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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA CARACTERIZAÇÃO DA PESCA ARTESANAL NO ESTUÁRIO DO RIO COCÓ, LOCALIDADE DE SABIAGUABA, FORTALEZA -

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA

CARACTERIZAÇÃO DA PESCA ARTESANAL NO ESTUÁRIO DO RIO COCÓ, LOCALIDADE DE SABIAGUABA, FORTALEZA -

CEARÁ

DANILO DOS MARTINZ CARDOSO

MONOGRAFIA APRESENTADA AO DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PESCA DO CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ, COMO PARTE DAS EXIGÊNCIAS PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ENGENHEIRO DE PESCA.

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C261c Cardoso, Danilo dos Martinz.

Caracterização da pesca artesanal no estuário do Rio Cocó, localidade de Sabiaguaba, Fortaleza - Ceará / Danilo dos Martinz Cardoso. – 2009.

34 f. : il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (graduação) – Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Curso de Engenharia de Pesca, Fortaleza, 2009.

Orientação: Prof. Dr. Rogério César Pereira de Araújo.

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COMISSÃO EXAMINADORA:

Pr6f. R ério César Pereira de Araújo, D.Sc. Orientador/Presidente

Prof. Roberto Cláudio de Almeida Carvalho, D.Sc. Membro

Prof. Rosemeiry Melo Carvalho, D.Sc Membro

VISTO:

Prof. Moisés Almeida de Oliveira, D.Sc. Chefe do Departamento de Engenharia de Pesca

Profa. Raimundo Nonato Lima Conceição, D.Sc. Coordenador do Curso de Engenharia de Pesca

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iv

AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha família pelo incentivo e confiança em mim depositados ao longo destes anos.

A minha companheira de todas as horas, que tanto me ajudou na composição e elaboração deste trabalho, Natalia Amaral.

A geógrafa Fátima Muniz Soares, por ter me apresentado ao Manguezal da Sabiaguaba.

A Ricardo Frazão, pelo estímulo à ciência e ao lúdico.

Ao professor e orientador Rogério César, que acreditou na idéia do trabalho e me incentivou a continuá-lo.

Ao professor Massayoshi Ogawa, pelo incentivo à iniciação científica.

Aos estudantes do Campus de Bragança — UFPA, pelo espírito de cooperação.

Aos estudantes da Universidade Federal do Ceará, que em algum dia me acompanharam, e me ajudaram no manguezal da Sabiaguaba.

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RESUMO vi

LISTA DE FIGURAS vii

1. INTRODUÇÃO 1

2. OBJETIVOS 4

3. MATERIAIS E MÉTODOS 4

3.1 Área de estudo 4

3.1.1 Localização 4

3.1.2 Aspectos Demográficos 6

3.1.3 Aspectos Biológicos 6

3.1.3.1 Flora 7

3.1.3.2 Fauna 8

3.2 Procedimentos Metodológicos 8

3.2.1 Métodos Qualitativos 9

3.2.2 Métodos Quantitativos 10

4. Resultados 11

4.1Caracterização da Exploração dos Recursos Pesqueiros 11

4.1.1 Captura de Peixes 12

4.1.2 Coleta de Moluscos 14

4.1.3 Captura de Crustáceos 16

4.2 Diagnóstico Socioeconômico da Atividade Pesqueira 18

5. Discussão 21

6. Conclusão 22

7. REFERÊNCIAS 23

(7)

vi

RESUMO

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Parque Ecológico do Cocó - Área de estudo 5

Figura 2: Anotações em planilha e aplicação de questionário 10

Figura 5: Pesca com Tarrafa de Nylon 13

Figura 4: Pesca com rede de arrasto ou galão 13

Figura 5: 5A - pesca com vara de carbono; 5B — pesca com vara de bambu; 5C

— pesca com arpão 13

Figura 6: Coleta de ostras com a utilização de bote a remo e facão 15

Figura 7: 7A - Coleta de pixoleta com auxílio de enxada; 7B - Coleta de sururu

no meio do leito do rio 15

Figura 8:

Figura 9:

Figura 10:

Figura 11:

Figura 12:

Figura 13:

Figura 14:

Figura 15:

Figura 16:

Catação do caranguejo Uçá pelo método de braceamento 17

Captura do caranguejo guaiamun utilizando ratoeira 17

Pesca de siri com a utilização do jererê 17

Frequência de pescadores por nível de escolaridade 18

Frequência de pescadores por fonte de renda 18

Percentagem de pescadores por bairro 19

Percentagem de pescadores que exploram o recurso pesqueiro 19

Preço médio de venda do recurso pesqueiro 20

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CARACTERIZAÇÃO DA PESCA ARTESANAL NO ESTUÁRIO DO RIO COCÓ, LOCALIDADE DE SABIAGUABA, FORTALEZA - CEARÁ

Danilo dos Martinz Cardoso

1 - INTRODUÇÃO

Os manguezais ocupam uma fração significativa do litoral brasileiro, cerca de 90% da linha de costa (6.800Km), estendendo-se do extremo norte no Oiapoque, Estado do Amapá (4°30'N), até seu limite sul na praia do sonho em Santa Catarina (28°53'S). Este ecossistema desempenha papel fundamental na estabilidade da geomorfologia costeira. Em se tratando de uma fonte de recursos naturais, o manguezal desempenha funções vitais. Muitas espécies animais encontram no manguezal o meio ideal para sua reprodução, alevinagem e maturação. Além dessas funções, constitui um lugar seguro de descanso para espécies que seguem rotas migratórias, ou mesmo, como fonte protéica para um grande número de seres vivos, inclusive o homem (NORDI, 1992).

A grande quantidade de biomassa aliada ao alto standing crop, aos baixos níveis de herbivoria, à alta produção de detritos, são algumas características comuns das áreas úmidas costeiras No caso específico dos manguezais, podemos acrescentar o fato de que as folhas, os troncos e as raízes-escora fornecem substrato aos organismos epibióticos, aumentando tanto a produtividade primária como a secundária do habitat, além do fato de que a epibiota pode ser uma significante fonte de alimento para peixes e invertebrados. (PESSOA, 2002)

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estuários. A alta taxa de produção dos manguezais, associada à colonização da serrapilheira por fungos e bactérias, cria uma rica fonte de alimentos com um valor calórico e um conteúdo relativamente elevado de proteínas.

As áreas estuarinas ocupadas por manguezais têm naturalmente atraído as populações humanas a habitarem seu entorno e, na maioria das vezes, essas pessoas recorrem ao ecossistema estuarino para retirar dele a fonte vital para sobreviverem, sem dar em troca os devidos cuidados de preservação, para que o mesmo continue perpetuando-se (DIEGUES, 2000).

O efeito das alterações nos estuários sobre os manguezais brasileiros é bastante antigo. Data da época das populações indígenas, através da exploração dos recursos pesqueiros como atestam os sambaquis encontrados em várias regiões do país. Durante o período colonial, além de fonte de alimento através da pesca e extração de ostras, os mangues foram utilizados na produção de lenha e na extração de tanino. A extração de madeira de manguezal era tão intensa que o Rei Dom João teve que proibir por decreto em 1970 o seu corte para lenha, reservando seu uso somente para a produção de tanino extraído de suas cascas e utilizado na curtição de couro (CUNHA, 2004).

De acordo com Odum (1970) o conjunto de fatores ambientais que permite a colonização de um ambiente por uma comunidade vegetal caracteriza-se como sendo a impressão digital do local. Uma alteração em alguma dessas fontes de energia compromete o bom funcionamento do sistema. Por essa razão, os estresses impostos pelo homem causam um desequilíbrio que, em função de sua intensidade, podem levar o ecossistema ao colapso.

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mas, por outro lado, resta o fato de que o homem aprendeu rapidamente a usar os recursos e os ambientes naturais (VANNUCCI, 2002).

Após observar os manguezais e gerenciá-los como ambiente para viver, se não em seu interior, pelo menos em sua borda, o homem passou a usar empiricamente o conhecimento adquirido. Na verdade, o homem não teria sido capaz de habitar os manguezais se não tivesse aprendido como melhor utilizá-lo e preservá-los, tanto na sua totalidade como em seus componentes (DIEGUES, 1995). Em diferentes partes da terra, os ciclos lunares e marés regulam grande parte da periodicidade da vida animal. A vida do pescador também se regula pelas marés, pela lua e pelas chuvas, num ritmo que corresponde ao comportamento e ciclos sazonais de plantas e animais (VANNUCCI, 2002).

As zonas estuarinas das principais bacias hidrográficas do litoral brasileiro são áreas de grande concentração urbana. O aumento populacional dessas zonas sem planejamento urbano contribui para aumentar a ação antrópica sobre esses ecossistemas (SCHIAVETTI e CAMARGO, 2005). A degradação que ocorre nos ecossistemas manguezais do Ceará não é muito diferente da realidade de outros estados brasileiros que tenham manguezais em regiões urbanas, onde o uso inadequado de seus recursos naturais tornou-se um ponto em comum (SILVA, 2000).

O manguezal do Rio Cocó está inserido na região de Fortaleza que mais se valoriza, ocorrendo um grande crescimento demográfico. Segundo a legislação ambiental, os manguezais são áreas de proteção permanente (APP), portanto de uso restrito. Porém, esse ecossistema vem sofrendo diversas agressões, tais como: lançamento de esgoto doméstico, desmatamento e construções irregulares.

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2 - OBJETIVOS

2.1 - Objetivo Geral

Este trabalho teve como objetivo realizar um estudo da atividade pesqueira e do perfil socioeconômico dos pescadores (as) no estuário do rio Cocó, localidade de Sabiaguaba, Fortaleza — Ceará.

2.2 - Objetivos Específicos:

> Caracterizar a exploração pesqueira quanto à diversidade faunística, apetrechos de pesca e tipos de embarcação.

> Quantificar a participação da atividade pesqueira na alimentação e formação da renda familiar dos pescadores artesanais.

> Traçar diretrizes para o uso sustentável dos recursos pesqueiros do estuário do rio Cocó, tendo como base o estudo em questão e os princípios de gestão sustentável dos ecossistemas.

3 - MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 - Área de Estudo

3.1.1 — Localização

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área de influência do Rio Cocó, sempre foi o objetivo de grupos da sociedade civil e de governos estaduais e municipais, principalmente seu trecho inserido no Município de Fortaleza. Dessa forma, o governo estadual através do decreto N° 20.253, de 05 de Setembro de 1989 declarou de interesse social para fins de desapropriação as áreas de terra compreendidas no contorno do Projeto do Parque Ecológico do Cocó. No decreto N°22.587, 08 de Junho de 1993, declarou de interesse social, para fins de desapropriação, as áreas destinadas à ampliação do Parque Ecológico do Cocó. A área do Parque Ecológico do Cocó abrangida pelos decretos compreende o trecho da BR-116 à foz do Rio Cocó, localizado no Município de Fortaleza, Estado do Ceará, perfazendo um total de 1.155,2 hectares. O Parque Ecológico do Cocó está em processo de adequação ao Sistema Nacional de Unidades de Conservação — SNUC, Lei Federal n°9985, de 18 de julho de 2000, com proposta de denominação de Parque Estadual do Cocó. O estudo foi realizado na região estuarina do manguezal do rio Cocó, na localidade de Sabiaguaba (Figura 1, área delimitada em vermelho), Município de Fortaleza, mas precisamente com as pessoas que utilizam os recursos pesqueiros da região como forma de subsistência.

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3.1.2 - Aspectos Demográficos

Os bairros localizados nos limites oficiais do Parque são: na margem esquerda, Dias Macêdo, Aerolândia, Alto da Balança, São João do Tauape, Cocó, Cidade 2000, Dunas e Praia do Futuro II; e na margem direita, Jardim das Oliveiras, Luciano Cavalcante, Guararapes, Edson Queiroz e Sabiaguaba.

Segundo Soares (2005), a região do entorno do Parque Ecológico do Cocó é a região da cidade de Fortaleza que vem sofrendo o maior processo de povoamento, e conseqüentemente sofre com a pegada ecológica. Em 1980 o número de habitantes por hectare em quase todos os bairros da margem direita do rio, oscilava entre O e 20 hab./ha; enquanto os da margem esquerda, mais urbanizada e acessível, contavam em média com 100 hab./ha atualmente essas densidades estão entre 20 a 50 hab/ha e 100 a 170 hab/ha respectivamente.

3.1.3 - Aspectos Biológicos

O estuário é uma extensão d'água costeira semi-fechada, que apresenta uma livre conexão com o mar e dentro do qual a água do mar é diluída gradativamente pela água doce proveniente da drenagem terrestre. O manguezal representa um ecossistema costeiro de transição entre os ambientes terrestres e marinhos, sujeito ao regime de marés.

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principalmente da vegetação, não atingirá o seu ponto ótimo, o que implica dizer que está deixando de executar seus inúmeros bens e serviços (VASCONCELOS, 2005).

3.1.3.1 - Flora

As principais espécies de mangues encontradas nas planícies marinhas da Região Nordeste do Brasil e, conseqüentemente, da planície flúvio-marinha do rio Cocó, segundo Tupinambá (1994) são:

• O mangue preto ou siriúba (Avicennia shaueriana e Avicennia

germinans) é bastante tolerante às condições climáticas. Ocupa, no manguezal, áreas de muita salinidade. Caracterizam-se por serem árvores de casca lisa castanho-claro, cujos sistemas radiciais desenvolvem-se horizontalmente abaixo da superfície, do qual saem ramificações que crescem eretos, expondo-se ao ar, chamados de pneumatóforos. Os pneumatóforos são partes esponjosas responsáveis pelas trocas gasosas. As folhas das plantas possuem glândulas que excretam o excesso de sal.

• O mangue branco, manso ou tinteira (Laguncularia racemosa) é pouco tolerante às baixas temperaturas e ao sombreamento e a longa imersões. Em geral, instala-se em solos são mais firmes. Possui um sistema radicial semelhante ao da avicennia. Não apresenta grande tolerância à salinidade e a solos inconsolidados.

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lodosos, sem circulação de ar e sob a influência de águas salgadas e salobras. Possui casca lisa e clara.

• O mangue botão (Conocarpus erectus) surge no manguezal já no contato com a terra firme. Alguns autores não costumam considerá-lo como planta de mangue, mas de transição.

3.1.3.2 — Fauna

Os manguezais são ecossistemas importantes do ponto de vista ambiental por apresentarem muita atividade biológica. Constitui-se num verdadeiro berçário natural para muitas espécies endêmicas, além de ser habitado em toda sua extensão por diversos seres vivos, desde a forma microscópica até grandes indivíduos, conforme Schaeffer & Novelli et al (1986).

Uma boa parte da fauna de manguezais é composta por animais que escavam a lama (caranguejos) ou vivem sobre as árvores. A diversidade da fauna de manguezal tem origem em três ambientes que se entrecruzam na planície flúvio-marinha: o marinho, o de água doce e o terrestre, principalmente escavadores detritívoros e filtradores que interferem nos processos de reciclagem de matéria orgânica, na aeração dos sedimentos, sendo de grande importância na cadeia alimentar.

3.2 - Procedimentos Metodológicos

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que tem da realidade e de suas possibilidades de mudança. Com base nestes pressupostos desenvolveu-se uma combinação de métodos quantitativos e qualitativos, acreditando-se na sua complementaridade e maior adequação a complexidade das relações humanas com o meio ambiente.

3.2.1 - Métodos Qualitativos

Dentre os métodos qualitativos, destaca-se o de observação ecológica direta. A técnica que foi adotada é equivalente à do "observador participante não-membro", utilizada por Nordi (1992), por garantir o distanciamento científico apropriado para a validação da pesquisa. Baseado em sua experiência, o autor relacionou três pré-requisitos básicos para que o emprego desta técnica no trabalho de campo seja bem sucedido:

• O pesquisador deve ter pelo menos uma compreensão mínima das atividades e do estilo de vida dos indivíduos com os quais fará o contato inicial. Ou seja, deve saber o suficiente das populações ou pessoas que deseja estudar, para parecer competente para tanto.

• Deve ser compreensivo com prováveis intolerâncias, ser paciente e ter discernimento quanto ao momento mais adequado para buscar informações, procurando intervir o mínimo possível, respeitar a posição do indivíduo e a dinâmica do grupo observado.

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Esse método de observação foi utilizado durante o período de março de 2008 a fevereiro de 2009, a fim de conhecer o cotidiano da atividade pesqueira de Sabiaguaba. Foi feito um levantamento dos recursos pesqueiros explorados e práticas de pesca realizadas com anotações em planilha (Figura 2A), seguido de registro fotográfico com câmara digital Samsung S-760. Foram feitas entrevistas informais para a melhor elaboração do questionário.

3.2.2 - Métodos Quantitativos

Os dados quantitativos sobre a atividade foram levantados no mês de maio de 2009, através da aplicação de um questionário semi-estruturado (ANEXO) com uma amostragem não-probabilística intencional de 31 pescadores (Figura 2B). O questionário obteve uma caracterização socioeconômica do pescador (11 questões) e uma caracterização técnica e econômica da atividade pesqueira (24 questões). Para análise estatística dos dados foi utilizado o programa SPPS volume 12 e o Windows Excel.

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4 - RESULTADOS

4.1 - Caracterização da Exploração dos Recursos Pesqueiros na Sabiaguaba:

Devido à abundância de recursos pesqueiros no estuário do rio Cocó a região da Sabiaguaba é tradicionalmente usada há mais de 50 anos por moradores locais e de bairros adjacentes para a exploração dos recursos pesqueiros. Famílias foram constituídas às margens do rio e há duas gerações dependem quase que exclusivamente dos recursos pesqueiros extraídos do manguezal. A pesca na região da Sabiaguaba vai desde a desembocadura do rio Coaçú que é o maior afluente do rio Cocó, até o encontro do rio com o mar, abrangendo uma extensão de aproximadamente dois quilômetros. Constatou-se o extrativismo de peixes, moluscos e crustáceos. Diversos métodos e artes de pesca tradicionalmente utilizada foram identificados.

Dentro do manguezal, a cerca de um quilômetro da foz do rio, foi identificado um pequeno porto pesqueiro com aproximadamente 20 embarcações do tipo bote a remo. Estas embarcações são construídas de madeira com isopor, possuem pouca estabilidade e comportam no máximo dois pescadores. São utilizadas principalmente por aqueles que pescam de tarrafa.

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4.1.1 - Captura de Peixes

Tarrafa de Nvlon: é a arte de pesca mais utilizada na região, geralmente confeccionada com malha de tamanho 20 mm (Figura 3). Esse tipo de pescaria é utilizado tanto nas margens do rio, nos bancos de areia que se formam no meio do leito do rio durante a maré seca, como em botes a remo independente da maré.

Rede de Arrasto: também denominada de galão pelos pescadores locais possui normalmente de 20 a 50 metros (Figura 4). Na região estuarina do rio Cocó este tipo de pesca é praticada dos bancos de areia às margens do rio, sendo praticada geralmente por no mínimo dois pescadores, um em cada ponta, que arrastam a rede estendida por uma distância que vai de cem a duzentos metros. È muito utilizada para a pesca da Saúna (Mugil curema).

Vara de bambu: muito utilizada por moradores locais para a pesca do camurim

(Centropomus Sp). Esse tipo de vara devido ao seu baixo preço, também é utilizado por freqüentadores das barracas localizadas nas margens do rio durante os fins de semana (Figura 5B).

Vara de Carbono: utilizada exclusivamente para a prática esportiva. Na região da Sabiaguaba é grande o número de pessoas que pratica este tipo de pescaria. Tal prática ocorre diariamente, porém nos finais de semana e feriados esse contingente aumenta bastante (Figura 5A).

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Figura 3: Pesca com Tarrafa de Nylon

Figura 4: Pesca com rede de arrasto ou galão com malha número 2

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4.1.2 - Coleta de Moluscos

Catação de Ostras: atividade corriqueira durante o verão, principalmente no período de agosto a dezembro. As ostras (Crassostrea rhizophorae), normalmente são encontradas aderidas às raízes do mangue vermelho (Rhizophora mangle). Esta atividade ocorre durante a maré seca, hora em que as raízes, pedras e as colunas de concreto ficam acima do nível do leito do rio, onde os espécimes são extraídos com o auxílio de uma faca ou facão (Figura 6). Esta atividade é praticada para comercialização do produto nas barracas localizadas na localidade de Sabiaguaba, como também por famílias inteiras de bairros adjacentes, que vão ao local para coletar ostras e consumi-las às margens do rio, através do cozimento em panelas ou assadas em grelhas, utilizando madeira do mangue como lenha.

Catação de Pixoleta: na região estuarina da Sabiaguaba, a pixoleta (Tagelus plebeius) é encontrada a cerca de dois quilômetros da foz em bancos de areia no leito do rio que ficam descobertos durante a maré baixa. A pixoleta é coletada com o auxílio de uma enxada de tamanho pequeno ou com o auxílio de uma colher de pedreiro (Figura 7, A). Após a extração deste molusco, o marisqueiro realiza um pré-cozimento do produto, geralmente realizado entre as árvores de mangue com o auxílio de uma panela de alumínio e a utilização da madeira de mangue como lenha, oportunidade em que geralmente ocorre o consumo do produto. Este procedimento proporciona a melhor abertura das conchas para a retirada da carne que será armazenada em sacos plásticos de um litro e vendida nas barracas e restaurantes na região de Sabiaguaba.

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o sururu é coletado com as mãos e armazenado dentro do calção de banho do marisqueiro o qual é forrado por dentro com um saco plástico e dado nós nas extremidades para suportar um peso de até cerca de 600 gramas de marisco coletado. Após capturar essa quantidade mencionada o marisqueiro dirige-se às margens do rio onde transfere o produto coletado para recipientes de plástico. Esta atividade extrativista é quase que exclusivamente realizada com a finalidade de gerar fonte de renda, onde os mariscos coletados são vendidos in natura ainda com a concha nas barracas e restaurantes da Sabiaguaba ou nos boxes de venda de pescado da Avenida Beira Mar, na enseada do Mucuripe.

Figura 6: Coleta de ostras com a utilização de bote a remo e facão

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4.1.3 - Captura de Crustáceos

Catação de Caranguejos: a catação de caranguejo é uma atividade pouco explorada durante a maior parte do ano na localidade de Sabiaguaba. As espécies de caranguejo exploradas são: o Uçá (Ucides cordatus), o Guaiamun (Cardisoma

guanhumi) e o Aratu (Aratu pisoni). Para o caranguejo Uçá, foram identificados três métodos de catação: o mais utilizado é o de braceamento, auxiliado com uma enxada de pequeno porte, sendo esta utilizada para cavar um buraco de aproximadamente meio metro, posteriormente, o catador coloca o braço inteiro dentro da toca, segura o animal pela parte dorsal da carapaça e retira-o com o cuidado de não danificar nenhum dos apêndices (Figura 8). O uso da enxada difere do método de braceamento utilizado em outros manguezais da região nordeste, este fato pode ser associado ao tipo de solo da região da Sabiaguaba que é pouco lamacento, o que dificulta a introdução do braço do catador na toca do caranguejo. A redinha é outro tipo de armadilha, construída com fios de sacos plásticos amarrados nas duas extremidades formando uma rede, é fixada dentro da toca do animal, que ficará preso ao tentar sair da toca. A ratoeira além de ser utilizada para capturar o caranguejo Uçá, também é praticamente o único método de captura do Guaiamun. Confeccionada de lata de óleo, usualmente folhas de mangue ou frutas da época são utilizadas como isca. As armadilhas são colocadas na saída da toca, e na tentativa de pegar o alimento, o caranguejo acaba aprisionado no interior da ratoeira (Figura 9). Para a captura do aratu é utilizado vara de bambu e isca, geralmente pedaços de peixe. Fora o aratu, que é utilizado para alimentação dos próprios catadores, as demais espécies são capturadas sob encomenda.

Pesca de Siris: a pesca de siris é uma atividade bastante praticada na região estuarina do rio Cocó. Este animal é normalmente capturado com o uso do Jererê, arte de pesca fabricada com arame e rede de nylon ou corda, sendo o siri azul

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Figura 8: Catação do caranguejo Uçá pelo método de braceamento

Figura 9: Captura do caranguejo guaiamun utilizando ratoeira

Figura 10: Pesca de Siri com a utilização do Jererê

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Nunca Assina o Só sabe ler Fundan-ental Médio Médio

estudou nome completo incompleto completo

Freq

u

ê m

i ja (

%) 5c. 45 40 35 SC 25 2U 15 10 45,2 12,9

9,7 9,7

18

4.2 - Diagnóstico Socioeconômico da Atividade Pesqueira na Sabiaguaba

A grande maioria dos pescadores entrevistados (96,8%) é do sexo masculino. A idade média dos pescadores foi de 42,13 anos, com o mínimo de 20 e o máximo de 68 anos. Em relação ao nível de escolaridade, a grande maioria (80,6%) só estudou até o nível fundamental (Figura 11).

Figura 11: Frequência de pescadores por nível de escolaridade.

Nenhum dos entrevistados vive exclusivamente da pesca. Complementam a renda com serviços temporários (Figura 12), geralmente na construção civil (41,9%), porém, para 83,9% a pesca é de fundamental importância na formação da renda.

45 41,9-

40 35 30 25 .Z1.3

.1) 20 16,1 16,1

_12,9. 15 10 5 o Comércio informal

Construção civil Negócio próprio Comércio formal Outros

(27)

Perce ntag em de Pesc adores (%) 80,30 70,30 60,30 50,30 40,30 30,30 20,30 10,30 0,00

■ Período chuvoso

■ Período seco 19

Em relação ao local de residência dos pescadores foram identificados 15 bairros diferentes (Figura 13), onde o mais citado foi o de Sabiaguaba com 32,3% dos entrevistados seguido por Messejana com 12,9%.

~~Agua Fria

WIAlecri^n i:Seis bocas)

~~Alvo-ada ~~Barrosos

ele Caça e Pesca

=Castelo Fncantarie mi Cont. lasso Jereissate • Edson 0._tei roz

Lagoa Redonda em Luciano Cava. cante

Messejana Pio XII

Praia do Fi_turo Sabiaguaba Serviluz

Figura 13: Percentagem de pescadores por bairro.

Os pescadores do estuário do rio Cocó exploram um número maior de recursos durante o período seco (Figura 14). No caso da coleta de ostras, esta atividade só ocorre durante o período seco praticada por 12,9% dos entrevistados.

Peixe Caranguejo S ri Ostra Pixoleta Suru-u Recursos Pesqueiros

(28)

M édia de p es ca do cap tu ra da p or dia ( Kg

) 14

12

10

8

6

2

Peixe Caranguejo Siri Ost-a Pixoleta Sururu

Recurso pesqueiro

O preço de venda do pescado não varia em relação com a época do ano (Figura 15). O preço médio do pescado varia de acordo com o recurso pesqueiro, sendo de R$ 3,6 para a ostra a R$ 5,3 para o peixe.

6,00

5,00

4,0C o 2 o 3,0C

2,00

1,00

0,00

Peixe Caranguejo Siri Ostra Pixoleta 5 ru rú

Recurso Pesqueiro

Figura 15: Preço médio de venda por recurso pesqueiro.

A média de produção de pescado variou de acordo com o período do ano. (Figura 16). A maioria dos pescadores (51,6%) pesca na região estudada a mais de 15 anos. Os pescadores vão ao manguezal em média 3,48 dias por semana, e passam cerca de 4 horas por dia praticando a atividade. A maioria (51,6%) dos entrevistados ganha menos de um salário mínimo (R$465,00).

el Período chuvoso

Período seco

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5 - Discussão

Pode-se verificar que o rio Cocó se constitui numa fonte de subsistência para um número considerável de famílias que encontram nos manguezais seu último recurso de obtenção de fonte de proteína animal. De acordo com o Zoneamento Ecológico e Econômico (ZEE, 2005) da Zona Costeira do Estado do Ceará, o estuário do rio Cocó é o terceiro do Estado em diversidade ictiofaunística, com 109 espécies, o que demonstra a importância ecológica da região estudada.

Segundo os pescadores vem ocorrendo um crescente aumento do número de pescadores na região estudada, principalmente devido à falta de oferta de emprego para aqueles que possuem um baixo nível escolar. Tal situação ocasiona um aumento no esforço de pesca, que aliado aos métodos de pesca predatória vem diminuindo a produtividade por pescador / dia.

O uso de malhas número dois e três é muito comum, o que caracteriza a prática de pesca predatória da ictiofauna. A pesca da Saúna, muito comum na região é estimulada pelos donos de barracas, que preferem os espécimes de pequeno porte, o que estimula a pesca de juvenis.

Práticas como a catação do caranguejo Uçá durante o período da andada é muito comum, época em que o animal sai de sua toca em busca de um parceiro para realizar o acasalamento. Nesse período, a captura desse crustáceo é proibida por legislação federal, porém muitos moradores da Sabiaguaba vão ao manguezal coletar esses animais, já que os mesmos estão vulneráveis e são capturados com facilidade. Esse período é conhecido na região como "época do carang uejo".

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6 - Conclusão

• O abastecimento das barracas localizadas às margens do estuário do rio Cocó na região de Sabiaguaba, bem como fornecimento de fonte protéica e geração de renda para os pescadores refletem a importância da atividade;

• O desemprego tem provocado aumento de pessoas exercendo a pesca artesanal como meio de subsistência, comprometendo os estoques dos recursos pesqueiros explorados devido à pesca predatória e ao grande esforço de pesca em cima dos recursos pesqueiros explorados;

• São necessárias ações que orientem os pescadores quanto ao uso de técnicas de pesca responsável, beneficiamento do pescado, comercialização, associativismo entre os mesmos, etc.;

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7 - REFERÊNCIAS

ALMEIDA, R. Ecologia de Manguezais: Dinâmica da Serapilheira e Funcionamento do Ecossistema, Ilha do Cardoso, Cananéia, São Paulo, Brasil. Tese de mestrado em Ciências, Instituto Oceanográfico, Universidade de São Paulo — USP, 191 folhas, 2005.

BARBOZA, R. S. L. Estudo Preliminar da Atividade Sócio-econômica dos Catadores de Caranguejo-uçá, Ucides cordatus (Linnaeus, 1773), nos

Estuários dos Rios São Lourenço e Catuama, Goiana, Pernambuco, Brasil.

Monografia de Especialização em Gestão de Ambientes Costeiros Tropicais, Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, 56 folhas, 2004.

CONCEIÇÃO, R. N. L. Distribuição de Peixes no Estuário do Rio Cocó (Ceará) em Relação à Salinidade da água. Monografia de Graduação, Departamento de Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, 19 folhas, 1987.

COSTA, R. S. Fisioecologia do Caranguejo-uça Ucides cordatus (Lnnaeus,

1763) —Crustáceo, Decápode — do Nordeste brasileiro. Tese de Doutorado, Instituto de Biociências, Universidade de São Paulo, 121 folhas, 1972.

CUNHA, E.M.S. 2004 Evolución reciente del litoral de Natal (RN — Brasil) y su aplicación a la gestión integrada. Tese de Doutorado, Universidad de Barcelona, 384p.

DIEGUES, A. C. Etnoconservação. Novos rumos para a proteção da natureza nos trópicos. São Paulo: HUCITEC, 2000. p. 46.

DIEGUES, A. C. O Mito Moderno da Natureza Intocada. São Paulo: HUCITEC, 2000. 168p. 1996.

DIEGUES, A. C., Ecologia Humana e Planejamento em Áreas Costeiras. São Paulo, Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações e Áreas Úmidas Brasileiras/NUPAUB /USP, 191p., 1995.

MENDONÇA, J. T., KATSURAGAWA, M. Caracterização da Pesca Artesanal eno Complexo Estuarino-Lagunar de Cananéia-Iguape, Estado de São Paulo, Barsil (1995-1996). Acta Scientiarium, Maringá, v.23, n. 2, p. 535-547, 2001.

NORDI, N. Os Catadores de Caranguejo-Uçá (Ucides cordatos) da Região de

(32)

Mestrado em Ecologia e Recursos Naturais — Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, 118 folhas, 1992.

PESSOA, E. V. Estudo do "ESTANDING-CROP" da água do Estuário do Rio Cocó (Ceará-Brasil) como indicador das modificações físico-químicas do

meio. Dissertação de Mestardo em Desenvolvimento do Meio Ambiente —

PRODEMA, Universidade Federal do Ceará, 142 folhas, 2002.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. e CINTRON, G. Guia para estudos de áreas de Manguezal. Estrutura, função e flora. São Paulo: Caribbean Ecological Research, 1986.

SCHAEFFER-NOVELLI, Y. et al. Manguezal — Ecossistema entre a terra e o mar.

Caribbean Ecological Research. São Paulo: Portfólio Comunicação e

Informática, 1995.

SCHIAVETTI, A., CAMARGO, A. F. M. Conceitos de Bacias Hidrográficas: Teorias e Aplicações. Editus/Universidade Estadual de Santa Cruz — UESC. Ilhéus, Bahia, 293p. 2005.

SILVA, E. V. Estuário do Rio Cocó: Seus atrativos paisagísticos e problemas ambientais. In: VI Encontro Nacional de Educação Ambiental em Áreas de Manguezais. Parnaíba, Anais, p. 104, 2000.

SOARES, J. M. B. Parque Ecológico do Cocó: A Produção do Espaço Urbano no Entorno de Áreas de Proteção Ambiental. Dissertação de Mestardo em Desenvolvimento do Meio Ambiente — PRODEMA, Universidade Federal do Ceará, 151 folhas, 2005.

TUPINAMBÁ, S. V. Inventário Florestal do Manguezal do Cocó. Monografia de Graduação, Departamento de Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, 39 folhas, 1994.

VANNUCCI, A. Os Manguezais e Nós. EDUSP/Universidade de São Paulo — USP. São Paulo, São Paulo, 304p. 2002.

(33)
(34)

2. BAIRRO ONDE MORA: 03. IDADE:

4. TRANSPORTE: ( ) BICICLETA ( ) A PÉ ( ) CARRO ( ) ÕNOBUS

5. SEXO: ( ) MASCULINO ( ) FEMININO

6. ESCOLARIDADE:

( ) NUNCA ESTUDOU ( ) SÓ SABE LER ( ) 1° GRAU COMPLETO

( ) ASSINA APENAS O NOME ( ) PRIMÁRIO COMPLETO ( ) 2° GRAU COMPLETO

7. FONTE DE RENDA:

( ) PESCA ARTESANAL ) AGRICULTURA ( ) SERVIDOR PÚBLICO ( ) NEGÓCIO PRÓPRIO

( ) CONSTRUÇÃO CIVIL ) COMERCIO FORMAL ( ) COMÉRCIO INFORMAL ( ) OUTROS

8. RENDA INDIVIDUAL POR MÊS:

( ) MENOS DE R$ 232,50 ( ) ENTRE R$ 232,50 E 465,00 ( ) ENTRE R$ 465,00 E 697,50

( ) ENTRE R$ 697,50 E 930,00 ( ) ENTRE R$ 930 E 1.162,50 ( ) MAIS DE R$ 1.162,50

9. NÚMERO DE PESSOAS QUE MORAM NA CASA:

10. NÚMERO DE PESSOAS QUE CONTRIBUEM PARA A FORMAÇÃO DA RENDA FAMILIAR:

11. RENDA TOTAL DA FAMÍLIA POR MÊS:

( ) MENOS DE R$ 465,00 ( ) ENTRE R$ 465,00 E 697,50 ( ) ENTRE R$ 697,00 E 930,00

( ) ENTRE R$ 930,00 E 1.162,50 ( ) ENTRE R$ 1.162,50 E 1395,00 ( ) MAIS DE R$ 1.395,00

II - EXTRAÇÃO DE RECURSOS PESQUEIROS NO MANGUEZALDO RIO COCÓ:

1. TEMPO DE TRABALHO NO MANGUEZAL DO RIO COCÓ:

( ) MENOS DE 01 ANO ( ) DE 01 A 05 ANOS ( ) DE 06 A 10 ANOS ) DE 11 A 15 ANOS

( ) DE 16 A 20 ANOS ( ) DE 21 A 25 ANOS ( ) DE 26 A 30 ANOS ) MAIS DE 30 ANOS

2. QUANTIDADE DE DIAS POR SEMANA QUE VAI AO MANGUEZAL:

( ) DE 01 A 03 DIAS ( ) DE 04 A 05 DIAS ( ) DE 06 A 07 DIAS

3. TEMPO DE DURAÇÃO DA PESCARIA: HORAS

4. ATIVIDADE QUE DEIXOU DE FAZER PARA IR AO MANGUEZAL:

( ) AGRICULTURA ( ) SERIVÇO PÚBLICO ( ) NEGÓCIO PRÓPRIO

(35)

5. MARÉ BOA PARA IR AO MANGUE:

( ) LANÇAMENTO ( ) QUEBRAMENTO ( ) MORTA ( ) INDIFERENTE

6. LUA BOA PARA IR AO MANGUE:

( ) CHEIA ( ) NOVA ( ) QUARTO CRESCENTE ( ) QUARTO MINGUANTE ( ) INDIFERENTE

07. RECURSO PESQUEIRO EXPLORADO (PERÍODO CHUVOSO):

( ) PEIXES ( ) CAMARÃO ( ) CARANGUEJO ( ) SIRI

( ) OSTRA ( ) PIXOLETA ( ) SURURU ( ) NÃO PESCA

8. RECURSO PESQUEIRO EXPLORADO (PERÍODO SECO):

( ) PEIXES ( ) CAMARÃO ( ) CARANGUEJO ) SIRI

( ) OSTRA ( ) PIXOLETA ( ) SURURU ) NÃO PESCA

9. PRODUÇÃO ATUAL ESTIMADA DE PESCADO POR PESCADOR / DIA (PERÍODO CHUVOSO):

( KG) PEIXE ( KG) CAMARÃO; ( KG) CARANGUEJO;

( KG) SIRI KG) PIXOLETA ( KG) OSTRA ( KG) SURURU

10. PRODUÇÃO ATUAL ESTIMADA DE PESCADO POR PESCADOR / DIA (PERÍODO SECO):

( KG) PEIXE ( KG) CAMARÃO; ( KG) CARANGUEJO;

( KG) SIRI KG) PIXOLETA ( KG) OSTRA ( KG) SURURU

11. PORCENTAGEM DE PESCADO QUE É UTILIZADO PARA CONSUMO DA FAMÍLIA:

( ) NADA ( ) UM TERÇO ( ) A METADE ( ) DOIS TERÇOS ( ) 100%

12. FORMAS DE CONSERVAÇÃO DO PESCADO: ( ) IN NATURA ( ) RESFRIADO ( ) SALGADO

13. PREÇO MÉDIO DE VENDA DO RECURSO PESQUEIRO (ESPÉCIE / KG):

(R$ ) PEIXE (R$ ) CAMARÃO; (R$ ) CARANGUEJO;

(R$ ) SIRI (R$ ) PIXOLETA (R$ ) OSTRA (R$ ) SURURU

14. LOCAIS DE COMERCIALIZAÇÃO DO PESCADO:

) NO LOCAL DE PESCA ) NO BAIRRO ONDE MORA

) EM OUTRO BAIRRO ) RESTAURANTES OU BAR

15. UTILIZA EMBARCAÇÃO? ( ) SIM ( ) NÃO

14.1. TIPO DE EMBARCAÇÃO UTILIZADA:

( ) CANOA ( ) BOTE A REMO ( ) CÂMARA DE AR

14.2. PRÓPRIA: ( ) SIM ( ) NÃO

14.3. QUAL O CUSTO UNITÁRIO DA EMBARCAÇÃO: (R$ ( ) NÃO SABE

(36)

15.1. PRÓPRIOS: ( ) SIM ( ) NÃO 15.2. NÚMERO DA MALHA UTILIZADA:

) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( ) 5 ) 7

17. CUSTO UNITÁRIO DO PETRECHO DE PESCA UTILIZADO: ) NÃO SABE

( ) 6 ( ) 8 ) 9 ( ) 10

(R$ ) REDE DE CERCO (R$ ) TARRAFA (R$ ) FACA

(R$ ) JERERÊ (R$ ) VARA DE BAMBU (R$ ) OUTROS NÃO SABE ( )

18. TEMPO DE VIDA ÚTIL DO PETRECHO DE PESCA UTILIZADO (MESES):

( ) REDE DE CERCO ( ) TARRAFA ( ) FACA

( ) JERERÊ ( ) VARA DE BAMBU ( ) OUTROS NÃO SABE ( )

19. EXTRAI MADEIRA DE MANGUE? ( ) SIM ( ) NÃO

18.1. PARA CONSUMO PRÓPRIO? ( ) SIM ( ) NÃO

18.2. COM QUAL FINALIDADE?

( ) LENHA ( ) CONSTRUÇÃO CIVIL ( ) CONSTRUIR ARTE DE PESCA ) CONSTRUIR EMBARCAÇÃO

20. QUAIS AS PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS PARA A PRÁTICA DA ATIVIDADE DE PESCA?

) BAIXA PRODUTIVIDADE DO RIO COCÓ ) AUMENTO DO N° DE PESCADORES ) DIFICULDADE NA VENDA DO PESCADO ) FALTA DE FISCALIZAÇÃO

) CONSTRUÇÕES IRREGULARES ) ASSOREAMENTO

) PREÇO DOS PETRECHOS DE PESCA ) PESCA PREDATÓRIA

) POLUIÇÃO DO RIO COCÓ ) EXCESSO DE FISCALIZAÇÃO ) PERICULOSINADE NA REGIÃO

) DRAGAGEM

21. A CONSTRUÇÃO DA PONTE DA SABIAGUABA INFLUÊNCIOU DE ALGUMA MANEIRA NA PESCA?

( ) A PESCA AUMENTOU ( ) A PESCA DIMINUIU ( ) NÃO VARIOU ( ) NÃO SABE

22. QUAIS OS BENEFÍCIOS QUE VOCÊ MAIS VALORIZA NO MANGUEZAL?

( ) RECREAÇÃO ( ) PESCADO ( ) TRANQUILIDADE

( ) PAISAGEM ( ) AUSÊNCIA DE PATRÃO ( ) PRÁTICA ESPORTIVA

23. TEM CONHECIMENTO SOBRE A APA DO MANGUEZAL DO RIO COCÓ? ( ) SIM ( ) NÃO

24. QUAIS ATIVIDADES VOCÊ SABE QUE SÃO PROIBIDAS NO MANGUEZAL?

) CORTE DE MANGUE ( ) PESCAR COM MALHA PEQUENA ( ) RETIRAR AREIA DO RIO

) COLETAR CARANGUEJO FÊMEA ( ) COLETAR CARANGUEJO DURANTE O DEFESO

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