De Jason N’ Wallace Portal da escuridão do meu olhar
Alexandre – o poeta guerreiro Amor
Bruxo Homicídio Canção de fantasma Laura (Exclusividade RL)
Jason Notifies Wallace
Laura
Exclusividade:
Recanto Das Letras
Copyright © 2012 Jason Notifies Wallace Poeta Alagoano 1991- Atualmente
‘’ Não é permitida a repodrução desta obra sobre qualquer forma. Sem a permição do detentor dos direitos autorais.”
E-mail: portalofthedarkness@hotmail.com Twitter: @jason_poeta
Laura
I
Azevedo
Minha tez escura Esconde nas entranhas
O palor da sepultura Felicidade me é estranha Deconheço o que vejo no espelho
Meus olhos pobre e vermelhos Turvam-me a visão as lágrimas Seria sozinho se não fosse Fátima.
Minha triste irmã Santa estrela do céu
Sem ti meu afã Amargaria o fado fel Jamais veria o amanhã.
Febre resguardado no Leito dekirante de quem
Tem a voz do inferno. Este é o meu pai Um desgraçado sem
Alma – Não é mais O que da lembrança Vem – A culpa de quem
Fez morrer a criança. Antes meu herói
Hoje é um vilão Antes constrói Hoje destrói o coração. ...
Mas foi numa tarde De Fevereiro eu a conheci
Da última o peito arde Com ela a outra esqueçe.
A linda Laura de cabelos Negros como um corvo A causa do meu enlevo A causa de amar o povo. As estrelas não valem nada
A lua mera pedra Ela é a alvorada Ela é o céu e a terra.
Como amo você Não sabe como ti quero
Dona do alvorecer Por ti imataria Nero. Devo ser louco por amar
Alguém assim Laura meu rio, meu ar
Meu início meu fim.
II
Beijo na testa
Laura é minha paixão E este dia de verão Nunca sairá da mente Ela plantou uma semente. Que só o mar faz germinar
Só a felicidade faz brotar Apenas a luz faz crescer Basta a tristeza que faz morrer.
Nisso não vou pensar Já que dela o olhar Está a me pôr na prisão
Do seu frágil coração. Com o peito em festa Um dia beijei à testa Que pele tão maravilhosa Tão macia, limpa e gostosa. Ela sorriu – olhos brilhando
Negro abismo estou amando Tanta beleza e doçura Minha majestade e amargura.
O nome mais bonito Sua’lma o lago infinito Tão singular como ela não existe
Por isso sou triste.
III
O tempo
O tempo passou Muita coisa mudou Ela me atirou no fundo jazigo
Meu olhar fitou: Meu amigo. Ela falou para mim Agora deem risada da
Desgraça amarga. Vi o início; hoje vejo o fim! Meu involócro de felicidade
Se perdeu em meio a maldade. ...
Como posso mudar Assim tão rápido Alegre nenhum luar Trsite com meu peito inválido.
Já vejo no horizonte O luar mórbido da paixão A lágrima queima minha fronte Envolócro de sombra e solidão.
Nem a lembrança De quem fui um dia Faz esquecer a minha criança Minha destruição; minha poesia.
É loucura
É loucura te amar Se não sou correspondido
Só vale sonhar Com o amor imereçido. É loucura querer te beijar Na boca; o mel transbordando
Comenas das noites de luar Como estou te amando. É loucura querer te chamar De namorada – Está namorando
Que vale esperar? A muito estou mudando.
É loucura Laura lutar Meu amor está morrendo Vale a esperança de respirar Apenas da amizade vivendo.
Os estudantes
Eu estudo história Ela estuda arquitetura Eu resgato a memória Ela desenha estruturas.
Eu vou ser professor Ela será arquiteta
Comparada a ela não tenho valor Minha profissão não presta.
Ela conhecerá o mundo Eu a sala de aula Só tenho de ser mudo E arrumar minha mala. Afinal o que ela vai querer
Comigo que nada sou Só se de fome quiser morrer
Ela vai ter dinheiro talvez fama Eu só vou ter solidão Afogado até o pescoço na lama
Ela feliz – eu preocupação. Vou me retirar Voce não merece Alguém que fome vai passar
Vê se a miséria esquece.
VI
Laura
Eu estava com ela Nas entrahas da escola Ao sairmos ao ver a luz O ponto luminoso de uma arma
Cortou a escuridão; uma bala Perfurou a pele pura Ela teria de arrumar a mala
Meu peito ficou apertado Mais que o laço que a matou
Tira dentes, meu grito o Mais alto de todos fez-se
Ouvir até no inferno. Corri até ela o ferimento Aberto o sangue escorrendo
As mãos para estancar O rubro líquido vendo A vida deixar seus olhos
Senti-me fraco e inútil Queria dizer: te amo, você é
A minha vida, mas que Importância isso vai ter Rapidamente está a morrer.
Nenhum suspiro rompe O silêncio que se formou De lágrimas os olhos cravejados Pela anátema humana é castigada
Olho para todos os lados Buscando a luz brilhante
Salvadora os aflitos Meu pobre coração dormente Se perde em meio ao infinito
De ver os dois olhos fitos Num céu que não existe. Vejo-me esmagado pela dor
Entregue ao desespero Falar que te amava foi pesado,
E caro te custou a vida meu Bem, meu ser amado. Chorava por ela que nunca Foi plenamente minha afinal Eu que sonhava com um amor Que me ajudasse como consolo na estrada
Do homem infernal, para o ódio a perdi A minha amada sem carinho... Com a dor de viver esqueci e a busquei
Minha amante dos sonhos Separados pelo destino Levou-te o homem medonho Ao ermo espaço da terra aonde
Vai eternamente descançar Assim fico a sofrer que estou longe
Do teu amor do teu olhar. ...
Laura não morreu de verdade O que feneceu foi a esperança
A felicidade da criança O que desvaneceu foi minha chance
De a beijar ternamente à boca Vejo desaparecer meu frágil romance
Para uma palavra: Amigo Amar e não ser amado Viver assim é melhor o jazigo.