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TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

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Academic year: 2021

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TRABALHADORES

DA ÚLTIMA HORA

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O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

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1. O Reino dos Céus é semelhante a um pai de família que saiu de madrugada, a fim de assalariar trabalhadores para a sua vinha.

Tendo convencionado com os trabalhadores que pagaria um denário a cada um por dia, mandou-os para a vinha. Saiu de novo à ter- ceira hora do dia e, vendo outros que se con- servavam na praça sem fazer coisa alguma, disse-lhes: “Ide também vós outros para a minha vinha e vos pagarei o que for razoá- vel.” Eles foram. Saiu novamente à hora sex- ta e à hora nona do dia e fez o mesmo.

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Saindo mais uma vez à hora undécima, en- controu ainda outros que estavam desocu- pados, aos quais disse: “Por que permaneceis aí o dia inteiro sem trabalhar?” – “É”, disse- ram eles, “que ninguém nos assalariou.” – Ele então lhes disse: “Ide vós também para a minha vinha.”

Ao cair da tarde disse o dono da vinha àquele que cuidava dos seus negócios: “Chama os trabalhadores e paga-lhes, começando pelos últimos e indo até aos primeiros.” – Aproxi- mando-se então os que só à undécima hora haviam chegado, receberam um denário ca- da um. §=>

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Vindo a seu turno os que tinham sido encon- trados em primeiro lugar, julgaram que iam receber mais; porém, receberam apenas um denário cada um. Recebendo-o, queixaram- se ao pai de família, dizendo: “Estes últimos trabalharam apenas uma hora e lhes dás tanto quanto a nós que suportamos o peso do dia e do calor.”

Mas, respondendo, disse o dono da vinha a um deles: “Meu amigo, não te causo dano algum; não convencionaste comigo receber um denário pelo teu dia? §=>

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Toma o que te pertence e vai-te; apraz-me a mim dar a este último tanto quanto a ti. Não me é então lícito fazer o que quero? Tens mau olho, porque sou bom?”

Assim, os últimos serão os primeiros e os pri- meiros serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos. (Ma- teus, 20:1 a 16.)

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Porque o Reino dos céus é semelhante a um homem, pai de família, que saiu de ma- drugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha. E, ajustando com os trabalhado- res a um dinheiro por dia, mandou-os para a sua vinha. (Mt 20:1-2).

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A expressão “Reino dos céus” é comum no Evangelho, referindo-se ao estado de pleni- tude espiritual, que será alcançado de forma ativa, perseverante e corajosa, jamais como concessão ou graça divina. Segundo a Dou- trina Espírita, o ser humano atingirá esse es- tado de perfeição por meio do conhecimento e da transformação moral, obtidos nas inú- meras reencarnações e no plano espiritual.

(10)

A afirmativa, “sair de madrugada a assalariar trabalhadores para a sua vinha”, indica o su- premo dinamismo do trabalho no bem, carac- terizado por ser diligente e produtivo, não perde tempo e que começa cedo. Como é prioritário o progresso humano, o Senhor tem enviado ao Planeta Espíritos missionários, desde as eras mais remotas. A evolução espi- ritual é uma meta divina definida desde que ocorreu o processo de humanização do prin- cípio inteligente, isto é, na “madrugada” da vida humana, quando o Espírito era simples e ignorante.

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A vinha é a própria Humanidade, o grande campo de aprendizado que precisa evolver, pelo trabalho-subsistência e pelo trabalho espiritual, firmado nos testemunhos, sacri- fícios e doações incessantes que assinalam a via de progresso dos povos e de cada indiví- duo. Em outras palavras, “[…] designa o lo- cal dos serviços humanos e refere-se ao volu- me de obrigações que os aprendizes recebe- ram do Mestre Divino.”

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O texto evangélico esclarece que o pagamen to ajustado dos trabalhadores foi de “um di- nheiro por dia”. A gerência divina, sempre atenta e atuante, sabe ajustar o trabalho em nível da conscientização e do entendimento do obreiro. Neste contexto, é possível definir o tipo de compromisso que cada um pode oferecer à Vinha, identificado na equação pro dução versus benefício. Sendo assim, o Pai Celestial, o dono da Vinha, disponibiliza o serviço ao trabalhador, o local onde este de- va atuar e, também, a forma e valor da remu neração. §=>

(13)

O filho ou trabalhador, por outro lado, recebe a oportunidade de progredir, no campo que lhe foi destinado, selecionado em função da experiência que possui.

A parábola nos mostra que há um plano dire- tor, sábio e inteligente, que define o processo evolutivo da Humanidade. Nada é feito de im proviso ou de forma eventual. Implica estu- do, planejamento e estratégias seriamente estipulados, a fim de que o sucesso esteja assegurado.

(14)

• E, saindo perto da hora terceira, viu outros que estavam ociosos na praça. E disse-lhes:

Ide vós também para a vinha, e dar-vos-ei o que for justo. E eles foram. Saindo outra vez, perto da hora sexta e nona, fez o mesmo. E, saindo perto da hora undécima, encontrou outros que estavam ociosos e perguntou- lhes: Por que estais ociosos todo o dia? Dis- seram-lhe eles: Porque ninguém nos assala- riou. Diz-lhes ele: Ide vós também para a vi- nha e recebereis o que for justo. E, aproxi- mando-se a noite, diz o senhor da vinha ao seu mordomo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos derra- deiros até aos primeiros (Mt 20:3-8).

(15)

As horas de contratação dos trabalhadores equivalem às diferentes convocações de Deus, aos seus filhos, para o cultivo de vir- tudes. “Uns começam mais cedo a cuidar dos seus espíritos para o bem; outros começam mais tarde. E no entanto, para os bons traba- lhadores o salário é o mesmo, não importa a hora em que iniciaram o trabalho de se rege- nerarem.”

(16)

As oportunidades de melhoria espiritual são diuturnamente oferecidas pelo Criador Supre- mo, através de Jesus. Existe trabalho para todos porque o progresso é Lei Divina ou Na- tural. Entretanto, é importante considerar ou- tras características que fazem parte do pro- cesso evolutivo humano, claramente identi- ficadas nesta parábola do trabalhador da vi- nha.

(17)

Merece destaque o conteúdo do versículo oi- to, assim especificado: “E, aproximando-se a noite, diz o senhor da Vinha ao seu mordo- mo: Chama os trabalhadores, e paga-lhes o salário, começando pelos derradeiros até aos primeiros”. Trata-se de uma ordenação divina referente ao acerto de contas, à aferição de resultados. É momento em que se verifica se ocorreu efetivo progresso ou melhoria espiri- tual do trabalhador. Essa aferição é de gran- de valor, tendo em vista os investimentos posteriores, os próximos planejamentos reen carnatórios. §=>

(18)

A expressão, “aproximando-se a noite”, não está relacionada ao término de um dia, que acontece após o declínio do Sol. Pode indicar tanto o final de uma existência física quanto o fechamento de um ciclo evolutivo.

(19)

E, chegando os que tinham ido perto da hora undécima, receberam um dinheiro cada um;

vindo, porém, os primeiros, cuidaram que ha- viam de receber mais; mas, do mesmo modo, receberam um dinheiro cada um. E, receben- do-o, murmuravam contra o pai de família, di- zendo: Estes derradeiros trabalharam só uma hora, e tu os igualaste conosco, que suporta- mos a fadiga e a calma do dia. Mas ele, respon dendo, disse a um deles: Amigo, não te faço injustiça; não ajustaste tu comigo um dinheiro?

Toma o que é teu e retira-te; eu quero dar a este derradeiro tanto como a ti. Ou não me é lícito fazer o que quiser do que é meu? Ou é mau o teu olho porque eu sou bom? (Mt 20:9-15).

(20)

Percebe-se que na Vinha, o Senhor não faz

“[...] questão da quantidade do trabalho, mas sim da qualidade, e ainda mais, da permanên cia do obreiro até o fim. Os que trabalharam na vinha, desde a manhã até à noite, não me receram maior salário que os que trabalha- ram uma única hora, dada a qualidade do tra balho.”

(21)

O pagamento que os trabalhadores recebem é o mesmo para todos os obreiros, indepen- dentemente do número de horas que tenham trabalhado. Cada hora de labor representa uma encarnação ou período de aprendizado.

Há Espíritos que consomem muitas reencar- nações para se tornarem criaturas melhores, outros realizam o mesmo processo em pou- cas existências corporais. Da mesma forma, existem obreiros que despendem muitas ho- ras para realizar uma tarefa que, sendo feita por outros, é executada em breve espaço de tempo.

(22)

A reencarnação deve ser vista como a mani- festação da justiça divina. É significativa opor tunidade para o Espírito reparar o passado de erros, reajustando-se perante a Lei de Deus, e, ao mesmo tempo, ensejo de progresso pe- lo desenvolvimento dos valores morais e in- telectuais.

(23)

Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos (Mt 20:16).

(24)

Os indivíduos escolhidos serão os primeiros no Reino dos céus porque souberam aprovei- tar, integralmente, os trabalhos na Vinha do Senhor, ao longo das sucessivas reencarna- ções. Não temeram as lutas nem os desafios impostos pelas provações, sempre agindo co- mo alunos aplicados. Estes são os trabalha- dores de última hora.

(25)

A parábola dos trabalhadores da vinha deve calar fundo aos espíritas, em razão do conhe- cimento que possuem a respeito da realidade espiritual e da necessidade da prática da ca- ridade, base da transformação moral. Neste sentido, é sempre útil lembrar estas recomen dações de O Espírito de Verdade:

“Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que houve- rem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a ca- ridade! […] §=>

(26)

Ditosos os que hajam dito a seus irmãos: “Tra balhemos juntos e unamos os nossos esfor- ços, a fim de que o Senhor, ao chegar, en- contre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: “Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!”

§=>

(27)

[…] Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cum- prir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últimos e os últimos serão os primeiros no reino dos céus.” (ESE, cap. 20, item5) (FEB –

EADE – Livro III)

(28)

Instruções dos Espíritos

Os últimos serão os primeiros

(29)

“Bons espíritas, meus bem-amados, sois todos obreiros da última hora. Bem orgulhoso seria aquele que dissesse: Comecei o trabalho ao Al- vorecer do dia e só o terminarei ao anoitecer.

Todos viestes quando fostes chamados, um pou- co mais cedo, um pouco mais tarde, para a en- carnação cujos grilhões arrastais; mas há quan- tos séculos e séculos o Senhor vos chamava para a sua vinha, sem que quisésseis penetrar nela! Eis-vos no momento de embolsar o salário;

empregai bem a hora que vos resta e não esque çais nunca que a vossa existência, por longa que vos pareça, mais não é do que um instante fugitivo na imensidade dos tempos que formam para vós a eternidade. – Constantino, Espírito protetor. (Bordeaux, 1863.)” (ESE, cap. XX)

(30)

3. Jesus gostava da simplicidade dos símbo- los e, na sua linguagem máscula, os obreiros que chegaram na primeira hora são os pro- fetas, Moisés e todos os iniciadores que mar- caram as etapas do progresso, as quais con- tinuaram a ser assinaladas através dos sécu- los pelos apóstolos, pelos mártires, pelos Pais da Igreja, pelos sábios, pelos filósofos e, final- mente, pelos espíritas. Estes, que por último vieram, foram anunciados e preditos desde a aurora do advento do Messias e receberão a mesma recompensa. Que digo? recompensa maior. §=>

(31)

Últimos chegados, eles aproveitam dos labo- res intelectuais dos seus predecessores, por- que o homem tem de herdar do homem e porque coletivos são os trabalhos humanos:

Deus abençoa a solidariedade. Aliás, muitos dentre aqueles revivem hoje, ou reviverão amanhã, para terminarem a obra que come- çaram outrora. Mais de um patriarca, mais de um profeta, mais de um discípulo do Cristo, mais de um propagador da fé cristã, se en- contram no meio deles, porém, mais esclare- cidos, mais adiantados, trabalhando, não já na base, e sim na cumeeira do edifício. Rece- berão, pois, salário proporcionado ao valor da obra.

(32)

O belo dogma da reencarnação eterniza e precisa a filiação espiritual. Chamado a pres- tar contas do seu mandato terreno, o Espírito se apercebe da continuidade da tarefa inter- rompida, mas sempre retomada. Ele vê, sen- te que apanhou, de passagem, o pensamen- to dos que o precederam. Entra de novo na liça, amadurecido pela experiência, para avançar mais. E todos, trabalhadores da pri- meira e da última hora, com os olhos bem abertos sobre a profunda Justiça de Deus, não mais murmuram: adoram.

(33)

Tal um dos verdadeiros sentidos desta pará- bola, que encerra, como todas as de que Jesus se utilizou falando ao povo, o gérmen do futuro e também, sob todas as formas, sob todas as imagens, a revelação da magní- fica unidade que harmoniza todas as coisas no Universo, da solidariedade que liga todos os seres presentes ao passado e ao futuro. – Henri Heine. (Paris, 1863.)”

(34)

Missão dos Espíritas

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4. Não escutais já o ruído da tempestade que há de arrebatar o velho mundo e abismar no nada o conjunto das iniquidades terrenas?

Ah! bendizei o Senhor, vós que haveis posto a vossa fé na sua soberana justiça e que, no- vos apóstolos da crença revelada pelas profé- ticas vozes superiores, ides pregar o novo dogma da reencarnação e da elevação dos Espíritos, conforme tenham cumprido, bem ou mal, suas missões e suportado suas pro- vas terrestres.

(36)

Não mais vos assusteis! As línguas de fogo estão sobre as vossas cabeças. Ó verdadei- ros adeptos do Espiritismo!... sois os escolhi- dos de Deus! Ide e pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua propagação os vossos hábitos, os vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis. Ide e pregai. Convosco estão os Espíritos elevados.

Certamente falareis a criaturas que não que- rerão escutar a voz de Deus, porque essa voz as exorta incessantemente à abnegação.

§=>

(37)

Pregareis o desinteresse aos avaros, a absti- nência aos dissolutos, a mansidão aos tiranos domésticos, como aos déspotas! Palavras per didas, eu o sei; mas não importa. Faz-se mis- ter regueis com os vossos suores o terreno onde tendes de semear, porquanto ele não frutificará e não produzirá senão sob os reite- rados golpes da enxada e da charrua evan- gélicas. Ide e pregai!

(38)

Ó todos vós, homens de boa-fé, conscientes da vossa inferioridade em face dos mundos disseminados pelo Infinito!... lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniquidade. Ide e proscrevei esse culto do bezerro de ouro, que cada dia mais se alastra. Ide, Deus vos guia! Homens simples e ignorantes, vossas línguas se soltarão e falareis como nenhum orador fala. Ide e pregai, que as populações atentas recolherão ditosas as vossas pala- vras de consolação, de fraternidade, de espe- rança e de paz.

(39)

Que importam as emboscadas que vos ar- mem pelo caminho! Somente lobos caem em armadilhas para lobos, porquanto o pastor saberá defender suas ovelhas das fogueiras imoladoras.

Ide, homens, que, grandes diante de Deus, mais ditosos do que Tomé, credes sem fazer- des questão de ver e aceitais os fatos da me- diunidade, mesmo quando não tenhais con- seguido obtê-los por vós mesmos; ide, o Es- pírito de Deus vos conduz.

Marcha, pois, avante, falange imponente pela tua fé! §=>

(40)

Diante de ti os grandes batalhões dos incré- dulos se dissiparão, como a bruma da manhã aos primeiros raios do sol nascente.

“A fé é a virtude que desloca montanhas”, disse Jesus. Todavia, mais pesados do que as maiores montanhas, jazem depositados nos corações dos homens a impureza e todos os vícios que derivam da impureza. Parti, então, cheios de coragem, para removerdes essa montanha de iniquidades que as futuras ge- rações só deverão conhecer como lenda, do mesmo modo que vós, que só muito imper- feitamente conheceis os tempos que antece- deram a civilização pagã.

(41)

Sim, em todos os pontos do globo vão produ- zir-se as subversões morais e filosóficas; apro xima-se a hora em que a luz divina se espar- girá sobre os dois mundos.

Ide, pois, e levai a palavra divina: aos gran- des que a desprezarão, aos eruditos que exi- girão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; porque, principalmente entre os mártires do trabalho, desta provação terrena, encontrareis fervor e fé. Ide; estes receberão, com hinos de gratidão e louvores a Deus, a santa consolação que lhes levareis, e baixa- rão a fronte, rendendo-lhe graças pelas afli- ções que a Terra lhes destina.

(42)

Arme-se a vossa falange de decisão e cora- gem! Mãos à obra! o arado está pronto; a ter- ra espera; arai!

Ide e agradecei a Deus a gloriosa tarefa que Ele vos confiou; mas atenção! entre os cha- mados para o Espiritismo muitos se transvia- ram; reparai, pois, vosso caminho e segui a verdade.

Pergunta. – Se, entre os chamados para o Es- piritismo, muitos se transviaram, quais os sinais pelos quais reconheceremos os que se acham no bom caminho?

(43)

Resposta. – Reconhecê-los-eis pelos princí- pios da verdadeira caridade que eles ensina- rão e praticarão. Reconhecê-los-eis pelo nú- mero de aflitos a que levem consolo; reco- nhecê-los-eis pelo seu amor ao próximo, pela sua abnegação, pelo seu desinteresse pes- soal; reconhecê-los-eis, finalmente, pelo tri- unfo de seus princípios, porque Deus quer o triunfo de sua lei; os que seguem sua lei, es- ses são os escolhidos e Ele lhes dará a vitó- ria; mas Ele destruirá aqueles que falseiam o espírito dessa lei e fazem dela degrau para contentar sua vaidade e sua ambição. – Erasto, anjo da guarda do médium. (Paris, 1863.)”

(44)

Obreiros do Senhor

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5. Aproxima-se o tempo em que se cumprirão as coisas anunciadas para a transformação da Humanidade. Ditosos serão os que hou- verem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade! Seus dias de trabalho serão pagos pelo cêntuplo do que tiverem esperado. Di- tosos os que hajam dito a seus irmãos: “Tra- balhemos juntos e unamos os nossos esfor- ços, a fim de que o Senhor, ao chegar, en- contre acabada a obra”, porquanto o Senhor lhes dirá: §=>

(46)

“Vinde a mim, vós que sois bons servidores, vós que soubestes impor silêncio aos vossos ciúmes e às vossas discórdias, a fim de que daí não viesse dano para a obra!” Mas ai da- queles que, por efeito das suas dissensões, houverem retardado a hora da colheita, pois a tempestade virá e eles serão levados no turbilhão! Clamarão: “Graça! graça!” O Senhor, porém, lhes dirá: “Como implorais graças, vós que não tivestes piedade dos vossos irmãos e que vos negastes a esten- der-lhes as mãos, que esmagastes o fraco, em vez de o amparardes? §=>

(47)

Como suplicais graças, vós que buscastes a vossa recompensa nos gozos da Terra e na satisfação do vosso orgulho? Já recebestes a vossa recompensa, tal qual a quisestes. Nada mais vos cabe pedir; as recompensas celes- tes são para os que não tenham buscado as recompensas da Terra.”

(48)

Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparen- te, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recua- rem diante de suas tarefas é que Ele vai con- fiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo. Cumprir-se-ão estas palavras: “Os primeiros serão os últi- mos e os últimos serão os primeiros no Reino dos Céus.” – O Espírito de Verdade. (Paris, 1862.)

(49)

O Livro dos Espíritos Questões 798 a 802

(50)

798. O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, ape- nas por algumas pessoas?

“Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da Humanidade, porque está na natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos hu- manos. Terá, no entanto, que sustentar gran- des lutas, mais contra o interesse, do que con- tra a convicção, porquanto não há como dissi- mular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forcados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos.”

(51)

Comenta Kardec:

As ideias só com o tempo se transformam;

nunca de súbito. De geração em geração, elas se enfraquecem e acabam por desapare- cer, paulatinamente, com os que as professa- vam, os quais vem a ser substituídos por ou- tros indivíduos imbuídos de novos princípios, como sucede com as ideias políticas. Vede o paganismo. Não há hoje mais quem professe as ideias religiosas dos tempos pagãos. Toda- via, muitos séculos após o advento do Cris- tianismo, delas ainda restavam vestígios, que somente a completa renovação das raças conseguiu apagar. §=>

(52)

Assim será com o Espiritismo. Ele progride muito; mas, durante duas ou três gerações, ainda haverá um fermento de incredulidade, que unicamente o tempo aniquilará. Sua mar cha, porém, será mais célere que a do Cris- tianismo, porque o próprio Cristianismo é quem lhe abre o caminho e serve de apoio. O Cristianismo tinha que destruir; o Espiritismo só tem que edificar.

(53)

799. De que maneira pode o Espiritismo con- tribuir para o progresso?

“Destruindo o materialismo, que é uma das chagas da sociedade, ele faz que os homens compreendam onde se encontram seus ver- dadeiros interesses. Deixando a vida futura de estar velada pela dúvida, o homem perce- berá melhor que, por meio do presente, lhe é dado preparar o seu futuro. Abolindo os pre- juízos de seitas, castas e cores, ensina aos homens a grande solidariedade que os há de unir como irmãos.”

(54)

800. Não será de temer que o Espiritismo não consiga triunfar da negligência dos ho- mens e do seu apego às coisas materiais?

“Conhece bem pouco os homens quem ima- gine que uma causa qualquer os possa trans- formar como que por encanto. As ideias só pouco a pouco se modificam, conforme os indivíduos, e preciso é que algumas gerações passem, para que se apaguem totalmente os vestígios dos velhos hábitos. A transforma- ção, pois, somente com o tempo, gradual e progressivamente, se pode operar. Para cada geração uma parte do véu se dissipa. O Espi- ritismo vem rasgá-lo de alto a baixo.

(55)

Entretanto, conseguisse ele unicamente cor- rigir num homem um único defeito que fosse e já o haveria forçado a dar um passo. Ter- lhe-ia feito, só com isso, grande bem, pois esse primeiro passo lhe facilitará os outros.”

(56)

801. Por que não ensinaram os Espíritos, em todos os tempos, o que ensinam hoje?

“Não ensinais as crianças o que ensinais aos adultos e não dais ao recém-nascido um ali- mento que ele não possa digerir. Cada coisa tem seu tempo. Eles ensinaram muitas coi- sas que os homens não compreenderam ou adulteraram, mas que podem compreender agora. Com seus ensinos, embora incomple- tos, prepararam o terreno para receber a se- mente que vai frutificar.”

(57)

802. Visto que o Espiritismo tem que marcar um progresso da Humanidade, por que não apressam os Espíritos esse progresso, por meio de manifestações tão generalizadas e patentes, que a convicção penetre até nos mais incrédulos?

“Desejaríeis milagres, mas Deus os espalha a mancheias diante dos vossos passos e, no entanto, ainda há homens que o negam. Con seguiu, porventura, o próprio Cristo conven- cer os seus contemporâneos, mediante os prodígios que operou? §=>

(58)

Não conheceis presentemente alguns que negam os fatos mais patentes, ocorridos às suas vistas? Não há os que dizem que não acreditariam, mesmo que vissem? Não; não é por meio de prodígios que Deus quer enca- minhar os homens. Em sua bondade, Ele lhes deixa o mérito de se convencerem pela ra- zão.”

(59)

Referências bibliográficas:

Curso de Estudo Aprofundado da Doutrina Espírita. Livro III: Ensinos e Parábolas de Jesus – Primeira Edição. Brasília [DF]: Federação Espírita Brasileira, 2010.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Brasília: FEB, 2013.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos. Brasília: FEB, 2013.

https://www.esbocandoideias.com/2016/05/o-que-significa-hora- terceira-hora-sexta-e-hora-nona-citadas-na-biblia.html

http://1.bp.blogspot.com/-

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