeducativa no adolescente autor de ato infracional. A juventude popular tem sido constantemente apresentada como perigosa, uma ameaça. No entanto, os dados de pesquisa da OEIA (Organização dos Estados Ibero Americanos), mostram um aumento vertiginoso dos homicídios contra os jovens. Rapazes, negros e moradores das periferias compõem 70% das vítimas. E outras pesquisas comprovam que de cada dez crimes envolvendo jovens, em nove casos eles são as vítimas. São nossos alunos que estão morrendo, muitas vezes injustamente, vítimas de um sistema onde existe a versão confortável de que a pobreza é culpa dos pobres, e que as classes populares, não precisam de políticas públicas e sim de polícia, de punição, de encarceramento, de extermínio, de exclusão.

A escola não fica fora desse contexto, contribuindo com essa realidade. Assim,

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infância e adolescência vêm historicamente rimando com desesperança e é necessário

mudar esse enredo. (MISSÃO CRIANÇA, 2001)

Estudos têm demonstrado que a evasão escolar pode ocorrer por diversos motivos e dentre eles estão as repetências constantes, a necessidade do trabalho infantil para compor a renda familiar, a pobreza e a falta de comida em casa, a longa distância entre a escola e a casa, a falta de transporte, a falta de uniforme e material escolar, que dificultam a ida à escola todos os dias, além de motivos de ordem mais social, como o abuso sexual, dentro e fora de casa, ou até mesmo na escola; exploração sexual, a violência física ou psicológica com a criança ou entre seus familiares, o abuso físico e/ou psicológico na escola e/ou em casa, a não valorização do ensino por parte dos adultos, o casamento e/ou gravidez precoces, o uso e tráfico de drogas, a falta de segurança na localidade ou próximo à escola, brigas de gangues e dificuldades de acompanhamento dos conteúdos curriculares.

Desta forma a intenção é refletir com os atores escolares os aspectos que

circundam o tema, vindo de encontro com a necessidade de traçar de forma conjunta

propostas, alternativas que resgatem os alunos evadidos e tenham sugestões de

€lTÍl'9l'iÍ8I`fl€flÍO G prevenção 80 tema proposto.

Precisamos construir escolas e educação sobre princípios e currículos que

eduquem para a democracia, que contemplem o saber universal, as particularidades, as diversidades culturais. Somente assim teremos possibilidades de contribuir realmente para produzir valores democráticos que instituem Direitos em lugar de privilégios, que valorizem a Vida, a Justiça Social e enfim a Paz.

DADOS DE EVASÃO ESCOLAR NO PARANÁ Total de matrículas no Paraná:

2005- data da informação: 30/03/2005

Ensino Fundamental: 1,65 milhão de alunos matriculados Ensino Médio: 468 mil alunos matriculados

2006- data da informação: 29/03/2006

Ensino Fundamental: 1,65 milhão de alunos matriculados Ensino Médio: 480,5 mil alunos matriculados

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I EVASÃO ESCOLAR

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Ensino Médio

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Ensino Fundamental: 2004 - Total: 47.470 alunos evadidos

2005 - Total: 44.690 (3,2%) alunos evadidos

Ensino Médio: 2004 - Total: 57.320 alunos evadidos

2005 - Total: 58.938(13,5%) alunos evadidos Fonte: Censos Escolares 2005 e 2006 MEC( Ministério da Educação e Cultura).

RENDIMENTO E MOVIMENTO ESCOLAR NO COLÉGIO EST. PROF. MÁRIO EVALDO

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1° Semestre - Disciplinas por Blocos

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Matrículas Aprovados Reprovados Abandono

Fonte: Censo Escolar Colégio Morski

2° Semestre - Disciplinas por Blocos

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Matrículas Aprovados Reprovados Abandono

Fonte: Censo Escolar Colégio Morski

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA:

A evasão e a repetência säo problemas que sempre estiveram presentes na

história da educação escolar brasileira tornando-se crônicos e assumindo proporções

inaceitáveis em pleno século XXI. '

Diante disso este trabalho procura analisar a evasão escolar no Colégio Est.

(9)

Prof.Mário Evaldo Morski - Ensino Médio e Normal, localizado no município de Pinhão­

Paraná. O qual será desenvolvido através de um estudo de caso, durante os anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. Sendo que a maior causa da evasão escolar no município poderá ser considerada como: a gravidez precoce, baixos salários, desemprego, falta de motivação dos pais para enviar os alunos à escola e a baixa auto-estima generalizada entre os jovens que consideram que a escola não os prepara para o mercado de trabalho.

Sabemos que a escola precisa cumprir sua função social e não ser somente a transmissora de conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, pois ser cidadão supõe mais que ter acúmulo de conhecimentos. A escola precisa ter em suas tarefas a estruturação do pensamento lógico, o desenvolvimento cognitivo e o repasse de conhecimentos científicos. Portanto, torna-se necessário o cuidado com essa ampliação social assumida pela escola, para que sua função primeira não se dilua com propostas de educação compensatórias muito amplas, com avaliações excludentes e conselhos de

classe com critérios para elevar os índices quantitativos das escolas. Sendo que a educação escolar vem sendo assumida como uma prática neutra e instrumental,

favorecendo um discurso de que a escola contribui para a emancipação dos sujeitos, sem

considerar as causas do fracasso caracterizadas como evasão, repetência e a

permanência sem aprendizagem de uma parcela significativa dos alunos.

Os fracassos na maioria das vezes são relatados como algo individual, inerente ao aluno. Os estudos de muitos teóricos apontam a necessidade de problematizar esses fracassos com o enfrentamento destes sem as máscaras dos índices oficiais.

As pessoas realmente comprometidas com a educação não podem ficar imunes e

indiferentes frente às discussões sobre o fracasso escolar e suas implicações no

processo educativo, pois essa é uma questão que ainda continua presente entre aqueles que são os idealizadores de uma escola pública de qualidade.

Diante disso, buscar a finalidade da ação pedagógica, que só se concretiza em sua plenitude e só será transformadora se for realizada de forma consciente. De acordo com Patto(1987,p. 59):

A reprovação e a evasão escolar são um fracasso produzido no dia-a-dia da vida na escola e na produção deste fracasso estão envolvidos aspectos estruturais e funcionais do sistema educacional, concepções de ensino e de trabalho e preconceitos e estereótipos sobre a sua clientela mais pobre. Estes preconceitos, no entanto, longe de serem uma característica apenas dos educadores que se encontram nas escolas, estão disseminados na literatura educacional há muitas décadas, enquanto discurso ideológico, ao se pretender neutro e objetivo, participa de forma decisiva na produção das dificuldades de escolarização das crianças das classes populares.

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Torna-se necessário definir a finalidade da escola enquanto instituição, qual a razão

de ser do processo ensino aprendizagem, portanto esclarecer enquanto grupo a

importância da cidadania, o objetivo desta para o homem e o significado do trabalho e da

prática social para a construção do indivíduo como ser em constante evolução. A finalidade da escola é ser um centro de reflexão, construção e transformação do

conhecimento produzido historicamente pelos homens em suas relações com o meio.

Trabalhar com o processo ensino-aprendizagem sistematizado e organizado, mas tendo este como ferramenta para a concretização do ideal de cidadania plena e consciente, sendo que cidadania é a ação consciente do indivíduo na sociedade, ação esta que deverá buscar a felicidade do indivíduo, sem esquecer ou subjugar o coletivo. Dentro das diretrizes estabelecidas estão: a política e a pedagógica.

POLÍTICA: Desenvolver um trabalho que leve à transformação da sociedade. Buscando a

construção de um homem que saiba planejar, superar obstáculos, compreender e

transformar a sociedade, que transite com segurança e competência pelo mundo do trabalho, mas que acima de tudo tenha sensibilidade para se perceber como um ser, que é obra divina, buscando a reflexão dentro dos preceitos da igualdade fraternidade e solidariedade.

PEDAGÓGICA: É o desenvolvimento de um processo ensino-aprendizagem, que vise alicerçar-se no trabalho interdisciplinar, que busque estar dentro do contexto sócio­

cultural, não só local, mas global e que prima pelo conhecimento. Na busca pela formação de pessoas conscientes de seus papeis, que levem educando e educador a se tornarem agentes construtores e transformadores do conhecimento e da sociedade vigente.

Mais do que buscar as diferentes razões sociais, culturais, econômicas e

estruturais que explicam os alarmantes índices da evasão escolar e esvaziam as salas de aula, as discussões atuais têm buscado compreender a juventude, suas necessidades nas sociedades em constante modificação onde o próprio conceito de “jovem” que passou a ser uma síntese de muitos fatores divergentes e contraditórios entre si.

Enfim, existem inúmeros trabalhos sobre os temas, mas muitas vezes tais

investigações (re) caem na culpabilidade de uns e de outros, evidenciando articulações entre o discurso científico e o discurso moral, mas sem respaldo ou elencamento de soluções. Alguns centram a questão da evasão no aluno e no seu seio familiar, para

outros se deve a um sistema social, educacional e cultural. Surgem ainda outras

explicações tais como: privações nutricionais, incompetência dos professores, formação inicial deficitãria, desmotivação dos alunos que têm baixa auto-estima, dentre outras

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explicações alicerçadas em constatações do senso comum. Muitos pesquisadores dentre as quais se destacam Patto (1997, p.237) inferem que a evasão está ligada diretamente à questão do fracasso escolar, constatando- se que: “Este constitui um dos mais graves

problemas sociais do Brasil.” Nisto se explicita que a evasão estaria como uma conseqüência, sendo o produto de um processo histórico amplo, que engendra o

funcionamento da sociedade brasileira. Nas palavras da autora: (PATFO, 1997 p.238)

Neste contexto sem ignorar as questões e›‹tra-escolares não se pode deixar de enfrentar que o fracasso escolar, bem como a evasão, constituem um problema pedagógico. E no estudo do cotidiano da escola que vários autores têm apontado possibilidades concretas de transformação de suas práticas,como forma de enfrentamento problema.

A escola é uma instituição que surgiu para ser igualitária, oferecer educação para

todos e ser ela a responsável pela reprodução e transformação das condições de

produção, alimentando contradições, já que o aluno terá sempre a possibilidade de ter

sucesso ou não no processo de escolarização. Esse aluno que abandona a escola

geralmente pertence a uma classe econômica menos favorecida. A mediação que o professor pode fazer entre ele e o conhecimento a médio e longo prazo. Nisso o aluno se

impacienta busca um atalho, como as drogas e a violência. A escolarização não é

passaporte para a honestidade, mas sem dúvida o contato com o conhecimento abre portas e janelas para a pessoa enxergar outras possibilidades de vida.

Não podemos ser ingênuos em relação a tudo isso e pensar que, em algum

momento ou em algum lugar, não haverá excluídos do sistema, ou que a escola é uma instituição injusta e falha que acaba sempre por reproduzir o fracasso. A escola, os professores, os alunos são parte integrante de toda uma estrutura da sociedade, que se estabeleceu historicamente pelas desigualdades, que sempre gerou e gera uma produção de excedentes e excluídos. A escola é a única instituição que está com as portas abertas

para receber todos, independente de classe, gênero e cor. É tarefa essencial da

Educação escolar, superar e afastar todos os dias as idéias obscurantistas contidas no preconceito, nas discriminações raciais, sociais, de gênero e orientação sexual e na busca de soluções mágicas para os problemas reais.

A educação pode contribuir para diminuir as desigualdades sociais, e para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os novos paradigmas da educação colocam os alunos como autores e sujeitos do mundo, no centro do conhecimento. Conforme corrobora Paro (1996, p.141) “é próprio da atividade educativa o fato de ela não poder realizar-se a não ser com a participação do aluno” e esta participação é concretizada na medida em que o

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fracasso escolar, fracasso produzido pela própria escola que de certa forma tem

expulsado de seu contexto alunos ativos, receptivos, alegres, criativos, participativos e que inconscientemente não assimilam o que os diversos modelos têm proposto. Diante do exposto Moyses ( 1995,p.53) afirma que:

[...] O Brasil, como os demais países da América Latina, está empenhado em promover reformas na área educacional que permitam superar o quadro de extrema desvantagem em relação aos índices de escolarização e de nível de conhecimento que apresentam os países desenvolvidos [...]

A escola com sua estrutura elitista, discrimlnadora não conseguem atender e manter os alunos vindos da classe trabalhadora, pois não respeita suas experiências sócio-culturais. A cultura elitista se materializa através da linguagem, do livro didático, da dominação simbólica, dos métodos de ensino etc. Pois, conforme Aranha (1993, p. 40)

[__] considerando que a escola não exerce necessariamente a violência física, mas sim a violência mediante forças simbólicas, ou seja, pela doutrinaçáo que força as pessoas a pensarem e a agirem de determinada forma, sem perceberem que legitimam com isso a ordem vigente.

A escola precisa estar atenta para as competências individuais e estas devem ser valorizadas e incentivadas, buscando a superação das dificuldades dos discentes; precisa cumprir a Constituição Brasileira que garante “a educação como direito de todos". A força

desse embate, em que se constituem sujeitos e sentidos, produz os seus efeitos

ideológicos já que a representação das leis deve ser interiorizada por indivíduos, a fim de que estas se convertam em hábitos e costumes. De acordo com Saviani (2005):

A educação estará contribuindo para superar o problema da marginalidade na medida em que, formar indivíduos eficientes, isto é, aptos a dar sua parcela de contribuição para o aumento da produtividade da sociedade. Assim, estará ela cumprindo sua função de equalização social.

A escola instituição voltada para a educação do cidadão, tem como objetivos principais a sua instrução e sua formação. O ato educativo deve proporcionar ao aluno condições de compreender e interagir criticamente no contexto social. Para que isso

realmente ocorra torna-se necessário buscar no currículo escolar o significado do

processo de formação do aluno, compreendendo a dimensão política, ética e social da educação, identificando o ser humano como sujeito sócio - histórico- cultural, bem como a

sua participação nesse contexto considerando a capacidade de intervenção e a

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transformação dessa realidade. A opção política do educador permite que a escola não seja apenas reprodutora da sociedade vigente, compreendendo o poder transformador do conhecimento e da educação.

Para Saviani(198O), “ a classe dominada, só terá força política, na medida em que se apropriar dos conhecimentos historicamente produzidos pela humanidade”, torna-se importante, portanto, ressaltar a importância dos conteúdos trabalhados, como condição

de emancipação dos sujeitos. Mas a escola por não tratar ou não saber tratar seus

sujeitos com igualdade fracassa em seus objetivos e se distancia da sua verdadeira função social que é a “transmissão - assimilação do saber sistematizado, é portanto a atividade nuclear da escola”. (Saviani, 2003,p.15)

Enfim, existem inúmeras dificuldades que estão presentes no dia- a- dia escolar,

resultam em fracasso escolar do aluno e da própria escola. Precisamos, portanto,

modificar a visão conceitual de fracasso escolar sendo que situações transitórias das dificuldades escolares podem configurar- se nesse fracasso. Vale a pena realizar uma análise aprofundada dos encaminhamentos que se fazem presentes no espaço educativo para atingir algumas mudanças que contribuam para o enfrentamento do fracasso escolar.

O Projeto Político Pedagógico (PPP) de uma escola se torna o ponto de apoio teórico, norteando todas as atividades, por ela realizada. De acordo com Vasconcelos (2004, p.15): “O Projeto Político Pedagógico entra justamente neste campo como um instrumento teórico-metodológico a ser disponibilizado, (re) construído e utilizado por aqueles que desejam efetivamente a mudança”.

Trata-se de um importante caminho para a construção da identidade da instituição, para a transformação da realidade. Enquanto processo, implica ver as opções da escola em programar propostas de ação para concretizar aquilo a que se propôs colocar em prática aquilo que foi projetado acompanhado da análise dos resultados. O PPP tem um importante papel no sentido de ajudar a conquistar e consolidar a autonomia da escola, criar um clima onde professores e equipe se sintam responsáveis pela construção e resultados, inclusive quanto aos alunos. É o PPP que vai possibilitar o diálogo consistente e fecundo entre todos, inclusive com a comunidade.

Não se pode esquecer que a autonomia da escola é relativa, o trabalho que

desenvolvemos independente da ordem jurídica da sua mantenedora, tem uma dimensão pública, uma função social, já que diz respeito a direitos fundamentais de cidadania. A escola precisa ser avaliada e percebendo as necessidades precisa superá-las. Mais do que um texto escrito torna-se necessário o compromisso com alguns valores, princípios, visão da realidade, ação articulada com reflexão, enfim práxis. A criação de um clima de

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PPP na escola ajuda a diminuir a falta de compromisso entre os educadores e todos sentem que a escola tem um ambiente diferente, mais propício ao trabalho. A construção

coletiva do PPP não significa que todos irão fazer tudo, cada segmento terá suas atribuições específicas, das quais deverá dar conta. A diferença é que as grandes

decisões do que fazer e da direção a seguir na instituição foram tomadas coletivamente

de tal forma que todos, sem exceção deverão ser submetidos a elas. Conforme

Vasconcellos (2004, p.47)

O projeto não pode ser uma camisa de força para a escola e para o professor.

Deve dar a base de tranqüilidade, as condições para administrar o cotidiano e assim, inclusive, liberar espaço para a criatividade (...) a postura de abertura deve ser mantida.

Nesse momento, o papel da direção da escola constituí-se em ser apoio real, para que o PPP realmente aconteça, para que a operacionalização do mesmo realmente se efetive. De acordo com Libâneo (2004,p.215) a tarefa da Direção da escola é:

pôr em ação, de forma integrada e articulada, todos os elementos do processo organizacional, envolvendo atividades de mobilização, liderança, motivação, comunicação, coordenação. A coordenação é um aspecto da direção, significando a articulação e a convergência do esforço de cada integrante de um grupo visando a atingir os objetivos. Quem coordena tem a responsabilidade de integrar, reunir esforços, liderar, concatenar o trabalho de diversas pessoas.

O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da democracia implica a construção de uma política pública que contemple a participação efetiva dos diversos atores sociais do universo escolar, na formulação e implementação da gestão democrática. Esse processo deve acontecer de maneira harmoniosa. Mas não se pode pretender que a união em torno da democracia dentro dos colégios elimine conflitos ou divergências. É parte intrínseca dessa construção e devem ser enfrentados.

O exercício da direção depende de alguns fatores, tais como: autoridade (é o exercício do poder delegado a alguém para dirigir as decisões tomadas coletivamente), responsabilidade (é uma exigência inerente à autoridade), decisão (é a capacidade de selecionar, diante de várias alternativas, a medida mais adequada conforme as situações concretas), disciplina (implica compatibilizar a conduta individual com as normas, regulamentos, interesses da vida social e escolar, assumidos coletivamente), iniciativa (é

a capacidade crítica e inovadora de encontrar soluções aos problemas que se

apresentam no desenvolvimento do processo de direção, a capacidade de enfrentar o imprevisto e situações inusitadas ou embaraçosas).

A direção da escola é o dirigente, é o principal responsável pela escola, tem a visão

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de conjunto, articula e integra os vários setores (setor administrativo, setor pedagógico, secretaria, serviços gerais, relacionamentos com a comunidade, etc.). A direção precisa ainda articular para que o PPP da escola esteja voltado para a inclusão, atendendo à diversidade de alunos, independentemente de sua procedência socioeconômica, acúmulo intelectual e expectativas educacionais.

A elaboração, a execução e a avaliação da democracia deverão conter o princípio da coletividade e requerem um clima de confiança que proporcione: a integração, o diálogo, a cooperação, a negociação e o direito das pessoas envolvidas de intervir na tomada de decisões, favorecendo o comprometimento de todos nas ações desenvolvidas.

Somente com estruturas gestoras fortalecidas, as escolas poderão consolidar princípios, métodos, práticas e relações de gestão democráticas. Isso possibilitará uma nova relação de poder dentro dos estabelecimentos de ensino que será essencial para a construção de um projeto escolar comprometido com a qualidade, no qual questões como

a repetência e a evasão sejam enfrentadas frontalmente, a partir de estratégias

elaboradas com a participação de todos os atores envolvidos. Esses, com base nas

possibilidades disponíveis em sua realidade, buscarão soluções conjuntas para os

problemas.

Também é em virtude de uma gestão democrática que as escolas poderão

construir um currículo próprio, a partir da visão cultural a cerca da realidade de alunos e professores, o que pode ser decisivo na melhoria da qualidade de ensino. Além disso, a participação democrática proporcionará a permanente formação dos profissionais da educação.

Outro benefício advindo da gestão democrática é a ampliação da presença da escola em sua comunidade, de modo que possa intervir para a melhoria da realidade social, econômica e cultural da região.

Crê-se que a aquisição do conhecimento é processual faz-se necessário compreender como está o processo, analisar e valorizar as conquistas, realizar as

intervenções necessárias, buscando o sucesso do aluno, entendendo que ele já possui

uma bagagem cultural e pedagógica que, relacionadas a novos conhecimentos

desenvolvidos na escola dará origem a novos conhecimentos. A escola precisa seduzir pela responsabilidade e compromisso. A educação deve ser prazerosa, no sentido da

afetividade.

A permanência dos alunos na escola é um dos grandes desafios da educação. A escola como determina a LDB, deve garantir a entrada e permanência dos alunos até que seus estudos estejam concluídos. Na perspectiva de Freire ( 1999, p. 27)

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Ai de nós educadores, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis (...).Os profetas são aqueles ou aquelas que se molham de tal forma nas águas de sua cultura e da história do seu povo, que se conhecem o seu aqui o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles mais do que adivinham, realizam.

As oportunidades das pessoas estarão cada vez mais condicionadas ao manejo do conhecimento os futuros possíveis se orientarão pela educação.

A saída dos jovens da escola, em sua maioria os pobres, não se deve às

concepções ideológicas que minimizam a importância e a necessidade de escola para

quem possui diferenças em relação à normalidade e as expectativas vigentes. Na

concepção de Adorno (1971, p 155) de que:

a educação coloca-se contra a barbárie e que esta é resultado da heteronímia de sujeitos que acatam ordens de outrem e as colocam em prática sem refletir, leva à conclusão de que a educação escolar deve ir além da transmissão de conteúdos, deve também privilegiar práticas que possibilitem a construção da autonomia pelo educando na adolescência. Daí tem-se que é fundamental para a sociedade e para o sujeito a permanência na escola até o final da juventude.

Enquanto a sociedade permanecer silenciosa frente à destituição subjetiva que é destinada aos que diferem do modelo esperado, enquanto a falta de identificação com a humanidade de cada pessoa impelir à indiferença pelo que ocorre com cada um na sociedade e, principalmente, enquanto aos que é dada a possibilidade de autonomia a utilizarem apenas em interesse próprio sem que se esboce o menor investimento na

mudança da ordem social, teremos uma perpetuação e até um agravamento das

circunstâncias delimitadas por este trabalho no que diz respeito ao abandono da escola.

No entanto, se a educação assumir a ótica do oprimido ao exercer sua função emancipadora que visa à construção da autonomia do educando e entendendo que a adolescência é o momento privilegiado para que isso aconteça, teremos como o melhor ,desfecho possível, tanto para o sujeito quanto para a sociedade a permanência das jpessoas na escola, até o final da sua juventude.

1 A evasão escolar é um problema crônico em todo o Brasil, sendo muitas vezes

passivamente assimilada e tolerada pelo sistema de ensino e pela comunidade. As .conseqüências da evasão escolar podem ser sentidas com mais intensidade nas cadeias jpúblicas, penitenciárias e centros de internação de adolescentes em conflito com a Lei.

A falta de educação de qualidade que seja atraente e não excludente e a pobreza

lsão algumas das causas do vertiginoso aumento da violência que nosso País vem enfrentando nos últimos anos. O combate à evasão escolar nessa perspectiva, surge

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como um eficaz instrumento de prevenção e combate à violência e à imensa

desigualdade social que assola o Brasil, beneficiando toda a sociedade. Infelizmente inexistem mecanismos efetivos de combate a evasão escolar a nível de escola ou, a nível de sistema de ensino.

Torna-se necessário que a educação possa dar instrumentos para o acesso a

saberes codificados, esclarecendo aos jovens que o conhecimento é a grande produção

de nosso tempo - a sociedade do conhecimento é uma mensagem na moda neste

momento. A educação deve formar indivíduos capazes de buscar e manejar por sua conta os conhecimentos que lhes sejam necessários, operação muito diferente da de transmitir conhecimento propriamente dito.

Timidamente o sistema educativo está tendo consciência dos problemas existentes, iniciando assim um debate sobre os valores. E o fez porque o sistema

educativo é uma das instituições sociais que mais diretamente recebem as conseqüências negativas da falta de socialização normativa já que é a primeira a defrontar-se com os comportamentos agressivos, a falta de motivação e a falta de projeto pessoal por parte das gerações mais jovens. E não só por isso: o sistema educativo é o que recebe todas as críticas quando os desmandos de uma juventude violenta tornam-se públicos.

Necessitamos de uma ruptura entre aquilo que é preciso saber para ser aprovado e o que se aprende na escola que às vezes não se usa para mais nada e aquilo que é preciso saber para viver. A constante mudança nos sistemas de produção faz com que, se produza a obsolescência dos saberes aprendidos na escola e que geram críticas contra ela.

Ainda hoje a única instituição social planejada para a formação das pessoas jovens e que oferece certa garantia de cobertura universal (ainda que não igualitária) é o sistema educativo, mas é necessário que a educação funcione, de que os indivíduos jovens identifiquem seu lugar no mundo contem com um sistema de reconhecimento de suas próprias capacidades como elemento indispensável para que se transformem em sujeitos ativos capazes de exercer a responsabilidade e de buscar delimitar, por iniciativa própria, os saberes que lhes são úteis para exercerem tais responsabilidades.

O sistema educativo pode criar no jovem o conceito de seu valor para a

comunidade, de sua responsabilidade perante ela, a partir da própria concepção da escola como comunidade.

Embora o sistema educativo não possa mudar tudo não conseguirá mudar nada sem a colaboração de outros âmbitos sociais. A escola é a instituição adequada para a reflexão e para o início desse tipo de mudança, pois é onde se manifesta de modo mais

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direto a crise do modelo dessa natureza interior do sistema de valores e crenças que sustentam as pessoas em sua vida pessoal e social.

A escola e um profissional comprometidos com a educação devem preocupar-se em formar um aluno com uma visão crítica da sociedade, dando-lhe oportunidade de expressar suas idéias, tornando-o um cidadão ativo e participante na vida social, cultural e política do seu povo. Somente assim a escola estará pondo em prática a sua função política, facilitando a mediação entre o aluno e a sociedade. Para isso, de acordo com Demo (1993, p.21) é necessário “...dialogar com a realidade, inserindo-se nela como

sujeito criativo”.

Diante do exposto, o sinal mais indicativo de responsabilidade e compromisso da educação é o seu permanente empenho na instrução e educação dos alunos de modo que estes dominem os conhecimentos necessários para o enfrentamento dos desafios, na sua vida e nas lutas sociais pela democratização da sociedade. Corroborando com Aranha (1993, p. 42) quando este evidencia que “A escola é um espaço possível de luta,

de denúncias da domesticação e seletividade e de procura de soluções, ainda que

precárias e parciais”.

A transformação do sistema educativo atual não é fácil, pois existe uma estrutura consolidada. A solução passa por um maior desenvolvimento da democratização no próprio sistema educativo. Na construção de uma escola inovadora, com uma nova forma de educação. A condição de democratização real do sistema educativo e a possibilidade de criar comunidades escolares, nas quais a coletividade docente possa fazer o ajuste entre o conjunto de saberes e valores considerados necessários e as características do grupo concreto, suas necessidades, perspectivas e possibilidades reais.

O conceito integral da educação muito além da transmissão de saberes poderá deixar de ser utopia e só será possível com uma nova mentalidade da coletividade docente. É importante estudar o professor como um ser contextualizado levando em consideração o seu papel de educador juntamente com sua realidade, pois se trata de um ser que contribui com sua sociedade e sofre as conseqüências dos problemas existentes no meio onde vive. No entanto, mais importante é conscientizar o professor de seu papel na sociedade, para isso é imprescindível sua formação técnica e política. Desta forma de acordo com Cunha (1996, p. 15) é :

¡ necessário que o curso de magistério instrumentalize o professor para a

pesquisa, pois esta é a forma de sistematizar o conteúdo, ter cientificidade no trato das coisas, desenvolver o espírito crítico e distinguir a essência da aparência.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO:

A metodologia utilizada para delinear a intervenção na escola será a teoria dialética do conhecimento com a correspondente metodologia de ensino- aprendizagem,

a qual diz que: (SAVIANI, 1999 p.83).

[...]o movimento que vai da sincrese(“a visão caótica do todo”) à síntese(”uma rica totalidade de determinações e de relações numerosas") pela mediação da análise (“as abstrações e determinações mais simpIes") constitui uma orientação segura tanto para o processo de transmissão-assimilação de conhecimento( o método de ensino).

Contribui Corazza quando diz que: [...] a concepção metodológica dialética adota o mesmo paradigma, qual seja- 1°)partir da prática; 2°) teorizar sobre ela e 3°) voltar à prática para transformá-la.

Para solucionar os problemas torna-se necessário um espelho da realidade, com o levantamento das matrículas realizadas registros do desempenho escolar, elaborando um relatório com dificuldades e causas internas e externas do fracasso escolar dos alunos.

No relatório realizado pela escola podem aparecer várias causas do fracasso escolar do aluno:

-Várias desistências do mesmo aluno em anos seguidos;

-Índices aparecem mais por ser uma escola só de ensino médio;

-Perspectiva de trabalho ilusório com estágios temporários para quem está

desempregado;

-Falta de acompanhamento dos pais na vida escolar do aluno;

-Fator cultural: de que é preciso estudar para ter conhecimento e não só para sair de casa, ter merenda, obrigatoriedade;

-Dificuldades com transporte escolar: superlotação, precariedade, distante da escola;

-Problemas familiares;

-Bares próximos à escola, facilitam as faltas às aulas;

-Dificuldades de aprendizagem;

Várias ações podem ser realizadas para tentar solucionar os problemas:

-Recolher a carteirinha do transporte escolar dos alunos que não estão freqüentando regularmente;

-Patrulha escolar autuar os alunos que ficam em bares próximos à escola, nas esquinas e proximidades da escola;

- Reunião com pais periodicamente esclarecendo as regras da escola;

- Realizar sondagem na aprendizagem dos alunos e realizar reforço em: leitura e

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interpretação;

-Distribuir cartilhas no início do ano com informações básicas sobre a escola: sistema de avaliação, aulas diferenciadas, projetos desenvolvidos etc.

A presença de pedagogos em número suficiente para atender a todas as dificuldades da escola é imprescindível, bem como equipe multiprofissional nas escolas, para dar

respaldo aos professores, direção e equipe pedagógica, formada por psicólogas e

assistentes sociais, para falarem com os familiares dos alunos, ajudem os pais a lidarem com a rebeldia dos filhos, a colocarem limites através do diálogo e auxiliar os pais e os adolescentes no problema da drogadição e desestrutura familiar, cujos problemas repercutem diretamente na sala de aula causando grandes transtornos.

-Realizar reuniões com os familiares através da equipe multidisciplinar: realizar dinâmicas de grupo, seminários e palestras sobre: drogadição, doenças sexualmente transmissíveis, relacionamento familiar etc.

-Trabalhar com os professores filmes como:

“VEM DANÇAR": (Take The Lead, 2006): O dramático filme, inspirado na história real de Pierre Dulaine, conta a trama do professor e competidor que ensina dança de salão como voluntário a um grupo variado de alunos do Ensino Médio de uma área carente do centro de Nova York, mantidos de castigo.

“CLICK”: Michael Newman é casado com Donna e tem dois filhos: Bem e Samantha.

Como ele trabalha muito, quase não tem tempo para os filhos. Um dia exausto devido ao trabalho Michael tem dificuldades de lembrar qual controle remoto da sua casa liga a televisão. Para acabar com o problema, ele decide comprar um controle remoto universal, ou seja, que funcione para todos os aparelhos eletrônicos que possui. Na loja Michael encontra um funcionário excêntrico chamado Morty, que lhe dá um controle remoto experimental, garantindo que o mesmo irá mudar a sua vida. Michael aceita a oferta e logo descobre que o utensílio é realmente bastante prático. Porém, também descobre que o controle tem ainda outras funções, como abafar o som dos latidos de seu cachorro e jtambém adiantar os fatos de sua própria vida.

“NENHUM A MENOS”: Uma garota chega a uma aldeiazinha no interior da China para substituir o antigo professor que precisa fazer uma viagem. Quando um aluno foge da Êescola, ela decide a qualquer custo reaver o aluno. A primeira parte é ambientada no jnterior, na aldeiazinha e na escola primária; a segunda se passa no caos da cidade. A jovem professora tenta lidar com as dificuldades dos alunos da aldeia. Um dos alunos, o inais indisciplinado da sala tem que abandonar as aulas e ir para a cidade trabalhar, porque sua mãe está doente. A professora vai atrás dele na cidade. O garoto virou

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mendigo e não pivete. Isso mostra que no fundo o garoto é bom e que mesmo as

desigualdades do sistema não são suficientes para perverter uma criança boa.

O delineamento das ações poderão também ser pautadas nos passos abaixo, elencados, baseados nas especificações da proposta FICA COMIGO, da SEED:

-PROFESSORES: Realizam o levantamento do número de alunos evadidos da escola, após O5(cinco) dias consecutivos ou, O7(sete) alternados no período de um mês;

-PEDAGOGOS: Recebendo a notícia (mediante entrega, pelo professor, do formulário próprio), preenche as três vias da FICA(Ficha de Comunicação de Aluno Ausente), comunicando o fato à direção da escola.

-DIREÇÃO: Juntamente com a equipe pedagógica realiza no prazo de O5 (cinco) dias, contato com o aluno e sua família, buscando viabilizar o retorno daquele à escola.

No mesmo período de O5(cinco) dias, detectadas as causas da evasão tomará

providências de caráter protetivo que se fizerem pertinentes, encaminhando o caso,

quando necessário, aos setores competentes: Assistência Social, Psicológica e

Pedagogas, buscando garantir a permanência do aluno no sistema educacional, com o

acionamento das políticas públicas, serviços e programas de proteção existentes;

Obtendo êxito com o retorno do aluno à escola, arquiva a FICA em pasta própria;

-CONSELHO TUTELAR: Não obtendo êxito, encaminha a 1a e 33 vias da FICA ao Conselho Tutelar, arquivando a 2a via na escola;

-MINISTÉRIO PÚBLICO: transcorridos 10(dez) dias do encaminhamento da FICA ao Conselho Tutelar, não obtendo resposta, o Ministério Público deverá ser imediatamente comunicado.

CONCLUSÃO:

A transformação do sistema educativo atual não é fácil, pois existe uma estrutura consolidada. O sistema educativo pode criar no jovem o conceito de seu valor para a comunidade, de sua responsabilidade perante ela, a partir da própria concepção da escola como comunidade. Embora o sistema educativo não possa mudar tudo, não conseguirá mudar nada, sem a colaboração de outros âmbitos sociais.

A escola e um profissional comprometidos com a educação devem preocupar-se

em formar alunos com visão crítica da realidade. Para formar essa visão o aluno

precisa estar freqüentando a escola, mas as dificuldades para que isso se efetive surgem no próprio ambiente escolar, onde os professores não se preocupam com o aluno que não está freqüentando as aulas, porque geralmente aquele que abandona a escola é o “aluno

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problema”, com várias dificuldades: de aprendizagem, de indisciplina, sociais, morais,

intelectuais etc. Outra dificuldade significativa e já comprovada é a falta de

conscientização dos pais sobre a importância de incentivar os filhos a não abandonarem a escola, freqüentarem corretamente, realizarem as tarefas propostas pelos professores das disciplinas e acompanhá-los em seu desempenho escolar.

A evasão e a repetência são as conseqüências de vários fatores, sendo o produto de um processo histórico amplo, que engendra o funcionamento da sociedade brasileira, um fracasso produzido pela própria escola, que de certa forma vem expulsando de seu

contexto alunos ativos, receptivos, alegres, criativos, participativos e que

inconscientemente não assimilam o que os diversos modelos têm proposto.

As dificuldades em acompanhar o aluno faltoso e que evadem são muitas, entre elas: falta de informação dos alunos faltosos; não preenchimento da FICA (Ficha de Aluno Ausente); falta de interesse em ter o aluno de volta em sala; pouco tempo e conhecimento técnico para acompanhar o aluno em todos os problemas que envolvem os motivos da desistência; falta de equipe multi profissional (psicólogos, assistentes sociais, etc.) para ldar atendimento especializado aos jovens e suas famílias, quanto aos motivos que os levam a abandonar a escola e quanto à obrigatoriedade e responsabilidade que os pais e responsáveis dessas crianças e adolescentes de O4 a 17 anos têm em mantê-los nas escolas.

Todos esses fatores só aumentam os índices negativos do número de alunos fora da escola e sem perspectivas futuras, pois a escola continua sendo um caminho, uma possibilidade de melhora de condição de vida das pessoas.

Para que o sucesso nas escolas comece a ter índices significativos torna-se

necessário enfrentar os desafios com seriedade, concluindo e mantendo a tarefa do acesso, permanência e qualidade do processo ensino-aprendizagem, nos diferentes níveis e etapas do ensino. É preciso trazer os adolescentes e jovens que abandonaram a escola para completarem a escolarização, aproveitando o período em que a Educação brasileira, o país, está se libertando do subdesenvolvimento educacional e propõe a

construção de um novo modelo de formação de escolarização para crianças e

adolescentes brasileiros. Aproveitando que agora a educação básica que atende dos O4 aos 17 anos é obrigatória no país. Significa que o poder público passa a ter a obrigação de ofertar não só o ensino fundamental de O9 anos, mas a educação infantil para crianças Q4 a O5 anos e o ensino médio para adolescentes de 15 a 17 anos. Significa também que

os pais e responsáveis devem mantê-los nas escolas sob pena de serem

responsabilizados criminalmente.

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