• Nenhum resultado encontrado

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA FLACIDEZ TISSULAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA FLACIDEZ TISSULAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA"

Copied!
11
0
0

Texto

(1)

RADIOFREQUÊNCIA NO TRATAMENTO DA FLACIDEZ TISSULAR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA

Lecy Margareth da Rocha Ferrari1, Silvia Patrícia de Oliveira2

1 Acadêmica do curso de Tecnologia em Estética e Imagem Pessoal da Universidade Tuiuti do Paraná (Curitiba, PR);

2 Fisioterapeuta, Dermato Funcional, Profª. Adjunto na Universidade Tuiuti do Paraná. Endereço para correspondência: Lecy Margareth da Rocha Ferrari, lecy.ferrari@hotmail.com

RESUMO: A radiofrequência é um recurso eletroterapêutico utilizado no tratamento da

flacidez tissular, seu efeito térmico não ablativo modifica a estrutura do colágeno promovendo alterações morfológicas no tecido conjuntivo, o aquecimento provocado pela radiofrequência ativa o fluxo sanguíneo favorecendo o recondicionamento da pele, melhorando a elasticidade e a força tensora dos tecidos. Esta revisão de literatura tem por objetivo relacionar os efeitos da lesão térmica controlada no estímulo do colágeno e da elastina e as reações fisiológicas produzidas pela radiofrequência. Foi verificado divergências quanto à dosimetria, número de sessões, intervalo de tempo e temperatura, porém, os autores são unânimes em afirmar a deposição e remodelação do colágeno e elastina, que estimulam a tonificação da pele. O resultado satisfatório da terapia está diretamente relacionado ao tempo de aplicação, tipo de cabeçote, finalidade da aplicação, grau de hidratação da pele, frequência e número de sessões.

Palavras-chave: radiofrequência, tratamento, flacidez tissular.

ABSTRACT: The radiofrequency is an electrotherapeutic resource used in the treatment of

tissue sagging, its non ablative thermal effect modifies the collagen structure promoting morphological changes in connective tissue, the heating caused by radiofrequency activates blood flow favoring recondition the skin, improving elasticity and firming of tissue strength. This literature review aims to relate the effects of controlled thermal injury in the stimulation of collagen and elastin, and physiological reactions produced by radiofrequency. It was verified differences concerning the dosimetry, number of sessions, length of time and temperature, however, the authors are unanimous in saying the deposition and remodeling of collagen and elastin, which stimulate the skin toning. The satisfactory outcome of therapy is directly related to the time of application, type of headstok, purpose of the application, skin hydrating degree, frequency and number of sessions.

Keywords: radiofrequency, treatment, tissue sagging.

(2)

1. INTRODUÇÃO

A radiofrequência é considerada uma radiação não ionizante da porção de freqüência de rádio do espectro eletromagnético. D’Arsonval realizou um experimento onde passou uma corrente através dele próprio e de um assistente, relatando sensação de aquecimento sem promover contrações musculares. Trabalhos subsequentes levaram ao desenvolvimento de métodos indutivos e capacitivos de aplicação de correntes de alta frequência ao corpo para produzir o que se propunha ser um aquecimento não superficial 1.

A primeira geração de aparelhos de radiofrequência assim como os protocolos de utilização iniciais, conferia desconforto considerável (sensação de queimação) para o paciente, esses efeitos negativos estimularam o surgimento de novos aparelhos de radiofrequência e a descoberta de outras tecnologias para os mesmos propósitos terapêuticos 2.

Por ser uma energia transmitida em forma de ondas, com alternâncias cíclicas de polaridades e frequência elevada, não produz efeitos neuromusculares intensos e nem eletroquímicos significativos. Entretanto, provoca efeitos de aquecimento pela conversão ou absorção dessa energia pelos tecidos 3.

Na estética, a radiofrequência é usualmente conhecida no tratamento da flacidez tissular, sendo esse um dos principais problemas decorrente do envelhecimento. Os efeitos térmicos gerados pela radiofrequência favorecem o recondicionamento da pele, melhoram a elasticidade e a força tensora dos tecidos compostos por colágeno, e estimulam a produção de novas fibras de melhor qualidade 4.

Esta revisão de literatura tem por objetivo relacionar os efeitos da lesão térmica no estímulo do colágeno e as reações fisiológicas produzidas pela radiofrequência.

1.1. Radiofrequência

A energia gerada pela radiofrequência atua a nível celular na epiderme, derme e hipoderme e alcança inclusive as células musculares. Quando passa pelos tecidos, a corrente gera uma ligeira fricção ou resistência, produzindo uma elevação térmica da temperatura tissular 4.

É estabelecida como uma onda eletromagnética que gera calor por conversão, compreendida entre 30 KHz e 300 MHz, sendo a frequência mais

(3)

utilizada entre 0,5 e 1,5 MHz. Este tipo de calor alcança os tecidos mais profundos gerando energia e forte calor sobre as camadas mais profundas da pele. Alguns equipamentos mantém a superfície resfriada e protegida, ocasionando a contração das fibras colágenas existentes e estimulando a formação de novas fibras, tornando-as mais eficientes na sustentação da pele. As molécultornando-as de colágeno são produzidas pelos fibroblastos e estas quando aquecidas, sofrem uma transição estrutural, transformando-se em uma estrutura semelhante a um gel e como tal, menos organizada 5.

A energia da radiofrequência é aplicada através de dois eletrodos. Um deles, chamado eletrodo ativo, provoca grande densidade de corrente provocando efeitos térmicos localizados nos tecidos, causando estimulação tecidual como produção de colágeno, retração dos septos fibrosos, relaxamento muscular e analgesia. O segundo eletrodo, chamado de eletrodo passivo, consiste em uma placa condutiva de grande contato que fecha o circuito da corrente fazendo com que a energia retorne ao paciente 4.

Os efeitos da radiofrequência são graduais, podendo levar de dois a seis meses, tempo necessário para a produção da neocolagenase. Trata-se de uma modalidade terapêutica que utiliza radiações do espectro eletromagnético na ordem de Kilohertz (KHz) a Megahertz (MHz), ou seja, energias usadas em rádio transmissões 3.

A radiofrequência também é indicada nos processos degenerativos que impliquem na diminuição ou retardo do metabolismo, irrigação e nutrição. Os efeitos térmicos da radiofrequência provocam a desnaturação do colágeno promovendo imediata e efetiva contração de suas fibras, ativando fibroblastos e ocorrendo a neocolagenização em diâmetro, espessura e periodicidade 4.

1.2. Efeito Térmico da Radiofrequência

De acordo com Borges, a vasodilatação e a hiperemia surgem como consequência do efeito térmico, em que a vasodilatação promove um aumento da circulação periférica local, gerando a hiperemia na pele. Assim como no efeito térmico, a hiperemia apenas ocorre com o uso de intensidade alta, por um tempo maior de aplicação. A oxigenação celular está ligada à vasodilatação e ao consequente aumento do fluxo sanguíneo, aumentando desta forma, o aporte de oxigênio por intermédio da corrente sanguínea 6.

(4)

O objetivo do tratamento é aumentar a temperatura do tecido entre 40ºC e 42ºC sendo que a quantidade de contração do colágeno é dependente do tempo de aplicação e da manutenção da temperatura local 7.

Existem dois tipos de efeitos sobre o colágeno. Uma primeira fase que é da contração imediata do colágeno existente (ocorre no momento do tratamento). E a segunda fase do tratamento, a remodelação e renovação têm lugar em médio prazo. Importante ressaltar que a vasodilatação local tem um efeito direto na melhora da microcirculação, o que melhora a capacidade da célula de transferência como um efeito complementar biológico 8.

Devido ao aumento de temperatura, ocorre o efeito térmico, responsável pela capacidade de contração do colágeno, a radiofrequência permite aumentar a temperatura em profundidade sem efeito ablativo. Mediante os achados com relação à colagenalização em 24 horas, esse efeito imediato se justifica com Verrico, Del Pino, Alster e Agne no qual afirmam que esses efeitos imediatos da contração do colágeno ocorrem devido à resposta adaptativa do organismo ao surgimento de um agente estressor 9, 10, 11,12.

O calor gerado pela radiofrequência provoca uma inflamação no tecido como mecanismo de resposta a esse aquecimento, pois, segundo Jorge e Ferreira, nas primeiras 24 horas surgem neutrófilos no local, que se deslocam para o coágulo de fibrina. A epiderme sofre espessamento nas bordas em decorrência da atividade mitótica das células basais e, dentro de 24 ou 48 horas, observa-se projeção de células epiteliais das bordas que migram e crescem ao longo das margens incisionadas da derme, depositando componentes da membrana basal à medida que se deslocam 13, 14.

A camada mais profunda da pele é acometida de grande energia e forte calor, enquanto a superfície se mantém resfriada e protegida, o que causa a contração do colágeno. Posteriormente é obtida a formação de neocolágeno que vai produzir uma melhora no aspecto da pele 12.

1.3. Efeitos Fisiológicos da Radiofrequência

Em estudos realizados por Fernandes observou-se que altas temperaturas podem comprometer o colágeno provocando a sua desnaturação, no entanto, acomodações de valores moderados podem causar processos fisiológicos que melhoram a condição deste tecido, promovendo a neoformação colágena e

(5)

surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais e que baixas temperaturas e uma menor quantidade de aplicações podem não ser suficientemente eficazes para modificações fisiológicas 15.

O tempo de exposição à radiofrequência e o stress mecânico aplicado ao tecido durante o aquecimento, altera o mecanismo estrutural do tecido conjuntivo e da qualidade de contração tecidual (temperaturas altas). As propriedades térmicas do tecido também podem variar, de acordo com a idade, pH, concentração de eletrólitos, concentração e orientação das fibras colágenas 8.

A termólise seletiva que é produzida pela radiofrequência, é dependente das propriedades elétricas dos tecidos, ao contrário da energia ótica que depende da quantidade de cromóforos na pele para obter destruição seletiva do tecido alvo 8.

Aplicação de radiofrequência nos tecidos gera ondas de energia, que induz uma oscilação de alta velocidade molecular e causa um deslocamento das partículas carregadas, o que implica na produção de movimentos de rotação das moléculas de água e de outras também aquecidas. As moléculas de água quando aquecida espalham a sua energia térmica para os tecidos adjacentes em decorrência da sua condutividade térmica. Quando o tecido é terapeuticamente aquecido, a circulação sanguínea melhora a captação dos catabólitos, favorecendo a drenagem dessas áreas 16.

A lesão térmica controlada pode levar a uma retração do tecido, seguida por uma resposta inflamatória acompanhada pela migração de fibroblastos na área tratada 17.

O efeito da lesão térmica controlada induz uma resposta inflamatória que favorece a migração de fibroblastos, que reforçam a estrutura do colágeno dando lugar a uma melhora na textura da pele e uma diminuição no contorno corporal. O procedimento é acompanhado por uma sensação de intenso calor e eritema moderado que são mantidos por algumas horas 8.

1.4. Estímulo do Colágeno

A conversão da energia eletromagnética em energia térmica promove importante incremento circulatório, estimulação de fibroblastos jovens além da reestruturação das fibrilas de colágeno, as quais conferem sustentação ao tecido gerando melhora da flacidez 4.

(6)

As temperaturas mais elevadas e manutenção em 40°C durante todo o período de aplicação da radiofrequência diminuem a extensibilidade e aumenta a densidade do colágeno, conseguindo assim melhorar a flacidez da pele. Este efeito é denominado lifting pela radiofrequência 4.

Quando há o aumento da temperatura, a rotação das moléculas de água promove a ruptura das pontes de hidrogênio que estabilizam a estrutura intra e extramolecular do colágeno tipo I, principal componente da derme. Isto resulta em uma imediata e efetiva contração das fibras colágenas, o que provoca encurtamento linear e aumento do calibre das fibras colágenas individuais 18.

De acordo com Low, o colágeno se liquefaz a temperaturas acima de 50ºC, que com temperaturas dentro de uma faixa terapêutica aplicável entre 40ºC e 45ºC a extensibilidade do tecido colagenoso aumenta. Isso ocorre apenas se o tecido for simultaneamente alongado e requer temperaturas próximas do limite terapêutico. Corroborando com esta afirmação, Ronzio relata que no tecido dérmico o calor modifica suas propriedades elásticas e aumenta a extensibilidade dos tecidos fibrosos, ricos em colágenos, promovendo a flexibilização de cicatrizes e aderências promovendo uma melhor aparência da pele 19, 10, 20.

Segundo pesquisa realizada por Dierickx a radiofrequência promove a formação de neocolagênese estreitando o tecido cutâneo. Ullmann em suas pesquisas comprovou a eficácia da radiofrequência não ablativa na flacidez cutânea

21, 22

.

1.5. Formas de Aplicação da Radiofrequência

Há no mercado alguns tipos de cabeçote: monopolar, bipolar, tripolar, hexapolar.

De acordo com Santana o cabeçote monopolar ou indutivo, que confere a energia eletromagnética aos tecidos através de um único ponto de contato, impõem o seu efeito térmico pela interação entre o movimento dos dipolos de molécula de água dentro dos tecidos e através da fricção e rotação das moléculas de água, aplica um campo eletromagnético que produz calor nas áreas adjacentes ao eletrodo com um controle da profundidade de penetração, gerando um maior aquecimento da derme profunda e hipoderme superficial (15 a 20 mm de profundidade) 23.

O cabeçote bipolar no qual a passagem de corrente eletromagnética ocorre entre os dois eletrodos posicionados em contato com a pele, configuração

(7)

denominada capacitiva, onde ocorre o aquecimento das camadas superiores da derme, para uma aplicação superficial (até 4 mm de profundidade) 23.

O cabeçote tripolar é baseado em três ou mais eletrodos. Como nos outros tipos de radiofrequência, a energia é gerada quando a corrente passa entre os eletrodos. A profundidade da penetração é aproximadamente a distância média entre os eletrodos. Nos cabeçotes hexapolares a energia se alterna entre os diferentes pólos sendo estes sistemas essencialmente bipolares, portanto capacitivas 23.

Alguns equipamentos oferecem dispositivo criogênico (cooling) para o resfriamento e preservação da epiderme, que pode ser usado como pré-resfriamento, resfriamento concomitante à aplicação da radiofreqüência e/ou pós-tratamento. A combinação de intenso calor e frio permite que a radiofreqüência seja efetiva, tolerável e não ablativa 23.

1.6. Contra Indicações da Radiofrequência

Para o uso da radiofrequência devem-se observar as seguintes contra indicações: Mulheres grávidas ou lactentes; marcapasso ou disfribrilador interno; implantes metálicos na área de tratamento; câncer atual ou histórico, principalmente de pele ou pré malignos; sistema imune comprometido devido a doenças imunodepressivas como HIV; ou o uso de imunossupressores; condições severas tais como desordens cardíacas; pacientes com histórico de doenças estimuladas pelo calor tais como herpes simples recorrentes na área de tratamento, podem ser tratados somente após um regime profilático; qualquer condição ativa na área de tratamento, tais como feridas, psoríases, eczema e urticária, bem como pele excessivamente e recentemente bronzeada; histórico de desordens de pele tais como cicatrizes tipo quelóides; feridas difíceis de cicatrização, bem como uma pele muito seca e sensível; qualquer procedimento cirúrgico, invasivo, ablativo na área de tratamento antes de uma completa cicatrização; pacientes que estejam fazendo uso de vasodilatadores ou anticoagulantes; sobre glândulas que provoquem aumento de hormônios; com outros aparelhos de eletroterapia 24.

2. METODOLOGIA

Este estudo consistiu em uma revisão sistemática da literatura, sem metanálise, foram consultados artigos científicos através de busca em base de

(8)

dados como Scielo, revistas e livros publicados entre os anos de 1989 a 2013, utilizando os seguintes descritores: radiofrequência, flacidez tissular, tratamento.

3. DISCUSSÂO

Há divergências nos protocolos encontrados na literatura, Alster que em seu protocolo relata que são necessárias três sessões de radiofrequência com intervalo de quatro semanas, Del Pino em suas pesquisas encontrou resultados aplicando duas sessões de radiofrequência com temperaturas variando entre 36ºC e 41ºC com intervalo de 15 dias, foi constatado pelas análises histológicas neste presente estudo que ocorreu a formação de colágeno denso em metade da amostra. Manuskiatti estabeleceu que o tratamento necessário fosse oito sessões de radiofrequência, sendo uma aplicação por semana com temperatura entre 40ºC a 42ºC 11, 10, 25.

Ronzio relata que a ação da radiofrequência para a formação de novas fibras de colágeno permanece por 21 dias no organismo sendo necessária somente uma aplicação a cada 21 dias com temperaturas que variam entre 39ºC e 41ºC. De acordo com Hantash a radiofrequência promove efeitos a longo prazo levando à neocolagênese e à neoelastogênese, pois o mesmo relata que assim que é efetuado o tratamento a tropoelastina, responsável pela elasticidade, e o procolágeno 1 e 3, que se modificam em colágeno, permanecem estimulados por 28 dias 20, 26.

Corroborando com esta afirmação, Low orienta que o aquecimento adicional pode danificar as proteínas, isso pode iniciar uma reação inflamatória devido à liberação de substâncias semelhantes à histamina e de bradicininas, que ocasionam a vasodilatação. Diante dos achados desse estudo coincide com a literatura no que diz respeito à produção de colágeno, entretanto, o seu tempo de duração após a atuação da radiofrequência não coincidiu com o que é mencionado pela literatura, exceto pelo efeito de neoelastogênese 19.

Os resultados relacionados ao surgimento de neocolágeno e de vasos subepiteliais em grande quantidade após 24 horas confirmam os estudos realizados por Fernandes no qual relata que baixas temperaturas podem não ser eficazes em tratamentos devido o contexto fisiológico encontrado nas questões referentes à formação de edemas e fibras colágenas, dissociação de fibras musculares e hemorragias. Entretanto, temperaturas moderadas de 37ºC a 39ºC melhora a condição dos tecidos, sugestivo de neoformação colágena e surgimento de alta quantidade de vasos subepiteliais 15.

(9)

De acordo com o art. 12 da Lei nº 6.360, de 23 de setembro de 1976, todos os equipamentos eletromédicos utilizados com a finalidade de embelezamento e estética devem estar de acordo com a Res. 444/99 27.

As novas tecnologias levam em conta não só a dosimetria como também a velocidade de aquecimento e a profundidade a ser alcançada. Na flacidez tissular o aquecimento deve ser mais rápido a frequência mais alta mais superficial, o grau de hidratação da pele também é um fator preponderante para a eficácia da terapia.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O uso da radiofrequência nos tratamentos estéticos apresenta-se com divergência em relação à dosimetria, portanto, são necessários mais estudos que confirmem o tempo e duração do efeito da radiofrequência no tecido para um maior embasamento científico em relação à quantificação da dose e frequência de aplicações, pois mediante os resultados encontrados questiona-se a técnica utilizada.

Fica evidente a confirmação da deposição e remodelação do colágeno (neocolagenase) e da elastina (neoelastogênese), a modificação na estrutura do colágeno também promove alterações morfológicas no tecido conjuntivo que através do aquecimento ativa o fluxo sanguíneo. Podendo assim, estimular a tonificação da pele trazendo maior sustentação e turgor. Deve-se observar o tempo de aplicação, tipo de cabeçote, finalidade da aplicação, grau de hidratação da pele, frequência e número de sessões para obter um resultado satisfatório da terapia de radiofrequência.

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 SCOTT et al. Diatermia. In: KITCHEN S, BAZIN S. Eletroterapia: prática baseada em evidências. 2. ed. São Paulo: Manole, 2003.

2 TAN, O.T.; MURRAY S.; KURBAN, A.K. Action spectrum of vascular specific injury using pulsed irradiation. Department of Dermatology, Boston University School of Medicine, Massachusetts. U.S.A. J Invest Dermatol 1989; 92: 868-71.

3 AGNE, J.E. Eletrotermoterapia teoria e prática. Santa Maria: Orium, 2004.

4 CARVALHO, G.F.; SILVA, R.M.V. Avaliação dos efeitos da radiofreqüência no tecido conjuntivo. Especial Dermatologia, v.3, n.68; p 10-25, Rio de Janeiro, 2011.

(10)

5 NUNES, M.S.A. Medicina Estética Facial: onde a arte e a ciência se conjugam. 2010. 52f. Dissertação (Mestrado em Medicina). Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior, Covilhã. 2010.

6 BORGES, F.S. Modalidades terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006.

7 RUIZ, ESPARZA. Livro do 7º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia – CCIEC. São Paulo: Câmara Brasileira do Livro 2012. Foi citada pela palestrante Patrícia Ishida – Ultracavitação, RF BI, TRI e Hexapolar. p. 453.

8 PINO ROSADO MED. Radio frecuencia em rejuvenecimiento facial y corporal. LII Congresso anual de "Terapêutica dermatológica". 22 abr 2006; México; 2006.

9 VERRICO, A.K.; MOORE, J.V. Expression of the collagen-related heat shock protein HSP47 in fibroblasts treated with hyperthermia or photodynamic therapy. Department of Experimental Radiation Oncology, Paterson Institute for Cancer Research, Christie Hospital (NHS) Trust, Manchester, UK. Br J Câncer, 1997 76(6): 719-24.

10 DEL PINO, E. et al. Effect of controlled volumetric tissue heating with radiofrequency on cellulite and the subcutaneous tissue of the buttocks and things. Dermatology Surgeons, Hospital Angeles del Pedregal, México. J of Drugs in Dermatol. 2006.

11 ALSTER, T.S.; LUPTON, J.R. Nonanblative coetaneous remodeling using radiofrequency. Washington Institute of Dermatologic Laser Surgery, Washington, DC, USA: Elsevier, 2007 (In Press).

12 AGNE, J.E. Eu sei Eletroterapia. 1. ed. Santa Maria: Pallotti, 2009.

13 JORGE, S.A.; DANTAS, S.R.P.E. Abordagem multiprofissional do tratamento de feridas. São Paulo: Atheneu, 2003.

14 FERREIRA, E.C. et al. Análise da cicatrização da bexiga com o uso de extrato aquoso da Orbignya phalerata (Babaçu): estudo controlado em ratos. Act Cir. Bras. 2006, V.21, suppl. 3, p.33-39. Disponível em: Acesso em 03 de maio de 2013.

15 FERNANDES, A.S.; et al. Efeitos da radiofrequência no tecido colágeno. [Trabalho de conclusão de curso]. Rio Grande do Norte: Universidade Potiguar, 2009.

16 SORIANO, M. C. D.; PÉREZ, S. C.; BAQUÉS, M. I. C. Electroestética profesional aplicada: teoria y práctica para la utilización de corrientes em estética. 1ª ed. Madrid: Sorisa, 2000.

17 GOLDMAN L, BENNETT J.C. Tratado de medicina interna. 21. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.

(11)

18 VANGSNESS, C. et al., 1997. Rejuvenescimento de face, colo e pescoço sem cirurgia: uso combinado de rf e ativos. Palestrante Thamires Dantas Bueno. Livro do 7º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia – CCIEC. São Paulo: Câmara Brasileira do livro 2012. p. 374.

19 LOW, J.; REED, A. Eletroterapia explicada: princípios e práticas. 3. ed. São Paulo: Manole, 2001.

20 RONZIO, O.A. Radiofrequency hoy. Identidad Estética Argentina, 2009.

21 DIERICKX, C.C. The role of deep heating for noninvasive skin rejuvenation. Lasers in Surgery and Medicine, 38:799 – 807, Belgium, 2006.

22 ULLMANN, D. Radiofrequência. Anais do XVI Congresso Mundial de Medicina Estética. Argentina: Buenos Aires, 2008.

23 SANTANA E.M.C. Radiofrequência para tratamentos estéticos: mitos e verdades. Livro do 6º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia – CCIEC. São Paulo: Câmara Brasileira do livro, 2011 – Mencionado por Thamiris Dantas Bueno. Rejuvenescimento de face, colo e pescoço sem cirurgia: uso combinado de rf e ativos. Livro do 7º Congresso Científico Internacional de Estética e Cosmetologia – CCIEC. São Paulo: Câmara Brasileira do livro 2012. p. 373-374.

24 GÓMEZ, J.M.B.; SILVA, H.L.; BERBER, I.R.; ESPARZA, J.R. Capítulo 18.51: Radiodermoplastia. p. 721-731. In: KEDE, M.P.V.; SABATOVICH, O. Dermatologia estética. Editora Atheneu. São Paulo. 2004.

25 MANUSKIATTI, W.; WACHIRAKAPHAN, N.; LEKTRAKU, S.; VAROTHAI, S. Tripollar aparelho de radiofrequência para redução do volume abdominal e tratamento da cellulite: estudo piloto. JEADV, Tailândia, 2009.

26 HANTASH, B.M.; UBEID, A.A.; CHANG, H.; KAFI, R.; RENTON, B. Bipolar fractional radiofrequency treatment induces neoelastogenesis and neocollagenesis. Lasers in Surgery and Medicine. Stanford University School of Medicine, Stanford, California, USA. Jan/2009.

27http://portal.anvisa.gov.br/wps/content/anvisa+portal/anvisa/pos+comercializacao+ pos+uso/tecnovigilancia/destaques/manual+de+tecnovigilancia+abordagens+de+vigi lancia+sanitaria+de+produtos+para+a+saude+comercializados+no+brasil.

Referências

Documentos relacionados

A amostra considerada neste estudo consta de 79 AFS recanalizadas em 61 pacientes, nos quais foram utilizados exclusivamente a técnica descrita e o mesmo modelo de stent de

--- 2- A RAINHA FICOU FELIZ COM A OPERÁRIA QUE PRODUZIU MAIS MEL... NOVAMENTE DIREI: ALEGREM-SE!” FILIPENSES

A Radiofrequência é utilizada no tratamento da flacidez tissular, sua atuação atinge a camada mais profunda da pele, acarretando uma melhora da elasticidade e da

A música, com suas composições (deixemos as partituras e notas musicais aos especialistas), servem como um documento. Através de seu uso é possível chegar ao estudo da

Tratamento médico para flacidez, perda de volume e contorno

Quando vi que o sol estava nascendo pela pequena fresta na cortina sobre a janela do meu quarto após passar a noite toda acordado remoendo o ocorrido, decidi

a religião católica). Adolescentes, jovens, crianças e alguns adultos jogam futebol juntos, porém nas competições maiores, realizadas aos domingos entre diferentes comunidades,

Considerando-se que a literatura confirma a eficácia da aplicação da radiofrequência no combate à flacidez (BORGES, 2010; AGNE, 2009), espera-se com a realização