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OBJECTIIVOS ESTRATÉGICOS E ACÇÕES PARA O TRIÉNIO OBJECTIVOS ESTRATÉGICOS E ACÇÕES PARA O TRIÉNIO

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Academic year: 2021

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OBJECTIVOS

ESTRATÉGICOS

E ACÇÕES PARA

O TRIÉNIO

(2)

A visão estratégica preconizada pelo Conselho de Adminis-tração (CA) para o triénio 2011-2013, tendo em conta o contexto passado / presente e os novos desafios que se colocam ao Regulador, conduz à definição dos seguintes objectivos estratégicos:

Promover mercados abertos e concorrenciais

No quadro da implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT), o ICP-ANACOM prosseguirá o desenvolvimento das seguintes acções:

• Acompanhar o processo de switch-over e do simulcast. Neste contexto, o ICP-ANACOM continuará a elaborar relatórios trimestrais sobre a evolução do processo de transição e realizará em 2012 um inquérito aos consumidores sobre a utilização da TDT, estando prevista a elaboração de um relatório final no 3.º trimestre de 2012.

• Preparar os mecanismos e as medidas necessárias ao fecho do serviço de televisão analógico.

Neste âmbito, o ICP-ANACOM tenciona proceder à sensibilização e mobilização nas Zonas Piloto e elaborar propostas de mecanismos de incentivo à utilização da TDT. Por outro lado, continuará a avaliar o grau de cobertura da TDT e a disponibilidade de equipamentos e, ainda a auditar o cumprimento das obrigações (para além da cobertura) do operador de TDT.

Em 2011 está previsto dar início à análise da televisão móvel em Portugal e finalizar o quadro regulatório aplicável às Novas Redes de Acesso (NRA), procedendo neste contexto à eventual revisão de algumas das ofertas de referência: Circuitos Alugados, Acesso ao Lacete Local e Acesso a Condutas.

No quadro da revisão das obrigações associadas aos mercados relevantes, à luz do actual e do futuro quadro regulamentar da União Europeia, está prevista a finalização da avaliação dos mercados 2 e 3 e dos mercados 4 e 5, no 1.º trimestre de 2011, e a revisão do Glide-Path das Mobile Termination Rates (MTR), no 2.º trimestre de 2011.

Ao longo do próximo triénio, o ICP-ANACOM prosseguirá o acompanhamento da gestão do Sistema de Informação Centralizado (SIC), no quadro do Decreto-Lei n.º 123/2009, de 21 de Maio.

Pretende ainda o ICP-ANACOM realizar um estudo sobre o desenvolvimento do sector postal que inclua a análise do consumo empresarial e a estratégia dos operadores e, no âmbito da liberalização dos serviços postais elaborar, em 2011, um novo regulamento de exploração dos serviços postais.

Visando a divulgação e sensibilização do novo regime das Infra-estruturas de Telecomunicações em Edifícios (ITED)/ Infra-estruturas de Telecomunicações em Urbanizações (ITUR), está prevista a continuação da realização de seminários sobre este regime ao longo do triénio (3 seminários por ano).

Garantir e proteger os direitos dos utilizadores e dos cidadãos em geral

No quadro da implementação da TDT, está prevista, para 2012, a realização de uma campanha de divulgação. No âmbito deste objectivo estratégico assumem especial importância as acções relacionadas com a qualidade de serviço. Neste contexto está prevista, para além da monitorização dos níveis de qualidade do Serviço Postal Universal, a realização de sete estudos de qualidade de serviço (seis referentes às redes móveis e um sobre o acesso à Internet em banda larga).

O ICP-ANACOM pretende ainda desenvolver e implementar uma metodologia alternativa para o estudo que tem vindo a realizar anualmente sobre a qualidade de serviço no acesso à Internet em banda larga.

Ao nível dos sistemas de custeio, o ICP-ANACOM tenciona criar um sistema de custeio regulatório para os operadores fixos com Poder de Mercado Significativo (PMS) e finalizar os estudos relativos à análise crítica dos sistemas de contabilidade analítica dos CTT – Correios de Portugal, S. A. e da PT Comunicações, S. A. (PTC).

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Relevem-se ainda os estudos, que se encontram em curso sobre padrões de comportamento e motivação dos utilizadores, que se pretendem realizar no âmbito das comunicações electrónicas, nomeadamente em termos de adopção de pacotes ou de mudança de operador e, também, no âmbito das comunicações em banda larga móvel. O ICP-ANACOM realizará uma vez mais o benchmarking europeu sobre comparações de preços de serviços postais, incluindo agora os jornais e as publicações periódicas. No Plano 2011-2013 estão ainda previstas 13 acções relacionadas com os objectivos 1 e 2 (promoção de mercados abertos e concorrenciais e garantia e protecção dos direitos dos utilizadores e dos cidadãos em geral), designadamente:

• concluir o processo de atribuição de espectro para serviços de comunicações electrónicas (leilão), considerando as várias faixas do serviço móvel e os desenvolvimentos associados ao dividendo digital; • elaborar uma proposta sobre a disponibilidade de

espectro para cobertura de televisão de âmbito distrital/ local e televisão móvel;

• proceder à transposição do quadro regulamentar comunitário das redes de serviços e comunicações electrónicas;

• avaliar a necessidade de definição das regras de acesso à rede e a elementos da infra-estrutura do(s) prestadores de Serviço Postal Universal;

• desenvolver uma consultoria para cálculo dos custos líquidos do Serviço Postal Universal;

• avaliar os parâmetros do custo de capital da PTC; • alterar o Regulamento da Portabilidade, em conformidade

com o novo quadro regulamentar;

• realizar um estudo sobre o impacto no mercado, na concorrência e nos consumidores das reduções dos preços de terminação nas redes móveis;

• realizar estudo sobre a banda larga na perspectiva fixa e móvel.

Participar no desenvolvimento do mercado interno da União Europeia

O ICP-ANACOM, na sua qualidade de um dos reguladores mais antigos da UE, tem participado activamente em todos os grupos e acções comuns no âmbito europeu, com uma expressão significativa no Grupo de Reguladores Independentes (IRG), inicialmente informal, cujo objectivo essencial era a partilha de experiências dos diversos reguladores no sentido de cada um deles melhorar a sua actuação nos respectivos mercados nacionais.

Daí ia resultando, com naturalidade, uma maior aproximação, quando não mesmo harmonização, das diversas decisões num processo que, no entanto, não tinha como objectivo imediato a unificação dos mercados nacionais.

A criação do Grupo de Reguladores Europeus (ERG), com a presença da Comissão Europeia e com uma maior formalidade, sem substituir o IRG, que manteve, e continua a manter hoje, o seu carácter de independência e de associação voluntária e cooperativa, veio dar outro sentido a estas colaborações, apontando como meta a criação do mercado interno das comunicações electrónicas, visão reforçada pela produção e aplicação, sempre com alguma tensão entre o “forçar” a harmonização, quando não mesmo a unificação, das decisões nacionais e o “respeitar” as diferenças (por vezes, também, exageradas) dos reguladores.

Das buscas desse equilíbrio nasceram as chamadas “posições comuns” que eram consensos criados pelos reguladores nacionais em que cada um se comprometia em “ter na máxima conta” nas suas decisões específicas. O Novo Quadro Regulatório Europeu aprovado no final de 2009 e começado a aplicar em 2010, sem criar a ruptura, pretendida por alguns, que se traduziria na criação de um Regulador Europeu – sinal da existência de um mercado único, sem o que um Regulador Europeu, em sentido estrito, não faz sentido - coloca, apesar de tudo, um maior e mais decisivo peso no desenvolvimento do mercado único das comunicações electrónicas.

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A criação do Organismo de Reguladores Europeus de Comunicações Electrónicas (ORECE / BEREC) e o Gabinete (Office) que o assiste, deixando ainda nas competências do conjunto dos reguladores nacionais as decisões a tomar em conjunto, rompe, contudo, a lógica do consenso presente nas já referidas “posições comuns”, pois as posições a serem aí assumidas, que têm também de ser tidas “na máxima conta”, passam a ser aprovadas por maioria qualificada. Se a isso adicionarmos o reforço do poder da Comissão Europeia nalgumas matérias vinculativas das decisões nacionais, teremos um quadro completo – e diferente do actual – dos desafios que o ICP-ANACOM defronta.

Isto significa que a busca constante de equilíbrios entre a harmonização “pedida” pela criação de um mercado único e a aplicação do princípio da subsidiariedade – garante do respeito pelas especificidades nacionais – tal como pormenorizadamente descrita no Plano Estratégico anterior, passa para um patamar diferente, como, aliás, a experiência vivida no primeiro semestre de 2010 bem evidencia. De algum modo, o objectivo aqui definido para o Plano Estratégico – participar no desenvolvimento do mercado interno da União Europeia - passa a ter um novo alcance e, porventura, até uma nova reformulação, bem captada, aliás, no Relatório de Regulação relativo ao ano de 2009 (Ponto 6 do referido Relatório – Participação no desenvolvimento do mercado interno da UE melhorando a performance interna). De facto, o desafio é conjugar os objectivos, agora ainda diferenciados, de “melhorar a eficiência e a capacidade de atracção do regulador” com o da participação na construção do mercado interno da UE.

Responder ao desafio passa, cada vez mais, por não considerar as participações e contributos do ICP-ANACOM para a realização do Mercado Único como mais um conjunto de actividades que vêm perturbar o seu funcionamento normal (portanto, vistas como uma indesejada restrição), mas sim como sendo um objectivo essencial à boa performance do ICP-ANACOM.

O desafio, como a experiência do 1.º Semestre de 2010 mostra, não é de fácil resposta, mas tem de se ir vencendo.

Mas ele clamará, porventura, por uma maior atenção e qualidade numa outra vertente – a de assessoria ao Governo nas políticas para o sector, especificamente nas áreas em que, no normativo da UE, caiba ao Conselho de Ministros da UE (ou mesmo ao Parlamento Europeu) tomar decisões relevantes para o sector das Comunicações Electrónicas. Esta participação competente e activa, sem invadir a esfera de decisão política, obviamente, é particularmente significativa, já hoje, nas questões transfronteiriças (de que o roaming é um exemplo bem claro) ou mesmo em áreas em pleno desenvolvimento como as Novas Redes de Acesso e o Dividendo Digital.

É, por isso, curial que o Plano Estratégico comece a incorporar acções que visem responder aos novos contornos de um desafio que, em si mesmo, não é novo.

Promover a cooperação institucional e técnica

Neste contexto, o ICP-ANACOM pretende executar os Programas Indicativos de Cooperação (PIC) anuais com os diferentes parceiros dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP): Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), Agência Nacional das Comunicações de Cabo Verde (ANAC), Instituto das Comunicações da Guiné-Bissau (ICGB), Instituto Nacional das Comunicações de Moçambique (INCM), Autoridade Geral de Regulação de São Tomé e Príncipe (AGER) e Autoridade Reguladora das Comunicações de Timor Leste (ARCOM), estando ainda previstas ao longo do triénio 2011-2013 várias acções de formação com os países que integram a Comunidade dos Países de Língua Oficial Portuguesa (CPLP), no âmbito dos Centros de Excelência (CdE) da União Internacional de Telecomunicações (UIT) e da Associação de Reguladores de Comunicações e Telecomunicações da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (ARCTEL-CPLP).

Manter-se-á ainda, ao longo do triénio, a responsabilidade do ICP-ANACOM pelo Secretariado da ARCTEL-CPLP.

Esta Autoridade pretende ainda preparar a posição nacional à Conferência Mundial de Radiocomunicações cuja realização, contrariamente ao inicialmente previsto, só terá lugar no 1.º trimestre de 2012.

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Melhorar a eficiência e a capacidade de actuação do Regulador

Em 2011 o ICP-ANACOM procederá à criação de uma nova aplicação de facturação electrónica e de um novo módulo aplicacional de workflow de compras que agilize os procedimentos na área das compras.

Ainda neste âmbito, é intenção desta Autoridade criar um Portal de Fornecedores, que permita a consulta on line das contas correntes por parte dos fornecedores, e finalizar a implementação da aplicação informática que permitirá o licenciamento electrónico para todos os serviços.

No âmbito do Projecto de Monitorização Integrada (PMI), cujo termo está previsto para o final do ano de 2010, proceder-se-á à extensão das estações remotas (3 na Região Autónoma da Madeira e 3 na Região Autónoma dos Açores). Ao nível da gestão do espectro, pretende o ICP-ANACOM proceder à actualização do Sistema Nacional de Controlo Remoto das Emissões Radioeléctricas (SINCRER), acção que decorrerá em 2011 e 2012.

A informatização de todos os procedimentos relativos aos processos de fiscalização do Mercado de Equipamentos -

Regime R&TTE / Compatibilidade Electromagnética (CEM) sofreu atrasos e deslizará para 2011, prevendo-se o seu termo no 1.º trimestre de 2012.

Também a realização do estudo sobre a desmaterialização e a apresentação / entrega de peças processuais por correio electrónico no âmbito de processos contra ordenacionais não foi efectuada, uma vez que o desenvolvimento desta acção está dependente de medidas legislativas a adoptar pelo Ministério da Justiça no quadro da perspectivada desmaterialização aplicável ao processo penal, subsidiari-amente aplicável ao regime das contra-ordenações.

Na área dos recursos humanos está previsto finalizar o levantamento das competências técnicas dos colaboradores visando a construção de um novo modelo de competências técnicas e ainda proceder à implementação de um plano de optimização de meios na organização.

No Anexo I consta, para cada um destes objectivos estra-tégicos, a calendarização de todas as acções estratégicas a desenvolver no triénio 2011-2013.

A associação das 72 acções estratégicas aos objectivos estratégicos pode ser resumida da seguinte forma:

Promover mercados abertos e concorrenciais

Garantir e proteger os direitos dos utilizadores e dos cidadãos em geral

Promover mercados abertos e concorrenciais / Garantir e proteger os direitos dos utilizadores e dos cidadãos em geral Promover a cooperação institucional e técnica

Melhorar a eficiência e a capacidade de actuação do Regulador

Source: ICP-ANACOM Objectivos estratégicos 16 24 13 6 13 N.º de acções

Referências

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